quinta-feira, 4 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17318: Historiografia da presença portuguesa em África (75): Subsecretário de Estado das Colónias em visita triunfal à Guiné, de 27/1 a 24/2/1947 - Parte IV: No chão fula, Bafatá e Gabu, 6 de fevereiro de 1947...


Guiné > Bafatá > 1958 > Equipa do SCB [Sporting Clube de Bafatá], onde não há um "negro da Guiné"...  Em 6/2/1947, na sua sede,  foi servido um "porto de honra" ao ilustre representante do governo de Salazar, a que "assistiu toda a população branca" (, segundo a notícia da agência "Lusitânia", que a seguir se reproduz...).

Era filial do Sporting Clube de Portugal que, nesta época (1946/49),  era o patrão do futebol português e, de resto,m conotado com as elites... Foi  a época de ouro dos "cinco violinos" (Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e José Travassos).

Foto (e legenda): © Leopoldo Correia (2013) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]











Recorte do Diário de Lisboa, nº 8692 , ano: 26, edição de sábado, 8 de fevereiro de 1947 (Director: Joaquim Manso)


(Cortesia do portal Casa Comum > Fundação Mário Soares > Arquivos > Diário de Lisboa / Ruella Ramos >  Pasta: 05780.044.11043


Citação:

(1947), "Diário de Lisboa", nº 8692, Ano 26, Sábado, 8 de Fevereiro de 1947, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_22334 (2017-5-4)



1. Depois do Cacheu e do Oio, prosseguia, em 6 de fevereiro de 1947, a visita, à Guiné, do subsecretário de Estado das Colónias, engº Sá Carneiro, sendo então governador-geral   Manuel Sarmento Rodrigues.

Já aqui sublinhámos a importância política de que se revestia esta demorada visita, de quase um mês, quer para o governo de Salazar, na conjuntura do pós-guerra e no início do movimento de descolonização, quer para o governador geral Sarmento Rodrigues, um prestigiado oficial da marinha, considerado com um "conservador liberal", com "ligações à Maçonaria" e que apoiava o Estado Novo... Transmontano de Freixo Espada à Cinta, era considerado um  homem "à esquerda" do regime, com afinidades político-ideológicas com Marcelo Caetano, o então ministro das Colónias . Foi governador geral da Guiné entre 1945 e 1949 e será o preferido de Salazar para o lugar de Ministro das Colónias, em 1950, e depois do Ultramar, em 1951.


Manuel Sarmento Rodrigues (cortesia da revista da Revista Militar)

Em diversos postes publicados ao longo da existência de 13 anos deste blogue, temos chamado a atenção dos nossos leitores para o trabalho que Sarmento Rodrigues desenvolveu na modernização de Bissau e outras cidades, e na organização do território,sem esquecer a criação do Centro de Estudos da Guiné, com a excecional colaboração de Avelino Teixeira da Mota, então 2º tenente da marinha,  responsável pelo "Boletim Cultural da Guiné Portuguesa" (que irá dedicar um nº especial, em outubro de 1947, a esta efeméride, o V Centenário).

O engº Rui Sá Carneiro tinha chegado ao território no dia 27 de janeiro de 1947, justamente com a missão de, em representação do governo central, encerrar as comemorações do descobrimento da Guiné, em 1446.

Fonte: Wikipedia
2. Da leitura da notícia da agência "Lusitânia", publicada no "Diário de Lisboa", na sua edição  de 8/2/1947  (pp. 1 e 11), constata-se: 

(i) a tendência para o reforço da aliança das autoridades portugueses as da colónia com o grupo étnico semi-feudal fula;

(ii) a valorização do "chão fula", em especial da região do Gabu, "habitada pelas raças mais civilizadas da colónia" (sic), no dizer do administrador da circunscrição, Luís Correia Garcia;

(iii) a visita protocolar à tabanca do "grande chefe fula" Madiu Embaló";

 (iv) a existência de cavalos, ainda na época, montados pelos régulos fulas e mandingas;

(v) o esforço das autoridades coloniais para combater e erradicar doenças tropicais como a doença do sono;

(vi) o peso relativo da comunidade sírio-libanesa no leste da Guiné;

