Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Guiné 63/74 - P5326: Notas de leitura (35): A Geração do Fim, memórias de um Curso de Infantaria de 1954 (Beja Santos)
Malta,
Está-me a saber bem vadiar nestas leituras espúrias, tenho agora para ler o resto álbum fotográfico do José Henriques de Mello, o livro do Alpoim Calvão e o trabalho do José Luís Castanheira “Quem mandou matar Amílcar Cabral?”.
É uma maneira de descansar das minhas agruras nas marchas finais deste livro que não há meio de chegar a bom termo.
Um abraço do
Mário
Uma curiosa miscelânea dos cadetes do curso de 1954,
Inesquecíveis memórias da Guiné
Por Beja Santos
O livro tem um título equívoco: a geração do fim, até se pode pensar nos vencidos da vida, de gente a precisar de cuidados terminais, o que de mais lúgubre se possa imaginar. Afinal, “A Geração do Fim” tem a ver com memórias do curso de Infantaria de 1954, gente que chegou ao fim do Império, calcorreando as suas parcelas, entre a paz e a guerra. É uma miscelânea espantosa de memórias, impressões, vínculos, afectos. Os infantes constituíram uma comissão redactora e juntaram crónicas verdadeiramente descontraídas. O resultado desses 50 anos de cumplicidades merece aplauso: “A Geração do Fim, Infantaria, 1954 – 2004”, Prefácio, 2007).
Este livro do curso de Infantaria de 1954 – 1957 abarca múltiplas histórias, duas, pelo gigantismo da descrição humana ou pela natureza dos combates duríssimos, tem a ver connosco. A primeira, aquela que sem qualquer hesitação incluiria numa antologia dedicada à Guiné, contempla a memória da CCaç 555, a partir de 1963, por António Ritto. Que história, que profunda humanidade! Respigo alguns parágrafos: “O dia de embarque no Niassa foi muito chuvoso e num cruzamento um motociclista civil, vindo da esquerda em derrapagem, ficou com o crânio esmigalhado de baixo do pneu da primeira viatura da companhia de transportes. Mau presságio, disseram alguns”. Começava tudo com sangue derramado, mas esta CCaç 555 foi uma lição de solidariedade. Chegaram a Bissau sem nunca ter lidado com a G3. Depois do treino, partiram para Cabedu em plena mata do Cantanhês. Durante a viagem, houve tiroteio e tiveram o primeiro ferido grave. Escreve o narrador: “Cabedu resumia-se a quatro pequenas casas, sendo uma da casa comercial Gouveia, outra da Ultramarina e as duas restantes de dois libaneses que com a eclosão da luta armada tinham abandonado a região e a companhia ocupou. Os empregados das casas comerciais eram cabo-verdianos e o da Ultramarina retirou-se para Bissau quando chegámos. O da Gouveia ficou e manteve o comércio com a população que vendia o seu arroz, o coconote e a cola, em troca de panos, fósforos, loiça de alumínio e quinquilharias”.
E do pouco se fez muito: abriram-se poços para lavar, beber e cozinhar; criaram-se fossas sanitárias, um forno para pão com tijolos refractários, cortaram-se centenas de palmeiras para se fazer um campo de aviação, importante para as emergências e para receber correio, e de igual modo essas palmeiras serviram para criar abrigos, depósitos de munições, com elas se construiu um caminho de centenas de metros até ao local onde chegavam embarcações uma vez de 40 em 40 dias, com reabastecimentos.
No coração da luta, nesse temível Cantanhês, os Infantes aprenderam o jogo com um pau de dois bicos: a população não queria partir para o mato mas não deixava de dialogar com os que estavam no mato. Os Infantes de Cabedu tinham uma tabanca a três quilómetros com gentes das etnias Nalu e Sosso. Os homens dos 20 aos 30 anos tinham desaparecido, estavam com o Nino no interior da mata, aos mais jovens, os que ficaram, foram-lhes dadas aulas de português, carpintaria, mecânica-auto. A todos se prestou assistência médica e medicamentosa. Lê-se o relato de António Ritto e quem lá esteve e viveu situações afins comove-se com o registo genuíno, a ausência de auto-glorificação, o elogio do indefectível companheirismo, que permanece vivo. Para ler e para guardar para a história.
O coronel pára-quedista José Moura Calheiros, segundo comandante do BCP – Batalhão de Caçadores Pára-quedistas, relata a reocupação do Cantanhês a partir do COP4, em Cufar. Descreve a operação “Grande Empresa” que tinha como objectivos principais Cadique, Caboxanque e Cafine, em finais de 1972. Foi, como se sabe, uma reocupação temporária, o PAIGC desencadeou várias ofensivas no Norte e no Sul, apareceram os mísseis Strella, Guidage e Guileje estiveram cercados, a CCP 123 procurou aliviar a pressão sobre Guidage cercada, atacaram a base de Cumbamori, mas tiveram que ir mesmo que se confrontar com o PAIGC à volta de Guidage. Há muito pouco mais a dizer, é matéria que o blogue tem largamente desenvolvido, não há novidades a contar.
