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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15924: Agenda cultural (471): O Corpo de Enfermeiras Paraquedistas (1961-1974) vai ser homenageado em Fafe, no dia 6 de abril de 2016, 4ª feira, no decurso do evento "Terra Justa 2016" ("II Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade"). Intervenções (entre outras) das nossas camaradas Maria Arminda e Rosa Serra (Jaime Silva, ex-alf mil para, 1ª CCP / BCP 21, Angola, 1970/72)





1. Mensagem enviada pelo nosso camarada, grã-tabanqueiro, Jaime Bonifácio Marques da Silva, ex-alf mil paraquedista, 1ª CCP / BCP 21 (Angola, 1970/72),  lourinhanense, professor de educação física reformado, antigo autarca em Fafe, "terra justa":


Imagem inserida no portal da Câmara Municipal de Fafe.
Reproduzida aqui com a devida vénia...
Sobre o evento "Terra Justa 2016",
clicar aqui para saber mais.
O CORPO DE ENFERMEIRAS PARAQUEDISTAS (1961-1974) VAI SER HOMENAGEDO EM FAFE NO DIA 6 DE ABRIL 2106, DURANTE O “II ENCONTRO INTERNACIONAL DE CAUSAS E VALORES DA HUMANIDADE”


De 5 a 9 de Abril, Fafe volta a receber o “Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade”.

O “Terra Justa – Encontro internacional de Causas e Valores da Humanidade” é um evento internacional, que procura alertar, provocar e envolver as pessoas a refletir sobre a importância das causas e valores da humanidade.

De 5 a 9 de Abril, a cidade vai acolher conferências, tertúlias de café com convidados nacionais e internacionais, exposições de rua, animação de rua, debates, arte pública, entre muitas outras atividades.

Além da questão dos refugiados, vão ser ainda abordados temas como os direitos humanos em cenários de conflito, o valor da cultura e questões relacionadas com a religião. Durante cinco dias, a cidade vai ser inundada com factos, números, dados, textos e histórias reais que remetem para as causas globais e para os grandes valores da humanidade.

O Corpo de Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas que atuou no apoio aos militares feridos em combate durante a Guerra Colonial, será homenageado neste evento de grande significado, entre outras figuras e associações de grande prestígio nacional e internacional.

Penso que este “Tributo à memória”, promovido pela Câmara Municipal de Fafe, às Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas merecerá, certamente, de toda a sociedade e particularmente dos ex-combatentes da Guerra de África o nosso aplauso e o carinho da nossa gratidão.

Este será o tempo da gratidão e, mais uma vez, dizer: “PRESENTE”.

PROGRAMA

“TERRA JUSTA – II Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade”

Nota: O programa está sujeito a alterações. O nome dos intervenientes nas conversas de café e conferências/debates pode vir a ser mudado. Brevemente serão ainda indicados os nomes de todos os moderadores.

DIA 5 DE ABRIL – TERÇA-FEIRA

Pré-arranque do “Terra Justa” / Recordar a edição de 2015

14h30 – Animação de rua

15h00 – Inauguração do Jardim Maria Barroso, com a presença de Isabel Soares | Parque da Cidade

15h30 – Inauguração da exposição de arte pública “Caminho das Causas” e da exposição de rua “Luz ao fundo do túnel”

17h30 – Conferência Fundação Pro-Dignitate “A paz como missão”, com os convidados jornalista António Pacheco, dr.ª Isabel Soares, dr.ª Raquel Abecassis (RR), padre Villas Boas (TSF) e jornalista Celso Filipe (JNegócios) | Sala Manoel Oliveira

18h30 – Atribuição do Prémio “Jornalismo pela paz – dr.ª Maria de Jesus Barroso Soares”

21h30 – Apresentação do Livro “Terra Justa 2015”, pelo jornalista António Pacheco, diretor da Fundação Pro Dignitate

DIA 6 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA

10h00 – Animação de Rua

10h30 – Conversa de Café “Gente que trata gente – ativismo humanitário”, com a enf.ª Rosa Serra e Joaquim Letria | Café Shake

Capa do livro "Nós, enfermeiras
paraquedistas" (Coord., Rosa Serra)
Porto: Fronteira do Caos Editores.
2015  (Há já uma 2º ed).
15h00 – “Um salto pela memória: Salto de Paraquedas do Regimento de Paraquedistas”, pela equipa de paraquedistas “Falcões Negros”

15h30 – Colocação de mensagem no “Mural das Causas”, pela enf.ª Rosa Serra e coronel José Aparício | Praça 25 de Abr
16h00 – Conversa de Café “Eu, tu e eles: Que mundo é este?”, com Teresa Tito de Morais

17h30 – Inauguração da exposição “Gente que tratou gente - Enfermeiras paraquedistas Portuguesas”, apresentada pelo major-general José Ferreira Pinto | Arquivo Municipal, Sala Serviço Educativo

