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terça-feira, 7 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14842: Agenda cultural (415): Vimeiro, Lourinhã, 17 a 19 de julho: recriação histórica da batalha do Vimeiro (1808) e mercado oitocentista... Com apoio da, entre outros parceiros, Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro (AMBV) (Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil, PA, BA 12, Bissalanca, 1973/74)





Lourinhã, Vimeiro > 17-19 de julho de 2015 > Recriação histórica da batalha do Vimeiro (1808) e mercado oitocentista > "Flyer" do evento





1. Mensagem, de 3 do corrente, do Eduardo Jorge Ferreira, nosso grã-tabanqueiro, ex-alf mil, Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1973/74 [. foto atual à direita]:


A todos os meus/minhas  amigos/as:

Envio-vos o programa da Recriação Histórica da Batalha do Vimeiro e Mercado Oitocentista, eventos que vão ter lugar no fim de semana de 17, 18 e 19 deste mês, portanto daqui a 15 dias.(*)

Estamos a dar o nosso melhor para que este programa entusiasme os nossos visitantes e não desmereça do sucesso alcançado em 2008 e 2013.  

Acrescento que o grupo de recriadores históricos - nome pomposo, não é? - do Vimeiro, de que faço parte (**), vai ter o seu batismo de fogo nestes dias. Razões de sobra para darem um pulinho até cá, não acham? E tragam as vossas bajudas e os  vossos netos!

Podem repassar s.f.f. aos vossos contactos, o que desde já agradeço.

Abraço
Eduardo Jorge

 2. Informação adicional da página da CM Lourinhã:

Trata-se de uma iniciativa no âmbito das comemorações da Batalha do Vimeiro:


(ii) população local e cerca de 60 recriadores militares de várias nacionalidades participam nestas recriações históricas da Batalha do Vimeiro e do mercado oitocentista:

(iii) de sexta (17)  a domingo (19) do mês corrente, irão decorrer várias encenações e recriações, workshops e visitas guiadas ao Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro (, sito no Vimeiro, junto ao monumento comemorativo do 1º centenário, inaugurado em 1908 pelo rei Dom Manuel II;

 (iv) a programação tem início às 19h00 de dia 17, sexta-feira, com a abertura do Mercado Oitocentista (mostra e venda de produtos, animações de rua, circuito de jogos tradicionais à época e recriação de ofícios oitocentistas);

(v) às 20h30 segue-se a visita “À noite no Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro”;

(vi)  às 22h00 realiza-se a encenação “A corte que parte e o invasor que chega” – referente à partida da corte para o Brasil em 1807;

(vii) das 23h00 às 00h30 haverá um concerto pelo grupo Mysticas - Danças Medievais, de Arraiolos;

(viii) no dia 18, sábado, destaca-se a caminhada "Pelos Caminhos da Batalha do Vimeiro" (com partida às 10h00), bem como duas atividades dirigidas aos mais pequenos (Visita temática ao Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro “Soldado por um dia”,  às 10h30;  e workshop “Faz a tua farda”, às 14h00);

(ix) às 16h00 irá decorrer a cerimónia de homenagem aos combatentes junto ao Padrão Comemorativo da Batalha do Vimeiro;

(x)  às 22h00 irá efetuar-se a recriação histórica da Batalha do Vimeiro “O Assalto à Igreja”, seguida do concerto acústico pelos Cavaquinhos da Freiria, Torres Vedras;

(xi) no domingo, 19, o dia começa às 10h00 com o peddy paper "Descobrir a Batalha do Vimeiro", seguido da a recriação histórica da Batalha da Vimeiro,  “O campo de Batalha”, às 12h00;

(xii) às 14h00 haverá  uma visita guiada ao Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro.

As comemorações oficiais da Batalha do Vimeiro irão realizar-se no dia 21 de agosto, data em que foi travada, no ano de 1808.




