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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8152: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (13): O Blogue faz parte da minha identificação (Hélder Sousa)

1. Mensagem de Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 22 de Abril de 2010:


O 7º Aniversário do Nosso Blogue

Caros camaradas, amigos e outros…
Faz agora um ano, quando comemorávamos o 6º aniversário, que tive a oportunidade de, a pretexto dessa comemoração, reflectir um pouco mais sobre o ‘Nosso Blogue’, a sua existência, a multiplicidade de facetas que tinha assumido, as diferentes reacções que produzia sobre a imensa ‘mole humana’ que o integra e/ou o segue, o que o torna distinto de um conjunto de outros contributos existentes tendo em vista a (re)constituição da memória colectiva da época e outras coisas mais.

Lembro-me que também referi as inimizades (assim mesmo, sem ‘embelezamentos’) que o Blogue suscitava e quais os pretextos para tal. E também me interroguei sobre o ‘que fazer’ para manter e desenvolver este espaço, imprescindível para muita gente, que o usa como referência, como fonte de pesquisa, nalguns casos até como prioridade no seu dia-a-dia.
Passou mais um ano e aqui estamos então a comemorar o 7º.

Já li alguma coisa que foi saindo e realmente devo dizer que parece que a consistência do trabalho é evidente, sendo que tal convicção estriba-se no número de visitantes, na constância dos contributos que vão chegando sem desfalecimento, na consolidação da estrutura editorial, na manutenção duma orientação correcta quanto à linha a manter (aqui e ali com perturbações motivadas por algumas provocações, talvez inevitáveis, mas que não chegam a desvirtuar o essencial). De todos os objectivos a que o Blogue se propôs o que mais dificuldade teve em se realizar foi o do maior número de camaradas que se propusessem a aderir formalmente pois sabe-se da existência de bastantes ‘seguidores’ que sentem alguma hesitação em dar esse passo.

Do que o José Martins escreveu sobre o número 7 e com as achegas que lhe foram sendo aportadas em comentários vários, só posso reforçar a ideia de que de facto este número 7 é bastante significativo, não só pelo que foi apresentado como também por significar que, ao atingi-lo e ultrapassá-lo, podemos ter a certeza que atingiu a maturidade, coisa que me surge por ter conhecimento que em algumas confrarias se considera que o 7 as torna ‘justas e perfeitas’, significando isso que agora surge, para o Nosso Blogue, uma outra obrigação que é a de manter a sua existência, aperfeiçoar o trabalho e porfiar na perfeição.

Eu cheguei ao Blogue nas vésperas do 2º Encontro, realizado em Pombal.

Tal como muitos já por aqui confessaram, vim no final da ‘comissão de serviço por imposição’ a dizer que ‘Guiné nunca mais’, embora de quando em vez (e isso muitas vezes) dava por mim com o pensamento na Guiné… Em Fevereiro desse ano (o do 2º Encontro) encontrei o livro do nosso camarada Graça de Abreu, procurei para ver se continha lá informação sobre uma coisa que ‘andava aqui na cabeça’, confirmei e segui depois os ‘links’ que o livro referia, tendo assim chegado ao ”Luís Graça & Camaradas da Guiné”. Fiquei impressionado com o que fui encontrando e lendo e ao chegar às vésperas do referido Encontro tomei a decisão: vou aderir! E assim foi, até hoje, em que cada vez me congratulo mais por essa feliz e acertada decisão.

Encontrei pessoas que, independentemente da sua posição social, actual ou antiga, da sua anterior posição na hierarquia militar, têm comportamentos verdadeiramente próprios da camaradagem criada e cimentada em tempos de guerra. Encontrei novos amigos, daqueles que parece que já nos conhecíamos há muito, daqueles com quem se pode e apetece ter uma discussão e troca de pontos de vista, sem reservas ou falsas concordâncias. Encontrei gente verdadeiramente solidária.

Para mim o Blogue faz hoje parte da minha identificação. Vibro com ele e entristece-me quando alguma coisa não corre tão bem quanto se queria.

Para terminar quero dizer que todos os seus membros são importantes pois são células do corpo comum, no entanto gostaria de ler textos, artigos, relatos, memórias, opiniões, o que fosse, de alguns dos mais antigos, como o Victor Junqueira, o Marques Lopes ou o Garcia de Matos, por exemplo. Vou aguardar.

Entretanto, e porque é o Blogue que faz anos, e que deve ter toda a atenção, desejo-lhe “longa vida” e que consiga fazer com que nos vejamos representados nele!

Um abraço para toda a Tabanca!
Hélder Sousa
Fur Mil TRMS TSF
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 13 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7123: (Ex)citações (98): Sensatez e rigor no Nosso Blogue (Hélder Sousa / Belarmino Sardinha)

Vd. último poste da série de 21 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8147: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (12): Quero felicitar todos os 490 amigos desta cadeia, ligados por um denominador comum, a Guerra da Guiné (Felismina Costa)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8147: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (12): Quero felicitar todos os 490 amigos desta cadeia, ligados por um denominador comum, a Guerra da Guiné (Felismina Costa)

1. Mensagem do dia 20 de Abril de 2011 da nossa amiga tertuliana Felismina Costa, que no seu tempo de juventude foi madrinha de guerra de um combatente da Guiné e está connosco desde 16 de Julho de 2010:

Com os meus agradecimentos a todos que tornam possível a existência deste espaço.
Felismina Costa



7º ANIVERSÁRIO DO BLOGUE “LUÍS GRAÇA E CAMARADAS DA GUINÉ”

Pretendo felicitar em primeiro lugar, o fundador, administrador e editor do blogue, Prof. Luís Graça.
O co-administrador e editor de serviço “permanente” Carlos Vinhal.
O co-editor Magalhães Ribeiro.
O co-editor Virgínio Briote.
O cartógrafo-mor, Humberto Reis.
E os colaboradores permanentes:
Hélder Sousa
Joaquim Mexia Alves
Dr. Jorge Cabral
José Manuel Dinis
José Martins
Miguel Pessoa
Torcato Mendonça

E em seguida, felicitar todos os 490 amigos desta cadeia, ligados por um denominador comum: a Guerra da Guiné!

Foi, porque ela aconteceu, que aqui estamos, revivendo esse tempo, que deixou marcas para sempre na nossa geração.
Para muitos de vós, um tempo de medo, sofrimento e morte.
Para quem ficou à vossa espera, (família, namoradas e amigos) um tempo de medo, de angústia, de incertezas, de frustrações, de desânimo, de dor, que tentamos esquecer com o fim do referido conflito: Sei, que muitos não esqueceram nem as suas famílias, porque infelizmente, não podem esquecer.
E, é aqui, que tem o seu maior mérito este blogue: não deixar esquecer o que cada um viveu e sofreu e sofre, e apesar de, e para além de tudo, vivenciou, cresceu, tornou-se adulto e conhecedor de uma realidade, que muito embora o marcando duramente, lhe permitiu conhecer e avaliar o lugar, as gentes, a terra e a sua beleza, e as suas necessidades.

