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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21386: Memória dos lugares (412): Ponta de Jabadá, na região de Quínara, sentinela do rio Geba, reconquistada ao PAIGC em 29 de janeiro de 1965

 

Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5



Foto nº 6

Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 > Aquartelamento de Jabadá > Fotos do álbum do ex.fur mil at inf António Rodrigues Pereira (do memso batalhão que o nosso coeditor Edurado Magalhães Ribeiro, fur mil ope esp /ranger da CCS).

Legenda:

Foto nº 1 > Aquartelamento de Jabadá, na margem esquerda do  rio Geba, 1974

Foto nº 2 > Aquartelamento de Jabadá > Edifício das transmissões, camarata do Comandante de Companhia, bar de sargentos e oficiais, cozinha e refeitório, e secretaria,  1974

Fotro nº 3 > Aquartelamento de Jabadá > Emfermaria, central eléctrica, bar dos praças e depósito de géneros, 1974

Foto nº 4 > Aquartelamento de Jabadá > Depósito de água, padaria e cozinha, 1974

Foto nº 5 > S/l (Aquartelamento de Jabadá ou do Cumeré) > Jipe Willis carregado com o Alf Mil Araújo e uma cambada de furriéis milicianos da companhia, 1974

Foto nº 6 >  Aquartelamento de Cumeré > Furriéis Martins, Olo e António Pereira, 1974


Foto (e legenda): © António Rordigues Pereira  (2010). . Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné).


1. Da ocupação da Ponta de Jabadá, em 29 de janeiro de 1965 (*) até à data em que foram tiradas estas fotos (já depois de 25 de abril de 1974), vai quase uma dezena anos.  

Da Ponta de Jabadá, o PAIGC flagelava a navegação do Geba.  Até que esta posição foi conquistada pelas NT, em 29 de janeiro de 1965, e montado lá um destacamento. O Gonçalo Inocentes, no seu livro "O cântico das costureiras"  conta como foi (pp. 76-79) (*). 

 De destacamento passou a aquartelamento: as instalações para o pessoal foram sendo melhoradas pelas sucessivas companhias de quadrícula que por lá passaram. Pertenciam em geral ao batalhão sediado em Tite.   A 1ª CCAÇ / BCAÇ 4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) deve ter sido a última  a guarenecer esta posição, muito importante para a defesa da navegação do rio Geba.

A história da Ponta de Jabadá também está por fazer, como muitas outras  "pontas",  da Ponta Varela à Ponta do Inglês... 

Aqui o PAIGC até ao início do ano de 1965 era "rei e senhor", impondo ali o terror à navegação no Geba ?!... Os únicos que lhe faziam frente eram os nossos navios da Marinha (LFG, LDG, LDM)

Quando lá passei, ao largo, em LDG, no dia 2 de junho de 1969 (a caminho de Contuboel, via Xime e Bambadinca e Bafata, até ao Xime de LDG e depois  em coluna), o nosso medo era a Ponta Varela, logo a seguir, passada a foz do Corubal, já no Geba Estreito, antes de se aportar ao Xime... Recordo-me de termos tido cobertura aérea, por um T-6... E os fuzileiros fizeram fogo de morteirete sobre Ponta Varela... Muita malta, desprevenida. atirou-se para o fundo da LDG: foi o seu/nosso batismo de fogo, com 3 ou 4 dias de Guiné...

Os barcos civis, ou "barcos-turra", que prosseguiam até Bambadinca (ou que desciam de Bambadina a Bissau), defrontavam-se, no Geba Estreito, com outro temível ponto de passagem que era o famigerado Mato Cão onde se podia, da margem direita, lançar uma granada de mão para o meio do rio. (***)



Guiné > Região de Quínara > Mapa de Tite (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa da Ponta de Jabadá, na margem esquerda do Rio Geba, a meia distência entre Bissau e Porto Gole (situados na maregm direita).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)





A população de Jababá vivia da cultura do arroz, produziido na grande bolanha.  O aquartelamento das NT nunca foi em Jabadá (tabanca, mais a sul) mas na Ponta, que até ao início da guerra era um floresccente entreposto comercial. Por exemplo, o comercinte libanês Jamil Heneni,  com sede em Bafatá, tinha "grandes plantações de arroz em Jabadá «" (e não "Jabanda", gralha tipográfica). (**)

Fonte: anúncio comercial publicado em Turismo - Revista de Arte, Paisagem e Costumes Portugueses, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2.



