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domingo, 15 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12040: Manuscrito(s) (Luís Graça) (10): O dever de servir a Pátria... Éramos todos iguais, mas uns mais do que outros

1. Estimado alfero Cabral:

A octogésima estória cabraliana (*) merece ser saudada, de maneira "discreta", como o alfero gosta, mas também com regozijo da parte dos inúmeros fãs da série, onde se inclui este seu "discreto"  leitor (. O senhor alfero sabe quanto discretamente o admiro e anseio o lançamento do seu livro para poder ser um dos 10 primeiros, pelo menos, a ter o privilégio de uma dedicatória autografada).

Levanta o meu alfero (que eu tive a honra de conhecer em Bambadinca, nos idos tempos de 1969/71), duas questões interessantes para a história do nosso tempo, em geral, e da guerra colonial (ou do ultramar, como preferir), em particular:

(i) era possível motivar alguns militares da tropa, como o 1º sargento Candeias ou até alguns cadetes de Mafra, com o simples slogan propagandístico "há mulatas em Luanda";

(ii) naquele tempo, de impoluto patriotismo (, coisa que os jovens de hoje não sabem muito bem o que é), também funcionava a "valente cunha de última hora", a avaliar pelo inesperado desfecho da situação do cadete Cabral: em vez do almejado tacho no SAM - Secretariado de Administração Militar, com direito a ar condicionado ou, no mínimo, de ventoínho de muitas rotações e garrafeira de uísque velho, puseram-no como apontador de artilharia em pleno coração da Guiné; em vez da ilha de Luanda e das mulatas angolanas, enfim mandaram-no para Fá e para as mandingas da Guiné...

Este último tema (o do "factor C") interessa-me particularmente, já que não tem sido devidamente abordado no nosso blogue, como deveria e eu desejaria.. Afinal, a lei era igual para todos ou havia, como hoje, uns mais iguais do que outros ?... Em Alcácer Quibir parece que morreu (ou ficou prisioneira dos moiros) a fina flor na Nação... Mas na Guiné a sociodemografia da guerra e da morte foi muito mais nivelada por baixo... Houve muito boa gente que se safou  de ir parar ao chamado Vietname português...

Ainda ontem um amigo e conterrâneo meu, mais novo, me contava como um  primo seu, mais velho, da minha geração, ficou livre da tropa (e portanto de ir parar à Guiné ou a outros sítios indesejáveis do vasto império onde havia guerra) mediante "cunha valente de última hora"...

A avó (de ambos) pagou 200 contos (, o que na época dava para comprar um apartamento) para livrar o querido netinho da servidão militar... O patriota impoluto que conseguiu livrar o mancebo era nem mais nem menos do que uma das figuras gradas do regime de então, médico, militar,  de muitos galões, poderoso e influente... que esteve à frente de respeitáveis instituições como o Hospital Militar Principal... A senhora era vizinha da tal figura grada da Nação, morava ali para os lados da Estrela, e adorava aquele netinho (filho único da sua querida filha, viúva) e tinha bagalhoça. (Pessoa de resto que eu bem conheci e a quem fiquei a dever favores, diga-se de passagem).

 O menino pôde fazer a sua carreira, académica e depois profissional,  tranquilamente, tendo-se em licenciado em economia e arranjado um bom emprego numa instituição bancária, enquanto os jovens da sua geração andaram a matar e a morrer em Angola, Guiné, Moçambique...

Claro que, também aqui, nesta história nem todos os netos são ou eram iguais...Um deles, meu amigo, e irmão do meu informante, foi parar com os costados à Guiné, tal como eu... Enfim, já naquele tempo havia netos ricos e netos pobres... E, claro, médicos militares, figuras da mais fina flor da Nação, com diferentes leituras do valor do "patriotismo impoluto"...