Criado para falar da Guerra na Guiné, para registar as memórias de cada um nesse conflito, entre os anos de 63/74 do extinto século XX, impõe-se pela amizade que liga de uma forma geral todos os amigos e camaradas desta enorme Tabanca, à sombra da qual se contam as histórias desse tempo.

Entrei aqui um dia, à procura de informação precisa sobre o referido conflito, que vivi no tempo… e permaneço!
Porquê?
Porque a informação chega constantemente, diversa, porque diversos foram os lugares e os acontecimentos, porque cada dia chega mais um tertuliano a este sítio de encontro com a sua própria história, porque vos considero a todos como irmãos que acompanhei naquele tempo, preocupada com o que se passava, vivendo uma guerra do meu tempo, pese, embora, ignorante da realidade, e é por isso mesmo, que a vossa informação precisa me interessa, para um maior conhecimento do que se passou, do que foi realmente esse tempo.

Se de alguma forma a minha presença tem sido uma invasão do vosso domínio, acreditem que não queria ser tal, porque para mim tem sido um prazer.

Que este espaço continue a unir todos os que viveram o referido conflito, encontrando cada um a amizade e o apoio necessário.

Que estes sete anos de vida do blogue, sejam apenas o início de uma enorme
Enciclopédia da História real da Guerra em que participaram.

Parabéns Professor Luís Graça, pela iniciativa!
Parabéns a todos que ajudam a construir esta agradável Tabanca.

Muito obrigada.
Felismina Costa
____________

Notas de CV:

(*) vd. poste de 12 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8088: (Ex)citações (136): Dois milhões e meio de visitantes, os meus parabéns! (Felismina Costa)

Vd. último poste da série de 20 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8142: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (11): Domingo de Ramos (Ernesto Duarte)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8142: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (11): Domingo de Ramos (Ernesto Duarte)

1. Em mensagem do dia 18 de Abril de 2011, o nosso camarada Ernesto Duarte* (ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857, Mansabá, 1965/67), enviou-nos estas fotos para o espólio das Memórias de Mansabá.

Um abraço muito grande para ti Carlos e para toda a tua família e igualmente para o Luís e para toda a sua família.


Domingo de Ramos

Nesta semana a que os católicos praticantes chamam de Semana Santa, neste Domingo de Ramos, tradição tão velhinha o trocar de ramos, e hoje há quem chame ramos da paz, eu desejo a todos os Homens Grandes, gigantes mesmo, da Tabanca Gigante, e a todos os homens de todas as tabancas, uma semana de paz, já que por vezes pelas situações mais diversas não se consegue viver as 55 semanas do ano em plena paz.

Esforcemo-nos, ao menos, pondo até os fantasmas no sótão, para que se possa viver esta, em paz na sua totalidade.

Eu desapareço muito, o tempo é pouco, nesta época da minha vida em que eu queria fazer um milhão de coisas, vejo o tempo voar-me e tenho que reconhecer que tem já muito a ver com isso o peso dos anos, pesam e começa a nascer uma saudade muito grande de um milhão de coisas, muitas delas não fazia a mínima ideia que estavam adormecidas no consciente.

A casa do meu pai, a seguir à sua morte,  causava-me arrepios, hoje é um lugar sagrado e passo lá muito tempo.

Eu digo por um lado com alguma indelicadeza, ainda não consegui ler os postes com a atenção que eles merecem a um militar, especialmente que esteve na Guiné e no Oio, mas por outro lado desculpo-me a mim próprio, servindo-me de aquela verdade incontestável, o tamanho que os mesmos atingiram são enormíssimos, tão grandes que os seus criadores já não tem ideia da sua grandeza.

Mas Portugal, isto não é me lamentar, não gosto muito de fazê-lo, teve uma malapata com os seus militares no tempo das campanhas [do Ultramar], há muita gente, muito português e até muitos com responsabilidade na máquina estatal que nunca leram de lá uma página, tudo bem, não gostam, mas não podem ignorar uma parte tão importante do Portugal contemporâneo e uma parte tão importante que já é história no Portugal de Hoje.

Se calhar é por muita gente querer ignorar a história, ou querer que ela seja cor-de-rosa, que há desencontros entre o País e o seu povo.

Eu sou um básico, mas nestas datas em que uma grande parte do mundo comemora algo, eu digo,  com alguma tristeza, como foi possível nestes 2000 anos o homem não ter conseguido acabar com as guerras, até nestes últimos 100 anos, até no dia de hoje. Quantas pessoas terão morrido hoje em guerras estúpidas, afinal como todas elas, de qual a qual a mais estúpida.

Não tenho lido, eu chamo-lhe assim os sites todos como eu gostava, mas sempre tenho lido algumas coisas, e há coisas que eu já descobri e que me encantam, acho lindas, e não resisto a escrevê-las aqui!

Tabanca Grande, as nossas regras de convívio:

4ª - Carinho e amizade pelos nossos dois povos, o povo Guineense e o povo português sem esquecer o povo cabo-verdiano.

5ª - Respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado e as forças armadas portuguesas por outro.

Chamaram-me eu fui, como era meu dever, mas sempre fui consciente e gostei de pensar por mim e como tal, a partir de certa altura, já tinha as minhas opiniões, e determinadas coisas que eu fiz começaram a pesar e continuam a pesar.

Mas também é verdade que em mim e na maioria dos amadores que sustentaram a guerra não havia grandes ódios, a convicção de que não tinha sido feito para aquilo, a convicção que aquela guerra não tinha que existir era muito maior do que o ódio que poderia sentir, especialmente contra aquelas gentes com quem eu convivia todos os dias.

E ao ler a 4ª e a 5ª regras especialmente, não altera passados nem dá absolvições à responsabilidade de cada um, mas confirma dentro de certa medida o que muitos hoje sentimos, foi uma guerra, totalmente inútil, mas diferente em tudo, portanto facilmente evitável, porque havia muita e muita gente que não tinha ódio, não nos absolve mas não nos faz sentir tão sozinhos.

Serei básico, analfabruto mesmo, anarquista, louco, não me importando em nada com as crises dos sistemas, das instituições, reconhecendo que podem levar mais uma vez a sociedade ao zero, mas já há aí tanto homem livre espiritualmente e o de amanhã será ainda muito mais e sempre mais e mais livre e independente espiritualmente, logo blindado à manipulação.