Guiné > Comando e CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de fevereiro de 1968 > Viagem de regresso a Bissau, atravessando as Regiões de Gabu e de Bafatá, em coluna militar, e depois de barco, a partir de Bambadinca. Até ao Xime e foz do rio Corubal ainda era região de Bafatá. Mato Cão ficava a seguir a Bambadinca, ainda no Geba Estreito (que ia até ao Xime).

A caminho de Bissau. na margem esquerda do rio Geba, no estuário do Geba, já muito depois da Foz do Rio Corubal  ficava Jabadá (foto acima) já na região de Quínara... Não era sítio onde a malta parasse, via.se apenas, de perfil, ao longe...


Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Subsetor do Xime > A temível Ponta Varela: restos do que parece ser um antigo cais acostável.

 Em 1963/65, ao tempo da CCAÇ 508 existia aqui uma tabanca e um destacamento onde morreram, em 3 de junho de 1965, quatro dos seus homens, a começar pelo seu comandante, o Capitão Francisco Meirelles, em consequência do rebentamento de uma mina. A tabanca e o destacamento foram abandonados, o PAIGC começou a partir dali a atacar a navegação no Geba, até porque em 29/1/1965 tinha perdido a posição da Ponta de Jabadá.

Foto do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).

Foto (e legenda): © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné).

(***) Último poste da série > 16 e julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21172: Memória dos lugares (411): Sintra, Colares, Praia das Maçãs (Mário Gaspar, ex-fur mil at art, MA, CART 1659, "Zorba", Gadamael e Ganturé, 1967/68)

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19815: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXX: Viagem, de regresso, do Gabu a Bissau, em 26/2/1968: no 'barco turra', a partir de Bambadinca (II)



Foto nº 1


Foto nº 2

Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 6A


Foto nº 7


Guiné > Comando e CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de fevereiro de 1968 > Viagem de regresso a Bissau, atravessando as Regiões de Gabu e de Bafatá, em coluna militar, e depois de barco, a partir de Bambadinca. Até ao Xime e foz do rio Corubal ainda era região de Bafatá. Mato Cão ficava a seguir a Bambadinca, ainda no Geba Estreito (que ia até ao Xime). Jabadá já ficava na região de Quínara, na margem esquerda do rio Geba, no estuário do Geba, já muito depois da Foz do Rio Corubal. [Vd. carta de Tite]

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde; tem mais de 130 referências no nosso blogue- (*)



CTIG/Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:


  T047 – REGRESSO DAS TROPAS EM 26FEV68  -  O BCAÇ 1933  RIO GEBA ABAIXO  (2)


I - Introdução do tema:


Continuação da série de Temas para Postes, relativos à chegada do Batalhão à Guiné, as viagens para Gabu pelo Rio Geba acima, as colunas militares por estrada, as festas de despedida no Gabu com batuques e roncos à mistura, o regresso pelo mesmo caminho, Bambadinca, até Bissau, antes de partir novamente para o novo destino, São Domingos, Rio Cacheu acima, sem fotos.

Após as despedidas no Gabu, chegou o dia do regresso, em colunas militares, por terra, até Bambadinca, e por via fluvial, no Geba, até Bissau. A viagem correu normal, nada havendo a assinalar, excepto as más condições da viagem, e juntos com a população civil, que precisava também de boleia.

II - Legendas das fotos:

F01 – Passagem da coluna fluvial pela Mata do Oio [?], empoleirado no barco, de G3 em riste, como se estivesse a fazer um cruzeiro de férias e caça ao Burro. Acho que estamos na zona do Rio Geba Estreito, pois as margens estão perto, mas não sei. Espreitando melhor a foto, acho uma imprudência minha, a arma está carregada e de certeza com bala na câmara, um pequeno descuido, um tiro, com o cano encostado à cara, pelo menos ia a orelha e os óculos… Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

[Virgílio, querias dizer Mato Cão, mas não, já não é o Geba Estreito. já passaste o Xime, a caminho de Bissau... Aqui começa o estuário do Geba, podias ir tranquilo, a partir da Foz do Rio Corubal...LG]


