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quarta-feira, 17 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6008: O 6º aniversário do nosso blogue (10): 40 anos depois do meu regresso, a 9 de Abril de 1968, volto à Guiné, a Bambadinca... E tudo isto, por culpa do nosso blogue (Jaime Machado)

1. Mensagem de Jaime Machado* (ex-Alf Mil Cav, Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70), com data de 11 de Março de 2010:

Caro Carlos, Caro Alvaro
Se entenderem que tem algum interesse, publiquem

Um abraço
Jaime


40 ANOS DEPOIS!

No dia exacto em que se completam 40 anos do meu regresso da Guiné (9 de Abril de 1968) parto de novo para lá, se tudo correr conforme o previsto.

Já o disse e repito.
A “culpa” de tudo isto é do Luís.
Sim, do Camarada e Amigo Luís Graça.

Há anos atrás, numa noite de insónia, resolvi escrever, no Goole, a palavra BAMBADINCA.
A partir daí nunca mais parei.

A leitura do Blogue do Luís e mais recentemente do Blogue da Tabanca de Matosinhos passaram a ser tarefa diária obrigatória.

Sucederam-se almoços e jantares, uns atrás dos outros, sempre com ex-camaradas que, como eu, permaneceram cerca de dois anos da nossa juventude na Guiné.

Tenho estado presente em inúmeros encontros a nível nacional ou regional sempre com o mesmo fim (contactar com camaradas comuns da Guiné).

Sou presença assídua nos almoços de 4ª feira em Matosinhos num convívio quase indispensável.

Colaboro em tudo o que posso ou me é pedido nos eventos ou acções promovidas pela Tabanca de Matosinhos.

Sou sócio da recém criada ONG com o número 39.

Tinha pensado, no regresso da Guiné previsto para 19 de Abril próximo, dar-vos notícias e fotos da experiência que antevejo emocionante que eu e os 16 camaradas que me vão acompanhar, vamos viver.

Mas a emoção que já sinto traiu-me. E assim resolvi hoje escrever-vos estas curtas palavras.

Quis fazer-vos sentir que, como disse, a emoção é já muita e aumenta a cada dia que passa.

Anseio pelo dia da partida, desta vez voluntária, para de novo ir sentir o cheiro e o calor daquela terra que me viu menino e moço.

Quero de novo pisar aquela terra vermelha, quero sentir a humidade da Guiné, quero provar de novo aquelas comidas, quero enfim abraçar aquela gente.

Tudo está já tratado: bilhete na mão, vacinas tomadas, visto de entrada. Sim, desta vez preciso de visto de entrada, apesar de ir como amigo.

Até comprei uma nova máquina para tirar “bonecos”.

Luís, vou mandar-te a factura da maquineta que me pagarás com a tua amizade.

Porque, como já disse, a “culpa” de tudo isto é tua.

Luís e demais camaradas, acreditem que levo para aquela gente o Abraço de todos vós.

Sei que vai ser bem recebido e retribuído.

Sei que todos vós gostaríeis de nos acompanhar.

Quem sabe um dia fretaremos um avião e levaremos à “nossa” Guiné a maior delegação que alguma vez lá se deslocou!

40 anos depois e parece que foi ontem!

Tenho, creio que todos temos ainda na memória bem vivos alguns dos momentos de então.

Dolorosos e bem diferentes daqueles que penso, estou certo, vou viver agora.

Adeus
Até ao meu regresso

Um abraço para todos do
Jaime
Ex-Alf Mil Cav
Bambadinca
1968/1970

Combinando pormenores para a grande viagem

Bilhete de avião Porto-Bissau
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 27 de Agosto de 2009 > Guiné 63/74 - P4868: Parabéns a você (22): Jaime Machado, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2046 (Os Editores)

Vd. último poste da série de 17 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6006: O 6º aniversário do nosso Blogue (9): O Blogue, o futuro, os nossos encontros, os dias em que não me sinto fora de prazo... (Juvenal Amado)

Guiné 63/74 - P6006: O 6º aniversário do nosso Blogue (9): O Blogue, o futuro, os nossos encontros, os dias em que não me sinto fora de prazo... (Juvenal Amado)

1. O nosso camarada Juvenal Amado* (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1972/74), brinda-nos com mais um dos seus admiráveis textos, desta feita alusivo ao aniversário do nosso Blogue.

Palavras simples de um homem sensível aos problemas do dia-a-dia da maioria dos portugueses cujos vencimentos, quando os têm, estão muito longe dos multimilionários ordenados e prémios dos gestores de empresas públicas que vivem à custa de todos nós, mesmo daqueles que quase já não têm ordenado.


