quarta-feira, 12 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19886: Bibliografia de uma guerra (96): "Capital Mueda", por Jorge Ribeiro; Unicepe (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 4 de Setembro de 2018:

Queridos amigos,
No que tange à literatura da guerra colonial, convindo distinguir o que é peculiar a cada um dos teatros de operações, há igualmente que saber pôr a nível horizontal o que une todas as experiências vividas, entre o Atlântico e o Índico, e aí podemos contar, inequivocamente, com peças de grande nível como este "Capital Mueda", de Jorge Ribeiro.
Reportagem simultaneamente hiperbólica e crua, entremeia o rasteiro, o extremamente brutal e o onírico. Peça, creio eu, que um dia constará na antologia das melhores páginas com que esmaltámos este subgénero literário.

Um abraço do
Mário


Capital Mueda, uma viagem alucinante de Mueda a Nangololo

Beja Santos

Capital Mueda, por Jorge Ribeiro, nas suas duas primeiras edições, datadas de fevereiro e maio de 1993, respetivamente, é um trabalho jornalístico na feição de reportagem, caraterizado por um tom hiperbólico e barroco pouco usual, descreve uma coluna de má memória que sai de Mueda em direção a Nangololo, um registo diário de alguém que faz cinema e fotografia e irá repertoriar, na experiência de todos aqueles infortúnios que pôde observar como protagonista. Ia para filmar e viu um dos lados mais horrendos que a guerra permite. Coisas que a censura, como é óbvio, não permitiria que aparecessem na televisão ou por meio escrito.

Estamos a 3 de fevereiro, não se sabe em que ano. Sabemos, sim, que há uma Companhia com dez secções de combate, três pelotões de sapadores, doze Berliets, quatro baterias de morteiros, dois granadeiros, duas Panhard, uma Fox, dez Unimogs, dois Caterpillas, outra Companhia completa de atiradores para rendição, e um número calculado em cerca de trinta camiões “civis”. Uma longa serpente verde escura, pronta a arrastar-se por aquele mato de Cabo Delgado.

Aquele fotocine vai escolher o camião dos sapadores, posiciona-se em quarto lugar, antes ao rebenta-minas, uma Berliet, uma secção de atiradores. O fotocine leva por obrigação uma G-3, a sua arma, no entanto, é uma máquina de filmar que custa tanto como um BMW. Encaixa-se no camião com as bobines de Gevapan, os canhões das objetivas, a utilíssima Pan-Cinor.

O que têm pela frente, em termos de viagem até Mangololo, é mais do que temível, não se anda por este itinerário há mais de um ano. A coluna começa a mover-se, morosamente. Fica-se a saber que no primeiro dia não se devem ter afastado de Mueda mais de três quilómetros, havia que desbastar o mato, afastar troncos da picada, silvas entrelaçadas. Regista lamentações, casquinadas de caserna, o dia passa em limpeza da estrada, mais uma noite a dormir debaixo da Berliet, há quem insista em ouvir Jimmy Hendrix. A Frelimo anuncia-se com descargas de morteiros, há feridos, muito trabalho para o enfermeiro.
O cronista acorda de manhã cedo e dá a notícia:  
“Vejo todo o pessoal empoleirado nos carros, nus. Uns sacodem os camuflados, outros catam as cuecas e as meias. Todos proferem asneirolas. Principalmente aqueles que imploram para que alguém lhes arranque da pele as cabeças de talaca. Talaca é a designação local de uma formiga gigantesca, que possui a particularidade de nunca mais largar a presa onde uma vez enterrou as mandíbulas. A estas térmitas assustadoras, negras e corpulentas, quando se lhes puxa o corpo, deixam lá ficar a cabeça. A noite passada dormimos sobre um ninho de talaca”.

Foi detetada qualquer coisa muito grande em plena picada. O sapador vai estudar a situação e informa: “Eles agora põem três ou quatro no correr. Só que a primeira é de efeito retardado; para além de serem anticarro. Pode regular-se para o segundo, terceiro ou quatro rodado que lhe passar por cima. Há um dispositivo para andares que só à segunda, terceira ou quarta calcadela faz soltar a mola, que por sua vez dispara o percutor sobre a mina”.

O sapador começa a trabalhar quando desata uma grande emboscada. O rebenta-minas foi à vida com a bazucada que levou no motor, com o anoitecer a Berliet assume um aspeto fantasmagórico. Já estamos no quinto dia, as conversas são cada vez mais desencontradas, tanto se fala de comida como de sexo, há queixumes de todos os formatos. Procuram provocar o fotocine, perguntam-lhe onde arranjou o tacho e ele responde: “Foi o médico. Receitou-me emoções fortes, as auras dos grandes espaços, respirar oxigénio puro do mato, reforçar a saúde em revigorantes operações e colunas”. Os batedores flanqueiam as bermas da picada, quem ouvia Jimmy Hendrix ouve agora Jim Morrison.