F02 – No ‘Barco Turra’, o apetite aperta, e lá vai um pouco de ração de combate. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F03 – Depois do ‘almoço’ ou ‘jantar’ tocar viola para desanuviar o ambiente. Ao meu lado o soldado condutor Espadana, o nosso chefe de mesa na messe de oficiais. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F04 – Passagem da ‘coluna fluvial’ por um aquartelamento algures no caminho de Bissau. Está escrito no verso de outra fotografia que se trata de ´Jabadá’. Foi alguém que o disse. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F05 – Momento de atenção das tropas, porque o barco está a passar pela mata do Oio [?] e pelo que dizem os mais conhecedores, é perigosa. Por isso a arma G3 sempre presente. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

[, Virgílio, a avaliar pela distância da margem esquerda do Rio Geba, já estás longe do temível Mato Cão, e não Oio...LG]

F06 – População civil, viajando no mesmo ‘barco dos turras’ com a tropa. Dizem que assim era menor a probabilidade de serem atacados no rio. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F07 – A noite está a cair por volta das 18 horas da tarde, o barco está a entrar no ‘estuário do Geba’, em breve todos estão em terra firme e segura em Bissau. Na hora da refeição, tomando o petisco, as rações de combate, nada mau. Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu e chegada a Bissau já noite, no dia 26 Fevereiro 1968.

Direitos de Autor:

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM.

Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933 / RI 15, Tomar,

CTIG/Guiné de 21 Set 67 a 04Ago69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos,».

Acabadas de legendar em 2019-03-19

Virgílio Teixeira



Guiné > Região de Quínara > Mapa de Tite (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Jabadá, na margem esquerda do rio Geba, entre a foz do rio Corubal e Bissau.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)


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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19808: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXX: Viagem, de regresso, do Gabu a Bissau, em 26/2/1968: no 'barco turra', a partir de Bambadinca (I)


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 2



Foto nº 7


Foto nº 6


 Foto nº 5
Foto nº 5A


Foto nº 8

Guiné > Comando e CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de fevereiro de 1968 > Viagem de regresso a Bissau, atravessando as Regiões de Gabu e de Bafatá, em coluna militar, e depois de barco, a partir de Bambadinca. Até ao Xime e foz do rio Corubal ainda era região do Bafatá.  Jabadá já ficava na região de Quínara, na margem esquerda do rio Geba.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde. (*)


CTIG/Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:


T046 – A VIAGEM DE REGRESSO DO GABÚ A BISSAU

1 - DE COLUNA MILITAR TERRESTRE, DE NOVA LAMEGO A BAMBADINCA

2 - DE COLUNA FLUVIAL, DE BAMBADINCA ATÉ BISSAU, NOS BARCOS TURRAS



REGRESSO DAS TROPAS EM 26FEV68  - O BATALHÃO DE CAÇADORES 1933  NO RIO GEBA (1)


I - Introdução do tema:


Continuação da série de Temas para Postes, relativos à chegada do Batalhão à Guiné, as viagens para Gabu pelo Rio Geba acima, as colunas militares por estrada, as festas de despedida no Gabu com batuques e roncos à mistura, o regresso pelo mesmo caminho, Bambadinca, até Bissau, antes de partir novamente para o novo destino, São Domingos, Rio Cacheu acima, sem fotos.

Após as despedidas no Gabu, chegou o dia do regresso, em colunas militares, por terra, até Bambadinca, e por via fluvial, no Geba, até Bissau.
A viagem correu normal, nada havendo a assinalar, excepto as más condições da viagem, e juntos com a população civil, que precisava também de boleia. 


II - Legendas das fotos: 


F01 – Saída da coluna militar de Nova Lamego, rumo a Bambadinca.  A bordo da viatura, de chapéu de abas, comendo um pouco da ração de combate. Foto captada na saída de Nova Lamego – Gabú – no dia 26 de Fevereiro de 1968. [Não de reproduz, em formato grande, por falta de qualidade... LG]

F02 – No barco turra, já em plena viagem no Rio Geba, alguns militares do meu batalhão.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F03 – Passagem da coluna fluvial pelo Mata Cão (?), empoleirado no barco, como se estivesse a fazer um cruzeiro de férias.  Acho que estamos na zona do Rio Geba Estreito, pois as margens estão perto, mas não sei.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.  