O BLOGUE E O FUTURO

Nestes dias cinzentos e chuvosos pensamos no que fomos, no que somos e no que poderíamos ter sido.
A vida de cada um é um acto único, em que só alguns têm aquele quê especial, que os faz vir à boca de cena várias vezes.

Diz-se que os actores agradecem os aplausos do público. Por que razão se desvirtua esse momento, dizendo que os actores vieram diversas vezes agradecer ao público e não o contrário e legitimo? O público é que deve agradecer.

Assim somos nós todos, depois de tudo darmos, temos de agradecer que o nos é devido. Depois de uma vida inteira de trabalho produtivo em prol da sociedade, eis que nos encontramos de repente sós. Olhamos para as mãos, o que vamos fazer com elas?

Fomos pintores, torneiros, mecânicos, pedreiros… Durante uma vida  e agora não somos nada.
- O senhor tem que se apresentar 15 em 15 dias sob pena de lhe ser cortado o subsídio!!!

Por de trás da secretária a funcionária, com idade para ser nossa neta, revira os olhos e adverte:
- Isto não é para esquecer, pode vir antes mas nunca depois.

Somos culpados de não termos trabalho, é esse o nosso crime. Parece prisão domiciliária, onde nos apresentamos no posto da guarda, para saberem que não fugimos. Fugir,  para onde? De nós próprios, pois os outros já não nos vêm.
- Não pode ultrapassar o prazo. Se ultrapassar o prazo perde o subsídio!!!

 E depois, sim,  e depois vamos comer o quê?

À dor de já estar fora de prazo, junta-se o estigma de peça obsoleta, que tira a senha e espera que o mostrador pisque o seu número, para assim ser atendido por um técnico de desemprego que nunca esteve desempregado.

Lentamente engrossamos um cortejo onde se perde o respeito dos outros e,  posteriormente, vamos perdendo o respeito por nós próprios.

Ainda enchemos o peito de ar, perfilamo-nos em memória das nossas vivências. Mas,  camaradas,  quando estamos juntos, ainda somos gente.
O Passos soube de mim pelo blogue e o ex-Cabo Enfermeiro Catroga,  que vive na Suíça, também viu a sua foto lá, juntamente com o Médico, o Correia, o Furriel Graça e o Russo.

Fazemos desses momentos autênticas transfusões de vida. Voltamos a ser jovens. No fim, custa voltar à realidade. É como estivessemos num local onde tudo é equilibrado e perfeito.

Porque ansiamos por esses momentos? Porque já estamos ansiosos pelo aniversário do nosso Blogue?

O camarada José Belo disse-me que na Suécia se faria a terapia de grupo numa enorme sala branca, com cadeiras brancas, dispostas em U, nós todos de branco, falaríamos de nós e o terapeuta tiraria notas num caderno branco. Também ali estávamos a fazer terapia, mas de forma em que não necessitávamos de descer ao fundo de nosso ser, expondo as nossas entranhas retorcidas, vomitando o pó, sede, suor e sangue derramado, no chão daquela sala branca.

Descomplexados, sentados a uma mesa onde saboreámos o passado e a amizade, que esteve sempre ali, só que não a tínhamos encontrado.

Será assim que iremos festejar o aniversário do nosso blogue, pois ele devolve-nos o nosso orgulho e autoestima, com o maravilhoso trabalho de todos, mas em especial do Luís e dos nossos queridos editores. Nesses dias não me sinto fora de prazo.

Um abraço e até a Ortigosa
Juvenal Amado


Obs - Seguem-se algumas fotos,  de Juvenal Amado,  do Encontro da Tabanca do Centro, ocorrido no dia 26 de Fevereiro de 2010, em Monte Real. As legendas são da responsabilidade do Editor (que não esteve presente).

No sentido dos ponteiros do relógio: Luís Graça, Mexia Alves, Hélder Sousa, José Belo (vindo expressamente da Suécia) e Teresa (Marques Santos)

Nesta foto pontua o Cor Ref Coutinho e Lima e a esposa, Isabel, retardatários. De pé, ao fundo, da esquerda para a direita, José Eduardo Oliveira (JERO), Alice Carneiro e o ex-Cap Mil Vasco da Gama com uma camisola da nique...

Teresa, Luís e metade do 'strelado' Miguel Pessoa. Ao fundo brilha a estrela do  JERO...


Nesta foto, o Luís e o Miguel (desta vez completo e a seu lado, como sempre, a Giselda) conversam com o Jorge Narciso (ex-Melec da BA12, portanto  também da FAP).