Ouvindo histórias aqui e acolá, vamos juntando as pontas e reconstituíndo o "puzzle": (i)  o sistema estava longe de tratar todos por igual (na escola, na tropa, na vida civil...); (ii) a classe social também contava (e se contava!); (iii) o "capital de relações sociais" também contava muito (o pessoal do "downstairs" que servia o pessoal do "upstairs", também tiravam partido dessa condião e, muitas das v vezes, eram as pessoas certas a quem o pobre necessitado devia meter um cunha); (iv) os resultados dos testes psicotécnicos, por mais válidos e fiáveis que fossem (segundo as garantias dos psicólogos militares) podiam ser, nalguns casos,  desvirtuados na secretaria...

Por outro lado, a sociedade portuguesa é marcada por séculos de relações clientelares... E o poder manifestava-se, também,  através do favor (e da sua simbologia): "com favor não te conhecerás, sem ele não te conhecerão"... Por outro lado, essas relações de poder eram assimétricas: como se diz na nossa terra, "dou um presunto a quem me der um porco"... E, em boa verdade, quem é que não estaria disposto, no nosso tempo, a dar 200 notas de conto, se as tivesse, só para se safar do alegado inferno da Guiné ? (**)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 13 de setembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12035: Estórias cabralianas (80): As mulatas de Luanda (Jorge Cabral)

(**) Último poste da série > 19 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11955: Manuscrito(s) (Luís Graça) (9): Em honra da Lourinhã e da(s) sua(s) banda(s) filarmónica(s)

domingo, 27 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9106: Se bem me lembro... O baú de memórias do Zé Ferraz (8): O meu colega do Liceu do Oeiras que fui encontrar em Mansambo e em Bambadinca...

1. Mais um história do Zé Ferraz,  português radicado nos EUA (vive em Austin, Texas), ex-Fur Mil Op Esp ex-Fur Mil, Op Esp, CART 1746, Xime, 1969; CCS/QG, Bissau, 1969/70):


Para o Torcato: Se bem me lembro,  numa das operações em que estive envolvido,  fomos até Mansambo e,  para surpresa minha,  o comandante era um amigo meu do Liceu de Oeiras.  Quando deixou o mato foi comandar a CCS do QG em Bissau e eu era o seu "ajudante". Raios me partam,  não me lembro do seu nome.


Numa das minhas anedotas desse tempo,  uma vez cheguei a Bambadinca e a minha farda de campanha consistia em  calças camufladas,  dólman a que tinha cortado as mangas,  uma écharpe de seda que havia pertencido a minha mãe;  como armamento,  a G-3 com a tanga do primeiro turra que lerpei, atada ao tapa-chamas;  como galhardete,  cinturão sem cartucheiras,  um punhal enorme, fula,  cujo cabo era um cartucho calibre 50;  e cinco granadas de mão.


Vinha no Unimog,  passei à frente da messe de oficiais,  dei uma bruta continência a um tenente coronel periquito pela aparência da sua farda.  O homem olhou para mim,  começa a gritar pelo capitão,  eu disse ao condutor para parar,  apiei-me da viatura e fui falar com o tal TC. 


Nessa altura o capitão que apareceu,  era o meu amigo do liceu que estava não sei porquê em Bambadinca, nem eu sabia as razões pro que o TC queria participar de mim. Além disso, nesse tempo usava uma larga barba. O dito capitão disse então:
- Meu tenente coronel,  este é o furriel Ferraz,  do Xime... -  e olhou para mim com uma vontade de rir tremenda.


A única coisa que me lembrei de lhe dizer foi:
- Vossselência.  meu tenente coronel... eu estou aqui para fazer a guerra, não para desfiles. 


Tenho muitas saudades desse capitão porque tivemos largas conversas no seu gabinete,  e fora,  num dos bares-cafés de Bissau,  sobre a futilidade da luta em que estávamos envolvidos e das inevitáveis consequências que a derrota nos iria trazer. 


Hoje, ainda que longe do meu querido Portugal,  vejo e leio o triste estado em que o país se encontra. Esta realidade causa-me profundo pesar. Estou velho e não há nada que possa fazer para mudar a pobre situação do nosso país. Vivo aqui há 41 anos e ainda não me tornei cidadão americano como patriota que fui e sou. Se por acaso estiveste em Mansambo,  penso que deverias ter conhecido a capitão de que falo. Diz-me o seu nome.