[Trata-se de Bambadinca, porto fluvial no Rio Geba Estreito, donde saiu a embarcação...No Mato Cão, o rio ainda era mais estreito, e metia mais "respeitinho"... LG]

F04 – Em plena viagem pelo Rio Geba, uma imagem do mastro com a bandeira nacional, e eu posando para mais uma recordação.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968. [Deve trata-se de Bambadinca, porto fluvial no Rio Geba Estreito, donde saiu a embarcação...A avaliar pela postura descontraída do Virgílio Teixeira....LG]

F05 – Passagem da ‘coluna fluvial’ por um aquartelamento algures no caminho de Bissau, [, na margem esquerda do rio Geba].  Está escrito no verso da fotografia que se trata de ´Jabadá’. Foi alguém que o disse.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F06 – Continuação da viagem Rio Geba a baixo, aproveitando o tempo para ‘tocar viola’.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F07 – Na hora da refeição, tomando o petisco, as rações de combate, nada mau.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F08 – Mais uma foto do aquartelamento de Jabadá, algures no nas margens do Rio Geba.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.


Direitos de Autor:

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM.  Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933 / RI 15, Tomar,  CTIG/Guiné de 21 Set 67 a 04Ago69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos,».

Acabadas de legendar, em  2019-03-19

Virgílio Teixeira

[Continua]

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Nota do editor:

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19150: Fotos à procura de... uma legenda (108): Xime... ou Jabadá ? (Virgílio Teixeira)



 Foto nº 31


Foto nº 32


Foto nº 33

Guiné > Região de Quínara > Jabadá 

Fotos (e legenda): ©  Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Rio Geba > c. 1970 >  Foto nº 1A > Um porto fluvial, visto de uma embarcação que se dirige a Bissau... Será Bafatá ? Será Bambadinca ? Será Xime ? Será Porto Gole ? Será Gampará ? Será Jababá ? Será Cumeré ? Será Ilha de Rei ? ... O que será ? (A foto nº 1 foi ampliada e editada.)


Foto: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário sobre o poste P14795 (*) , enviado por email por Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)


Data - 28/09/2018, 12:41
Assunto - POSTE 14795, de 24/6/2015 - À procura de uma legenda (56)

Bom dia Caro Luís,

Hoje andei por aqui a navegar à procura de algo, e aparece um Poste, acima indicado (*), já se passaram 3 anos, mas ainda é actual: à Procura de uma Legenda, ou onde fica aquela foto, e entre as hipóteses lá vem o nome de Jabadá!

Num dos meus Postes, não o encontro mas acho que os mandei para editar, é a saída de Nova Lamego, Rio Geba abaixo até Bambadinca.

Entre as muitas que tenho desta deslocação do Batalhão, a caminho depois para São Domingos, são do dia 26 Fev 68. Não há dúvidas. Tenho aqui 3 fotos onde escrevi à mão, o quartel e instalações de Jabadá, por onde passamos, e alguém disse que aquele posto era o quartel de Jabadá.

Quando vi o Poste 14795, a foto inicial nº 1, mesmo a cores, passados mais de 2 anos, foi tirada em 1970, tem indícios que se trata de Jabadá.  Tem o guindaste e mais alguns equipamentos, pode ter sido feita alguma obra importante em Jabadá, quem lá esteve em 1970 e seguintes, deve saber melhor.
aComo não há conclusão final após tantas opiniões, a maioria apontam para Xime, que não conheço, mas sem a total convicção, aqui vão estas para dar alguma luz ao assunto, ou simplesmente dizerem que não se trata disso.

Como fiz 2 viagens por este caminho, para cima e para baixo, também passei por Mato Cão, onde quase chegávamos com as mãos às margens, e também me passou pela cabeça, não da primeira vez mas da segunda, que estávamos ao alcance de uma granada de mão! Mas ninguém as lançou, pois os «T6 » andavam lá em cima a acompanhar toda a viagem.

Também li um poema teu a um Capitão, agora não me lembra o nome, talvez  [António] Vaz, que esteve doente, que me encheu as medidas. É uma obra prima o poema, parece que ainda é uma parte, pois há mais,  chamava-se a caminho do inferno...

Mas os louros vão mesmo para o poeta, são coisas ditas e poema, com as verdades todas lá escritas, não deixo de apreciar esta veia, os meus parabéns, já depois de tantas outras lidas...

Andam por aí umas confusões com as fotos das mamas das bajudas, alguém deve ser tão puritano como o Padre Frederico!.

Um abraço e manda dizer alguma coisa.

