domingo, 3 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15570: Libertando-me (Tony Borié) (50): Em direcção ao sul

Quinquagésimo episódio da série "Libertando-me" do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGR 16, Mansoa, 1964/66, enviado ao nosso blogue em mensagem do dia 30 de Dezembro de 2015.




Em direcção ao sul

Viajando pelas montanhas do estado de Pennsylvania, que estão localizadas a norte do equador, se, na nossa imaginação tomássemos uma qualquer estrela como referência no nosso trajecto, iríamos verificar que, embora lentamente, ela se movia para trás, ao contrário de nós que viajávamos em frente, isto talvez seja o efeito de que o dia tropical, portanto a sul do equador, embora seja uns segundos mais pequeno, nesta altura do ano existe mais tempo de luz, mas como as estrelas estão a uma enorme distância, vistas a “olho nu”, de nós seres humanos, é de uma diferença enorme.

Isto tudo companheiros, vem a propósito de que nos meses de inverno, estas montanhas, sem neve, dão-nos a sensação de um cenário lunar, com áreas e áreas sem qualquer vegetação e, onde ela existe, é rasteira e queimada pelo frio. De vez em quando uma família de veados, procurando no alcatrão partido da estrada, qualquer vegetação que tenta sobreviver com o calor desse mesmo alcatrão, ou um urso preto, que se pendura num galho seco de uma qualquer árvore, procurando chegar à sua ponta, para depenar alguma flor ou rebento que tenta vir à luz do dia.

Chegámos sem neve, partindo sem a ver.

Viajámos de retorno ao sul, seguindo o mesmo trajecto, pagando, entre outras coisas, gasolina um pouco mais cara e as tais “portagens do norte”, debaixo de nevoeiro e alguma chuva miudinha, até ao estado de Virgínia, parando na área da pequena cidade de Petersburg, de que hoje vamos falar.

Deixando a estrada rápida 95, seguindo pela estrada estadual 301, pouco depois encontramos a pequena cidade de Petersburg, no estado de Virginia que foi um local estratégico durante a Guerra Civil Americana e cenário de diversas batalhas. Existe aqui um Centro de Visitantes, administrado pelo Serviço Nacional de Parques, dedicado à área das batalhas travadas durante o Cerco a Petersburg, nos anos de 1864 e 1865, que foi determinante para o fim da Guerra Civil Americana. Depois de vermos uma exposição e alguns filmes sobre todos estes acontecimentos, pudemos viajar de veículo automóvel pelos antigos campos de batalha, vendo aqui e ali as trincheiras, os locais estratégicos, as barricadas, alguns monumentos comemorativos, do que foram, entre outras, a “Batalha de Cinco Forquilhas”, que destruiu uma parte considerável do restante exército confederado de Virgínia do Norte, local onde alguns historiadores designam por "Waterloo da Confederação", pois a “Batalha de Cinco Forquilhas” ajudou a pôr em marcha uma série de eventos que levaram à rendição de Robert E. Lee, na aldeia de Appomattox Court House.

Não querendo roubar espaço ao nosso blogue, vamos ser breves na história que nos diz que Petersburg lutou a partir de 9 de junho de 1864 a 25 de março de 1865, durante a Guerra Civil Americana, embora seja mais conhecido popularmente como o Cerco de Petersburg, que não era um cerco militar clássico, em que uma cidade geralmente é cercada e todas as linhas de abastecimento são cortadas, nem foi estritamente limitado a acções contra Petersburg, pois a campanha consistiu em nove meses de guerra de trincheira em que as forças da União, comandados pelo Tenente-General Ulysses S. Grant, assaltou Petersburg sem sucesso e, em seguida, as linhas de trincheiras construídas que eventualmente se estenderam ao longo de 48 km, a partir dos arredores a leste de Richmond, para cerca de uma periferia leste e sul de Petersburg, foram cruciais para o fornecimento do exército confederado do General Robert E. Lee e a capital confederada de Richmond, onde numerosos ataques foram realizados e batalhas se travaram na tentativa de cortar as linhas de abastecimento, tornando assim a diminuição dos recursos confederados.


No entanto, o General Robert E. Lee, cedeu à pressão no ponto em que as linhas de abastecimento foram finalmente cortadas e um verdadeiro cerco começou em 25 de Março, abandonando ambas as cidades em Abril de 1865, o que levou à sua retirada e rendição na aldeia de Appomattox Court House. De salientar que o cerco de Petersburgo era uma cópia da guerra de trincheiras que era comum na Primeira Guerra Mundial, que ganhou uma posição de destaque na história militar. Também não podemos esquecer que deste cerco fez parte a maior concentração de guerra das tropas americanas africanas, que sofreram pesadas baixas.