__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 9 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5955: Estórias do Juvenal Amado (25): O Sertã e os companheiros da tenda de campanha

Vd. último poste da série de 27 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5893: O 6º aniversário do nosso Blogue (8): Como é que se consegue pôr centenas de ex-combatentes a falar? (Manuel Marinho)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5893: O 6º aniversário do nosso Blogue (8): Como é que se consegue pôr centenas de ex-combatentes a falar? (Manuel Marinho)

1. Mensagem de Manuel Marinho (ex-1.º Cabo da 1.ª CCAÇ/BCAÇ 4512, Nema/Farim e Binta, 1972/74), com data de 23 de Fevereiro de 2010:

Caro Amigo Vinhal.
Envio este modesto contributo para festejar o blogue.


6.º ANIVERSÁRIO DO BLOGUE

Ao fundador Luís Graça.
Aos Editores Carlos Vinhal, Eduardo Magalhães, Virgílio Briote.

Porque é que este blogue atingiu o alto patamar de prestígio que hoje está à vista, e é por todos reconhecido?

Como é que se consegue esta proeza de pôr centenas de ex-combatentes a falar uns com os outros, de coisas que só eles compreendem?

A identidade comum, o espaço verdadeiramente único de ser centrado em, e para os ex-combatentes da Guerra Colonial da Guiné, que com as suas vivências, de formas distintas, em sítios diferentes, mas com um sentimento que amplia a noção de camaradas e amigos.

Foi esta a forma encontrada em boa hora pelo Luís Graça, que ganhou espaço, adquiriu a confiança dos ex-combatentes da Guiné para que estes fizessem o esforço de voltarem lá onde a memória já tinha bloqueado esses anos das coisas de que não queriam falar.

Este blogue coloca a nossa voz por intermédio dos escritos, ao serviço da História que um dia se há-de fazer, ao narrar de formas múltiplas a guerra que uma geração sacrificada, teve de fazer, mas que honrou os seus compromissos históricos.

Falamos todos a mesma linguagem, embora em tons desiguais porque as estórias que vão sendo vertidas para o blogue foram vividas por nós em situações diferentes, mas facilmente compreendidas, porque nos são familiares.

O nosso mutismo finalmente pôde ser desbloqueado pelo efeito deste blogue, aliviamos o espírito, deixamos os fantasmas soltarem-se, elevamos a nossa estima ao relatarmos o que estaria porventura soterrado para sempre na memória, não fosse o blogue.

Para mim foi uma descoberta a todos os títulos notável, conheço dezenas de camaradas apenas pelo computador, mas é tão natural esta empatia, que parece que nos conhecemos desde sempre.

Por outro lado fiquei com o vício de todos os dias ter de ler o blogue.

Depois por todos aqueles que não podendo por razões várias, dar os seus testemunhos ao blogue, sentem que este espaço também lhes pertence, por se sentirem por ele representados, através dos escritos dos Tertulianos e amigos do blogue.

Pela homenagem que presta aos nossos camaradas mortos, e aos que ficaram para sempre com mazelas físicas e psíquicas, o blogue fica engrandecido de forma nobre, que só nos pode deixar orgulhosos.

O bem-haja ao fundador Luís Graça e aos editores Carlos Vinhal, Eduardo Magalhães e Virgínio Briote, o magnífico trabalho em prol dos que como eles, um dia lutaram por este País, cumpriram o seu dever, nada pediram em troca, e foram sempre ignorados e maltratados pelos sucessivos (des)governos deste País, também por isso este blogue é extremamente importante, ao tornar incómodos os silêncios instalados.

Finalmente a todos os Tertulianos que com os seus escritos enriquecem diariamente o blogue de uma forma extraordinária, o meu grande abraço, para todos vós.

Manuel Marinho
__________

(*) Vd. poste de 13 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5810: (Ex) citações (53): Os maus exemplos de um 1.º Sargento (Manuel Marinho)

Vd. último poste da série de 21 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5860: O 6º aniversário do nosso Blogue (7): Sempre em frente (José Eduardo Reis de Oliveira – JERO -, ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 675)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5860: O 6º aniversário do nosso Blogue (7): Sempre em frente (José Eduardo Reis de Oliveira – JERO -, ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 675)


1. O nosso Camarada José Eduardo Reis de Oliveira (JERO), foi Fur Mil Enf da CCAÇ 675 (Binta, 1964/66) e enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 21 de Fevereiro de 2010:

Camaradas,

Com alguma solenidade aqui estou eu a enviar um texto, com o título "Sempre em frente", com que pretendo homenagear os Editor do blogue "Luís Graça e Camaradas da Guiné", co-Editores, e demais Camaradas que têm colaborado com as suas mensagens, para o crescimento do blogue que tanto mudou a minha vida, desde que nele "entrei".

