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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15528: Feliz Natal / Filis Natal / Merry Christmas / Feliz Navidad / Bon Nadal / Joyeuz Noël / Buon Natale / Frohe Weihnachten / God Jul / Καλά Χριστούγεννα / חַג מוֹלָד שָׂמֵח / عيد ميلاد مجيد / 聖誕快樂 / С Рождеством (11): Domingos Gonçalves; J. L. Vacas de Carvalho; João Sacôto; José Teixeira; Sousa de Castro e Rui Santos

1. Mensagem natalícia do nosso camarada Domingos Gonçalves, (ex-Alf Mil da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68):

Ao aproximar-se mais uma quadra festiva, para todos muito importante, venho por este meio desejar a todos os colaboradores da Tabanca Grande, e respectivos visitantes, um ALEGRE E SANTO NATAL, e um ano de 2016 repleto de muitas coisas boas, em especial muita saúde.

Para todos um grande abraço.
BOAS FESTAS
É o sincero desejo do,
Domingos Gonçalves

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2. Mensagem do nosso camarada J. L. Vacas de Carvalho (ex-Alf Mil Cav, Comandante do Pel Rec Daimler 2206, Bambadinca, 1970/72):

Para toda a Tabanca Grande e respectivas Famílias um grande Abraço e um Feliz e Santo Natal

Zé Luís

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3. Mensagem do nosso camarada João Gabriel Sacôto Martins Fernandes (ex-Alf Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66):

Para os todos os camaradas da TABANCA GRANDE, com um forte e sentido ABRAÇO, 
JS


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4. Mensagem do nosso camarada José Teixeira (ex-1.º Cabo Aux Enf, CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70):

Caras/os Amigas/os, 
De novo o Natal a entrar-nos pela porta e pela alma adentro. 
É o momento de lembrarmos os amigos que, embora longe, moram no nosso coração. 
É o momento de tocarem os sinos a lembrarem as suas vidas, a sua saúde, a sua alegria entre os mais chegados, se possível na mesa grande aconchegados. 
É o que desejo a todos, neste Natal, em que a família, por excelência, se revelou e apresentou ao Mundo como modelo e incentivo à interioridade deste tempo natalício. 
É bom termos modelos a seguir, assim, diante de nós, a facilitar o nosso caminho e a consciência dele. 
Aproveito a oportunidade para fazer votos de um Natal muito feliz, numa família reunida em volta de uma mesa que alimente o corpo e o espírito, numa alegria singular. 
E um excelente Ano de 2016, repleto de saúde, de paz e de amor.

José Teixeira

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5. Do nosso camarada Sousa de Castro (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74):


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6. Mensagem do nosso camarada Rui Santos, (ex-Alf Mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65):

Festas Felizes, Feliz e Santo Natal, Ano Novo cheio de alegria, saúde, felicidades e que todos os projectos sejam executados a contento. 
São os meus desejos sinceros.

Rui Santos


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Nota do editor

Último poste da série de 22 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15527: Feliz Natal / Filis Natal / Merry Christmas / Feliz Navidad / Bon Nadal / Joyeuz Noël / Buon Natale / Frohe Weihnachten / God Jul / Καλά Χριστούγεννα / חַג מוֹלָד שָׂמֵח / عيد ميلاد مجيد / 聖誕快樂 / С Рождеством (10): Catarina Schwarz (BIssau)

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P14976: Memória dos lugares (312): Recordo, entre outros, o rio Ungauriuol, afluente do rio Cumbijã, onde fui alvejado pelo IN com uma 22 milímetros, e onde o N/M Gouveia 16 sofreu uma tremenda flagelação (Rui Santos, ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65)

1. Mensagem de Rui Santos [ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65]

Data: 3 de julho de 2015 às 20:29

Assunto:  Sondagem sobre ss nossos rios da Guiné

 Amigo Luís:

Percorri diversos, atravessei diversos, rios principais, afluentes e ribeiras, ou braços de rio, começando pelo Geba, foi aí que apanhei a primeira desilusão, era um país esquecido, lá "para baixo", no Atlântico, onde já tinha passado em 1961,  rumo a Luanda como civil, do Geba apenas isso,  o meu contacto com a Guiné.

Enviado para o sudoeste (Bedanda),  tomei contacto com o afluente do Cumbijã,  o Ungauriuol (nossa fronteira com o IN),  subi o Cumbijã em operações de vigilância, e destruição de canoas, para dificultar a vida do IN.

Pelo Ungauriuol recebíamos os batelões com os mantimentos, passei de canoa pelo rio acima e alvejaram-me com uma 22, claro que estou aqui ... não me acertaram, por vezes também recebíamos os mantimentos no cais de Cobumba, era a sete quilómetros do aquartelamento.

