Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Guiné 63/74 - P8649: Parabéns a você (298): Anselmo Garvoa, ex-Fur Mil da CCAÇ 2315/BCAÇ 2835
Notas de CV:
Anselmo Garvoa foi Fur Mil na CCAÇ 2315/BCAÇ 2835, Mansoa e esteve na Guiné de Janeiro de 1968 até ser ferido em combate em 30/9/1968, e evacuado para o HMP
Vd. último poste da série de 8 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8647: Parabéns a você (297): Henrique Martins de Castro, ex-Soldado Condutor Auto da CART 3521
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Guiné 63/74 - P8648: O Regresso dos Heróis (Domingos Gonçalves) (1): Muitos anos depois
DEDICATÓRIA
A todos os colegas da CCAÇ 1546 do BCaç 1887
Agora já só resta o sonho.
A aldeia acorda, cada manhã, envolta num lençol de paz, e eu deixo-me penetrar da calma que domina as coisas que, tranquilamente, descansam à minha volta.
Pelo dia além, muito leve, a aragem sopra do pinhal e traz para junto de mim um cheiro agradável, cheio de serenidade e de saúde.
De quando em quando os pardais esvoaçam em frente da minha janela, muito alegres e pequenos, curiosos, talvez, de saber em que estou a pensar. E o Sol ilumina-lhes a penugem escura, enquanto se movem no espaço.
Todavia, este ambiente tranquilo que num passado cada vez mais distante tanto desejei, ainda me não parece verdadeiro. O meu sono é perturbado ainda muitas vezes por sinistras recordações de um passado não de todo esquecido, imagens quase vivas de tantas situações macabras em que me encontrei.
Depois, quando acordo, não posso deixar de sorrir das imagens balofas do meu sonho. E porque compreendo as causas mais profundas desse sonhar, continuo sossegado... Consigo mesmo adormecer de novo tranquilamente...
Eu sei muito bem que, agora, já só resta mesmo o sonho.
Eu sei que essa realidade passou por mim, qual sombra fugidia, se deteve à minha frente durante breves momentos, só para que eu a contemplasse, e foi depois, despedaçar-se, ingloriamente, nos abismos pedregosos do passado, desse passado amargo e doloroso, mas, apesar de tudo, feito de muita saudade.
Hoje eu posso dizer que todo o sofrimento humano é passageiro. Posso, até, afirmar que me dá uma certa alegria o facto de poder recordar alguns desses momentos passados no meio da ansiedade e do perigo.
Ainda bem que tudo assim aconteceu... Amanhã talvez consiga sonhar tranquilamente.
Foram tortuosos e difíceis, é certo, os caminhos então trilhados.
Eu, e aqueles que lutaram a meu lado, fazemos parte de uma geração sacrificada no altar da guerra colonial, para uns, profano e iníquo, para outros, algo de sagrado, quase divino e transcendente.
O sangue dos que morreram, ou o sacrifício dos que tiveram a sorte de regressar, em qualquer dos casos, nada mais representam do que a inutilidade. Sim, porque a guerra foi uma realidade inútil. Ela não serviu os interesses de ninguém, muito menos os de uma população que sofreu, e contínua ainda a sofrer, embora de formas distintas, as suas tenebrosas consequências.
Mas, apesar de tudo, os que a viveram, acabam por recordá-la com saudade. Os humanos somos assim... Até do sofrimento, quando ultrapassado sem traumas e sem mágoas, acabamos por ter saudade... Tudo o que passa nos deixa sempre pena... Às vezes mesmo muita pena.
E hoje, a Guiné permanece muito longe de nós, lá na distância do esquecimento, entregue ao seu atraso e à sua pobreza, lembrando talvez uma guerra que não lhe deu nada, e uma paz que lhe roubou quase tudo.
Mas a Guiné permanece, também, muito perto de nós, no mais íntimo de nós mesmos, porque representa um pouco das nossas vidas e do nosso sofrimento. E o mais sagrado que nós temos são as nossas vidas, feitas da lembrança do ontem e do hoje, e da esperança no amanhã.
Todos nós, os que fizemos a guerra, assim como não esqueceremos as nossas vidas, também não esqueceremos, por fazer parte delas, a Guiné.
E essa lembrança vai continuar, para além de nós próprios, no imaginário colectivo das gerações que nos sucederem.
Hoje, mergulhada na suave neblina do atraso social, no esquecimento a que os pobres, sejam eles pessoas ou países são votados, a Guiné, onde tanto se lutou e sofreu, é uma nação de que ninguém fala, e de que nenhum país, pelo menos dos mais ricos, cobiça seja o que for.