Com o simbolismo do texto, que também tem muita leitura nas entrelinhas, pretendo homenagear todos aqueles que, ao longo de seis anos, têm conseguido manter cada vez mais viva a memória e respeito que são devidos aos ex-combatentes.

Bem hajam por isso.
Guardámos até hoje – quarenta e tal anos passados -o nº.2 do jornal “Sempre em Frente” de 5 de Agosto de 1965,“Órgão das Sete Ninfas do Cacheu”, propriedade do «490 & Companhias».
“SEMPRE EM FRENTE”

(ORGÃO DAS SETE NINFAS DO CACHEU)

Numa fase em que tanto se fala das pressões a que a Imprensa e os jornalistas dos nossos dias estão sujeitos pelos órgãos do Poder recordamos um jornal d’outros tempos, de que foi proprietário o “490 & Companhias” (1).
Recuando no tempo...

Tinha como Director «O Constante», Editor «O Constâncio» e Redactor «O Constantino»!!!

Em artigo da Direcção, titulado “Razão de Ser”, reportava-se ao número anterior – o número 1 – e reafirmava-se – jogando com as palavras - que... «Sempre em Frente» não é um papel impresso, mas uma ideia que se expressa... que vive dentro de nós, e se comunica aos outros, não para propagandear e sugestionar, mas para estabelecer amplo convívio, pela comunicação de sentimentos que mereçam ser convividos».

Antes disso esclarecia o Editor que… «SEMPRE EM FRENTE nasceu com um ideal e os ideais são sempre superiores à opinião. Esta costuma precisamente impor-se, governar e escravizar os que não têm nenhum ideal».

À distância no tempo interrogamo-nos porque não temos o nº. 1 do “SEMPRE EM FRENTE”…

Talvez dificuldades de “distribuição” não o tenham feito chegar a Binta (e à CCaç.675), que se situava a 20 Kms. de Farim, onde era “impresso” o “Órgão das Sete Ninfas do Cacheu”, propriedade do «490 & Companhias».Recordamos – só para situar quem hoje nos leia – que a C.Caç.675 foi uma Companhia Independente que, de Junho de 1964 a Abril de 1965 , esteve subordinada ao B.Cav. 490, comandado pelo mítico Ten. Coronel Fernando Cavaleiro.

Neste número 2, a que nos temos vindo a referir, haviam dois artigos –“Tabanca Nova”, da responsabilidade de “Ardina Camuflado” e “O Cais que Não Caiu”, de “Turista do Cacheu” – que confirmam a mensagem do Editorial“... a obra de reconstrução... e os que conseguiram sair do ódio e do rancor que a guerra carrega, para que à guerra suceda à paz, como à tempestade se segue a bonança... que restitui a ordem... e os valores que dão sentido à vida.»

Ora estes artigos tinham a ver com a “minha” Companhia 675 , comandada pelo “meu” Capitão Tomé Pinto.

Julgamos que terá sido por isso que guardámos esta “relíquia” jornalística (que conta hoje quarenta e tal anos) e que nesta data, como reconhecimento e “prenda” do 6º.aniversário do nosso blogue ofereço aos seus Editores para os arquivos do nosso “Luís Graça e Camaradas da Guiné”´.
E chega o momento de desvendar quem era o Director «Constante», o Editor «Constâncio» e o Redactor «Constantino».

Foi o lendário Capelão Padre Monteiro da Gama que, atrevemo-nos a dizer, foi um dos grandes homens do seu tempo na Guiné.

Neste momento tão especial do nosso blogue aqui fica também a nossa humilde homenagem à sua memória.

Num tempo em que tanto se fala dos problemas da Imprensa e dos jornalistas e da promiscuidade e jogos interesses que “moram” junto do Poder sabe-nos bem recordar pessoas como o Padre Gama!
Nota (1): Reprodução parcial da capa da revista “Sempre em Frente”, nº. 2, edição do (Batalhão) 490 & Companhias. Revista do arquivo pessoal do autor, 05.08.1965.

Um abraço,
JERO
Fur Mil Enf da CCAÇ 675
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Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:

21 de Fevereiro de 2010 >
Guiné 63/74 - P5856: O 6º aniversário do nosso Blogue (6): Seis (6) anos em prol da História de Portugal e da Guiné-Bissau (Mário Fitas)

Guiné 63/74 - P5856: O 6º aniversário do nosso Blogue (6): Seis (6) anos em prol da História de Portugal e da Guiné-Bissau (Mário Fitas)

1. O nosso camarada Mário Fitas, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 763, Os Lassas, Cufar, 1965/66, enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 20 de Fevereiro de 2010:


Seis (6) anos em prol da História de Portugal e da Guiné-Bissau



Caros Camaradas desta Grande Família, atabancados nesta maravilhosa aventura, de deixar escrito na primeira pessoa, com as suas próprias mãos, a verdadeira história do comportamento do Soldado Português na Guerra da Guiné.