As minas antipessoais vão fazendo os seus estragos, nem sempre há condições para o helicóptero descer em segurança, o sofrimento ribomba naquela coluna sem fim. Palmilha-se lentamente as distâncias, rebentam minas, rebenta imenso tiroteio, a coluna encontra-se envolta numa grande nuvem de fumo, polvorenta. O cenário é patético: “Distinguem-se agora os gemidos dos baleados, nas pernas, nos braços. Há histerias incontroláveis de batismo de fogo. Alguns jerricãs foram alvejados e estão a arder. Correrias, de um lado. E vejo gente do outro, a esvair-se, caída para fora da picada”.

A saga parece ter acabado quando chegou a tropa de Nangololo, faz-se o balanço dos carros desfeitos, dos mortos e feridos. O repórter dá conta:
“Passamos por mais um marco da administração territorial portuguesa. Para trás ficou o histórico Posto 15 do caminho Mueda-Nangololo. Há quem defenda que foi aqui que tudo começou, com o assassinato, pela PIDE, em agosto de 1964, do padre Boorman, missionário branco defensor dos direitos dos negros”.
Chega novo helicóptero para recolher feridos, no céu ouve-se o roncar de dois T-6, dois pontos negros. Duas horas foi o tempo gasto para cortar o tronco maior, um enorme abatis já a caminho da pista de Nangololo. Chega-se ao destacamento, há militares que se reconhecem, entre os que estão e os que chegam. E o fotocine descobre para além dos mantimentos, o essencial da coluna é material de construção para o novo teto da igreja. Alguém barafusta: “A tropa vive aqui sem condições, como animais. Mas eles decidiram defender a igreja”.

E assim termina a atribulada e sanguinolenta coluna entre Mueda e Nangololo:
“Um telhado para a igreja. Um telhado para a igreja. Um telhado para a igreja. Tenho eco dentro da minha cabeça.
Sento-me na terra. Estendo a vista e o pensamento para longe, muito longe daqui. Fixo para sempre na retina o admirável matiz de um pôr-de-sol no planalto. Em Nangololo.”

O trabalho de Jorge Ribeiro conheceria novas edições aumentadas. Deverá muito do seu sucesso ao tão coloquial, ao dantesco quanto baste, à verosimilhança de uma coluna em terreno áspero, muitíssimo áspero. Um documento fora de série, poucas vezes referenciado como peça maior da literatura da guerra, de toda ela.


Ao adquirir o livrinho dei conta que Jorge Ribeiro ofereceu um exemplar ao Dr. Raul Rêgo, que foi diretor do jornal República, ministro da Comunicação Social do I Governo Provisório, historiador e político.
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19860: Bibliografia de uma guerra (95): Guiné-Bissau: a causa do nacionalismo e a fundação do PAIGC, por António Duarte Silva em Cadernos de Estudos Africanos (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19885: Efemérides (305): O dia do Combatente Limiano, 10 de junho de 2019 (Mário Leitão, Ponte Lima)











Ponte de Lima > 10 de Junho de 2019 > Homenagem aos combatentes limianos

Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do António Mário Leitão:


O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil 
na Farmácia Militar de Luanda, Delegação, n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no mil, período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue; é autor de 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)

 Data - 12 de junho de 2019 00:53

 Assunto - Dia do Combatente Limiano / 2019

 Camarada Luís Graça, aqui envio imagens da grande Homenagem aos 80 Limianos, mortos ao serviço de Portugal, na Grande Guerra e na Guerra Colonial, promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

 A Igreja Matriz ficou repleta de familiares, combatentes e amigos, com diversas autoridades militares e civis que se associaram ao evento. Da Galiza vieram alguns membros da Irmandade de Cavaleiros Legionários. A missa de sufrágio foi presidida pelo Alferes Capelão Ricardo Barbosa, do RC6 de Braga, que foi auxiliado pelo Capitão Capelão da Guiné,  José António Pereira Correia, da CCaç 3547, Os Répteis de Contuboel.

 No Memorial dos Combatentes decorreu uma homenagem muito linda, emotiva e cheia de significado. Nela usou da palavra o antigo presidente da câmara Dr. Francisco Abreu de Lima, responsável por Ponte de Lima ter sido o primeiro município do País a aprovar e realizar uma homenagem dos seus filhos mortos pela Pátria. O Comandante Territorial da GNR e o Capitão do Porto de Viana do Castelo marcaram presença.

Seguiu-se o Primeiro Almoço do Combatente Limiano, que reuniu 108 convivas na EXPOLIMA. Aqui fica o registo para o acervo da Tabanca Grande.