21h30 – Conferência “Memória e tributo - Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas”, moderada por enf.ª Rosa Serra, enf.ª Maria Arminda, soldado Manuel Ferreira | Teatro Cinema de Fafe jornalista Joaquim Letria com a presença do general Luís Araújo – antigo Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas de Portugal (CEMGFA), coronel José Aparício,

– Apresentação do livro “Enfermeiras Paraquedistas” por dr. Vítor Raquel | Teatro cinema de Fafe

DIA 7 DE ABRIL – QUINTA-FEIRA

10h00 – Animação de rua

10h30 – Conversa de Café “Refugiados e Deslocados – medos e mitos”, com frei Mussie Zerai e Tareke Brhane

15h00 – Colocação de mensagem no “Mural das Causas” por Agência Habeshia

15h30 – Inauguração da Exposição “EU EXISTO - missão Agenzia Habeshia” | Arquivo Municipal de Fafe

18h00 – Conversa de Café “As novas fronteiras de um novo mundo”, com Mussie Zerai e Carvalho da Silva

21h30 – Conferência de Homenagem a “Agenzia Habeshia – História e Missão”

DIA 8 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA

10h00 – Animação de rua

10h00 – Conferência de Café “A Cultura como valor na sociedade”, com Graça Morais, Maria Rueff, frei Bento Domingues e Ângelo Torres | Café Easy

11h30 – Conversa de Café “ Uma Ca(u)sa para o Mundo”, com eng.º António Guterres

15h00 – Colocação de mensagem no “Mural das Causas”, pelo engº António Guterres

15H30 – Inauguração Exposição “António Guterres vida e obra” | Arquivo Municipal

18h00 – “Arquivos de vida: uma conversa com eng.º António Guterres”

21h30 – Conferência de Homenagem “António Guterres, Vida e Obra” | Teatro Cinema de Fafe

DIA 9 DE ABRIL – SÁBADO

10h00 – Animação de rua

10h30 – Conversa de café com Artur Santos Silva

15h00 – Apresentação do projeto de torneio de futebol inter-religioso “RELIJOGANDO – o papel do desporto na questão das diferentes crenças religiosas”, apresentado por Paulo Mendes Pinto | Sala Manoel Oliveira

16h00 – Inauguração da exposição “Gulbenkian, uma missão”

17h30 – Colocação de mensagem no “Mural das Causas” de Artur Santos Silva

18h00 – Conferência OLR - "Europa Refugiada - O papel da Religião e da Laicidade nos (des)encontros do futuro | Sala Manoel Oliveira

21h30 – Conferência de Homenagem “Gulbenkian, história e missão” | Teatro Cinema de Fafe

Encerramento do evento “Terra Justa 2016”, por frei Fernando Ventura e dr. Raúl Cunha, presidente da Câmara Municipal de Fafe

Fafe, 29 março 2016

Fonte: Câmara Municpal de Fafe > Agenda > Terra Justa - II Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de março de 2016 >  Guiné 63/74 - P15890: Agenda cultural (470): Apresentação do livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", da autoria de Juvenal Amado, levada a efeito no dia 19 de Março de 2016, na sua terra natal, Alcobaça

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14824: Fotos à procura de... uma legenda (57): Evacuação do Uam Sambu, soldado do Pel Caç Nat 52, gravemente ferido em 1/1/1970: quem era a tripulação da DO 27 ? (Miguel e Giselda Pessoa / Rosa Serra)


Foto nº 1

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > 1 de janeiro de 1970 > Uma enfermeira paraquedista prepara o moribundo Uam Sambu para a evacuação para o HM 241... O camarada, de costas, com o camuflado todo ensaguentado é o Mário Beja Santos, comandante do Pel Caç Nat 52.  À saída da Missão do Sono, em Bambadincazinho, nas imediações (menos de 1 km) do quartel de Bambadinca (, onde ficava todas as noites um pelotão "emboscado"), o Sambu foi vitíma de um grave acidente com arma de fogo que lhe custou a vida. Presumivelmente ele já não chegou com vida ao hospital, face ao gravíssimo prognóstico feito logo pelo médico do batalhão, o Vidal Saraiva.

A enfermeira, de costas, usa um pulseira no braço do lado esquerdo.


Foto nº 2

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > 1 de janeiro de 1970 > Outro pormenor dos primeiros socorros prestados ao Sambu antes de ser evacuado. À esquerda do Beja Santos, sob a asa da DO 27, com a mão direita à cintuta, em pose expectante, parece-me  ser o fur mil enf da CCAÇ 12, o meu amigo João Carreiro Martins, de quem não tenho notícias há uns anos.Assinalado com um círculo a amarelo, está o piloto da DO 27, ujm jovem alferes.