É que ninguém faz nada, muito menos uma guerra durante tão longos anos, por causa de uma terra pobre. Nós, portugueses, fomos a excepção.
Hoje, por incrível que pareça, o país quase se envergonha dos seus mortos, dos mortos que tombaram numa guerra quase sem fim, que ele, país, numa fase menos iluminada da sua história recente, quis fazer.
Existe mesmo uma certa vergonha em assumir um passado onde, por uma causa que, naquele espaço temporal, já não tinha razão de ser, foram sacrificadas muitas vidas em honra de um deus em que já ninguém acreditava. Mas, toda essa percepção deturpada, todo esse aparente esquecimento, que não passa de uma quase cobardia colectiva, será um sentimento transitório, que o tempo se encarregará de corrigir.
Todo esse passado, na crueza da sua realidade e na força que o sofrimento humano empresta à vida, permanece indelével no inconsciente do país real, que não se compadece com hiatos na sua história, que sempre soube assumir, e ressurgirá com naturalidade e sem traumas, quando a história se fizer, a da nação que lutou, e a da nação que, envergonhada, finge esquecer o sangue dos mortos e o sofrimento de muitos vivos.
E então, tudo será reposto no respectivo lugar.
É que, o sangue dos tantos mortos, ou o sofrimento dos muitos que ainda estão vivos, nada teve a ver, na sua quase totalidade, com o erro dos políticos que, ignorando ostensivamente as mudanças sociais e políticas que o mundo da época atravessava, não souberam tomar as decisões mais acertadas que a evolução do país, e das colónias, aconselhavam que se tomassem.
Mas nada disso justifica esta vergonha, que parece haver, desse passado recente, como que se estivéssemos perante algo que teve a ver com outro povo e se viveu num outro mundo.
O nosso passado teve a cor que teve. Serão, por isso, infrutíferas, todas as tentativas de o pintar de qualquer outra cor.
Os gestos que se façam para lhe mudar a tonalidade, para além de inúteis, serão quixotescos e ridículos. O passado foi o que foi. Ninguém o pode mudar, ou alterar.
Mas o passado é nosso. Pertence-nos. Não o podemos dar, ou alienar, seja a que pretexto, ou a que preço for.
Resta-nos, pois, e apenas, assumi-lo com toda a dignidade.
“O esquecimento é o fim da capacidade de sonhar e o reverso da vida.” Por isso, mesmo que às vezes ele seja escuro, não devemos deixar que se apague o nosso passado. O passado das pessoas apaga-se quando elas se apagam. O passado de um país só se apaga quando ele se apagar.
Este pequeno livro pretende ser uma promoção da memória, um pequeno contributo na luta contra o esquecimento intencional, ou não, de uma pequena parte do nosso passado de país e de povo.
O passado das pessoas é, quase sempre, construído de luzes e de sombras. Tem coisas boas e coisas más.
Com o passado dos países e das nações acontece algo de semelhante.
Mas, assim como as pessoas não se podem desfazer das sombras que lhes enfeitam o passado, também os países, por mais que o tentem fazer, não conseguirão apagar as tonalidades mais escuras, ou mais claras, que serviram para dar cor ao seu passado, seja ele recente ou distante.
Um dia virá em que o país, finalmente, se reconciliará com o seu passado e com a sua história, com dignidade e sem complexos de culpa. Sim, porque hoje, existe ainda um certo inconsciente colectivo, doentio e com laivos de frustração, onde predomina uma cultura de intolerância, incapaz de ao menos admitir que se entenda a história, muito embora reprovando alguns dos que foram seus actores. Mesmo sendo construídas com o sacrifício de milhares de escravos, as grandes obras da humanidade não deixaram de ter a beleza que todos hoje admiramos. E a história é, de longe e no seu todo, a mais bela de todas as obras que a humanidade construiu.
Hoje, as pessoas de bom senso todas reconhecem que a guerra foi um erro. Mas esse erro só foi possível porque a existência do regime político então vigente foi um erro muito maior. Mas, que se olhe, enfim, para o passado, mesmo que ainda bastante próximo, sem complexos e sem traumas.
(Continua)
__________
Notas de CV:
(*) O Regresso dos Heróis é um livro do nosso camarada Domingos Gonçalves (ex-Alf Mil da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68), edição de autor, que hoje começamos a publicar no nosso Blogue por sua gentileza.