Abraço!
Mário Leitão
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Guiné 61/74 - P19884: Efemérides (304): O meu dia de Portugal, 10 de junho de 2019 (Virgílio Teixeira, Vila do Conde)


Foto nº 9

Foto nº 8


Foto nº 3

Foto nº 1 

Foto nº 4


Foto nº 10


Foto nº 6


Foto nº 11

Vila do Conde > 10 de Junho de 2019 > Homenagem aos vilacondenses, ex-combatentes da guerra do ultramar

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O MEU DIA DE PORTUGAL – 10 DE JUNHO DE 2019

por Virgílio Teixeira


Ontem, como de costume todos os anos, nestes últimos, como habitante desta terra que me foi adoptando – Vila do Conde – comecei o dia a ver na TV as comemorações oficiais do Dia de Portugal, este ano, em Portalegre.

Fiquei logo totalmente ‘pregado’ no discurso de João Miguel Tavares, indigitado para ser o mandatário das comemorações na sua terra. Segundo ele, ficou muito admirado e agradado por este PR escolher ‘Um Zé Ninguém – segundo as suas palavras – ‘para levar a cabo tão grande tarefa. E saiu-se muito bem, o seu discurso foi diferente de tudo o que se tem visto por aí fora. Portanto se me perguntarem qual é o meu Curriculum, respondo apenas que ‘sou Português’, e com muito orgulho, nada mais.

Mas o dia ainda estava no inicio:

1 - Por volta do meio dia, saímos de casa, coloquei a minha medalha na lapela e fui ao fim da missa que antecede as comemorações, aqui, nesta terra tão pequena. Juntei-me ao cortejo na direcção do monumento ao Combatente e seu Anexo, uma Estátua daquela mãe que espera junto ao Rio, o seu filho ‘vindo do outro lado do mar…’ [Foto nº 10]

A cerimónia, organizada pela Associação dos Combatentes cá do sitio [, Associação Social e Cultural dos Vilacondenses Ex-Combatenets do Ultramar, com págin ano Facebook,] presidida pelo já cansado Nascimento Rodrigues, foi mais do mesmo, e cada vez mais pobre e com menos gente. Antes havia uma força militar com uma secção, para fazer as honras militares, agora nem um Bombeiro lá temos. Uma tristeza.

Alguma gente da Politica, Presidente da Camara, Vereadores, uns convidados, o nosso Padre Bártolo [Paiva Gonçalves Perereira] – com 83 anos, ainda trabalha, foi capelão militar nos 3 cenários de guerra, com 3 comissões - e pouco mais. [Foto nº 3]

As flores, os discursos cada vez mais sem um fundo novo, esgotados, até fazer sono. Mas pelo menos fazem alguma coisa e eu não faço nada. Bem hajam.

Leite Rodrigues e Virgílio Teixeira, na Tabanca
de Matosinhos em 5/9/2018 (*)
Tirei umas fotos, encontrei lá um dos nossos camaradas , ‘Capitão',  não me lembro o nome, esteve no almoço em Matosinhos de homenagem a um camarada falecido [, o Joaquim Peixeoto], ele tem uma foto comigo no almoço, mas não encontro o Poste para ver o nome dele.  [Leite Rodrigues] [Foto nº 1] (*)

Ainda o cumprimentei, mas percebi que ele não me reconheceu, porque me tratou por senhor. Ele foi apanhado de surpresa para fazer um discurso e lá se safou, eu nem isso faria.

Não havia corneteiro para o toque a finados, apenas um som da rádio, no final com o Hino Nacional e fecho das cerimónias, muito pouco, mesmo pouquinho…. (**)

Ainda falei com o Nascimento, ele queria que eu fizesse parte da Associação, porque falta lá, segundo ele, gente mais letrada, com outras ‘patentes’, mas eu não sirvo para isso, e como sempre lhe disse, eu não pertenço a esta terra, estou por cá de passagem, a ver o tempo a passar.

Ele em 1973, juntamente com outros irmãos, abriu em Vila do Conde, a primeira coisa fora de série, Restaurante – Snack Chez Nous. Andava há tempos para lhe perguntar se o nome foi importado da Guiné adaptado ao Chez Toi, mas não, foi um irmão que lhe deu o nome, mas este importado de Angola. Fiquei desiludido, pois ainda lhe ia perguntar mais sobre o Chez Toi, ele diz que ouviu falar disso, mas nunca lá foi, é da geração de 68-70, na Guiné.

2 – Como estamos na época de São João, as festas da Vila fazem-se por aí muitos ‘eventos’

À frente de quase tudo, anda a minha Nora, directora dos Museus, Ivone, que é ‘pau para toda a colher’, uma mulher de garra nestas coisas da sua terra, e no final quem paga a factura é o meu filho.

- Havia uma concentração, ou passagem, de motards sob a sigla de ‘lés a lés’, com paragem obrigatória na nossa Nau,  na doca do Rio. Mais umas fotos e vamos almoçar, que está na hora.

- De tarde, e junto à Nau, houve fado pela Tuna académica, não sei de onde, talvez do Porto, foi bonito, porque a minha mulher gosta, e levou-me a velhos tempos, mas acabou cedo. [Foto nº 6]

O dia sempre frio, vento gelado, a minha mulher não aguenta, andamos vestidos como no Inverno, apesar do Sol espreitar, mas esta terra não me serve, já disse.