Um grande Abraço
Ernesto Duarte
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 18 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7811: Memórias de Mansabá (10): Fotos da bolanha de Mansabá, a nossa praia (Ernesto Duarte)

Vd. último poste da série de 20 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8140: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (10): Obrigado, camaradas, pela chave-mestra do cofre das nossas memórias ! (Jorge Cabral)

Guiné 63/74 - P8140: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (10): Obrigado, camaradas, pela chave-mestra do cofre das nossas memórias ! (Jorge Cabral)

1. Mensagem do nosso querido amigo, camarada  e colaborador Jorge Cabral [, foto à esquerda, em Fá Mandinga, na zona leste, Sector L1 (Bambadinca), em Novembro de 1969, noutra incarnação, muito antes de se tornar um temível penalista da nossa praça],  mensagem essa alusiva ao 7º aniversário do nosso blogue (e Tabanca Grande) (*)



ANIVERSÁRIO. SETE. QUARENTA ANOS



No mais fundo de nós, um Cofre.
Cerrado, guardava memórias.
Mas onde estava a chave?
Muitos a tinham perdido.
Alguns não a queriam encontrar.


Quarenta anos depois.
Amores e desamores,
sucessos e insucessos,
nascimentos e mortes,
alegrias e tristezas,
…a Vida.


Eis que surge o Blogue,
a Chave Mestra
que escancara o difuso
e o transmuta em real.


E porque o hoje é feito de muitos ontens,
celebramos.
Aqui,
tão Diferentes,
tão Iguais,
na Tabanca do Afecto.


Obrigado, Camaradas.


Jorge Cabral


_________________
 
Nota do editor:
 
(*) Vd. poste anterior da série > 19 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8136: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (9): À volta do SETE - O Sétimo Ano do Blogue (José Martins)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8136: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (9): À volta do SETE - O Sétimo Ano do Blogue (José Martins)

1. Mensagem do José Martins, o nosso revisor oficial de contas...Começou na CCAÇ 5 (e não na SETE), em Canjadude, disfarçado de gato preto das transmissões, nos idos tempos de 1968/70... Acaba de atingir, na contabilidade analítica do nosso blogue, o número mágico das 101 referências... É especialista em fazer magia (e a enganar-nos) com números...  (LG)



Camarigos: Pequena contribuição, se tiver valor, para o aniversário do blogue.

Um abraço dos SETE costados

José Martins



À volta do SETE - O SÉTIMO ano do blogue

por José Martins

Como se deve dar o seu a seu dono e revelar, sempre que possível as fontes - mesmo que seja a Fonte das SETE Bicas – fui á Wikipédia à procura de “dicas” e eis o que deu [, em 23 linhas para bater certo com o dia do mês de Abril, em que o blogue faz anos]:

(i)  Há SETE artes (Música, Pintura, Escultura, Arquitectura, Literatura, Coreografia, Cinema), 



(ii) assim como na Arquitectura há as SETE maravilhas do mundo antigo (Pirâmides de Gizé, Jardins suspensos da Babilónia, Farol de Alexandria, Colosso de Rodes, Mausoléu de Halicarnasso, Estátua de Zeus em Olímpia, Templo de Ártemis em Éfeso) 


(iii) e as SETE maravilhas do mundo moderno (Machu Picchu, Taj Mahal, Chichén Itzá, Cristo Redentor, Grande Muralha da China, Ruínas de Petra, Coliseu de Roma).


(iv)  Na Filosofia temos os SETE sábios da Grécia (Thales de Mileto, Bias, Cleopulo, Mison, Quilon, Pitaco e Sólon), 


(v) e as SETE virtudes humanas (Esperança, Fortaleza, Prudência, Amor, Justiça, Temperança e Fé).

(vi) A cultura popular diz que há SETE pecados capitais (Vaidade, Avareza, Ira, Preguiça, Luxúria, Inveja e Gula) 



(vii) e SETE virtudes divinas (Castidade, Generosidade, Temperança, Diligência, Paciência, Caridade e Humildade). 


(viii) Há as SETE cores no Arco-íris (Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Ciano, Azul e Violeta), 


(ix) a Branca de Neve era acompanhada por SETE anões (Atchim, Soneca, Zangado, Feliz, Dengoso, Mestre e Dunga) 


(x) e há SETE mares (Mediterrâneo, Adriático, Negro, Vermelho [incluiu o Mar Morto e da Galileia], Arábico e Golfo Pérsico).

(xi)  Há o castelo das SETE torres de Constantinopla, 



(xii) os SETE dias da semana, 


(xiii) e SETE semanas depois do carnaval é a Páscoa, 


(xiv) assim como há SETE notas musicais. 


(xv) Temos, também, a Hidra das SETE cabeças 


(xvi) e as SETE colinas de Lisboa


(xvii)  e as SETE colinas de Roma. 

(xviii)  São SETE as Igrejas da antiguidade (Tiatira, Éfeso, Esmirna, Laodicéia, Filadélfia, Pérgamo e Sardes)



(xix) e SETE os Sacramentos (Baptismo, Confirmação, Eucaristia, Sacerdócio, Penitência, Extrema-unção e Matrimónio).

(xx) Na área militar, em 1974, além-mar tínhamos SETE Regiões e/ou Comandos Militares (Angola, Guiné, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor) 
 e ficamos com SETE Regiões e/ou Comandos Militares no Continente (Norte, Centro, Sul, Algarve, Lisboa, Madeira e Açores) 

(xxi)  Servi, como militar, numa Companhia [, a CCAÇ 5,] que durou SETE anos (01ABR67 a 20AGO74) 



(xxii) que foi comandada por SETE capitães (Barros e Silva, Pacifico dos Reis, Ferreira de Oliveira, Gaspar Borges, Silveira Costeira, Figueiredo Barros e Silva de Mendonça), 


(xxiii) e tive a anteceder-me SETE familiares sargentos (Manuel Ferrinho [bisavô], José Marcelino [avô], Afonso Marcelino, Adolfo Ferrinho, António Ferrinho, Francisco Pereira [tios-avôs] e Júlio Martins [tio].

 Parabéns,  Luís e Equipa,  pelos SETE anos. Mas cuidado para não desatinarem e começarem a pintar o SETE, ou pior ainda, não façam birra e não se fechem a SETE chaves, porque todos aqueles que pertencem ao blogue, tendo SETE anos ou SETE dias de permanência no mesmo, não esquecendo os que têm SETE semanas ou SETE meses, somos parte daquele povo de andarilhos que “andarilhou” pelas SETE partidas do mundo.

Para todos um abraço dos SETE costados!

Assino com Martins, que também tem SETE letras!



PS  (do Luís Graça): Zé, acrescenta aí, as SETE obras de misericórdia espirituais e as SETE obras de misericórdia corporais...







