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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17698: Em busca de... (277): Júlio Rodrigues, natural de Viseu, engenheiro formado no Porto, divorciado, com dois filhos e vivendo actualmente em São Tomé e Príncipe grande parte do ano... Ex-combatente, conhecemo-nos nas ilhas, e deveríamo-nos encontrar neste período de férias em Portugal mas não tenho o seu contacto telefónico... Será que a Tabanca Grande me poderia ajudar a localizá-lo? (Renata Monteiro Marques)


1. Mensagem da nossa  leitora, Renata Monteiro Marques:

De: Renata Marques <marquesrenata@ymail.com>
Data: 23 de agosto de 2017 às 18:32
Assunto: Júlio Rodrigues


Caro Luís Graça:

Muito boa tarde.

Tomo a liberdade de lhe escrever para o email disponibilizado no blogue que partilha com outros camaradas que combateram na Guiné, por uma razão particular na qual não sei se poderá ajudar-me... mas, não custando tentar, aqui segue a pergunta: conhecerá, porventura, um ex-combatente de nome Júlio Rodrigues? 

Ele é natural de Viseu, engenheiro formado no Porto, divorciado, com dois filhos e vivendo actualmente em São Tomé e Príncipe grande parte do ano. Conhecemo-nos nas ilhas, deveríamos agora encontrar-nos cá em Portugal neste período de férias, mas infelizmente o contacto telefónico que tinha dele ficou no telefone que uso em São Tomé e não tenho maneira de localizá-lo.

Bem sei que será uma espécie de procurar uma agulha num palheiro, mas sabendo também do envolvimento dele nos encontros anuais dos ex-combatentes e da rede fortíssima que estabelecem entre vós, decidi arriscar na grandeza da vossa tabanca e na ajuda que me possam eventualmente prestar nesta localização num mundo que, sendo pequeno, continua para várias coisas a ser razoavelmente enorme.

Grata desde já por qualquer informação que se lhe afigure útil,
Renata Monteiro Marques
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terça-feira, 27 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17517: Blogoterapia (287): Não é fácil ser português (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas)



1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 25 de Junho de 2017:

Ser português não é fácil, e penso que nunca foi fácil para a grande maioria do povo. Lançados à conquista de um império, que nunca resultou numa maior distribuição das riquezas, modernidade nem bem estar, fica-nos o orgulho de que os nossos antepassados fizeram o impensável para um país tão pequeno como o nosso, tanto na expansão como na defesa da nossa nação. Não foi pois por falta de coragem que não chegamos ao tão almejado estádio em que seria equiparada a nossa grandeza exterior, com a riqueza e bem estar interno e que nos elevaria a estatuto entre as nações mais avançadas na arquitectura, na medicina, nas ciências, na educação e, por conseguinte, no progresso que dita o bem estar da sua população.

Os nossos antepassados regaram com o seu sangue terras longínquas, repeliram invasões, guerras civis, revoluções e, por fim, acabamos a construir as cidades para os outros.

Assim chegou a vez da nossa geração e fomos quase um milhão.

Durante 13 anos fomos actores principais numa guerra que nos sangrou, apartou das nossas famílias e, pior, tornou o futuro irremediavelmente perdido para muitos.

Aqui chegados, constato que continuamos a ser usados na nossa boa vontade e orgulho patriótico.

No 20 de Maio fui receber a minha Medalha Comemorativa de Campanha. No momento senti um misto de orgulho e algumas dúvidas.

Orgulho por ir receber a medalha que foi finalmente imposta, quarenta e tal anos depois do meu regresso. Independentemente das razões, entendo que é meu direito reivindicar a mesma, como uma coisa que me é devida.

Dúvidas. Qual real valor que esta condecoração tem. Na mesma cerimónia vi militares no activo receberem também distinções por serviços prestados. Terá sido na Bósnia? No Iraque, em África, onde se fazem hoje comissões de 6 meses como voluntários, mais bem armados, equipados, treinados e remunerados? No caso, as ditas Medalhas por Serviços Distintos tinham a categoria de ouro, prata e bronze. É aqui que começa a minha incompreensão.

Será que no meio de vinte e tal ex-combatentes que foram receber a Medalha Comemorativa das Campanhas, não estariam homens, que no seu tempo praticaram actos de bravura em combate durante as suas comissões, em especial em Angola, Guiné e Moçambique?
Vinte e tal meses em zonas 100% operacionais que até a água se ia buscar com risco de vida. Isto é comparável a quê nos dias de hoje?

O nosso exército é hoje profissional e voluntário, os seus membros relativamente bem remunerados, direi mais, excelentemente remunerados, quando prestam serviço em qualquer zona de conflito, normalmente em missões de policiamento ou de interposição.