(vii) a existência de um  campo de aviação no Gabu (e não, ainda, Nova Lamego...) e a inauguração  da nova capela;

(viii) o progresso de Bafatá e o prestígio do clube desportivo local, o Sporting Clube de Bafatá. em cuja sede foi servido um "porto de honra" ao ilustre representante da metrópole, a que "assistiu toda a população branca"...

e, por fim e não menos significativa, (ix) a importância que os seres humanos atribuem às "encenações do poder", em todos os sítios e épocas, tanto os súbditos como os governantes.... A colónia da Guiné, em 19947,  não escapava à regra da ciência política...(LG).
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19 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17155: Historiografia da presença portuguesa em África (72): Subsecretário de Estado das Colónias em visita triunfal à Guiné, de 27/1 a 24/2/1947 - Parte I: A consagração do governador geral, o comandante Sarmento Rodrigues, como homem reformador e empreendedor (Reportagem de Norberto Lopes, "Diário de Lisboa", 27/1/1947)

Guiné 61/74 - P17317: Inquérito 'online' (110): as primeiras 25 respostas: dois terços dos participantes estão globalmente satisfeitos com o hotel escolhido como local para o nosso encontro anual


Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017 > "Foto de família": este ano juntámos 134 camaradas e amigos/as. Mas, para o ano há mais, se Deus, Alá e os bons irãs nos derem vida e saúde.

Foto: © Abel Santos / J. Casimiro Carvalho   (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


I. Questionário (escolher uma das 7 hipóteses de resposta):

"ESTOU SATISFEITO COM O HOTEL ESCOLHIDO COMO LOCAL PARA O NOSSO ENCONTRO ANUAL"



Respostas preliminares (n=25) (até ao meio dia de hoje)



1. Totalmente satisfeito  > 10 (40%)
\
2. Em grande parte satisfeito  > 3 (12%)

3. Satisfeito  > 3 (12%)

4. Assim-assim  > 6 (24%)

5. Não satisfeito  > 0 (0%)

6. Em grande parte não satisfeito  > 3 (12%)

7. Totalmente não satisfeito  > 0 (0%)

II. Camarada, amigo, camarigo:

Prazo de resposta: até 9 do corrente, 3ª feira, às 13h45.

Se participaste este ano ou em anos anteriores (desde 2010), no nosso encontro nacional anual, em Monte Real, responde ao nosso inquérito (diretamente no canto superior esquerdo). 

A tua opinião é muito importante para nós. Queremos chegar às 100 respostas.

Estamos já a preparar o próximo, o XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, que deverá realizar-se  na 1ª quinzena de abril de 2018.

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Guiné 61/74 - P17316: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (17): e lá vamos caminhando pela "picada da vida fora", sempre atentos às "minas & armadilhas", e prometendo voltar para o ano, se Deus, Alá e os bons irãs nos protegerem... Este ano ficámos pela média, dos doze anos (n=137), em termos de participantes.


Foto nº 1 >  Manuel Viçoso Soares (Porto) e Fernando Sousa (Trofa)... O Manuel Soares vai ter o encontro da sua Companhia, CART  2520 (Xime e Quinhamel, 1969/71) em 20 de maio, em Almeirim.


Foto nº 2 > Luís Paulino (Álgés / Oeiras)  e Urbano Martins Oliveira (Figueira da Foz)


Foto nº 3 > Manuel Luís Lomba (Barcelos) e António Acílio Azevedo (Leça da Palmeira  / Matosinhos)


Foto nº  4 > Da esquerda para a direita: Ernestino Caniço, médico (Tomar), Teresa Maria e marido, António Dias Pereira, também eles de Tomar


Foto nº 5 > Mais um casal por identificar


Foto nº 6 > José Fernando Delgado Mendonça e Maria Luís


Foto nº 7 > Dina Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos) e Maria Arminda, esposa do Manuel Luís Lomba (Barcelos)


 Foto nº 8 > Margarida Peixoto (Penafiel) e Júlia, esposa de Isolino Gomes (Porto)


Foto nº 9 > Maria Irene, esposa do ex-Cap Mil Acílio Azevedo


Foto nº 10 > Mário Magalhães (que veio com a família, a Fernada e o Afonso) (Sintra) e Jorge Ferreira (Linda a Velha / Oeiras)