Sete obras espirituais

Sete obras corporais
A primeira he ensinar os sinprezes    [ simples]
A primeira he remir captiuos e visitar os presos
A segunda he dar bom conselho a quem o pede
A segunda he curar os enfermos
A terceira he castigar cõ caridade os que erram
A terceira he cubrir os nus
A quarta he cõsolar os tristes descõsolados
A quarta he daar de comer aos famintos
A quinta he perdoar a quem nos errou
A quinta he daar de beber aos que ham sede
A sexta he sofrer as jnjurias cõ paciençia
A sexta he daar pousada aos peregrinos e pobres
A setima he Rogar a ds  [Deus] pellos viuos e pellos mortos
A setima he enterrar os finados

Fonte: Compromisso da Misericórdia de Lisboa (1516), segundo Goodolphim (1998. 435)

In: Graça, L.; Graça, J. (2002) - História das Misericórdias Portuguesas. Parte I [ History of the Portuguese Holy Houses of Charity. Part One]. [Em Linha].  Luís Graça, sociólogo: Página pessoal:  Saúde e Trabalho / Luis Graça, sociologist: Home page: Health and Work. (Textos sobre saúde e trabalho /Papers on health and work, 58)  [Consult 19 de Abril de 2011]. Disponível em: http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos58.html
____________________

Nota do editor:

Último poste da série > 19 de Abril de 2011> Guiné 63/74 - P8135: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (8): Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido (José Barros, CCAV 1617, Cutia e Mansabá, 1966/68 )

Guiné 63/74 - P8135: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (8): Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido (José Barros, CCAV 1617, Cutia e Mansabá, 1966/68 )



Guiné > Região do Oio > CCAV 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  > Cutia > 1966 > José Barros à conversa com bajuda a lavar a roupa... A CCAV 1617 esteve aquartelada em Cutia até a construção da estrada Mansoa - Mansabá. Pertencia ao BCav 1897  (Nov 66 / Ago 68)




Guiné > Região do Oio > CCAC 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  > Cutia > 1966 > José Barros no interior da tabanca com miúdos 


Guiné > Região do Oio > CCAC 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  >  1866 > Binta é o nome da senhora... 

Fotos (e legendas): © José Barros (2011). Todos os direitos reservados


1. Mensagem de  José Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, MansoaMansabá e Olossato, 1966/68), com data de ontem,  relativa ao nosso 7º aniversário do nosso blogue:

 Caros camaradas e amigos editores:


É com alegria e satisfação que aqui estou como um dos membros mais novos desta fabulosa Tabanca, a felicitar-vos pelo magnífico trabalho que tendes desenvolvido ao longo destes sete anos.

Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido.

É fantástico verificar que somos quase 500 tabanqueiros que nos juntamos e partilhamos histórias, emoções e recordações, daquela terra que nos levou alguns anos da nossa vida, mas à qual ficamos ligados para sempre, não apenas à terra, mas também as suas populações, onde decerto fizemos amigos.

Que o Senhor Jesus vos dê a todos vós muita saúde e alegria para poderdes continuar a manter esta chama viva por muitos e longos anos.

Junto algumas fotografias de Cutia, entre elas de uma senhora com um menino ao colo,  de nome Binta, que recordo com saudade pela força que me deu. Nunca esquecerei que um dia me disse: 
- Furriel, bo não fica triste, tempo passa depressa e bo vai para casa. 

São pequenas coisas como estas que nos fazem amar a Guiné e as suas gentes.

Parabéns e um abraço para todos

José Barros
_______________

Nota do editor:

18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8127: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (7): Estimado Blogue, passados apenas 7 anos acolhes quase 500 ex-combatentes (Manuel Marinho)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8127: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (7): Estimado Blogue, passados apenas 7 anos acolhes quase 500 ex-combatentes (Manuel Marinho)

1. Mensagem de Manuel Marinho (1.º Cabo da 1.ª CCAÇ/BCAÇ 4512, Nema/Farim e Binta, 1972/74), com data de 14 de Abril de 2011:


O 7º ANIVERSÁRIO DO BLOGUE

Estimado BLOG amigo, vais fazer 7 anos de existência, e faço questão de não te esquecer, dirigindo-te umas pequenas palavras de reconhecimento pelo teu sucesso, que atingiu níveis que nem tu sequer imaginavas quando o teu autor Luís Graça te criou.

E tudo o que se diga de bom a teu respeito é pouco, muito e bem o mereces.

Afinal nunca pensaste que passados apenas 7 anos, hoje estarias a dar alojamento a quase 500 ex-combatentes, que te contam e confidenciam muitas das coisas, que a mais ninguém contaram.

Tens a virtude de aturar-lhes as manias e às vezes as más disposições que também fazem parte da vida, quando isso acontece é porque há pessoas que os insultam na sua dignidade de ex-combatentes, e julgam que podem apagar a História, a seu bel prazer.

E aí acolhes a justa e merecida indignação de muitos deles, és o amigo de sempre.

A tua hospitalidade, para com toda esta malta, requer organização, normas de convívio e a melhor das vontades, para zelar pela boa condução das mesmas.

Por isso tens como editores além do teu administrador Luís Graça, os camaradas Carlos Vinhal e Magalhães Ribeiro estes quase a tempo inteiro, e o Virgínio Briote em descanso, mas provavelmente muito atento.

E como cresceste de forma muito rápida na forma e no conteúdo, arranjaram-te um conjunto de excelentes colaboradores permanentes.

Espero que nunca te envaideças e continues a tratar todos estes ex-combatentes com a mesma simplicidade de sempre.

Mas também com o orgulho de acolheres no Blog esta geração que um dia combateu, e faz questão de Honra de não ser esquecida, e muito menos mal tratada.

Mas és um privilegiado porque recebes de todos eles as estórias que um dia vão fazer parte da História da Guerra Colonial na Guiné.

A maior parte delas são dolorosas, ou não se tivessem passado numa Guerra, mas não fiques com sentimentos de culpa, podes estar sossegado que os que te escrevem ficam-te com uma gratidão ilimitada, és o único confidente credível que arranjaram para dialogarem com a linguagem que só eles entendem.

És dono de uma riqueza sem igual, por teres adquirido informação que poucos ou quase nenhum Blog te poderá igualar.

E depois tens as escritas organizadas por temas, destaco duas por razões diferentes.

Blogpoesia;
A poesia não sendo o tipo de leitura que eu aprecie (sou um anarca nas minhas leituras), mas reconheço que nem todos podem ter essa capacidade de transmitir sentimentos pela escrita, como os nossos poetas e uma poetisa o têm feito para ti, com um crescimento que me apraz registar

Parabéns a você;
Nesta fico intrigado, e aqui tens de intervir pedindo a colaboração dos teus alojados ex-combatentes para que repartam equitativamente os votos de Parabéns, por achar que é um tema que deveria ser mais consensual.

Nunca percebi que uns tenham 30 ou 35 comentários e outros apenas metade, vê se consegues fazer com que todos recebam umas simples linhas de amizade que só uma vez por ano se dão, e que sabem bem a quem as recebe, ou não somos todos camaradas?

Por fim ao pedir-te alojamento, fiquei viciado nas visitas que te faço diariamente, acho que até por isso não poderia ficar bem sem te desejar a ti Blog, que continues em crescimento, acolhendo muito mais camaradas que por certo virão ter contigo.

E a todos os ex-combatentes que te continuam a mimosear com os seus escritos as maiores felicidades.

PARABÉNS BLOG!