2. Comentário do Torcato Mendonça ao Poste P9043:


O Capitão era o Capitão Neto.  Havia um Capitão [, Eugénio Batista] Neves que era o comandante da CCS do BCAC 2852 e depois comandou a 2404 que nos rendeu em Mansambo (Novembro de 69).


3. Comentário de L.G.:


Quererá o Torcato referir-se ao Cap Mil Sérgio Luís Taveira Neto, que à época da Op Lança Afiada - 8 a 18 de Março de 1969 - comandou a CART 1746 ? ... Certamente por impossibilidade temporária do Cap Mil António Vaz que era efetivamente o comandante da CART 1746, no Xime, "de Janeiro 1968 até ao fim da comissão, em Junho de 1969", como ele próprio nos confirmou, há uns anos atrás.

Por seu turno, será que o José Ferraz queria referir-se ao comandante da CART 2339 (Mansambo, 1968/69) ? O Torcato deve ter pensado que ele se referia ao seu próprio comandante (, CART 1746, Xime, 1968/69).

Segundo os registos que temos, no nosso blogue, e com base nos postes do Torcato Mendonça, o primeiro comandante da CART 2339 foi o Cap Mil Meira de Carvalho ("Logo em Évora, devido a doença, teve que abandonar a Companhia").

"O Capitão Lima foi o segundo dos quatros comandantes que a companhia teve". O terceiro e penúltimo Comandante da Companhia foi o Capitão QP  Moura Soares.  "Por motivo de doença" (...) "foi substituído, em Dezembro de 1968, pelo quarto e último Comandante, o Capitão QP  [Raul Alberto] Laranjeira Henriques, 28 anos, 3ª Comissão no Ultramar"...

O Laranjeira Henriques, que eu conheci bem (eu e os meus camaradas da CCAÇ 12), era o comandante da CART 2339 ("Os Viriatos") já na altura da Op Lança Afiada... 

Seria este o colega de Liceu do José Ferraz ?... Em princípio, o Laranjeira Henriques era mais velho (terá nascido em 1940 ou 1941) do que o José Ferraz (que é de 1945)... Era capitão do QP, logo oriundo da Academia Militar... 

Pertencia originalmente à CART 2413 (Independente, foi mobilizada pelo RAP 2; partiu para a Guiné em 11 de Agosto de 1968 e regressou a 18 de Junho de 1970; esteve em  Fá Mandinga e Xitole; comandantes:  Cap Art Raul Alberto Laranjeira Henriques; Cap Inf José Medina Ramos)...

Por seu turno, a CCAÇ 2404/BCAÇ 2852  substitui a CART 2339, (Mansambo)  entre Novembro de 1969 e Maio de 1970... Foi,  por sua vez, rendida pela CART 2714 ("Bravos e Leais"), pertencente ao BART 2917 (1970/1972). Confirma-se, por outro lado, a transferência do Cap Inf Eugénio Batista Neves, "por motivos disciplinares", em Agosto de 1969, para a CCAÇ 2404/BCAÇ 2852 que comandou até Fevereiro de 1970... A CCAÇ 2404 foi transferida para Mansambo em Novembro de 1969.

O José Ferraz, de rendição individual,  foi para a CCS/QG, em Bissau, em Junho de 1969, quando a CART 1746 terminou a sua comissão e regressou à metrópole. Logo, em Mansambo, entre Janeiro e Maio de 1969, só podia ter conhecido o Cap Art Laranjeira Henriques... Talvez o Torcato Mendonça nos possa dizer se o Laranjeira Henriques foi para a CCS/QG, em Bissau, em Novembro de 1969... O Ferraz regressou a casa em 1970, não sei exatamente em que mês... Em Dezembro desse ano, emigrou para os EUA.

