quinta-feira, 3 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18599: Tabanca Grande (463): Luís Encarnação (1948-2018), nosso grã-tabanquieiro nº 773, a título póstumo (Francisco Palma / Hélder Sousa)


Foto n.º 1 > Convívio do pessoal da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72): o Luís Encarnação é o segundo a contar da esquerda, e o Hélder Sousa o quinto (e último)


Foto n.º 2 > O Francisco Palma e o Luís Encarnação, ambos de pé... Muito provavelmente num convívio anual da sua CCAV 2748. Um e o outro organizaram convívios do pessoal da companhia(*).


Foto n.º 3 > Convívio anual da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72) > O Luís Encarnação é o primeiro, da direita.


Foto n.º 4 > Convívio anual da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72) > 27 de junho de 2011 >  O Luís Encarnação e o Francisco Palma, ao centro, em segundo plano.


Luís Encarnação (1948-2018)

Fotos (e legendas): © Francisco Palma (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O Francisco Palma, nosso grã-tabanqueiro (ex-soldado condutor auto rodas da CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72), mandou-me ontem, às 22:35, algumas fotos do Luís Encarnação (1948-2018), seu camarada, amigo e vizinho (, que ontem foi  cremado, e passou a figurar, simbolicamente,  na lista dos membros da Tabanca Grande, sob o n.º 773) (**):

Luís,  o que consegui encontrar do Encarnação são estas 4  fotos, sempre acompanhado. Quando mudei de PC perdi muitas. O Hélder Sousa pode identificar muitos dos convivas que estão com ele, além de mim. A última, com ele, já te tinha mandado

Desculpa,
Francisco Palma



2. Comentário do Hélder Sousa ao poste P18593 (*)

Estive com o Luís Encarnação em Santarém, no 1.º Ciclo do CSM [, Curso de Sargentos Milicianos], em Julho de 1969 (3.ª incorporação) e pertencemos ao mesmo Esquadrão.

Pertenceu a uma das companhias de intervenção do BCAV 2922, a que eu estive adido durante cerca de 6 meses, em Piche, do início de Dezembro de 70 até quase ao final de Maio de 71.

Reencontrei-o por cá nos encontros que o também nosso tertuliano e contemporâneo de Santarém e Piche, o falecido Luís Borrega, foi arranjando.

Também aceitei, pelo menos duas vezes, os convites que ele e o Francisco Palma me fizeram para incorporar os Almoços da sua CCAV 2748 e ainda chegámos a estar juntos num ou dois dos almoços da Tabanca da Linha!

A notícia do seu falecimento "bateu forte", não estava à espera, pelo menos agora, pois sabia que tinha tido um problema, que estaria a recuperar, falei com ele ao telefone ainda não há duas semanas, falou-me de uma bactéria qualquer...

Não consegui acompanhá-lo à última morada. Fiquei triste.

Que descanse em paz! (***)

Hélder Sousa
____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de  11 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11375: Convívios (513): 15º Almoço/Convívio da CCAV 2748/BCAV, 41º ano da saída das tabancas CANQUELIFÁ / DUNANE, dia 25 de Maio em Caldas da Rainha (Francisco Palma)

(**) Vd. poste de2 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18593: In Memoriam (314): Luís Encarnação (1948-2018), ex-Fur Mil Cav, MA, CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72). O funeral é hoje, em Barcarena, às 15 horas. Entra, a título póstumo, para a Tabanca Grande, sob o n.º 773

(***) Último poste da série > 10 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18508: Tabanca Grande (463): Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA (F 86 e Fiat G91) da Força Aérea Portuguesa (BA 12, 1967/69), Grã-Tabanqueiro 772 da nossa

Guiné 61/74 - P18598: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): são 133 os bravos que responderam à nossa chamada e estarão presentes em Monte Real, no próximo sábado, dia 5, a partir das 10h.







Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)


1. Já dei ontem  os meus parabéns à comissão organizadora do nosso XII Encontro Nacional, o Carlos Vinhal, o Joaquim Mexia Alves e o Miguel Pessoa:

Camarigos:

Boa ponta final!... 133 é um nº confortável... Está próxima da média dos anos 2010 (156), 2011 (126), 2013 (131), 2014 (145) e 2017 (134)... Só em três vezes é que conseguimos fazer o pleno (200) ou andámos lá próximos (2012, 2015, 2016) (Vd. gráfico 2).

Há pelo menos uma vintena de camaradas e amigos que costumam vir, e desta vez falham, pelo me disseram, por razões de calendário: têm férias, têm festas de família, têm viagens, têm outros convívios... As pernas (e o patacão) também começam a pesar... É o costume. Mas, como sempre, há caras novas, felizmente...