Foto nº 11 > Os nossos dois médicos, presentes no encontro (para além do Ernestino Caniço): C. Martins (Penamacor) e Francisco Silva (Porto Salvo /Oeiras)


Foto nº 12 > Carlos Silva (Massamá / Sintra) e C. Martins (Penamacor)


Foto nº 13 > Idálio Reis (Sete Fontes / Cantanhede) e Mário Vitorino Gaspar  (Lisboa)


Foto nº 14 > Agostinho Gaspar (Leiria)


Foto nº 15 > Almiro Gonçalves e esposa Amélia

Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017

Fotos: © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
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Nota do editor:

Último poste da série > 3 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17312: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (16): Em jeito de balanço... (Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora)

Vd. postes anteriores com a cobertura fotográfica do encontro:

3 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17311: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (15): Nem só de pão vive o homem... mas também de livros

3 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17310: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (14): mais caras lindas...
2 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17305: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (13): o evento, aos olhos de um 'camarada angolano', o Manuel 'Kambuta' Lopes, da Tabanca do Centro

1 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17304: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (12): O mundo continua a ser pequeno e a nossa Tabanca... Grande! (fotos de Luís Graça)

1 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17302: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (11): novos e velhos amigos e camaradas (Fotos de Luís Graça)

1 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17300: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (10): as primeiras fotos da nossa festa (Jorge Canhão)

1 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17298: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (9): as primeiras fotos da nossa festa (Miguel Pessoa)

Guiné 61/74 - P17315: Parabéns a você (1249): José Martins Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf da CART 2716 (Guiné, 1970/72)

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Nota do editor

Último poste da série de 3 de Maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17308: Parabéns a você (1248): António Estácio, Escritor, Amigo Grã-Tabanqueiro natural da Guiné-Bissau e Delfim Ridrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAV 3366 (Guiné, 1971/73)

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17314: Os nossos seres, saberes e lazeres (210): Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (3) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 22 de Março de 2017:

Queridos amigos,
Fora, até então, uma relação espúria, estar ou passar por Tavira. Encontrar um lugar é conhecer-lhe o ambiente, o seu passado, é preciso ter tempo para saborear os seus patrimónios, falar com as gentes, entrar em lojas, e tudo o mais. Tavira tem uma massa líquida que caminha para a Ria Formosa, guarda a senhorilidade de que já foi ponto de passagem para as praças do Norte de África. A sua história tem múltiplos certificados e atestados: estão nos museus, na sua arquitetura, na imponência do seu aquartelamento, no forte que a defendia, na presença árabe, inconfundível.
Tudo para dizer que foi uma bela descoberta aqui ter ficado vários dias e feito enamoramento com Tavira e as suas bandas.

Um abraço do
Mário


Tavira vetusta e a ria mais Formosa de Portugal (3)

Beja Santos

O viandante já se desincumbiu do plano inicialmente traçado para igrejas, ermidas, palácios e mercados, até castelos e jardins, o fio histórico já está esclarecido pela arqueologia, pelo gótico e pelo manuelino, pelas marcas do renascimento, entrou-se, por diversas razões, na pousada do Convento da Graça, demorou-se o olhar frente à casa de André Pilarte, e esta primeira imagem tem a ver com a Igreja Matriz de Santiago, bem atingida pelo terramoto de 1755, o que empolga são as misturas de linhas e o encastelado das igrejas. Até no Largo do Carmo se entrou à pressa na igreja, com teto rococó, fenomenal.




Chegou a hora de saciar a vista sobre a arquitetura civil, o que ainda sobra dos alvores do século XX, a teimosa conservação destes telhados de quatro águas, um dos cânones da arquitetura algarvia.



Cada um tem as suas obsessões, o culto do pormenor, o viandante gosta de meditar diante de portas, sejam de palácios ou igrejas, solares ou simples moradas de gente comum. Tocaram-lhe estas portas pela singela razão de que têm proprietários orgulhosos pela boa manutenção, pelo registo de que possui charme, pelo toque de identidade. Tenho dito.