A batalha de Appomattox Court House, travada na manhã de 9 de Abril de 1865, foi uma das últimas da Guerra Civil Americana. Era o final do Exército da Virgínia do Norte que pertencia ao Exército Confederado do General Robert E. Lee, onde já não tinha escolha a não ser render-se.

A assinatura dos documentos de rendição ocorreu na sala de estar da casa propriedade de Wilmer McLean, na aldeia de Appomattox, na tarde de 9 de Abril, numa cerimónia formal marcando a dissolução do Exército da Virgínia do Norte, dando liberdade condicional aos seus oficiais e soldados, impondo assim, de forma eficaz, o fim da guerra em Virgínia, onde este evento desencadeou uma série de resgates em todo o Sul, levando assim ao fim da Guerra Civil Americana.

Não querendo ser o General Robert E. Lee, rompemos o cerco, seguindo em direcção ao sul, já era noite no estado de Carolina do Sul, logo a seguir ao “South of the Border”, de que já falámos por diversas vezes. Numa qualquer área de descanso, das muitas que existem ao longo da estrada rápida número 95, dormimos umas horas, tal como fazem centenas de famílias viajantes que regressam ao sul e, ou não têm recursos financeiros para uma estadia num hotel, ou entendem que não é necessário, parando pouco tempo, ocupar um quarto de hotel. De um modo ou de outro, nós, “viajantes do mundo”, chegámos à nossa Flórida, onde já existe sol, não “frio de rachar”.

Tony Borie, Dezembro de 2015
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Nota do editor

Último poste da série de 27 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15545: Libertando-me (Tony Borié) (49): Newark, New Yok, Newark

Guiné 63/74 - P15569: Historiografia da presença portuguesa em África (68): As colónias portuguesas: a província da Guiné, vista em 1884, em livro da biblioteca do povo e das escolas (Lisboa, David Corazzi, Lisboa, 2ª ed.) - II (e última) parte (António J. Pereira da Costa, cor art ref)


Capa do livro "As colónias portuguesas", 2ª ed. Lisboa: David Corazzi, 1884, 63 pp., (Col "Biblioteca do povo e das escolas", 25)

[Sobre a casa editora David Corazzi, ler aqui: tratou-se de uma caso de grande sucesso,. no mercado livreiro de Portugal e do Brasil; A coleção "Biblioteca do Povo e das Escolas" totalizou 237 livros, publicados durante 42 anos, entre 1881 e 1913.  "Os volumes eram publicados quinzenalmente, nos dias 10 e 25 de cada mês, cada um com rigorosas 64 páginas, em formato de 15,5 X 10 centímetros , de composição cheia. A edição dos dois primeiros volumes foi de 6 mil exemplares cada. A partir do terceiro volume começaram a ser impressos 12 mil exemplares de cada vez. A tiragem subiu para 15 mil exemplares a partir do volume 10. A cada seis volumes, os livros recebiam uma única encadernação de capa dura, constituindo uma série. Ao longo dos 42 anos em que a coleção circulou, foram encadernadas 29 séries."]









pp. 26-30



O rei dom Luís I, de Portugal (1885). Fotografia de Augusto Bobone. 
Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda. Imagem do domínio público. Cortesia de


Comentário dos editores: É espantoso que, antes da separação (administrativa) da Guiné e de Cabo Verde, em 1879, o recenseamento da população guineense, que estava debaixo da bandeira portuguesa, fosse exatamente de 6154 habitantes, distribuídos por 1386 fogos, circunscritos a Bolama, Bissau e Cacheu... Estes números dão-nos uma ideia do "raio de ação" da soberania portuguesa no tempo da Monarquia Constitucional.  Em 1879 era rei Dom Luís I... E o primeiro governador da província portuguesa da Guiné era Pedro Inácio Gouveia (1881-1884), um homem belicoso, conhecido por "frasquinho do veneno"...

Dos povos da Guiné, há um destaque para os mandingas, "os mais civilizados, industriosos e ativos dos povos de África" e, para mais, "alegres, dóceis e amigos dos europeus" (sic)... Reconhece-se que a província está atrasada em muitos aspetos a começar pela "instrução pública": na época só havia 7 (sete) escolas primárias, todas para rapazes, obviamente... Indústria colonial não havia e a pouca agricultura que existia estava nas mãos dos caboverdianos...