(**) Vd. poste de 3 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8633: Tabanca Grande (295): Domingos Gonçalves, ex-Alf Mil da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887 (Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)
Guiné 63/74 - P8647: Parabéns a você (297): Henrique Martins de Castro, ex-Soldado Condutor Auto da CART 3521
Notas de CV:
Henrique Martins de Castro foi Soldado Condutor Auto na CART 3521 que esteve em Piche, Bafatá e Safim nos anos de 1971 a 1974
Vd. último poste da série de 4 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8634: Parabéns a você (296): José Nunes, ex-1.º Cabo Mec Elect do BENG 447 e Rui Alexandrino Ferreira, Coronel Reformado
domingo, 7 de agosto de 2011
Guiné 63/74 - P8646: (Ex)citações (145): Uma afirmação, um desabafo, uma pacificação (Joaquim Mexia Alves)
Meus camarigos editores
Envio-vos um texto, que como sempre fica ao vosso dispor publicar ou não.
Faço aqui uma ressalva, neste "intróito", pelo que, se o texto for publicado, agradeço que também seja publicado este "naco de prosa".
E essa ressalva é a seguinte: Não responderei a provocações, nem "lugares comuns" e muito menos a idiotices.
Gosto de respeitar todos, o que significa, obviamente, uma reciprocidade.
Um abraço forte e camarigo para todos do
Joaquim Mexia Alves
UMA AFIRMAÇÃO, UM DESABAFO, UMA PACIFICAÇÃO
Sou um homem de direita!
Poderia tentar explicar o que é ser de direita para mim, mas isso seria fazer neste espaço o oposto daquilo que eu acho este espaço deve ser e repetidamente tenho afirmado, ou seja, um espaço que não deve servir para debater política.
Tive na minha adolescência pensamentos e atitudes daquilo que se poderá chamar de esquerda, mas não vingaram em mim, isto apenas para que se saiba que não sou propriamente um ignorante na “coisa” política.
Desenganem-se os que pensam que vou aqui escrever um texto político, ou de elegia de um qualquer lado em detracção do outro!
Não o vou fazer, porque como acima digo este não é o espaço para tal, e também porque penso e vivo de modo a que, lá por eu pensar de uma determinada maneira, não quer dizer que outros não possam pensar de maneira diferente, ou seja, assumo ou tento assumir que eu posso não ser o detentor da verdade, mas que com a verdade dos outros e a minha, talvez se encontre a verdade, isto falando das “coisas do mundo”, porque para mim, como todos sabem, a Verdade é só uma, e é essa que eu tento todos os dias encontrar e viver.
Mas vamos ao que interessa, ou pelo menos, ao que me interessa.
Têm surgido uns comentários, (sobretudo quando há recensões de livros sobre Amílcar Cabral ou o PAIGC), em que se pretende arrogar um pretenso patriotismo, que só existiria perante um pensamento imutável, de que o passado teria de ser o presente, chegando ao cúmulo de colocar em causa o “Juramento de Bandeira” de alguns que não pensem de tal modo.
Comentários que se arrogam o direito de colocar em causa a motivação daqueles que combateram na Guiné, ou seja onde for, por causa de se exprimirem no sentido de que a guerra de África, ou as suas motivações, não seriam correctas e estariam erradas atendendo à história do mundo.
Depois outros comentários, tentando rebater estes, vêm invocar passados, lidos à luz do presente, como se fosse possível aferir pelo mesmo padrão de hoje, a escravatura, ou as barbaridades, (aos olhos de hoje), cometidas pelos colonizadores, dos quais nós Portugueses, seriamos os últimos, pelos vistos.
Esquecemo-nos do Tibete, por exemplo, e de outros “Tibetes” pelo mundo fora, ontem, hoje e amanhã.
Esquecemo-nos, por exemplo, que segundo rezam alguns livros da história da Guiné, os Balantas seriam escravos de outras etnias.
Mas enfim, não é isso que está em causa, mas sim a afirmação que coloco no inicio: Sou um homem de direita!
E repito esta afirmação para dizer que considero Amílcar Cabral um pensador e um homem digno de grande estatura, que lutou pelo seu povo e pelos seus ideais.
Ao que sabemos, tentou fazê-lo primeiro pela via pacífica, e, depois, nada conseguindo, enveredou pela luta armada.
Merece todo o meu respeito, e não me custa nada reconhecê-lo!
Mas se reconheço o seu direito a lutar pelos seus ideais, reconheço também o direito de Portugal, naquele tempo, lutar por aquilo que considerava seu.
Se Portugal naquele tempo estava enganado, pelos vistos a história, (não a do 25 de Abril, mas a história do mundo), veio mostrar que sim, que os ventos eram outros, mais valia ter resolvido pacificamente o problema, do que ter morrido nem que fosse um só homem.
Mas isso não invalida em nada o esforço, a coragem, a entrega de todos aqueles que combateram a guerra de África, isso não permite de modo algum que alguém venha dizer que não cumpriram a sua missão de Portugueses!