Um grande abraço para todos vós
Manuel Marinho


2. Nota do editor de serviço:

Caro Manuel Marinho
Obrigado pelas tuas palavras que vão por inteiro para o Luís. Ele sim tem as costas largas para aguentar os nossos elogios.

Quanto à tua observação sobre o número de mensagens que os aniversariantes recebem, como compreendes não depende de nós. As mensagens enviadas/recebidas dependem de muitos factores, tais como, digo eu, a antiguidade no Blogue, a participação mais ou menos activa, pertencer a um ou outro grupo restrito de amigos (Tabancas, por exemplo), etc, etc.

No primeiro ano fizemos um tipo de postes onde praticamente voltámos a apresentar à tertúlia os aniversariantes, mas depois achamos exaustivo estar sempre a dizer a mesma coisa todos os anos. Interessa sim, lembrar cada aniversário porque é sinónimo de que estamos por aqui prontos para a luta diária, venham as dificuldades donde vierem. Cabe a cada camarada manifestar a sua solidariedade, enviando os parabéns ao aniversariante. Não esqueças, contudo, que há contactos directos que não contam para as estatísticas. Eu sou um dos que enviam os parabéns por mensagem ao próprio, como sabes.

Um abraço e muito obrigado pelas tuas observações sempre oportunas.
____________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 8 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8067: (Ex)citações (135): Reflexão - Será que nos repetimos? (Manuel Marinho)

Vd. último poste da série de 18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8122: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (6): Que rica é a nossa Tabanca (2) (Albino Silva)

Guiné 63/74 - P8122: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (6): Que rica é a nossa Tabanca (2) (Albino Silva)

1. Segunda parte do trabalho em verso "Que rica a nossa Tabanca" enviada pelo nosso camarada Albino Silva (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70) em mensagem do dia  10 de Abril de 2011:



Que Rica é a Nossa Tabanca* (2)

Que rica é nossa Tabanca
que guarda a nossa mensagem
o que cada um vai contando
sempre que tenha coragem.

Que rica é nossa Tabanca
que nem a familia hesita
para verem o que sofremos
a Tabanca Grande visita.

Que rica é nossa Tabanca
de Oficiais, Sargentos, Soldados,
de mortos e feridos na guerra
de traumáticos e mutilados.

Que rica é nossa Tabanca
que em tantas ocasiões
para todos os ex-combatentes
ela vai dando informações.

Que rica é nossa Tabanca
com testemunhos de Fé
feitos por ti camarada
quando falas da Guiné.

Que rica é nossa Tabanca
e isso já meu neto me diz
que está gostando dela
e me deixa a mim feliz.

Que rica é nossa Tabanca
e nunca há-de deixar de ser
pois hoje são filhos e netos
a nossa Tabanca ver.

Que rica é nossa Tabanca
por guardar a nossa História
a que os netos irão contar
quando nos faltar a memória.

Que rica é nossa Tabanca
afirmo sem qualquer receio
porque ela já foi visitada
por mais de dois milhões e meio.

Que rica é nossa Tabanca
Camarada vem daí ver
e tu que tens o teu passado
anda à Tabanca escrever.

Que rica é nossa Tabanca
que o Luís Graça fundou
e com tantos colaboradores
esta Tabanca aumentou.

Que rica é nossa Tabanca
com seus administradores
aqueles que nela colaboram
sem esquecer seus editores.

Que linda é nossa Tabanca
com tanto trabalho perfeito
de quem pela Pátria lutou
Eu tenho orgulho e respeito.

Que linda é nossa Tabanca
Que linda nossa Tabanca é
para o corajoso ex-combatente
que por Portugal lutou na Guiné.

FIM
Albino Silva
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8113: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (3): Que rica é a nossa Tabanca (1) (Albino Silva)

Vd. último poste da série de 17 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8120: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (5) : Aqui ficam os caminhos da C.CAÇ. 763 “Os Lassas” (Mário Fitas)

domingo, 17 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8120: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (5) : Aqui ficam os caminhos da C.CAÇ. 763 “Os Lassas” (Mário Fitas)


1. O nosso camarada Mário Fitas, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 763, “Os Lassas” - Cufar -, 1965/66, enviou-nos hoje a sua dedicatória aos 7 aninhos do blogue.
Ao 7º Aniversário do nosso Blogue
Camaradas desta Grande Família, atabancados nesta maravilhosa aventura de deixar escrito na primeira pessoa, com as suas próprias mãos, a verdadeira história do comportamento do Soldado Português na Guerra da Guiné, não estando preparado para grande discurso de ocasião, não quero, no entanto, deixar passar sem uma palavra de gratidão.

Para o Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Brito e Eduardo Magalhães Ribeiro e todos os que têm colaborado neste trabalho extraordinário que se tem feito em prol do conhecimento da verdadeira vida, dos jovens Portugueses que participaram na dura experiência da guerra em terras daquela maravilhosa Guiné.

Não é grande a minha colaboração no Blogue, mas tenho a esperança de ainda vir a revelar grandes momentos da minha vivência e da actuação da minha Companhia que fundou o aquartelamento de Cufar.

A vida é composta de encontros e desencontros. Só que aqui nesta bela Tabanca Grande, foram muitos os encontros e poucos os desencontros.
Aqui revi, aqui criei grandes amigos e aqui escrevi experiências que contribuirão para o conhecimento de uma guerra com grande cariz político e oportunistamente "esquecida" entretanto, pelos diversos governos desta nossa Nação.

Aqui ficam os caminhos da CCAÇ 763 - “Os Lassas” -, alcunha dado pelos irmãos (adversário na altura) que combatiam do outro lado.
Para aqueles que em comentários ou escritos, de qualquer modo não fui o irmão e o companheiro ideal, aqui ficam registadas as minhas desculpas.
Também quero apresentar a todos os combatentes da guerra na Guiné, o meu fraterno abraço do tamanho do Cumbijã!

Mário Fitas
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 763
__________
Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em:



Guiné 63/74 - P8118: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (4) : Não é o filho pródigo de volta a uma casa que tem como sua! (António Matos)


1. O nosso camarada António Matos, ex-Alf Mil Minas e Armadilhas da CCAÇ 2790, Bula, 1970/72, enviou-nos, em 15 de Abril, a seguinte mensagem:
Um pequeno texto em tom de olá a todos!
Não! Não é o filho pródigo de volta a uma casa que tem como sua;
que ajudou a construir enquanto teve tijolos disponíveis;
que refez uma ou outra parede que se inclinava perigosamente desacautelando a integridade intelectual bem mais do que a física;
que se ausentou para outras paragens;
que tentou novas abordagens que a expectativa espicaçava;
que se emociona num crescendo à medida que o tempo passa e lhe vêm à memória cenas duma vida ultrajada;
não! não! não!
Não é um filho pródigo quem aqui vos vem visitar por um mero sentimentalismo bacoco a pedir meças às exaltadas consciências de outros pródigos mais ou menos bacocos também...
Em 10 de Novembro de 1971, comemorei o meu 23º aniversário.
Em vez dum bolo tive um prato de arroz com arroz;
Em vez de velas, iluminava aquela noite um petromax;
Em vez do frio invernoso a que estava habituado nos Novembros, tive uma noite quentíssima...
Em vez de palmas e alfarreás, tive um tiroteio!

