quarta-feira, 22 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14501: Os nossos seres, saberes e lazeres (88): Bruxelles, mon village (Parte 2) (Mário Beja Santos)

1. Relembremos a mensagem de 7 de Abril de 2015 do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70):

Queridos amigos,
Ao longo de décadas, e ao princípio por razões meramente profissionais, fui estabelecendo uma relação muito afetuosa com uma cidade de quem os eurocratas não têm uma opinião lisonjeira, alegando que ali chove a cântaros, o tempo sempre escuro, muita friagem, um centro histórico que à noite fica entregue aos turistas.
A verdade é bem diferente, Bruxelas tem lindos parques, guarda monumentos que nos lembram que a Bélgica, em 1900, era a quinta potência mundial, e a sua arquitetura ainda hoje espelha essa opulência de outrora e a vida farta do presente. Bruxelas oferece por metro quadrado mais vida cultural que Nova Iorque em museus, exposições, eventos étnicos espantosos, pois alberga gentes de mais de 120 países.
Esta é a Bruxelas com que ganhei intimidade e onde tenho a dita de guardar amigos indefetíveis.

Um abraço do
Mário


Bruxelles, mon village (2)

Beja Santos


A manhã está soturna, o chumbado do céu não desarma, atravessámos meia Bruxelas para chegar a esta igreja barroca chamada Igreja dos Mínimos, bem perto do bairro popular de Marolles. Aqui ouvimos duas cantatas, uma de Dietrich Buxtehude e outra de Johann Sebastian Bach, apropriadas para a Quaresma. E começa a aventura no centro de Bruxelas, as saudades são muitas e o espírito tem um pouco a ver com a profecia de Saramago: o que se vê de manhã não é o que se vê à tarde; o que se vê no Inverno não é o que se vê no Verão, a luz influi, a companhia também. Não espero grandes surpresas mas anseio por renovadas alegrias.


Ganhei familiaridade com esta fachada, basta dizer que quando aqui aterrei em 1977 fiquei num hotelzinho com um nome pomposo de George V, nas imediações. Habituei-me ao espaço e ao preço, era tanta a curiosidade que um dia bati à porta para saber o que ali funcionava. A vida dá muitas voltas, este garboso edifício tem conhecido altos e baixos, agora funciona lá uma escola. Aprecio a entrada, Bruxelas está pejada da melhor Arte Nova e Arte Deco, havia o dinheiro do Congo, a industrialização foi florescente, os desaires da II Guerra Mundial passaram depressa, a arquitetura de Bruxelas mostrou o seu poderio. Entre as guerras fizeram-se belíssimos espécimenes como este.


Infletimos para o centro histórico, mas vale a pena determo-nos nestes pormenores que são as pinturas que se espalham por certas ruas de Bruxelas. A Bélgica é uma potencial mundial da banda desenhada, aqui nasceu o Tintin e o Blake e Mortimer, do genial E. Jacobs. Percebe-se como os belgas se ufanam destas portentosas artes do desenho. Aqui está um exemplo, vou a caminho da Grand-Place, aquela que um Marechal de Luís XIV praticamente destruiu quando o Rei Sol quis ser dono e senhor deste território.


Vendem-se panorâmicas da Grand-Place, é um harmonioso quadrilátero de casas das corporações intervaladas por duas construções de prestígio, emblemáticas da cidade: o Hotel de Ville e a Maison du Roi, a primeira é famosa pelo rendilhado da sua fachada e a sua agulha que se avista a longa distância, a Maison de Roi tem um esplendoroso recheio, quem aprecia o período áureo da pintura flamenga tem que a visitar. Nunca me canso de deambular pela praça, nos cafés e restaurante do tempo estiveram notabilidades como Karl Marx ou Rimbaud. É um dos pontos fortes do turismo, porque aqui se vendem rendas, chocolates, miudezas que os turistas gostam de levar para casa.