Virgilio Teixeira

2. Comentário do editor LG:

Virgílio, a malta que conheceu o Xime, como a palma da mão, não tem dúvidas: a foto nº 1A é o cais fluvial do Xime, em dia de chegada de barco ( Fernando Gouveia, J. L. Vacas de Carvalho, António Manuel Sucena Rodrigues, Antº Rosinha,  Sousa de Castro, eu próprio)... Mas também há  camaradas com dúvidas, e que conheceram ainda melhor do que eu o Xime: Abílio Duarte, Jorge Araújo... O Jorge diz que um das fotos pode ser do cais fluvial de Bambadinca... As tuas fotos, essas, sim,  mostram Jabadá, na margem esquerda do Rio Geba, no estuário, muito depois do Xime, já mais próximo de Bissau, entre Fulacunda e Tite... São tiradas da LDG, no meio do rio...Mas, eu, pessoalmente não gosto de teimar... Não confio assim tanto na minha memória visual... (**)
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Notas do editior:

(*) Vd. poste de 24 de junho de  2015 > Guiné 63/74 - P14795: Fotos à procura de... uma legenda (56): por aquele rio Geba... abaixo: que porto fluvial seria este ?

sexta-feira, 18 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15875: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (35): antigo quartel de Jabadá Porto, setor de Tite, ou outros antigos quarteis das NT na região de Quínara: quem quer e pode ajudar a Inês Galvão, jovem doutoranda em antropologia que vai estar até junho na Guiné-Bissau ?

1. Mensagem de Inês [Neto] Galvão,  doutoranda em antropologia pelo ICS/UL - Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa:

Data: 14 de março de 2016 às 11:53

Assunto: quartel de Jabada Porto, sector de Tite

Caro Luís Graça e demais camaradas:

Faço pesquisa de teor histórico e etnográfico sobre parentesco e política de género na região de Quínara, onde um mais-velho me contou viver cioso de retomar contacto com antigos colegas de armas e amigos portugueses. O seu nome é Luís Fanda e no cartão que me mostrou da Associação de Ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas tem os seguintes dados:

Cartão Milícia 25/02 n.º 360
Companhia 8, Caçadores 4610
Natural de Jabada Porto, sector de Tite

Sei que fez instrução em Bolama e que terá passado algum tempo na Amura, em Bissau, contando seguir para a metrópole.

Aproveito ainda para perguntar se no vosso grupo haverá alguém disposto a conversar comigo sobre o quartel de Jabada Porto ou outros de Quínara. Interessar-me-ia entrar em contacto com quem guarde vivências do quartel e queira partilhar apontamentos sobre os habitantes da tabanca e região, bem como sobre as relações entre estes e os portugueses então lá presentes (militares ou não).

Registos fotográficos e passagens literárias, mais ou menos pessoais, que partam de Jabada e Quínara com referência a matérias de parentesco, cerimónias e animismo também me seriam úteis.

Regressarei a Lisboa em Junho deste ano.

Até lá estarei contactável por e-mail:

galvines@gmail.com

ines.galvao@ics.ul.pt

Ficaria muito feliz se se conseguisse organizar uma vídeo-conferência para que o Luís voltasse ao contacto com os seus amigos.

Um abraço,
Inês




Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 >  Aquartelamento de Jabadá, na margem esquerda do Rio Geba




Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 > Aquartelamento de Jabadá > Edifício das transmissões, camarata do Comandante de Companhia, bar de sargentos e oficiais, cozinha e refeitório, e secretaria



Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 > > Enfermaria, central eléctrica, bar dos praças e depósito de géneros.




Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 > Depósito de água, padaria e cozinha

Fotos (e legendas): © António Rodrigues Pereira (2010). Todos os direitos reservados

2. Comentário do editor:

Inês, para já os nossos parabéns por (e votos de felicidade para) o seu projeto de doutoramento que, segundo a página do ICS-UL, é sobre "Género, poder e transformação social: uma etnografia histórica sobre relações conjugais entre balantas da Guiné-Bissau". (*)

Em linguagem da tropa, tiramos-lhe o quico!... Você é uma mulher valente, ao trocar este cantinho da Europa, com o seu relativo conforto e segurança, pelas agruras do dia-a-da da Guiné-Bissau.

Em relação ao seu pedido, teremos todo o gosto de ajudar, no que pudermos. Sobre Jabadá temos algumas referências no nosso blogue. Mandamos aqui umas fotos de 1974, com, o aquartelamento de Jabadá... Já nada destas instalações deve existir...