Acabei de falar com um desses grandes soldados, Homem precisamente com H muito grande, e se encontra fazendo a sua última batalha.

Não estou portanto preparado para grandes escritos. No entanto, não quero passar sem deixar uma palavra de gratidão, para o Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Brito e Eduardo Magalhães Ribeiro pelo trabalho extraordinário que têm feito em prol do conhecimento da verdadeira vida, dos jovens Portugueses que participaram na dura experiência da Guerra em terras dessa maravilhosa Guiné.

Desculpem-me todos os camaradas tertulianos, em apenas citar o fundador e seus co-editores, mas ficai com a certeza que todos estão em igualdade no meu coração.

Magra a minha contribuição que ao Blogue tenho dado. Espero ainda vir a dar mais daquilo que me é possível contribuir para a nossa História.

A todos aqueles, que por comentários ou escritos, fui inconveniente. Aqui ficam as minhas desculpas e pedido de perdão.

De Florbela Espanca, grande poeta da minha querida Planície, a forma como termina o meu “Putos, Gandulos e Guerra”.

“Almas de Vagabundos
Onde há charcos e lagos
Pântanos e lamas…
Onde se erguem chamas
Onde se agitam mundos,
E coisas a morrer…
E sonhos… e afagos…

Almas sem Pátria,
Almas sem rei,
Sem fé nem lei!
Almas de anjos caídos,
Almas que se escondem para gemer
Como leões feridos!”

Assim! Como tem acontecido, para todos:

Aquele fraterno abraço do tamanho do Cumbijã!
Mário Fitas
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 763
____________
Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5839: O 6º aniversário do nosso Blogue (5): A Tabanca Grande (Rogério Cardoso)

1. O nosso Camarada Rogério Cardoso, (ex-Fur Mil At Inf da CART 643/BART 645 “Águias Negras”, Bissorã, 1964/66), enviou-nos no dia 16 de Fevereiro de 2010, a seguinte mensagem:

O 6º ANIVERSÁRIO DA TABANCA GRANDE

Caros amigos e companheiros,

Na minha humilde homenagem ao 6º aniversário, afirmo que tenho a certeza que fomos a melhor geração do século XX. Que fique claro, que é esta a minha modesta opinião.

Foi a que mais sofreu, não valendo a pena enumerar os factos, pois todos nós sabemos o rol de contrariedades a que fomos sujeitos.

O que acabei de escrever está á vista com este "Movimento": Luís Graça &
Companheiros da Guiné.

São 1.500.000 visitas desde 3 de Abril de 2004, em 6 anos de crescimento contínuo, graças, principalmente, aos companheiros Luís Graça, Carlos Vinhal e a todos os outros elementos que têm colaborado na vida do blogue, que, na quase totalidade, ainda não conheço bem, visto só há 3 meses ter vindo a prestar a minha participação.

Espero em breve conhecer pessoalmente grande parte da rapaziada, que intervêm no blogue, o que acontecerá com certeza no próximo Encontro tertuliano.

Reafirmo que os ex-Combatentes são uma grande família, principalmente os da Guiné, que mais se fortaleceu graças ao evoluir do blogue e que os fez aproximar ainda mais com as suas histórias.

Histórias estas que não são irreais e todos nós sabemos que não, porque passámos por elas… pese embora uns mais que outros.

Aproveito esta oportunidade, para dar os parabéns a outro companheiro - o Jorge Félix -, pelo seu filme que está magnífico.

Bem Hajam Luís Graça, Carlos Vinhal e demais Companheiros Colaboradores bloguistas.

Do recém-tertuliano,
Rogério Cardoso
Fur Mil At Inf da CART 643/BART 645

Emblema e guião de colecção: © Carlos Coutinho (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:

Guiné 63/74 - P5836: O 6º aniversário do nosso Blogue (4): O teu, nosso blogue (Mário Gualter Rodrigues Pinto)

1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos, em 17 de Fevereiro de 2010, a seguinte mensagem:

O 6º ANIVERSÁRIO DO TEU, NOSSO BLOGUE

Luís Graça, um dia já distante ao navegares de canoa nas águas calmas do atribulado e sinuoso Rio Geba, certamente nunca pensaste navegar neste “mar” imenso que, hoje, é a Net.