A manhã recompôs-se, está ensolarada, faz tudo o sentido saltar do centro histórico para um dos pólos das minhas paixões: a Feira da Ladra de Bruxelas, na Place du Jeu de Balle, no passado era conhecida por Velho Mercado, depois mostramos imagem do tempo. A feira realiza-se há mais de 140 anos. Posso estar horas a falar sobre alguns dos momentos que aqui vivi, aqui comprei traquitana de toda a espécie, quadros, cerâmicas, porcelanas, roupas, livros, muitos livros. O que se vai passar fica na intimidade, vou andar em delírio entre toneladas de pano antigo, vou dar comigo a negociar com um árabe um lençol, vários lenços em seda de meados do século passado, uma tolha de chá e algo mais, nunca perdi de vista que vim num voo low cost, a contenção de peso é obrigatória. Ainda comprei alguns livros, remexi e ali deixei, pesaroso, números da revista de arte FMR, que custam um balúrdio e que ali se podiam comprar a um euro, que dor de alma!


Nos alvores da industrialização, Bruxelas saltou para fora das muralhas e destruiu-as. Ficaram escassos vestígios, um deles é a Porta de Hal, bem pertinho da Feira da Ladra. O estômago já está a dar horas, apetece-me comida típica. Ao passarmos por um restaurante vimos anunciado um prato flamengo, Waterzooi, uma apetitosa sopa com nacos de galinha, come-se que é um regalo, com cerveja, depois um gelado com chocolate quente e remata-se com um café expresso. Sinto-me em glória, Bruxelas está a receber-me de braços abertos, não há chuva, não frio nem há vento, vamos então mostrar o ambiente onde se manjou a deliciosa Waterzooi.


Pedi licença ao patrão para mostrar este interior da taberna (linguagem belga), e é a mexer-me por ali que encontrei imagens antigas da Porta de Hal e da Feira da Ladra, não resisto a mostrar-vos.



Saímos para passear em Marolles, o bairro é conhecido como o mais antigo de Bruxelas, na sua igreja, Notre Dame de la Chapelle, está sepultado um dos maiores génios da pintura europeia que aqui viveu, Pieter Brueghel, o Velho, vamos já à procura da sua residência, bem conservada por sinal.


Este gigante da pintura deixou a escola. Aqui há uns anos, tive a dita de ver uma exposição espantosa, intitulava-se A Firma Brueghel, nela podíamos ver as repetições dos temas de acordo com as encomendas, o nome Brueghel era prestigiado entre príncipes e mercadores. Mas Marolles está a refinar-se, afinal faz parte do centro da cidade, uma burguesia próspera resolveu instalar-se aqui, as casas renovam-se, o ar decrépito das ruas desaparece, o antigo remoça-se, conforme a imagem junta.


Estamos na Rue Haute, a coluna vertebral de Marolles, a rua está cheia de comércio, desde restaurantes a lojas de antiguidades. E é então que uma surpresa com ligações à Guiné se avista numa montra de artigos africanos, o viandante, primeiro incrédulo, depois certificado que está mesmo a ver um soberbo exemplar da Arte Baga, que tanto influenciou a escultura do Sul da Guiné, todos nós vimos peças como esta, ora prestem atenção.


Outrora, quando houve museu da Guiné, ali vi belos exemplares desta Arte Baga, os artesãos continuam a fazer cópias, mas nunca mais encontrei este espírito animista em proporções escultóricas tão adequadas, tão ao alcance do humano.


E terminamos com uma homenagem a Hergé, que criou o Tintin mas também esta dupla conhecida em português por Quim e Filipe, é indubitável que estes murais prestam grande serviço à banda desenhada, não sei se isto é arte pública ou arte urbana, sei que é uma delícia para os olhos, espaços escombrados preenchidos por traços tão harmoniosos. E chega, os velhotes regressam a casa. Amanhã há mais, ao amanhecer vamos começar por exposições prometedoras no Museu de Ixelles, um museu comunal cheio de história de arte, basta dizer que a melhor coleção de cartazes de Toulouse-Lautrec fora de França está aqui. Até à próxima.

(Continua)
____________

Notas do editor

Poste anterior de 15 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14472: Os nossos seres, saberes e lazeres (86): Bruxelles, mon village (Parte 1) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 17 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14481: Os nossos seres, saberes e lazeres (87): Berlim, cidade ainda hoje invisivelmente dividida: as marcas da guerra e do terror (Parte IV) (Luís Graça): o muro da nossa vergonha europeia...