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Nota do editor:

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P7057: (Ex)citações (98): Ninguém ama a sua Pátria por ser grande / Mas sim por ser sua! (António Botto / José Martins)

1. Comentário de José Martins [,ex-Fur MIl Trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70, foto à direita,] ao poste P7021 (*)


Caro Juvenal

Parecido, mas só parecido, junto um de António Botto, e sem desprimor para o poeta, apenas «pode» completar o teu:

Ó Pátria mil vezes santa,
-Meu Portugal, minha terra,
Onde vivo e onde nasci!

Na tua História me perco, 

e nela tudo aprendi.

Mesmo que fosses pequena
E eu te visse pobre e nua, 

- Ninguém ama a sua Pátria por ser grande,
Mas sim por ser sua!



António Botto (1897-1959) 

In
As Canções de António Botto, 18ª ed. Lisboa: Presença. 1999, p.111.


(Fixação / revisão de texto / título: L.G.)


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Nota de L.G.:


(*) Vd. poste de 

21 de Setembro de 2010 > 
Guiné 63/74 - P7021: Blogoterapia (158): A Nossa Pátria (Juvenal Amado)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2473: Estórias de Guileje (2): O Francesinho, morto pela Pátria (Zé Neto † )















Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (167/68) > Álbum fotográfico de José Neto (1929-2007) > Aspectos da vida quotidiana da companhia... Na primeira foto, assinala-se a vermelho o Francesinho, com a sua concertina... Na foto a seguir, também foto de grupo (a segunda a contar de cima), o então 2º Sargento Neto, de pé, de óculo escuros, vem assinalado a vermelho... As fotos seguintes falam por si, não precisando de legenda...

Fotos: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). (Fotos do José Neto † , reeditadas por Albano Costa). Direitos reservados.

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > Álbum fotográfico de José Neto (1929-2007) > Ao centro, o Francesinho, o herói desta estória (1). Foto do saudoso Cap José Neto (1929-2007), o nosso primeiro tertuliano a deixar-nos, pelas leis naturais da vida.

Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.


1. Comentário de L.G.:

O Zé, que foi (e é ou continua a ser, velando por nós) o patriarca da nossa tertúlia (onde estve apenas um ano e picos), quis partillhar connosco, aos setenta e seis anos, uma parte "muito significativa" das memórias da sua vida militar.

Um pouco antes de morrer - inesperadamente, vítima de cancro do pulmão -, enviou-nos "trinta e três páginas retiradas (e ampliadas) das 265 que fui escrevendo ao correr da pena para responder a milhentas perguntas que o meu neto Afonso, um jovem de 17 anos, que pensava que o avô materno andou em África só a matar pretos enquanto que o paterno, médico branco de Angola, matava leões sentado numa esplanada de Nova Lisboa (Huambo). Coisas de família"...

Tenho que te agradecer, mais uma vez, Zé, onde quer que estejas! As tuas memórias de Guileje foram (são) também as memórias das nossas vidas, dos teus rapazes, dos nossos camaradas.. Eras o mais velho de todos nós, já partiste mas a tua saudosa memória ficou connosco. Deste-nos ume exemplo de generosidade, de energia, de alegria de viver, mas também de coragem e de abnegação na fase terminal da tua doença (que foi fulminante). Em tua memória e à memória dos teus rapazes da CART 1613, de quem falavas comos e fossem teus filhos e que estiveram contigo em Guileje, volto reproduzir, agora na 2ª série do teu/nosso blogue, o sumaríssimo mas incisivo retrato do Francesinho que tu desenhaste com mão de mestre, sentido de justiça, humor e sobretudo com grande sensibilidade humana...

Olha, em Março de 2008, estaremos em Guileje e far-te-emos uma pequena homenagem. Pepito, não esqueceremos o Zé, nosso amigo comum, amigo de Guileje, amigo da Guiné e e do seu povo!... Um (e)terno Alfa Bravo para ti, camarada, que repousas no céu dos guerreios! (LG)


2. Estórias de Guileje > O Francesinho (2)
por José Neto †

Com pouco mais de metro e meio de altura, franzino, quase imberbe, era um poço de força, energia e boa disposição que a todos espantava.