Tem também aqui o mapa de Tite (incluindo Jabadá). E há vários camaradas nossos, membros da nossa Tabanca Grande, que passaram pela região de Quínara ao longo dos anos da guerra (Tite, Fulacunda, Jabadá, Enxudé, S. João...). Aqui vão alguns (, a lista não é exaustiva). Espero que eles a possam ajudar, através de um primeiro contacto por email:

(i) José Inácio Leão Varela, ex-alf mil,  CCAÇ 1566, Jabadá, Pelundo,Fulacunda e S. João, 1966/68;  economista reformado, mora em Algés, Miraflores;

(ii) António Rodrigues Pereira, ex-fur mil at inf,  1ª CCAÇ / BCAÇ 4612/74, Cumeré, Jabadá e Brá,  1974;

(iii)  Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74; natural de Turquel, Alcobaça; é professor do ensino secundário, reformado; mora em Lisboa;

(iv) António Correia Rodrigues, ex-fur mil cav, CCAV 677, Fulacunda, S. João e Tite, 1964/66;

(v) Santos Oliveira, ex- 2.º sarg mil armas pesadas inf, Pel Mort 912 (Como, Cufar e Tite, 1964/66).

Quanto ao antigo milícia (ou soldado do recrutamento local?) Luís Fanda, os elementos de identificação que nos manda estão, por certo, errados... Ele estaria porventura ligado ao BCAÇ 4610... Só que temos dois batalhões, com esse número, o BCAÇ 4610/72 e o BCAÇ 4610/73... Cada batalhão (c. de 600 homens)  tinha 4 companhias (três de quadrícula e uma companhia de comando e serviços)... A Inês tem que reconfirmar os dados... E perguntar ao Luís Fanda por onde andou e quando e com quem... Se ele era natural de Jabadá, pode ter andado noutras regiões (Cacheu, Tombali, Gabu...). A Guiné-Bissau é grande, do tamanho da Holanda ou do nosso Alentejo... No nosso tempo, no tempo da guerra, era muito maior... Muitos de nós só conhecíamos o "buraco" onde fomos colocados... Enfim, não conhecemos, aqui no blogue,  nenhuma "Companhia 8", nem Companhia de Caçadores 4610...

Boa sorte... Talvez possa falar pelo Skype um dia destes com estes camaradas que lhe indico, ou então falar com eles quando regressar em junho. Disponha do nosso blogue... Eles vão ficar com os seus contactos... Mande-nos também fotos da região... E notícias, claro, de si e das gentes de Quínara. (**)
LG
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Notas do editor:

(*) Descrição do projeto de doutoramento da Inês Gouveia:

Este projecto visa investigar as relações de conjugalidade na Guiné-Bissau face à polémica sobre a poligamia e os casamentos «arranjados», ditos «forçados» ou «precoces», e face aos debates sobre emancipação e subalternidade feminina. Integradas estas questões no âmbito mais alargado do parentesco e da política de género, a pesquisa tomará as populações identificadas sob o etnónimo balanta como âncora empírica. Através da exploração histórico-etnográfica do campo de litígio gerado em torno destes casamentos e do estudo de práticas de rejeição dos mesmos, considerar-se-ão conexões com processos sociais mais vastos, como aqueles movidos pela expansão da economia capitalista, pela implementação do Estado colonial e pós-colonial, bem como pelo contacto entre distintos modelos de conjugalidade e casamento. Este projeto é apoiado pela Bolsa FCT referência SFRH/BD/94769/2013.

(**) Último poste da série > 20 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15771: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (34): É crocodilo ou jacaré ? Caros leitores, corrijam as legendas, se for caso disso...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14220: Pequenas recordações, a minha máquina fotográfica e o meu rádio (Leão Varela)

1. Mensagem do nosso camarada Leão Varela, ex-Alf Mil da CCAÇ 1566 (Jabadá, Pelundo, Fulacunda e S. João, 1966/68), com data de 27 de Janeiro de 2015:

Boa Noite Amigos Luís, Carlos e restantes Camaradas
Vinha com a ideia de escrever uma pequenina e simples história de cariz humano e que nunca mais esqueci pelo que significou para mim. Contudo, hoje vou ficar-me por vos deixar duas fotos: a da minha máquina fotográfica e a do meu primeiro rádio que só troquei na segunda vez que vim de férias e que comprei em Bissau mas que já não o tenho.
Elas aqui ficam.