Neste afluente do Cumbijã, o Gouveia 16 foi flagelado terrivelmente, morrendo o rádiotelegrafista e ficando pelo menos 20 feridos,  dos quais 4 eram militares que faziam protecção ao NM-G16.

Mais para leste, numa missão que me incumbiram,  levei o meu pelotão pelas bolanhas, tarrafes, ribeiros, numa dessas travessias tive que me atirar á água (castanho esverdeado acinzentado opaco) para salvar vários militares de se afogarem, mergulhando para os ir buscar sem os ver... mas salvei-os graças a Deus, não me lembro do nome desse braço de rio ou mesmo ribeiro, pois a noite caiu e só queria tirar os meus soldados de uma possível retaliação do IN.

Mais tarde já em Bolama,  o canal de Bolama, os rios e ribeiros dessa ilha e o canal que separa a Ilha das Cobras da Ilha de Bolama, que atravessava na vazante, antes de minha filha nascer, eu e minha mulher embarcámos em Bolama no Bor e fomos pelo canal de Bolama, os outros canais cujo nome não me recordo e entramos no Geba com uma noite de temporal que tive medo por minha mulher, pois íamos sentados em cima de cordas junto da amurada e a chuva caía se Deus a dava.

Por aqui me fico,
Abraço
Rui G dos Santos
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Nota do editor:

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13971: Inquérito online: as primeiras respostas: Máquinas fotográficas e fotografia; prova de vida; votos de boas festas 2014/15




Guiné > Região de Tombali > Setor S2 (Aldeia Formosa) >  CCAÇ 18  > c. 1973/74 > Uma saída para o mato.. Foto de Antero Santos , que têm lá mais 300, (que já mandou digitalizar, para partilhar com a Tabanca Grande... Eis uma bela prenda de Natal!).


Foto: © Antero Santos  (2014).Todos os direitos reservados [Edição: LG]


As primeiras respostas à nossa sondagem, envaidas ontem, e também provas de vinda e votos de bopas festas 2014/15 (*)...


(i) Rui Santos [ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65]

 Luis, meu amigo

Máquina fotografica ?? Que é isso ?? Nunca usei ... granadas defensivas, ofensivas, incendiárias, de morteiro,  de bazuca ... isso sim mas nunca atirei com essa ... máquina, apenas fui "atingido" por máquinas de outrèm.

Mas acho piada a quem foi para o mato ... fotografar.

Bom Natal, mas antes encontramo-nos na "Gala dos galos" [, dia 18 de dezembro, na ADFA].

Abraço, Rui Santos (o verborreico)


(ii) João Lourenço [, vive em Matosinhos; ex-alf mil, PINT 9288, Cufar, 1973/74]

Meu caro Luís,

Foi na Guiné que comecei a fotografar, por causa do comércio de máquinas de boa qualidade a preços razoáveis. A minha foi comprada,  salvo erro,  no TAUFIK SAAD,  em Bissau;   era uma Canon FTb, se não erro.

Tenho algumas fotos a preto e branco, mas poucas,  porque vinham revelar a Lisboa, e nem sempre havia portador do mato para a metrópole.

São memórias que guardo com carinho, dos bons e maus momentos

Um alfabravo, João Lourenço



(iii) Rui Vieira Coelho

[médico reformado, ex-alf mil médico BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518 (Galomaro, 1973/74, e subdelegado de saúde da zona de Galomaro-Cossé [, foto à esquerda, em 1973, em Galomaro, da autoria de Juvenal Amado]

Tinha máquina fotográfica comprada nos Açores onde estive a fazer inspecções militares,  e era uma Aza Pentax Spontamatic II,  semi- profissional

Tenho fotografias a preto e branco. Tenho a cores. Tenho slides a cores

Um abraço do
Rui Vieira Coelho





(iv) Armando Fonseca 


[, ex-Soldado Condutor, Pel Rec Fox 42, Guileje e Aldeia Formosa, 1962/64]



Levei da metrópole uma máquina tipo caixote que era minha e de mais dois camaradas, e que no final foi sorteada e não me calhou a mim, mas na altura , como hoje, o dinheiro era pouco e não dava para investir em muitas fotografias, mas hoje tenho pena de não ter feito mais

Armando Fonseca

(v)  José Manuel [de Melo Alves] Lopes [Josema]

[vitivinicultor, duriense, poeta, ex-fur mil, CART 6250/72, "Os Unidos de Mampatá, Mampatá, 1972/74]