Guiné 63/74 - P14500: Efemérides (185): Tabanca de Matosinhos, 10 anos de convívio fraterno e solidariedade que merecem ser festejados, com um almoço especial, animado com fados e guitarradas, na 4ª feira, dia 29 de abril, no sítio do costume, o Restaurante Milho Rei, Rua Heróis de França 721, Matosinhos, telef 22 938 5685 (José Teixeira)

O Zé Teixeira com o régulo de Medjo, em 2013
1. Mensagem, com data de 16 do corrente,  do nosso camarada José Teixeira (ex-1.º cabo aux enf,  CCAÇ 2381,Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70):



Assunto - 10.º Aniversário da Tabanca de Matosinhos

... A festejar no dia 29 de Abril, com o regresso de mais uma equipa de trabalho enviada à Guiné-Bissau.

Decorria o mês de Março de 2005, quando um grupo de aventureiros partia do Algarve, por terra, com destino à Guiné-Bissau. Entre eles iam quatro ex-combatentes; o Xico Allen, o Santos, o [António] Camilo e o Zé Teixeira, desta vez voluntários.

Uns dias depois do regresso, mais propriamente no dia 23 de Março os três membros deste Grupo, oriundos do norte de Portugal, decidiram proceder à avaliação da operação e comemorar o regresso com uma sardinhada na Casa Teresa em Matosinhos, e gostaram.

…E, marcaram novo encontro para a semana seguinte, e gostaram.

Seguiram encontros semanais sem interrupção até á data.

A partir de então os nossos amigos Santos, da Póvoa de Varzim, Xico Allen, de Canidelo / Vila Nova de Gaia, e o Zé Teixeira, de Leça do Balio / Matosinhos, abriram a porta da Tabanca de Matosinhos e nunca mais a fecharam.

Passado pouco tempo, começou a aparecer gente nova, ex-combatentes amigos que quiseram experimentar e a palavra foi passando. O Marques Lopes, o Pimentel, o João Rocha, o Pires, o Custóias, o Álvaro Basto e o Sr. Rolando, seu pai, de saudosa memória… E tantos outros.

Em 2008, a Tabanca de Matosinhos teve de mudar de poiso, porque a Casa Teresa não tinha capacidade para comportar tanta gente. Foi quando assentou no restaurante Milho Rei.

Continuou e continua a crescer. Quase todas as semanas aparecem caras novas à procura do convívio e de amigos para recordar e reviver os tempos que passaram na Guerra da Guiné.

Muito mais de um milhar de ex-combatentes cruzaram as portas do Milho Rei para almoçar. Reencontraram-se amigos de longa data perdidos no tempo. Criaram-se e desenvolveram-se grandes amizades que perduram.

Fomentaram-se, indiretamente, a criação de outras tabancas.

Organizaram-se viagens de visita à Guiné. Combateram-se e destruíram fantasmas que navegavam nas nossas mentes. Contaram-se histórias de vida. Histórias de sangue, suor, lágrimas e dor; reviveram-se e recontaram-se de excelentes momentos que são suporte positivo na velhice que nos invade.

Daqui nasceu a ONGD Tabanca Pequena – Grupo de amigos da Guiné-Bissau. E a solidariedade ganhou asas em benefício dos povos da Guiné:

(i) Organizaram-se convívios e festas de angariação de fundos e recolhas de artigos e livros escolares, medicamentos, roupas para crianças, livros para bibliotecas etc.;

(ii) Apoiou-se a saúde e a maternidade, enviando medicamentos e equipamento para apetrechar dois Centros Materno-infantis. Apetrechou-se a maternidade e sala de partos do Hospital da Cumura com luz solar;

(iii) Apoiou-se a pré-infância no Jardim Escola Flor d’Arroz em Ingoré, com mesas, cadeiras, jogos e brinquedos e roupas;

(iv) Apoiou-se o ensino primário nas EVA - Escolas de Valorização Ambiental,  com livros e material escolar para milhares de crianças e promoveu-se a educação para a higiene oral com o envio de 3000 pastas de dentes e escovas e 9000 frascos de elixir;