Abraço-vos com amizade
Leão Varela



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Nota do editor

(*) Vd. poste de 11 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14007: Tabanca Grande (452): José Inácio Leão Varela, ex-Alf Mil da CCAÇ 1566 (Jabadá, Pelundo, Fulacunda e São João, 1966/68)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Guiné 63/74 - P14173: Historiografia da presença portuguesa em África (52): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte IV (Mário Vasconcelos): Há, pelo menos, 6 comerciantes libaneses em Bafatá: Jamil Heneni, Toufic Mohamed, Rachid Said, Fouad Faur, Salim Hassan ElAwar e irmão











Fotos: © Mário Vasconcelos (2015). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Mais anúncios de casas comerciais, da Guiné, que foram publicados  em Turismo - Revista de Arte, Paisagem e Costumes Portugueses, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2. (*)

Desta vez fizemos uma seleção dos estabelecimentos abertos em Bafatá... Há surpresas curiosas: já havia, na época,  telefone!... Há pelo menos um empresário com telefone, o Fausto da Silva Teixeira, dono de um serração mecânica, fundada em 1928.  Em Bafatá, deveria ter os escritórios e a residência. As serrações deveriam ser em Fá e em Banjara. [Haveremos de descobrir mais tarde que este homem foi deportado, sem julgamento, para a Guiné em 1925, no final da I República. alegadamente por pertencer ao Partido Comunista Português.]

Todas as caixas comercias têm caixa postal e endereço telegráfico. 

Por outro lado, há um comércio diversificado e até especializado: o Abílio Carvalho Vieira, na sua loja, têm uma secção de produtos farmacèuticos, e a pensão e restaurante Bafatá, além dos pratos regionais e cozinha transmontana (!), oferece "os melhores whiskys (sic) e cervejas geladas" no seu serviço de bar...

Há, pelo menos, 6 comerciantes libaneses em Bafatá, em 1956: 

(i) Jamil Heneni, com grandes plantações de arroz em Jabadá [e não Janbanda], na região de Quínara [, mais um imperdoável  gralha!]; 

(ii) Toufic Mohamed [ou não seria Taufic ? Muitos dos anúncios vêm gralhados;: por ex, Bambadinga, em vez de Bambadinca, Bajicunda em vez de Bajocunda; o que quer dizer a toponímica da Guiné era "estranha" aos nossos jornalistas e tipógrafos...];

(iii) Rachid Said

(iv) Salim Hassan ElAwar e irmão (com sede em Bafatá e filial em Cacine, e não Canine, como aparece no anúncio: mais uma gralha tipográfica a juntar-se a muitas outras desta edição especial da revista de Turismo...); há um membro da família, presume-se, Mamud ElAwar, que era um conceituado comerciante de Bissau;

(v) Fouad Faur, com lojas também em  Piche,  Paunca, Bajocunda e Bambadinca.

Outro comerciante de Bafatá, com boa implantação no leste, era o Adelino A. Esteves, com filiais em Canquelifá, Saré Bacar e Cambaju.

Pela quantidade de anúncios publicados neste nº especial da revista, metropolitana, Turismo, dedicado à província portuguesa da Guiné) (*), parece que quase toda a gente quis "aparecer na fotografia".

Não sabemos se as grandes casas comoa  Gouveia  e a Ultramarina também aparece neste "mostruário" das "forças vivas" da colónia, e nomeadamente as da esfera económica, constituída por  pequenos comerciantes e empresários, de origem metropolitana, caboverdiana e libanesa.

 Como temos vindo a observar, estes anúncios (que nos chegaram às mãos através do nosso camarada Mário Vasconcelos) são um preciosidade, pelas inesperadas informações que nos trazem de lugares que muitos  de nós conhecemos e cuja prosperidade económica, mesmo que relativa, vai ser posta em causa (e em muitos casos destruída) com o início da guerra, iniciada em Tite, na região de Quínara, em 23 de janeiro de 1963, vai fazer amanhã 52 anos!


 [Foto à acima: Mário Vasconcelos, ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72, Mansoa, e Cumeré, 1973/74]

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 21 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14169: Historiografia da presença portuguesa em África (48): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte III (Mário Vasconcelos)