Digo eu, que em muito boa hora o fizeste, porque ao colocares esta tua “canoa” neste “oceano” cibernético, conseguiste encontrar e recolher outros navegantes que, perdidos no horizonte memorial das “águas salgadas”, navegavam à deriva, desnorteados, procurando uma “bóia de salvação”, para o “despejo” das suas memórias da Guiné (boas e más).

Memórias que estavam mais que naufragadas, na profundeza dos pensamentos, velhas, mas marcantes e traumatizantes, enquanto procurávamos um abrigo de confiança, seguro e amigo, onde as pudéssemos resgatar e perpetuar, quer as dos feitos históricos, quer as das nossas mágoas, angústias, desabafos, factos, etc. Enfim, os nossos Testemunhos escritos, gravados, fotografados… reunindo património para herdarmos às gerações vindouras.

Criaste assim “um mar nunca antes navegado”, para a geração a que pertencemos (especificamente a dos ex-Combatentes), permitindo-nos, aqui, “velejar” neste espaço “caseiro” e comum que é a Tabanca Grande.

Outras tabancas vão surgindo nos “afluentes deste mesmo mar”, todas irmanadas dos mesmos sentimentos, a Amizade, a Camaradagem e a Confraternização, que iniciados nos já longínquos anos da guerra, se mantêm, e manterão, para todo o sempre.

Não só as alegrias, como as privações, a dor, o desgosto e o sofrimento, que nas nossas memórias se foram alojando, ao longo das nossas mais ou menos longas comissões militares, nos nossos físicos e psiques, temos vindo a “descarregar” neste espaço que criaste, e que além do formidável inter-relacionamento entre pessoal de todas as especialidades e tipos de unidades militares, é ponto de encontro para centenas de camaradas seguirem e comentarem as diversas publicações.

Timoneiro desta “nau”, com “marinheiros” como o C. Vinhal, V. Briote e M. Ribeiro, sabemos que conseguirás levar a bom porto este “navio” (espólio das nossas consciências), carregado de passageiros, que são portadores ainda de muitas descrições vividas pessoalmente, e que continuarão a enriquecer e fortalecer, para todos os efeitos e causas, este nosso “porão” de uma das fases históricas de Portugal.

Está aqui aberta, em boa hora, a caixa de pandora que muito contribuirá, estou certo, para a constituição final da catarse que originou o misterioso fim da Guerra do Ultramar e dos últimos Soldados do Império, como alguém um dia nos designou.

Um dia haverá, pelo menos um historiador curioso qualquer, que há-de abri-la e contar á sua maneira, e a seu bel-prazer, a história deste período, se calhar, infelizmente, quando nenhum de nós cá estiver para contestar o que quer que seja.

Tenhamos a esperança, que este teu, nosso blogue, seja a Luz, o Testemunho Descritivo, legado por nós, os que teimamos e fazemos disso ponto de honra, como um sério e honroso contributo da nossa geração, para que não se percam, nem permitam a deturpação, da veracidade dos factos e acontecimentos que vimos, e vivemos, como mais ninguém os viu.

Um abraço,
Mário Pinto
Fur Mil At Art da CART 2519
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Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5819: O 6º aniversário do nosso Blogue (3): No início de Maio de 2006, tínhamos 100 tertulianos, 735 postes publicados e 3 mil páginas visitadas por mês (Luís Graça)


Ao fim de 735 postes (usávamos então uma numeração romana...), no início de Maio de 2006, o nosso blogue , I Série, tinha cerca de 100 membros, registados, e uma média de 3 mil páginas visitadas por mês... (No final de Maio de 2006, atingiríamos um total de 26500).

Hoje estamos nos 400 amigos e camaradas da Guiné, já publicámos mais de 5800 postes e estamos prestes a atinjir o milhão e meio de páginas visitadas...

São são uns pequenos elementos para a petite histoire do nosso blogue, cujo primeiro poste remonta a 23 de Abril de 2004 (*)... Daqui de Braga, com um chicoração para todos/as... LG

_________________

Reprodução do poste de 23 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXXXII: Entrevista a Fernando Pereira, correspondente do Expresso, sobre o Projecto Guileje

(i) Mensagem de Fernando Pereira, correspondente do semanário 'Expresso' na Guiné-Bissau:


Caro senhor: Sou Fernando Pereira, jornalista guineense, correspondente do semanário Expresso na Guiné. Estou a preparar um artigo sobre o projecto Guiledje, da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento. Nesse âmbito, queria saber o seguinte: (i) Que tipo de apoio o senhor e os participantes do blogue-fora-nada pensam atribuir ao projecto ? (ii) O que os atrai nesta iniciativa ? (iii) Já agora, quantas pessoas participam no fórum do vosso blogue ? (iv) Acha que a reconstituição do quartel de Guiledje e o lançamento de um turismo ecológico poderiam atrair visitas portuguesas a essas paragens ?