E tanto o fizeram aqueles que acreditavam que estavam a lutar por uma causa justa, como aqueles que tinham dúvidas, ou como aqueles até, que estavam contra, mas decidiram combater como a Pátria lhes exigia.
E destas três formas de estar na guerra, surgiram heróis, surgiram referências, surgiram Portugueses que em nada negaram a história do seu País, com tudo o que à mesma pertence.
Sou um homem de direita, como tal sou um humanista, e na génese do ser Português, (como se costuma dizer), vive o meu coração, a minha alma, cristã e católica.
Como poderia eu então não respeitar o meu inimigo, perdoar-lhe, esperando ser perdoado, e acolhê-lo, se ele quiser ser acolhido?
Com a mesma vontade com que combati, com o mesmo empenho em que me coloquei ao serviço de Portugal, tento agora perdoar, acolher, perceber, e sobretudo encontrar a paz.
E isso não me diminui em nada, mesmo nada, nem eu admito que alguém, seja quem for, me venha dizer que eu sou menos Português, ou que não combati como os Portugueses combateram desde o tempo de Afonso Henriques.
Claro, não concordo, nem nunca concordarei, que se faça o elogio do inimigo em detrimento de nós Portugueses, (como alguns infelizmente se empenham em fazer por vezes neste espaço), mas não é isso que me faz sair de um “ponto de encontro” onde encontrei amigos, ou melhor, camarigos, que falam a mesma linguagem que eu, e que, embora alguns tantas vezes nas antípodas politicamente, (será que estaremos realmente tão separados politicamente?), encontramos razões para estarmos juntos, conversarmos e sobretudo fazermos um pouco de história cimentada na amizade.
Como também não concordo que se anatematize o antigo inimigo, ou aqueles que não pensam como eu, com ideias antigas ou novas, porque entre ambos, como entre aqueles que pensam como eu, há gente boa e digna, e há, (permitem-me que o diga), gente que não merece sequer uma linha de comentário.
É que o mundo não é preto e branco apenas!
O mundo tem mais cores, e são essas cores que acabam por dar graça ao preto e ao branco, e por favor, não me venham dizer o que o preto e o branco não são cores, porque não é disso que se trata.
Se apenas virmos o mundo a preto e branco, vemos apenas o mundo que queremos ver, e não o mundo como ele é realmente, com o preto e o branco, mas carregado de outras cores que lhe dão a beleza, mesmo quando a violência da natureza nos mete medo, como por exemplo numa erupção vulcânica.
Há anos atrás, o António Mourão, fartou-se de cantar “Oh tempo volta para trás”!
Cantou, cantou e há gente que ainda canta, mas o tempo não voltou, não volta e nunca vai voltar para trás.
Olhemos para o passado, para o presente e até para o futuro, como olhamos para o mundo.
Há preto e branco em tudo, mas em tudo há também outras cores!
Nem tudo foi mau no passado, nem tudo é bom agora, e no futuro teremos sem dúvida do mau e do bom.
Não sei se toda esta escrita serviu ou serve para alguma coisa, mas pelo menos a mim serviu-me para desabafar, para afirmar, para ficar mais em paz comigo mesmo e julgo que com os outros, com aqueles que querem realmente ficar em paz.
Um abraço forte e sempre camarigo para todos.
Joaquim Mexia Alves
Monte Real, 5 de Agosto de 2011
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 23 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8595: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (32): Hoje almocei com o Joaquim Gaspar (Joaquim Mexia Alves)
Vd. último poste da série de 27 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8609: (Ex)citações (144): O Google Maps é agora quem mais ordena ? A confusão de topónimos: A Bissorã do nosso tempo chama-se agora Califórnia ?!... Piada de mau gosto, erro técnico, distracção, estupidez etnocêntrica... ? (Manuel Joaquim, CCAÇ 1419, Bissau, Bissorã, Mansabá, 1965/1967)
Guiné 63/74 - P8645: Recortes de imprensa (44): Jornal Açoriano Oriental noticía em 1961 a partida para a Guiné da Companhia de Caçadores Especiais 274 (Durval Faria)
Caro camarada
Junto envio texto do jornal Açoriano Oriental do ano de 1961, aquando da partida da Companhia de Caçadores Especiais 274.