Note-se que não estou contra a nossa participação nessas acções, uma vez que a integridade nacional se defende hoje a milhares de quilómetros das nossas fronteiras. Talvez se deva pôr em causa as razões que provocaram a instabilidade neste Mundo e que levaram ao actual estado de coisas, mas isso é outra questão.

Será possível que aqueles jovens soldados (todos graduados alguns com o peito carregado de medalhas), que no sábado foram condecorados por serviços prestados, tenham feito alguma coisa que transcendesse os actos de bravura de alguns de nós há 45 ou mais anos.

Estavam lá veteranos das três frentes, Comandos, tropa normal e paraquedistas, que naquela guerra sofreram o que só nós sabemos. Perfilámo-nos, emocionámo-nos com a homenagem aos mortos (cada um se lembrou dos seus) recebemos as honras dos militares em parada, seguidamente almoçámos no quartel no meio das fardas de gala e camuflados, mas será que nem um de nós merecia uma daquelas medalhas, de bronze ou prata, para já não falar na de ouro?

Quantos ex-combatentes receberam alguma? Soldados anónimos que contribuíram com a sua coragem para salvarem outros. Quem não conheceu um pelo menos? Algumas provas disso foram ignoradas e apagadas, para assim não serem prova viva da gravidade dos ataques. Chegou-se ao cúmulo de mencionar as munições gastas para repelir o ataque como sendo gastas em exercícios.

As provas de heroísmo foram apagadas como apagaram os buracos feitos pelas armas do inimigo e, quanto muito, foram as companhias ou batalhões galardoados no final das comissões pelo cômputo geral do serviço, beneficiado destes louvores os comandantes que viram assim averbadas estas às suas folhas de serviços.

Quanto à medalha, vou guardar a minha como memória daquele tempo, mas lamento que ela cheire a prémio de consolação e que, ao nos serem entregues hoje, se queiram justificar perante nós de alguma coisa, em vez de praticarem a mais elementar justiça para quem deu tanto si.

Dentro de alguns anos haverá milhares de veteranos a viver sozinhos, sem rendimentos para irem para um lar, com valores hoje a rondar os 1000 € (que muitos casais de reformados hoje não aufere), mais medicamentos, fraldas e cuidados de saúde complementares.

Nessa altura para que servirão as medalhas?
Que nos irão fazer?

A Pátria sempre teve filhos e enteados, mas une-nos, apesar das nossas diferenças sociais e até politicas, um sentimento que nos enche o peito. Podemos não estar de acordo com governos e governantes mas a Pátria somos nós, ama-se, não se discute, não se vende e não se renega, por muito que em nome dela nos maltratem.

Dela espera-se só o reconhecimento, pelo amor que lhe damos, na maioria das vezes sem retribuição alguma.

Um abraço
Juvenal Amado

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2. Comentário do editor:

Não é meu hábito "deitar faladura" a seguir aos textos dos camaradas, mas o tema que o Juvenal traz à liça, sugere-me alguns comentários.

Quanto à atribuição da Medalha Comemorativa das Campanhas, logo no fim da nossa comissão ficou registada na Caderneta Militar de cada um. Vejam a página 12.
Conclusão, a Medalha devia ter sido distribuída na altura. Como não foi, e todos nós mudámos de residência inúmeras vezes depois de passarmos à disponibilidade, digamos que as autoridades militares perderam o nosso rasto, não sabendo sequer se somos vivos. Restava fazer o que agora vem a ser feito, requerer a Medalha, dando sinal de que ainda estamos vivos. "Estes" nunca a negaram e estão a distribuí-las às centenas, anualmente.
Já agora, a culpa disto tudo foi da "outra senhora", a quem poucos afrontavam então.

Quanto às Medalhas de Serviços Distintos, a coisa é mais complicada, pois a sua atribuição dependeria de proposta dos respectivos Comandantes.
Já se sabe que conforme a hierarquia ia descendo, mais difícil era o acesso às mesmas. E nós, caro Juvenal só tínhamos direito à de cobre, à de folheta, melhor dizendo.
Voltamos à mesma, não vale a pena pensarmos nisso agora.

E o mais sensível para nós, as actuais missões no estrangeiro.
Não há comparação possível com o nosso tempo. Quantas localidades tinham telefone na Guiné?
Os militares de hoje têm ao seu dispor toda uma panóplia de meios de comunicação que há cinquenta anos eram impensáveis.
Os vencimentos são tão diferentes que é pecaminoso fazer qualquer comparação.
Os actuais militares ganham muito? Não, nós é que ganhávamos pouco. O problema foi nosso, que vivemos noutros tempos de míngua.
O tempo de missão foi consideravelmente reduzido porque os efectivos são suficientes para a rotação dos mesmos.