Se for possivel, agradecia uma resposta, o mais urgente possivel, a estas questões.
Cordialmente
FPereira

(ii) Respondi-lhe na volta do correio. O jornalista foi simpático, agradecendo-me de imediato "a atenção, assim como as interessantes evocações e opiniões".

P - Tipo de apoio que o senhor e os participantes do Blogue-fora-nada pensam atribuir ao projecto ?

Em cerca de 735 posts (ou textos) publicados no blogue, no espaço de um ano, uns 10% foram dedicados ou fazem referência a Guileje (ou Guiledje, segundo a grafia da Guiné-Bissau).


Guileje, o aquartelamento de Guileje, o corredor da morte de Guileje, a Mata do Cantanhez, mas também Madina do Boé, Gandembel e Gandamael, entre outros locais no sul, têm ainda hoje, passados mais de trinta anos sobre o fim da guerra colonial, uma enorme carga mítica, simbólica e afectiva para os ex-combatentes portugueses na Guiné...


A retirada de Madina do Boé saldou-se por um trágico acidente que vitimou quase meia centena de camaradas nossos; mas Guileje é considerado o único aquartelamento da Guiné que fomos compelidos a abandonar por razões militares e psicológicas: a pressão da guerrilha do PAIGC era de tal ordem que a situação se tornou insustentável...


Tanto para as tropas portugueses como para o PAIGC é um momento, se não de viragem (militar), pelo menos carregado de simbolismo...


Eu estive destacado, na zona leste, em Bambadinca, numa companhia africana, a CCAÇ 12, de Junho de 1969 a Fevereiro de 1971. Não conheci Guileje nem Gandambel. Mas no meu tempo contavam-se muitas estórias (falsas ou verdadeiras) sobre a degradação da situação militar no sul, e em especial em Guileje, Gadamael, Gandembel. Por exemplo, era extremamente popular a letra do Hino de Gandembel. Cantarolávamos, para espantar os nossos medos, exorcizar os nossos fantasmas e denunciar o absurdo daquela guerra a que estava condenada toda a juventude de um país, as quadras do Hino de Gandembel:


Gandembel das morteiradas,
Dos abrigos de madeira
Onde nós, pobres soldados,
Imitamos a toupeira.

(...) Temos por v'zinhos Balana ,
Do outro lado o Guileje,
E ao som das canhoadas
Só a Gê-Três te protege
(...)


Numa primeira fase, apoiamos o projecto Guileje, da AD - Acção para o Desenvolvimento, dando-o a conhecer, divulgando-o na Internet, recolhendo documentação sobre a presença militar portuguesa em Guileje (incluindo testemunhos de militares que por lá passaram)...

P - O que os atrai nesta iniciativa ?

Citando o líder da AD e autor da ideia, Pepito, o projecto Guiledje representa o triunfo da vida sobre a morte, da paz sobre a guerra, da memória colectiva sobre o esquecimento e o branqueamento da história...


É importantíssimo que a Guiné-Bissau recolha e preserve os testemunhos dos guerrilheiros do PAIG que lutaram pela independência, e que pertencem a uma geração que está a desaparecer... É importante igualmente ouvir o depoimento dos ex-combatentes e das autoridades militares portuguesas...

P - Quantas pessoas participam no forum do vosso blogue ?

Temos já uma lista de cem membros com endereços por e-mail...Por outro lado, o nosso blogue tem uma média de 3 mil visitas por mês... Há um crescente número de pessoas que o visitam, dentro e fora do país...

P - Acha que a reconstituição do quartel de Guiledje e o lançamento de um turismo ecológico poderiam atrair visitas portuguesas a essas paragens ?

Há uma crescente interesse pela Guiné-Bissau, por parte de uma geração como a minha que fez a guerra colonial e que hoje tem disponibilidade, vontade e poder de compra para ir à Guiné, juntar o útil ao agradável: fazer a sua romagem de saudade, exorcizar os seus fantasmas, visitar os lugares e as gentes que estão na sua memória, reconciliar-se com o passado, evocar os seus mortos, fazer o luto, conhecer o país de hoje, contribuir também para o seu desenvolvimento através de projectos integrados e inovadores como me parece ser este, liderado pelo Pepito e a AD...