Um grande abraço
Durval Carlos Simas Faria
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Nota de CV:
(*) Vd. poste de 21 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8583: Facebook...ando (11): Partidas e chegadas... (Durval Faria, ex-Fur Mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64)
Vd. último poste da série de 6 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8644: Recortes de imprensa (43): O pacto secreto de NINO com a PIDE, jornal TAL & QUAL, 14 Maio 1999 (Magalhães Ribeiro/Manuel Marinho)
sábado, 6 de agosto de 2011
Guiné 63/74 - P8644: Recortes de imprensa (43): O pacto secreto de NINO com a PIDE, jornal TAL & QUAL, 14 Maio 1999 (Magalhães Ribeiro/Manuel Marinho)
Guiné 63/74 - P8643: Estórias avulsas (56): Quando o Dulombi foi flagelado pelo PAIGC com “Armas Pesadas” (Luís Dias)
18 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8567: Estórias avulsas (114): O tio Quim Quim (Felismina Costa)
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Guiné 63/74 - P8642: Notas de leitura (262): Marcello e Spínola: A Missão do Fim (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Tive que ler duas vezes até me convencer que comprei gato por lebre. É espantoso como um professor catedrático vem incensar uma tese de mestrado, fala em inegável marca de qualidade, quebra com a rotina historiográfica e ineditismo de abordagem. Não é que o jovem mestre não tenha sido cuidadoso na investigação, o resultado é água chilra, tudo quanto se diz sobre o salazarismo, o marcelismo e o spinolismo não traz novidade nenhuma.
Bem dizia a minha avó que só é novo o que foi esquecido, neste caso é um acto de prosápia da mais descarada vir dizer que este trabalhinho é uma renovação dos estudos históricos. Andamos a falar nas manigâncias das agências de rating e deixamos no seu impune sucesso estes trapaceiros da investigação histórica.
Um abraço do
Mário
Marcello e Spínola: entre o déjà vu e o óbvio
Beja Santos
O livro chama-se “Marcello e Spínola: A Missão do Fim” (por Márcio Barbosa, Edições Almedina, 2011). No prefácio, o Professor Doutor Rui Cunha Martins exalta o ineditismo da abordagem e classifica este contributo como um marco referencial para a renovação dos estudos históricos sobre o Portugal contemporâneo, uma leitura incontornável.
Lê-se o estudo e fica-se com a convicção profunda que o dito professor está a gozar connosco, está a apadrinhar um estudo banal, dispensável (mesmo que consciencioso) que nada acrescenta ao que já sabíamos. Vamos aos factos. Marcello Caetano e Spínola estão efectivamente associados ao fim da era colonial, todo esse dramatismo está suficientemente detalhado, a bibliografia está identificada, não há ainda provas sobre o tempo e os termos da rota de colisão entre o presidente do Conselho e o Governador da Guiné, muito menos é possível associar Amílcar Cabral como peça charneira desse drama. Matéria, aliás, de pouca monta. Vamos por partes.
Primeiro, não se percebe uma longa cronologia sobre as primícias da ditadura em Portugal, está tudo documentado quanto ao modo como Salazar criou um regime chamado “Situação”, como Caetano nele colaborou dedicadamente, mas com ampla margem de manobra face ao ditador que veio de Coimbra. Não há ninguém que não saiba que Salazar e salazarismo são a mesma coisa, que Caetano era um colaborador crítico e por vezes incómodo, sobretudo quando dizia abertamente que o regime corporativo nunca saíra do papel. Como está amplamente documentado que para além de uma grande admiração que o ditador nutria por Caetano nunca lhe conferiu o estatuto de delfim. Meio livro é dedicado a dizer coisas consabidas sobre Salazar, a evolução do regime ditatorial e o início da guerra colonial. O estudo lê-se bem, é um bom resumo sobre a ligação entre Salazar e Caetano, fazendo avultar as dissemelhanças e não ocultando o carácter conservador e permanentemente legalista de Caetano.
A chegada de Caetano a S. Bento é também uma crónica com poucas surpresas: ele vai ficar refém de Tomás, da evolução da própria guerra e da sua incapacidade em pôr em prática o que designava por “autonomia progressiva para o Ultramar. A ligação de Caetano com as colónias, em 1944, também está profundamente estudada como é igualmente conhecida a sua posição federalista, que ele transmitiu ao Conselho Ultramarino. Aqui também não há surpresas, Caetano procura lançar Angola e Moçambique numa senda desenvolvimentista e por outros meios procura fazer o mesmo no Portugal europeu. Tudo correu sem prenúncios de borrasca apocalíptica até 1973.
Quando chega ao poder, em Setembro de 1968, Spínola já partira para a Guiné com ideias muito próprias do que ia fazer na guerra e na captação das populações. Irão entender-se bem, nesses primeiros anos, Spínola não esconde a ninguém que nunca se ganha militarmente uma guerra subversiva. Isto é muito bom de dizer quando não há o risco de a perder, Spínola falhou a paz no chão manjaco, falhou a invasão de Conacri, não conseguiu inverter o curso da guerra ou desalojar o PAIGC das suas posições. Certo é que consolidou os apoios que os portugueses tinham como certos, sobretudo junto dos fulas e mandigas, lançou a Guiné no progresso e recebeu apoio caloroso para a sua política da “Guiné Melhor”. Mas foram trunfos insuficientes.