Os militares de hoje são  considerados e reconhecidos? Ainda bem, pena que não tenha sucedido isso connosco.
Não te esqueças Juvenal, que pela esquerda radical, a seguir ao 25 de Abril, fomos considerados fascistas, colonialistas e outras coisas terminadas em istas, sorte tivemos em não sermos presos. Talvez  porque éramos muitos. Já nem falo na entronização daqueles que se negaram a ir para a guerra, transformados em verdadeiros patriotas.

Finalmente, o nosso fim de vida, para uns em carência, para outros mais desafogado.
A falta de condições básicas terá a ver com a condição de ex-combatente? Em alguns casos sim, mas não podemos generalizar. Cada caso tem de ser analisado, e arranjar-se a solução adequada. A nossa condição de ex-combatente não se pode sobrepor à daqueles que por serem mulheres ou homens mais afortunados, não foram à guerra.

Que queremos afinal? Respeito, reconhecimento pelo nosso esforço e apoio aos estropiados e afectados física e psicologicamente pela guerra.

CV
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17491: Blogoterapia (286): Uma memória daquele espaço em Casal dos Matos, Pedrógão Grande (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17407: (De) Caras (65): Definitivamente somos a Tabanca de Faro, aberta a todos os ex-combatentes da Guiné, residentes no concelho de Faro, e que já fez dois encontros anuais (José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54, Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68)


Faro > Tabanca de Faro > 2º Encontro > 20 de maio de 2017 > Foto de família (... são só homens, cerca de 4 dezenas, esperamos que as companheiras dos nossos camaradas de Faro também possam aparacer na foto de grupo do próximo encontro)


Foto : © José António Viegas (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legenda;  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1.  Mensagem, com data de hoje, do nosso amigo e camarada José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54 (Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68)


Caro Luís

Aí te envio a foto de grupo do nosso 2º. convívio {, dos ex-combatentes da Guiné. residentes no concelho de Faro, e que se realizou em Faro no passado dia 20] (ª)

Depois de consultar vários Camaradas ficou decidido que se passaria a chamar TABANCA DE FARO.

Um abraço

Viegas

2. Comentário do editor LG:

Olá, Zé Viegas. Assim é que é, já está decidido,  já temos o nome definitivo.  Eu mesmo tinha-te posto esse problema: vamos lá acertar o nome da Tabanca: do Algarve ? de Faro ? do Sul ? do Sotavento ?... 

Ficou então Tabanca de Faro, dada a delimitação geográfica dos combatenntes; são de Faro, não são de Silves.. Mas isso não vai impedir que os do Barlavento não possam também aparecer no próximo encontro...

Parabéns à rapaziada de Faro, parabéns  a ti, que passas a ser promovido a régulo,  por "dares a cara" e por puxares esta "carroça" (**). Muita saúde e longa vida para os novos tabanqueiros... E não te esqueças de  trazer, contigo, mais camaradas de Faro para a Tabanca Grande, sobretudo malta que tenha álbuns fotográficos e algum jeito para a escrita.... Ab, Luís

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Notas do editor:


quinta-feira, 18 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17375: Inquérito 'on line' (116): Fátima... Num total (final) de 84 respostas, conclui-se que : (i) todos lá fomos, pelo menos uma vez na vida, antes (44%), durante (8%) ou depois da tropa (20%); (ii) não tanto como peregrinos (20%) mas mais como turistas (55%)... A questão admitia mais do que uma resposta.

I. INQUÉRITO 'ON LINE':
N. Sra. de Fátima de Guileje...
Foto do António Camilo (2010)



"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"...



Total de respostas > 84


1. Fui lá ainda em miúdo 

ou ainda antes de ir para a tropa > 37 (44%)

2. Fui lá, como militar, 
antes de ir para o ultramar > 7 (8%)

3. Fui lá logo depois de vir do ultramar > 15 (17%)

4. Só fui lá muitos anos depois 
(de vir do ultramar) > 17 (20%)

5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente > 17 (20%)

6. Fui lá como simples turista ou em passeio > 47 (55%)

7. Nunca fui a Fátima 
mas ainda gostaria de lá poder ir > 0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima 
nem tenho especial interesse em lá ir > 0 (0%)


II. O prazo de resposta terminou na 4ª feira, dia 18. (*)


O facto mais surpreendente é que todos nós, ex-combatentes, crentes ou não crentes, já fomos a Fátima, num dado  momento da nossa vida, uma ou mais vezes. 

A maioria (55%) respondeu que foi lá "como simples turista ou em passeio". E só um em cada cinco admitiu que foi lá como "verdadeiro peregrino ou crente" (20%).  