Sim, tinha uma Kodak, prenda de meu pai no natal de 1971. A Kodak, um lápis e um caderno me acompanhavam para todo o lado. Os rolos eram revelados em Aldeia Formosa, eté o batalhão ser rendido em 73. Havia lá um "habilidoso" que percebia da poda. Depois, passaram a ser revelados em Bissau, quando havia portador.


josema


(vi) Ricardo Almeida 

[, ex-1.ºcabo, CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Farim, K3 / Saliquinhedim, Cuntima e Jumbembem, 1969/71]

Respondi:

1. Nunca tive máquina no CTIG

4.  Às vezes emprestavam-me uma máquina ou tiravam-me fotos

7.  Tenho bastantes “slides”

(vii) Guilherme Ganança


 [ex-Alf Mil da CCAÇ 1788/BCAÇ 1932,
 CabedúCatió eFarim
1967/69]

Olá, Luís Graça

Em relação à sondagem sobre fotografias: eis as minhas respostas:

1 - Nunca tive máquina fotográfica no TO da Guiné.
5 - Havia um «fotógrafo de serviço».
8 - Tenho algumas fotos a preto e branco.

Desejo-te, desde já, um Bom Natal, bem como a todos os camaradas da Tabanca Grande.

Eu estou recuperado e sinto-me bem. Só tenho de cumprir as «ordens de serviço» emenadas do IPO, atarvés da médica que me acompanha.

Alfa-bravo. Guilherme Costa Ganança


(viii) João [José de Lima Alves] Martins

[ex-alf mil art, BAC1, Bissum, Piche, 
Bedanda, Gadamael e Guileje, 1967/69 ]


Respostas:


3. Comprei uma máquina na Guiné


7. Tenho bastantes “slides” [, que partilhei no Facebook e no blogue].


(ix) Antero Santos [ex-Fur Mil Atirador/Minas e Armadilhas da CCAÇ 3566 e da CCAÇ 18 - Empada e Aldeia Formosa -, 1972/74]


 Caros Amigos Luís Graça e demais editores

Relativamente a máquinas fotográficas informo que:

2 - quando parti para a Guiné levei uma máquina da marca Kodak, das mais baratas, toda em plástico.
3 - Comprei depois a um gila, em Empada, uma melhor, da marca Halina, ainda em 72. Em 73, já em Aldeia Formosa, vendi a Halina e comprei ao 1º sargento Pires (da CCAÇ 18, a minha unidade) uma Canon QL 17 (ou 19); esta Canon "foi-se" no Aeroporto Sá Carneiro por volta de 1994; deixei-a numa cabine telefónica e desapareceu. Em 73, numa das idas a Bissau, comprei um projector de slides (que ainda tenho);

6 - tenho algumas fotoa a preto e branco (40 a 50);

7 - tenho slides (cerca de 300) que já mandei digitalizar.

Em 73 comprei em Bissau um projector de slides (que ainda tenho).

Junto uma foto (transferida de um slide) do meu grupo de combate; como sempre saíamos do quartel mais ou menos a granel e quando chegávamos ao posto avançado antes do arame há que agrupar e sair - "vamos a eles antes que eles venham a nós" - frase que eu dizia sempre imediatamente antes de passar o arame farpado. Nos 18 meses que estive em Aldeia Formosa, comandei o grupo de combate por não ter Alferes,

Um abraço

(x) Martins Julião [, empresário, Oliveira de Azxemeis; ex-alf mil inf, CCAÇ 2701, Saltimnho, 1970/72]

Camarada,

Comprei uma no Saltinho, sob encomenda aos gilas, uma Canon,  formidável; no meio da confusão cheguei a Portugal sem ela.

Um furriel da CCaç 2701 era o fotografo de serviço: Furriel Mil Alves.

Uma saudação cheia de tempos idos.

Martins Julião


(xi) Fernando Chapouto 

[ex-fur mil op esp, CCAÇ 1426, Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67]


Quando entrei no Niassa,  a primeira coisa a comprar foi uma garrafa de whisky só para saber como era, não me dei mal com ele, só um bocadinho mais forte do que a minha aguardente de bagaço.

No mesmo dia comprei a máquina fotográfica e foi tirar fotografias sem fim até chegar a Bissau.
Como era fracota quando cheguei ao sector de Bafatá,  comprei uma melhor por dois contos no meu amigo e conterrâneo Eduardo Teixeira, que era o dono da drogaria ao, lado onde se comiam uns bons petiscos e em frente à porta de entrada  do quartel, que passou a revelar-me os rolos, por isso ainda ganhei algum patacon com as fotografias.

È esta a história da máquina fotográfica.

Ficaste elucidado quanto à BOR?

