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sábado, 16 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23433: In Memoriam (439): Morreu o ex-alf mil Pina Cabral (de seu nome completo, Mário Daniel de Pina Cabral Silva), comandante do 4º Gr Comb, CART 2479 / CART 11 (Contuboel e Nova Lamego, 1969/70) (Valdemar Queiroz)


Nazaré > 26 de maio de 2018 > 28º Convívio  da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) >  O último adeus do Pina Cabral, ex-alf mil da CART 2479. Esteve connosco em Contuboel e Nova Lamego, já não foi para Paúnca, sendo evacuado para Bissau, por motivo de doença.

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2022).. Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Lourinhã > Vimeiro > 25º Convívio da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego, Piche, 1969/70) > 30 de maio de 2015 > Da direita para a esquerda, o Pinheiro e o Pina Cabral. 

Segundo informação do Abílio Duarte, ex-fir mil, o Pina Cabral foi o comandante do Umaru Baldé, durante a instrução no CIMC - Centro de Instrução Militar de Contuboel. O Umaru escreveu-lhe diversas cartas. E foi com uma carta de recomendação do Pina Cabral que ele conseguiu chegar a  Portugal em 15/4/1999, para aqui morrer meia dúzia de anos depois. (*)

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz & Renato Monteiro (2015). Todos os direitos rservados (Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > A referir nesta foto o 4º. Pelotão, com o ex-alf mil Pina Cabral sentado, mais o Valdemar Queiroz; à esquerda o ex-1º cabo Altino, mais o Manuel Macias, o Abílio Duarte Pinto, o Aurélio e a ainda o ex-fur mil trms Silva.

Foto (e legenda): © Abílio Duarte (2014). Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Bissau > Brá > 26 de fevereiro de 1969 > Desfile da CART 2479, com o alf mil Pina Cabral à frente.

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2022).. Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Nova Lamego > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > 4º Gr Comb >  Junho de 1970 > Ao centro, na primeira fila, de pé, o alf mil Pina Cabral, de camuflado e cachimbo, à sua esquerda o fur mil  Valdemar Queiroz. A foto é da máquina do Pina Cabral. (**)

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70]

Data - 15 jul 2022, 17:29
Assunto - Morreu o ex-alf mil  Pina Cabral

Luís Graça, é uma chatice.
 
Morreu mais um camarada da guerra na Guiné, o meu 'Alfero Pina' (Foto à direita, em Brá, 26/2/1969). (***)

O Mário Daniel de Pina Cabral Silva, julgo que natural de Vila Nova de Gaia, foi o alferes miliciano comandante do meu Pelotão.
- Queiroz estamos lixados, agora é que chegámos à Guiné - , disse-me ele quando chegou, junto do navio "Timor", uma pequena lancha com os pilotos de barra muito pretos.

Creio que a partir desse momento nosso 'Alfero Pina' começou logo a ficar doente e nunca mais teve melhoras.
 
O 'Alfero Pina', assim tratado pelos soldados fulas, ainda se foi aguentando com umas poucas saídas para o mato, mas eu ou o Macias fomos na maioria das operações os comandanstes. do 4º Pelotão. Ele veio evacuado para Bissau e já não foi connosco para Paunca.

O 'Alfero Pina' era a empatia em pessoa e o cúmulo do miliciano em todo o seu procedimento no tempo que passámos na guerra da Guiné.
 
Costumávamos falar ao telefone e ultimamente telefonava da Casa de Saúde onde estava internado mas mal conseguia falar. Sempre nos demos muito bem, sem, antes, nunca nos termos conhecido.

Grande amante da fotografia, tinha um grande espólio (slides?) da Guiné e dos Encontros Anuais da Companhia.

A última vez que estivemos juntos foi no Encontro Anual da Companhia em 26 de maio de 2018, na Nazaré.

Por favor, um minuto de silêncio! Os meus sentimentos à sua filha e restante família. Havemos de nos encontrar.

Valdemar Queiroz
_____________

Notas do editor:

(*) 27 de setembro de  2016 > Guiné 63/74 - P16530: (In)citações (101): As outras cartas da guerra... Do Umaru Baldé, da CART 11 e CCAÇ 12, para o Valdemar Queiroz (Parte III): E a propósito...o Umaru Baldé e o Luís Cabral que eu conheci... Eventualmente por uma diferença de alguns anos não se encontraram, no "terminal da morte" que era então o Hospital do Barro, em Torres Vedras, a vítima (Umaru Baldé, c. 1963-2004) e o carrasco (Luís Cabral, 1931-2009) (Abílio Duarte, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70)

(**) Vd. poste de 29 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13666: Fotos à procura de... uma legenda (35): 4º pelotão, CART 11, junho de 1970, Nova Lamego... Uma grande e enigmática foto (Valdemar Queiroz)

(***) Último poste da série > 20 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23371: In Memoriam (438): Mário de Oliveira (1937-2022), ex-alf mil capelão, CCS/BCAÇ 1912 (Mansoa, 1967/68), repousa desde 26/2/2022 em campa rasa, a nº 72, do cemitério da Lixa, Felgueiras

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23422: Frase do dia (1): Faz hoje 55 anos que entrei para a tropa, em Santarém. Tinha 22 anos feitos, regressei com quase 26... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil at art, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)




Espinho > Silvade > Fevereiro de 1969 > Jantar de despedida antes da partida, a 18, para o TO da Guiné... Um grupo de sargentos e furriéis milicianos da CART 2479, futura CART 11, "Os Lacraus" (1969/70).

À esquerda, sentados: Canatário (armas pesadas), e Cândido Cunha; em pé Silva (transm.), Abílio Duarte e Pinto, atrás Macias e Pechincha (operações especiais); ao alto,  Sousa, ao centro 1º. Sarg Ferreira Jr. (já falecido), Renato Monteiro (1946-2021), Ferreira (vagomestre), Edmond (enfermeiro), Pais de Sousa (mecânico) e eu, sentado, à direita, Valdemar Queiroz (armado em finório) (nasceu em 30/3/1945; está assinalado com cercadura a amarelo). (*)

Para completar a classe de sargentos da CART 2479 (futura CART 11),  falta o 2º. sarg Almeida (o velho Lacrau) (já falecido), o fur mil Vera Cruz e o fur mil Aurélio Duarte  (também já falecido).

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz 2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Fez ontem 55 anos que entrei para a tropa. Eu e o Cândido Cunha entrámos da parte da tarde no Destacamento da EPC em Santarém.

Tinha 22 anos feitos e regressei da tropa com quase 26 anos. Por acaso já tinha emprego certo, as empresas eram obrigadas a manter no Quadro de Pessoal os trabalhadores a prestar serviço militar.