Passaram-se 40 anos e sou localizado por um ex-furriel do Esquadrão das Panhards de Bula que me socorreu em Augusto Barros naquela longínqua noite...

Os bons demónios que há em nós também dormem e também se agitam quando sobressaltados...

Comoveu-me o Leonel Olhero pela gentileza do seu contacto via facebook naquele dia de 2010...

Daí a ser convidado para o almoço de confraternização das suas gentes, foi um ápice!

Estive lá (Coimbra) e foi muito bom reconhecer outros camaradas como o ex-alferes Barbosa (O Bigodes) e o ex-capitão Ruben.

O ambiente e o espírito foi-me familiar, razão pela qual considerei um verdadeiro clik para vir aqui postar este testemunho em prol das amizades feitas naqueles tempos e que perduram, pesem embora as 4 dezenas de anos de silêncios que as tecnologias, finalmente, desfizeram.

Abraços,
Alf Mil Minas e Armadilhas da CCAÇ 2790
__________
Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em:
16 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8113: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (3): Que rica é a nossa Tabanca (Albino Silva)

sábado, 16 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8113: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (3): Que rica é a nossa Tabanca (1) (Albino Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva* (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), com data de  10 de Abril de 2011:

Carlos Vinhal
Como ultimamente tenho tido mais tempo, vou escrevendo umas coisinhas. Como já percebeste pelo título acima, não podia deixar de escrever algo para a nossa Tabanca que está de parabéns por ter ultrapassado já os dois milhões e meio de visitas. Brevemente chegará aos três milhões, disso não tenho dúvidas.

Escrevi desta forma porque dia a dia a visito, ficando assim a saber mais histórias dos meus camaradas e eles a saber de mim.

Fico muito grato à Tabanca Grande por este tempo que me tem dispensado, especialmente a ti Carlos, pois tens sido o meu Editor, e sei bem o trabalho que te tenho dado.

De uma coisa podem ter a certeza, a nossa Tabanca é Grande, e eu irei contribuir para que ela seja cada vez maior.

Deixo um abraço a todos os tertulianos, em especial a todos os que aqui passam muito tempo das sua vidas,
sendo o Carlos um deles.



QUE RICA É A NOSSA TABANCA, foi o Tema que escolhi...
Albino Silva




QUE RICA É A NOSSA TABANCA (1)

Que rica é nossa Tabanca
está como nunca esteve igual
com Histórias de camaradas
eu faço dela o meu Jornal.

Dois milhões e meio de visitas
este número já ultrapassado
pois cada vez são muitos mais
em querer ver o nosso passado.

Que rica é nossa Tabanca
com camaradas para a visitar
lendo o que outros escreveram
e depois também eles contar.

Que rica é nossa Tabanca
com a certeza de não haver igual
pois por mim a considero e é
a verdadeira História de Portugal.

Que rica é nossa Tabanca
tenho orgulho em a visitar
pois nos conta somente a verdade
do nosso tempo de Ultramar.

Que rica é nossa Tabanca
e tão Grande que ela é
sendo mesmo especial
para quem esteve na Guiné.

Que rica é nossa Tabanca
que ao contar nossa História
conta tudo o que é verdade
e nos alivia a nossa memoria.

Que rica é nossa Tabanca
que nos mostra tanto que ler
mostra-nos fotos do passado
e até muitos filmes para ver.

Que rica é nossa Tabanca
que nos conta coisas daquela terra
o que cada um por lá passou
com tantos anos de guerra.

Que rica é nossa Tabanca
com testemunhos do passado
que lendo ainda alguns casos
me deixam muito emocionado.

Que rica é nossa Tabanca
por camaradas como eu
fazer dela o nosso arquivo
de um passado que não esqueceu.

Que rica é nossa Tabanca
a que jamais quero esquecer
só fico triste com imensa pena
não ser todo o País em a ver.

Que rica é nossa Tabanca
e tua mensagem aqui cabe
para mostrar ao pobre País
aquilo que nem sequer ele sabe.
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 10 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8075: Blogpoesia (142): O que me fizeste Guiné (Albino Silva)

Vd. último poste da série de 14 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8101: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (2): Como o tempo passa! ... (Rui Felício, CCAÇ 2405, Galomaro e Dulombi, 1968/70)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8101: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (2): Como o tempo passa! ... (Rui Felício, CCAÇ 2405, Galomaro e Dulombi, 1968/70)

1. Mensagem do nosso camarada Rui Felício, ex- Alf Mil, CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852 (Galomaro e Dulombi, 1968/70) [Juntamente com o Paulo Raposo, o Victor David e o Jorge Rijo, o Rui faz(ia) parte dos famosos Baixinhos de Dulombi, os quatro alferes milicianos da CCAÇ 2405]. Jurista, vive em Lisboa. Conhecemo-nos no I Encontro Nacional do nosso blogue, na Ameira, Montemor o Novo, em 14 de Outubro de 2006.




Data: 11 de Abril de 2011 12:18


Assunto: Re: 7º aniversário do nosso blogue > 23 de Abril de 2011


Caro Luís Graça,


O tempo passa... Não me tinha apercebido que o teu blog já conta 7 anos!


Parabéns pelo excelente trabalho de organização que tens desenvolvido, com a prestimosa dedicação de alguns eficientes colaboradores que dão a esta publicação um lugar de topo na recordação de uma fase incipiente da vida da nossa geração. Que nos acompanhará sempre, que jamais se desvanecerá da nossa memória, enquanto por cá andarmos.


E que,  a esse desiderato, adiciona o mérito, não menos importante, de lembrar às gerações posteriores que a guerra de África foi mais do que um simples conflito armado com todos os males que qualquer guerra traz. Foi, sobretudo, a descoberta da solidariedade que, por vezes escondida, nos momentos difíceis se revelava e animava os jovens desterrados nos confins da selva.


Foi também o conhecimento de outros povos, de outras culturas, de outras mentalidades.
Com os quais partilhámos o nosso conhecimento e de quem obtivemos a sabedoria que não vem nos livros.


Um abraço
Rui Felício




Escrito e Lido é o Blogue do nosso camarada Rui Felício. Desde 1 de Dezembro de 2010. "Episódios que são sementes da vida"... Já sabíamos, do nosso blogue, que ele era um exímio contador de histórias... Infelizmente, não tem aparecido, nos últimos anos... Temos no nosso blogue (I e II Série) alguns das suas estórias de Dulombi que merecem figurar numa futura antologia do nosso blogue... Aqui ficam os links e algumas deixas...