Fotos: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]


Capa do livro, "Nós, enfermeiras paraquedistas",
de que a Rosa Serra foi a coordenadora
ou editora literária (**)
1. A propósito das fotos acima, já publicadas noutro poste (*), pedimos ao Miguel Pessoa, à Giselda e à Rosa Serra, para tentar identificar a tripulação da DO 27, o piloto e a enfermeira paraquedista, que vieram fazer a evacuação:

Assunto: Fotos com a evacuação do Uam Sambu


Miguel:

Olha, pede à Giselda e à Rosa Serra para verem estas fotos... Há uma enfermeira paraquedista, de costas, debruçada sobre um soldado do Beja Santos. o Uam Sambu, que vai morrer a caminho de Bissau...Foi o primeiro e único morto do dia 1/1/1970 no TO da Guiné...

O camuflado dela era diferente dos nossos... Além disso, usa uma pulseira no pulso esquerdo, talvez de prata, e talvez manufatuara no ouruves de Bafatá,,,

Foi um estúpido acidente, ali perto do quartel de Bambadinca... O ferido veio às costas do Beja Santos...

Outros pormenores: há um alferes, com cara de puto, de perfil, do lado esquerdo da DO... Vê se consegues identificar a malta da FAP, sobretudo a enfermeira paraquedista. (...)


PS - Estive ontem, na Lourinhã com os teus amigos paras do BCP 12... Tive uma grande conversa com o maj gen PQ Hugo Borges, amigo do António Estácio, e que já esteve connosco há dois anos, em Mionte Real, no encontro nacional da Tabanca Grande. Também lá estava, a meu lado, o maj gen PQ Avelar de Sousa, o cor PQ Gaspar da Chirta e mais outros oficiais, sargenrtos e praças do BCP 12, ligados à Associação de Paraquedistas Tejo Norte... Tudo rapaziado do teu tempo. Falei também com o ten gen imf  ref Jorge Manuel Silvério, do exército (n. 1945), e que segue o nosso blogue (embora só tenha feito serviço em Moçambique e em Angola)... É meu conterrãneo mas só o conhecia de vista. O pretexto foram os 10 anos do monumento aos mortos da Lourinhã na guerra colonial.


2. Resposta da Rosa Serra, por intermédio do Miguel e da Giselda:


[, foto à esquerda, a Rosa Serra, graduada em alferes;  integrou o 6.º Curso de Enfermeiras Pára-quedistas efectuado em 1967; devido a um acidente no decorrer da sua preparação, apenas veio a completar o curso em Março de 1968, tendo sido então graduada em Alferes:; passou por diversos teatros de operações:  BA4, na Terceira/Açores, em 1968 e 1972; Guiné, BCP12/Bissalanca, em 1969; Angola, BCP21/Luanda, em 1970; Tancos/RCP, em 1971; Moçambique/Mueda, em 1973; terminou o seu contrato em março de 1974; faz parte da nossa Tabanca Grande desde 25/5/2010].


Date: 2015-07-01 1:19 GMT+01:00
Subject: Re: Fotos com a evacuação do Uam Sambu


Boa Noite Miguel

Eu não sei quem é . Se a data estiver certa eu tenho a certeza que eu estava de serviço, pois tenho outras fotos na Base, nesse dia de ano novo escrito nelas.

Por um lado pareço eu mas não me lembro de alguma vez ter usado uma pulseira no punho esquerdo como mostra na foto. Logo que possa hei-de comparar com outras tentando ver semelhanças. Se não for eu não estou a ver quem seja com aquele estilo de costas e cabelo.

Tenho pena mas não consigo ajudar muito mais. Quando consultar as fotos da Guiné, que estão muitas fora de sitio com a história do livro e que ainda não as organizei, direi alguma coisa. (***)

Beijinhos para vocês e vou dormir que para mim já é tardíssimo. Rosa

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 29 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14806: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte III: O grave acidente com arma de fogo que vitimou o Uam Sambu, do Pel Caç Nat 52, na manhã de 1/1/1970

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14736: Convívios (688): A malta da Tabanca Grande no 10 de junho de 2015, Lisboa, Belém- Parte III: homenagem às antigas enfermeiras paraquedistas (Manuel Lema Santos, 1º Ten RN, imediato no NRP Orion, 1966/68)










Lisboa, Belém, Forte do Bom Sucesso, Monumento aos Combatentes do Ultramar > 10 de junho de 2015 > Cor inf ref José Aparício (antigo cmdt da CCAÇ 1790, Madina do Boé, 1967/69), e grupo de antigas enfermeiras paraquedistas homenageadas (Ao todo, cerca de 3 dezenas; terão faltado 7 das que estão vivas, segundo informação da Giselda), Grã-tabanqueiras que estiveram na cerimónia, para além da Giselda Pessoa; a Maria Arminda,  a Rosa Serra e Aura  RicoTeles (,se não erro) (LG)


PARAQUEDISTAS

Se o ter asas simboliza a liberdade
Que a vida nega e a alma precisa,
Olhai, paraquedistas, tendes tudo:
Lá no céu elevai vossas almas
Que cá na terra a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem,
Tendes ao menos a força de não a
Mostrardes a ninguém.