Mas, quantos milhares de jovens ficaram a "patinar" no início da sua vida profissional por terem de ir para a tropa e depois para a guerra?

País do caraças, que obrigava os jovens a ir para a tropa e para a guerra em vez de os utilizar no desenvolvimento do País.




Valdemar Queiroz [ex-fur mil at art, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)


___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de dezembro de  2021 > Guiné 61/74 - P22821: Fotos à procura de... uma legenda (158): Tão meninos que nós éramos!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

quarta-feira, 16 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23084: Passatempos de verão (28): Nova Lamego, CART 2479/CART 11 (1969/70), escola de cabos: duas fotos, sete diferenças (Valdemar Queiroz)


Foto nº 1 > Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Nova Lamego > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > Escola de cabos

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.] (*)


Foto nº 2 > "Escolarização nas imediações de um aquartelamento, Guiné-Bissau: um graduado do Exército português ensina Matemática, numa escola improvisada a africanos radicadis naquela colónia"

In: Renato Monteiro e Luís Farinha > "Guerra Colonial: Fotobiografia". Lisboa, Publicações Dom Quixote e Círculo de Leitores, 1990, pág 166.



1. O Valdemar Queiroz mandou-nos, na passada quinta feira, dia 10, estas duas fotos que são parecidas, tiradas no mesmo local, mas são de fotógrafos diferentes... Ou de álbuns diferentes... Ele foi capaz de identificar sete diferenças entre uma e outra...

Ele é um excelente observador, está sozinho em casa, gerindo com estoicismo e inteligência emocional uma doença crónica, tramada, como é a DCOP - Doença Crónica Obstrutiva Pulmonar. A família mais próxima, a do seu filho, está na Holanda. Só vem à rua em caso de extrema necessidade, para abastecer a despensa, por exemplo, ou ir às urgências hospitalares. Muito menos pode abrir as janelas em dias como estes em que o céu de Portugal está estranhamente alaranjado por causa da tempestade de areia que vem do deserto do Saara.

Vamos colaborar com ele neste "passatempo"... Vamos ajudá-lo também a amenizar a sua dura jornada diária. Ele já nos confessou que o nosso blogue é, para ele, uma companhia diária imprescindível. E está grato a quem, de vez em quando, se lembra dele e lhe telefona.

Ainda não é verão (há de chegar, no seu devido tempo, haja saúde e paz!), mas vamos publicá-lo na nossa série "Passatempos de verão" (**).

Criada em 22/7/2012, a série chamava-se originalmente "Passatempos de verão: Hoje quem faz de editor é o nosso leitor"... Continua a ativa e a fazer apelo à (cri)atividade do leitor. Curiosamente, foi lançada na véspera do "nosso querido mês de agosto", que já não sabemos o que é desde 2019. 

Na altura queríamos chegar, no final do mês de agosto, aos 4 (quatro) milhões de visualizações... e no final do ano  de 2012 aos 600 (seiscentos) grã-tabanqueiros (membros registados na Tabanca Grande). 

Neste momento (março de 2022)  já chegámos aos 13,4 milhões de visualizações e aos 858 membros da Tabanca Grande.

PASSATEMPO

"Bom Observador: Quais as sete diferenças entre as duas imagens?" (Foto nº 1 e foto nº 2)


Soluções num próximo poste.


Saúde da Boa,
Valdemar Queiroz

PS - Luís: quando publicares no blogue este meu Passatempo, se quiseres podes fazer referência à fotografia que aparece no livro "Guerra Colonial: Fotobiografia", mas essa foto [a nº 2] é do Cândido Cunha que a emprestou ao Renato Monteiro para o efeito.


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Notas do editor:

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Guiné 61/74 - P22648: Humor de caserna (42): "Então, Jau, o que é que aconteceu ao teu belo cabelo?" (pergunta a esposa do Capitão, na messe do Quartel de Baixo, Nova Lamego)..." Sinora, Jau cá sabe, mas agora tá manga de furido!" (respondeu o Arfan Jau, no seu melhor português tripeiro) (Valdemar Queiróz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, 1969/70)


Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Contuboel > CIM de Contuboel > 1969 > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > > O Valdemar Queiroz, com os recrutas Cherno Baldé , Sori (Jau ou Baldé) e Umaru Baldé (que, feita a recruta, irão depois para a CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12, a partir de 18 de junho de 1970). Estes mancebos aparentavam ter 16 ou menos anos de idade (!). Eram do recrutamento local e, originalmente, não falavam português.-

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A (des)propósito de se levar as nossas senhoras (, quem era casado, de papel passado...) para o "mato" (e nem todos os "resorts turísticos" do CTIG aceitavam senhoras, casadas, e muito menos grávidas), o Valdemar Queirós conta-nos esta história simplesmente deliciosa (*):

Sobre o Capitão  Miliciano Analido Aniceto Pinto,  da nossa CART 2479/ CART 11 (1969/70) ter a sua esposa a viver com ele, em Contuboel,  não tenho dúvidas nenhumas, eles viveram juntos em Nova Lamego. 

Já quanto ao estar grávida em Contuboel,  não tenho a certeza absoluta, mas de facto o que se passou com o soldado básico, tinha a sua lógica, digamos básica: "Prá mulher do capitão que está prenha,  houve evacuação para a metrópole,  e pra mim não, já vamos ver..." - disse ele antes de dar um tiro no pé.

É uma pérola rara o diálogo entre a esposa do capitão e o Arfan Jau,  soldado fula da nossa CART 11.

O Arfan Jau, do meu Pelotão, um dos recrutados em Contubel, era um mancebo corpulento e bom lutador, levou uma carecada por ser refilão com o alf mil Pina Cabral que o deixou desprestigiado para lutar. 

O Arfan veio duma pequena tabanca e não falava português nem sequer crioulo, mas lá foi aprendendo com os soldados metropolitanos algumas elementares palavras de português, na maioria palavras do léxio do Norte do país.

Em Nova Lamego, oficiais, sargentos e a esposa do capitão almoçávamos todos juntos na messe, numa bela varanda do edifício do nosso Quartel de Baixo. Certo dia, durante o almoço, apareceu o Arfan Jau para falar com o fur mil  Macias e educadamente tirou o quico, ficando de careca à mostra.

− Então,  Jau, o que é que aconteceu ao teu belo cabelo ? . perguntou a esposa do Capitão.
Sinora,  cá sabe, mas agora tá manga de furido  respondeu humildemente o Arfan,  com as mãos agarrando o quico.

Foi um silêncio geral por uns segundos e, a seguir,  uma explosão de gargalhadas.

− Manga do furido!  repetiu  o Arfan Jau (, o que será feito dele ?) ...

De facto, ele ainda não tinha aprendido bem a falar à moda do Porto. (**)

A esposa do Capitão, com problemas nas pernas devido aos mosquitos, ainda por lá ficou uns tempos, mas com as nossas constantes saídas em intervenção,  ela já nem foi connosco para Paúnca,  regressando à metrópole. 

2. Comentário de LG (*)

A nossa memória é altamente seletiva (e, por isso, traiçoeira...), não é sinóptica, é sequencial mas errante... Estive em Contuboel, de 2 de junho a 18 de julho de 1969, na altura do Valdemar (que já lá estava há 3 ou 4 meses), mas não me lembro do capitão dele nem da esposa, grávida... Lembro-me, isso sim,  do rio Geba, da praia fluvial, da rua principal de Contuboel, das malditas tendas de campanha onde destilávamos litros e litros de suor... Lembro-me das "mais belas tabancas da Guiné", mandingas, cheias de poilões e de "gente feliz sem lágrimas"... Falei no meu diário do "oásis de paz de Contuboel"... E quando a deixei, escrevi: "Capri, cést fini", as "férias", a "dolce vita",  acabaram...

E lembro-me, bem, de ouvir um tiro à noite, quando um desgraçado (creio que um soldado básico) se automutilou, dando um tiro no pé, só para ser evacuado para a metrópole. O Valdemar faz referência a esta cena, que a mim me marcou, mas não outras... Porquê? (***)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste d e20 de outubro de 2021 > Guiné 61/74 - P22646: "Diário de Guerra, de Cristóvão de Aguiar" (texto cedido pelo escritor ao José Martins para publicação no blogue) - Parte VIII: Contuboel , Fajonquito e Sonaco. Gravidez da Otília (Jan - ago 1966)

(**) Último poste da série > 14 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18318: Humor de caserna (41): Em dia de namorados: a história do Pequenitaites e outros camaradas avantajados... Ou quando os homens (e as mulheres...) não se medem aos palmos... (Virgílio Teixeira / Luis Graça)


(***) Vd. também poste de 24 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16633: (De)caras (49). O 'embarazo' das esposas... O campeão de luta fula, Arfan Jau, do 4º pelotão, respondendo à moda do Porto à senhora do capitão, intrigada com a carecada que ele havia apanhado: 'Senhora, Arfan Jau cá tem cabelo, manga de fodido'... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)


segunda-feira, 12 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22365: Estórias de Contuboel... ou "o mito do eterno retorno" (Renato Monteiro, 1946-2021)


Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Contuboel > CIM de Contuboel > 1969 > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > > O Valdemar Queiroz, com os recrutas Cherno Baldé , Sori (Jau oui Baldé) e Umaru Baldé (que, feita a recruta,  irão depois para a CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12, a partir de 18 de junho de 1970). Estes mancebos aparentavam ter 16 ou menos anos de idade (!). Eram do recrutamento local e, originalmente, não falavam português. (*)

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. É um texto de antologia, dos melhores que já aqui publicámos em 17 anos de existência do nosso blogue. O Renato Monteiro, em cinco pequenas "estórias de Contuboel", sintetiza magistralmente   esse sentimento absurdo, maior do que cada de nós, e que todos nós, "tugas", quadros e especialistas das companhias  da "nova força africana" do general Spínola experimentámos inicialmente, e que "tanto nos levava à rejeição daquele mundo como, no instante seguinte, ao desejo de nele nos confundirmos", parafraseando o autor.  

Quadros, milicianos, de um exército (mal) preparado para a guerra convencional (mas não de todo para a guerra de contra-guerrilha), sem um mínimo de informação e formação sobre aquele território e as suas gentes, fomos obrigado a dar recruta, instrução de especialidade e de aperfeiçoamento operacional a jovens camponeses, fulas, muçulmanos, do recrutamento local (, mas também de outras etnias, animistas), arrancados das suas tabancas, e que não falavam uma única palavra de português nem sabiam onde ficava Portugal... Deliciosas as "observações etnográficas" do autor e não menos saborosa a sua fina ironia... 

Porque o texto vale como um todo, voltamos aqui a reproduzi-lo, quinze anos depois,  mas agora agregando os cinco apontamentos, todos eles relacionados com a instrução de recruta dada pelos nossos camaradas da CART 2479, no Centro de Instrução Militar de Contuboel, com início  em 7 de março de 1969. 

O título "estórias de Contuboel" é da nossa iniciativa, é mais prosaico do que a filosófico e mitológica ideia do "eterno retorno", titulo original do autor.  É uma homenagem ao "homem da piroga". o Renato Monteiro (1946-2021),  que eu tive a felicidade de conhecer em Contuboel, no curto espaço de mês e meio em que estivemos juntos (junho/julho de 1969)... Perdi depois o seu rasto mas nunca o seu rosto...


ESTÓRIAS DE CONTUBOEL 

por Renato Monteiro (2006)


(I) RECEPÇÃO DOS INSTRUENDOS

São uma porrada deles. Para cima de centena e meia, perfilados na parada. Número excessivo mas justificável uma vez que, finda a instrução, serão repartidos por uma outra companhia, ainda na Lisboa (a CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12) (***), constituída tal como nós, apenas por quadros (graduados es especialistas) nmetropolitanos.

Vindos de Galomaro e de Gabu, que ainda não localizei no mapa; do Xime, de Bafatá e de Bambadinca por onde passamos sem que me ocorresse bater uma única chapa, e ainda das tabancas que povoam a região de Contuboel.

Mais fulas do que mandingas, perfilhando todos a crença em Alá, mas também o princípio que consagra para todo o sempre um Portugal daquém e além-mar,  uno e indivisível, coisa para mim demasiado estranha ao dar conta dos raros falantes da nossa língua e dos muitos que a entendem menos do que a Segunda, a minha lavadeira.

Acaso não houvesse entre eles um Carlos, fula, de Bafatá, único cristão e com nome português, excepcionalmente dotado na comunicação com as línguas nativas, incluindo o crioulo - o esperanto da Guiné - para transmitir-lhes as nossas ordens, recomendações e outras tretas, bem poderíamos enterrar as palavras no bolso até às calendas, ir pregar para o deserto ou aos peixinhos do António Vieira.

Sequer a ordem de marchar (acaso fossem capazes de tal acrobática proeza) a partir da parada até uma área arborizada próxima do aquartelamento, utilizada para futura aplicação dos exercícios militares, é compreendida pela generalidade dos nossos instruendos.

Coubesse o mar num concha cavada na areia que, por certo, seria igualmente possível olhar para estes homens e reconhecê-los como nossos compatrícios.

E coubesse em mim próprio este sentimento absurdo, maior do que eu, que tanto me leva à rejeição deste mundo como, no instante seguinte, ao desejo de nele me confundir.

Como se coexistissem em mim, duas entidades antagónicas numa só. Sem a santíssima trindade em que não acredito. E nunca, espero bem, vir a pirar dos cornos.


(II) SEGUNDO PELOTÃO

Divididos por quatro pelotões (de instrução), faço parte do segundo,  bem como o alferes Ilhéu, açoriano, ex-seminarista, os furriéis Paz de Alma, do Norte, o Bera, de Cabo Verde, por quem nutro uma antipatia correspondida e o nosso cabo, ainda sem alcunha, e a quem um dia destes hei-de perguntar donde é. 

Feita a contabilidade, o que temos? 53 Guineenses, 2 insulares, 3 europeus continentais. Ou cromaticamente falando: 53 negros, 4 caras pálidas e um que nem é uma coisa nem outra, e sim as duas. Mas adiante...

Sem o poliglota do Carlos, entretanto integrado noutro pelotão, lançamos mão ao Jaló que, apesar de menos apto para intérprete do que o primeiro, sempre vai desenrascando, em fula e em crioulo, a nossa pretendida comunicação com o grupo. Para levantarem os joelhos, c’um raio, se possível até ao queixo, darem meia volta volver, distinguir o que se toma por esquerda e por direita, manter o peito erguido e cheio de ar, por nada mexer quando em sentido, porra, sequer tossir; enfim, toda a panóplia de movimentos exigíveis numa formatura estacionada ou em marcha. 

Porque com má execução, há merda: 10, 20 ou mais flexões de bruços, mantendo a regular distância da barriga ao chão, quando não mesmo rastejar até aquela mangueira ou cajueiro ainda mais afastado. Punições tão sabidas de cor, por força da aprendizagem para a guerra levada a cabo nos quartéis, como os nomes dos rios aprendidos durante a instrução primária.

Por mim, e apesar de exigente quanto à execução dos exercícios, dispenso a aplicação de castigos sem crime, achando mil vezes preferível, nesta fase inicial de instrução, antes fomentar a troca com que todos crescem: umas lições básicas de português pelos depoimentos prestados, com o apoio do Jaló, sobre a experiência vivida na guerra por um bom número de recrutas que, havendo sido milícias, já se envolveram em confrontos. Com o fogo a doer fora da carreira de tiro, mas no cenário real da mata. Ou tão só os que foram alvo de flagelações dirigidas aos aldeamentos donde são originários.

E quem sabe se, deste modo, não evitaríamos mais facilmente confundir o Ali com o Guilage, estes com quaisquer outros já que, à excepção do Malagueta, excessivamente franzino, e do Turé, de desmedida altura e de voz apagada, todos se apresentam indistintos aos nossos olhos. Como se fossem cópias fisionómicas do mesmo padrão, cheirando desagradavelmente, à maior parte dos camaradas,  a catinga. Ou não fosse natural um cão tressuar a canino; um gato transpirar a felino; os cravos marcarem o ar com o seu perfume... Sem nunca perguntarmos a que cheiramos nós. Mais tarde ou mais cedo, hei-de sabê-lo...

(III) O PARAÍSO, OS RONCOS E OS ANJINHOS

É à sombra frondosa das mangueiras, durante as breves pausas das longas oito horas diárias de instrução,  que Jaló, crente em Alá, me fala do paraíso perfumado, com frutos perenemente maduros, sem maçãs proibidas, abundante comida para satisfazer o apetites dos mais insaciáveis, das alegrias sem medida e das submissas mulheres de deslumbrante beleza, escolhidas a dedo, todas virgens para eterno consolo dos homens, sejam novos ou velhos.

Desse jardim implantado no céu, supremo prémio destinado aos que cuidam cumprir zelosamente não apenas com as obrigações de rezar, jejuar pela ocasião do Ramadão, fazer uma peregrinação a Meca ao longo da vida, mas também aos que recusam as tentações condenáveis pelo Islão, de que Maomé é o profeta, como o consumo de carne de porco e as bebidas alcoólicas.

Interdições que não abrangem o tabaco aspirado por cachimbos que cabem numa mão fechada ou as nozes de cola, tão azedas quanto duríssimas, que revitalizam os músculos e o resto, quando necessário, debelando a fome e dando coragem tanto para combater as agruras da vida como para enfrentar os bandidos da mata.

Nem tão pouco obrigam à fidelidade exclusiva da mulher esposada que, Jaló, tem duas e diz andar a pensar dia e noite numa terceira que vive em Gabu.

Assim não perca os roncos de couro, pagos a bom preço: o que traz atado à cintura e outro no peito, suspenso pelo pescoço, que o protegem tanto da picada dos lacraus como do veneno injectado pelas cobras; dos ferrões cravados pelas abelhas e de todo o bicho selvagem que constitua uma ameaça; da acção nefasta provocada não apenas por encontros indesejáveis com pessoas que rogam pragas, mas também contra seres diabólicos, vazios de forma e capazes de, com um único sopro, transmitirem uma enfermidade incurável morrendo-se, tarde ou cedo, dela. Ou sobrevivendo-se apenas quando se trata de uma mudez, coisa rara, ou de uma cegueira como aconteceu ao filho mais novo do antigo Chefe da Tabanca de Contuboel quando, em criança, andou perdido durante sete dias na mata, nunca mais voltando a ver as cores com que se cobre o mundo.

Com a protecção dos roncos e ainda com a inseparável e benfazeja presença do anjinho do Bem que, encavalitado num ombro do Jaló, cuida ele, há-de levar a melhor em disputa com o seu comparsa, colado ao outro ombro, ímpio por natureza e sempre pronto a pregar as mais nefastas partidas ao seu portador. Vá para onde for, mesmo em sonhos, a dormir.


(IV) IDADES SEM LEMBRANÇA

Coisa pela qual não passam: a comemoração do dia do aniversário. Pois não parece haver um entre os africanos do meu pelotão que saiba a sua idade. E lê-se-lhes nos olhos a inutilidade desse conhecimento que, apesar de tudo, acaba por ser superado através de um palpite dado por nós. Mera suposição inspirada no vinco e na dimensão das rugas, na maior ou menor vivacidade do olhar, não sei bem, num feeling que sustenta a nossa avaliação.

E é assim que Cherno Camará passou a partir de hoje a contar 23 anos, idade que acabou por merecer divertida discórdia quando comparada ao tempo de vida atribuído ao Amaduri Camará, 21 anos, por alguns considerado mais velho do que o primeiro.

Mas fora de qualquer polémica foram as 18 Primaveras calculadas para Demba Baldé, o Malagueta, seguramente o recruta mais jovem da nossa troupe, filho de Ira Baldé, prestigiado chefe de uma das tabancas da região de Gabu Sare.

Quanto a mim, talvez não fosse menos sensato deixar-se estes homens, na sua maioria ainda mais novos do que nós, tão alheados da sua idade quanto as árvores que se desenvolvem sem contarem os anéis do tronco que marcam o tempo da sua existência.

Opinião igualmente partilhada por Ussumane Colubali, para o qual o que importa é nunca perder de vista de quem se é filho, irmão, neto, bisneto e pai; bem como o lugar onde se nasceu e o número de cabeças de gado e de mulheres que se possui, sendo seguro que a memória da data de nascimento não leva a viver mais, sequer a acertar-se com o dia da sua morte. Ao contrário da generalidade dos africanos, muito reservados, Ussumane não se coíbe de expressar os seus juízos mesmo sem ser chamado a fazê-lo.

Assim, diz não existir à face da terra nenhumas Forças Armadas capazes de tão grandes façanhas como as nossas, razão que o levou a oferecer-se para o exército, aproveitando ainda uma vantagem: a possibilidade de, assim, ganhar uns patacões, muito difíceis de obter por outro meio.

Proveito que o Demba Baldé de bom grado dispensaria. Que foi o pai, contra sua vontade, que o mandou servir a tropa. Quando melhor estaria junto da sua Comança Baldé, ainda mais nova do que ele, a fazer filhos, a comer bianda e a tratar do gado.

(V) BAJUDAS OU A IMITAÇÃO DO PARAÍSO CELESTIAL

Acordo com os latidos da Daisy, já recuperada da mazela na perna, incitando-me a sair da cama. Como a querer lembrar a combinação que fiz com o Canininhas e o Português Suave em pirarmo-nos hoje para o rio Geba que o Fórmula Um, o condutor, afirma ficar a quinze minutos de Unimog.

Acordo como um animal de sangue frio em período de hibernação e, caso não fosse a barba por fazer desde há três por se ter gripado a bomba de água e a desagradável sensação pegajosa no corpo, bem teria mandado o compromisso para as urtigas. Mas avancemos. Tomado o pequeno almoço à pressa, toca de trepar para a viatura, com os dois camaradas vociferando contra o meu atraso, "és sempre o mesmo", mais o Joshua. apanhado a atravessar cabisbaixo a parada e a Daisy, como prémio do seu empenho em combater a minha letargia.

Por uma estrada todo o terreno, cheia de covas abertas pelas correntes das chuvas e de sulcos dos rodados das viaturas, em menos tempo que o calculado pelo Fórmula Um, chegamos ao Geba: bem estreito quando comparado à sua dimensão em Bissau ou no ponto em que se cruza com o Corubal.

Mas bem mais largo quanto às vistas que dele se podem colher: aquele pequeno grupo de bajudas, ó Cesário, sem rendas ou ramalhetes rubros de papoilas, apenas cintadas por uma tanga fina, tudo o mais só nudez ali exposta à luz do sol, com natural indiferença aos nossos olhos e sem nada ficarem a dever em graciosidade às virgens do paraíso celestial descrito por Jaló.

Salpicadas de espuma, com a água a escorrer em fios ou em contas pelos ombros, o seios, o colo, quantas aguarelas não dariam? Tantas quantas ninfas ou sereias de outros tempos imaginadas em pedra ou tela.

Pena, para não dizer pequena e simulada raiva, é a Segunda, a quem ironicamente comecei a tratar por Benvinda, nem uma única vez tenha posto os olhos em mim, limitando-se apenas a cumprimentar-me aquando da entrega da roupa à porta da camarata, limpa, sem vincos e ainda quente do ferro, ao fim da tarde.

À hora em que, num breve instante, o dia escurece, as boieiras alinhadas como esquadrões de caça recolhem ao refúgio da mata e o poente se tinge de cores vivas e quentes. Como nunca me foi dado ver.


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Saltinho > Rio Corubal > Rápidos do Saltinho > 3 de Março de 2008 > Lavadeiras do Saltinho.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 25 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12773: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte III): Preparando a "nova força africana" de Spínola...

(**) Vd. postes de:



4 de Agosto de 2006 > Guiné 63/74 - P1026: Estórias de Contuboel (iv): Idades sem lembrança (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)

4 de Agosto de 2006 > Guiné 63/74 - P1027: Estórias de Contuboel (V): Bajudas ou a imitação do paraíso celestial (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)

(***)  Vd.postes de:


25 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6466: A minha CCAÇ 12 (2): De Santa Margarida a Contuboel, 5 mil quilómetros mais a sul (Luís Graça)

(...) Contuboel, far from the Vietnam

Nestas condições, a instrução de especialidade, como se deve imaginar, não foi nada famosa. Estávamos a milhares de quilómetros do nosso ponto de partida, o Campo Militar de Santa Margarida, onde, ainda me recordo, também brincámos às guerras, e fizemos os nosso roncos (no essencial, assalto aos acampamentos do IN a fingir, e pilhagem de tudo o que era bebível e comestível).

Em plena época das chuvas, ainda em fase de adaptação ao terrível clima da Guiné, hostil a qualquer tuga, em farda nº 3, espingarda automática G3 ao ombro e cartuchos de salva nos bolsos (à cautela, não fosse o diabo tecê-las, os graduados, metropolitanos, levavam alguns carregadores com bala real...)... Estão a imginar esta guerra-de-faz-se-conta ?

Era ainda a dolce vita da Guiné (como eu escreveria no meu diário), aqui e ali perturbada pelas histórias que a velhice nos contava, a nós periquitos, de Madina do Boé e de Guileje, "lá longe no sul" (sic) (...)

A 18 de Julho de 1969 , a futura CCAÇ 12 (que, por enquanto, ainda era a CCAÇ 2590) é dada como operacional. Atendendo à origem étnico-geográfica das suas praças, por sugestão do Com-Chefe, ficamos radicados em chão fula, às ordens do Batalhão de Caçadores 2852 (1968/70), com sede em Bambadinca...

A 21 de Julho, menos de dois meses depois da nossa chegada à Guiné, quando ainda nem sequer tinham sido distribuídos os camuflados à nossa tropa africana, temos a nossa primeira "saída para o mato" (sic) , seguida do nosso "baptismo de fogo"...

De facto, em Madina Xaquili, temos o nosso primeiro ferido grave, evacuado para Bissau; e a 28, mais dois feridos graves, numa ataque nocturno àquela aldeia fula que será definitivamente abandonada pela sua população e, mais tarde (em Outubro), pelas NT.

Para três dos nossos soldados africanos, a guerra havia acabado, mal começara: ficarão definitivamente inoperacionais e/ou incapacitados, não sem que um deles tenha de passar, primeiro, por outro inferno, o do Hospital Militar da Estrela, em Lisboa...

Pergunto-me, com amargura, 40 anos depois: o que será feito de vocês, valentes soldados ? Tu, Sori Jau (3º Gr Combate, evacuado para o HM 241); tu, Braima Bá (inoperacional) e tu, Udi Baldé (evacuado para Lisboa e retornado a casa com 35% de incapacidade física), ambos do 2º Gr Comb ? (...)


domingo, 11 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22363: O nosso blogue por descritores (4): "Renato Monteiro" (com cerca de 6 dezenas de referências)... Morreu o amigo e camarada, mas fica para a eternidade a saudade do "homem da piroga"


A sua paixão era a fotográfia. Que (re)descobriu sobretudo depois de regressar, em 1970, da Guiné. Aqui, tinha uma máquina e tirava uma ou outra "chapa"... Mas o seu álbum da Guiné  é pequeno. 
Publicou, entretanto,  vários álbuns de fotografia,  fez diversas exposições, alimentou muitos "sites" ou "blogues" de fotografia... Contei pelo menos uns vinte...

O último foi este:  https://monteirorenato7.wixsite.com/myfriend. Que é um hino de ternura e de humor, com o seu neto, Carlos Monteiro, a desempenhar o papel de vedeta principal...

A sua passagem pelo nosso blogue vai de 2006 até à atualidade.  Tem aqui cerca de 6 dezenas de referências. Escassas para um homem  multidimensional como ele, que deixou há dias, a contragosto, a Terra da Alegria, e que tanto talento e criatividade como sensibilidade e generosidade. 


Renato Monteiro (1946-2021) (*), "o homem da piroga", aqui na foto, com Luís Graça, no rio Geba, em Contuboel, em junho/julho 1969... Perdi-lhe o rasto mas não o rosto, durante 36 anos... Afinal,ele vivia a escassas centenas de metros da Escola Nacional de Saúde Pública, na Av Padre Cruz,  onde eu tive um gabinete de trabalho desde 1985...(agora ocupado por um antigo ministro de saúde),

Reencontrámo-nos, uma ou outra vez, telefonávamos com alguma regularidade (três ou quatro vezes por ano...), trouxe-o para o blogue (não sem alguma resistência...) mas perdi a oportunidade soberana de o levar à Lourinhã, para beber um copo,  a ele e à sua Guida, com o Mar do Cerro à nossa frente. A doença (DPOC) e a morte, no "annus horribilis" de 2021, trocou-nos as voltas... (Que raio de doença, a que o terá morto: DPOC... Leio no Manual MSD . Versão para profissionais de saúde"DPOC é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumo de cigarro. (...) O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigénio e antibióticos. Cerca de 50% dos pacientes com DPOC grave morrem em até 10 anos após o diagnóstico.")

Não sei dizer-lhe "Descansa em paz" (a fórmula ritual do noticiário necrológico), mas tão apenas "Até um dia qualquer, meu bom amigo e camarada, num encontro imediato do 3º grau, na nossa ou noutra galáxia"... 

Boa navegação, Monteiro,  e "não desistas, não desistas" de nos continuar a apanhar em flagrante, naquilo que temos de melhor, que é a nossa humanidade... e que tu tão bem retrataste, como homem e artista de múltiplos olhares e "fotografares" (, feliz títuo de um dos teus blogues): as gentes e as paisagens do Bairro da Graça (onde mora a minha netinha) ao Cabo Carvoeiro, da Trafaria a Cascais, da Quinta Grande a Vila Franca de Xira, do Algarve ao Alentejo, dos ciganos aos cabo-verdianos, dos pescadores do Tejo aos putos da rua, do pessoal das "barracas" aos operários da Lisnave, aos velhos, aos cidadãos anónimos, aos estrangeiros, afinal, "nós outros" (outro feliz título de outro dos teus blogues)... 

Deste rosto a muita gente sem rosto, sem voz, sem história, e mais mundo haveria para fotografar se não fora tão curta e ingrata a vida, em plena pandemia... Prometo continuar a falar contigo através da tua obra, as tuas fotos, as tuas legendas, os teus textos (que vou recuperar à tua Cave)... E vou arranjar coragem para falar, um dia destes, com a tua Guida, de quem me falavas sempre como tua (e)terna namorada. Não sei se eu telefonar para ti, ela me atende... Mas fica aqui o "recado" e o "cuidado"... meu, e de outros amigos e camaradas da Guiné,  meu querido  "lacrau", que choram por ti, pela tua perda irreparável.  LG


O nosso blogue por descritores  > Renato Monteiro"
(que tem cerca de 6 dezenas de referências


Inaugurámos em maio passado uma nova série, "O nosso blogue por descritores"... Com mais de 5 mil "descritores", de A a Z, torna-se difícil (se não impossível) aos nossos leitores fazer uma pesquisa exaustiva de um determinado tema ou assunto no nosso blogue que já tem 17 anos de existência e mais de 22 mil e trezentos postes. (**)

O descritor "Renato Monteiro” tem 6 dezenas de referências. Nesta listagem , além de uma mini-imagem, cada poste é refenciado por:

(i) data;
(ii) número de ordem (cronológica) (do mais recente ao mais antigo);
(iii) série em que vem inserido;
(iv) título (e subtítulo);
(v) autor(es) (dentro de parênteses, no final) (não aparecendo este campo, o poste é, por defeito, da autoria de um ou mais editores do blogue)

A listagem só não traz o link de cada poste, porque seria muito consumidor de tempo para os editores recuperá-lo. Mas os nossos leitores podem consultar o poste inserindo o seu número na janela do canto superior esquerdo do blogue, antecedido sempre da consoante P, de poste: por exemplo P22360.