O orçamento da província era deficitário, sendo a principal receita a provenientes dos direitos alfandegários... O défice orçamental era suprido por "subsídios da metrópole" (sic)... Não se fala de "imposto de palhota", mas de "contribuição predial"... Findo o "odioso" (sic) comércio de escravos, que alimentou "grandes fortunas", o principal produto de exportação, no ano econonómico de 1877/78, era já a mancarra (40 milhões de litros)... As principais casas comerciais eram... francesas, e Marselha o principal porto europeu para os produtos provenientes da (e destinados à) Guiné... Havia um vapor, da carreira da África ocidental,  que escalava todos os meses  Bolama...

O tom do livrinho era de otimismo em relação ao futuro do território, na  condição de "continuar a reinar a paz com os gentios"... Falsa ilusão: a chamadas "campanhas de pacificação" já estavam em marcham, desde 1882 e iriam até meados dos anos 30 do séc. XX com o objetivo de assegurar a ocupação efetiva do território... (LG).


1. Continuação da publicação dos excertos da obra "As colónias portuguesas" (Lisboa, 2ª edição. 1884) enviados em suporte digital, pelo nosso camarada António J. Pereira da Costa 

[,cor art ref, ex-alf art na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-cap art e cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567,Mansabá, 1972/74]... 

II (e última parte) (**)


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Nota do editor:

sábado, 2 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15568: Historiografia da presença portuguesa em África (68): As colónias portuguesas: a província da Guiné, vista em 1884, em livro da biblioteca do povo e das escolas (Lisboa, David Corazzi, Lisboa, 2ª ed.) - Parte I (António J. Pereira da Costa, cor art ref)


Capa do livro "As colónias portuguesas", 2ª ed. Lisboa: David Corazzi, 1884, 63 pp., (Col "Biblioteca do povo e das escolas", 25)






pp. 23-26 

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Comentário dos editores:

 Em 1884, ainda estavam por travar as decisivas "campanhas de pacificação" que se vão arrastar até 1936... A ocupação do território, pelos portugueses, estava longe de ser efetiva. A superfície da então "província da Guiné portuguesa", separada administrativamente de Cabo Verde só em 1879, era de apenas 8400 km2, menos de um quarto do atual território da Guiné-Bissau... Havia então apenas 4 concelhos: Bolama, Bissau, Cacheu e Bolola... As praças eram Bissau e Cacheu e os fortes principais Geba, Farim e Zinguichor... A "força pública"# resumia-se a um batalhão de caçadores e uma bateria de artilharia...

Em termos de produções agrícolas, já se fala da mancarra... Quanto à fauna,  diz-se que "há nos sertões da Guiné muitos tigres [leopardos], leões, elefantes, lobos, gatos bravos, búfalos, veados, antas, gazelas e macacos", além de, nos rios, "grande número de cavalos marinhos [hipopótamos] e jacarés"...  Há miríades de insetos que chegam a tornar-se "bastante incómodos" na época das chuvas... Dos animais domésticos, é referida a existência de "alguns cavalos" no interior do território.... São assinalados quatro rios principais; Casamansa, Cacheu, Geba e Grande ("onde há casas comerciais importantes")... O clima é "insalubre"...  A vegetação é "abundante e rica", vendo-se ali "espessas e extensas florestas, opulentas de boas madeiras para construção"... (LG)


1. Mensagem de 18 de dezembor passado, enviada pelo António J. Pereira da Costa [,cor art ref, ex-alf art na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-cap art e cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74]

Olá,  Camarada

Aqui vai uma descrição do que era a Guiné, para efeitos de disseminação de cultura popular, há pouco mais de 130 anos.
Seria uma descrição destinada a mostrar a "acção civilizadora e evangelizadora" dos nossos "heróicos maiores".

Contudo, uma atenção mais crítica leva a concluir que o atraso era grande e variado. Claro que tudo se passou cerca 80 anos antes da guerra [colonial] começar o que poderia significar que o progresso, entretanto, tinha sido grande.
Sabemos que não foi assim.

De qualquer modo, para alguém que se reclama civilizador e evangelizador os resultados ao fim de 3 séculos de colonização não eram famosos.

Até a estrutura administrativa era má e não sabemos porquê. Ou por outra, sabemos ou imaginamos: é que aquilo "não interessava nem ao menino Jesus". Se calhar nem às palhinhas do presépio...