Um forte abraço
Fernando Chapouto

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13967: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (90): Finalmente uma foto do BOR (António Bastos / Manuel Amante / Rui Santos / João Silva)


Foto nº 1


Foto nº 2


Fotos: © António Bastos (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem do n osso camarada António Bastos:

Data: 1 de dezembro de 2014 às 14:57

Assunto: Será o Bor?

Companheiro Luís, boa tarde.

Luís,  têm-se falado muito no BOR, eu não me lembro de ouvir esse nome dos colegas da marinha que passavam pelo Cacheu em 1964.

Mas como tinha esta foto [, foto nº 1,] ,  enviada por um colega que infelizmente já se foi, lembrei-me de a mandar, assim como esta outra, de uma embaecação   [, foto nº 2,] que ainda ninguém se lembrou de falar: era o Pecixe,  fazia o transporte de civis do Cacheu para S. Domingos e tinha como tripulação o grumete fogueiro,  motorista nº 8838,  de nome José País (, ainda vivo,  mora em Mem Martins,) e o cabo Candeias, que nunca mais soube dele.

Este barco também era da marinha, e foi um barco de pesca [, tal como o "Bubaque"], bom isso deixo para os colegas da marinha para falarem sobre o mesmo.

Companheiro Luís,  é tudo,  um abraço e até breve.

António Paulo [Bastos],
ex 1º cabo do Pelotão Caçadores 953,
1964 Cacheu , Farim, Canjambari, Jumbembem, 1966


2. Mail enviado ao Rui Santos, com conheciumento ao Torcato Mendonça, Ismael Augusto e Manuel Amante:

Meu caro e veteraníssimo Rui:

Será que este ferryboat que fazia a carreira de Bolama, é o mesmo (o BOR) onde tu e a tua "bajuda" fizeram a tal viagem dramártica de Bolama a Bissau, no princípio [ou final ?] da tua comissão ?

 O Bastos é um rapaz de 1964/66... que andou pela região de Cacheu e Farim, "periquito", quando comparado contigo que és de 1963/65...

Fico a aguardar os teus doutos esclarecimentos... Aproveito para mandar estas fotos (a outra é de uma outra embarcação usada no Cacheu) à malta que se lembra do BOR...porque andou nela (caso do Torcato Mendonça, do Ismael Augusto e do "nosso" embaixador Manuel Amante).

Um muito obrigado ao Bastos. Esta nossa partilha de informação e conhecimento só é possível porque o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (**).

Um alfabravo. Luis


3. Resposta pronta, de Manuel Amante,
 a partir de Roma [, onde é embaixador do seu país, Cabo Verde]:

Data: 1 de dezembro de 2014 às 16:52

Assunto: Será o Bor?

Luis, a primeira foto, a mais pequena [, foto nº 1,]  é mesmo o "Bor".

Já passei horas a ver se apanhava uma foto desta embarcação.  Percorri vários sites,  inclusivé do Arquivo Histórico Ultramarino e outros,  em vão. 

Sabendo do estaleiro de construção ou da data de chegada a Bissau,  talvez se pudesse saber de outros pormenores e características deste ferryboat que era pau para toda obra nos rios da Guiné.

Abrcs.
Manuel

4. Comentário de Rui Silva (*), com data de 1 do corrente, 18h37:

Amigo Luis, de certeza que era o Bor, foi em Fevereiro de 1965, dias antes do nascimento de nossa filha, o Bor nessa altura ja navegava de "bengalas" e "boias nos braços", enferrujado, velho combatente mas navegando à superficie dos canais e rios limitrofes de Bolama e Bissau.
Abraço
Rui Santos
[ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65]


5. Comentário de João Silva, ex-fur mil, CCAÇ 12, 1973. Xime (*):

Uma achega, a Bor pifou de vez e passou em 1973, em meados de junho, a deslocar-se atrelada a um rebocador. Numa das viagens que fiz, Xime-Bambadinca, por deferência do comandante do rebocador, foi bem mais confortável e com direito a bebida a bordo do rebocador. Curiosamente nunca fiz a viagem inversa de barco.

João Silva, CCaç 12, 1973
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 13 de outubro de  2014 > Guiné 63/74 - P13729: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (88): Revivendo, 48 anos anos depois, a tragédia de Jumbembem, a morte do cap mil inf Rui Romero, da CCAÇ 1565, em 10/7/1966 (Ana Romero / Artur Conceição)

(**) Vd. poste de 29 de novembro de 2014 >Guiné 63/74 - P13959: (Ex)citações (255); A minha aventura (e da minha mulher, grávida) a bordo da BOR, numa viagem atribulada entre Bolama e Bissau (Rui Santos, ex-alf mil inf, 4ª CCAÇ,  Bedanda, 1963/65)

sábado, 29 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13959: (Ex)citações (255): A minha aventura (e da minha mulher, grávida) a bordo da BOR, numa viagem atribulada entre Bolama e Bissau (Rui Santos, ex-alf mil inf, 4ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

A. Mensagem enviada ao fimd a tarde, pelo correio interno, a toda a Tabanca Grande:

Camaradas:

1. Desculpem importunar o vosso descanso de fim de semana, que deveria ser sagrado para um guerreiro... Mas esta nossa partilha de menórias não tem dia(s) nem hora(s)...E é sempre mutuamente vantajosa...

