A propósito das 'muito dadas'... Midsummer at Skansen, Stockholm. [ Solstício de verão em Skansen, Estocolmo]. Source / Fonte: Routes North - Scandinavia Travel Guide / Rotas do Norte - Guia de Viagens da Escandinávia . Bilderna kan vara skyddade enligt upphovsrättslagen / As imagens podem estar protegidas por leis de direitos de autor.]
(Cortesia de Joseph Belo. Reproduzido com a devida vénia...)
1. Mensagem do nosso amigo e camarada José Belo que continua, "de pedra e cal", como régulo da Tabanca da Lapónia, em pleno solstício do Verão, não se prevendo, no horizonte ( agora que é dia todo o dia), nenhum "golpe de Estado" que lhe derrube a estátua...
Pelo sim, pelo não, montou guarda, com as suas renas e os seus cães, à entrada da sua morança, adiando a sua viagem para o "bem-bom" de Key West, a terra no mundo há mais idosos milionários por metro quadrado:
Date: quinta, 2/07/2020 à(s) 16:21
Subject: Pedagogias várias
Os textos por mim enviados para o blogue sob o título “Da Suécia com saudade” são já numerosos e diversificados.
Um dos camaradas comentadores referiu-se a eles( com muito saudável ironia, tendo em conta as nossas idades) como...”pedagógicos”.
Fez sorrir os lapöes,o que não é sempre fácil.
Vou enviar-te algumas considerações de macho-ibérico velhote quanto ao meu muito usado termo “Muito Dadas” quando me refiro a pseudo realidades locais.
Segue em duas partes unicamente para não exagerar o E-mail.
Da Suécia com Amizade ....um grande abraço. (Francamente, Amizade, muita!...Saudade, só do nosso mar!)
Pedagogias várias >
Pedagogias várias >
Estas curtas semanas em que por aqui existe o Sol da Meia-noite são sempre "criativas ".
Vinte e quatro horas de luz diária servem para muito! Não será por acaso que daqui a nove meses nasce o maior número de crianças suecas, ano após ano, confirmado pelas estatísticas.
Provérbio luso-lapão: "Mas ainda melhor que as mulheres ,é o vodca, que faz esquecer as mulheres". (Luíz Pacheco, escritor maldito, dixit, ou dizem que disse...)
Comentário de José Belo, criador de renas e pensador nas horas vagas do Círculo Polar Ártico: "Entre os rebanhos de renas, e os não menos numerosos ursos, a profunda e universal filosofia lapónica, há muito que têm vindo a eclipsar os muito menos reconhecidos pensadores das antiguidades clássicas grega e romana"
(Ciortesia de Joseph Belo)
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Vinte e quatro horas de luz diária servem para muito! Não será por acaso que daqui a nove meses nasce o maior número de crianças suecas, ano após ano, confirmado pelas estatísticas.
O tema "Suécia ", já demasiado repetitivo para este tipo de blogue, terá para muitos ..."o interesse que tem ". Para outros nada diz. Há ainda os que ,aparentemente , se sentem quase provocados.
Interessante verificar que as asserções tiradas por alguns são sempre mais radicais quanto menor é a altura do campanário da igrejinha. Natural.
Para uns a Escandinávia é um mítico paraíso social, enquanto que para outros mais não é que um pântano de promiscuidades várias.
A Suécia como um país que sempre procurou ajudar os que lutam pela liberdade e justiça social (utilizando os milhões mensalmente pagos ao Estado pelos cidadãos com os seus impostos), ou a Suécia constituída por idealistas ingénuos,sempre facilmente enganados nos seus investimentos e negócios por esse mundo fora?
Pouco tem sido referido nestes "diálogos" a enorme indústria de guerra sueca e suas exportações que formam boa parte das receitas. Um pouco como quanto ao caso da Suíça.., muitos confundem a palavra "neutralidade " com a palavra "pacifismo".
Desde satélites com fins militares,a aviões de combate e reconhecimento dos mais sofisticados, corvetas, submarinos, mísseis, blindados ligeiros e pesados, artilharia,viaturas todo o terreno,todo o tipo de armamentos ligeiros,etc,....tudo fabricado no país e continuamente exportado.
Como explicar que tão ingénuos "nabos" tenham conseguido a riqueza e realidades sociais do país actual?
E por muito difícil que seja compreender aos nossos mais "estremados patrioteiros", os seus correspondentes suecos também, como eles, se embrulham frequentemente em bandeiras nacionalistas de conveniências várias.
Mas, e regressando aos profundos pensamentos pedagógicos da cultura clássica lapónica tão bem espelhada nestes textos.....não queria terminar esta série sem procurar desmistificar (!) as minhas continuas referências às míticas suecas como sendo,,, "Muito Dadas".
E é sempre muito limitativo isolar as suecas das restantes escandinavas. Um bom exemplo será a vizinha Noruega. Precisamente o mesmo grupo étnico, a mesma cultura, as mesmas tradições, a mesma língua (com a mesma variante de entoação como entre o português e o brasileiro), a somar-se a uma independência da Suécia de unicamente 150 anos, Wm claro, e....as mesmas lindas mulheres!
Mas na mitologia do Sul, e apesar da total inexistência de distinção, as suecas são sempre....as mais "dadas"!