Aura Rico Teles
Tenente Enfermeira  Paraquedista


Fotos: © Manuel Lema Santos  (2015). Todos direitos reservados [Edição: LG]


1. Mensagem do  Manuel Lema Santos [,1º tenente da Reserva Naval, imediato no NRP Orion, Guiné, 1966/68; membro da nossa Tabanca Grande desde 21 de abril de 2006] [, foto atual  à esquerda]:

Data: 11 junho 2015 18:05



Assunto - Lisboa, Belém, 10 de junho de 2015, homenagem às enfermeiras paraquedistas

Luís Graça,

Dentro das minhas magras possibilidades e porque as fotografei, aqui vão algumas fotos aquando da homenagem às Enfermeiras Páraquedistas.

Como mera curiosidade, como muitos saberão, o Cor José Aparício que fez a alocução, foi comandante da CCaç 1790 [, tragicamenmte ligada ao desastre de Che-Che,  Corubal, 6/2/1969], pertencente ao BCaç 1933, em que meu irmão esteve integrado como médico (1967/69),

Abraço,
MLS
___________

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14696: Efemérides (192): finalmente uma justa homenagem às enfermeiras paraquedistas, no 10 DE JUNHO de 2015; programa do Encontro Nacional dos Combatentes no próximo 10 de Junho, em Belém, Lisboa (Rosa Serra)

1. A nossa Camarada Enfermeira Paraquedista Rosa Serra enviou-nos o programa das cerimónias do próximo 10 de Junho - Encontro Nacional dos Combatentes em Belém. 







Caros Amigos e Amigas:


Se quiserem reencaminhar para os vossos amigos e conhecidos tal como estou eu a fazer, aqui envio o programa para o dia 10 de Junho. 

Beijinhos,  Rosa


Vivam, bom dia. 

Envio este poster com o programa do Encontro Nacional dos Combatentes no próximo 10 de Junho em Belém.

Este ano teremos finalmente uma Homenagem ás Enfermeiras Paraquedistas, acto da maior justiça e satisfação para todos nós.

Convocamos todos a participarem e a divulgarem esta tão importante Cerimónia!

Francisco Van Uden 
___________

Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

31 DE MAIO DE 2015 > Guiné 63/74 - P14682: Efemérides (191): Aquele dia inextinguível (Mário Beja Santos, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14497: Lembrete (11): Sessão de lançamento do livro de Dora Alexandre, jornalista e filha de militar da Marinha, "O Outro Lado da Guerra Colonial" (A Esfera dos Livros, 2015): hoje, 3ª feira, dia 21 de abril, pelas 18h30, na loja FNAC do Colombo, Lisboa


Capa do livro "O Outro Lado da Guerra Colonial", de Dora Alexandre (Lisboa, A Esfera dos Livros,  abril de 2015,  336 pp., 17 €) (*)


Convite

A editora A Esfera dos Livros lança no dia 21 de abril pelas 18h30 na loja FNAC do Colombo, [Lisboa, ] uma nova edição sobre o conflito no Ultramar: “O Outro Lado da Guerra Colonial”, de Dora Alexandre, lança um olhar diferente sobre os anos que os militares portugueses passaram no Ultramar. 

Que realidade encontraram os militares portugueses num continente distante e desconhecido? O que faziam no tempo livre? Que peripécias viveram? A autora entrevistou mais de meia centena de combatentes e também alguns artistas, que partilharam vivências paralelas ao conflito armado: vivências do dia a dia, histórias divertidas, caricatas e insólitas.

O prefácio é do Prof. Adriano Moreira e a apresentação ficará a cargo do Comendador José Arruda (ADFA) e do jornalista Joaquim Furtado, autor da série documental “A Guerra”.



Entre os combatentes entrevistados, contam-se algumas caras conhecidas do meio artístico como os atores Rui Mendes, Vítor Norte, João Maria Pinto, Domingos Machado (Belle Dominique) ou João Mota, e ainda Manuela Maria, Io Apolloni, Rodrigo e Octávio de Matos, que atuaram em África para entreter os militares.



Todos os interessados são bem vindos na apresentação. 






2. Mensagens de Dora Alexandre, trocadas com os nossos editores:

(i) Mensagem de 1 de abril de 2015:




Boa tarde, não sei se se lembra de mim, sou Dora Alexandre, jornalista, e ajudou-me a entrar em contacto com alguns combatentes ligados ao blogue, para um livro.

O livro está finalmente pronto, chama-se "O Outro Lado da Guerra Colonial" e contém histórias de 57 entrevistados.

Gostaria de lhe agradecer e convidar-vos para o lançamento - é dia 21 de abril às 18h30 na loja FNAC do Colombo. Teria muito gosto na vossa presença.

O prefácio é do Prof. Adriano Moreira e a apresentação ficará a cargo do Comendador José Arruda (ADFA) e do jornalista Joaquim Furtado.

Envio um pequeno texto à laia de press release, caso queiram partilhar.