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 22 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5317: Historiografia da presença portuguesa (32): O que José Henriques de Mello viu no Cuor e em Bissau (Beja Santos)
Vd. último poste da série de 17 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5287: Notas de leitura (34): As Lágrimas de Aquiles, de José Manuel Saraiva (Beja Santos)
Guiné 63/74 - P5325: Agenda Cultural (46): Colóquio Internacional Representações de África na Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)
Bom dia, Carlos e Luís.
Segue o programa das "Representações de África...". Talvez seja ainda cedo para colocar na "agenda cultural". Farão como for mais conveniente.
Um abraço,
Carlos
O nosso camarada Carlos Cordeiro é professor de História Contemporânea na Universidade dos Açores em Ponta Delgada, e vai ser um dos conferencistas no Colóquio Internacional "Representações de África e dos Africanos na História e Cultura (Séculos XV a XXI)", a ter lugar nos dias 26, 27 e 28 de Novembro de 2009, naquela Universidade. A sua intervenção tem como título "A Guerra do Ultramar em discurso directo: os blogues como fonte de pesquisa histórica".
Programa do Colóquio
Clicar nas imagens para ampliar
Ao Carlos Cordeiro desejamos que a sua comunicação sirva para alertar os presentes para o papel que nós, os ex-combatentes, desempenhamos ao expôr publicamente nos blogues, muitas vezes discordando entre nós, as nossas vivências e experiências mais ou menos dolorosas psicologicamente, e em muitos casos, demasiados, fisicamente, deixando assim para futuro massa crítica que servirá de base para os estudiosos poderem continuar a História de Portugal.
O Carlos prometeu dar-nos posteriormente notícia da forma como correu o Colóquio, principalmente da sua intervenção, que nos tocas mais de perto.
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Nota de CV:
(*) Vd. poste de 7 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5068: As nossas placas de identificação (Carlos Cordeiro)
Vd. último poste da série de 15 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5276: Agenda Cultural (45): Semana Cultural da Guiné-Bissau, 16 a 20 Novembro, no Clube Literário do Porto (Regina Gouveia)
Guiné 63/74 - P5324: FAP (37): TEVS a Aldeia Formosa e Buba (Jorge Félix)
domingo, 22 de novembro de 2009
Guiné 63/74 - P5323: Estórias avulsas (17): Reencontro de irmãos (Armandino Alves)
Guiné 63/74 – P5322: Estórias do Mário Pinto (Mário Gualter Rodrigues Pinto) (28): O COP4 (Mário Pinto/José Teixeira/Vasco da Gama/Carlos Farinha)
CART 2414, 2519, 2521.
Pel Nat 55, 60 e 68.
Pel Milª 137.
Pel Mort 2138.
Pel Fox de Aldeia Formosa.
Pel Art 14 de Aldeia Formosa.
15ª Cia de COMANDOS.
121ª Cia PARAQUEDISTAS.
8.º DESTACAMENTO DE FUZILEIROS.
ESQUADRILHA DE T6 da BA12.
ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS da BA12.
ESQUADRÃO DE PANHARD de Teixeira Pinto.
CCAÇ 1792 (Lenços Azuis).
Pel Mort 1242.
Pel Rec Fox 2022.
Guiné 63/74 - P5321: Memória dos lugares (57): Tabanca de Sucujaque na fronteira norte da Guiné-Bissau com o Senegal (Patrício Ribeiro)
Boa noite
Para actualizar a noticias deste blogue, junto algumas fotos de 2009 da tabanca de Sucujaque e da linha de fronteira no rio Sucujaque, a dois quilómetros da tabanca onde se apanha a canoa para o Senegal.
Esta fronteira tem bastante movimento de pessoas a pé, bicicleta e moto que é possível atravessar na canoa, junto ao marco de Cabo Roxo, (estrutura em ferro com alguns metros de altura) instalado pelos portugueses e franceses, há pouco mais de 100 anos.
Do lado do Senegal, existe a povoação de Cap Skirring, que tem dezenas hotéis e recebe milhares de turistas europeus por ano.
A linha de fronteira no GOOGLE, não está correcta.
Um abraço
Patricio Ribeiro
impar_bissau@hotmail.com
Localização da Tabanca de Sucujaque da Guiné-Bissau junto à fronteira com o Senegal
Vistas da Tabanca de Sucujaque
Fotos: © Patrício Ribeiro (2009). Direitos reservados.