Enquanto isto ocorre no mais belicoso dos teatros de operações, Caetano não convence com a” renovação da continuidade”. Na revisão constitucional, Caetano é forçado ao jogo do equívoco, teme o descontentamento dos ultras ou a perde de confiança do Almirante Tomás. É nesse ano de 1972 que parece surgir uma oportunidade de conversações de paz na Guiné. Dizer-se que Amílcar Cabral estava disposto a conferenciar com Spínola e não dispor de um documento a favor dessa tese, havendo até testemunhos contrários de Aristides Pereira e Luís Cabral é conjectura irrelevante. O que se negociou, e bem, foi um encontro entre Senghor e Spínola, logo que soube dos resultados (uma proposta de autonomia a prazo, que seria coroada pela independência), Caetano proíbe novas conversações. Caetano não vislumbrou saída política, insidiosamente tudo se encaminhou para um impasse, só que subitamente o teatro de operações da Guiné entrou em tumulto: após o assassinato de Amílcar Cabral, as ofensivas do PAIGC e a chegada de armamento tecnologicamente superior inverteram o curso da guerra.
Porque é na Guiné que deixa de haver impasse militar, os relatórios da delegação da PIDE/DGS na Guiné bem avisam Lisboa de que o PAIGC e sobretudo Cabral terá possibilidades de fazer a independência e acelerar a toada ofensiva nos teatros de operações. Caetano é intransigente, não abre mão para negociações com o PAIGC, elas só terão lugar quando o regime tiver entrado no ocaso, em Março de 1974. O que Spínola propõe em “Portugal e o Futuro” já não é concretizável, após a morte de Cabral só resta a independência.
Se todo este relato decorre de uma atmosfera de seriedade da investigação, sem qualquer elemento inovador, a conclusão não fica atrás: que nos anos 60 o Estado Novo já não era realizável, já não havia condições para regimes autoritários com o tipo de alianças políticas sem as quais Portugal não podia viver; que o projecto político de Caetano era um compromisso inviável com a renovação, ele que era tão radicalmente anti-revolucionário, tão dentro da legalidade; que rejeitou a negociação com o PAIGC de Amílcar Cabral (argumento absurdo, não há provas de que Cabral tenha apoiado as teses de Senghor, a posteriori); que os spinolistas lamentaram esta perda de oportunidade e também por isso apoiaram Spínola, se bem que sem medir as consequências de que se caminhava alegremente para o fim do Império.
Resta questionar como é que é possível um professor catedrático vir elogiar esta digressão de investigação bem elaborada sem mais nada, sem mais futuro. Dá que pensar como as universidades se entretêm em circunlóquios autistas e depois pretendem embasbacar o público. Este livro é gato por lebre, é mais um comprovativo de que a melhor investigação já não passa pelos títulos universitários.
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 2 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8629: Notas de leitura (261): Amílcar Cabral – Vida e morte de um revolucionário africano, por Julião Soares Sousa (4) (Mário Beja Santos)
Guiné 63/74 - P8641: Blogpoesia (156): O Sonho e a Realidade ou a angústia de uma sentinela (Juvenal Amado)
Caros camaradas
Quem não se lembra das noites passadas nos postos de vigilância em que o cansaço e o sono nos faziam ver um inimigo em cada sombra, onde os sons se tornavam quase fantasmagóricos.
Quando a luz parda do pré-amanhecer despontava, desfazia as nossas dúvidas sobre as sombras, e os sons eram substituídos pelos afazeres dos homens e mulheres.
Era com um inegável prazer que víamos e ouvíamos o Mundo despertar.
Juvenal Amado
O SONHO E A REALIDADE
Escrevo e alinho as ideias
Elas jorram desordenadas
Sem rimas
Outros disseram que era poesia
Condenso palavras vagas
Assim a vida é poesia
As palavras explodem
Urgentes como a luz da aurora
Sonolento, encosto-me aos bidões
Noites longas para quem espera
Aguço o ouvido
Só a natureza fala que é a voz de Deus
Dos geradores fica o silêncio
Timidamente através da floresta
A luz parda da manhã eleva-se no horizonte
Os últimos pássaros nocturnos
Lançam o seu desafio no ar
Também eles se despedem da noite
Não tardará e Sol elevar-se-á majestoso
Milagre repetido todos os dias
Rapidamente tornar-se-á agressivo e impiedoso
Vergará homens e mulheres
Recomeça a vida haverá alegrias e tristezas
O som ritmado do pilão espalha-se no ar
Parece música
Este pequeno canto do Mundo acorda
Cumprirá a sua tarefa.