(v) Levou-se água de melhor qualidade a seis Tabancas abrindo poços de água nos centros das tabancas fazendo-a subir a um depósito através de bomba movida a energia solar e daí para uma torneira que dá de beber a cerca de quinhentas pessoas em média; assim libertou as mulheres e crianças da marcha diária de três a quatro quilómetros para captar água de duvidosa qualidade em poços naturais na mata e ao mesmo tempo libertou-as no tempo a gastar com o transporte de água, proporcionando-lhe bem-estar e tempo para se dedicarem às lalas (campos) e à família;

(vi) Dinamizou-se s várias escolinhas de costureiras nas tabancas do interior com o envio de 28 máquinas de costura tipo Singer, com o objetivo de promover o desenvolvimento local e fixar as jovens bajudas nas suas tabancas de origem natal;

(vii) Apetrechou-se a Tabanca de Elalab com um barco para tirar esta Tabanca do isolamento.

…E continuamos.

No dia dezassete de abril, sexta feira, partiu uma equipa para verificar no terreno o trabalho desenvolvido e recolha de dados para novas aventuras de solidariedade.

A Tabanca de Matosinhos celebra dez anos de convívio fraterno e solidariedade, que merecem ser festejados.

No dia 29 de Abril, vamos comemorar, com o almoço habitual, das quartas-feiras no Restaurante Milho Rei [, Rua Heróis de França 721, 4450-159 Matosinhos, Telef 22 938 5685], animado com fados e guitarradas, com a presença dos tertulianos entretanto regressados da Guiné.

Guiné 63/74 - P14499: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (16): fotos do Miguel Pessoa


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 1 > "Foto de família"...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 2 > O nosso coeditor Carlos Vinhal e o Fernando Súcio (que veio de Vila Real e nos trouxe notícias e "mimos" do nosso camarada ex-Alf Mil Médico Rui Vieira Coelho)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 3 > À direita, o Joaquim Mexia Alves, membro da comissão organizadora e que "jogava em casa" com o camarada José Almeida de Lamego...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 4 > Em primeiro plano, o nosso editor Luís Graça e à esquerda, o António Fernando Marques (Cascais).... Ambos pertenceram à CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) e caíram na mesma mina A/C em Nhabijões, em 13/1/1971...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 5 > O camarada Abel Santos cumprimentando a nossa camarada Enfermeira Paraquedista Giselda Pessoa... Em segundo plano, o José Zeferino (Chamusca e Loures)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 6 >  à esquerda, o José Zeferino e o Artur Soares (Figueira da Foz)... Em primeiro plano o Abel Santos, de Leça da Palmeira...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 7 > Reconheço o Juvenal Amado (Fátima /Ourém), o José Almeida e o João Maximiano (Santo Antão / Batalha), em terceiro lugar. (É um dos sobreviventes da terrível emboscada do Quirafo).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 8 > Carlos Vinhal, Jorge Picado e Giselda Pessoa. Mais atrás o Francisco Silva


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 9 > Em primeiro plano António Santos Pina... À direita, o nosso fotógrafo Manuel Resende...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 10 > O "ataque" aos aperitivos... À esquerda, de óculos escuros o Belarmino Sardinha que veio do Cadaval com o Joaquim Pinto de Carvalho.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 11 > Um prato variado fotografado pelo Miguel Pessoa.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 12 > Dois camaradas da FAP, o Gil Moutinho (régulo da Tabanca dos Melros, Gomdomar) e o António Martins de Matos (Lisboa) (o único de nós que chegou a general...)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 14 > Em primeiro plano, o Hélder Sousa (Setúbal) e a seguir o JERO (Alcobaça)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 15 > O Fernando Gouveia e o António Pimentel, dois camaradas da mesma época (1968/70)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 16 > À esquerda, o Manuel Lima Santos (Viseu); à direita o Rui Marques Veiga e a esposa Eulália, que jogavam em casa (são de Leiria)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 17 > A mesa do Benjamim Durães e netos (num total de 7) a que se juntaram mais 3 elementos da família do José Nunes Francisco (Batalha) (, a filha, do lado direito e dois netos)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 18 >  José Augusto Ribeiro (Condeixa), J. L. Mendes Gomes (Mafra e Berlim) e José Colaço (Lisboa), três veteraníssimos da guerra da Guiné...

Fotos: © Miguel Pessoa (2015). Todos os direitos reservados.
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 21 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14498: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (15): mais fotos, selecionadas e editadas, do Manuel Resende

terça-feira, 21 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14498: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (15): mais fotos, selecionadas e editadas, do Manuel Resende



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 11 > Uma foto panorâmica da salão onde se serviram os aperitivos e o almoço...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 12 > Palavras de boas vindas, pela comissão organizadora (da esquerda para a direita, Luís Graça, Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel Pessoa)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 13 > Distribuição de diplomas aos "totalistas" dos 10 encontros nacionais (desde 2006): da esquerda para a direita, Luís Graça, Carlos Vinhal, Dina Vinhal,  Jorge Cabral, David Guimarães e a esposa Lígia, Raul Albino, António Santos e a esposa Graciela


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 14 > O diploma do "totalista" Jorge Cabral



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 15 > Luís Graça e Maria Alice Carneiro


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 16 >  O veteraníssimo (da Guiné) João Sacoto e Aida  (Lisboa)... O casal veio pela primeira vez ao nosso encontro... O João é tio de outro João e nosso camarada, o João Martins


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 17 > O João Alves Martins e Graça (Lisboa) mais os tios João Sacoto e Aida (Lisboa)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 18 > Senhoras da mesa da Dina Vinhal: Maria de Lourdes; Maria da Glória e Maria José, esposa do camarada Liberal Correia (O casal veio dos Açores, de propósito para participar no nosso encontro!)

Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 19 > Clara Sampaio e Helena Fitas


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 20 > António Faneco e esposa Tina


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 21 >  Dina Vinhal e Elisabete, esposa do camarada Ribeiro Agostinho


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 22 > Jorge Canhão e Maria de Lurdes (Oeiras)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > Foto nº 23 > O António Santos e a filha, e no meio o J. Casimiro Carvalho, sempre pronto para a "palhaçada"...

Fotos: © Manuel Resende (2015). Todos os direitos reservados.
_______________

Nota do editor

Guiné 63/74 - P14497: Lembrete (11): Sessão de lançamento do livro de Dora Alexandre, jornalista e filha de militar da Marinha, "O Outro Lado da Guerra Colonial" (A Esfera dos Livros, 2015): hoje, 3ª feira, dia 21 de abril, pelas 18h30, na loja FNAC do Colombo, Lisboa


Capa do livro "O Outro Lado da Guerra Colonial", de Dora Alexandre (Lisboa, A Esfera dos Livros,  abril de 2015,  336 pp., 17 €) (*)


Convite

A editora A Esfera dos Livros lança no dia 21 de abril pelas 18h30 na loja FNAC do Colombo, [Lisboa, ] uma nova edição sobre o conflito no Ultramar: “O Outro Lado da Guerra Colonial”, de Dora Alexandre, lança um olhar diferente sobre os anos que os militares portugueses passaram no Ultramar. 

Que realidade encontraram os militares portugueses num continente distante e desconhecido? O que faziam no tempo livre? Que peripécias viveram? A autora entrevistou mais de meia centena de combatentes e também alguns artistas, que partilharam vivências paralelas ao conflito armado: vivências do dia a dia, histórias divertidas, caricatas e insólitas.

O prefácio é do Prof. Adriano Moreira e a apresentação ficará a cargo do Comendador José Arruda (ADFA) e do jornalista Joaquim Furtado, autor da série documental “A Guerra”.



Entre os combatentes entrevistados, contam-se algumas caras conhecidas do meio artístico como os atores Rui Mendes, Vítor Norte, João Maria Pinto, Domingos Machado (Belle Dominique) ou João Mota, e ainda Manuela Maria, Io Apolloni, Rodrigo e Octávio de Matos, que atuaram em África para entreter os militares.



Todos os interessados são bem vindos na apresentação. 






2. Mensagens de Dora Alexandre, trocadas com os nossos editores:

(i) Mensagem de 1 de abril de 2015:




Boa tarde, não sei se se lembra de mim, sou Dora Alexandre, jornalista, e ajudou-me a entrar em contacto com alguns combatentes ligados ao blogue, para um livro.

O livro está finalmente pronto, chama-se "O Outro Lado da Guerra Colonial" e contém histórias de 57 entrevistados.

Gostaria de lhe agradecer e convidar-vos para o lançamento - é dia 21 de abril às 18h30 na loja FNAC do Colombo. Teria muito gosto na vossa presença.

O prefácio é do Prof. Adriano Moreira e a apresentação ficará a cargo do Comendador José Arruda (ADFA) e do jornalista Joaquim Furtado.

Envio um pequeno texto à laia de press release, caso queiram partilhar.

Muito obrigada por tudo! Dora

(ii)  Mensagem de 20/10/12, que o coeditor Carlos Vinhal depois reencaminhou para o correio interno da Tabanca Grande:

Caros senhores,

Sou Dora Alexandre, jornalista, e estou a contactar-vos porque vou escrever um livro baseado em histórias da Guerra Colonial, para uma editora.

Sendo eu filha de militar - o meu pai esteve 4 anos na guerra da Guiné e Angola e reformou-se há pouco tempo da Marinha - e tendo eu própria nascido em Angola, tenho muito empenho em dar o meu modesto contributo para a preservação da memória e para dar mais um pouco de voz a quem serviu o país no Ultramar.

Vou entrevistar ex-militares que estiveram na guerra para saber histórias e vivências. Caso acedam a dar-me uma ajuda, com entrevistas e contactos, poderei dar mais pormenores sobre a abordagem deste livro.

Podem encontrar informação sobre o meu percurso profissional aqui http://www.linkedin.com/in/doraalexandre

Agradeço, desde já, a atenção dispensada e aguardo uma resposta. Saudações cordiais, Dora Alexandre

(iii) Mensagem de 20/11/13



Olá, boa tarde,

Não sei se se recorda de mim, sou jornalista e estou a escrever um livro para a Esfera,  baseado em testemunhos do Ultramar. Ajudou-me ao início com a divulgação do meu pedido para entrevistas. Foi uma ótima ajuda, mais uma vez obrigada!

O trabalho já está adiantado e estou apenas a compor o leque de entrevistados, que já vai em 4 dezenas. Gostaria que fosse minimamente representativo. Ainda não tenho nenhum Ranger e gostaria de contactar o sr. José Romeiro Saúde, de Beja. Pode por favor ajudar-me?

Agradeço desde já a sua atenção. Saudações cordiais, Dora.

(iv) Resposta do nosso editor Luís Graça,com data de  21/11/13



Dora: Estou em Luanda... Aqui vai o contacto do José Saúde  (...) (*)

Um kandando. Luis Graça

______________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 4 de março de  2015 > Guiné 63/74 - P14318: Lembrete (10): Apresentação do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", da autoria de Sofia Branco, hoje, dia 4 de Março de 2015, pelas 19h00, na Associação 25 de Abril (A25A), em Lisboa

(**) Vd. poste de 7 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14442: Agenda cultural (390): Dora Alexandre, jornalista, apresenta “O Outro Lado da Guerra Colonial” (José Saúde)

(...) Eis a lista de entrevistados (a negrito e a amarelo, camaradas da Guiné, muitos deles nossos grã-tabanqueiros):

Ilustrino Alexandre Júnior, Marinha, Guiné 1971-73 / Angola 1974-75 (PAI); 
Domingos Machado, Exército, Angola 1973-74; 
Octávio de Matos, Artista; 


Belmiro Tavares, Exército, Guiné 1964-66; 
Francisco Nicholson, Artista; 
Carlos Miguel, Exército (Psico), Guiné 1967-69; 
Carlos Pereira, Exército, Angola 1964-65; 

Mário Gualter Pinto, Exército, Guiné 1969-71; 
Carlos Rios, Exército, Guiné 1965-67; 
João Paulo Diniz, Exército, Guiné, 1970-72; 
Manuel Valente Fernandes (Médico) Guiné 1973-74; 
Farinho Lopes, Exército, Moçambique 1970-72; 