Continuo a sustentar a tese de que a guerra resultou da deficiente acção civilizadora, mas não nos devemos culpar por isso. Os tempos e os valores do passado eram outros e estariam até inseridos na maneira de pensar que, na altura vigorava na Europa.

Um Ab.
António J. P. da Costa

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Nota do editor:

Último poste da série > 16 de dezembro de  2015> Guiné 63/74 - P15497: Historiografia da presença portuguesa em África (67): Na agonia da presença portuguesa em Ziguinchor (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P15567: O nosso blogue em números (35): no final de 2015, o número de grã-tabanqueiros era de 710, um aumento de 182% em relação ao final de 2009... Tivemos 34 novas entradas no último ano.


Gráfico - Evolução do nº de membros (registados) da Tabanca Grande, que passam de 390 (em dezembro de 2009) para 710 (em dezembro de 2015): uma média 53,3 por ano (baixou em relação ao ano passado, que era de 57,2 por ano).

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2015)


1. Início de ano novo, é altura de balanço (*)...

O nº de membros da nossa Tabanca Grande continua a crescer, com regularidade, a uma méda de 4,4 por mês... Éramos 111, em junho de 2006, 390 em dezembro de 2009, somos hoje 710, no início de 2016:


Mai-06 111
Dez-09 390
Mai-10 410
Set-10 450
Abr-11 500
Out-11 511
Mar-12 542
Dez-12 595
Ago-13 627
Dez-13 636
Ago-14 664
Dez-14 676
Ago-15 700
Dez-15 710

Em 2015 entraram 34 novos camaradas e amigos para a nossa Tabanca Grande.

Em contrapartida, tivemos 3 baixas mortais... Os camaradas e amigos que "da lei da morte se foram libertando", são. por ordem alfabética:

Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
António Vaz (1936-2015)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015).

Não menos verdade, e facto que nos preocupa muito, e em particular o nosso coeditor Carlos Vinhal que gere a base de dados da Tabanca Grande, há camaradas e amigos que "não dão sinais de vida", nem quando fazem anos (!), havendo diversos endereços de email inativos ou desatualizados. Está na altura de a malta fazer a indispensável "prova de vida". O Carlos Vinhal vai-vos contactar.


(Continua)

Guiné 63/74 - P15566: Memória dos lugares (329): Capelinha erguida em louvor a Nossa Senhora de Fátima, pelo 3.° GComb da CCaç 3327, em Calequisse (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 1 de Janeiro de 2016:


Surpresas do Pai Natal

Meus caros amigos e camaradas,
Nos anos anteriores tive a oportunidade de partilhar convosco algumas das minhas vivências de Natal durante o meu tempo de serviço militar. As experiências então vividas, pelas lições que aprendi, fizeram-me compreender melhor as comemorações do nascimento do Menino, no renovar da Vida, da Fé e da Esperança.

Num mundo cada vez mais materialista esquecemos muitas vezes a essência da Natalidade e damos as boas-vindas ao Pai Natal, aquele velho simpático de barbas brancas, que antes de entrar nas nossas casas passou pelas lojas da vizinhança. Na verdade ele faz os possíveis para alegrar as crianças cada vez mais exigentes, mas também não se esquece dos adultos que um dia no ano também gostam de ser crianças.

O velhote de barbas brancas tem por hábito chegar a tempo, mas é quando se atrasa que traz as grandes surpresas. Foi o que aconteceu ao findar o ano de 2015.
No dia 31 de Dezembro recebi a minha oferta de Natal, por carta electrónica do nosso amigo Henrique de Matos, com uma foto anexada da Capelinha erguida em louvor a Nossa Senhora de Fátima, pelo 3.° GComb da CCaç 3327, em Calequisse.
A comoção foi grande. Aquela foto…

Meus amigos,
Alguém, em Calequisse, está tomando conta daquela capelinha. Ela foi restaurada. Mas quem o fez?
Qualquer ajuda no sentido de encontrar quem está a tomar conta daquela capelinha será muito bem-vinda. É o desafio que vos deixo.


Fotos cedida pelo 1.° Cabo José M. Sousa, autor do projecto da capelinha, Calequisse, Guiné

Foto de 2010 - Cortesia do nosso tabanqueiro e amigo Carlos Silva

Foto de 2013 de Albano Barai, a quem presto a devida vénia. Esta foto foi-me enviada pelo nosso tabanqueiro e amigo Henrique de Matos.