Muito obrigada por tudo! Dora

(ii)  Mensagem de 20/10/12, que o coeditor Carlos Vinhal depois reencaminhou para o correio interno da Tabanca Grande:

Caros senhores,

Sou Dora Alexandre, jornalista, e estou a contactar-vos porque vou escrever um livro baseado em histórias da Guerra Colonial, para uma editora.

Sendo eu filha de militar - o meu pai esteve 4 anos na guerra da Guiné e Angola e reformou-se há pouco tempo da Marinha - e tendo eu própria nascido em Angola, tenho muito empenho em dar o meu modesto contributo para a preservação da memória e para dar mais um pouco de voz a quem serviu o país no Ultramar.

Vou entrevistar ex-militares que estiveram na guerra para saber histórias e vivências. Caso acedam a dar-me uma ajuda, com entrevistas e contactos, poderei dar mais pormenores sobre a abordagem deste livro.

Podem encontrar informação sobre o meu percurso profissional aqui http://www.linkedin.com/in/doraalexandre

Agradeço, desde já, a atenção dispensada e aguardo uma resposta. Saudações cordiais, Dora Alexandre

(iii) Mensagem de 20/11/13



Olá, boa tarde,

Não sei se se recorda de mim, sou jornalista e estou a escrever um livro para a Esfera,  baseado em testemunhos do Ultramar. Ajudou-me ao início com a divulgação do meu pedido para entrevistas. Foi uma ótima ajuda, mais uma vez obrigada!

O trabalho já está adiantado e estou apenas a compor o leque de entrevistados, que já vai em 4 dezenas. Gostaria que fosse minimamente representativo. Ainda não tenho nenhum Ranger e gostaria de contactar o sr. José Romeiro Saúde, de Beja. Pode por favor ajudar-me?

Agradeço desde já a sua atenção. Saudações cordiais, Dora.

(iv) Resposta do nosso editor Luís Graça,com data de  21/11/13



Dora: Estou em Luanda... Aqui vai o contacto do José Saúde  (...) (*)

Um kandando. Luis Graça

______________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 4 de março de  2015 > Guiné 63/74 - P14318: Lembrete (10): Apresentação do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", da autoria de Sofia Branco, hoje, dia 4 de Março de 2015, pelas 19h00, na Associação 25 de Abril (A25A), em Lisboa

(**) Vd. poste de 7 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14442: Agenda cultural (390): Dora Alexandre, jornalista, apresenta “O Outro Lado da Guerra Colonial” (José Saúde)

(...) Eis a lista de entrevistados (a negrito e a amarelo, camaradas da Guiné, muitos deles nossos grã-tabanqueiros):

Ilustrino Alexandre Júnior, Marinha, Guiné 1971-73 / Angola 1974-75 (PAI); 
Domingos Machado, Exército, Angola 1973-74; 
Octávio de Matos, Artista; 


Belmiro Tavares, Exército, Guiné 1964-66; 
Francisco Nicholson, Artista; 
Carlos Miguel, Exército (Psico), Guiné 1967-69; 
Carlos Pereira, Exército, Angola 1964-65; 

Mário Gualter Pinto, Exército, Guiné 1969-71; 
Carlos Rios, Exército, Guiné 1965-67; 
João Paulo Diniz, Exército, Guiné, 1970-72; 
Manuel Valente Fernandes (Médico) Guiné 1973-74; 
Farinho Lopes, Exército, Moçambique 1970-72; 

José Santos, Exército (Enfermeiro) Guiné 1971-73; 
Fernando Costa, Exército, Guiné 1972-74; 
José Manuel Lopes, Exército Guiné 1972-74; 
Rui Neves, Força Aérea, Angola 1970-72; 

Amílcar Mendes, Comandos, Guiné 1972-74; 
José António Pereira, Comandos, Guiné 1972-74; 
Romão Durão, Marinha, Angola 1968-70 / Angola 1971-75; 
João Maria Pinto, Exército, Moçambique 1969-71; 

Armando Carvalhêda, Exército, Guiné 1972-73; 
António Almeida, Exército, Moçambique 1972-74; 
Alfredo Brás, Marinha, Moçambique 1970-1974; 
João Mota, Exército, Angola 1965-66; 

Vítor Oliveira, Força Aérea, Guiné 1967-69; 
José Pedro Reis Borges, Força Aérea, Angola 1972-74; 

Hugo Borges, Paraquedistas, Guiné 1972-74; 
José Avelino Almeida, Exército, Guiné 1970-72; 
Luís Rolo, Exército (Enfermeiro) Angola 1970-72; 
António Prates da Silva, Polícia Aérea, Angola 1974-75; 

Vítor Norte, Exército (Enfermeiro) Guiné 1973-74; 
Luís Pinhão, Paraquedistas, 1973-74; 
Carlos Vinagre, Comandos, Angola, 1971-73; 