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 22 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5316: Memória dos lugares (56): Reportagem fotográfica de Gadamael (Jorge Canhão)
Guiné 63/74 - P5320: Controvérsias (56): Direito de resposta (Joaquim Mexia Alves)
Guiné 63/74 - P5319: Em busca de... (103): Procuro informações sobre… (José Martins)
- António Aldeia Soares, conhecido por "Aldeia", foi soldado da Companhia de Caçadores 2596 do Batalhão de Caçadores 2886, que esteve em Angola, no período 1969 a 1971, é natural da freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa. Está recenseado na freguesia de Loures, concelho de Loures. Segundo António Aldeia Soares, o Capitão Valente foi o comandante da Companhia de Caçadores 2596 e o comandante do seu Pelotão foi o Alferes Vale.
- José Aldeia Soares, foi soldado na Guiné (não referenciou mais nenhuma informação). Sobre este camarada da Guiné, sabemos que foi mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7 em Lisboa, e que esteve em Bissau e Bafatá. Penso tratar-se de uma companhia operacional. Estes dados foram por mim recolhidos quando falei com o José Aldeia Soares, antes do envio da carta aberta. Vou continuar a investigação nos meus arquivos e no AHM.
Guiné 63/74 - P5318: Blogoterapia (130): A guerra exisitu!... (Fernando Santos)
Camaradas:
Se tiverem algum interesse neste artigo, podem divulgá-lo, inclusivé para publicação no Blogue.
[...]
Abraços,
Fernando Santos
BAA 3434 "As Avezinhas" - Guiné 1971/73
Jaime Machado e Fernando Santos, na Tabanca de Matosinhos.
Foto retirada do site da Tabanca de Matosinhos, com a devida vénia
A Guerra Existiu!...
“Os que morreram, viajaram envoltos na Bandeira da Honra, com a legenda: Portugal!...”
Foi há 36 anos. Já lá vai muito tempo!...
De repente, apetece-me escrever que a Liberdade, hoje, ainda não é como o ar que respiramos. Não sendo anómala nem rara é uma causa muito preciosa que todos temos de manter e dela falar!... É que o silêncio, não é só a ausência das palavras. Também é o adormecimento das causas, a camuflagem dos valores e tantas vezes a renúncia imposta às memórias que não deveriam sumir na poeira dos tempos!...
A Guerra Existiu!...
E há 36 anos, no dia 26 de Maio de 1971, no cais de Alcântara em Lisboa, a bordo do navio “Angra do Heroísmo”, uma Bateria de soldados, especializados em anti-aérea, partiu rumo à Guiné. Era a Bateria Anti-Aérea 3434, baptizada com o nome dos “Avezinhas”.
Também nessa altura, era um tempo de Maio. Um Maio já prestes a despedir-se de maduro, vestido de incerteza e de mistério por tudo aquilo que haveria de acontecer no futuro das madrugadas nascentes, no seio daquela terra africana, no coração do seu Paiol e dos bafos vermelhos que acariciavam o rosto de rapazes na casa dos vinte e poucos anos de idade!...
Na altura, o serviço militar era obrigatório.
Que o digam as centenas de matosinhenses que foram mobilizados para as nossas ex-colónias ultramarinas.
Mas é acerca da Bateria Anti-Aérea 3434 – os “Avezinhas” – que eu gostaria de escrever esta semana. Até porque neste contingente militar, foram incorporados alguns camaradas de armas, patrícios meus, que ainda hoje, felizmente, vivem e habitam no nosso concelho.
E se é verdade que as pessoas reagem a estímulos exteriores, o encontro convívio e de saudade, que tive com os “Avezinhas”, no passado Sábado, motivou-me a comungar com os meus caros amigos leitores, alguns testemunhos de vida que marcaram, indelevelmente, os meus 21/23 anos!... Foram tempos já distantes, em que os horizontes para a minha pequena adultês pareciam quebrados e o medo existia escondido nos nossos olhares que se cruzavam com os olhares côncavos e famintos das crianças nativas vestidas de inocência!
No passado Sábado, no Santuário do Sameiro, em Penafiel, os “Avezinhas” tiveram o seu encontro de ex-militares que fizeram parte daquela incorporação. Evocamos – alguns de nós já com o babado estatuto de avós – o nosso tempo de juventude passado a combater na ex–colónia da Guiné. Rezamos pelos camaradas já falecidos e relembramo-nos de alguma da nossa actuação, ainda que involuntária, no palco das operações do teatro da guerra.
Nesse encontro estavam camaradas de Matosinhos e que, curiosamente, lêem o Jornal de Matosinhos!
Prometi-lhes que escreveria uma crónica a referir a guerra colonial para que, a juventude matosinhense não se esquecesse que os seus pais e os seus avós, provavelmente, passaram por essas acerbas provações! Não podemos branquear esta parte da História recente de Portugal.
A Guerra Existiu!
O papel dos soldados portugueses, como embaixadores da política do Estado Novo, terminou no dia em que a bandeira portuguesa foi arreada dos palácios dos Governadores das respectivas colónias e de todos os edifícios públicos.