Os que lá foram logo depois de vir do ultramar (17%) ou muitos anos depois de vir do ultramar (20%) somam mais de um terço. Nestes haverá, por certo, um nº razoável de pagadores de promessas, mas que é difícil de quantificar, talvez uns 10% ou menos dos respondentes.(**)

Faltam-nos testemunhos de camaradas que tenham ido em peregrinação a Fátima, a pé ou de carro, por razões de fé, e nomeadamente no pagamento de promessas feitas por ocasião da guerra no ultramar /guerra colonial (por ex., não ter sido mobilizado, não ter ido como atirador, não ter morrido ou não ter sido ferido, ter voltado são e salvo). 

Mas este é um assunto do foro íntimo, é difícil encontrar camaradas dispostos a dar, em público, no nosso blogue, o seu testemunho sobre a sua ida a Fátima.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17363: Inquérito 'on line' (115): Fátima... Com 70 respostas no início da tarde, e a menos de 24 horas para o fim do prazo, conclui-se que todos lá fomos, pelo menos uma vez na vida, antes, durante ou depois da tropa... mais como turistas (58%) do que como peregrinos (18%)


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém > Simpósio Internacional de Guileje > Visita ao sul > 2 de Março de 2008 > O ex-cap mil Abílio Delgado, que comandou a CCAÇ 3477 (sediada em Guileje de novembro de 1971 a dezembro de 1972; também conhecida por "Os Gringos de Guileje);

O Abílio Delgado foi, aos 21 anos (!), o capitão miliciano mais novo do CTIG. Membro da nossa Tabanca Grande, residente na Ericeira, foi fotografado pelo nosso editor Luís Graça, em Iemberém, com a estatueta, em metal, da Nossa Senhora dos Milagres de Guileje, a santa protectora dos Gringos de Guileje, "miraculosamente" encontrada nas escavações arqueológicas do antigo aquartelamento de Guileje em 2008, por Domingos Fonseca. Julgamos que esta estatueta estava na capela, construída pela CART 1613 (1967/68).

Foto (e legenda): © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados.



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3477 (1971/72) > Oráculo, com duas  imagens: (i) a  de Nossa Senhora de Fátima (à direita);  e (ii) a do Santo Cristo dos Milagres  (numa redoma de vidro ou relicário).

Na foto, vê-se ainda o Amaro Munhoz Samúdio, ex-1º cabo enfermeiro,   à civil, de óculos escuros. A foto foi-nos disponibilizada, sem legenda,  pelo Pepito, o histórico dirigente da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento.

No oráculo ao Santo Cristo dos Milagres, pode ler-se a oração em verso, inscrita na base do monumento: "Santo Cristo dos Milagres / Nesta capelinha oramos / Para sempre sorte dares / Aos Gringos Açoreanos".

 A companhia era maioritariamente constituída por pessoal dos Açores.  Guileje, por seu turno, sempre foi um dos locais de culto mariano, no TO da Guiné. Recorde-se a capelinha de Guileje, construída sob a invocação de N. Sra. Fátima pela CART 1613 (1967/68).  O culto do Santo Cristo dos Milagres bem como o de Nossa Senhora dos Milagres é muito mais antigo do que o de N. Sra. de Fátima, e ambos são de grande devoção nos Açores.

Esta lápide assim como a estatueta e diversos outros objectos de uso corrente, foram encontrados por ocasião das escavações arqueológicas do antigo aquartelamento das NT... Associado aos trabalhos de capela e ao núcleo museológico de Guileje, esteve incontornavelmente o nome do dedicado e incansável Domingos Fonseca, engenheiro técnico agrícola, quadro da AD, e o grande arqueólogo de Guileje. Peças como esta estatueta da Nossa Senhora foram encontradas por ele,  Por essa razão passou na altura a integrar a nossa Tabanca Grande.

Segundo informação do Samúdio,  o monumento, o oráculo da foto acima,  foi contruído pelos Gringos e inaugurado pelo então Ministro da Defesa Nacional, general Sá Rebelo e também pelo então governador, general Spínola, em 12 de junho de 1972. O oráculo e a capela foram reconstruídos pela ONG AD, com sede em Bissau, com o apoio da nossa Tabanca Grande, e nomeadamente o Grupo dos Amigos da Capela de Guileje.

Foto: © Amaro Samúdio (2006) / AD - Acção para o Desenvolvimento. Todos os direitos reservados. [Edição e legenda: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


I. INQUÉRITO 'ON LINE':

"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"...


As 70 primeiras respostas (até ao início da tarde de hoje):




1. Fui lá ainda em miúdo ou ainda antes de ir para a tropa  > 28 (40%)



2. Fui lá, como militar, antes de ir para o ultramar  > 4 (5%)



3. Fui lá logo depois de vir do ultramar  > 11 (15%)



4. Só fui lá muitos anos depois (de vir do ultramar)  > 13 (18%)



5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente  > 13 (18%)


6. Fui lá como simples turista ou em passeio  > 41 (58%)

7. Nunca fui a Fátima mas ainda gostaria de lá poder ir  > 0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima nem tenho especial interesse em lá ir  > 0 (0%)



II. Prazo de resposta: 



até amanhã, dia 17 de maio, 4ª feira, às 16h53.