Rosa Serra, Paraquedistas (Enfermeira) Guiné 1969-70 / Angola 1970-71 / Moçambique 1973; António Godinho Luís, Comandos, Angola, 1961-63; 
António Leal, Comandos, Angola, 1961-63; 
Rui Mendes, Exército, Angola, 1962-64; 
Raul Patrício Leitão, Fuzileiros, Moçambique 1966-68 / Missão Hidrográfica N.H. «Carvalho Araújo», Angola e S. Tomé, 1970-75;

José Paracana, Exército, Guiné, 1971-73; 
João Dória, Exército (Médico) Guiné, 1968-70; 
Io Apolloni, Artista; 
António Vasconcelos Raposo, Fuzileiros, Angola, 1973-75; 

Nuno Mira Vaz, Paraquedistas, Angola 1963-65 / Guiné 1966-68 / Guiné 1970-72 / Moçambique 1973-74; 
Rodrigo, Artista;
Mário Henriques Manso, Fuzileiros, Angola 1963-65, Angola 1966-68; 

Nazário de Carvalho, Exército (Capelão) Moçambique 1961-64 / Guiné 1964-66 / Angola 1970-72; 

José Romeiro Saúde, Ranger, Guiné 1973-74; 
Joaquim Santos, Exército, Guiné 1967-69; 
Agostinho Rocha, Exército, Angola 1965-67; 
Manuel Roque dos Reis, Fuzileiros, Moçambique 1968-70; 
José Manuel Parreira, Fuzileiros, Guiné 1964-66 / Angola 1966-69; 

Otelo Saraiva de Carvalho, Exército, Angola 1961-62 / Guiné 1971-73; 
Manuel Lopes Dias, Exército, Moçambique 1970-71; 

António Carreiro e Silva, Fuzileiros, Angola 1967-69 / Angola 1972-74 / Guiné 1974; 
Francisco Guerreiro Soares, Fuzileiros, Angola 1964-66 / Guiné 1969-71 / Guiné 1972-74; 
Carlos Alberto Acabado, Força Aérea, Angola 1963-65 / Angola 1965-70 / Angola 1971-75; Norberto Cardoso, Exército, Angola 1974-75; e

 Manuela Maria, Atriz, Angola e Moçambique 1962, Guiné 1967. (...)

domingo, 29 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14415: Agenda cultural (385): Em Aveiro, no passado dia 26 de Março: Apresentação do livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas” (Miguel Pessoa)

Com a devida vénia à Tabanca do Centro e ao nosso camarada Miguel Pessoa, reproduzimos o poste versando a apresentação do livro "Nós Enfermeiras Paraquedistas", levada a efeito no passado dia 26 de Março em Aveiro. 


Integrada nas cerimónias do dia da Unidade do RI 10, efectuou-se em Aveiro, no passado dia 26 de Março, a apresentação do livro “Nós, Enfermeiras Paraquedistas”. A sessão decorreu nas instalações do Centro de Congressos de Aveiro, cedido para o efeito pela Câmara Municipal de Aveiro.

Como tinha já sucedido na apresentação original em Novembro, no Estado Maior da Força Aérea, a sessão contou com a presença do Professor Adriano Moreira (autor do prefácio do livro) e do TCor. Aparício, que fez uma apreciação da obra. Igualmente presentes várias enfermeiras paraquedistas co-autoras deste livro.

Na mesa, presentes ainda o Presidente da Câmara de Aveiro, Engº José Ribau Esteves, o Comandante do RI 10, Cor José Carlos de Almeida Sobreira, a Enfermeira Rosa Serra, coordenadora do livro, e o Dr. Vitor Raquel, da “Fronteira do Caos Editores”.

Embora não estivesse exageradamente preenchida, a sala contou com a presença de alguma gente jovem e, naturalmente, de combatentes da guerra de África. Dos envolvidos nas actividades dos blogues, registámos a presença de elementos da Tabanca Grande, vários deles ligados igualmente à Tabanca do Centro – Jorge Picado (capitão miliciano em Mansoa, Mansabá e Teixeira Pinto), José Armando Ferreira de Almeida (então Furriel, contemporâneo do Luís Graça em Bambadinca), Carlos Prata (capitão em Cafal Balanta e Bissorã), Manuel Reis (alferes em Guileje), Miguel Pessoa (tenente na BA12).



Igualmente várias enfermeiras “tabanqueiras” presentes - Rosa Serra, Giselda Antunes e Aura Rico Teles – para além das enfermeiras Eugénia Espírito Santo Sousa, Natércia Pais, Ana Maria Bermudes, Octávia Santos, Natália Santos e Maria de Lurdes Costa Pereira (nomes de solteiras, pelos quais eram conhecidas na época).

Como já tinha sucedido na sessão anterior, os dois convidados fizeram apresentações de grande interesse e qualidade, que foram bastante apreciadas pelos presentes.

E, no âmbito das comemorações do dia da Unidade, os presentes ainda puderam apreciar uma sessão de música que se seguiu a esta apresentação, proporcionada pela Banda Militar do Porto.

