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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17523: "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é já hoje", da autoria do 2.º Sargento Ref António dos Anjos, Tipografia Académica, Bragança, 1937 (1): Até à pág. 14 (Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto)


Guiné > Bissau > Fortaleza da Amura > 1908 > "Bissau: Soldados em grupo dentro da fortaleza"... Foto proveniente do Arquivo Histórico Militar, que nos chegou pela mão do nosso camarada Carlos Cordeiro, açoriano,  professor universitário. Ainda hoje a fortaleza está coberta de poilões centenários como este, seguramente contemporâneos das "campanhas de pacificação" da Guiné, do 1.º Tenente Oliveira Muzanty (1908) e do capitão Teixeira Pinto (1913-1915).

Foto: Arquivo Histórico Militar  (com a devida vénia...)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970 > Parque da cidade com a estátua de Oliveira Muzanty e, ao fundo, a Casa Gouveia, dois símbolos do "colonialismo"... A estátua foi apeada (e provavelmente destruída) depois da independência da Guiné-Bissau. "Estupidamente", acrescente-se... Não há história sem memória, e a história da Guiné-Bissau, não começou com a "gloriosa luta" do PAIGC contra os "tugas"... Oliveira Muzanty e todos os "tugas", colonialistas e anticolonialistas, fazem parte da história da Guiné-Bissau. Tal como as legiões romanas, o direito romano e o latim fazem parte da história de Portugal e da identidade dos portugueses... Todos os iconoclastas são fundamentalistas e terroristas... Porque, afinal, só há uma terra e uma humanidade... O esclavagismo, o colonialismo, o fascismo, o nacionalismo, o chauvinismo, e todos os demais ismos, incluindo o racismo e a estupidez dos iconoclastas, não têm pátria...

Foto: © Benjamim Durães (2011). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O nosso camarada, o "veteraníssimo" Alberto Nascimento [na foto à direita] (ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 84 (Bambadinca, 1961/63), enviou-nos um pequeno livro, em formato PDF, datado de 1937, de autoria do 2.º Sargento reformado António dos Anjos, para publicarmos no nosso Blogue.

Trata-se de um opúsculo que tem um título do tamanho de um comboio ("Resumo do que era a Guiné Portuguesa e há vinte anos e o que é hoje:  para cujo progresso muito contribuiu o capitão de infantaria João Teixeira Pinto", 97 pp. ).

O ficheiro que nos chegou é proveniente da digitalização de uma cópia pessoal que está nas mãos do Alberto Nascimento e que lhe terá sido entregue por um familiar, um amigo ou simples conhecido do autor, já falecido, António dos Anjos, um transmontano de boa cepa, como muitos dos militares que por andaram nesta época.

Trata-se de uma edição de autor. O livro foi impresso na Tipografia Académica, Bragança. Os acontecimentos relatados por ele remontam às "campanhas de pacificação" dos princípios do séc. XX. Não sabemos em que ano o autor terá morrido. Terá nascido por volta de 1890, a ser vivo teria agora quase 130 anos. Em 1953, ainda estaria vivo, tendo publico um livrinho de versos: "Campanhas, resistências na Guiné: heroicidades" (ed. autor, Bragança, tip Académica).

Depois de ponderados os prós e os contras, e não são sabendo ao certo se a obra é do domínio público, decidimos a sua publicação no nosso blogue, baseados no seguintes pressupostos e fundamentos:
(i) a obra foi há publicada há 80 anos, mas o autor deve ter morrido há menos de 70;
(ii) os nossos leitores (e nomeadamente os camaradas que fizeram a dura guerra da Guiné entre 1961 e 1974) têm o "direito" de conhecer este livrinho;
(iii) o autor, que é um camarada nosso, mais velho, quis publicamente fazer uma homenagem a um português, o Cap Inf Teixeira Pinto, sob cujas ordens serviu; e
(iv) o 2.º Sargento António dos Anjos, reformado à data da publicação deste seu livrinho de memórias, viveu 25 anos na Guiné, conheceu-a, de palmo a palmo, é credor do nosso apreço e admiração.