São situações como esta que me permitem ser criança, aguardar com curiosidade a chegada do Pai Natal e agradecer ao Menino tudo aquilo que me tem permitido ter nesta passagem pelo mundo, a minha família e os meus amigos.

Para todos os meus votos de um Feliz e Santo Ano.
José Câmara
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15555: Memória dos lugares (328): Buruntuma, dezembro de 2015 (Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas", Bissau)

Guiné 63/74 - P15565: Parabéns a você (1011): Carlos Marques Santos, ex-Fur Mil Art da CART 2339 (Guiné, 1968/69)

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15562: Parabéns a você (1010): Margarida Peixoto, Amiga Grã-Tabanqueira - Penafiel

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15564: Blogpoesia (430): Poema um do dia um (Joaquim Luís Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728)

1. Em mensagem de hoje 1 de Janeiro de 2016, o nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66), enviou-nos este poema dedicado ao "dia um".


Poema um do dia um…

Comboio em marcha,
Cá vamos todos,
Bons companheiros.
A mesma viagem,
Os mesmos anseios.
Primeira classe,
À nossa vontade,
Um lugar à janela
A divisar o mundo.
Não há cobrador,
Só um piloto a bordo.

Locomotiva à frente
Já apitou três vezes.
Grande pedalada.

Começou num vale fundo,
Tanta montanha à volta,
Pela encosta acima.

Tudo cheira a novo.
É cada fatiota!...
De se tirar o chapéu.


Ninguém leva farnel,
Temos serviço a bordo.
Há-os já conversando,
Em conversa solta,
Outros se passeiam,
Descortinando par.

Há-os que vão a ler,
Só jornais e livros,
Sem televisão.
Não há computadores,
Só um telefone
Em cada carruagem.
Uns já estão dormindo,
Outros lá vão sonhando.

Tudo é harmonia,
Não há fumaradas,
Ficou para trás a inveja,
Tudo corre bem.

Ó que serenidade!
Ninguém ficou em casa...

Berlim, 1 de Janeiro de 2016
10h2m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de Dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15557: Blogpoesia (429): Estação final (Joaquim Luís Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728)

Guiné 63/74 - P15563: Manuscrito(s) (Luís Graça) (73): Vamos cantar as janeiras: "O Novo Ano é sempre assim, /Traz sonhos e inquietações, / Em português ou em mandarim, / Aguardaremos as instruções."



"Por detrás do Marão, mandam os que lá estão"... Tabanca de Candoz, 27 de dezembro de 2015.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados. 


1. Desde pelo menos 1999 que componho as quadras populares que animam as festas de família (nascimentos, batizados, primeiras comunhões, casamentos, bodas de prata e ouro, reuniões anuais e até enterros...), bem como outros eventos, incluindo as festas de Natal, Ano Novo e Páscoa... São já muitas largas centenas, se não milhares, de quadras, ao gosto popular, com rigorosos versos de sete sílabas métricas, a que se juntam as "janeiras" que desde 2006, se não erro, escrevo para se dizer ou cantar na ENSP/NOVA, a minha escola, na festa de Natal... (Tudo começou por umaq brincadeira que, hoje, é quase uma "obrigação").

Lembrei-me de fazer aqui, para os meus amigos e camaradas da Guiné, que apreciam este singelo género literário, uma pequena seleção de algumas das quadras, ditas à mesa da consoada,  no Norte, onde costumo passar o Natal. Tenho sempre a preocupação de escrever um ou mais quadras personalizadas, dirigidas a cada um dos convivas, das crianças aos adultos...

Mas também, há quadras mais gerais, brejeiras, jocosas e satíricas, na velha tradição bem portuguesa das cantigas de escárnio e maldizer, alusivas ao estado do país e da governação... Nesta amostra só inclui, por razões óbvias, as quadras não personalizadas... São uma forma de homenagear e dar continuidade à tradição popular, tão portuguesa e sobretudo nortenha e beirã, de "cantar as janeiras" (em geral, no período que vai do 1º dia do ano até ao dia de Reis).

É também um momento de partilha dos nossos melhores sentimentos e valores como pessoas, famílias, comunidades e povo... Momento de gratidão, de alegria e de esperança. Momento também de saudade: nos nossos tempos de Guiné, recordo-me de cantarolarmos, com acompanhamento à viola, no bar de sargentos de Bambadinca, o Natal dos Simples, do Zeca Afonso (do disco "Cantares de Andarilho", 1968).