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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes desta série:

14 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5815: O 6.º aniversário do nosso Blogue (2): Homenagem ao Fundador Luís Graça e a toda a tertúlia (Joaquim Mexia Alves)

13 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5807: O 6.º aniversário do nosso Blogue (1): Homenagem ao Fundador Luís Graça e a toda a tertúlia (Jorge Félix / Carlos Vinhal)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5815: O 6.º aniversário do nosso Blogue (2): Homenagem ao Fundador Luís Graça e a toda a tertúlia (Joaquim Mexia Alves)


1. O nosso Camarada Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da CART 3492 (Xitole/Ponte dos Fulas), Pel Caç Nat 52 (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73, enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 13 de Fevereiro de 2010:

Sábado à tarde!

Feliz, (pois então, sou vivo), estou em casa a gozar um pouco de quietude e paz de espírito.

Sente-se a família!

A mulher está a descansar um pouco, (coitada trabalha que nem uma moura para manter esta casa nos padrões que exige de si própria), os filhos mais novos, (que os mais velhos já têm casa própria e um até já me deu dois netos), utilizam o “brinquedo” dos tempos modernos, o computador, e vão dando largas á imaginação, imaginado-se “rambos” em jogos de guerra, lutadores numa arena imaginada pelos EUA, ou muito simplesmente falando e namoriscando à distância de uns “bites”, (dir-se-á assim?), absortos nos seus problemas que nem descortinam, mas vão ser grandes dentro de uns anos pelo jeito que a coisa vai.

E eu estou aqui também, neste computador que nos vai ocupando o tempo livre e às vezes até aquele que não é “livre”, mas que por força de uma “força” que não resistimos, nos leva a estar com “ele”.

Claro que havia eu de fazer, senão abrir o sítio da Guiné?

Deparo-me com a notícia, informação, de que a Tabanca Grande completará 6 anos no próximo dia 23 de Abril!

Fala-nos o Carlos Vinhal e o Jorge Félix da efeméride e aproveitam para muito justamente elogiarem o Luís Graça.

E eu junto-me a eles e faço o mesmo, ou seja, agradeço ao Luís Graça e agradeço o Luís Graça, por nos ter dado este espaço onde falamos com o coração nas mãos, a arma em riste, (mas como se estivesse em bandoleira), onde nos vamos libertando do “império dos tempos” e da “lei da morte”, e vamos tentando encontrar a vida, nas “mortes” que já vivemos.

É que, meus camarigos, calculo o que muitos de vós sofreram, porque eu, graças a Deus, sofri tão pouco!

E se o que eu sofri foi tão pouco, e mesmo assim doeu tanto, calculo meus camarigos o que ainda vos dói agora, porque ainda sinto dor!

E esta Tabanca Grande, que o Luís Graça construiu, com os adobes das memórias, com os “cibos” das dores sofridas, com os “bidons” de sangues derramados e sofridos, com os tectos de lembranças finalmente libertas, com os alicerces do dever cumprido e comprido, com as portas abertas a cada pensamento e vivência por mais diferentes que sejam, é a prova mais provada que hoje é dia de festa, de beber um copo ou dois, (coisa que eu já fiz), para dizer ao Luís, que lhe agradecemos o espaço, mas mais do que isso o convívio que nos liberta e ajuda, a conhecermos o que já fomos, aquilo que ainda somos, para que possamos ser, (mau grado alguns de agora o não quererem), os homens que então disseram: Talvez nem saiba bem porquê, mas estou aqui, com dúvidas ou com certezas, mas dando-me inteiramente por aqueles que comigo estão! Para que apesar de tudo, os nosso filhos e netos, saibam bem quem nós fomos e aquilo que ainda somos, e que não nos envergonhamos daquilo que então fizemos!

Para afirmarmos também, que se nós não nos envergonhamos, deixamos essa vergonha, ao Estado que deixa sem dignidade, aqueles que por ele lutaram.

Mas, meus caros camarigos, o meu coração é grande e nele cabem todos vós, por isso para além do Luís Graça, permitam-me que nele arranje um espaço, muito particular e dedicado, àqueles que todos os dias, me suportam, vos suportam, com escritos e mais escritos, que todos e cada um, querem ver dados á estampa no momento em que os escrevemos, porque é esse momento que importa!

Por isso, no copo que já bebi, e naquele que vou beber, junto ao Luís Graça a quem brindo, o Carlos Vinhal, o Virgínio Briote e o Eduardo Magalhães Ribeiro, porque todos são “culpados” da paz que agora vivo com a guerra da Guiné.

E junto-vos a todos vós, camarigos do meu peito, que juntos fizemos história, que agora vamos escrevendo, em cada dia, em cada hora.

Monte Real > Ortiga> Convívio da Tabanca Grande de 2009

Um abraço muito forte e camarigo para todos,
Joaquim Mexia Alves
Alf Mil Op Esp/RANGER da CART 3492

Fotos: © Casimiro Carvalho (2010). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em: