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terça-feira, 19 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15990: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Fotos de Miguel Pessoa - Parte I


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família 


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O nosso coeditor Carlos Vinhal e comandante da Op Monte Real 2016


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Marques, Luís R. Moreira , a Irene e a Suzel (esposa do José Fernando Almeida, Óbidos ).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Da esquerda para a direita: Virgínio Briote, António Estácio, Idálio Reis e Rui Guerra Ribeiro


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Luís R. Moreira e Sucena Rodrigues (em segundo plano)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves e Delfim Rodrigues (de perfil)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves (em primeiro plano) e o Manuel Lima Santos (Viseu)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Martins de Matos (que chegou a general) e Manuel Resende (que não passou de alferes)...  O Manuel Resende é o fotógrafo privativo da Tabanca da Linha


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Lucinda Aranha e José António (Torres Vedras)... A escritora  Lucinda Aranha Antunes era filha de Manuel Joaquim, empresário e caçador em Cabo Verde (1929/1943) e Guiné (1943/1973), o homem do cinema ambulante que alguns de nós conheceram; está a escrever um livro sobre o pai.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A esposa e o filho do Joaquim Mexia Alves, a Catarina e o André.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Da esquerda para a direita, Jorge Rosales, JERO ("o último monge de Alcobaça") e Francisco Silva.

Fotos: © Miguel Pessoa (2016). Todos os direitos reservados
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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15983: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (8): Apanhados/as... (Fotos de Luís Graça)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó avô, não gosto nada de ter ver com essas barbas compridas de talibã", diz a neta do António Santos... que traz sempre a família (alargada) com ele... Este ano foram só seis, mas teve direito a mesa reservada...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó Zé Ferreira Silva, és mesmo tramado, precisas de pimenta na língua!", ri-se a fartazana o Francisco Batista, o transmontano de Brunhoso.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó camaradas, não é por nada, o mexilhão à espanhola até 'tava bom, segundo me disseram, que eu não provei... mas lá nos convívios da Magnífica Tabanca da Linha o menu é de só de lavagante para cima... Têm que passar por lá um dia, para ver, crer e comer". (José Manuel Matos Dinis, secretário do régulo da Magnífica Tabanca da Linha).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "O camarada doutor Francisco Silva, aqui só para nós... Então, o meu amigo é de Porto Salvo, Oeiras, e ainda não se dignou dar a honra da sua presença à mesa da Magnífica Tabanca da Linha ?!" (pergunta  o régulo Jorge Rosales, para o Francisco Silva que, na Guiné, tinha fama de durão, e que acaba de se reformar, tendo um brilhante currículo como ortopedista no Serviço Nacional de Saúde, e nomeadamente no Hospital Amadora-Sintra, onde operou por duas vezes, o nosso editor-mor, a um joanete e à anca...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó Rosales, tu sabes que eu sou o médico privativo da Tabanca Grande, sem receber patacão... Já operei não sei quantos camaradas, o Humberto Reis, o Luís Graça... A artoplastia da anca que eu fiz ao nosso tabanqueiro-mor é uma obra-prima!...O felizardo do nosso editor deixou de claudicar, e de pôr em risco a continuidade do nosso blogue!"...

É verdade: a Tabanca Grande devia estar  reconhecida ao nosso camarada Francisco Silva e, tão proximamente quanto possível, devia fazer-lhe a merecida  homenagem, no âmbito (mais restrito e aristocrático) da Tabanca da Linha... Com a presença (obrigatória) do Humberto Reis (, refugiado na Lourinhã) e do Luís Graça (que é da Lourinhã)... "Ó Rosales, pá, manda lá o teu secretário agendar esse almoço, que eu agora 'tou livre",,,


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A Dina Vinhal e a Margarida Peixoto, duas das nossas orgulhosas grã-tabanqueiras.. "Ó Dina, mete lá uma cunha ao teu marido, que eu também gostava de receber um certificado da Tabanca Grande... Afinal de contas, já ando nestas andanças há uns aninhos, e até já fui aos Açores, acompanhando o meu homem, por ocasião do convívio da companhia dele, a CCAÇ 3414"...

A Margarida Assunção Oliveira Rocha Ribeiro da Rocha Peixoto é esposa do nosso camarada Joaquim Carlos Rocha Peixoto que foi fur mil inf MA na CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, de 1971 a 1973. Ambos estão aposentados de uma das mais bonitas profissões do mundo, professor do ensino básico. Vivem em Penafiel e pontificam na tabanca de Guilamilo!...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó querida, então até à próxima, em Penafiel, em Candoz ou em Guilamilo" (promete a Alice Carneiro, esposa do Luís Graça, à Isabel Peixoto, no final do convívio da Tabanca Grande).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Dizia o Albano Costa, grã-tabanqueiro da primeira hora,  ao Abel Santos: "Camarada, sou agora um homem livre, deixei de ser escravo de mim mesmo: passei o meu negócio ao meu filho, o Hugo Costa, o fotógrafo de Guifões da 3ª geração!"...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O Fernando Jesus Sousa, escritor e agora poeta, com a sua nova musa inspiradora, a Emília Sérgio...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O Jorge Canhão e Maria de Lurdes (Oeiras), presença habitual e sempre querida no nosso convívio anual... Não se percebe muito bem o significado do gesto do Jorge, que aponta do indicador da mão direita para alguém ou algum lugar... Creio poder interpretá-lo: "Camaradas, Gadamael, é por aqui, sempre em frente!"... A Maria de Lurdes, que nunca conheceu Gadamael e tem uns olhos lindíssimos, não está segura de que o caminho seja por ali...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > "Ó Luísa, faz lá bem as contas, para ver se a gente ainda consegue, com as caixas de vinho que vendemos,  pagar a viagem, o gasóleo, as portagens e a inscrição no encontro"... (À esquerda, o nosso Zé Manel Lopes, poeta e vitivinicultor duriense)... A nossa Luísa Lopes fez a recruta e a especilidade da Tabanca Grande, mais a IAO (Instrução de Aperfeiçoamento Operacional) pelo que também já é tempo de entrar, de pleno direito, pelo seu próprio  pé,  para a nossa Tabanca Grande...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Diz o Joaquim Peixoto, sob o olhar benevolente do Moutinho Santos: "Ó Zé Manuel, passa-me aí a tua garrafa do tintol"... Os  três pertencem à Tabanca de Matosinhos, de que é regulo o Moutinho...

Fotos: © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14273: (Ex)citações (260): Posso afirmar com conhecimento de causa que muitos deles se sentem “guineenses de Portugal” e eu sinto-me "português da Guiné" (José Teixeira)



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Medjo > 2 de maio de 2013 > O nosso camarada Zé Teixeira, "régulo" da Tabanca Pequena de Matosinhos,  com o régulo de Medjo, na sua última viagem à Guiné-Bissau.


Foto: © José Teixeira (2014). Todos os direitos reservados



Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > Tabanca Lisboa > 2005 > O José Teixeira com o chefe da tabanca e a sua lindíssima filha. "Um feliz reencontro. Regresso às origens em 2005. Encontro com um Português da Guiné, antigo paraquedista, que tem uma linda história para ser contada, pelo que sofreu e como consegui iludir o PAIGC para sobreviver à chacina de antigos combatentes portugueses".

Foto (e legenda): © José Teixeira (2005). Todos os direitos reservados


1. Comentário do José Teixeira José [ ex-1.º cabo aux enf, CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatáe Empada, 1968/70; membro fundador e animador da Tabanca de Matosinhos]:

Em matéria de afetos, não tenho dúvidas que estamos à frente, a muitas léguas de todos os povos que acidentalmente passaram pela Guiné. Digo acidentalmente, porque na realidade só houve um povo, o português, que deixou raízes. Foram quinhentos anos de vida em comum. Houve violências de parte a parte e os últimos doze anos de convivência foram terríveis por um lado e exemplares por outro, quando tratávamos as populações que estavam do nosso lado com respeito e as defendíamos de um inimigo comum.

Confesso que quando lá voltei em 2005 pela primeira vez, ia preocupado com a possível reacção dos guineenses, afinal eu tinha sido um "tuga", mas fui desarmado logo na fronteira, com o sorriso do guarda, que me perguntou onde estive no tempo da guerra e ao saber que estive em Buba, retorquiu: "Então conheceste o meu irmão que foi soldado milícia em Buba". Confesso que me senti, de imediato, em casa, e é assim que me sinto, quando aterro em Bissalanca.

Outras vezes se sucederam. A ligação ao povo português é de irmão para irmão. Antigos guerrilheiros abraçam com mesmo calor, que antigos soldados do exército português, qualquer de nós. É evidente que as conversas são naturalmente diferentes, mas já vi mais que uma vez, antigos "turras" a analisarem, com visitantes portugueses, no terreno, sem "paixões" acontecimentos que forma vivenciados em campos opostos. E também já senti na pele e de lágrimas nos olhos o prazer de abraçar inimigos do terreno que se cruzaram comigo, analisaram comigo os acontecimentos vivenciados, pediram “discurpa” e pediram para a partir dessa data sermos “ermons”,  é gente que acabada a guerra, voltou às suas terras, fez a paz com os familiares que estavam da outra banda e continuaram a construir o futuro.






Guiné-Bissau  >  Região de Bafatá > Xitole > 1 de maio de  2013 > "O Francisco Silva  mais um antigo guerrilheiro do PAIGC, procurando localizar pontos de guerra comuns". [ Companheirop de viagem do Zé Teixeira, em 2013 (**), o Franscisco, hoje cirurgião,  esteve no Xitole, como laf mil, ao tempo da CART 3942 / BART 3873 (1971/73), antes de ir comandar o Pel Caç Nat 51, Jumbembem, em meados de 1973]

Foto (e legenda): © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados


As marcas que ficaram da guerra colonial estão a desaparecer ao ritmo do desaparecimento prematuro dos combatentes guineeses. Nós, portugueses,  temos uma vida mais longa. Os guineenses mais novos, naturalmente, como os nossos filhos estão insensíveis à guerra, mas o testemunho que ficou é, a meu ver, pelas experiências que já tive nas várias visitas que fiz à Guiné, extremamente positivo em relação aos portugueses. O sonho deles é vir para Lisboa.

A luta, de facto, não era contra o povo português, mas contra o regime e Amilcar Cabral conseguiu passar bem esta ideia, tendo como colaboradores diretos os nossos soldados, a começar pelo Governador Spínola que colocou o povo guineense em primeiro lugar, apesar da luta que se travava.
Recordo por exemplo as palavras do tabanqueiro Zé Belo, meu comandante, ao chegar a Mampatá. Foi mais ou menos isto. "rapazes,  se tratarmos bem esta gente, seremos bem tratados e respeitados e eu quero levar-vos todos para casa daqui por dois anos. Se receber alguma queixa da população, o desgraçado comerá com toda a justiça do RDM que eu lhe puder dar".

E ao fim de 6 meses quando fomos deslocados para Buba, a população veio despedir-se de nós junto à saída para a picada.

Foram marcas como estas que vingaram. Éramos duros e agressivos no mato. Reagíamos com violência aos ataques do inimigo, mas tratávamos bem a população que estava connosco.
Hoje, posso afirmar com conhecimento de causa que muitos deles se sentem “guineeses de Portugal” e eu sinto-me "português da Guiné". (***)

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Notas do editor:

(*) Vd. postes de 8 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14234: Sondagem: opinião "em matéria de afetos, e em relação aos guineenses, levamos hoje a dianteira a russos, chineses, cubanos, suecos e outros que apoiaram o PAIGC no tempo da guerra colonial"...




sábado, 19 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13414: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte II: Mobilizada pelo RAP 2, a unidade era composta maioritariamente por pessoal do norte (Minho e Douro) e centro (Beiras)



Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Xime > CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/74) > O nosso histórico grã-tabanqueiro (o nº 2) é o Sousa de Castro, na foto o 2º a contar da esquerda...

Foto: © Sousa de Castro (2005). Todos os direitos reservados


Parte II > Mobilização, composição e deslocamento para o CTIG




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Fonte: Excertos da História da Unidade - Cap I, pp. 1-5. Sublinhados a vermelho, estão os nomes de alguns dos camaradas do BART 3873 que integram a nossa Tabanca Grande. Uma cópia digitalizada, em formato pdf, da história do BART foi-nos gentilmente posta à disposição pelo António Daurte.


Observações:  

Seria moroso, pesado e fastidioso editar e publicar as longas listas de todo o pessoal do BART 3873... São cerca de 15 páginas... Nesta relação, acima publicada,  não figuram, por exemplo,   os soldados e os 1ºs cabos, alguns dos quais honram e engrandecem, com a sua presença, a  nossa Tabanca Grande. 

Citando de memória, é o caso do nosso histórico grã-tabanqueiro Sousa de Castro, o nosso tertuliano nº 2, que tem quase 90 referências (ou marcadores) no blogue (II série), e que foi 1º º cabo radiotelegrafista, da CART 3494/BART 3873 (Xime e Mansambo, 1971/74). Tem sido um grande entusiasta do nosso blogue e tem trazido camaradas seus para se juntarem à nossa Tabanca Grande.

Estranhament não encontro o nome do Sousa de Castro na lista dos 1ºs cabos da CART 3494. Mas pdoe erros na transcrição dos nomes: é o caso do fur mil José Luís Carvalhido da Ponte que aparece, na história da unidade, com o apelido Carvalheira Ponte. Corrigi, na lista acima publicada.

Outro nome que é justo referir, porque tem estado ativo no nosso blogue, é o António Eduardo Ferreira (ex-1.º cabo condutor auto da CART 3493/BART 3873, Mansambo, Fá Mandinga e Bissau, 1972/74).

Outro grã-tabanqueiro que, estranhamente, não consta da lista dos sargentos da CART 3494, é do Jorge Araújo [ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974]. Atenção: a lista de pessoal reporta-se à data de embarque. Todos os meses havia, normalmente, nos batalhões, entradas e saídas...Ou melhor dizendo; "pessoal aumentado, transferido ou abatido"... Para além do "pessoal adido com carater eventual ou permanente"...

 Quem também, por alguns meses (de agosto a novembro de 1972), por esta companhia foi o nosso António José Pereira da Costarecorde-se que ele foi alf art na CART 1692/BART 1914,Cacine, 1968/69; e cap art cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74.

Também o Francisco Silva (hoje cirurgião, ortopedista, foi ele que me fez a artroplastia total da anca) não consta da lista dos alferes milicianos da CART 3492. Recorde-se que ele tamb+em esteve no Xitole, ao tempo da CART 3942 / BART 3873(1971/73), antes de ir comandar o Pel Caç Nat 51, Jumbembem, em meados de 1973,

Há mais camaradas do BART 3873 que fazem parte da nossa Tabanca Grande, nomeadamente trazidos pela mão do Sousa de Castro: por ex. o alf mil António José Serradas Pereira (entrou para a CART 3494, em  setembro de 1972). Preciso de tempo para consultar os nossos arquivos. As minhas desculpas pelas omissões. (Espero que o Sousa de Castro e o Carlos Vinhal me ajudem a identificar as omissões...).

Entretanto, em abril de 1973, a CART 3493 foi transferida para Cobumba, COP 4, deixando Mansambo. A CART 3494 trocou o Xime por Mansambo. Por sua vez, a CCAÇ 12, companhia de intervenção do CAOP 2, é transferida para o Xime, em março de 1973.

Simples curiosidade, em junho de 1973, a CART 3493 é aumentada com o alf mil cav Miguel  V. de S. Champalimaud, nome já aqui  citado no nosso blogue, pelo António Graça de Abreu, como sendo sobrinho do empresário Champalimaud.

Quanto aos médicos que passaram pelo batalhão, identifiquei os seguintes:

(i) Em junho de 1972, adido à CCS, alf mil médico Jorge Luís Caetano;

(ii) Em outubro de 1972, adido à CCS, alf mil médico José António Oliveira Miranda;

(iii) Em fevereiro de 1974, adido à CCAS, alf mil médico Adriano Paim de Lima Andrade (que veio substituir o José António Oliveira Miranda,colocado no HM 241, em Bissau).

Em princípio, o BART 3873, não tínha médicos à data do embarque.




Fonte: Excertos da História da Unidade - Cap I, pp. 18-19

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Nota do editor:

sábado, 14 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13287: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (27): Monte Real, 14 de junho: as primeiras fotos: parabéns, Francisco Silva, muita saúde e longa vida!


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Francisco Silva, ortopedista no Hospital Fernando da Fonseca, que operou rtecentemente o nosso editor Luís Graça bem o camarada Humberto Reis, tinha un segredo  bem guardado até à hora do almoço,,, Fazia anos, deixou a família em casa. deu um salto a Monte Real e voltou a casa, em Porto Salvo, Oeiras, para acabar o resto com a esposa, Elisabete, os filhos e os netos... Cantámos-lhe os "parabéns a você.. Da esquerda para a direita,. o  João Martins, o Humberto Reis, op Xico Alen, o Francico Silva e a Alice Carneiro.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Noutra mesa, o Francisco Silva, ao meio, entre o Joaquim Mexia Alves (à esquerda) e o Carlos Vinhal (à direita).

As primeiras fotos do nosso convívio anual, que teve 145 presenças, um número superior ao ano passado (131), e que contou com muitas caras novas, com destaque com os camaradas da diáspora (EUA, França, Luxemburgo, Holanda).

Quanto ao nosso aniversariante, foi alf mil,  recorde-se que esteve no Xitole, ao tempo da CART 3942 / BART 3873 (1971/73), antes de ir comandar o Pel Caç Nat 51, Jumbembem, em meados de 1973, Depois de regressar à metrópole, fez o curso de medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. É madeirense.


Foto: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.

domingo, 25 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11976: Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau: de 30 de abril a 12 de maio de 2013: reencontros com o passado (José Teixeira) (13): A despedida... Temos de voltar!


Foto 15 > Os veteranos guineenses que lutaram ao lado de Portugal que não dão a cara, mas o coração.



Foto 11 > Os velhos amigos que fomos encontrando


 Foto 2 > Os trilhos que outrora palmilhamos



Foto 14 > Vestígios do passado


Foto 3 > A Fatma de Farosadjuma, ladeadas pelas nossas "bajudas"


Foto 5 > A Satu, a nossa cozinheira de Iemberém


Foto 4 > As belezas da Natureza que correm o risco de desaparecerem.


 Foto 6 > O Francisco Silva mais um antigo guerrilheiro do PAIGC, procurando  localizar pontos de guerra comuns.


Foto 7 > Mulheres que procuram os caminhos de desenvolvimento


Foto 8 > Os jovens que acreditam que são os donos do futuro


Foto 9 > As populações que nos receberam com carinho (1)


Foto 10 > As populações que nos receberam com carinho (2)



Foto 11 > As crianças que sonham com o futuro


Foto 12 > O último pequeno almoço em Varela


Foto 13 > A vergonha de uma classe política que permite o assalto e desbaste da riqueza piscícola


Fotos (e legendas): © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: LG]



1. Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau (30 de Abril - 12 de maio de 2013) - Parte XIII

por José Teixeira

O José Teixeira é membro sénior da Tabanca Grande e ativista solidário da Tabanca Pequena, ONGD, de Matosinhos; partiu de Casablanca, de avião, e chegou a Bissau, já na madrugada do dia 30 de abril de 2013; companheiros de viagem: a esposa Armanda; o Francisco Silva, e esposa, Elisabete.

No dia seguinte, 1 de maio, o grupo seguiu bem cedo para o sul, com pernoita no Saltinho e tendo Iemberém como destino final, aonde chegaram no dia 2, 5ª feira. Ba 1ª parte da viagem passaram por Jugudul, Xitole, Saltinho, Contabane Buba e Quebo.

No dia 3 de maio, 6ª feira, visitam Iemberém, a mata di Cantanhez e Farim do Cantanhez; no dia 4, sábado, estão em Cabedú, Cauntchinqué e Catesse; 5, domingo, vão de Iemberém, onde estavam hospedados, visitar o Núcleo Museológico de Guileje, e partem depois para o Xitole, convidados para um casamento ] (*)...

É desse evento que trata a 8ª crónica: os nossos viajantes regressam a Bissau, depois de uma tarde passada no Xitole para participar na festa de casamento de uma filha de um fula que, em jovem, era empregado na messe de sargentos e que tinha reconhecido o Silva, no seu regresso ao Xitole. A crónica nº 7 foi justamente dedicada ao emocionante reencontro [, em 1 de maio, ] com o passado, por parte do ex-alf mil Franscisco Silva, que esteve no Xitole, ao tempo da CART 3942 / BART 3873 (1971/73), antes de ir comandar o Pel Caç Nat 51, Jumbembem, em meados de 1973,

A crónica nº 9, corresponde ao dia 6 de maio: os nossos viajantes foram até Farim e regressaram a Bissau. já que o Francisco Silva, mesmo de férias, teve de fazer uma intervenção cirúrgica, a uma criança que esperava um milagroso ortopedista há mais de um ano! Na crónia nº 10, descreve-se a viagem até Varela, em 7 de maio. No dia 8, o grupo vai, de barco, até Elalab. Estamos em pleno chão felupe.

A crónica nº 12 é penúltima crónica do Zé Teixeira... Corresponde ao dia 9 de maio de 2013, passado na região de Cacheu, numa visita a Djufunco... A última crónica  respeota ao dia 10 maio, descanso em Varela;, seguido do regresso a Bissau, a 11, e embarque de madrugada para Portugal, de volta a casa. É a crónica da despedida e da promessa de voltar em breve.


2. Parte XIII (e última): 10 e 11  de maio de 2013,  descanso em Varela, regresso a Bissau. Despedida


Depois de uns dias onde as emoções choveram em catadupa, chegou o tempo descontrair, rendidos á beleza da praia de Varela com as suas águas mornas e sol acolhedor.

A chegada a Bissau com uma aterragem um tanto turbulenta que supomos ser a consequência de um tapete de alcatrão demasiado gasto. O calor sufocante ao abrir da porta do avião, como que as boas vindas a esta África. O choque de encontrar uma cidade que é um amontoado de gente, que não se sente gente, de tão pobre que é. Automóveis velhos correndo lado a lado com os últimos modelos de jipes de alta cilindrada, onde figuras de colarinho branco se passeiam alheios à extrema miséria que os rodeia. Velhas moranças de adobe e chapa confundem-se com lindas e faustosas moradias. 

Enfim, a cidade de Bissau, perdida no tempo que passou, onde a esperança de tanta gente que a ela acorreu na busca de melhores dias se perdeu, deixando-os ali sem destino e sem futuro. Cidade, onde a vida se esgota na luta pela sobrevivência. Cidade onde não há tempo para sonhar…

Partimos para o Sul à procura do povo da Guiné que habita e tira da terra o seu sustento. Povo perdido e esquecido. Atravessamos tabancas e cidades, onde o progresso de esqueceu de entrar, ou foi impedido. Visitamos os templos desativados da guerra, que nos obrigaram a fazer, na sua maioria destruídos e abandonados. Calcorreamos com nostalgia as picadas que noutros tempos faziam tremer os mais corajosos. Recordamos os bons e maus momentos ali vividos. Cruzamo-nos com amigos e inimigos de outrora. Dum tempo que teima em desaparecer das nossas mentes. 

Fomos recebidos de coração aberto. De tudo se falou um pouco. Os amigos recordavam as peripécias algumas de fim feliz, outras nem tanto. Os antigos inimigos procuravam entabular conversa com os “tugas” que os visitam e localizar os possíveis encontros em que estivemos frente e frente na luta do “matas ou morres” para contar como foi a sua participação nesta ou naquela contenda em que nos cruzamos. Eles também nos tinham medo, também nos evitavam como nós a eles. Também choraram os seus mortos e feridos. Também tentam esquecer a guerra que viverem e não conseguem. Também sentem que têm direitos como lutadores e libertadores da Pátria. Nota-se também neles um sentimento de que foram traídos e abandonados pelos novos “senhores da terra”.

Situação mais ingrata estão os ex-combatentes ligados ao Exército Português. “Nasci português, combati por Portugal e fui abandonado. Eu era português, eu sou português e guineense”. Isto foi dito com orgulho por 1º cabo africano das fileiras do exército português encontrado algures no interior da Guiné-Bissau. Durante muitos anos foram rejeitados, perseguidos, desprezados pelas autoridades “vencedoras”. Os que sobreviveram estão integrados na sociedade, mas esta mágoa de sentirem que foram abandonados por Portugal está bem patente nas suas conversas. Creio que os laços familiares e os conhecimentos adquiridos na sua ligação com a tropa branca foram um fator de união.

No Xitole acolheram-nos como família. Ali vivemos em festa o Primeiro de Maio, dia do trabalhador. Ali voltamos como convidados de honra para participar na festa do amor, o casamento de dois jovens fulas, apaixonados que felizmente não sabem o que é uma guerra. Mergulhamos no meio do seu povo e sentimo-nos bem, tal como outrora, sem medos, sem ressentimentos. Com carinho e afeto, como irmãos que queremos continuar a ser.

Aqui, no Saltinho, em Aldeia Formosa e em Mampatá e em toda a parte por onde passamos “choveram” os abraços sentidos de uma amizade gerada debaixo do fogo das Kalash e que perdura como alimento para a nossa velhice de veteranos da guerra. Pretos e brancos irmanados pelo sangue derramado e sentido do dever cumprido. Os eternos esquecidos do poder (político e económico) que nos “manipulou” para seu interesse e rapidamente nos pôs de parte quando decidiu acabar com a guerra. Choca-me profundamente ouvir os meus irmãos africanos dizer: eu fui português; ou sou português da Guiné; eu fui abandonado por Portugal. Triste realidade do fim do dito império que marcou toda a nossa geração e continua a marcar pelo sofrimento muita gente da “metrópole” e da Guiné.

Em Ponte Balana, Gandembel e Guileje, pontos marcantes do “carreiro da morte”,  hoje felizmente transformado em carreiro da vida,  revivemos o fantasma da guerra no mais violento do seu ser, tão bem espelhado no Museu de Guiledge, que merece no mínimo uma visita de quantos passaram pela Guiné, nos anos de 1963 a 1974.

Embrenhamo-nos na “terrífica” mata do Cantanhez e lamentamos o desbaste abusivo da floresta virgem, onde outrora o IN viajava de Cabedú até Buba em pleno dia, sem medo do “Já passou” (o temido Fiat da FAP), tal era a cobertura florestal, como me afirmou um antigo guerrilheiro em 2008. Palmilhamos com emoção parte do que resta dessa imensa floresta, o que nos fez voltar mais uma vez aos tempos da nossa juventude, aqui perdida.

Em Iemberém, Cabedú, Cautchinké e Catesse, procuramos dar força ao sonho de melhores dias a uma população jovem que se quer deixar prender à sua terra natal e precisa de alguém que os apoie e estimule a continuar os seus projeto.

Voltamo-os para Norte e viajamos até Farim na esperança de nos cruzarmos de novo com o tempo passado.

Perdemo-nos em Bissau, à procura da cidade que um dia conhecemos. Encontramos cacos e remendos, lixo e miséria à mistura com sinais de grande riqueza mal gerida, proveito de alguns felizardos e oportunistas. Casas que já foram “senhoras casas” da época colonial, agora de cara triste e deslavada. Quelhos poeirentos e sujos que já foram ruas. Candeeiros que já iluminaram essas ruas. Continuam firmes no seu posto, sem luz, sem fios sequer, para a transportar. E um povo como a formiga num corre corre, em busca do pão para hoje, pois,  para amanhã, Deus o dará.

Fugimos rapidamente de novo para o Norte, para Varela, onde o Pepito nos acolheu, como irmãos na sua casa. Ele ficou em Bissau evolvido no trabalho que tem em mãos de ajudar o seu povo na senda do desenvolvimento, mas o seu espírito viajou connosco. Perdemo-nos no meio das crianças, mulheres e homens felupes de Elalab e Djufunko, com a sua alegria, as suas danças e cantares os seus sonhos e desejos de uma vida melhor. Entramos dentro dos seus segredos, sua forma ancestral de ser e estar na vida, pela mão dos seus Régulos. Conhecemos um pouco da sua história. Rica como toda a história do homem.

Já o sol ia alto quando nos sentamos debaixo do cajueiro para saborear o pequeno-almoço que a incansável Satu nos preparou. Pão, leite, compotas, bananas e caju para começar bem o dia. O Bemba ali estava, atento às nossas manobras para nos conduzir até à praia. Que praia! Um areal a perder de vista, um mar calmo e sossegado, sem uma réstia de vento, uma água na temperatura ideal e convidativa. A manchar terrivelmente o ambiente, a pesca clandestina fomentada por interesses estrangeiros. As autoridades políticas atuais, segundo se houve dizer por aqui, estão comprometidas neste esquema.

Pequenos botes descarregaram em pleno areal uma qualidade de peixe, tipo cachalote que ali mesmo é morto à cacetada, aberto ao meio e espalmado para ser fumado e enviado clandestinamente para o Senegal, segundo fontes locais. Mais um crime de lesa-Pátria e lesa-natureza, pois, tanto quanto nos apercebemos, tratava-se de peixes bebés.

O Francisco adorou a qualidade da água e não se cansou de mergulhar. A Elizabete, sua esposa, acompanhou-o enquanto a Armanda foi com o Bemba à Tabanca de Baceor e eu fiquei numa sombrinha a saborear as belezas naturais do local.

Regressados a casa com uma fome de bradar aos céus, tínhamos mais uma vez galinha para o almoço, divinalmente preparada pela Satu, regada com cerveja fresquinha. Para a sobremesa, como de costume, tivemos mango, caju e banana.

A seguir ao almoço fomos fazer uma visita guiada à tabanca de Varela como “velho” Kissimá como cicerone. Depois de um bom e prolongado mergulho nas águas cálidas do Atlântico seguimos para Baceor, uma tabanca ali perto, onde o Pepito nos presenteou um “divinal” jantar na companhia de um grupo de seus amigos.

Já era alta noite quando regressamos a Varela, animados e felizes.

No dia seguinte, manhã cedo, era o último, partimos para Bissau. E, foi um “corre corre” à cidade para comprar as últimas recordações e lembranças para a família com o apoio da Cadi Guerra, a minha amiguinha filha do Alferes comando Aliu Sada Candé, que conheci em Aldeia Formosa, vilmente assassinado uns meses depois da independência em Bambadinca pela turba exaltada dos “vencedores” , num julgamento/linchamento público.

Já era alta noite, quando chegamos ao aeroporto para fazer o check in, acompanhados pelo incansável Jibrilo Djaló (Gibi) especialista da AD nas relações com a alfandega no cais de embarque. Obrigado,  Gibi, pela tua disponibilidade e pelo sorriso permanente que nunca regateias.

Na hora da despedida surge na mente todo o encanto dos tempos vividos que vemos ficar para trás irremediavelmente. Como escreveu Saint Exupéry,  piloto aviador francês e escritor que se perdeu algures nos céus Argélia durante a 2ª guerra mundial:  ”Aqueles que passam por nós, não vão sós, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Foi com este sentimento que partimos no regresso a Portugal.

O grande problema para mim, neste final de viagem,  é encontrar forma de agradecer a tanta gente que tudo fez para transformar este regresso à Guiné numa viagem de sonho, que jamais esqueceremos.

Comecemos então pela AD:

(i) o Pepito e a Isabel como seu encanto e disponibilidade;

(ii) o Gibi que nos foi receber alta madrugada e nos levou ao aeroporto para regressarmos, como não podia deixar de ser, numa alta madrugada;

(iii) O Bemba, incansável motorista que nos acompanhou todo o tempo com uma disponibilidade e uma paciência que nem o Jó, o tal da Bíblia teria; creio que foi uma oportunidade para ele de reviver os seus tempos de soldado português e para nós a possibilidade de voltarmos a sentir o “pulsar” de português na Guiné-Bissau de alguém que se assume conscientemente como guineense, mas não esqueceu Portugal e os seus camaradas e amigos brancos que a seu lado lutaram e sofreram;

(iv) O Jorginho e o Valdemar na Escola de Artes e Ofícios no Quelelé, o nosso poiso em Bissau;

(v) A Cadi Guerra que deixou a família para ir uma tarde connosco até Bissau ajudar-nos nas “mérculas”;

(vi) O Abubakar Serra em Iemberém e o Abdulai, que nos acompanhou nas visitas pelas tabancas do Cantanhez e o Domingos Fonseca, que nos recebeu no Museu de Guiledje;

(vii)  O “velho” saracolé, Kissimá que se perdeu de paixões por uma bajuda felupe e se ficou por Varela uma vida inteira; foi receber-nos a S. Domingos e velou por nós dia e noite até à nossa partida para Bissau; foi o guia, o interlocutor, o tradutor, o companheiro de aventura;

(viii) As nossas amáveis cozinheiras; A Fatmata de Farosadjuma, a Satu (esposa do Abubarkar) em Iemberém e a Satu ( filha do Kissimá) de Varela; foi graças a elas que saboreamos galinha de todas as formas e feitios, sempre cozinhadas com esmero e carinho; o peixe e o marisco também estavam óptimos. 

Temos de voltar!

E as populações, que encanto! Tudo é motivo para fazer festa. Já o sabia há muitos anos, mesmo do tempo da mordaça da guerra. Mas tanta alegria! A sua forma de comunicar, de expressar sentimentos independentemente da etnia, é profundamente cativante. E as crianças, meus Deus, que loucura!


Zé Teixeira
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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de agosto de 2013 >  Guiné 63/74 - P11923: Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau: de 30 de abril a 12 de maio de 2013: reencontros com o passado (José Teixeira) (12): Djufunco, a hospitalidade felupe, a solidariedade portuguesa