9 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXIX: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (1): O nosso vagomestre Cabral


(...) O Natal aproximava-se… Antes da data prevista, chegara-nos um presente inesperado! Um periquito…. O furriel Cabral foi-nos mandado para substituir o furriel vagomestre, uns meses antes falecido em acidente de viação na estrada de Galomaro-Bafatá numa viagem de reabastecimento de viveres à nossa Companhia… O Cabral era uma jóia de pessoa, simpatiquíssimo, um tanto ingénuo e crédulo, sempre bem disposto e que rapidamente granjeou a estima de todos. (...)


14 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXXVII: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (2): O voo incandescente do Jagudi sobre Madina Xaquili


(...) Ao cair da tarde, com a luz alaranjada do sol a começar a esconder-se na linha do horizonte poente, o Paulo Raposo, alferes da CCAÇ 2405, de quem guardo as mais pistorescas histórias, estava sentado perto do bunker do Capitão, com o olhar fixo num ponto afastado a sul do aquartelamento, perto do arame farpado. Aproximei-me e comentei:
- Eh, pá, não estejas a pensar na morte da bezerra… Já faltou mais e não tarda estaremos em Lisboa a beber umas imperiais e a olhar as bajudas brancas que por lá abundam. (...)


19 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXL: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (3): O dia em que o homem foi à lua


(...) 20 de Julho de 1969. Era domingo… Durante todo o dia a rádio ia noticiando a chegada do homem à Lua… A célebre frase do astronauta afirmando que o passo que acabara de dar em solo lunar era um passo de gigante para a humanidade, era escutada repetidamente nos pequenos transístores que nos mantinham ligados ao mundo. Claro que não havia televisão na Guiné e, mesmo que houvesse, jamais seria vista em Samba Cumbera, pequena tabanca onde a luz nos era fornecida através de garrafas de cerveja cheias de petróleo, nas quais se embebiam torcidas de desperdício que, depois de acesas, nos enchiam os pulmões de fuligem e fumo. (...)


5 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1046: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (4): a portuguesíssima arte do desenrascanço


(...) Daí a poucos dias íamos finalmente embarcar em Bissau no Carvalho Araújo para o ansiado regresso… Tínhamos acabado de receber no Dulombi a Companhia de atónitos periquitos que, durante uma semana, iam ficar em sobreposição connosco. Acolhemo-los com o aquele ar superior de guerreiros invencíveis, calejados pelos combates, a pele tisnada dos sóis tropicais, e além das costumadas praxes, meio inofensivas, que exercemos sobre eles, dedicámos-lhes, com a proverbial simpatia característica dos Baixinhos do Dulombi, um hino de recepção ao periquito que ainda hoje cantamos em todos os almoços anuais de comemoração que realizamos. (...)


18 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1085: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (5): O improvisado fato de banho do Alferes Parrot na piscina do QG


(...) Já de si, o apelido originário da ascendência estrangeira da sua Família, o tornava notado. A sua invulgar estatura de quase dois metros, os olhos salientes, o cabelo arruivado, a pele branca e sardenta e o corpo magro, longilíneo e desengonçado, completavam a estranha figura propicia ao sorriso e aos mais díspares comentários. Falo do Parrot, que conheci em Mafra e que fez parte do meu pelotão do 1º Ciclo do COM da incorporação de Abril de 1967. Não era fácil, porém, tirar o Parrot da sua fleumática postura de não te rales, por mais provocações que se lhe tentassem fazer. Ele era a calma personificada, e senhor de uma inteligência fora do comum. (...)


27 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1217: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (6): Sinchã Lomá, o Spínola e o alferes que não era parvo de todo


(...) Sinchã Lomá é uma pequena tabanca a Sudoeste de Dulo Gengele e esta por sua vez fica a Sul de Pate Gibel. Quando a CCAÇ 2405 chegou a Galomaro, destacou três dos seus Grupos de Combate para regiões circundantes da sede da Companhia com a missão de marcar posição no terreno e fazer ao mesmo tempo uma espécie de guarda avançada para protecção da Companhia. A mim, coube-me ir para Pate Gibel, a tabanca mais a sul de Galomaro. (...)


8 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1352: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405)(7): Perigos vários, a divisa dos Baixinhos de Dulombi (Rui Felício)


(...) No terço final da comissão, com a Companhia finalmente concentrada no Dulombi, pensou-se em encontrar um emblema e uma divisa para a nossa Unidade. Não deveríamos deixar acabar a comissão sem legar aos vindouros um símbolo que nos identificasse, tal como a maioria das outras unidades já o tinham feito. Acolhida a ideia, estabeleceu-se um período de tempo para que fossem apresentados projectos para futura escolha daquele que merecesse o consenso geral. E assim surgiram meia dúzia de ideias para a o emblema da Companhia. (...)


30 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2073: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (8): O Fula, a galinha e o vestido


(...) Galomaro, Maio de 1981. Passados 11 anos após o regresso da CCAÇ 2405, retornei à Guiné, em 1981, naturalmente já civil, e passei alguns dias em Galomaro onde esteve sediada a Companhia antes da sua deslocação final para o Dulombi. Percorri, de jeep ou de bicicleta, toda aquela região que tão bem conheci por força dos patrulhamentos militares efectuados entre 1968 e 1970. (...)


26 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2683: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (9): O Jorge Félix e o Prisioneiro


(...) Num certo dia de Agosto de 1969, o Jorge Félix transportou no seu helicóptero um grupo de paraquedistas que iam fazer um assalto, a uma base do PAIGC, identificada pelos serviços de informações militares da Guiné, como estando localizada na região de Galomaro. Ao procurar local para a aterragem perto do objectivo, em plena mata, o Jorge Félix foi descendo o helicóptero e, a uns 5 metros do chão, a deslocação de ar provocada pelo movimento das pás do aparelho, afastou uma série de ramos de arbustos deixando a descoberto um guerrilheiro do PAIGC que ali se havia emboscado. O homem estava armado com um RPG7, e a granada colocada, apontando para o helicóptero, o que naturalmente deixou em pânico o piloto e os tripulantes. (...).
_____________


Nota do editor:


Vd. poste anterior da série > 13 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8091: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (1): Um Oscar Bravo (OBrigado) a quem nos visita, lê, comenta, divulga, alimenta, critica, incentiva, avalia, escrutina, ajuda a crescer e a melhorar... A todos os autores, comentadores, leitores, a todos/as os/as amigos/as, camaradas e camarigos/as da Guiné (A equipa editorial)


(...) Em qualquer dos casos, aqui fica o apelo, aos resistentes, aos resilientes, aos sobreviventes, aos bravos da Guiné: Ajudem-nos a todos nós, editores, colaboradores permanentes e autores, a fazer "mais e melhor"... E sobretudo, tragam caras novas, histórias novas, fotos novas (do "baú velho")... E a quem ainda tem pachorra de ir visitar o nosso blogue, uma ou até mais vezes por dia, o nosso Oscar Bravo!!! (...)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8091: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (1): Um Oscar Bravo (OBrigado) a quem nos visita, lê, comenta, divulga, alimenta, critica, incentiva, avalia, escrutina, ajuda a crescer e a melhorar... A todos os autores, comentadores, leitores, a todos/as os/as amigos/as, camaradas e camarigos/as da Guiné (A equipa editorial)


Guiné-Bissau > Bissau > AD - Acção para o Desenvolvimento > Foto da semama > Título da foto: Cabedú aponta a direcção do seu desenvolvimento; Data de Publicação: 10 de Abril de 2011; Data da foto: 23 de Janeiro de 2011; Palavras-chave: desenvolvimento comunitário

Legenda: "A tabanca de Cabedú, no extremo sul da Mata de Cantanhez, dá mostras de grande dinamismo na identificação de várias acções que pretende realizar para sair do isolamento e abandono a que está votada. 