2. Há dias mandei-vos uma "charada": que raio de inscrição era aquela no cano do mais puro aço Krupp no obus 10.5 de Mansambo, 19678, onde o nosso camarada Torcato Mendonça pousou (descansou) o braço direito e posou para a eternidade, qual Napoleão, mostrando o relógio Rolls Royce Breitling de duas mila patadas, no pulso do braço direito ?... A inscrição dizia Magul 1895 [, vd. foto acima]...

Foi preciso um "brazuca", ex-artilheiro de Gadamael, o Vasco Pires, mandar, do outro lado do Atlântico, a contra-senha: Magul (8/9/1895)... foi a célebre batalha que precedeu, em 3 meses, a de Chaimite (28/12/1895), em Moçambique, quando Gungunhana, rei de Gaza, e aliado dos ingleses, é aprisionado por Mouzinho de Albuquerque... Bolas, a escolinha foi há mais de meio século!... Alguém se lembraria de Magul!...

3. O exercício deste fim de semana não é menos desafiante: a BOR, já ouviram, falar? Alguns de nós andaram nela (ou nete)... Era um pachorrento ferryboat capaz de levar a carga de uma LDG... Spínola "passeou" nele(a) no Rio Corubal, em 17/3/1969... O Torcato, o Ismael e outra malta do leste andou na BOR...Eu não tenho ideia, e como não tenho a certeza não ponho no meu currículo... Andei no Bubaque, mas na BOR não me lembro...

O nosso camarada e hoje embaixaxdor de Cabo Verde em Itália, Manuel Amante da Rosa, descreve-a nestes termos

(...) "Quanto ao BOR, como os outros, também era do Comando da Defesa Marítima. Era o que se chamava um ferryboat, para transporte de viaturas, cargas a granel, passageiros, gado e tudo o mais que houvesse, incluindo a guarnição de várias unidades militares a nível de companhias e seus apetrechos e viaturas. Tinha dois potentes e ruidosos motores, um a bombordo e outro a estibordo, que lhe permitia grande capacidade de manobra e calava pouco. Mas era lento de exasperar e desconfortável. O sol era abrasador para quem não estivesse abrigado. Levava facilmente mais de 400 passageiros e cargas.Era seguro e muito utilizado para o transporte das guarnições militares". (...)

4. Não acreditam, mas nós que já publicámos cerca de 30 mil fotos no nosso blogue, não temos uma foto da BOR!... Temos tropa na BOR, na viagem de regresso de Bambadinca a Bissau, mas não temos uma foto de corpo inteiro desta valente embarcação que fez a guerra e a paz....A foto que anexo é do Fernando Cachoupo, a quem saúdo, bato pala e tiro o quico!...

Camaradas, vasculhem osvossos álbuns e baus, mas por favor mandem-me uma foto da mítica BOR!...

Um alfabravo de camarada para camarada, de amigo para amigo. Luís Graça


B. Resposta pronta do nosso veteraníssimo Rui Santos [ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65]



Ainda há poucos dias contei, não sei onde, a minha história a bordo do Bor, minha e de minha mulher que estava pançuda e o médico disse que não devíamos ir de avião... Então vai disto ... Bor,  "bamo bora" e lá vai um jovem casal,  sentados em rolos de cabos grossos, quando começa uma tempestade daquelas que todos conhecem, os que estiveram pisando o solo da Guiné, quase à saida do Canal de Bolama...

À passagem defronte da Ilha das Cobras começa o motor a... puff, puiuff e puift mêmo,  já perto do Geba, chuva na chube noss alfer ...

Pois... e eu à rasca por causa da minha mulher que nem lhe via a cor branca da face, mas aguentou estoicamente, fui falar ao "Comandante" mas pouco, e ninguém conseguía pôr a nau Catrineta a funcionar, e eu a ver os canais do Geba e a ver duas coisas ou ficamos aqui nos baixios ou vamos a caminho do Atlântico, sem rádios sem comunicação com terra ... zero!