É a despedida da Ria Formosa, e sabe-se lá porquê o viandante lembrou-se de um combate político que deu brado e laivos de demagogia quando Carlos Pimenta, então secretário de Estado do Ambiente mandou deitar abaixo as construções clandestinas da ria. O pôr-do-sol não foi ofuscante, eram um dia com muitos riscos cinzentos, até parecia prenúncio de chuva, o que não aconteceu. Não se deve viajar no Algarve sem vir aqui saborear esta paz de espírito, a ausência de tumulto que vai pelas praias, passar pelas salinas e muita terra lamacenta e aqui desembarcar, e poder ouvir as catapultas de água do oceano, ali bem perto.




Há um local em Santa Luzia onde o viandante gosta de comer peixe, choco ou polvo ou caldeirada. Pediu fatias de choco, debicou polvo e de um outro prato tirou duas colheres de açorda cheia de coentros. Ali à volta ouviam-se idiomas de quase toda a Europa, a época baixa é cada vez mais apetecível, da Rússia até à Espanha o roteiro algarvio é atração. Voltou-se para uma última mirada à arquitetura de Tavira, seguiu-se um curto passeio pelas redondezas, nas Pedras del Rei alguém lembrou que havia ali uma oliveira do tempo de Jesus Cristo, aqui fica o registo, passou-se por Balsa, há que ler muito bem o livro que dela fala, tema para a próxima viagem. Agora toma-se o comboio até Faro e dali para Lisboa. Foi um inesquecível passeio, acreditem.
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Notas do editor:

Postes anteriores de:

12 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17239: Os nossos seres, saberes e lazeres (207): Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (1) (Mário Beja Santos)
e
19 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17260: Os nossos seres, saberes e lazeres (208): Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (2) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 26 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17286: Os nossos seres, saberes e lazeres (209): Em demanda da mais bela magnólia do mundo (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17313: Notícias (extravagantes) de uma Volta ao Mundo em 100 dias (António Graça de Abreu) - Parte IX: De S. José da Costa Rica à antiga capital da Guatemala


Uma selfie na antiga capital da Guatemala, o António e a esposa Hai Yuan, em 24/9/2017 [p. 27]







Parte VIII   (pp. 25-28)


Texto, fotos e legendas: © António Graça de Abreu (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação das crónicas da "viagem à volta ao mundo em 100 dias", do nosso camarada António Graça de Abreu, escritor, poeta, sinólogo, ex-alf mil, CAOP 1 [Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74], membro sénior da nossa Tabanca Grande, e ativo colaborador do nosso blogue com cerca de 180 referências. 

É casado com a médica chinesa Hai Yuan e tem dois filhos, João e Pedro. Vive no concelho de Cascais.

Partida do porto de Barcelona em 1 de setembro de 2016. Três semanas depois o navio "Costa Luminosa", depois de sair do Mediterrâneo e atravessar o Atlântico, está no Pacífico, e mais concretamente no Oceano Pacífico, na Costa Rica (21/9/2016) e na Guatemala (24/9/2017), a caminho do México.
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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P17312: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (16): Em jeito de balanço... (Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora)


Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017 > O Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora, brindando ao passado, ao presente e ao futuro. A seu lado, a esposa, Catarina.

Foto: © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Mensagem de hoje, às 10:39, do Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora do XII Encontro Nacional da Tabanca Grande:

Luís, Carlos, Miguel:
Meus amigos:

Reflecti muito sobre este Encontro que me pareceu correr bem melhor do que os anteriores.
Ouvi críticas, algumas delas não me foram dirigidas, tais como, "por que é que não havia marisco", etc., etc. Outras criticas concordo em absoluto com elas, sobretudo em relação ao prato principal da refeição.
De qualquer modo julgo que é chegado o tempo de "provocar" outros para que avancem, se assim quiserem.
Por isso escrevi o texto que vos envio e peço seja publicado o mais rapidamente que seja possível.

Um abraço amigo e sempre disponível para todos do
Joaquim Mexia Alves

PS - Caro Luís: apenas uma nota para te dizer que, já agora,  o inquérito com perguntas tão directas não nos ajuda a melhorar. Sugiro que as pessoas expliquem porque não gostaram e porque gostaram e assim poderemos realmente melhorar.