José Santos, Exército (Enfermeiro) Guiné 1971-73; 
Fernando Costa, Exército, Guiné 1972-74; 
José Manuel Lopes, Exército Guiné 1972-74; 
Rui Neves, Força Aérea, Angola 1970-72; 

Amílcar Mendes, Comandos, Guiné 1972-74; 
José António Pereira, Comandos, Guiné 1972-74; 
Romão Durão, Marinha, Angola 1968-70 / Angola 1971-75; 
João Maria Pinto, Exército, Moçambique 1969-71; 

Armando Carvalhêda, Exército, Guiné 1972-73; 
António Almeida, Exército, Moçambique 1972-74; 
Alfredo Brás, Marinha, Moçambique 1970-1974; 
João Mota, Exército, Angola 1965-66; 

Vítor Oliveira, Força Aérea, Guiné 1967-69; 
José Pedro Reis Borges, Força Aérea, Angola 1972-74; 

Hugo Borges, Paraquedistas, Guiné 1972-74; 
José Avelino Almeida, Exército, Guiné 1970-72; 
Luís Rolo, Exército (Enfermeiro) Angola 1970-72; 
António Prates da Silva, Polícia Aérea, Angola 1974-75; 

Vítor Norte, Exército (Enfermeiro) Guiné 1973-74; 
Luís Pinhão, Paraquedistas, 1973-74; 
Carlos Vinagre, Comandos, Angola, 1971-73; 

Rosa Serra, Paraquedistas (Enfermeira) Guiné 1969-70 / Angola 1970-71 / Moçambique 1973; António Godinho Luís, Comandos, Angola, 1961-63; 
António Leal, Comandos, Angola, 1961-63; 
Rui Mendes, Exército, Angola, 1962-64; 
Raul Patrício Leitão, Fuzileiros, Moçambique 1966-68 / Missão Hidrográfica N.H. «Carvalho Araújo», Angola e S. Tomé, 1970-75;

José Paracana, Exército, Guiné, 1971-73; 
João Dória, Exército (Médico) Guiné, 1968-70; 
Io Apolloni, Artista; 
António Vasconcelos Raposo, Fuzileiros, Angola, 1973-75; 

Nuno Mira Vaz, Paraquedistas, Angola 1963-65 / Guiné 1966-68 / Guiné 1970-72 / Moçambique 1973-74; 
Rodrigo, Artista;
Mário Henriques Manso, Fuzileiros, Angola 1963-65, Angola 1966-68; 

Nazário de Carvalho, Exército (Capelão) Moçambique 1961-64 / Guiné 1964-66 / Angola 1970-72; 

José Romeiro Saúde, Ranger, Guiné 1973-74; 
Joaquim Santos, Exército, Guiné 1967-69; 
Agostinho Rocha, Exército, Angola 1965-67; 
Manuel Roque dos Reis, Fuzileiros, Moçambique 1968-70; 
José Manuel Parreira, Fuzileiros, Guiné 1964-66 / Angola 1966-69; 

Otelo Saraiva de Carvalho, Exército, Angola 1961-62 / Guiné 1971-73; 
Manuel Lopes Dias, Exército, Moçambique 1970-71; 

António Carreiro e Silva, Fuzileiros, Angola 1967-69 / Angola 1972-74 / Guiné 1974; 
Francisco Guerreiro Soares, Fuzileiros, Angola 1964-66 / Guiné 1969-71 / Guiné 1972-74; 
Carlos Alberto Acabado, Força Aérea, Angola 1963-65 / Angola 1965-70 / Angola 1971-75; Norberto Cardoso, Exército, Angola 1974-75; e

 Manuela Maria, Atriz, Angola e Moçambique 1962, Guiné 1967. (...)

Guiné 63/74 - P14496: Parabéns a você (893): António Branquinho, ex-Fur Mil Inf do Pel Caç Nat 63 (Guiné, 1969/71)

____________

Nota do editor

Último poste da série de 19 de Abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14488: Parabéns a você (892): Augusto Vilaça, ex-Fur Mil Art da CART 1692 (Guiné, 1967/69); Leão Varela, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1566 (Guiné, 1966/68) e Victor Barata, ex-1.º Cabo Esp MMA/DO 27 da BA 12 (Guiné, 1971/73)