Para o efeito vamos publicar 10 postes com uma média de 9 páginas em formato JPG.

Agradecemos ao camarada Alberto Nascimento a possibilidade de dar a conhecer e divulgar desta obra já com 80 anos, esperando que desperte a atenção (e os comentários) dos nossos leitores.

O editor,
Carlos Vinhal

PS - Síntese: o autor oferece-se para uma comissão de serviço de dois anos na colónia da Guiné e acaba por lá ficar 25 anos. Desembarca em Bissau em 29/3/1911. Na altura, havia uma surto de febre amarela que terá feito bastantes vítimas. Nas 15 primeiras páginas, recapitula, de memória, algumas das principais rebeliões dos povos da Guiné desde 1844 até às "campanhas de pacificação" dos finais da monarquia e princípios da República. O paciente e conhecedor leitor irá, por certo, identificar facilmente e desculpar algumas gralhas, erros e imprecisões: por exemplo, topónimos (Bafatá e não Rafatá, p. 9), onomástica (Muzanty e não Mozanti)...

Recorde-se que nesta época, estava  à frente dos destinos da província o Governador João Augusto de Oliveira Muzanty (1906-1909), 1.º Tenente da Marinha. Sobre as campanhas de Oliveira Muzanty, nos anos de 1907-08, vd., aqui texto do José Martins.



(Continua)

sábado, 24 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16876: O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017 (17): Cartão de boas festas do nosso veteraníssimo Alberto Nascimento (ex-sold cond auto, CCAÇ 84, Piche, Buruntuma e Bambadinca, 1961/63)



Cartão de Boas Festas  (*) do nosos veteraníssimo  Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto da CCAÇ 84,   Piche, Buruntuma e Bambadinca, 1961/63). Recorde-se por one andou o nosso caramara, que tem 25 referências no nosso blogue (**):.

(i)  é uma testemunha privilegiada do início da guerra do setor leste;

(ii)  a CCAÇ 84, três meses depois de aterrar no aeroporto de Bissalanca (, não veio portanto de barco), foi literalmente fragmentada e enviada para os mais diversos pontos do território, tendo o meu pelotão, o 1º,  tido como último destacamento, entre Novembro de 1962 e 7 ou 8 de Abril de 1963, Bambadinca, sob o Comando de Bafatá;

(iii)  o primeiro destacamento, ainda em Julho de 1961, foi para Farim, após os primeiros e ainda pouco violentos ataques a Bigene e Guidaje;

(iv) seguiu-se o destacamento de Nova Lamego (...)  onde o pelotão foi dividido por Buruntuma, Piche e Canquelifá;

(v) à grande maioria dos camaradas dos outros pelotões, o Nascimento  só voltou a a vê-los  nos dias que antecederam o embarque para a Metrópole.
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 22 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16870: "O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017" (16): BOAS FESTAS (Jorge Araújo)

(**) Vd. aqui alguns dos postes de Alberto Nascimento:

11 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2930: Bambadinca, 1963: Terror em Samba Silate e Poindom (Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 84, 1961/63)

10 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3044: Estórias avulsas (16): Os cães de Bambadinca (Alberto Nascimento, CCAÇ 84, 1961/63)

14 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3059: Memórias dos lugares ( 9): Bambadinca , 1963 (Alberto Nascimento, CCAÇ 84, 1961/63)

7 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3181: História de vida (17): A falsa Mariama, mandinga de Bambadinca, a sua filha, e o seu amigo... (Alberto Nascimento)

16 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3459: Histórias da velhice (1): Eu e o 1º Pelotão da CCAÇ 84 em Farim, em Julho de 1961, em socorro de... Guidaje (Alberto Nascimento)

21 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3492: Controvérsias (9): Eu fui para Farim, em Julho de 1961, com a G3, com o 1º Gr Comb da CCAÇ 84 (Alberto Nascimento)