A próxima apresentação do livro, inicialmente prevista para 9 de Abril, devido a comemorações que irão decorrer nessa data foi passada para 16 de Abril, às 15H00, nas instalações da Messe da Batalha, no Porto.
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14390: Agenda cultural (388): Apresentação do livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", dia 26 de Março de 2015, pelas 18h00, no Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, Cais da Fonte Nova, Aveiro (Miguel Pessoa)

segunda-feira, 2 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14312: Notas de leitura (686): “Nós, Enfermeiras Paraquedistas”, coordenação de Rosa Serra e prefácio do Prof Adriano Moreira, Fronteira do Caos, 2014 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 25 de Fevereiro de 2015:

Queridos amigos,
Está aqui o melhor do que até hoje se publicou sobre as nossas extremosas enfermeiras.
Depõem na primeira pessoa do singular, vão cativar-nos. Obviamente que nem tudo é inesperado, esta bibliografia já não é tão pequena quanto isso, mas o arco histórico aparece totalmente preenchido, a Guiné tem páginas desenvoltas, histórias assombrosas, há episódios em que acompanhamos as lágrimas das narradoras, são coisas muito nossas, estão ali bem impressivos códigos de sofrimento que sabemos entender.
Este livro é de leitura obrigatória e é um documento imorredoiro, obrigatório, do que elas sofreram e viram sofrer.
Honra às enfermeiras paraquedistas portuguesas!

Um abraço do
Mário


Nós, enfermeiras paraquedistas

Beja Santos

“Nós, Enfermeiras Paraquedistas”, coordenação de Rosa Serra, Fronteira do Caos, 2014, é seguramente, entre a bibliografia já publicada sobre as extremosas mulheres que acudiam aos militares em sofrimento na guerra que travámos em África, a obra mais abrangente, mais exaustiva e mais terna. Temos aqui as enfermeiras na primeira pessoa, com os seus registos de compaixão e brandura. Homenageando os socorristas das unidades de combate, logo no pórtico da narrativa, dizendo:  
“Eles acompanhavam os combatentes pelas picadas, apeados ou em viaturas, em colunas de todos os tipos ou em operações penosas ou arriscadas. Na sua quase totalidade tinham escassos conhecimentos de enfermagem e dispunham de meios materiais reduzidíssimos para prestarem os primeiros-socorros aos seus camaradas feridos ou doentes. Atuavam sempre em estado de tensão nervosa. Eram geralmente os primeiros a chegar junto dos seus companheiros feridos, prestando-lhes o primeiro auxílio, tantas vezes debaixo de fogo intenso! Em algumas ocasiões, os socorristas também eram o seu único resguardo, protegendo-os, em prejuízo da sua própria segurança”.
Só gente de qualidade se lembraria desta homenagem, porque a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam.

Este livro é um extraordinário compêndio da ética do cuidado, neste caso nos afãs da guerra. Elas contam como foi, as suas origens, o que as levou a decidir uma profissão na saúde, como se processou a preparação militar, como se adaptaram aos serviços de saúde militares e depois como rumaram para África. Decidiram pôr por escrito experiências inolvidáveis, tantas vezes dolorosas, descrevem o trágico e o profundamente íntimo, entre sorrisos e lágrimas: os primeiros dias em África, as primeiras missões de serviço, as primeiras comissões, preponderam as narrativas a partir de Bissau e de Mueda, fala-se do apoio às populações e os episódios ficam mais acalorados com as evacuações, saltar do helicóptero e presenciar a tragédia, confortar um soldado com o pé esfacelado que responde com sentida emoção:  “Senhora enfermeira, com pé ou sem pé, estou vivo. O que me preocupa é a dor da minha mãe”; e há as evacuações de longo curso, conferidos em delírio, outros absortos, em estado de choque, porque perderam as pernas ou as mãos; e há a consciências nos riscos que viveram; aterragens forçadas no meio do inimigo e até a visão da morte de uma outra enfermeira como foi o caso da Celeste, em plena base de Bissalanca, uma enfermeira depõe:  
“A pouco mais de um metro de um DO-27, corpo brutalmente danificado, reconhecemos ser a Celeste, já cadáver. Olhámos para ela, e tinha um corte profundo desde o queixo, passando pelo meio da cabeça, e terminava na parte posterior da omoplata; o braço estava preso por alguns tendões, ou nervos. Olhámos para o lado e vimos a massa encefálica espalhada por ali. A Eugénia e eu sem abrirmos a boca, e mesmo em choque, reagimos de imediato e começamos a apanhar a massa encefálica…”.