Pelo que já vi, vamos ter bom tempo em Monte Real: sol, 22 graus máxima, 8º mínima... Seria ótimo que os aperitivos (das 13h às 14h), antes do almoço (sentados à mesa), fossem servidos na varanda da sala  Dom Dinis do Palace Hotel Monte Real, como previsto no programa... É a melhor ocasião para estarmos em interação uns com os outros, depois da chegada dos participantes (a partir das 10h), da missa (11h30)  e da foto de grupo (12h30).

O hotel sabe, por outro lado, que somos excelentes e fiéis clientes, desde 2010: também temos, na nossa equipa, um imprescindível e insubstituível "elemento de ligação", o Joaquim, que funciona como nosso "advogado", e que tem contribuído, em muito, com brio, brilho e paciência, para o sucesso destes eventos, e sobretudo para que tudo corra bem, com o pessoal satisfeito, a nível das amenidades (instalações e refeições).

O hotel tem, de facto, excelentes instalações, e beneficia de uma centralidade única, o que também é muito importante para eventos deste tipo. De qualquer modo, é já um "casamento" de 9 anos, são 9 encontros no Palace Hotel Monte Real...

Um oscarbravo [obrigado] para vocês três. O alfabravo [abraço] é para vos dar no sábado, ao vivo. Luis

PS - É pressuposto o Joaquim convidar o celebrante da missa (de resto seu amigo e vizinho, o Padre Patrício)  para almoçar connosco, ou pelo menos estar um bocadinho connosco. Temos-lhe essa dívida de gratidão.




2. De acordo com os gráficos 1 e 3, temos  133 inscritos, oriundos sobretudo da Grande Lisboa (35%), Grande Porto (28%) e Centro (26%).

A Grande Lisboa inclui Lisboa (cidade), mais os seguintes 8 concelhos:  Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira. Não temos nenhum participanet oroiundo de Odivelas e Vila Franca de Xira.

O Grande Porto inclui o Porto (cidade) mais os seguintes 13 concelhos: Espinho, Gondomar
Maia, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia. Temos representantes do Porto, Espinho, Maia, Matosinhos, Penafiel, Póvoa do Varzim  Trofa,  Vila do Conde e Vila Nova da Gaia.

A região Centro inclui todos os concelhos, situados a sul do rio do Douro e a norte  do Tejo, que não fazem parte do Grande Porto e da Grande Lisboa. No nosso encontro deste ano, estão representados os seguintes concelhos, a maioria  do litoral centro: Alcobaça, Aveiro, Cantanhede, Figueira da Foz, Leiria, Lourinhã, Marinha Grande, Montemor-o-Velho, Tomar, Torres Novas,  São 3 são do interior centro: Pampilhosa, Penamacor, Viseu.

A região Norte está representada por camaradas e amigos que vêm de Braga,  Ponte de Lima, Régua, Viana do Castelo e Vila Real.  O Sul por sua vez limita-se a três concelhos: Almada, Beja e Setúbal.

Não temos, desta vez, nenhum representante nem das regiões autónomas dos Açores e Madeira nem da diáspora lusitana.

3.  Camaradas e amigos, terminou na 2ª feira, 30 de abril, à meia-noite o prazo de inscrições. Total de inscritos: 125, mais 8,  da última hora, o que perfaz 133. Estamos gratos a todos os que se inscreveram e aos que gostariam de vir, mas não o podem fazer por razões que temos de aceitar e compreender.

Se houver alguma desistência, motivada por razões de peso, à última hora (, oxalá que não!), por favor comuniquem à comissão organizadora.

Sábado, dia 5 de maio, vai haver "ronco" em Monte Real: vamos celebrar a vida, a amizade, a camaradagem e a solidariedade, tendo a Guiné como traço de união!... Ainda por cima, temos previsão de bom tempo, com sol!

Contacto: Carlos Vinhal:
telem: 916 032 220

email: carlos.vinhal@gmail.com

____________

Guiné 61/74 - P18597: Parabéns a você (1429): Eng.º António Estácio, Amigo Grã-Tabanqueiro, natural da Guiné-Bissau e Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf. da CCAV 3366 (Guiné, 1971/73)


____________

Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18586: Parabéns a você (1428): José Carlos Neves, ex-Soldado TRMS do STM/CTIG (Guiné, 1974) e Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav da CCAV 703 (Guiné, 1964/66)

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18596: Efemérides (280): No dia 1 de Maio de há 48 anos, o BCAÇ 2912 desembarcava no cais de Pidjiguiti (António Tavares, ex-Fur Mil SAM)

EXCELENTE E VALOROSO era a Divisa do BCaç 2912 - RI2


1. Mensagem do nosso camarada António Tavares (ex-Fur Mil SAM da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72), datada de 1 de Maio de 2018:

Camarigos,

Neste dia 1 de Maio de há 48 anos, o BCaç 2912 desembarcava no cais de Pidjiguiti.

Quem do BCaç 2912 se reconhece na fotografia?
- Identifico o falecido Comandante.