2 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3964: Nuvens negras sobre Bissau (6): O Nino morreu vítima de si próprio (Alberto Nascimento)

18 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4049: As abelhinhas, nossas amigas (5): As abelhas e a NEP (Alberto Nascimento)

8 de Agosto de 2009 > Guiné 63/74 - P4796: Estórias avulsas (47): O enfermeiro Lomelino (Alberto Nascimento)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11645: Convívios (527): Convívio da CCAÇ 84 (Alberto Nascimento)


1. O nosso Camarada Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto da CCAÇ 84, Bambadinca, 1961/63., enviou-nos a seguinte mensagem:


Tomo a liberdade de enviar fotos do encontro da Companhia 50 anos depois da chegada.

Um abraço, 

Alberto Nascimento


CONVÍVIO DA COMPANHIA DE CAÇADORES 84 (1961/63)

Realizou-se no passado dia 25 no hotel Pombalense, em Pombal, o habitual encontro dos camaradas da Companhia que querem e podem deslocar-se para almoçar e cavaquear sempre com muita animação e alegria. É pena que muitos não tenham possibilidade de participar por razões que temos dificuldade em aceitar mas que são naturais. 


No dia nove de Abril fez cinquenta anos que desembarcámos em Lisboa depois de dois anos em que a Companhia se dispersou pelos mais diversos pontos geográficos da Guiné. 

Nestes encontros recordam-se episódios menos bons mas rimos à farta quando relembramos outros, cómicos, de que ouvimos falar mas que julgámos tratar-se de brincadeira com o fim de “entrar” com determinado camarada. Isto é certamente o que se passa em todos os encontros doutras Companhias mas nós temos a razão do “meio século depois”. 







Um Abraço
Alberto Nascimento
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 


domingo, 26 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11631: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (57): Respostas nºs 125/126): Idálio Reis (CCAÇ 2317, Gandembel e Ponte Balana, 1968/69); e Alberto Nascimento (CCAÇ 83, Piche, Buruntuma, Bambadinca, 1961/63]

Resposta nº 125 > Idálio Reis [, ex-alf mil at inf, CCAÇ 2317 / BCAÇ 2835, Gandembel e Ponte Balana, 1968/69]

Caros Luís e demais editores da Tabanca Grande.

Aduzidos os motivos que têm contribuído para esta grandiosa obra bloguística, no conhecimento de inúmeros factos do conflito armado travado na Guiné, que as fontes oficiais informativas de então,autocensuraram, por omissão ou deturpação;

Reconheço a sensibilidade que se deseja tomar quanto à chamada 'prova de vida', pois que de há muito, não surgem sinais de presença de alguns, e no mínimo tal representa inquietação. Quanto a mim, embora denote alguma relapsia, esperava um momento para o fazê-lo. E tinha que lhe dar forma, e que exporei no questionário.

Assim:

(1/2) - O blogue foi-me dado a conhecer na Semana Santa do ano de 2006. Lembro-me bem, de receber uma chamada do José Teixeira que para além de me permitir descobrir o blogue, me lançou o repto de aderir e de dar a conhecer a história da minha CCaç. 2317, em especial dessa odisseia que foi Gandembel, e que através dele (do lado de Aldeia Formosa) e do saudoso José Neto (de Guileje), já haviam aflorado algo.

(3) - A minha adesão à Tertúlia remonta a 16 de Abril, através do poste DCCXIX [, 19 de abril de 2006].

(4) - Quanto à regularidade com que visito o Blogue, pode considerar-se de diária, ainda que nestes últimos tempos não preste boa atenção a alguns textos. Continuo mais alapado às coisas do Sul e às que se desenrolaram nos meus tempos. Ressalvo aqui, os valiosos escritos sobre esse período dos Strelas, e as deambulações que houve lugar nos 3 sítios G (Guidage, Gadamael e Guileje). Com a saudade do seu autor, que já se separou de nós, relembro o belo texto escrito por Daniel de Matos: Os Marados de Gadamael e os dias da batalha de Guidaje.