Lourinhã > Vimeiro > Imagem de uma recriação histórica da batalha do Vimeiuro (21 de agosto de 1808), realizada há uns anos atrás (2008 ou 2013)  (*)


Foto: © Eduardo Jorge Ferreira (2015). Todos os direitos reservados.
___________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14505: Os nossos seres, saberes e lazeres (89): Criada, na Lourinhã, a Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro ( Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil, Polícia Aérea, Bissalanca, BA 12, 1973/74)

(**) Último poste da série > 30 de junho de  2015 > Guiné 63/74 - P14816: Agenda cultural (412): Apresentação do livro, da autoria do nosso camarada António Marques Lopes, "Cabra Cega - Do Seminário para a Guerra Colonial", dia 3 de Julho, pelas 17h30, na Biblioteca Municipal do Marco de Canaveses

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14505: Os nossos seres, saberes e lazeres (89): Criada, na Lourinhã, a Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro ( Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil, Polícia Aérea, Bissalanca, BA 12, 1973/74)





Lourinhã > Vimeiro > Imagens do Monumento e recriações históricas da batalha do Vimeiuro (21 de agotso de 1808)

Fotos: © Eduardo Jorge Ferreira (2015). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem, de 25 de fevereiro último,  de  Eduardo Jorge Ferreira ex-alf mil, Polícia Aérea (Bissalanca, BA 12, 1973/74), e  também membro da nossa Tabanca Grande [. foto à direita]

Caro Luís Graça

Na passada segunda-feira, dia 23, na Lourinhã, foi constituída, através de escritura notarial, a nóvel Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro, a mais recente instituição do nosso concelho. Foram seus promotores ex e actuais autarcas bem como outras pessoas que se tem empenhado na salvaguarda do património relativo àquela batalha.

Muito sucintamente, esta associação tem como objectivos:

(i) a promoção e divulgação da História de Portugal referente ao período designado por Guerra Peninsular (1807 - 1814) de que a Batalha do Vimeiro, travada a 21 de Agosto de 1808, foi um dos episódios mais significativos; 

(ii) a preservação e divulgação do património histórico-militar da região;

(iii) a preservação da memória histórica dos participantes na Batalha e da população em geral; e 

(iv) a recriação de unidades militares da época com vista à participação em eventos de recriação histórica.

A legalização foi um dos primeiros passos para que a associação possa receber os fundos necessários para levar a cabo a sua missão.

Estava já há tempos constituído o grupo de recriação que tem vindo a receber instrução de ordem unida e de manuseamento do armamento para que o mais breve possível possa tomar parte nos eventos de recriação histórica que no nosso país são coordenados pela Associação Napoleónica Portuguesa.

Entretanto já chegou o garboso fardamento que nos foi atribuído e que representa o extinto Regimento de Infantaria 16 de Cascais, o qual nos entusiasmou sobremaneira e faz ansiar pelo "baptismo de fogo" que possivelmente irá ocorrer no próximo mês de julho, no Vimeiro.

Junto 4 fotos para que, se assim o e como entenderes, possas colocar a notícia no teu/nosso Blogue.

Um abraço para ti, para os co-editores e para todos os camarigos
Eduardo Jorge Ferreira
_________________

Nota do editor:

Último poset da série > 22 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14501: Os nossos seres, saberes e lazeres (88): Bruxelles, mon village (Parte 2) (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13586: Manuscrito(s) (Luís Graça (42): Extremadura(s)...



Lourinhã > Praia do Caniçal > Finais de agosto de 2014 (1)


Lourinhã > Praia do Caniçal > Finais de agosto de 2014 (2)


Lourinhã > Praia de Paimogo > Finais de agosto de 2014


Lourinhã > Praia de Paimogo > Forte de Paimogo (séc. XVII) >Finais de agosto de 2014


Lourinhã > Vimeiro > Monumento comemorativo e centro de interpretação da Batalha do Vimeiro > Azulejo alusivo ao desembarque das tropas luso-britânicas, na Praia de Paimogo, em 19 de Junho de 1808, sob o comando do brigadeiro-general Robert Anstruther... A batalha do Vimeiro foi em 21 de Agosto de 1808. Azulejo desenhado e pintado à mão por Salvador (2000).



Torres Vedras > Maceira > Estrada (particular) das Termas do Vimeiro (Fonte dos Frades) até à Praia de Porto Novo (1)

Torres Vedras > Maceira > Estrada (particular) das Termas do Vimeiro (Fonte dos Frades) até à Praia de Porto Novo (2) >  Margem direita do Rio Alcabrichel



Torres Vedras > Maceira > Estrada (particular) das Termas do Vimeiro (Fonte dos Frades) até à Praia de Porto Novo (3) > Rio Alcabrichel (que nasce na Serra de Montejunto e desagua na Praia de Porto Novo)

Foto: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados


Extremadura(s)


1. 
Casas caiadas, paradas,
O silêncio escorrendo pelas paredes;
Nas águas furtadas
Já não dormem as criadas
E na praça, ah!, da liberdade,
Já não se ouve o frufru das sedas
Roídas pelo bicho da traça.