Não sei o que se passou...  De repente ouço os motores trabalhando e os "mecânicos" rindo,  cantando e dançando, fui para o pé da minha mulher e, passado uma hora, para mais  não para menos, eis-nos chegando ao Pidjiguiti (se não for assim, é parecido) onde estava o Capitão João Nogueira e a esposa esperando e muito apreensivos.

A aventura do Bor...


Boa noite, Rui Santos


C. E a propósito, cumpre-me lembrar e reproduzir  aqui uma outra mensagem recente,  do nosso camarada e grã-tabanqueiro de longa data, e que queremos partilhar com o resto da Tabanca Grande:


Eu, Rui Gonçalves dos Santos, alferes miliciano 
de 1963 a 1965,  prestei serviço no CTIGuiné, em rendição individual, no sudoeste desse território, Bedanda (4ª CCaç) e Bolama (CIM), passando também em Fulacunda  por uns dias, por actos praticados em cumprimento do meu dever, galadoaram-me com a Medalha de Mérito Militar de 3ª classe.

Fui ... um militar de infantaria ... das operações banais .... Hoje, 13 de Novembro de 2014,  pelas 15 horas e 30 , em Chelas, numa cerimónia singela,  a meu pedido, um sr major e um sargento ajudante colocaram-me fora do peito o que tenho e sinto com muita honra dentro dele ... Obrigado!

As fotos do acto registado por meus filhos, que foram comigo testemunhar e apoiar-me na respectiva sessão da condecoração.

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Nota do editor:

Último poste da série > 29 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13958:(Ex)citações (254): quando Spínola viajou, com mais 300 homens, na BOR, em 17/3/1969, no decurso da Op Lança Afiada, em pleno Rio Corubal, da Ponta Luís Dias à Ponta do Inglês

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13575: Os nossos capelães (1): Conheci em Bedanda o ten mil Pinho... Ia visitar-nos uma vez por mês para dizer missa... E 'pirava-se' logo que podia (Rui Santos, ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

1. Texto de Rui Santos, com data de ontem, e em resposta a um pedido dos editores para se evocar aqui as nossas impressões e recordações dos nossos camaradas capelães:


Amigo Luís Graça:

Conheci um, em Bedanda, o padre Pinho, tenente capelão,  que cada vez que ía a Bedanda estava sempre pronto a "pirar-se" tal o receio que tinha dos sistemáticos ataques dos nossos vizinhos.

Excelente homem, amigo de todos os fiéis, ficou um pouco zangado comigo porque atrasou a Missa do dia 8 de Dezembro de 1963, por causa de mim, pois eu tinha vindo de uma patrulha donde vinha estafado, depois de percorrer duas dezenas de quilómetros e ter mergulhado num rio para salvar uns "marotos" de uns soldados do meu pelotão de se afogarem e ter recuperado diverso material de guerra que eles deixaram afundar-se.

É claro que, com este dia, a missa, prevista para as 21h00.  só foi começada ás 22h00... E mesmo assim penso que ainda adormeci,  agarrado a um pilar do varandim onde a celebração litúrgica  teve lugar.

Todos nós sem excepção gostávamos do padre Pinho, e até lhe achávamos piada, com a velocidade em ele agarrava a pequena mala dos seus pertences, quando se ouvia o avião...

Não me fez mal a guerra que levei na desportiva, por vezes arriscando mais a vida do que o necessário mas... Eram os meus 22 anos de vida, fui criado numa quinta, e aquilo para mim ... era campo.

O nosso padreco Pinho ía-nos visitar uma vez por mês, dava missa ... se possível não dormiria em Bedanda estando sempre de ouvido á escuta a tentar ouvir a chegada do avião.

Já em Bolama, não conheci senão o padre da igreja da cidade, e era um quartel que albergava entre guarnição normal, recrutas e grupos de passagem cerca de 600/700 homens.

Gostaria de o ver mas ... deve ser tarde, penso.

Se quiseres mais algo diz, quanto ás outras questões [da sondagem]  (*), abstenho-me de dar a minha opinião.

Abraço

domingo, 29 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12102: Convívios (534): O 1º encontro dos bedandenses em Peniche: 28 de setembro de 2013, sob a batuta do Belmiro da Silva Pereira (Parte I) (Luís Graça)