Com a boca pastosa dos cigarros
Saboreio lentamente café e pão
O abrigo na penumbra do amanhecer
Reserva-me protecção e frescura
Vou-a saborear nem que seja por breves momentos
Despojado de tudo nos lençóis brancos
Prazer que vivo por antecipação
Fecho o mosquiteiro
Fecho os olhos e ainda acordado
Sonho com outro lugar
Paragens tão belas de névoas rasteiras
Que transbordam de perfeição
Mas porque ela não existe para além do sonho
O que será de mim sem sonhos?
E se condensar é poesia
Então em sonho, eu faço alguma poesia
Juvenal Amado
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 18 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8566: Blogpoesia (152): Uma parte de nós ficou para sempre lá (Juvenal Amado)
Vd. último poste da série de 2 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8630: Blogpoesia (155): Pôr-do-sol alentejano (Felismina Costa)
Guiné 63/74 - P8640: História do BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74): Ilustrações (Parte I) (Jorge Canhão)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Guiné 63/71 - P8639: Em busca de... (173): Contacto de camaradas da CCS/BCAÇ 2834, Buba, 1968 (Manuel Traquina)
Camarada Vinhal:
Agradeço se possível algum contacto com elementos da CCS do BCAÇ 2834 que esteve em Buba no ano de 1968.
Não me recordo do número da Companhia com a qual estivemos cerca de um ano.
Um abraço
Traquina
Sobre o BCAÇ 2834:
Unidade Mobilizadora: RI 15 - Tomar
Comandante: TCor Inf Carlos Barroso Hipólito
2.º CMDT: Maj Inf Rui Barbosa Mexia Leitão
Of Inf Op/Adj: Maj Inf Albino Simões Teixeira Lino
CMDTs CCS:
Cap SGE António Freitas Novais
Cap Mil Art António Dias Lopes
Cap Inf Eugénio Batista Neves
CMDT CCAÇ 2312: Cap Mil Inf Júlio Máximo Teixeira Trigo
CMDT CCAÇ 2313: Cap Inf Carlos Alberto Oliveira Penim
CMDT CCAÇ 2314: Cap Inf Joaquim de Jesus das Neves
Divisa: "Juntos Venceremos" - "Para Vencer, Convencer"
Partida: 10JAN68
Regresso: 23NOV69
Síntese da Actividade Operacional
Em JAN68, rendendo o BART 1904, assumiu a responsabilidade do sector de Bissau, com a sede em Bissau e abrangendo os subsectores de Brá, Nhacra e Quinhamel, comandando e coordenando a actividade das subunidades ali estacionadas, por forma a garantir a segurança e defesa das instalações e populações da área; as suas subunidades foram então atribuídas a outros sectores.
Em 24JUN69, foi substituído no sector de Bissau pelo BCAÇ 1911 e assumiu em 25JUN68 a responsabilidade do Sector S2, com sede em Buba e abrangendo os subsectores de Sangonhá, que viria a ser extinto em 29JUL68, Gadamael, Cameconde, que desde 20DEZ68, passou a subsector de Cacine, Guileje, Gandembel e Buba, onde rendeu o BART 1896.
De 20AGO68 a 07DEZ68, a sua ZA foi reduzida dos subsectores de Guileje e Gandembel, que foram atribuídos temporariamente ao COP 2.
Em 15JAN69, a sua sede foi transferida para Aldeia Formosa, onde substituiu COP 1 e sendo então o subsector de Aldeia Formosa, incluído na sua ZA. Em 29JAN69, o subsector de Gandembel foi extinto e em 19JAN69, o subsector de Buba foi atribuído ao COP 4, então criado. Em 10JUL69, por transferência da sede do COP 4 para Aldeia Formosa, o Batalhão deslocou a sua sede para Gadamael, abrangendo nesta altura os subsectores de Guileje, Cacine e Gadamael.
Desenvolveu intensa actividade operacional de patrulhamento, reconhecimentos, emboscadas e segurança e controlo dos itinerários, bem como operações e acções sobre as linhas de infiltração e bases inimigas, orientada para a desarticulação dos grupos inimigos que procuravam fixar-se na sua ZA e ainda para a segurança e protecção dos trabalhos da estrada Buba-Aldeia Formosa.
Dentre o material capturado mais significativo, salienta-se: 2 pistolas-metralhadoras, 1 espingarda, 115 granadas de armas pesadas, 20 cunhetes de munições de armas ligeiras e 92 minas anticarro e antipessoal, destas, parte detectada e levantada nos itinerários.