Chegada do BCaç 2912, em 01 de Maio de 1970, ao cais de Pidjiguiti, em Bissau

Camarada (tratamento entre militares) a esta hora (19 horas) o que estarias a fazer?

- Estarias a caminho do quartel de Brá?
- Dentro do aquartelamento a tratar do teu precário alojamento?
Não sabemos!
Sabemos que já tínhamos percorrido umas milhas terrestres dentro do território guineense.
Sabemos que andávamos cheios de receber Ordens. Ordem para isto… Ordem para aquilo!

E ao final dos dias saía a Ordem de Serviço n.º. xxx do BCaç 2912.
O Comandante do Batalhão determinava e mandava publicar.

Ordens por vezes muito mal dadas pelos comandos…
Tivemos o exemplo disso!
A primeira Ordem que recebi:
- Ir à Manutenção Militar – Intendência – levantar 21 caixas de uísque. Caixas que receberam todas as mordomias até ao quartel de Galomaro.

Quartel de Galomaro, em Maio de 1970

No quartel foram distribuídas somente pelos Sargentos e Oficiais segundo Ordens do Comando. Os milicianos poucas garrafas levantaram. Constava que não faltaria uísque durante a comissão. Foi puro engano.

Embora houvesse a Ordem de não distribuir o uísque às Praças, e dentro dos possíveis, com a colaboração dos Sargentos e Oficiais milicianos, nunca lhes faltou o precioso líquido especialmente nos aniversários.
Os comerciantes vendiam as garrafas de uísque, de qualidade inferior ao da tropa, por valores exorbitantes.

Eu e um Oficial Superior por razões diferentes fomos das pessoas do Batalhão que mais lidámos com o uísque. Até essa data nunca tinha bebido a totalidade do conteúdo de uma garrafa de 0,75 l. Habituei-me a bebê-lo com Coca-Cola.

Recordação do quartel de Galomaro, em Março de 1972

No quartel de Brá encontrei a primeira pessoa conhecida da Foz do Douro. Éramos praticamente vizinhos. Falamos um pouco. Ele, Capitão Miliciano, estava em recuperação em Bissau e na circunstância com as Ordens de receber e alojar o Batalhão.
Eu e um Camarada da CCS encontrámos uma tábua, talvez de alguma cama, e colocámo-la em cima de uma mesa e os dois passámos a noite ao ar livre e de barriga para o ar sem nos mexer. Tínhamos de nos equilibrar. O tombo a dar teria mais de um metro de altura.
Entretanto as cruéis matas do Leste do Comando Territorial Independente da Guiné esperavam-nos. Infelizmente alguns militares do nosso batalhão faleceram neste Teatro de Operações… O Vietname português, de 1963 a 1974.
A primeira morte do BCaç 2912 deu-se nas águas do rio Corubal com o desaparecimento de um militar da CCaç 2701, aquartelada no Saltinho.

Passados quatro anos passaríamos a festejar livremente O Dia do Trabalhador, festejado desde 1886 nos Estados Unidos da América.

Abraço do
António Tavares
Foz do Douro, Terça-feira 01 de Maio de 2018
____________

Nota do editor

Último poste da série de 28 de Abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18571: Efemérides (279): O 25 de Abril de 1974... visto de Bissau, através de aerogramas enviados por Jorge Gameiro ( REP / ACAP / QG / CC) à sua esposa Ana Paula Gameiro e ao seu filhinho Nuno Gameiro... Documentação comprada no OLX, há 5 ou 6 anos (Carlos Mota Ribeiro, Maia) - Parte III

Guiné 61/74 - P18595: Convívios (854): Encontro dos "Ilustres TSF" em Campanhã - Porto (Hélder Valério Sousa, ex-Fur Mil TSF)


Convívio dos Ilustres TSF em Campanhã - Porto
Da esquerda para a direita: Lã, Martinho, Eduardo, Reis, Hélder, Cruz, Miguel e Marques.

 
1. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 6 de 29 de Abril de 2018:

Caros amigos:

Hesitei em dar conta deste evento por não ser propriamente do âmbito do nosso Blogue mas como aparecem notícias de encontros vários, atrevo-me a fazê-lo.

Para este Encontro apareceram 8 elementos. Muitos? Poucos? Depende....
Na realidade, o que chamamos de "Ilustres TSF" (não sei dizer quem, quando, como e porquê, sugeriu esta designação) é o conjunto de 'mancebos' que no já longínquo ano de 1969 (fará para o próximo ano e Encontro 50 anos!), se encontraram no então BT, em Sapadores, à Graça, em Lisboa, para fazerem o 2.º Ciclo do CSM com a especialidade de "TSF".