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > Na tasca secreta do Belmiro, o bolo do encontr0  > Depois da Mealhada, Peniche, que como é sabido é ponto mais ocidental de Portugal continental a norte do Cabo da Roca.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013  > No Cabo Carvoeiro, junto ao restaurante "Nau dos Corvos",  o Rui Santos (, um  dos veteranos, da 4ª Companhia de Caçadores Indígenas) e o João Martins, artilheiro: ambos passaram pela CCAÇ 6.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 
28/9/2013 >  
Cabo Carvoeiro, com as Berlengas ao fundo: Lassana Jaló, fula, da CCAÇ 6, ferido em combate, a viver em Portugal; o Gualdino José da Silva (fur mil, de 1967/69); e o Rui Santos.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Algures no promontório do Carvoeiro, onde atacámos a sardinhada... Da esquerda para a direita, o Hugo Moura Ferreira,  e o Belmiro da Silva Pereira ( ex-alf mil, 1969/71, hoje médico, e a alma deste encontro na sua adorada terra, Peniche).  Com o Belmiro, está o seu filho.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Em primeiro plano, à esquerda: o ex-cap inf, hoje cor  ref,  com 78 anos (que comandou a CCAÇ 6 em 1967/68), bem como o ex-alf mil médico João António Carapau... 

Em conversa com estes dois camaradas, descobri que o Mundo é Pequeno (e a nossa Tabanca... é Grande): o nosso "mais velho" nasceu na Lourinhã, em Reguengo Pequeno, tendo ido para Lisboa com um ano; aí fez a sua vida, seguiu a carreira militar, com comissões em Moçambique, Angola, Guiné, Timor e Açores... 

O João António Carapau, conceituado pediatra, está reformado do Hospital da Estefânia, vive na Portela, tendo sido amigo e vizinho do Prof Mário Faria, meu amigo e colega na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, e também ele alf mil médico em Moçambique (entretanto já falecido). 

Por nada deste mundo consegui convencer o "nosso capitão" a ir fazer uma visita ao nosso blogue: ele não usa o computador, não tem endereço de correio eletrónico e... "tem raiva a quem tem" (, que é uma maneira airosa de nos mandar à fava...).  De resto, é um homem de espírito e camaradão.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Aspeto parcial  da mesa dos bedandenses e seus amigos... Do lado esquerdo, o Fernando Sousa, o José Guerra (1º cabo,  1971/73) e o João Martins (pelotão de artilharia, 1968/69, o único que esteve ainda com o alf mil Belmiro Pereira da Silva).


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O "patrão" da casa, Belmiro da Silva Pereira, dando as boas vindas.



Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Um artista português, do tempo dos Beatles... Ao fundo, ao canto esquerdo, um dos bedandendes de 1972/73, o Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, hoje advogado.


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O Fernando Sousa  (, que é de 1971/73), mais a esposa, atentos à atuação do "one man show" que é o Belmiro  (que já foi diretor do Centro de Saúde de Peniche, e era meu conhecido das lides da saúde). Tem página no Facebook.



Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Uma  tarde bem passada, garantiram-me o Renato Vieira de Sousa (ex-cap inf) e o João António Carapau (ex-alf mil médico)


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O "alfero" Joaquim Pinto Carvalho (Cadaval), à direita; mais o 1º cabo do SPM, Luís Nicolau, vizinho da Benedita, Alcobaça... São compadres - o Joaquim é padrinho de casamento de um filho do Nicolau. "Cumplicidades" bedandenses...



Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O Hugo Moura Ferreira, que tomou a peito o desafio de "substituir", à última hora, o Tony Teixeira, que ficou de baixa, em Espinho. Tem página no Facebook.



Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Da esquerda para a direita - Victor da Luz Calado, ex-fur mil do Pel Caç Nat 53 (maio de 1968 a maio de 1970, tendo estado em Bambadinca de novembro de 1968 a novembro de 1969!), o João Martins e o Lassana Jaló, o mais bedandense dos bedandenses... 

O Victor, alentejano de Almodovar, vive em Setúbal, e tem um belíssimo queijo de Azeitão, que eu provei!... O mais incrível é que estivemos juntos em Bambadinca, pelo menos 3 a 4 meses!... E não temos nenhuma ideia um do outro...



Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > As esposas: do Joaquim Pinto Carvalho (à ponta esquerda), do Gualdino José da Silva (ao centro), e do Hugo Moura Ferreira (à ponta direita; a Lorena viveu 4 meses na Guiné, no tempo da comissão do Hugo).


Peniche >  O 1º encontros dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O nosso querido grã-tabanqueiro Belarmino Sardinha e a esposa, do lado direito... Brincámos com os apelidos: à sardinhada não faltou o Sardinho nem o Carapau... Foto das despedidas... à esquerda, de costas, o Belmiro...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados. [Edição:   Blogue Lu
ís Graça & Camaradas da Guiné.]


1. O 3º e último encontro do pessoal que passou por Bedanda, com destaque para a CCAÇ 6, tinha sido na Mealhada, no passado dia 29 de junho último (se não me engano).  