Aproveito, para em nome pessoal, e dos demais editores e colaboradores do blogue, desejar a todos/as os/as /nossos/as leitores/as e autores/as,  que tenham passado um bom momento de fim de ano, com bons augúrios para o ano (novo, dizem ) que aí vem (e que já chegou hoje)...

É uma ilusão circadiana, essa do ano novo, mas os seres humanos precisam disso: somos, como todos os seres vivos, "heliotrópicos" e "heliocêntricos", e na realidade a nossa vida (biológica e social) acaba por funcionar em regime binário, em função do solstício do inverno e do solstício do verão...  Por agora é tempo de "carregar baterias"... Que o 2016 não defraude as nossas melhores expectativas... E que Deus, Alá e os bons irãs nos protejam. LG


Vamos cantar as janeiras...

por Luís Graça


Manda a nossa tradição
Que se cantem as janeiras,
À patroa e ao patrão,
Gente boa, com maneiras.

Mais os seus convidados,
Companheiras e companheiros,
À mesa bem instalados,
Com fama de lambareiros.

Mesa farta, caldo quente,
Na ceia de fim de ano,
É sinal de boa gente,
Bato à porta, não m’ engano.

É entre a gente do norte
Que se bebe o verde vinho,
Gente de altivo porte
P’ra quem amigo é vizinho.

Saibam todos que isto não é convento,
Nem a patroa abadessa,
No Natal estica o orçamento,
E põe alegria na travessa.

patrão,  esse, dá de frosques,
Para não ser mais roubado,
Foge do Robim dos Bosques,
E evita o Zé do Telhado.

Nesta noite de encantar,
Cantemos, e com a voz quente.
Mesmo c’o  a crise a durar,
Ninguém chora, minha gente.

No Natal dos sem abrigo,
Não há de faltar cá nada,
Bem dispenso o formigo,
Mas como um rabanada.
 
Pode a saúde estar em cacos,
Acabar-se o alcatrão,
A rua ser só  buracos,
Mas faltar esta noite, não!

O Natal não se compadece
Das tristezas e mazelas,
Quem é vivo sempre aparece,
Todos juntos, eles e elas.

Saúde agora é saudinha,
Diz o rei mago Gaspar,
Medicamento é mezinha,
Sopa do pobre, jantar.

Tristezas não pagam dívidas,
As tuas e as da Nação,
Muito menos faces lívidas
Ficam bem aos que aqui estão.

Mandam-me ser responsável
Em matéria de consumo,
Mas é pouco aceitável
Esta mesa só ter sumo.

Manda a troika comer pouco
E, ainda menos, beber,
O Pai Natal está taralhouco
Vão-se todos mas é f…

Diz o povo, que é otimista,
“A cada dia Deus m’lhora”,
Eu, que sou racionalista,
Não me fui ainda embora.

Comam e bebam sem IVA,
Diz o dono, com todo o gosto,
Que ele tem escrita criativa,
Seu Natal não paga imposto.

Lá sem guita não há… broas,
Mas ó da casa, ó patrão,
Tantas coisas e tão boas,
Vão p’ró rol da gratidão.

E a ter que pedir, neste ano,
Algo à troika e ao Pai Natal,
É que volte a ser soberano
O nosso querido Portugal.

Olha a bela rabanada,
As pencas e o bacalhau,
Ceia farta, bem regada,
Nesta noite sem igual.

Nem faltou o bacalhau,
Que já foi mais fiel amigo,
Anda com cara de pau,
Estando agora em perigo.

Estando agora em perigo,
Nas mãos dos noruegueses,
Quiçá até inimigo,
À mesa dos portugueses.

Boas festas, patrão justo,
Nesta noite de cegarrega,
Não quero saber o custo
Do bacalhau da Noruega!

Os nossos anfitriões
Têm direito a gabadela,
Dos pequenos aos matulões
Todos vêm comer... na gamela.

 Viva a fada deste lar,
Que dá o melhor que tem,
É por muito nos amar
Que a gente de longe vem.

O patrão com o acordeão,
O outro com o violino,
Dispenso o rabecão,
Mas não o meu vinho fino.
 
Só nos resta o triste fado,
Feito o balanço da Nação
Que penhorou o seu Estado,
Do hospital à prisão.

Chamam-lhe a dama de ferro,
À ministra das finanças,
Não deixemos que vá ao enterro
Das nossas melhores esp’ranças.

Boas festas, senhores doutores!
Se aí vem o fim do mundo,
Pra quê quererem ser prof'ssores
Se isto vai tudo ao fundo ?