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/07/guine-6174-p22360-in-memoriam-397.html


10/07/2021 > Guiné 61/74 - P22360: In Memoriam (397): Renato Monteiro (Porto, 1946 - Lisboa, 2021), ex-fur mil, CART 2439 / CART 11 (Contuboel e Piche, 1969), e CART 2520 (Xime e Enxalé, 1969/70)... "Morreu o meu querido amigo, no passado dia 7... Escrevo a notícia a chorar" (Valdemar Queiroz)
 

7/04/2021 > Guiné 61/74 - P22078: Blogoterapia (297): Obrigado, a todos, por se terem lembrado de mim no dia dos meus anos... sozinho em casa, com o computador nos "cuidados intensivos" e agarrado à máscara de oxigénio por causa do pó do Saara... (Valdemar Queiroz, Agualva-Cacém)


26/12/2020 > Guiné 61/74 - P21695: Boas Festas 2020/21: Em rede, ligados e solidários, uns com os outros, lutando contra a pandemia de Covid-19 (31): O meu Natal no Hospital Amadora-Sintra... (Valdemar Queiroz)


22/01/2020 > Guiné 61/74 - P20583: Agenda cultural (723): Exposição de fotografia do nosso camarada Renato Monteiro, "Festas de N. Sra. da Troia", sábado, 25 de janeiro, 16h00, em Setúbal, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS)


30/10/2019 > Guiné 61/74 - P20289: Agenda cultural (709): Renato Monteiro: "Ciganos", apresentação de projeto fotográfico, 5/11/2019, 18h00, Palácio do Beau-Séjour, Benfica,LIsboa
 

01/07/2019 > Guiné 61/74 - P19937: 15 anos a blogar desde 23/4/2004 (10): o misterioso homem da piroga, afinal um rapaz do nosso tempo, o Renato Monteiro, que fez a "fotobiografia" da nossa guerra... Foi "lacrau", da CART 2479 / CART 11, andou por Contuboel e Piche, levou uma porrada, foi parar à CART 2520, ao Xime, ao Udunduma e ao Enxalé...


01/07/2019 > Guiné 61/74 - P19935: (De)Caras (107): Um ninho de "lacraus", em Espinho, Silvalde, fevereiro de 1969, na véspera de partida para o CTIG (Valdemar Queiroz / Abílio Duarte, CART 2479 / CART 11, 1969/70)


28/06/2019 > Guiné 61/74 - P19924: Convívios (903): Velhos Lacraus, da CART 2479 / CART 11, juntam-se para comer uma sardinhada e recordar: Abílio Duarte, Manuel Macias, Renato Monteiro e Valdemar Queiroz... O Duarte e o Monteiro não se viam há 30 anos...


01/06/2019 > Guiné 61/74 - P19847: Recordações da CART 2520 (Xime, Enxalé, Mansambo e Quinhamel, 1969/71) (José Nascimento) (13): ingenuidade ou inexperiência do cap mil Maltez


18/02/2019 > Guiné 61/74 - P19506: Fotos à procura de... uma legenda (113): Onde é que estava o fotógrafo, há mais de 50 anos, num dia qualquer de novembro de 1967, a 30 km de Gabu-Sará (Nova Lamego),a 60 km de Piche, a 90 km de Canquelifá e a 55 km de Cabuca ?


31/12/2018 > Guiné 61/74 - P19349: Estou vivo, camaradas, e desejo-vos festas felizes de Natal e Ano Novo (13): Renato Monteiro, fotógrafo, ex-fur mil, CART 2439 / CART 11 (Nova Lamego e Piche) e CART 2520 (Xime e Enxalé, 1969/70)


06/02/2018 > Guiné 61/74 - P18292: (Ex)citações (328): Em 1973, um soldado podia gastar entre 1/5 a 1/3 do pré, em cerveja... Em Fulacunda, na 3ª CART / BART 6520/72, a média do consumo mensal era de 75/80 cervejas "per capita"


04/09/2017 > Guiné 61/74 - P17730: Blogues da nossa blogosfera (78 ): "A Minha Cave", de Renato Monteiro: Os gatos pretos, brancos e amarelos...("texto dedicado ao meu amigo Luís Graça")


06/07/2017 > Guiné 61/74 - P17550: O Serviço Postal Militar (SPM) do nosso contentamento: cartas e aerogramas... (E, a propósito, o que é feito dessas 10 toneladas de correio diário que circulavam nos vários teatros de operações durante a guerra ?)

 
07/03/2017 > Guiné 61/74 - P17111: Recordações da CART 2520 (Xime, Enxalé, Mansambo e Quinhamel, 1969/71) (José Nascimento) (11): Enxalé, a outra margem do Geba


16/01/2017 > Guiné 61/74 - P16960: (Ex)citações (322): não havia "praias de Biombo" para todos, em fim de comissão... Contavam-se pelos dedos os "oásis de paz", os "pequenos paraísos": Ondame, Varela, Contuboel, Cansissé, Bafatá, Bubaque...


 21/11/2016 > Guiné 63/74 - P16741: Fotos à procura de...uma legenda (77): Malta da CART 2520, no Xime, em 1970: afinal de quem é o braço com relógio no pulso que está por cima do ombro do Renato Monteiro ? (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

 
19/11/2016 > Guiné 63/74 - P16737: Recordações da CART 2520 (Xime, Enxalé, Mansambo e Quinhamel, 1969/71) (José Nascimento) (10): A música das nossas vidas: "Isabelle Isabelle Isabelle Isabelle Isabelle Isabelle Isabelle, mon amour"... ou o braço de ferro entre o fur mil Renato Monteiro e o nosso primeiro Vaz, cuja amada esposa se chamava Isabel e vivia a 5 mil km de distância, em Vila Real, Portugal...


08/07/2016 > Guiné 63/74 - P16285: Notas de leitura (856): (D)o outro lado do combate: memórias de médicos cubanos: o caso do cirurgião Domingo Diaz Delgado, 1966-68, segundo o livro de H. L. Blanch (2005) - Parte III: onde se faz referência à possível operação das NT, no corredor de Sambuiá, onde terá morrido o cap inf QP José Jerónimo da Slva Cravidão, da CCAÇ 1585, em 4/6/1967 (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494, Xime-Mansambo, 1972/1974)


22/05/2016 > Guiné 63/74 - P16120: Convívios (749): Em Peroviseu, Fundão, no próximo sábado, dia 28 de Maio, CART 2479, "Os Lacraus (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Piche, Paunca, 1969/70) (Valdemar Queiroz)
 

13/05/2016 > Guiné 63/74 - P16084: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (10): Mais capelas numa terra de que se dizia ser de fraca fé cristã... Fotos: Pepito (1949-2014), José Neto (1927-2007), Renato Monteiro, Jacinto Cristina, Joaquim Ruivo e João Martins


30/06/2015 > Guiné 63/74 - P14812: Inquérito online: O rio da minha... tabanca... O meu rio da Guiné, aquele que mais amei / odiei... Responder até ao dia 3 de julho
 

10/06/2015 > Guiné 63/74 - P14728: 25º convívio da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego e Piche, 1969/70): Vimeiro, Lourinhã, 30 de maio de 2015 (Valdemar Queiroz) - Parte II


 09/06/2015 > Guiné 63/74 - P14723: 25º convívio da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego e Piche, 1969/70): Vimeiro, Lourinhã, 30 de maio de 2015 (Valdemar Queiroz) - Parte I


02/06/2015 > Guiné 63/74 - P14690: Cartas de amor e guerra (Renato Monteiro, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego e Piche, 1969/70; e CART 2520, Xime, 1970) (Parte II): anti-herói


01/06/2015 > Guiné 63/74 - P14686: Cartas de amor e guerra (Renato Monteiro, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego e Piche, 1969/70; e CART 2520, Xime, 1970) (Parte I): Os nossos romances deviam ter um final feliz!...
 