Eram 15, que vieram do 1.º Ciclo do CSM, em Julho de 1969, de vários locais da recruta: Caldas da Rainha, Santarém, Vendas Novas e Tavira. Por sua vez eram oriundos, à época, de vários pontos do País: o Carlos Lã, de Faro; o José Canudo, de Elvas; o Nelson Batalha, de Setúbal; o José Alves, dos Açores; o Fernando Marques, de Alhandra; o Hélder Sousa, de Vila Franca de Xira; o António Calmeiro, de Tinalhas; o António Camilo, de Castelo Branco; o José Fanha, de Torres Novas; o Eduardo Pinto e o Luís Dutra, de Viseu; o Fernando Cruz e o José Reis, do Porto; o Manuel Martinho de São Martinho do Campo e o Mário Miguel, de Barcelos.

Desses 15 dois deles, o José Reis e o Fernando Marques não chegaram a sair de cá. Dos outros 13, foram 2 para Moçambique, 4 para Angola e os restantes 7 (mais de 50% dos mobilizados) para a Guiné (e aqui já temos pontos comuns com o conteúdo do Blogue).
Neste espaço de tempo já faleceram 3. Curiosamente todos estiveram na Guiné. O Dutra, o Calmeiro e o Batalha.

Durante vários anos os nossos Encontros foram esporádicos (o 1.º ocorreu, salvo erro, em 1990 ou 91) e só agora, mais recentemente temos procurado manter uma regularidade anual. Este ano foi no Porto. Para o ano [, 2019], comemorando os 50 anos, será em Lisboa, para uma visita ao local onde nos conhecemos, o BT [, Batalhão de Transmissões]. Já temos dia: 4.ª feira, 19 de Abril. Veremos quantos seremos!

Se for do interesse do Blogue poderei avançar com mais alguns apontamentos dos "Ilustres".
Por agora segue assim, acompanhado da "foto de grupo", tirada à mesa na "Casa Inês", ali perto de Campanhã onde, da esquerda para a direita se podem ver o Lã, o Martinho, o Eduardo, o Reis, o Hélder, o Cruz, o Miguel e o Marques.

Abraços
Hélder Sousa
____________

Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18588: Convívios (853): XXX Encontro do pessoal do BART 3873 (Bravos e Sempre Leais) (Bambadinca, 1971/74), dia 26 de Maio de 2018 em S. Pedro do Sul (Sousa de Castro)

Guiné 61/74 - P18594: Antropologia (27): Uma preciosidade: arte indígena portuguesa, 1934 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 21 de Junho de 2016:

Queridos amigos,
Já aqui se referiu detalhadamente a I Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto em 1934. Henrique Galvão comissariou e trouxe gentes de várias proveniências. Da Guiné vieram principalmente Mandingas e Bijagós.
Artistas como Eduardo Malta ficaram embevecidos com o porte das gentes, ficaram desenhos para a posteridade; as meninas Bijagós saracoteavam-se de peito ao léu, para escândalo das senhoras respeitáveis, que foram apresentar queixa de tal desmando, faziam-se aliás excursões para ver aquelas "aves raras".
A Agência Geral das Colónias investiu a fundo num alvo em que os fotógrafos eram todos de primeira linha, disputadíssimos: Mário Novais, San Payo e Alvão. A capa foi entregue a Almada Negreiros e o texto principal era da responsabilidade de Diogo de Macedo.
Uma preciosidade e um enaltecimento da arte Bijagó, como aqui se mostra. Uma gema que não podia ficar mais tempo no esquecimento.

Um abraço do
Mário


Uma preciosidade: arte indígena portuguesa, 1934

Beja Santos

No âmbito da I Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto, em 1934, a Agência Geral das Colónias promoveu uma publicação cuja capa pertence a Almada Negreiros e o repositório fotográfico foi entregue a três artistas conceituados: Mário Novais, San Payo e Alvão. O texto introdutório é da responsabilidade de Luiz de Montalvor e o texto sobre a arte indígena é assinado por Diogo Macedo. Escreve Luiz de Montalvor que reabilitar a arte gentílica no seu injusto e obscuro isolamento é o propósito da publicação. Esta arte vive ainda a idade pura da alma humana e por isso há gente que a apelida de primitiva e de bárbara. Ele corrige: pode ser primitiva mas não é bárbara. Espraia-se em considerações, chega mesmo a introduzir uma interrogação totalmente peripatética: “Conceberá ela, um dia, nos refolhos do tempo, na indústria dos seus sonhos – atingida uma idade de ouro, radicada no domínio pleno dos seus recursos – a gestação de um Cellini, de um Ângelo, de um Botticelli indígenas, operários futuros de uma nova Beleza?”. Atenda-se que estamos a falar do mesmo Luiz de Montalvor modernista, ligado à publicação do Orpheu, poderá ser por aí que se justificará o descabimento desta diatribe.