Pandemias e pandemónios
Vão e vêm com o  inverno
Entre anjos e demónios,
Lá escaparemos ao inferno.

Boas festas, senhor engenheiro,
Um bom ano p’ra sua empresa,
Que ganhe muito dinheiro,
Tenha farta e rica mesa.

Nada mais belo no mundo,
Que as nossas criancinhas,
Seus sorrisos calam fundo,
São elas as melhores prendinhas.

Vamos pôr o melhor sorriso,
E ajudar este mundo,
Que precisa de mais siso,
P’ra gente não ir... ao fundo.

Há no céu uma estrelinha,
Que a todos alumia,
Uma é tua, outra é minha,
É a da vida e da al'gria.

Pois que brilhe em esplendor
E em charme, este hotel,
Onde a comida é amor
E Natal se diz… Nöel.

Vamos cantar as janeiras
A todos os que aqui estão,
Gente fina e sem peneiras,
Fizeram um belo serão.

Parabéns às cozinheiras
Deste tão lauto jantar,
Já não digo mais asneiras,
Vou à rua apanhar ar.

Estão as janeiras cumpridas,
Obrigado, ó patrão,
Estavam boas as comidas
P’ro ano virei ou não.

Boas festas, boas festas,
Boas festas viemos dar,
C’o a promessa, mais que certa,
De p’ro ano cá voltar.

O Novo Ano é sempre assim,
Traz sonhos e inquietações,
Em português ou em mandarim,
Aguardaremos as instruções.

Sintam-se todos contemplados,
Nestas letras sem maldade,
Nelas vão embrulhados
Os melhores votos de fraternidade.


Natal e Ano Novo, 1999-2015 
(Seleção de quadras de LG)
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P15562: Parabéns a você (1010): Margarida Peixoto, Amiga Grã-Tabanqueira - Penafiel

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Nota do editor

Último poste da série de 27 de Dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15542: Parabéns a você (1009): José Pedro Neves, ex-Fur Mil Op Especiais da CCAÇ 4745/73 (Guiné, 1973/74)

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15561: (De)Caras (27): As últimas perdas de 2015: a minha mãe, uma amiga do Fundão e o camarada António Vaz (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1971/74)


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Leiria. Monte Real > 21 de abril de 2012 > Da esquerda para a direita, o António José Pereira da Costa, o António Vaz, o Acácio Correia e o Jorge Araújo


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Leiria. Monte Real > 21 de abril de 2012 > Da esquerda para a direita,  o Jorge Araújo (ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1971/74) e o António Vaz, ex-cap mil art, cmdt CART 1746  (Bissorã e Xime, 1967/69).

Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem de Jorge Araújo, com data de hoje, enviada às 21:01

Camaradas,

Depois de ter perdido minha mãe na terça-feira, de ontem ter seguido para Castelo Novo, Alpedrinha, para o último adeus de despedida de uma amiga que faleceu no mesmo dia dela e que havia completado na véspera meio século de vida, e agora receber a notícia da morte do camarada António Vaz, são três acontecimentos dramáticos sucessivos que me deixam perplexo e apavorado, a poucas horas de um Novo Ano.

Sobre o camarada Cap António Vaz, tive o grande prazer de o conhecer no VII Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, no dia 21 de abril de 2012. Tomou a iniciativa de a mim se dirigir, cumprimentando-me com um forte abraço, carregado de significado, depois de ter tido conhecimento de que eu estivera no Xime, tal como ele em período anterior. Saudou-me pelos meus textos publicados no blogue sobre as duas emboscadas na Ponta Coli, sofridas pela CART 3494, em 1972. Conversámos algum tempo sobre esse contexto e as principais dificuldades de cada uma das épocas.

Fiquei muito sensibilizado pelo seu humanismo e agora muito triste pela notícia da sua morte. Que descanse em paz.

Jorge Araújo
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Guiné 63/74 - P15560: Votos de Bom Ano para a tertúlia (2): Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas do BCAÇ 3872

1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 14 de Dezembro de 2015:

Meu caros camaradas
Quando estamos a despedirmos-nos do ano velho e a dar as boas vindas ao novo ano, penso que é o momento que devemos olhar para o caminho percorrido e desejar que tudo seja diferente para melhor em 2016.
Quando chegamos a este dia não resistimos a lembrar aqueles anos em, que afastados dos nossos entes queridos, sentíamos mais a distância. Não quero com isto deixar de estar consciente que foi muito pior para eles do que para nós. Nós sentíamos que eles estavam seguros, eles não sabiam nada de nós e nós não pensávamos na nossa situação.