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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17352: Inquérito 'on line' (114): Fátima... As 50 primeiras respostas: todos lá fomos, mas a maioria de nós (60%) como "simples turistas ou em passeio"... Prazo para responder termina 4ª feira, dia 17, às 16h53

domingo, 14 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17352: Inquérito 'on line' (114): Fátima... As 50 primeiras respostas: todos lá fomos, mas a maioria de nós (60%) como "simples turistas ou em passeio"... Prazo para responder termina 4ª feira, dia 17, às 16h53

I. INQUÉRITO 'ON LINE':

"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"...






As 50 primeiras respostas (até ao fim da tarde de ontem):


1. Fui lá ainda em miúdo 
ou ainda antes de ir para a tropa  > 20 (40%)

2. Fui lá, como militar, 
antes de ir para o ultramar  > 1 (2%)

3. Fui lá logo depois de vir do ultramar  > 8 (16%)

4. Só fui lá muitos anos depois 
(de vir do ultramar)  > 10 (20%)

5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente  > 6 (12%)

6. Fui lá como simples turista ou em passeio  > 30 (60%)

7. Nunca fui a Fátima 
mas ainda gostaria de lá poder ir  > 0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima 
nem tenho especial interesse em lá ir  > 0 (0%)


II. Prazo de resposta: 

até dia 17 de maio, 4ª feira, às 16h53.

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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17347: Inquérito 'on line' (112): Fátima: num total preliminar de 20 respostas, cerca de 2/3 foi lá "como simples turista ou em passeio"... Prazo de resposta: dia 17, 4ª feira, até às 16h53


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > A capelinha construída no tempo do nosso saudoso Zé Neto (1929-2007)... Havia três imagens da N. Sra. de Fátima, de diversos tamanhos... Reduzida a escombros, a capela foi reconstruída pela AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, sob a liderança de outro nosso grande e saudoso amigo, o Pepito  (19949-2014). O Zé Neto já não viveu o suficiente para assistir à reconstrução da "sua" capela. Mas foi lá a sua viúva, a Júlia Neto. (*)

Foto: © Zé Neto / AD - Acção para o Desenvolvimento. (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 > A imagem de Nossa Senhora de Fátima, acabada de sair da embalagem que a protegeu durante a longa viagem Portugal-Guiné-Bissau. Imagem doada por António Camilo (Lagoa) e Luís Branquinho Crespo (Leiria / Coimbra).


Foto: © António Camilo (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



I. INQUÉRITO 'ON LINE': 

"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"... 


(ADMITE-SE MAIS DO QUE UMA RESPOSTA)



As 20 primeiras respostas (até ao princío da noite  de hoje):

1. Fui lá ainda em miúdo ou ainda antes de ir para a tropa 
8 (40%)

2. Fui lá,.como militar, antes de ir para o ultramar 
0 (0%)

3. Fui lá logo depois de vir do ultramar 
1 (5%)

4. Só fui lá muitos anos depois (de vir do ultramar) 
5 (25%)

5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente 
2 (10%)

6. Fui lá como simples turista ou em passeio 
13 (65%)


7. Nunca fui a Fátima mas ainda gostaria de lá poder ir  
0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima nem tenho especial interesse em lá ir 
0 (0%)


Prazo de resposta: até dia 17 de maio, 4ª feira, às 16h53. (**)


II. É difícil encontrar um português que não tenha ido a Fátima, pelo menos uma vez na vida. 

O fenómeno de Fátima é mais velho do que todos nós: vai fazer 100 anos este ano. Inevitavelmente, estão a surgir diversos livros, documentários, filmes (***)  e outros eventos, celebrando a efeméride. E o papa Francisco vai estar amanhã  entre nós.

Fátima também esteve presente na vida (espiritual) de alguns de nós, que fomos mobilizados e combatemos na guerra do ultramar / guerra colonial.  Na Guiné, ergueram-se capelas, nos nossos aquartelamentos, sob a invocação de N. Sra. Fátima. Guileje foi um exemplo. Mas não sabemos qual foi a extensão do culto mariano em tempo de guerra. Em peregrinação ou não, alguns de nós fomos entretanto a Fátima nessa altura ou então mais tarde. 

Seria interessante que quem foi combatente (na Guiné ou nos outros teatros de operações) pudesse responder a este questionário até 4ª feira: pode-se dar mais do que uma resposta: 

(i) se alguma vez foste ou não a Fátima; 
e (ii)  e no caso de teres ido, se foste como peregrino ou crente,  ou como simples turista. 