(5) - Sem falsa modéstia, julgo já ter dado a minha contribuição para o Blogue. Daqui nasceu um livro, de que disporei ainda alguns exemplares, a distribuir pelos tabanqueiros interessados.

(6/7) - Sou aderente do Facebook, mas não pretendo fazer uso dele.

(8/9) - Os conteúdos do Blogue, a cada um dizem respeito. O Blogue tem sido aberto à recepção dos textos da autoria de pessoas sensatas e conhecedoras, com uma vida por cima, mas onde bem se nota o peso do ´mato` que cada um carregou. Como cada um de nós, sente satisfação em enviar o seu texto para dar conhecimento à Tertúlia, será a cada elemento desta que competirá a sua avaliação.

(10) - O meu computador/internet tem já alguma consonância com o Blogue, dado que figura na lista dos favoritos.

(11) - O Blogue tem sido fundamental ao equilíbrio psicossomático de um aposentado da APRe. Ainda há minutos constatei o lançamento da edição do Tarrafo, no Porto. Estive em Coimbra no dia seguinte, trouxe a "Estranha Noiva de Guerra", para ler. Ultimamente, alguns livros vêm sendo lançados sobre a temática da guerra, e alguns devem a sua aparição ao Blogue. Aproveito este espaço para destacar o relevante papel do nosso recensor-mor, o Beja Santos.

(12/13) - Dos encontros, julgo só ter falhado ao do Alentejo. As últimas, no chão do Joaquim Mexia Alves, têm sido um sucesso, no modo e na forma como faz gala em nos receber. Quanto à minha presença este ano, não poderei estar convosco, porquanto vou estar em confraternização com os meus velhos companheiros da minha Companhia, a decorrer na cidade de Espinho.

(14) - O Blogue continua forte. Tem havido um trabalho afanoso dos seus editores, onde a garra e o fôlego mais requerem instigação. É a vós que cabe esta identidade, que desejo veementemente que se alongue no tempo, com a mesma ênfase denotada até hoje.

(15) - Tudo bem, quando vai bem.

Resposta nº 126 >  Alberto Nascimento  [,ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 83 Piche, Buruntuma, Bambadinca, 1961/63]

Atrasado como sempre quando se trata de escrever, aqui vai a minha resposta e o meu pedido de desculpa pelo atraso.

1- Descobri o Blogue em 2005 ou 2006.

2- Procurava na Net notícias sobre a guerra na Guiné e a possibilidade de poder contactar camaradas que tivessem estado nas mesmas povoações onde eu estive..

3- Passei a visitar diariamente o blogue, até que em 2008 senti que tinha a obrigação de prestar um esclarecimento sobre uma dúvida que visava uma intervenção em Samba Silate, tendo sido nessa data admitido como membro da Tabanca Grande.

4- Visito quase diariamente o blogue.

5- Considero as minhas intervenções em número razoável dado que o período de maiores dificuldades foi de apenas cinco meses.

6- Conheço a página no facebook, mas não sou utilizador por falta de tempo (desculpa esfarrapada)

7- Consulto quase exclusivamente o blogue.

8- A voluntariosa participação dos editores na feitura do blogue e a forma como são dadas todas as informações de utilidade para os membros da tertúlia .

9- Não identifico nada.

10- Já tive dificuldade, agora está muito bom. Desconheço as causas.

11- O poder, quando entender, recordar comunicando, sobre um período da minha vida que mantenho vivo na memória e, espero, demore ainda uns bons anos a apagar-se.

12- Nunca participei.

13- Este ano também não vou.

14- O fôlego e a força anímica do blogue estará sempre dependente do voluntarismo dos editores. Na impossibilidade destes, se aparecerem(e aparecem com certeza) outros com a mesma boa vontade competência e espírito de sacrifício prosseguirão com a actividade do blogue até haver alguém que guarde memórias da guerra na Guiné. Este blogue será sempre um arquivo de memórias da guerra.