Diogo de Macedo revela outra preparação e conhecimentos. Retoma a tónica do que é primitivo e bárbaro, dizendo que temos hoje na Oceânia e em África inúmeros tribos e povos a quem os europeus chamam raças primitivas, talvez por guardarem ainda todo o caráter inculto e rítmico dos costumes e das crenças que outros povos abandonaram em prol de um outro tipo de civilização. Só por isso é que poderá ser aceitável a designação de primitiva. Estamos a falar de povos em que a arte é principalmente escultórica, composta de feitiços, manipansos, divindades, ídolos e simples figurações animais. E desce a observações de quem refletiu cuidadosamente sobre o que viu e está a escrever: “Existe o mistério da origem da arte africana e da sua migração. Com as depreciações do estilo, da expressão e até da religião, o enigma, por enquanto, não foi resolvido. No Congo, há humildade e certa morbidez decadente; no Benim, espírito guerreiro e virilidade epopeica; na Costa Oriental, exuberância de fantasia e de grotesco; nos Camarões, tragédia e violência; a arte de Ioruba é religiosa, de mitos e de lendas; e só a da Guiné é natural e anedótica. Ali é escultura é lírica e racionalista, embora amaneirada”. Considera que o povo Bijagó é uma raça de artistas plásticos e com tendências fáceis à assimilação ocasional de ritos.

E não deixa de fazer justiça a um fenómeno sobre o qual, nessa década de 1930, muito pouco se fala ainda em Portugal: “Paris, há alguns anos e pela perceção dos pintores Matisse, Vlaminck, Picasso, Dérain e Lhote, tentou impor a arte negra como irmã da grega, da gótica ou da barroca, no seu estilo de descoberta. Aproveitaram-se da sua estrutura e expressionismo para defesa da pintura chamada “fauve” e para apoio dos ensaios do cubismo. Um grande artista – Modigliani – chegou mesmo a criar uma obra baseada na sua estética, assim como Zadkine e Lipchitz se inspiraram nestes segredos de composição para talharem a sua escultura”.

Mulher com o filho às cavalitas

Dois coloniais portugueses

Ídolo do sonho, figura de homem sentado e com a cabeça deitada sobre os braços

Gazela em madeira branca

É um álbum que honra e enaltece a genialidade da escultura guineense. A fatia de leão vai para os Bijagós, 17 gravuras num total de 107, onde se incluem obras vindas do Moxico, Macondes, Lunda, florestas de Cassinga, Congo, Cabo Delgado, Gaza e Benim.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 25 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18560: Antropologia (26): “Produtos, Técnicas e Saberes da Tradição Bijagó”, por Fanceni Baldé, Cleunismar Silva e Mary Fidélis, editado por Tiniguena, 2012 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P18593: In Memoriam (314): Luís Encarnação (1948-2018), ex-Fur Mil Cav, MA, CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72). O funeral é hoje, em Barcarena, às 15 horas. Entra, a título póstumo, para a Tabanca Grande, sob o n.º 773


Luís Encarnação (1948-2018), na Magnífica Tabanca da Linha. Foto de Manuel Resende.


Luís Encarnação (1948-2018), em sua casa.  Foto de Francisco Palma-



Caros Magníficos,

A Magnífica Tabanca da Linha está mais pobre.

Nesta madrugada de 1 de Maio de 2018 perdemos um dos nossos Magníficos, o Luís Encarnação. Paz à sua alma e condolências à família.

Oportunamente o seu amigo Francisco Palma irá fornecer aqui outros elementos.

O corpo está exposto desde as 16 horas na Igreja de S. Domingos de Rana. Amanhã, dia 2, será o funeral pelas 15 horas, seguindo para o Cemitério de Barcarena onde será cremado.


2. O Francisco Palma já ontem nos tinha dado a triste notícia. Por ele, soubemos em primeira mão do falecimento do seu amigo, camarada e vizinho Luís Encarnação que tinha 70 anos. Na página do Facebook da Magnífica Tabanca da Linha ele deixou o seguinte comentário;

Amigos, não acrescento mais nada, a não ser a enorme tristeza, pois era um grande amigo pessoal, e camarada combatente de Minas e Armadilhas, da minha Companhia em Canquelifá, onde bastante passámos de maus momentos. Era ainda meu colega, organizador dos nossos convívios da CCAV 2748.

Que encontres a Paz e eterno descanso.


3. Comentário do editor Luís Graça:

À família enlutada, aos camaradas da CCAV 2748, aos amigos mais íntimos, à Tabanca da Linha, apresento, em nome da Tabanca Grande, a manifestação da nossa solidariedade no luto e na dor (*). E comunico que decidi inscrever, a título póstumo, o Luís Encarnação, como membro, nº 773, da nossa Tabanca Grande.

O Luís vivia em Cascais, era membro da Magnífca Tabanca da Linha.  Há, por outro lado,  várias referências no nosso blogue ao seu nome, é coautor, inclusive, de um poste, também com o saudoso Luís Borrega (1948-2013) (**). E tive o grato prazer de o conhecer em Monte Real, já em 2014, no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande.