Se nunca foste a Fátima, podes optar por uma de duas respostas: 
(iii) nunca fui a Fátima  mas  ainda gostaria de lá poder ir; 
ou (iv)  nunca fui a Fátima  nem tenho especial interesse em lá ir. 

Seria bom atingirmos as 100 respostas.

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Notas do editor:

(*)  Vd. poste de 29 de janeiro de  2010 > Guiné 63/74 - P5726: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (10): A inauguração da capela, em 20 de Janeiro, na presença do embaixador de Portugal (Pepito)
(**) Último poste da série > 10 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17343: Inquérito 'on line' (111): num total de 34 respondentes, participantes dos nossos últimos oito encontros anuais (total 1282), mais de dois terços estão globalmente satisfeitos com o local (Monte Real) e o hotel (Palace Hotel de Monte Real) escolhidos

(***) Vd. poste de 11 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17344: Manuscrito(s) (Luís Graça) (118): "Fátima", do realizador João Canijo (Portugal / França, 153', cor, 2017)... Sangue, suor e lágrimas... ou onze mulheres à beira de um ataque de nervos... De Vinhais a Fátima, 430 km, 9 dias... E também aqui ninguém quer ficar para trás... Um filme sobre a caixa de Pandora feminina... A não perder.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17235: E as nossas palmas vão para... (13): Mário Leitão, farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, delegação nº 11 do Laboratório Militar, autor de "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012, 295 pp, mais de 500 fotografias), um homem de causas, agora empenhado em resgatar da "vala comum do esquecimento" os 52 bravos do concelho de Ponte de Lima que morreram na guerra do ultramar, 11 dos quais no CTIG

 

Capa do livro


Dedicatória manuscrita ao editor do nosso blogue


Ficha técnica












Contracapa


Dedicatória de Mário Leitão ao nosso editor:


"Ponte de Lima, 28/3/2017: Ao prof doutor Luís Graça com a minha homenagem pelo seu incansável trabalho pela conservação das memórias da guerra do Ultramar! Com um abraço do Mário Leitão".



1. Mensagem do António Mário Leitão, um limiano de alma e coração, com data de 6 do corrente:

Caro Luís:

As minhas renovadas felicitações pelo V. magnífico trabalho! São incontáveis as buscas bem sucedidas que realizo no vosso  Blog para os meus livros. Obrigado!

Como não encontro o teu nº telefónico, queria saber se recebeste o meu livro sobre as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos, que enviei para a tua Universidade.

Um abraço!

Mário Leitão


2. Resposta do nosso editor LG, na volta do correio:

Querido amigo e camarada, recebi (e estou maravilhado com) o teu trabalho. Obrigado pela dedicatória. Prometo fazer uma recensão do livro, agora nas "férias" da Páscoa, que vou passar ao Norte, como de costume.

Quando voltar a Ponte de Lima, apito. Amanhã, telefono-te. O meu nº de telemóvel é o (...).

Tínhamos combinado, há uns tempos atrás,  se bem me recordo, que irias integrar a nossa Tabanca Grande (*). Acho que só faltavam as tuas duas fotos da praxe, uma do antigamente e outra atual. O convite continua de pé. Será uma honra ter-te cá, ao pé dos camaradas da Guiné, sentado sob o poilão mágico e sagrado da nossa Tabanca Grande.

Um, alfabravo, Luís


3. Comentário de LG:

O Mário Leitão já me mandou, entretanto,  todos os elementos para eu o poder apresentar, condignamente,  à Tabanca Grande como o grã-tabanqueiro nº 741.

O Mário Leitão não esteve na Guiné, esteve em Angola. Tem três ou quadro referências no nosso blogue. É  farmacêutico reformado. Foi furriel miliciano na Farmácia Militar de Luanda, delegação n.º 11 do LMPQF - Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, Angola, 1971/73.

O que é que ele tem feito, em prol da nossa causa comum, que justifique a sua entrada, pela porta grande da Tabanca Grande, honra essa que só é devida aos combatentes que passaram pelo TO da Guiné, de 1961 a 1974 ?

Muito simplesmente, o Mário Leitão é um homem de grandes causas: tem estado empenhado nestes últimos anos em honrar e preservar a memória dos 52 camaradas limianos que morreram (em combate, acidente ou doença) nos três teatros de operações, em África, seis dos quais ainda por resgatar (*).