Meus caros camarigos

Tivemos no Sábado passado, dia 29 de Abril, o XII Encontro Nacional da Tabanca Grande.(*)

Desde 2008 que organizo, com a ajuda e liderança do Carlos Vinhal e também do Miguel Pessoa, e obviamente com o Luís Graça a superintender, estes Encontros Nacionais, sendo que desde 2010 o local escolhido foi sempre o Palace Hotel de Monte Real, ao qual tenho ligações profundas, hoje muito mais sentimentais do que materiais.

Nunca me moveu qualquer intuito “comercial”, seja para mim próprio, seja para o Hotel em questão, mas apenas a escolha de um local que poderia de alguma forma “controlar” e, sobretudo, por reconhecer que, sendo a meio caminho entre Lisboa e o Porto, dotado de uma auto-estrada a 2 kms da entrada do Hotel, e podendo fornecer também dormida a quem quisesse estar à vontade na comida e na bebida no convívio, o local escolhido terá localização ideal.

Aceito de igual forma reclamações e elogios, desde que feitos com proporção e sentido de melhorar.

Ao longo destes anos temos mudado muita coisa, precisamente por nos chegarem críticas que nos ajudaram a melhorar.

Em convívios destes é impossível, julgo eu, agradar a todos.

Não estamos a ficar mais novos e era bom que muitos se lembrassem que aqueles que organizam também têm a mesma idade e que dão o seu melhor a esta organização, em tempo, dedicação e sobretudo muita paciência.

Os telefonemas são constantes, os prazos limite são sempre ultrapassados, as quebras à última hora uma realidade, e tudo isso é muitas vezes feito sem uma palavra de consideração, mas apenas como se aqueles que organizam fossem empregados dos outros.

Com certeza haverá outros que organizarão um Encontro destes com toda a competência, (melhor do que a minha seguramente), e por isso o que proponho neste escrito é que apareçam com ideias e locais para a próxima realização do Encontro Nacional da Tabanca Grande.

Com este escrito não estou a dizer que me coloco de lado na organização do Encontro para o ano de 2018, se o desejo do Luís Graça e da maioria, claro, for que continuemos a utilizar os serviços do Palace Hotel de Monte Real.

Se essa for a vontade do Luís Graça e da maioria, voltarei a fazê-lo com toda a dedicação, acreditando que quer o Carlos Vinhal, quer o Miguel Pessoa também para isso se disponibilizarão sem problemas.

A todos agradeço as palavras amigas que me dirigiram, bem como as criticas que fizeram.

Com um abraço camarigo do
Joaquim Mexia Alves


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2. Nota do editor Luís Graça:

Obrigado, Joaquim, pela tua reflexão.  Seguindo a tua sugestão, também acho que devemos aproveitar a maré para trocarmos ideias sobre o encontro anual da Tabanca Grande. Pessoalmente, acho que Monte Real é o sítio perfeito para os nossos encontros anuais, até pela dinâmica da Tabanca do Centro. E aqui tu e o Miguel têm a vantagem de "jogar em casa"... Mais a norte ou mais a sul, mais para o litoral ou mais para o interior, é sempre uma aposta arriscada...

O preço de inscrição é, cada vez mais, um factor condicionante da acessibilidade, para além dis custos de transporte/viagem... Mas aqui temos que saber ser inovadores. Podíamos ter dois preços, um para quem vem de manhã e regressa a meio da tarde, sem ficar para lanchar; e outro, completo, com lanche ajantarado, a pensar sobretudo nos que querem ficar todo o dia, ou ficar para o outro dia no hotel... O hotel pode criar um sistema de pulseiras, com duas cores diferentes... Como acontece todos os anos, há malta que regressa a casa mais cedo, a meio da tarde. À hora do lanche, há sempre muito menos gente.  Temos que pensar nesta hipótese, a qual, segundo o Carlos Vinhal, foi ensaiada em 2008, em Ortigosa, mas que não seria prática.

Este ano, o número total de participantes, com todas as desistências e inscrições de última hora foi de 134, segundo o Carlos Vinhal.  O ano passado andou pelos 190 (com um peso significativo da malta da Tabanca de Matosinhos: cerca de duas dezenas). Este ano houve vários camaradas que costumavam vir  (ou gostariam de vir, pela primeira vez) mas já tinham encontros marcados das suas companhias (em Caldas da Rainha e Fátima, por exemplo) este mês há outros a decorrer.

Por outro lado, e por razões técnicas, este ano não nos foi possível contactar, por email, toda a Tabanca Grande (são cerca de 6 centenas de endereços de email). A promoção do encontro foi feita exclusivamente pelo "boca a boca", e pelas notícias no nosso blogue e no Facebook.

De facto, este ano poderíamos ter tido mais gente, talvez mais uns 10, 20 ou 30, se tivéssemos sabido ou podido resolver o problema das comunicações por email... Enfim, houve malta que não soube nem da data nem do local do Encontro.

No Facebook da Tabanca Grande o Albano Costa (Guifões / Matosinhos) teve a gentileza de escrever "Os meus agradecimento pelo vosso trabalho, para o ano espero voltar".

Resposta da Tabanca Grande Luís Graça: "Albano, obrigado, é bom ouvir uma palavra de apreço para a comissão organizadora, de que destaco os nomes do Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel Pessoa!... Uma equipa vencedora, de há 10 dez anos a esta parte!"...

Um alfabravo do LG.
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 3 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17311: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (15): Nem só de pão vive o homem... mas também de livros

Vd. também 28 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17294: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (8): nº final de inscritos: 131, oriundos de Lisboa / Grande Lisboa (40%), Porto / Grande Porto (28%), Centro (22%) , Norte (7%), Sul e diáspora lusitana (3%)... Boa viagem pelas picadas fora até Monte Real... Tragam os crachás... Cuidado com as minas & armadilhas!

Guiné 61/74 - P17311: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (15): Nem só de pão vive o homem... mas também de livros


Foto nº 1 > Fernando de Jesus Sousa (DFA), (ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, autor do livro de memórias "Quatro Rios e um Destino" (Chiado Editora, Lisboa,  2014) e do livro de poemas "Sussurros Meus" (Chiado Editora, Lisboa, 2016).


Foto nº 2 > O Fernando Sousa autografando seu livro de poemas "Sussurros Meus" 


Foto nº 3 > O Jorge Ferreira escrevendo uma dedicatória para o Francisco Silva, no seu livro de fotografia "Buruntuma: algum dia serás grande!... Guiné. Gabu, 1961-63" (ed. autor, Oeiras, 2016).


Foto nº 4 >  O Jorge Ferreira é o primeiro da direita, ladeado por José Henriques Ribeiro, Luís Graça e Hélder Sousa.  O Jorge Ferreira foi alf mil da 3.ª CCAÇ, Bolama, Nova Lamego, Buruntuma e Bolama, 1961/63), autor do livro


Foto nº 5 > O José Ferreira da Silva autografando o seu livro "Memórias boas da minha guerra" (Chiado Editora, Lisboa, 2016) para o Vasco Ferreira (1)


Foto nº 6  > O José Ferreira da Silva autografando o seu livro  "Memórias boas da minha guerra" (Chiado Editora, Lisboa, 2016) para o Vasco Ferreira (2)... O Vasco Ferreira foi alf mil da CCAÇ 4540 (Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra) 1972/74).


Foto nº 7 > "Bolama, a saudosa", de António Júlio [Emerenciano] Estácio. Edição de autor, 2016.


Foto nº 8 > O escritor António Estácio, que hoje faz anos, com o Manuel Joaquim. O Estácio (i) é lusoguineense, nado e criado no chão de Papel, em Bissau, em 1947;  (ii) formou-se como engenheiro técnico agrário (Coimbra, 1964-1967, Escola de Regentes Agrícolas, onde foi condiscípulo do Paulo Santiago): (iii) fez a tropa (e a guerra) em Angola, como alferes miliciano (1970/72); (iv) trabalhou depois em Macau (de 1972 a 1998); (v) vive há quase duas décadas em Portugal, no concelho de Sintra; (vi) é membro da nossa Tabanca Grande desde maio de 2010; (viii) tem-se dedicado à escrita, dois dos seus livros mais recentes narram as histórias de vida de duas "Mulheres Grandes" da Guiné, a cabo-verdiana Nha Carlota (1889-1970) e a guineense Nha Bijagó (1871-1959).

Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017

Fotos (de 1 a 8, exceto 4): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

Foto 4: © José Fernando Delgado  Mendonça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
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