Já em tempos tinha pedido ao Luís Borrega para apadrinhar a entrada do Luís Encarnação na Tabanca Grande. O que infelizmente não aconteceu em vida de ambos... Cumpre-se agora o meu desejo ao fim de 8 anos e meio depois. Recordo o que escrevi em 9/10/2009 (**):

(...) "Obrigado aos dois. Djarama! Peço ao 1º Luís (Borrega) que traga o 2º (Encarnação) até à nossa Tabanca Grande. Para que ele se possa também sentar no bentém à sombra do nosso mágico, secular, grandiosos, simbólico, fraterno poilão!" (...).
___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 10 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18509: In Memoriam (313): Armando Teixeira da Silva (1944-2018), ex-Soldado Atirador da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Bula, Binar e Ponate, 1966/67), falecido no passado dia 4 de Abril. Natural de Oliveira de Azeméis, vivia em Santa Maria da Feira. Era (e é) nosso grã-tabanqueiro nº 636

(**) Vd. poste de 9 de outubro de 2012 Guiné 63/74 - P10505: Antropologia (20): Funeral Fula / Funeral Islâmico (Luís Borrega / Luís Encarnação)

Guiné 61/74 - P18592: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXX: As minhas estadias por Bissau (ii): setembro, depois de chegar a 21, vindo de avião


Foto nº 9 > Bissau > Setembro de 1967 > O Biafra, a "morança" dos oficiais. Quatel general (QG), em Santa Luzia.


Foto nº 14 >  Bissau > Setembro de 1967 >Vista geral da piscina do Clube de Oficiais do Quartel General, em Santa Luzia




Foto nº  21 > Bissau, setembro de 1967 > Piscina vazia no Clube de Oficiais




Foto nº 15 > Bissau, finais de setembro de 1967 > Na piscina do Clube de Oficiais do QG de Santa Luzia. Deve ter sido o primeiro banho ou duche em terras do CTIG.




F22 –  Bissau > Setembro de 1967 >Na piscina do Clube de Oficiais, com um empregado (trabalhador) local. 




Foto nº 18 >  Bissau > Setembro de 1967 > No Bar do Clube militar de oficiais do QG, em Santa Luzia, com um camarada de ocasião que não conhecia, é um cabo,  talvez trabalhando na messe, conversando sobre qualquer coisa.



Foto nº 16 >   Bissau > Fins de Setembro de 1967 >– Numa rua da Baixa, pobre, suja, velha, a cidade velha, penso ser na zona comercial, onde se localizava a Casa Pintosinho e a Taufik Saad e outras. Penso que estou metido num grupo de amigos, e alguém tirou a foto, acho que estou de camisa branca.



Foto nº 17 > Bissau > Fins de Setembro de 1967 > Numa rua da capital, numa zona menos central, mais para junto da marginal e do porto, ainda ando vestido com a primeira farda que vesti, a farda número dois. 



Foto nº 17 A > Bissau > Fins de Setembro de 1967 >   Rua: detalhe



Foto nº 20 > Bissau > Setembro de 1967 > – Vista interior da Igreja e Catedral de Bissau. Fui lá algumas vezes. [Ou não será antes a capela do Hospital Militar, HM 241 ?]



Foto nº 10 A > Monumento e estátua de Mouzinho de Albuquerque. Ficava localizada no QG da Amura, onde se faziam as reuniões dos Comandos Chefes [QG/CTIG]


Foto nº 10 > Bisssau, setembro de 1967 > Monumento e estátua de Mouzinho de Albuquerque. Ficava localizada no QG da Amura, onde se faziam as reuniões dos Comandos Chefes [QG/CTIG]


Guiné > Bissau > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69).

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já meia centena de referências no nosso blogue:
Mensagem de 24 de abril último:


Caro Luís,

Conforme te disse ontem, tenho pronta outra reportagem sobre o Tema - As minhas estadias em Bissau - Parte I.

É um ficheiro com 79 fotos, variadas e algumas de algum interesse, mostrar Bissau a muita gente que nunca conheceu.

Eu tenho de ir agrupando por temas, embora muitas fotos estejam noutros temas e são em Bissau também, como é o caso das reportagens de Tomaz e Caetano e outras, como o render da guarda do governador, etc.

Depois como tenho tantas, sem temas específicos, vou juntando num ficheiro, talvez com um numero exagerado, mas só se aproveita as que interessam. Para mim, eu vou fazendo o meu arquivo definitivo, e vou arrumando assim as coisas, senão perco-me.

As fotos estão numeradas, não estão por ordem cronológica, apenas por mês e anos (67, 68, 69). e em cada uma tem o seu número e um resumo de que se trata, a data, quer seja o dia, o mês ou apenas o ano, conforme aquilo que sei.