Este homem, este camarada, farmacêutico reformado, antigo director técnico da Farmácia Lopes, em Barroselas, Viana do Castelo (, à frente da qual estão agora os seus dois filhos), podia estar quietinho nas suas tamanquinhas,  a "viver dos rendimentos", na sua bela terra, Ponte de Lima... Mas não, não é dessa têmpera, é um minhoto, é um limiano, é um poço de energia, tendo-se abalançado agora a resgatar da vala comum do esquecimento os seus camaradas que morreram na guerra do ultramar.... Ele está a recolher elementos para um livro e é, no que respeita ao TO da Guiné, um leitor apaixonado do nosso blogue... Quer, em outubro próximo, fazer uma grande homenagem aos bravos limianos, entre os quais se contam os nossos malogrados camaradas da Guiné:

António da Silva Capela (que morreu no decurso da Op Ostra Amarga),
Armando Ferreira Fernandes,
Celestino Gonçalves de Sousa,
Damásio Manuel Fernandes Cervães,
João Alves Aguiar,
João da Costa Araújo,
João Fernandes Caridade,
João Vieira de Melo,
José Pereira Durães,
José Rodrigues Barbosa,
Júlio de Lemos Pereira Martins.

Last but not the least, por fim e não menos importante, o Mário  Leitão é autor de um  livro  de referência, "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (Ponte de Lima: Lions Clube de Ponte de Lima, 2012, 295 pp.), de que se fizeram mil exemplares, e está hoje praticamente esgotado. Ele teve a gentileza de mandar um exemplar autografado, sabendo da minha admiração por esse rincão maravilhoso da nossa terra que é o concelho de Ponte de Lima e a Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d' Arcos

O que muita gente não sabia (incluindo eu próprio) é que o nosso camarada Mário Leitão foi um dos pioneiros (se não mesmo o mais antigo) dos estudiosos daquela que é hoje uma Paisagem Protegida,
reconhecida nacional e internacionalmente como um importante zona húmida, rica pela sua biodiversidade, "ponto de partida para o lançamento de um grande projeto de conservação da natureza, de construção social, desenvolvimento rural e territorial, que nasceu das possibilidades dum espaço singular, mas também da visão e do esforço coletivo de diversos agentes, na sua relação próxima com a população e proprietários locais"...

O Mário Leitão teve, neste projeto, uma quota-parte do grande mérito, eu acho que ele merece uma estátua, na sua terra, pelo trabalho excecional que fez, ao longo de duas décadas e meia, e ele toda um equipa de gente jovem, apaixonada pela ciência e pela natureza, incluindo o levantamento, a a identificação e a caracterização da fauna e flora, bem como a educação ambiental das populações.

Por tudo isso, e não é pouco, o Mário Leitão merece que a gente lhe tire o quico!... As nossas palmas desta vez vão para ele! (**)... Num próximo poste iremos apresentá-lo como o nosso novo grã-tabanqueiro, como o nº 741.

__________________

Notas do editor:

(*)  Vd. postes de:

26 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17180: In memoriam (281): João Vieira de Melo, 1.º Cabo Auxiliar de Enfermeiro da CCAV 1485, falecido, vítima de ferimentos recebidos em combate, no dia 20 de Fevereiro de 1966, um herói limiano que tarda em ser homenageado (Mário Beja Santos / Mário Leitão)

15 de fevereiro de  2016 > Guiné 63/74 - P15749: (De)Caras (29): Tentativa, frustrada, de criação do Dia do Combatente Limiano... Assembleia Municipal de Ponte de Lima chumbou a proposta (Mário Leitão, farmacêutico, ex-furriel mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do LMPQF - Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, Luanda, 1971/73)



(**) Postes anteriores da série >

10 de junho de 2016 > Guiné 63/74 - P16189: E as nossas palmas vão para ... (12): Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas", empresário em Bissau, português com P grande, que esperamos um dia destes ver condecorado no 10 de junho pelo presidente da República Portuguesa de todos os portugueses

1 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15694: E as nossas palmas vão para... (11): Catarina Gomes, a nossa amiga jornalista do "Público" que venceu o Prémio Rei de Espanha, na categoria imprensa escrita, com o trabalho "Quem é o filho que António deixou na Guerra?"... (Trata-se da segunda parte de um trabalho, iniciado em 2013, sobre os "Filhos do Vento")

30 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14420: E as nossas palmas vão para... (10): João Crisóstomo e António Rodrigues, amigos da causa de Aristides de Sousa Mendes (Parte II)


17 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13299: E as nossas palmas vão para... (8): Nuno [José Varela] Rubim, autor de vasta obra sobre a nossa história militar, com destaque para "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580"

7 de junho de 2014 &gt; Guiné 63/74 - P13252: E as Nossas Palmas Vão para... (7): José Carmino Azevedo, autarca de Vila Frechoso, Vila Flor, que quis doar à Tabanca Grande 0,5% do seu IRS de 2013... Que gesto magnânimo!!!... Infelizmente não temos estatuto jurídico...nem sequer número de identificação fiscal (NIF) e, como tal, não existimos face ao Estado Português...