Geralmente, quando o pessoal regressava das duras caminhadas pelas matas e bolanhas vinha estafado e atirava-se para cima do catre para descansar. Essa não era a prática do Francesinho. Tomava um duche, ficava como novo e, com a sua concertina algo desafinada, espalhava alegria por toda a tabanca e arredores.

Era emigrante em França, para onde foi com os pais ainda criança, e pela nossa Lei não estava sujeito ao serviço militar, mas quando atingiu a idade própria veio apresentar-se e foi incorporado.

Constava nos seus documentos que era analfabeto e agricultor e, no entanto, falava correctamente francês e era operário especializado da indústria metalomecânica.

O mais surpreendente, se é que o Francesinho não fosse ele uma permanente surpresa, era a correcção com que falava português com a pronúncia e os ditos da sua região, as terras do Basto.

A sua única preocupação era a de que, quando acabasse a tropa, as nossas autoridades lhe passassem um papel para apresentar no birú [bureau, escritório, em francês] da fábrica onde trabalhava, justificando que esteve ao serviço da sua Pátria.

Desgraçadamente não foi preciso o papel, mas julgo que o tal birú da fábrica decerto deu por falta do portuguesinho, alegre e diligente, nascido na freguesia de Ribas, concelho de Celorico de Basto e falecido heroicamente em combate na Guiné Portuguesa (3).

As últimas mãos que afagaram aquele rosto de menino, antes de se soldar a urna de chumbo que o trouxe de volta, foram as do Capitão [Eurico] Corvacho e as minhas. Não é vergonha dizer que não contivemos as lágrimas que nos correram pela cara abaixo.

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Notas de L.G.:

(1) Vd. poste anterior desta série > 14 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2437: Estórias de Guileje (1): Num teco-teco, com o marado do Tenente Aparício, voando sobre um ninho de cucos (João Tunes)

(...) Na expectativa do Simpósio Internacional Guiledje na Rota da Independência da Guiné-Bissau (Bissau, 1-7 de Março de 2008), que será também o da celebração da amizade entre os nossos dois povos e entre os antigos combatentes de um lado e do outro, damos início à publicação de histórias/estórias tendo como sujeito/objecto o aquartelamento e a tabanca de Guileje, as NT que os defenderam e, eventualmente, os guerrilheiros do PAIGC que nos combateram até ao abandono daquela posição militar no sul da Guiné, em 22 de Maio de 1973 (...).

(2) Extracto da VII parte das memórias do primeiro-sargento da Companhia de Artilharia nº 1613 (Guileje, 1967/68), o então 2º Sargento José Afonso da Silva Neto (falecido em Maio de 2007, com o posto de capitão, reformado).

Vd. postes de:

11 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DXXI: Memórias de Guileje (Zé Neto, 1967/68) (7): Francesinho e Cavaco, o belo e o monstro
25 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DLXXXV: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto) (Fim): o descanso em Buba

Vd. ainda os seguintes postes de (ou sobre) o nosso camarada José Neto:

31 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1805: In memoriam (1): Adeus, Zé Neto (1929-2007) (José Martins, Humberto Reis, Luís Graça, Virgínio Briote e outros)

2 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1910: Cap Zé Neto (1929-2007): Homenagem da AD - Acção para o Desenvolvimento, de Bissau

(3) Julgo tratar-se do soldado António de Sousa Oliveira, da CART 1613/BART 1896, natural de Celorico de Basto, freguesia de Cruz-Ribas, morto em combate no dia 28 de Dezembro de 1967 (segundo elementos que colhi na lista dos mortos do Ultramar, organizada por concelhos, pelos nossos camaradas que criaram e que gerem a página Moçambique, Guerra do Ultramar, e a quem endereço os meus cumprimentos e os meus agradecimentos pelo trabalho realizado, contribuindo para a preservação da memória da guerra do ultramar/guerra colonial, não apenas em Moçambique como nas restantes frentes).