Hoje, passados estes anos, a pergunta continua escondida acutilantemente, na mente de muitos ex-combatentes:
- Valeu a pena?!...
Claro que valeu a pena, digo eu!...
A História é feita de tudo isto. De dicotomias. De contradições. Neste caminhar inexorável, vivemos amores e lavramos desamores; semeamos amizades e criamos ódios inóspitos; fomos o “eu” e fomos o “outro” num caminhar intermédio e subterrâneo; embrutecemos e tornamo-nos sensíveis transportando na nossa formação constante o cheiro das tabancas e a melodia da mata verde que moldaram para sempre o nosso sentir e a nossa personalidade. Anjos ou Demónios, francamente não sei, nesta catarse ainda por inventar…
O que sei, é que nesse dia de final de Maio de 1971, quando os “Avezinhas” chegaram à Guiné, ao desembarcarem no cais do Geba, em Bissau, sentiram um sol intenso, vermelho, a confundir-se com o vermelho de uma terra jamais vista!... Depois, em coluna militar, lá fomos, com destino ao primeiro aquartelamento situado no Cumeré. Pelos estradas – algumas de terra batida – camaradas de guerra prestes a regressarem à metrópole, saudavam-nos num ritual e praxe guerreira: “Piu…Piu…Piu. Salta Pira…”, ou então, numa música mais estridente e sádica do que motivadora, cantavam gozões e intimidatórios:
“Piriquito vai pró mato, olé, olé… que a velhice vai p’ra Bissau, olé, olé!...”.
Nessa altura, os nossos olhares virgens de maçaricos, admirados, penetravam naquele mundo novo, feito de mulheres negras com os seios caídos de uma nudez sensual, jovem e hirta que da berma dos caminhos nos acenavam, ou então, pelas “mulheres grandes” de pele ressequida, as quais, nos olhavam sentenciadoras, como quem já adivinhava o nosso futuro!...
Chegados ao Cumeré, a nossa primeira reacção foi perguntar:
- Aqui já aconteceram ataques?!...
A resposta surgiu motivadora e a vida lá continuava num ritmo de adaptação às novas gentes, ao novo clima e às novas mentalidades. Como recordo os dias decepcionantes do “lerpanso” do correio. Nem uma carta. Nem um aerograma. Nada! Só as carícias cantadas em crioulo pelas bajudas nativas.”Parte um peso, pessoal!...” E lá recebiam o “patacão!...”
No dia 9 de Junho de 1971 (faz amanhã 36 anos), o “inimigo” – de propósito entre aspas – brindou-nos com o seu “baptismo de fogo!...”
Era uma quarta–feira!... A noite espreitava do poente. A G3 era a nossa companheira, num artifício de fogo tricotado, belo e trágico!... Não víamos nada!... Só fogo reluzente e o ribombar das granadas e dos obuses!... Disparávamos ao encontro do vácuo!...
Era a Guerra!... Os “Avezinhas” tinham chegado somente há nove dias à Guiné!...
Nesse ataque, no dia 9 de Junho de 1971, morreu um camarada. Outros ficaram marcados no corpo e no espírito para toda a sua vida…
Eu sou testemunha que a Guerra Existiu!...
f.silvasantos@netcabo.pt
Fotos da Guiné-Bissau de autoria Fernando Inácio © Direitos Reservados, com a devida vénia
2. Comentário de CV:
Caro Fernando. Não costumo fazer comentários aos textos dos camaradas. Quem sou eu para isso?
No entanto é um prazer publicar prosa ou verso com qualidade. Foi o caso deste teu trabalho.
Sei que tens participado nos almoços dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, porque tenho registo da tua presença. Não por isto, mas também, estou a convidar-te a colaborares neste Blogue, que como sabes tem a missão de fazer um registo de histórias dos ex-combatentes da Guiné. Nesta Caserna virtual têm lugar militares do Quadro Permanente ou Milicianos; oficiais, sargentos e praças; licenciados ou não. Tudo em pé de igualdade, porque o que nos une é aquele pequeno país de terra vermelha e ar sufocante, e tudo o que por lá passámos.
Envia-nos os teus elementos militares como: posto, locais por onde andou a tua Unidade, data de ida e regresso, e uma foto actual e uma antiga, tipo passe em JPEG. Manda-nos também mais um dos teus textos e eu faço a tua apresentação formal à tertúlia. Teremos muito prazer em receber-te nossa Tabanca Grande.
O endereço electrónico do nosso Blogue é: luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
Obrigado por esta tua colaboração que espero seja a primeira de muitas.
Recebe um abraço do camarada
Carlos Vinhal
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Vd. último poste da série de 18 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5294: Blogoterapia (129): A guerra que Portugal não ganhou (José Teixeira)