Depois temos o relatório da Legendagem (...)

  Virgilio Teixeira

24-04-2018

2. Gniné 1967/69 - Álbum de Temas: T031 – Bissau - Parte 1 > (ii) Setembro de 1967 > > Legendagem


F09 – Bissaut, setembro 1967. Este é o pavilhão e dormitório dos oficiais, localizado no clube de oficiais de Santa Luzia no Q.G. Para quem não conheceu esta zona, trata-se de um barracão de madeira, pré-fabricado, com dezenas de camas de ferro e algumas redes mosquiteiro. Era um espaço muito fraco, e servia para alojar todos os oficiais milicianos que chegavam de (ou partiam para)  a metrópole, ou passavam férias em Bissau ou em Consulta Externa e tratamentos no HM 241, ou para tratar de assuntos da sua unidade, que era o meu caso. 

Tinha fracas condições de tudo, por isso lhe chamavam ‘O Biafra’,  com referência à guerra do Biafra (no Katanga – Congo Belga) que se vivia naquela altura de 67. Ficava no melhor local de Bissau, no Clube com o mesmo nome, com bar, sala de refeições, amplos jardins e piscina bem tratados, mas,  apesar disso,  das muitas vezes que frequentei Bissau, não ficava lá sempre, algumas vezes ou ficava no Pilão.  nas tabancas, ou no Grande Hotel, só que este era caro e tinha de pagar. 

O Biafra foi o meu primeiro alojamento no dia em que cheguei à Guiné, em 21 de setembro de 1967. A foto é uns dias depois de já ter adquirido a máquina fotográfica, e depois de ir a Nova Lamego e voltar uns dias depois. 

F10 – Monumento e estátua de Mouzinho de Albuquerque. Ficava localizada no QG da Amura, onde se faziam as reuniões dos Comandos Chefes sobre a situação e operações na Guiné. Depois de deixarmos aquilo após o 25 de Abril de 74 deitaram abaixo a estátua e colocaram lá outra dos chefes dos movimentos do PAIGC.

F14 – Vista geral da piscina no Clube de Oficiais do QG de Santa Luzia. Possivelmente deve ter sido uma das fotos do primeiro rolo da minha máquina fotográfica, que comprei na famosa Casa Pintosinho a prestações, como tantas outras coisas, e comecei logo ainda antes do final de Setembro a iniciar a arte de fotografar, aprendendo, mas longe de pensar a sério na fotografia, pois poderia ter feito muito melhor. 

Após chegar ao CTIG em 21 de setembro de 1967, fui para Nova Lamego passados dois dias. Depois, em finais do mesmo mês,  voltei a Bissau para tratar dos meus assuntos na «CC» - Chefia de Contabilidade, que ficava mesmo perto da piscina do Clube, e por isso muitas vezes ali estive pela proximidade dos locais. Bissau, fins de Setembro de 67.

F15 – Na piscina do Clube de Oficiais do QG de Santa Luzia. Deve ter sido o primeiro banho ou duche em terras do CTIG. Bissau, fins de Set 67.

F16 – Numa rua de Bissau, pobre, suja, velha, a cidade velha, penso ser na zona comercial, onde se localizava a Casa Pintosinho e a Taufik Saad e outras. Penso que estou metido num grupo de amigos, e alguém tirou a foto, acho que estou de camisa branca. Bissau, fins Set 67.

F17 – Numa rua da capital numa zona menos central, mais para junto da marginal e do porto, ainda ando vestido com a primeira farda que vesti, a farda número um. Bissau finais de Set67.

F18 – No Bar do Clube militar de oficiais do QG, em Santa Luzia, com um camarada de ocasião que não conhecia, é um cabo talvez trabalhando na messe, conversando sobre qualquer coisa. Bissau, Set 67.

F20 – Vista interior da Igreja e Catedral de Bissau. Fui lá algumas vezes. Bissau, Set 67.

F21 – Piscina do Clube de oficiais do QG Santa Luzia. Vazia sem água. Bissau, Set67.

F22 – Na piscina do Clube de oficiais, com um empregado (trabalhador) local. Bissau Set67.

______________

Nota do editor:

terça-feira, 1 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18591: O nosso blogue em números (53): atingimos hoje os 10,4 milhões de visualizações em 14 anos de existência... Desde o início do ano, estamos a publicar 4,4 postes em média por dia, com 3,8 comentários por poste... Nos últimos 40 dias entraram mais 6 novos membros para a Tabanca Grande


Infografia: Blogger / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018).



1. Hoje, 1 de maio de 2018, o nosso blogue atingiu a cifra dos 8,6 milhões de visualizações de páginas (desde julho de 2010)... A este histórico, há que acrescentar mais 1,8 milhões, desde o início (23 de abril de 2004) até julho de 2010, o que perfaz o valor (final) de 10,4 milhões.