1 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11176: E as Nossas Palmas Vão Para... (5): Daniel Rodrigues, 25 anos, português, fotojornalista, que ganhou o "óscar" da melhor fotografia, na categoria "Vida Quotidiana", do concurso de 2013 da "Word Press Photo", com um belíssima foto de uma jogatana de futebol entre miúdos de Dulombi, março de 2012 (Luís Dias)

18 de maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6424: E as Nossas Palmas Vão Para... (4): O Município de Vila Nova de Famalicão no Dia Internacional dos Museus, a que se associaram dez museus, públicos e privados, incluindo o Museu da Guerra Colonial

24 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 – P5005: E as Nossas Palmas Vão Para... (3): Medalha de Prata de Serviços Distintos, com Palma (José Martins)

30 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2316: E as Nossas Palmas Vão Para... (2): Os que lutam, na Guiné-Bissau, contra a Mutilação Genital Feminina (MGF)

domingo, 22 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16977: Militares mortos na 1.ª Guerra Mundial e Guerra do Ultramar do concelho de Torre de Moncorvo (Armando Gonçalves) - Parte I


Torre de Moncorvo: logo da câmara municipal (cortesia da página do município). O concelho teve 28 mortos na guerra colonial / guerra do ultramar (1961/74)- O município erigiu, em 2013, um monumento aos combatentes da guerra do ultramar.



1. Mensagem, com data de 14/11/2016, do nosso amigo Armando Gonçalves,  professor de História, do Agrupamento de Escolas Dr. Ramiro Salgado (pai do nosso camarada Paulo Salgado), em Torre de Moncorvo, e que aceitou integrar a nossa Tabanca Grande, passando a ser o nº 733 (*)

Caro Dr. Luís Graça,

Ao fim de algum tempo reapareço para lhe entregar em primeira mão o resultado de um pequeno contributo (*).

Desiludido, como já transmiti ao amigo Manuel Augusto Reis (**), com a apatia da autarquia sobre tão importante evento (que é o de homenagear os militares e suas famílias e não o meu trabalho, que está bem aquém do merecimento de tão nobres moncorvenses).

Informo-o que recolhi duas fotos do blogue Luís Graça &  Camaradas da Guiné, devidamente citados o autor e a fonte.

Devido à quantidade de correio eletrónico só mais tarde percebi que para fazer parte da Tabanca era necessário foto. Irei a tempo?!

Um abraço,
Armando Manuel Lopes Gonçalves

2. Mensagens anterior, de 18 de maio de 2016, do nosso amigo Armando Gonçalves



Luís Graça,

Muito me honra o seu convite. Terei todo o gosto em pertencer à Tabanca Grande como amigo de todos vós. Tenho recebido provas de consideração e amizade impressionantes muito acima do trabalho realizado.

Há um espírito de solidariedade entre os veteranos, muito genuína, admirável.

Na medida das minhas capacidades e possibilidades darei o meu contributo.

Um cordial abraço,

Armando Gonçalves




Facebook > Página oficial do centenário da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), da responsabilidade da Liga dos Combatentes (Com a devida vénia...)


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(Continua)
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Nota do editor:

(*) Vd. postes de  





(...) Há perto de um mês, um professor de História da Escola Secundária de Moncorvo, Armando Gonçalves, solicitou ao Blogue a sua colaboração para que pudesse concluir a sua pesquisa sobre as condições que envolveram a morte do Alf Mil Lourenço da CCAV 8350, falecido na Guiné em 5 de Março de 197373(1).


Este caso englobava-se num projecto mais amplo, respeitante a todos os ex-combatentes de Moncorvo, falecidos nas ex-províncias ultramarinas e nascidos no concelho de Moncorvo. Como se depreende a sua tarefa não foi fácil. O conhecimento das datas de nascimento, filiação, localização dos cemitérios onde se encontram os corpos e a localização de familiares ainda vivos exigiu muito tempo e perspicácia ao Armando. Os locais e as circunstâncias em que morreram foram talvez o trabalho mais complicado. A singela homenagem aos ex-combatentes mortos ser-lhes-à prestada com a colaboração da Câmara Municipal, em data oportuna. 

Quero deixar aqui duas notas: O meu apreço e gratidão pela dedicação do Armando a ex-combatentes, nossos camaradas e amigos. Não basta dizer que houve uma guerra e como em todas as guerras há mortos, feridos e estropiados. É redutora esta visão. Há algo mais para além disso. O meu apreço pela pronta, rápida e eficaz colaboração do Blogue, que acabou por me envolver neste processo e me sensibilizou para avançar na localização da campa do Alf. Lourenço e da da sua família. 

Em pouco tempo se reuniram a maior parte dos elementos que o nosso amigo Armando precisava com a ajuda preciosa do Alf. Gonçalves, outro dos Alferes da CCAV 8350, que vive em Almada e não via há imensos anos. Localizámos a campa do Alf. Lourenço e dois dos seus primos ainda vivos. (...)