2. 
“Esquecei o que vedes”,
Avisa o guia da cidade,
Poeta, cego, negro, escravo,
Enquanto os voyeuristas
Espreitam por ruelas e veredas.


3.
Há bonecas de porcelana,
Quiçá das Chinas,
Às janelas
E os dedos delas
Confundem-se com as rendas de bilros,
As teias de aranha,
As cortinas,
Os brocados de cetim,
Os deveres e os lavores femininos,
As máscaras de Arlequim,
As fantasias de antigos carnavais.

4. 
Dedos que teceram intrigas e redes,
Redes de pescadores
Há muito perdidos nas colinas
Do alto mar.
Ou dedos que fiaram outras redes
Clientelares, sociais, clandestinas,
Sob os portais,
Os corredores e as esquinas
Dos paços,
Dos passais,
Dos passos perdidos,
Das antecâmeras reais.

5. 
O silêncio não pára
Ou só vai parar
A um metro do chão,
Na barra azul
Dos moinhos de vento
Mais a sul,
Entre pomares e vinhedos.
À entrada.
Fora das muralhas,
O cemitério,
Cofre forte de segredos.
Aqui acabam-se todos os medos.

6. 
Valha-me a brisa do mar
Que me faz algum refrigério
Na canícula do fim de estação
Da minha civilização.

7. 
Casas paradas, caiadas
Com a mesma cal viva
Das valas comuns.
Pelos claustros do convento,
Entre suspiros, sussurros e zunzuns,
Esquivam-se furtivos noctívagos
Trânsfugas,
Infiéis,
Pecadores,
Hereges,
Proscritos,
Desertores,
Penitentes,
Almas penadas,
Poetas malditos,
Quiçá bruxas e duendes.

8. 
A calçada outrora portuguesa,
Gasta pelos cascos dos cavalos
Dos invasores,
Picam-se os brasões dos solares
Da mui antiga nobreza,
Corta-se rente
A árvore genealógica
Dos velhos senhores
E arrasados e salgados são, até às fundações,
Os seus doces lares.

9. 
Um estranho cheiro
A incenso, mirra, algas e maresia
Sobe pelos ares.
Violadas as filhas,
Raptadas as servas,
Passados a fio de espada
Os primogénitos,
Fundido o ouro e a prata,
Postos os novos deuses nos altares,
Pergunta o guia
O que é pior
Se a triste e vil desonra do presente
Ou o silêncio premonitório do futuro.

10. 
Por mim, nada de bom auguro.
Não sei que lugar é este
Sem memória
Nem glória,
À beira da estrada
Do Atlântico
Da minha infância revisitada.

11. 
Não há mais quem cante o cante
Dos poetas,
A doce cantilena das Naus Catrinetas,
O fero cântico dos últimos guerreiros
Do Império,
Ou até a última oração,
De lamento e impropério,
Em canto chão,
Que é devida
Aos bravos
Que pela Pátria deram a vida.

12. 
Fora de portas,
Num atalho ou trilho
Que leva ao monte das forcas,
Compro o último pão de centeio
E a última boroa de milho
À última padeira de Aljubarrota
Que ainda estava viva,
À hora do pôr do sol.
Padeira, viandeira, mãe coragem, altiva,
Que nem sempre o que parece é,
A vitória ou a derrota,
Medindo forças no tribunal da história.

13. 
Águas paradas do Rio Alcabrichel,
Tingidas de verdete e de sangue,
No fim de tarde de todas as batalhas.
“Pour Monsieur Junot,
C’était encore trop tôt!”.
Saqueada a  cidade,
Enchem-se as tulhas e as talhas,
Ainda a guerra é uma criança.

14. 
O último terno de cornetins
Da fanfarra do exército dizimado
Toca a silêncio,
Enquanto me despeço
Na parada, em ruínas, do quartel.

15. 
Em boa verdade, o silêncio
É a única linguagem universal
Que eu conheço
Na Torre de Babel.



Périplo pelas terras da Lourinhã, em 15 passos, entre a Praia de Paimogo e a Praia de Porto Novo, fim de verão, 2014. Aqui desembarcaram tropas luso-inglesas que derrotaram Junot na batalha do Vimeiro. Há 206 anos. 
_______________

Nota do editor:

Último poste da série > 30 de agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13547: Manuscrito(s) (Luís Graça (41): Roleta russa