Em 30SET60, recolheu a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso, sendo a sua ZA integrada no Sector S3, então sob responsabilidade do BART 2865.
Notas do Editor:
- Elementos recolhidos na Resenha Historico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 7.º Volume, Fichas das Unidades, Tomo II, Guiné.
- Emblema da colecção do nosso camarada Carlos Coutinho
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 25 de Julho de 2011 > Guiné 63/71 - P8600: Em busca de... (172): Adalberto Santos, ex-Pára-quedista do BCP 12, Guiné, 1967/72, procura camaradas
Guiné 63/74 - P8638: Facebook...ando (12): Voz dos Combatentes... (Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519)
1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem:
Camaradas,
Gostaria de vos dirigir um apelo para que adiram a uma conta no Facebook, que pretende ser um sítio de utilidade máxima para todos os Combatentes da Guerra do Ultramar e cujo endereço é: VOZ DOS COMBATENTES.
Nesta nova página virtual propõe-se a união de todos os Combatentes da Guerra do Ultramar, sem excepção de qualquer tipo, para dar voz a todos que ali se queiram pronunciar objectivamente sobre esta matéria, nomeadamente contra o ostracismo e o desprezo em que nos encontramos votados, salvo casos muito pontuais sem grandes efeitos práticos desde o 25 de Abril de 1974, por parte do poder político nacional, e a realizar uma Assembleia Nacional de Combatentes, para, entre outras decisões de interesse para a nossa classe, definirmos e formalizarmos um adequado e justo caderno reivindicativo, com a maior unanimidade possível.
Uma vez finalizado e aprovado, o caderno reivindicativo será entregue, por uma comissão a designar para o efeito, ao 1º Ministro do governo vigente.
Os membros autores desta página têm diversas tarefas pela frente (quase todas elas parte do referido caderno), nas quais pretendem empenhar o seu melhor e máximo de esforço para tomadas de resoluções firmes, claras e objectivas, em prol da nossa dignidade, direitos e bem-estar, em tempo útil, ou seja enquanto estamos vivos.
Entre as ditas tarefas, destaco as mais relevantes:
1 - A retirada das ruas e acolhimento em instalações condignas de todos os Combatentes afectados pelo distúrbio de Stress Pós Traumático da Guerra e que sobrevivem miseravelmente nas ruas e becos das grandes cidades do nosso país.
2 - A reivindicação de alimentação, alojamento, vestuário, higiene pessoal e despesas fúnebres, completamente grátis para todos os Combatentes "sem abrigo".
3 - A reivindicação de apoio médico urgente para todos os Camaradas traumatizados física e psicologicamente.
4 - A reivindicação de assistência médica, do foro psicológico, para os familiares que mais directamente convivem com os nossos Camaradas doentes e que, por sua vez, se sentem também atingidos nas suas saúdes.
5 – A reivindicação de revisão do valor das reformas e subsídios que garantem a subsistência e sobrevivência dos Combatentes deficientes.
6 – A reivindicação de um subsídio no valor de 60,00 Euros/mensais, a todos os Combatentes reformados em substituição do subsídio anual de "Complemento de
reforma".
7 - A reivindicação de desconto de 50% nas taxas moderadoras para o acesso aos Hospitais, Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiares.
8 - A reivindicação de desconto de 50% no preço dos medicamentos necessários para o combate às doenças que afectam os Combatentes, em consequência da guerra.
9 – A reivindicação da revisão das Tabelas de Invalidez, em função do aumento da idade de todos os Combatentes com deficiências físicas e psicológicas da guerra.
10 – A exigência junto do Governo para que, em colaboração com os Governos de Angola, Moçambique e Guiné, se recolham e tragam para Portugal todos os restos mortais dos Combatentes portugueses falecidos naqueles 3 teatros de operações, aproveitando a louvável e generosa disponibilidade da TAP para fazer o seu transporte aéreo.
Precisamos da força e apoio de todos… só com a nossa união conseguiremos reunir poder reivindicativo credível e convincente junto da opinião pública e política… adiram hoje a este novo projecto que pode ter pernas para “andar” assim nós o queiramos… adiram… mas adiram já… amanhã será tarde demais… pois, a cada ano que passa, estamos rápida, irreversível e irremediavelmente a desaparecer.
Para chegar à página escrevam no gooogle > Facebook > Entrem no Facebook > em Pesquisa escrevam: VOZ DOS COMBATENTES.
Com um grande abraço para todos vós,
Mário Pinto
Fur Mil At Art da CART 2519
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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
21 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8583: Facebook...ando (11): Partidas e chegadas... (Durval Faria, ex-Fur Mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64)