"Os Homens Grandes, as mulheres e os jovens concentram-se para definir as suas grandes prioridades e dividir responsabilidades na sua execução, certos de que qualquer apoio que venha de fora só poderá ter sucesso se contar com o seu próprio engajamento.

"O abastecimento de água, pela construção de um poço com captação através de um sistema de energia solar, assim como a melhoria de acesso ao porto fluvial que assegure a ligação com as outras localidades vizinhas, são as actividades já em curso".

Foto (e legenda): Cortesia de © AD- Acção para o Desenvolvimento (2011). Todos os direitos reservados



1. Mensagem enviada, por Luís Graça,  a todo pessoal (registado) da Tabanca Grande, pelo correio interno e agora alargado ao universo dos nossos leitores, em nome da equipa editorial:

Data: 11 de Abril de 2011 12:03
Assunto: 7º aniversário do nosso blogue > 23 de Abril de 2011


Amigos/as, camaradas, camarigos/as:


À semelhança do que fizemos o ano passado, vamos aceitar e publicar pequenas mensagens dos quase 500 membros da nossa Tabanca Grande (vai agora entrar o 488º, o Florimundo Rocha, da Ponte de Caium, sobrevivente da terrível emboscada de 14/6/1973, a 3 km de Piche), por ocasião do 7º aniversário do nosso blogue...


Recorde-se que o blogue (http://foranada.blogspot.com) já existia desde 5 de Outubro de 2003, mas era um blogue meramente pessoal onde o seu fundador escrevia as suas "blogarias"... Foi em 23 de Abril de 2004 que ele decidiu escrever um "poste" sobre a Guiné, e mais concretamente uma homenagem às madrinhas de guerra (que ele não teve)...


No espaço de um ano, só se publicaram ... 4 postes, até em que em meados de Abril de 2005 começaram a aparecer os primeiros camaradas de armas, que tinham estado  na "zona leste da Guiné": o Sousa de Castro, o Humberto Reis, o David Guimarães, o A. Marques Lopes e por aí fora...


Foi então que o autor do Blogue-fora-nada decidiu, por volta de Maio de 2005,  dedicar o seu blogue inteira e exclusivamente à Guiné e à partilha de memórias do seu tempo de guerra... Ele e os camaradas que foram aparecendo (mais de 100, até meados de 2006) começaram a ir ao "baú da memória" buscar "peças do puzzle", pedaços da sua história de vida que são também pedaços da história (anónima) de um colectivo, de uma geração, a nossa geração de combatentes...



Um ano depois, no início de Maio de 2006, o nosso blogue, I Série, tinha cerca de 100 membros, registados, e uma média de 3 mil páginas visitadas... por mês... No final desse mês de Maio, tínhamos a cifra (simpática) de  26500 visitas, no total. Ao fim de 735 postes... (Usávamos então uma numeração romana...).


Vd. poste de 15 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5819: O 6º aniversário do nosso Blogue (3): No início de Maio de 2006, tínhamos 100 tertulianos, 735 postes publicados e 3 mil páginas visitadas por mês (Luís Graça)



Este crescimento (em quantidade e qualidade) só foi possível porque, parafraseando um dos nossos poetas,  o Manuel Maia,  camarada traz outro camarada e... camarigo fica!



(...) Num blog que congrega ao seu redor,
num misto de saudade e até de amor
pela terra ocre/amarela, um "batalhão"...
Amigo traz amigo e amigo fica
enquanto um outro amigo fica à bica
e bate à porta n' outra ocasião...





Em Junho de 2006, mudámo-nos, como é sabido, para "outras instalações", a II série, o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, o presente blogue... A equipa editorial alargou-se, com a entrada do Carlos Vinhal, depois do Virgínio Briote e por fim do Eduardo MR... E contamos hoje com uma equipa, mais alargada, de camarigos que nos apoiam, ajudam,  ouvem, incentivam, invectivam, fustigam, inspiram, e sobretudo nos aconselham, nos bons e nos maus momentos...


Ultrapassámos há dias os 8 mil postes e os 2,5 mihões de visitas, "números que valem o que  valem"... mas que merecem, no mínimo,  uma reflexão.  


O nosso 7º aniversário deve ser aproveitado, não para deitar foguetes (que os tempos não estão para isso...) mas para reflectirmos, serenamente, sobre o passado, o presente e o futuro do nosso blogue (e da nossa Tabanca Grande, que se reune pelo menos uma vez por ano,  e que já deu novas tabancas ao mundo: de Matosinhos à Lapónia, da Linha ao Centro, dos Melros a Piche)... 


Todos os comentários,  críticas e sugestões (de melhoria) serão bem vindos, por parte dos Homens Grandes, das Mulheres Grandes, da Bajudas, dos Djubis... Ao fim da "4ª comissão", sabemos que há muitos tabanqueiros "cansados", bastantes que se remeterem voluntariamente ao "silêncio", alguns "desiludidos", e até temos um ou outro (contam-se pelos dedos...) que já abandonou as fileiras, isto é, o seu lugar debaixo do frondoso e secular poilão da nossa Tabanca Grande... É humano, é normal, procuramos o consenso, mas não forçamos o consenso, e menos ainda impomos o pensamento único... Por razões inelutáveis, dez dos nossos camaradas da Tabanca Grande já "da lei da morte" se libertaram...


Em qualquer dos casos, aqui fica o apelo, aos resistentes, aos resilientes, aos sobreviventes, aos bravos da Guiné: Ajudem-nos a todos nós, editores, colaboradores permanentes e autores, a fazer "mais e melhor"... E sobretudo, tragam caras novas, histórias novas, fotos novas (do "baú velho")... E a quem ainda tem pachorra de ir visitar o nosso blogue,  uma ou até mais vezes por dia, o nosso Oscar Bravo!!!

Para todos/as, onde quer que estejam, o nosso pessoalíssmo e camarigo Alfa Bravo, e votos de boa saúde, bom trabalho ou boa reforma! 


Os editores, Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, Eduardo Magalhães Ribeiro


PS -Vamos começar a publicar os primeiros comentários que nos chegaram... O 1º será do Rui Felício, camarada da zona leste, camarigo da primeira hora, da I Série...