15- Nada a comentar e menos a criticar. Um Abraço

___________

Nota do editor:

Último poste da série > 25 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11624: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (56): Convite aos membros da nossa Tabanca Grande e demais leitores do blogue para nos responderem

sábado, 26 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P11006: Memória dos lugares (207): Ponte Malã Dalassi, ou melhor Ponte Caium, e outras imagens do leste, Piche e Buruntuma (Alberto Nascimento, ex-sold cond auto, CCAÇ 84, 1961/63)


Foto nº 1 > Ponte do rio Caium... Grupo de trabalhdores que se deslocavam a pé para a colheita da mancarra


Foto nº 2 > Ponte Caium: três militares, da direita para a esquerda, eu , o enfermeiro Lomelino e um cabo


Foto nº 3- Piche: matança do porco


Foto nº 4- Piche: Posto de observação


Foto nº 5 - Buruntuma: mercado


Foto nº 6 - Buruntuma: ouvindo rádio


Foto nº 7- O Mané em Lisboa


Fotos: © Alberto Nascimento (2013). Todos os direitos reservados

1. Mensagem, com data de ontem, de Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 83 (que passou por diferentes sítios da Guiné, incluindo Piche e Buruntuma, o últimos quais Bambadinca, 1961/63) (*)

 Caro Camarada Luis Graça:

Como sou talvez o único velho que participa no Blog, do tempo do capitão Jorge Freire, vou esclarecer não só a dúvida sobre a ponte, como prestar outros esclarecimentos.

A ponte é efectivamente a do rio Caium, conforme podes comparar com as fotos que envio e estas foram legendadas na altura em que foram tiradas.

O macaco é o Mané e acompanhou-nos para Bambadinca e depois para Lisboa.

O oficial com chapéu colonial é o alferes João Lamas, que comandava na altura o destacamento de Piche.

A estrada Nova Lamego-Buruntuma era realmente boa e onde na época das chuvas nunca fiquei atascado, muito diferente da estrada Piche-Canquelifá onde o atascanço era quase contínuo.

Um Grande Abraço
Alberto Nascimento (**)

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 11 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2930: Bambadinca, 1963: Terror em Samba Silate e Poindom (Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 84, 1961/63

(...) " a CCAÇ 84, três meses depois de aterrar no aeroporto de Bissalanca, foi literalmente fragmentada e enviada para os mais diversos pontos do território, tendo o meu pelotão tido como último destacamento, entre Novembro de 1962 e 7 ou 8 de Abril de 1963, Bambadinca, sob o Comando de Bafatá.

"O primeiro destacamento, ainda em Julho de 1961, foi para Farim, após os primeiros e ainda pouco violentos ataques a Bigene e Guidaje. Seguiu-se o destacamento de Nova Lamego, conforme é dito no seu blogue (P 1292 - Contributos) onde o pelotão foi dividido por Buruntuma, Piche e Canquelifá.

"Só estou a mencionar o 1º pelotão da Companhia, porque à grande maioria dos camaradas dos outros pelotões só voltei a ver nos dias que antecederam o embarque para a Metrópole.

"Como a memória se perde no tempo por indocumentação, ou porque a essa memória se teve medo de atribuir qualquer importância (existiam e ainda existem muitos complexos sobre a guerra colonial), resolvi dar o meu contributo para esclarecer uma dúvida colocada no seu blogue, sobre quem teria participado nos massacres de Samba Silate e Poindom, no início de 63.

"Sem conseguir precisar o mês, um dia soubemos que a PIDE estava em Bambadinca para deter o padre António Grillo, italiano da Ordem Franciscana, acusado - não sabíamos se por denúncia, se por investigação - de colaborar, proteger, e fornecer alimentos a elementos do PAIGC, a partir de Samba Silate" (...).


Último poste da série > 19 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10964: Memória dos lugares (206): Olossato, anos 60, no princípio era assim (2) (José Augusto Ribeiro)