16/04/2014 > Guiné 63/74 - P12992: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte XII): O Cunha, único até hoje, o fur mil Cândido Cunha... Ou Cor mil Lukas Títio, o antitropa...


03/03/2014 > Guiné 63/74 - P12790: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte IV): Passaram os quatro primeiros meses... Em Contuboel, ainda longe da guerra...


18/02/2014 > Guiné 63/74 - P12736: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte I): Faz hoje 45 anos que partimos no T/T Timor... Numa manhã fria de terça feira de Carnaval. Partida inesquecível, dramática... Gritos de despedida e lenços a acenar...


16/02/2014 > Guiné 63/74 - P12726: Tabanca Grande (428): Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Os Lacraus (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70), grã-tabanqueiro nº 648
 

06/02/2014 > Guiné 63/74 - P12684: Memória dos lugares (263): O Xime, ao tempo da CART 2520 (1969/71), comandada pelo cap mil António dos Santos Maltez, natural de Aveiro (Renato Monteiro)
 

 15/04/2013 > Guiné 63/74 - P11395: Álbum fotográfico de Abílio Duarte (fur mil art da CART 2479, mais tarde CART 11 / CCAÇ 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70) (Parte XI): O fur mil op esp Pechincha, era do meu pelotão e um grande artista...


27/03/2013 > Guiné 63/74 - P11324: Álbum fotográfico de Abílio Duarte (fur mil art da CART 2479, mais tarde CART 11/ CCAÇ 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70) (Parte IX): Piche, vista aérea... E as valas onde se "despistou" o nosso camarada e amigo comum Renato Monteiro...


13/02/2013 > Guiné 63/74 - P11092: Álbum fotográfico de Abílio Duarte (fur mil art da CART 2479, mais tarde CART 11/ CCAÇ 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paúnca, 1969/70) (Parte II)

19/04/2012 > Guiné 63/74 - P9771: Os nossos últimos seis meses (de 25abr74 a 15out74) (8): Cartas de Paunca, SPM 5668, Parte I (J. Casimiro Carvalho, Fur Mil Op Esp., CCAÇ 11, mai-ago 1974)


31/03/2012 > Guiné 63/74 – P9684: Tabanca Grande (326): António Vaz, ex-cap mil CART 1746, Bissorã e Xime, 1967/69


15/02/2012 > Guiné 63/74 - P9490: Agenda Cultural (186): Exposição de fotografia do nosso camarada Renato Monteiro: Megastore Colorfoto, Av da Igreja, 30, D/E, Lisboa, até meados de Março de 201


12/09/2010 > Guiné 63/74 - P6974: Memória dos lugares (99): CART 11 / CCAÇ 11, *Os Lacraus*, em Paúnca (Abílio Duarte)


27/08/2010 > Guiné 63/74 - P6904: Blogoterapia (156): *Luís, guardo o teu número de telefone para um dia!* (Renato Monteiro)
 

 27/08/2010 > Guiné 63/74 - P6903: Tabanca Grande (239): Abílio Duarte, ex-Fur Mil Art, CART 11 (Contuboel e Lamego, 1969/70)
 

25/06/2010 > Guiné 63/74 - P6642: A minha CCAÇ 12 (4): Contuboel, Maio/Junho de 1969... ou *Capri, c'est fini* (Luís Graça)


31/07/2009 > Guiné 63/74 - P4761: Blogpoesia (57): *Por esse Geba acima... até Contuboel, o eldorado* (Luís Graça, CCAÇ 2590/CCAÇ 12, 1969/71)
 

08/11/2008 > Guiné 63/74 - P3426: Álbum fotográfico do Renato Monteiro (5): Bafatá, 1969: a igreja, o hospital, o mercado, as mulheres, o pilão


30/10/2008 > Guiné 63/74 - P3382: Álbum fotográfico de Renato Monteiro (4): Rio Udunduma, destacamento do Xime


02/10/2008 > Guiné 63/74 - P3263: Álbum fotográfico do Renato Monteiro (3): Xime, o sítio do meu degredo


16/09/2008 > Guiné 63/74 - P3210: Álbum fotográfico de Renato Monteiro (2): O mítico cais do Xime (1969)


13/09/2008 > Guiné 63/74 - P3199: Álbum fotográfico de Renato Monteiro (1): Contuboel (1968/69)


06/01/2008 > Guiné 63/74 - P2412: História de vida (8): Renato Monteiro, um homem de múltiplos... fotografares (Luís Graça)


19/03/2007 > Guiné 63/74 - P1612: Relembrando, com saudade, os nossos soldados fulas da CART 11 (Renato Monteiro / João Moleiro)


04/08/2006 > Guiné 63/74 - P1027: Estórias de Contuboel (V): Bajudas ou a imitação do paraíso celestial (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)


 04/08/2006 > Guiné 63/74 - P1026: Estórias de Contuboel (iv): Idades sem lembrança (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)

  
02/08/2006 > Guiné 63/74 - P1017: Estórias de Contuboel (iii): Paraíso, roncos e anjinhos (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)


30/07/2006 > Guiné 63/74 - P1005: Estórias de Contuboel (ii): segundo pelotão (Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)


 28/07/2006 > Guiné 63/74 - P1001: Estórias de Contuboel (i): recepção dos instruendos ( Renato Monteiro, CART 2479 / CART 11, 1969)


23/06/2006 > Guiné 63/74 - P899: Diga se me ouve, escuto! (Renato Monteiro


 23/06/2006 > Guiné 63/74 - P898: Saudades do meu amigo Renato Monteiro (CART 2479/CART 11, Contuboel, Maio/Junho de 1969)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22360: In Memoriam (397): Renato Monteiro (Porto, 1946 - Lisboa, 2021), ex-fur mil, CART 2439 / CART 11 (Contuboel e Piche, 1969), e CART 2520 (Xime e Enxalé, 1969/70)... "Morreu o meu querido amigo, no passado dia 7... Escrevo a notícia a chorar" (Valdemar Queiroz)