- Enquanto estivemos ali, já no final, eu ia olhando para o céu, e contava os aviões que passavam, vindos do aeroporto do Porto – Pedras Rubras. De dois  em dois minutos passava um, no final já ia quase em 20, então lembrei-me de outro programa.

- Vamos então ver os aviões no aeroporto de Pedras Rubras - agora chamam de Sá Carneiro, mas para mim é sempre o velho nome, daquele barraco que eu nos anos 50 vi a construir naquele descampado chamado então de Pedras Rubras, e assim ficou. Depois ergueu-se novo edifício e pista, e já lá aterrei quando vim de férias em 1969, era já um aeroporto, mas hoje, é um Super-Aeroporto, o mais belo de todo o mundo, que também assisti à sua construção, bem como a todas as grandes obras realizadas neste Milénio.

- Para quem não saiba, assisti à construção de raiz do Hospital São João do Porto, ainda a Asprela era um enorme campo cheio de nada, e hoje não cabe lá mais nada.

- Assisti à construção do Estádio das Antas, à sua inauguração, lá vi muitos jogos, quer nacionais quer internacionais, e por fim à sua demolição.

- Assisti, já neste milénio a todas as grandes obras que se fizeram no Porto, palmilhei a pé as linhas do metro em construção, estive nas profundezas das linhas subterrâneas, vi com alguma tristeza á demolição do Museu do elétrico na Rotunda da Boavista, e depois à construção da Casa da Musica nesse local.

- E tanta coisa, eu era um perfeito ‘fiscal de obras’ seria esta a minha tendência profissional, meto o nariz em tudo que está a ser demolido e a ser construído, especialmente as grandes obras. Posso dizer que não havia Auto Estrada, IC, IP e outras, onde eu não estivesse lá a ver, e a inauguração era imprescindível.

- Fui dos primeiros a fazer a viagem inaugural do Metro do Porto, em finais de 2001, com um bilhete oferecido, ainda sem valor, uma amostra do que seria o futuro ‘andante’.

- E fico por aqui, o resto da história está nas minhas memórias, que agora vou passar a fotografias, ainda não sei bem como, mas vou arranjar uma forma.

- Li nas minhas andanças pelo Google, na procura dos meus icónicos Cafés do Porto, que o antigo Café Imperial na Praça da Liberdade, por onde andei nos passados anos 60, hoje mais uma loja da cadeia McDonald’s, foi considerado ‘O mais bonito do Mundo’ de toda a cadeia da McDonald’s, e fiquei surpreendido e feliz por isso.

- Chegados mais uma vez ao nosso maior e mais bonito aeroporto do país – tenho de dizer isto senão fica tudo lá para outros locais -, fica-se impressionado com a quantidade enorme de pessoas e malas, os Metros de 2 carruagens chegam carregados de Turistas, e logo vão cheios com aqueles que chegam.

- Fui ver se filmava a pista, mas é difícil agora, tem várias paredes de vidros e nem o som se consegue ouvir, só a pista e eles a chegarem e levantarem. Fiquei ali 10 minutos, e contava pelo relógio, cada minuto estava preenchido, levantava um, e atrás aterrava outro, minuto a minuto, era impressionante, bem como as filas para o check-in.

- Lanchamos qualquer coisa a preços de turista, dava quase para um jantar aí numa tasca, e comia-se e ali só se cheirava, mas bom e eficiente serviço, limpeza quanto baste, eficácia por todos os lados, nada de confusões nem discussões, um bom lugar para passar um Domingo chato de chuva ou trovoada.

- Ainda fiz umas fotos minúsculas aos aviões, pois a minha máquina não dá para mais, reparei que são todos pequenos aviões dessas empresas de Low Cost. Lá chegam os novos turistas que se dirigem logo para a Estação do Metro, sabem disto melhor que a maioria dos moradores lá do sitio, que só andam de carro.

Às 8 horas fomos embora, o frio cada vez apertava mais, já nem as roupas de inverno chegam, mas parece-me que, segundo me disse a minha filha, que já noite o vento amainou e já puderam sair um pouco à rua a passear o cão. Eu andava em casa vestido à inverno.

- Como a minha mulher já deixa tudo adiantado, quando chegamos a casa, passado meia hora já tínhamos um ‘bom cozido à Portuguesa’ pois não como muito ao almoço, prefiro ao jantar.

As fotos:

Foto 1 – O discurso do Capitão  Falta-me o nome, mas acho que está ligado à equitação, e representante da Liga dos Combatentes. [Trata-se do capitão da GNR, reformado, o cavaleiro Leite Rodrigues, que tem uma escola de equitação em Leça da Palmeira (e que esteve na Guiné, como alferes miliciano, onde foi gravemente ferido em combate, em Sinchã Jobel),  O Leite Rodrigues sabe dar valor à solidariedade na dor e na perda, uma vez que já pssou por isto: em 2006, perdeu a sua filha, Filipa, de 14 anos, num trágico acidente com um dos seus cavalos.. A Filipa era uma promissora atleta da equitação portuguesa, tal como o pai (que foi atleta olímpico) vd. poste de

Foto 2 [Não incluída] – Estátua, a gravação dos nomes dos mortos do concelho de Vila do Conde, e agora também as fotos de cada um, os locais, as datas, de nascimento e morte.

Foto 3 – O Presidente da Associação, ao lado o Padre Bártolo, e a Presidente da Camara [, draª Maria Elisa de Carvalho Ferraz], de branco, o de boina é um elemento da associação.

Foto 4 – Eu, como assistente da cerimónia, fotografado pela minha filha

Foto 5  [Não reproduzida[ – As motas de parte dos mil Motards que passaram por Vila do Conde.

Foto 6 – A Tuna académica junto à Nau a tocar e cantar os seus fados

Foto 7 [Não reproduzida] – Aeroporto de Pedras Rubras. A chegada de um dos imensos aviões que por ali passaram, acho que está longe demais, mas não dá para chegar mais perto.

Foto 8 – O Cortejo, finda a missa, com as suas bandeiras, já em direcção ao local das cerimónias

Foto 9 – A estátua do combatente, tem cerca de 10 anos. Para o meu gosto não me agrada, mas não fui eu que a projectei.

Foto 10 – A ‘Menina dos olhos tristes’ a receber um ramo de flores. Este nome é de minha autoria, passei a designar assim, em homenagem à canção de Adriano Correia de Oliveira [, Porto, 1942 - Avintes, 1982],  chamada ‘a menina dos olhos tristes’ e a sua letra que nunca esqueci.

Foto 11 – Uma vista geral de uma das salas interiores do aeroporto, de grande luxo. [Do lado esquerdo, a esposa do autor. ]

Direitos reservados. Texto e imagens legendadas hoje, dia

2019-06-11

Virgilio Teixeira

[ ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde; tem mais de 130 referências no nosso blogue]
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de setembro de  2018 > Guiné 61/74 - P18994: Convívios (873): Tabanca de Matosinhos, 4ª feira, dia 5, com 35 camaradas e amigos/as: Joaquim Peixoto (1949-2018), presente ! (Parte II)

(**) Último poste da série >  10 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19877: Efemérides (303): a Tabanca Grande marca presença, hoje, 10 de junho de 2019, às 12h00, em Belém, Lisboa, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, debaixo do "poilão" mais frondoso que lá houver... Juntamo-nos todos, os que puderem aparecer, para uma "foto de família"...

terça-feira, 11 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19883: (In)citações (134): Os Coirões de Mampatá, CART 2519 (1969/71) (Mário Pinto, 1945-2019)




Tabanca de Mampatá



Estrada da morte Buba - Aldeia Formosa


Fotos (e legendas): © Mário Pinto (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Excerto de um poste publicado pelo Mário Gualter Pinto (1945-2019) no seu blogue "CART 2519, Os Morcegos de Mampatá"... 

É uma pequena homenagem da Tabanca Grande ao nosso camarada que deixou ontem a Terra da Alegria (*)




10 de julho de 2009 > Os Coirões

por Mário Pinto


(...) Saudo o nosso cap Jacinto Manuel Barrelas, coirão-mor da nossa Cart 2519, padrinho do nosso cognome "Os Coirões de Mampatá", que todos os anos no nosso convívio anual o despromovemos à classe de Capitão,  sob a sua cumplicidade,  uma vez que o mesmo é coronel na reserva.

O termo "coirão" ficou célebre no nosso convívio pelo mesmo que, cada vez que se dirigia a um suburdinado,  utilizava o termo, por isso ainda hoje utilizamos simbolicamente.

Os coirões formaram a CART 2519,  os "Morcegos de Mampatá", que nos anos 1969/1971 estiveram na Guiné, em Buba, Aldeia Formosa e Mampatá:


  • Nas picadas de Sare de Usso;
  • No corredor de Uane;
  • Na estrada da morte Buba-Aldeia Formosa;
  • Nas operaçoes que fizemos, nomeadamente "Novo Rumo" e "Diamante Azul";
  • Nos ataques que sofremos;
  • Nos roncos que fizemos;
  • Nos mortos e feridos que tivemos;
  • Nas colunas que fizemos;
  • Na obra social que realizámos: duma tabanca sem nada, construimos uma escola, uma enfermaria,um heliporto, uma cantina, uma cozinha,um depósito de géneros, um balneário e outras infra-estruturas do campo militar defensivo.


Estruturámos um corpo de milícias e um pelotão de nativos.

Enfim cumprimos a nossa parte,  por isso nos tornámos célebres e respeitados,  só lamento que alguns que nos deviam respeito,  o não façam e que cada vez que os oiço falar na comunicação social só dizem disparates.

Mário Pinto (**)

[Revisão / fixação de texto: LG]


2. O poeta da CART 2519, Edmundo Santos, ex-fur mil, escreveu os seguintes versinhos a propósito dos "coirões de Mampatá":


OS MORCEGOS
por Edmundo Santos


Aqui não temos parança,
andamos sempre a alinhar,
uns a fazer segurança
e outros a patrulhar.
Só nos resta a esperança
de um dia poder voltar.

Ai!, uma vida pior
do que esta não há,
chamamo-nos os Morcegos,
mas ai, vejam lá,
a malta só nos conhece
pelos Coirões de Mampatá.

Todos os dias há saídas,
com o perigo sempre a rondar,
são poucas as alegrias
e muito para contar,
não há lugar p'ra sossego,
é a vida de um Morcego.

Fonte: CART 2518, Os Morcegos de Mampatá > 29/9/2011


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Notas do editor:

(*) Último poste da série > Último poste da série > 4 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19855: (In)citações (133): Entre maio e dezembro de 1972, na altura em que estive com os "Gringos de Guileje", a situação era relativamente calma, a CCAÇ 3477 era temida e respeitada pelo PAIGC...As coisas alteram-se sobretudo em maio de 1973, ao tempo da CCAV 8350, "Os Piratas de Guileje" (Luís Paiva, ex-fur mil art, 15º Pel Art, Guileje e Gadamael, 1972/74)

(**) Vd, poste de 11 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19882: In Memoriam (343): Mário Gualter Rodrigues Pinto (1945-2019), ex-fur mil art, CART 2519 (Buba, Mampatá e Aldeia Formosa, 1969/71)... Era chefe de cozinha, e vivia no Barreiro... O corpo já seguiu para a capela mortuária da igreja do Lavradio, Barreiro, e o seu funeral realiza-se esta tarde pelas 16h15 (Herlânder Simões / Luís Graça)

Guiné 61/74 - P19882: In Memoriam (343): Mário Gualter Rodrigues Pinto (1945-2019), ex-fur mil art, CART 2519 (Buba, Mampatá e Aldeia Formosa, 1969/71)... Era chefe de cozinha, e vivia no Barreiro... O corpo já seguiu para a capela mortuária da igreja do Lavradio, Barreiro, e o seu funeral realiza-se esta tarde pelas 16h15 (Herlânder Simões / Luís Graça)



Tabanca de Mampatá >  23 de dezembro de 2018 · > Recordações: Faz hoje 49 anos que eu e o meu camarada e amigo Furriel Bernardo e mais 5 militares, incluindo dois milicias, fomos feridos, quando procedíamos ao envolvimento do grupo do PAIGC que tinha atacado o aquartelamento da Chamarra. Foi perto do Balana,  o Grupo do .PAIGC encontrou-se frente a frente com o nosso Grupo de Combate quando fazia a retirada do ataque. Felizmente nós  tivemos 7 feridos mas o PAIGC teve mais baixas, incluindo 2 mortos confirmados.....Enfim, são recordações." (Mário Gualter Pinto)

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Página do Facebook do Mário Gualter Pinto  >  17 de dezembro de 2010 >  S/d: Op Diamante Azul > Sambasó nas imediações de Salancaur,  com população controlada pelo PAIGC. Ao centro, em segundo plano, o alf mil Frade, OE (Operações Especiais), 2.º Comandamte da CArt 2519 ( à direita); o fur Mil Mário Gualter Pinto, CArt. 2519 (à esquerda); o Alf mil  Duarte,  da CArt. 2521, agachado, em  primeiro plano; e, à esquerda, o sélebre sold Machado,  o "Cigano", da CArt 2519.

Fotos do álbum do Mário Pinto (1945-2019)




Uma das últimas foto do Mário Pinto (1945-2019), no dia 19 de março de 2019, "Dia do Pai", com a filha, Clara Pinto: "O meu herói .. o meu melhor amigo .. este é o meu pai .. feliz dia PaPi do meu ❤ ... Gosto tanto de Ti" (Clara Pinto)


A sua neta escreveu este belísismo e comovente texto à memória do avô Mário Pinto (, o "Marinho",  como era tratado carinhosamente no seio da família,), que faleceu ontem de manhã, aos 74 anos:

"Um obrigado não vai chegar para todo o que tu fizeste por mim... A dor que sinto hoje também não cabe em mim... no meu corpo pequeno eu sinto tanta dor... é possível?? Não te vou dizer adeus porque acho que despedidas são fatelas e nós os dois não somos fatelas... Partiste hoje!! Mas nunca vais partir do meu coração!!

Obrigada por estes 14 anos incríveis e obrigada por nunca teres desistido desta batalha!! Afinal um homem da guerra nunca desiste! Estou muito orgulhosa de ti e tenho a certeza que tu estás orgulhoso de mim! 


Eu amo-te, avô! Hoje, amanhã e para sempre!! Todos os super heróis perdem os seus poderes e hoje o meu super herói perdeu os dele... Que a força esteja contigo do outro lado, eu vou estar sempre contigo independentemente de aonde tu estejas, eu vou estar contigo e tu vais estar comigo... Que tu sejas a estrela que mais brilha no meu céu (sim porque tu és só meu, então só podes brilhar no meu céu). Não é um adeus,  apenas um até logo!! Vou antigir todas as minhas metas e no fim vou dedicá-las a ti!!" (Beatriz Pinto Fernandes)



1. Mensagens de ontem, 10 de junho de 2019, do nosso camarada Herlander Simões [ex-fur mil,  passou pelo CTIG entre maio de 72 e janeiro de 74;  destinado à CCAÇ 16 (onde nunca chegou a ser colocado) foi primeiro para os "Duros" de Nova Sintra (CART 2771, onde esteve seis meses) e posteriormente para os "Gringos" de Guileje (CCAÇ 3477, 1971/73), entretanto já sediados em Nhacra]:



(i) 16:53

A pedido da família,  estou a comunicar para conhecimento da nossa Tabanca, o falecimento do nosso camarada Mário Gualter Pinto.

Ainda não sei quando é realizado o funeral pois ainda não está determinado.
Quando tiver mais notícias comunicarei á nossa Tabanca.

Um abraço. Herlander Simões

(ii) 17:32

O corpo do camarada Mário Gualter Pinto vai hoje para a capela da Igreja do Lavradio pelas 17,30 H e o seu funeral realiza-se amanhã, dia 11, e sai da capela pelas 16,15, seguindo para o crematório da Quinta do Conde. (...)


2. Comentário do editor Luís Graça:

Mário Pinto foi fur mil at art da CART 2519 (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá, 1969/71) (, foto à esquerda). Mais do que "morcego de Mampatá", gostava de ser tratado como "coirão"... Foi um bravo "coirão de Mampatá", alcunha coletiva dada pelo comandante da companhia, Jacinto Manuel Barrelas, hoje cor art ref, autor do do livro " Há Sangue na Picada”.

O Mário gostava de partilhar as memórias desse tempo. Tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue. O último mail que troquei com ele foi em novembro de 2018. Sabíamos que estava com  graves problemas de saúde.

Entrou para a Tabanca Grande em 24 de julho de 2009 (*), por mão do José Teixeira, outro "bravo de Mampatá". Era um camarada afável e bem disposto. Não convivemos muito, apenas uma ou outra vez, na Tabanca da Linha e creio que também em Monte Real.

Vivia no Barreiro. Amava a vida, a boa comida, o convívio com os amigos e camradas, a sua terra, o rio Tejo, a Guiné, Mampatá... O seu telemóvel, nº 931648953, esse, já não volta a tocar.  Criou  um blogue sobre a sua companhia, a CART 2519, "Os Morcegos de Mampatá", além de uma página no Facebook, Tabanca de Mampatá - Grupo Público. Também tinha a sua página pessoal, em nome de Mário Gualter Pinto. No nosso blogue alimentou uma  notável  série, "Estórias do Mário Pinto", de que se publicaram cerca de 4 dezenas de postes.

Do seu CV militar  e profissional destacamos  o seguinte:

(i) nasceu em 20 de maio de 1945; 

(ii) estudou no liceu Camões, em Lisboa, era da tirma 63;

(iii) fez a recruta na EPC;

(ii) tirou a especialidade na EPA, atirador de Artilharia, CSM. 

(iii) após o CSM é promovido a 1º cabo miliciano:

(iv) foi  colocado no RAL 4 pela EPA - GI para monitor de armamento e transmissões, no COM;

(v) mobilizado para Guiné pelo RAL 3;

(vi) pertenceu à  CART 2519, e tinha o posto de fur mil;

(viii)  na Guiné esteve em: Buba, Aldeia Formosa e Mamaptá,  nos anos de 1969/1971;

(ix)  foi desmobizado e integrou-se na vida civil;

(x) profissionalmente, estava ligado à hotelaria e restauração, era chefe de cozinha: formou-se na Escola Hoteleira de Setúbal;  criou um blogue em fevereiro de 2010 ( e que alimentou até julho desse ano) com o  sugestivo título Tacho ao Lume; nele fazia-se referência e publicidade à "Quinta do Branco, magnifico espaço, situada na Margem Sul do Tejo,  Chão Duro, Moita do Ribatejo,  Chefe Mário. Organização de eventos e carting. Contacto tel 931648953";

(xi) no seu blogue , deixa algumas dezenas de receitas e notas sobre vinhos; deixem-me destacar cinco receitas, relacionadas com os salores do mar: canja de ameijoas; robalo ao sal; arroz de lingueirão; carapaus alimados;  e lulas recheadas...

(xii) trabalhou  no grupo "Só Peso" (com cerca de duas dezenas de restaurantes), onde foi chefe executivo de cozinha.

(xiii) também era um apaixonado pelo estuário do  Tejo e a atividade piscatória ribeirinha, tendo criado o blogue A Ilha do Rato, de que publicou 37 postes entre fevereiro e maio de 2010. (A ilha ou ilhéu do Rato fica no estuário do Tejo, no mar da Palha, frente ao Lavradio, Barreiro; o Mário foi lá pela primeira vez em 1972, com um amigo pescador.)

Para a  família enlutada, os amigos mais próximos e os camaradas da CART 2519 vai a nossa solidariedade na dor...É mais uma grande perda para todos nós. O seu nome vai juntar-se à lista dos camaradas que da lei da morte já se libertaram. Com ele, são 74 os grã-tabanqueiros que já nos deixaram ao longo destes 15 anos da partilha de memórias e de afetos. 

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Notas do editor:

Guiné 61/74 - P19881: Parabéns a você (1637): Fernando Tabanez Ribeiro, ex-2.º Tenente da Reserva Naval (Guiné, 1972/73)

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Nota do editor

Último poste da série de 10 de Junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19876: Parabéns a você (1636): Alcides Silva, ex-1.º Cabo Estofador do BART 2913 (Guiné, 1967/69) e António Joaquim Alves, ex-Soldado At Cav do COMBIS (Guiné, 1972/74)

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19880: Convívios (903): O XXVI Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes do Ultramar, Lisboa, Belém, 10 de junho de 2019


Foto nº 1 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > A única camarada que encontrei, a Giselda Pessoa, enfermeira paraquedista, sempre jovial--- Já mais para o fim encontrei o Miguel Pessoa...


Foto nº 2 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > O Carlos Silva e a Giselda Pessoa


 Foto nº 3 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > O render da guarda, por triopas da Força Aérea


Foto nº 4 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > O render da guarda, por tropas da Polícia do Exército


Foto nº 5 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > Cinquenta anos depois, uma força paraquedista pronta a desfilar, com discipina e garbo... E não erro, trata-se de malta da  Associação de Paraquedistas Tejo Norte, com sede em Oeiras.


Foto nº 6 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > A charanga da GNR - Guarda Nacional Republicana


Foto nº 7 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > A charanga da GNR - Guarda Nacional Republicana, pronta a desfilar


Foto nº 8 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 > Na hora dos discursos: o presidente da Comissão Executiva, vice-almirante João Manuel Lopes Pires Neves


Foto nº 9 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >   Ainda o presidente da comissão executiva a discursar... Segui-se a intervenção do prof Bernardo Pires de Lima, conhecido politólogo,  que nunca envergou uma farda,,. mas que é filho de um oficial da Armada...Fez o elogio dos combatentes e do patriotismo. (Creio que é a personalidade que aparece em segundo plano, prestes a intervir; não temos da sua intervenção.)


Foto nº 10 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  Manuel Lema Santos e Luís Graça


Foto nº 11 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >   Luís Graça e Humberto Reis


Foto nº 12 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  Carlos Silva, rodeado por dois camaradas luso-guineenses, um da CCAÇ 5 (Canjadude, 1967/69), e outro da CCAÇ 14 (Farim, 1972/74)... Se bem percebi o nome deste último camarada, chama-se Carpala Baldé. Terá conseguido dominar um princípio de rebelião dos seus camaradas da CCAÇ 14, que se recusavam a entregar a G3 quando a companhia foi dissolvida. O 2º comandante do batalhão, o então major Ramiro Morna do Nascimento, natural da Madeira, ficou-lhe muito grato. Recebê-lo-á mais tarde, no Funchal, com honras de "quase chefe de Estado"... O coronel Ramiro Norma do Nascimento foi presidente da delegação madeirense da Cruz Vermelha da Madeira bem como administrador da conhecida empresa de transportes públicos, Horários do Funchal.


Foto nº 13 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  José Rodrigues e Carlos Silva


Foto nº 14 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  Da esquerda para a direita: Luís Graça, Francisco Silva, Humberto Reis, J. L. Vacas de Carvalho e Jorge Cabral


Foto nº 15 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >   O Carlos Silva, ao meio, ouvindo uma conversa enrre o Francisco Silva, que esteve em Jumbembém,e um antigo milícia do seu tempo.


Foto nº 16 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >   Galhardete do BCAÇ 4512 (Farim, 1972/74)... Foi o então major ou tenente coronel Ramior Morna do Nascimemto quem entregou o aquartelamemto de Farim ao PAIGC.


Foto nº 17 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  Crachá do BCAÇ 4610


Foto nº 18 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  Jorge Cabral e Juvenal Amado


Foto nº 19 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >  O Eduardo Magalhães Ribeiro, um camarada não identificado, e, à direita, o J. Casimiro Carvalho


Foto nº 20 > Monumento aos Combatentes do Ultramar > Lisboa, Belém > 10 de junho de 2019 >   O J. Casimiro Carvalho, régulo da Tabanca da Maia.

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19879: Convívios (902): Tabanca dos Melros, 8 de junho de 2019: almoço mensal e doação, ao museu, de monumento em ferro, simbolizando o soldado da guerra do ultramar, da autoria do eng. Eduardo Beleza, ex-alf mil em Angola (Carlos Siva)