Estes depoimentos são um presente valiosíssimo para a história da guerra, um trabalho muito bem sistematizado onde não faltam os aspetos humanos, os episódios mais rocambolescos, a presença do feminino num espaço tipicamente masculino. E há o jeito de contar, envolvente, como se estivéssemos todos à volta de uma lareira e se desfiassem aquelas histórias que já conhecemos por outras bocas mas que aqui riscam como diamante. É o caso da narrativa e que se parte para uma evacuação em Gadamael-Porto, após a aterragem a enfermeira vê aproximar-se um militar, é um alferes que comunica que o capitão morreu, a enfermeira com a ajuda dois ou três militares prepararam o corpo. Quando a maca é levada até ao avião, levanta-se um tumulto, um protesto: “O nosso comandante não sai daqui sem um velório digno, feito por nós!”.
O alferes soluça, debulha-se em lágrimas: “…Desculpe, senhora enfermeira, desculpe…”.
E as lágrimas continuavam correndo livremente pelo seu rosto. E a narradora despe a alma, sente-se tocada pelos militares de Gadamael terem visto que ela também sentira um profundo desgosto pela morte do seu capitão:
“E reparei que houve neles um sentimento de gratidão, não apenas por ter ajudado a compor e a dar dignidade ao cadáver, mas também por me ter disposto a assumir a responsabilidade de fazer aquilo que, e eles sabiam-no, as normas não permitiam. Naqueles momentos em que percorremos a distância entre a improvisada morgue e a pista, todos os militares e eu própria nos sentimos envolvidos pela mesma emoção, como se um invisível abraço de partilha e aconchego nos unisse nesse pesado episódio. Depois descolámos em direção à nossa Base, informando o piloto que o ferido tinha morrido. Tocou-me e comoveu-me muito a admirável atitude da guarnição de Gadamael-Porto. Foi tal o apreço por aquele gesto que ainda hoje, ao descrevê-lo me comovo ao lembrar tão elevados sentimentos que aqueles militares demonstraram em relação ao seu comandante”.
De tudo encontramos nestes relatos: guerrilheiros agradecidos, reconhecimentos de civis, alguém que pede o último cigarro, enfermeiras feitas madrinhas de guerra.

O prefácio do professor Adriano Moreira vem à altura deste monumental trabalho sobre as enfermeiras paraquedistas:  
“No caso português, esta iniciativa levou à criação das Enfermeiras Paraquedistas, devida ao general Kaúlza de Arrigada, ainda teve que vencer a resistência cultural que se traduzia em que nem Jefferson, na Declaração de Filadélfia, conseguiu eliminar, que era a condição separada, jurídica e socialmente inferior, das mulheres. A sua persistência conseguiu vencer, e certamente foi uma iluminação coletiva da Nação em armas, verificar a resposta decidida, corajosa, exemplar, das voluntárias que entraram na história por direito, não apenas pelo contingente, mas individualizadas, orientadas pelo saber de que cada ser socorrido, em condições inesperadas de risco e de também escassos recursos, é um fenómeno que não se repete na história da humanidade”.
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Notas o editor

(*) Vd. poste de 23 de Fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14287: Agenda cultural (381): Está de novo à venda o livro "Nós Enfermeiras Paraquedistas", que tem apresentações marcadas em Aveiro, no dia 26 de Março, e no Porto, no dia 9 de Abril

Último poste da série de 27 de Fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14306: Notas de leitura (685): “Crónica do descobrimento e conquista da Guiné”, por Gomes Eanes da Zurara, adaptação de Frederico Alves, edição da Agência Geral das Colónias (2) (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14287: Agenda cultural (377): Está de novo à venda o livro "Nós Enfermeiras Paraquedistas", que tem apresentações marcadas em Aveiro, no dia 26 de Março, e no Porto, no dia 9 de Abril

Com a devida vénia à Tabanca do Centro, transcrevemos a seguinte notícia ali publicada:


“NÓS, ENFERMEIRAS PARAQUEDISTAS”

A Tabanca do Centro fez em devido tempo (NOV2014) a divulgação da apresentação do livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas".

Estamos agora em condições de informar que o livro já está à venda nas grandes superfícies (Bertrand, FNAC, etc.) a um preço que rondará os 19,00 €. Deverá ser num desses locais que os interessados deverão fazer a sua aquisição.


Aproveitamos ainda para informar que estão já previstas duas apresentações do referido livro:

A primeira em Aveiro, pelas 18H00 de 26 de Março, no Centro de Congressos de Aveiro Cais da Fonte Nova, contará com a presença do Senhor Professor Adriano Moreira.

A segunda pelas 15H00 de 9 de Abril, na Messe de Oficiais da Batalha, no Porto, com o apoio do Núcleo da Liga dos Combatentes. 

A informação sobre estas duas apresentações foi-nos transmitida por um responsável pela Editora "Fronteira do Caos", que publicou o livro, podendo ainda ser passível de pequenas correcções. 

Divulgaremos mais pormenores quando deles tivermos conhecimento.
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14269: Agenda cultural (380): Sessão de apresentação do Projecto "MGF, NÃO", dia 19 de Fevereiro de 2015, a partir das 14h20, no Edifício Municipal, Campo Grande n.º 25, Lisboa (Beja Santos)