Recordo que, quando já a viver na Suécia, ao tirar o meu curso nos States, verifiquei um dia que tudo o que de pornografia se tratava, fossem filmes, revistas, etc, para ter venda em quantidade, tinha sempre que ter uma pequena bandeira sueca no canto superior direito.
Curiosamente todo este material era produzido,,, na Dinamarca!
Historicamente as sociedades escandinavas nunca consideraram a sexualidade com as fortes características e "lastros" pecaminosos das culturas católicas.
O forte puritanismo luterano não conseguiu sobrepor-se a toda uma histórica tradição de muitos séculos de igualdade de procedimentos entre ambos os sexos. Igualdade de procedimento quanto a uma atitude activa por parte de ambos os sexos. A componente pecaminosa não faz parte desta
tradição.
Nas culturas do Sul apoia-se e encoraja-se o activismo masculino quanto às buscas de relações sexuais, enquanto na cultura nórdica este "activismo " é olhado como iqualitário.
O menino Zezinho será olhado, invejado e admirado pelos amigos da sua rua ao ter já "engatado" duas dúzias de raparigas. A menina Zezinha, tendo em conta duas dúzias de rapazes, mais não é que uma promíscua.
Na Escandinávia duas dúzias são duas dúzias. As da Zezinha não são maiores que as do Zezinho!
Este pequeno-grande detalhe cria a tal ideia quanto às..."Muito Dadas".
Desde que saí de Portugal, há mais de quarenta anos, muita água terá corrido sobe as pontes. Mas ao comparar as escandinavas de hoje com as minhas amigas do Estoril, Cascais, Liceu Francês de Lisboa, dos finais dos anos sessenta, o conceito de "muito dadas" torna-se muito relativo.
Voltando às saudáveis ironias quanto a pedagogias várias, seria muito recomendável que alguns dos nossos jovens machos-ibéricos ouvissem os comentários das jovens suecas quando regressam a casa depois de umas férias felizes no Sul da Europa. Na maioria dos casos a IRONIA em relação aos muitos "mal-entendidos ", e "importâncias" das situaçõesm é demolidora. Faz doer ao ego deste Lusitano.
Um abraço do J. Belo
2. Comentário do editor LG:
José, também é do "mar do Cerro" (onde se apanhm as "sardinhas de Peniche") que eu vou ter saudades quando morrer... Sim, isto das saudades, tem muito que se lhe diga... É o sentimento mais ambivalente que um "tuga" pode experimentar... Há sempre, na saudade, um relação de amor-ódio...que é o que sente um "emigra" em relação ao seu país que ficou para trás...a "pátria que te pariu"
Mas aceita, com bom humor e uma ponta de ironia, este título, "Da Suécia com saudade"... Tem ajudado a "vender o blogue" e a bater audiências... 12 milhões, é obra, mano!
Fico à espera do próximo "material"... Um abraço, aqui do Douro Litoral, da Tabanca de Candoz... Luís
PS - Sim, confirmo que, "este artista quando jovem", o primeiro filme pornográfico que viu, nos idos 60, em oito milímetros, era "dinamarquês", mas tinha a bandeirinha da Suécia para enganar... o macho-ibérico!... E mais: embora gostasse mais de "francesinhas", teria sido capaz de desertar (das fileiras da tropa) para a Suécia, só por causa da (afinal, falsa) propaganda de que as "suecas eram muito dadas"... Eu acho que esse mito foi construído só para desmoralizar o Salazar, o Cerejeira e os seus "muchachos"... E, claro, a nossa querida Cilinha!... Mais houve quem lá fosse "ver para crer",,,
2. Comentário do editor LG:
José, também é do "mar do Cerro" (onde se apanhm as "sardinhas de Peniche") que eu vou ter saudades quando morrer... Sim, isto das saudades, tem muito que se lhe diga... É o sentimento mais ambivalente que um "tuga" pode experimentar... Há sempre, na saudade, um relação de amor-ódio...que é o que sente um "emigra" em relação ao seu país que ficou para trás...a "pátria que te pariu"
Mas aceita, com bom humor e uma ponta de ironia, este título, "Da Suécia com saudade"... Tem ajudado a "vender o blogue" e a bater audiências... 12 milhões, é obra, mano!
Fico à espera do próximo "material"... Um abraço, aqui do Douro Litoral, da Tabanca de Candoz... Luís
PS - Sim, confirmo que, "este artista quando jovem", o primeiro filme pornográfico que viu, nos idos 60, em oito milímetros, era "dinamarquês", mas tinha a bandeirinha da Suécia para enganar... o macho-ibérico!... E mais: embora gostasse mais de "francesinhas", teria sido capaz de desertar (das fileiras da tropa) para a Suécia, só por causa da (afinal, falsa) propaganda de que as "suecas eram muito dadas"... Eu acho que esse mito foi construído só para desmoralizar o Salazar, o Cerejeira e os seus "muchachos"... E, claro, a nossa querida Cilinha!... Mais houve quem lá fosse "ver para crer",,,
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Nota do editor:
Último poste da série > 1 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21126: Da Suécia com saudade (74): A raposa, as uvas e... o solstício do verão na Tabanca da Lapónia (José Belo)