Embora sempre gentilmente convidado pelo Tony Teixeira, de Espinho, nunca me foi possível alinhar, a mim e à Alice,  por razões de calendário. Mas desta vez não podia dizer mesmo que não ou arranjar qualquer desculpa: afinal, era aqui em Peniche, ao pé de casa, ou melhor, da casa da Lourinhã (, donde sou natural)... E nesse sábado eu estava lá.

Bom, o 4º encontro foi ontem, em Peniche, sob organização do Belimiro da Silva Pereira que foi alf mil da CCAÇ 6, em 1969/71. tendo juntado três dezenas e meia de bedandenses, familiares e amigos. 

O Belmiro já estava no 2º ano de medicina quando foi chamado para a tropa. Na altura não deu as habilitações académicas corretas, pelo que foi parar ao contingente geral. Mas alguém (creio que o capitão) descobriu  a marosca e o nosso Belmiro lá foi, contrariado, para a EPI, para o COM, em Mafra. Quis o azar que, depois, fosse parar com os quatro  costados ao então tão temido TO da Guiné. De rendição individual, como os demais, lá foi fazer a guerra em Bedanda, na CCAÇ 6.

Quem foi do seu tempo, ou que ainda o apanhou em Bedanda foi o nosso  grã-tabanqueiro João Martins. Dos bedandenses do blogue, ou meus conhecidos, estiveram presentes, além dos já mencionados (Hugo Moura Ferreira, Rui Santos e João Martins), eu, a Alice, o Joaquim Pinto Carvalho (que falta apresentar formalmente à Tabanca Grande), mais a esposa, Maria do Céu.  e ainda o Belarmino Sardinha e a esposa (têm casa no Cavadaval, e vieram com o Pinto de Carvalho). 

O grande ausente, por razões de saúde, foi o nosso querido Tony Teixeira, de Espinho. Para ele vai um especial abraço, com desejos de rápidas melhoras.

2. Entretanto, e em jeito de homenagem aos nossos amigos e camaradas bedandenses, aqui ficam alguns dos versos que improvisei, ontem, em cima do joelho. São quadras populares, de sete sílabas métricas, e onde refiram sobretudo os bedandenses que já conhecia:


Homenagem aos camaradas bedandenses

Se ele há crise, … que se lixe!,
Gritam alto os bedandenses,
Aqui presentes em Peniche,
Quer tugas quer guineenses.

P’ró Belmiro não estar só,
Veio o Sousa, veio o Guerra,
Veio o Lassana Jaló,
E até eu, da minha terra.

Não fui da CCAÇ 6,
Logo não sou bedandense,
Fui da 12, como sabeis,
E por isso bambandinquense.

Tenho-vos a todos no coração,
Mas faltei à Mealhada,
Amigo, camarada, irmão,
Aqui estou p’ra sardinhada.

Ao Tony estou obrigado
P’lo seu gesto de carinho,
Aqui estou eu, convidado,
E ele, retido em Espinho.

Quem faltou à sardinhada,
Foi o nosso amigoTeixeira,
Faltou-lhe a pedalada,
‘Tá desculpado, diz o Pereira.

Saúdo o Pinto Carvalho.
E os demais bravos alferos.
Gente de rimbimba o malho,
Sempre fortes, leais e feros.

O Rui Santos é o mais velhinho,
Da quarta, de caçadores,
De bajuda, foi paizinho.
Na Guiné teve dois amores.

[Ele e a esposa tiveram a primeira filha,
na Guiné, hoje com 50 anos]

Na guerra do anda e desanda,
Foi Martins o artilheiro,
Do grande obus de Bendanda,
E de tiro muy certeiro.

Hugo Moura Ferreira,
Outro grande tabanqueiro.
Tuga com eira e beira,
Foi de Bedanda o primeiro.

[A entrar para o nosso blogue, ainda na I Série, em 2006, portanto um histórico da Tabanca Grande]

Luís Graça

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Vivam todos em geral,
Vivam todos os que aqui estão,
Viva o dr. Belmiro,
Mais o nosso capitão.


[Um espontâneo, o Gualdino José da Silva, ex-fur mil 1967/69]


De Bedanda para Peniche.
Numa bela sardinhada,
Que tremenda gulodice,
Com uma guitarra a vibrar.
Ó que bela rapaxiada,
Para seu passado lembrar!


Fernando Sousa

[É leitor do nosso blogue, fiz-lhe o convite para integrar a nossa Tabanca Grande, tem histórias para contar]

Vd. mais fotos (e vídeos) no Facebook > Grupo Bedanda / CCAÇ 6
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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de setembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12062: Convívios (533): Confraternização anual do pessoal da CCAÇ 2797 e Pel Canh SR 2199, dia 5 de Outubro de 2013, na Mealhada (Luís de Sousa)