Passaram mais de 4 dezenas de passagens de ano em que recordamos especialmente as que lá passamos. Recordamos os amigos, os que partiram e até sabemos o que fizemos e onde estávamos. Pode-se dizer que é um sentimento estranho o ter saudades do que foi doloroso na altura.
Se houvesse oportunidade, quantos de nós não teriam ido lá passar este 2015 para 2016?
Inexplicável ou talvez não.

Agradeço ao blogue, aos seus editores e a todos os que me têm acompanhado desde que faço parte dele.

Um abraço e o desejo de que 2016 vos traga bem estar, amizade e fraternidade.
Juvenal Amado

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Galomaro - Natal de 1973

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1971-1972-1973 -1974-2015-2016 

Passagem de ano de todas esperanças
Deixar para trás o que é velho
Esquecer que o regresso tanto tardou
Beber mais um trago de vinho amargo
O dizem os nossos olhos?

Saudades ou encolher de ombros
Deixar para trás o desagradável
Esquecer o que nos magoou
Lamentarmos porque não estamos todos
Rever através do espelho outras imagens

Mas este ano é que vai ser,
Vamos lembrar o calor do trópico
Trocá-lo pelo calor Humano
Os desejos por beijos
O desconforto por abraços
Os risos finalmente por felicidade

Viajarmos através dos sonhos
Porque merecemos,
Vamos exigir um Ano Novo em Paz

Desejo um Bom Ano a todos camaradas e suas famílias.
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15559: Votos de Bom Ano para a tertúlia (1): José Firmino, ex-Sold At Inf da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884 e Albino Silva, ex-Sold Maqueiro do BCAÇ 2845

Guiné 63/74 - P15559: Votos de Bom Ano para a tertúlia (1): José Firmino, ex-Sold At Inf da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884 e Albino Silva, ex-Sold Maqueiro do BCAÇ 2845

Votos de Bom Ano para a tertúlia


1. Mensagem do nosso camarada José Rodrigues Firmino (ex-Soldado At Inf da CCaç 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971), com data de 29 de Dezembro:

Votos de bom 2016 para todos os ex-combatentes familiares e amigos.
Abraço 
Firmino


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2. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70, com data de 30 de Dezembro de 2015:

Boa tarde Carlos Vinhal 
Em primeiro lugar desejo-te óptima saúde, e depois a continuação de Boas Festas, com excelente entrada em 2016, e que este novo Ano te traga tudo de bom, assim como para toda a malta da Tabanca Grande. 
Junto envio esta brincadeira, porque pensei que tinha perdido o jeito mas afinal parece que não. 
Um abraço, 
Albino Silva

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Guiné 63/74 - P15558: Memória dos lugares (329): Ponte de Caium, Paunca e Canjufa, em dezembro de 2015 (Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas", Bissau)


Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 >  O que resta do célebre memorial do 3º Gr Com da CCAÇ 3546  (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974)), dedicado aos seus mortos  (Cardoso, Torrão, Gonçalves, Fernandes, Santos e Silva)



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 >  O que resta do célebre memorial do 3º Gr Com da CCAÇ 3546  (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972/74)...  Pelo menos três camaradas da Tabanca Grande pertenceram a este grupo de combate e participaram na construção deste momumento: Carlos Alexandre, Jacinto Cristina e Florimundo Rocha,


Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 >  Estrada Piche-Buruntuma > Ponte Caiu, Vista parcial da ponte e do monumento (1




Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 >  Estrada Piche-Buruntuma > Ponte Caium > Vista parcial da ponte e do monumento /2)



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 >  Paunca> Antigo quartel... Agora funciona aqui uma...dixcoteca.



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Piche > Ponte Caium > Dezembro de 2015 > Tabaqnca de Canjufa, na estrada para Pirada.


Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: LG]


1. Mais fotos da região de Gabu, tiradas este mês, pelo Patrício Ribeiro (*), que passou temporariamente a viver em Bafatá, donde sai às 6 da manhã e regressa às 22h...  A sua empresa, Impar Lda, tem dezenas de projetos na região de Gabu... Acabei de falar com ele, está em Lisboa a passar as festas. E segunda feira vai estar na Tabanca de Matosinhos, a tratar de negócios.  (LG)

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Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série > 31 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15555: Memória dos lugares (328): Buruntuma, dezembro de 2015 (Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas", Bissau)