Às  14h00 de hoje, o Blogger, o nosso servidor, dava-nos esta informação (estatística) sobre o movimento do blogue, nos últimos 30 dias (de 2/4/2018 a 1/53/2018:

(i) tivemos um total de 68 914 visualizações / visitas (o que dá uma média diária de c. 2300);

(ii) os valores diários variaram, nesse período, entre 1331 (mínimo), em 28 de abril, e 7898 (máximo), em 30 de abril de 2018;

(iii) 72,5% das visualizações vieram de 3 países: Portugal (34,8%), França (25,9)  e EUA (11,8%);

 (iv) com um total de 409 postes publicados, desde o início do ano de 2018 até hoje, a média diária é de 4,4 postes;

(v) desde o início deste ano, foram feitos cerca de 1555 comentários, o que dá uma média 3,8 comentários por poste... Total (histórico) de comentários: 72 248;

(ix) temos 612 seguidores do nosso blogue;

(x) o número total de membros registados na Tabanca Grande, aqui no blogue, é de 772 (dos quais 62 já faleceram); nos últimos 40 dias entraram 6 (, em média, 1 por semana).


2. Estes números só dizem respeito ao blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, não incluem a página do Facebook, Tabanca Grande Luís Graça (os "amigos facebook...eiros" são 2754).

Recorde-se que temos um "livro de estilo", um conjunto de regras que não se aplicam ao Facebook. Ser "amigo do Facebook" não significa ser membro, automaticamente, da Tabanca Grande.
_____________

Nota do editor:

Último poste da série > 23 de março de 2018 > Giné 61/74 - P18450: O nosso blogue em números (52): 90 mil visualizações de página / visitas nos últimos 30 dias, 3 mil por dia... de 10,4 milhões

Guiné 61/74 - P18590: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (55): Explicar a guerra colonial e o 25 de Abril aos alunos do 12º ano, da escola secundária Miguel Torga, Massamá (Jorge Araújo)


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3
Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O nosso coeditor Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger,
CART 3494 (Xime-Mansambo, 1972/1974).


"DA GUERRA COLONIAL AO 25 DE ABRIL" - PALESTRA NA ESCOLA SECUNDÁRIA MIGUEL TORGA, EM 23 DE ABRIL DE 2018 (Jorge Araújo)


Nota prévia:

Na Foto nº 1, acima, vê-se a entrada principal da antiga Escola Secundária de Massamá, hoje Escola Secundária Miguel Torga [pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha (1907-1995)] nome atribuído de acordo com o Despacho 68/SEAE/96. Este complexo escolar foi implantado no ano lectivo de 1985/1986, num terreno de cultivo com uma área de 14 mil metros quadrados.

Dez anos depois da sua construção, a então Escola Secundária de Massamá, localizada na Freguesia de Monte Abraão, em Queluz, Sintra, escolheu para seu patrono o poeta, contista e memorialista Miguel Torga (Prémio Camões de 1989, o mais importante da língua portuguesa), tendo por fundamentos os constantes no Despacho 68/SEAE/96, e que seguidamente se transcrevem:

“A História que era preciso ensinar nas escolas não devia mostrar Carlos, O Temerário, a morrer diante de Nancy. Devia mostrar mas é esta junta de bois aqui á minha porta, atrelada a um carro, à espera que o dono acabe de beber um copo. Que importa lá à humanidade a bazófia do senhor francês? (Diário, 26105144) – Quem o afirma é Miguel Torga, exemplo de poeta, pensador, cidadão de corpo inteiro, que nos deixou uma das obras mais marcantes deste século em Portugal [séc. XX].

Como disse David Mourão-Ferreira (1927-1996), a posição de Miguel Torga “nas nossas letras continua a ser a de um grande isolado – que, no entanto, ou por isso mesmo, consubstancia e representa, da forma mais directa ou através de inevitáveis símbolos, quanto há de viril, vertical, insubornável no homem português contemporâneo”. Que melhor exemplo para educadores e educandos?

O contributo que deu à literatura e cultura portuguesas e a referência da sua vida e obra para todos e, em particular para a juventude portuguesa são as razões positivas de sobra que estiveram na origem da proposta do Conselho Directivo da Escola Secundária de Massamá, Sintra, com a concordância da Câmara Municipal, no sentido da atribuição do nome de Miguel Torga ao referido estabelecimento de ensino.

Assim e preenchidos que estão os requisitos e demais finalidades previstos no Dec.-Lei 387/90, de 10/12, determino:

1 - A Escola Secundária de Massamá, Sintra, passa a denominar-se Escola Secundária Miguel Torga, Massamá, Sintra.

2 - A Escola referida no número anterior constará da portaria a que se refere o nº 1 do artº 8 do Dec.-Lei 387/90, de 10/12, com a denominação que lhe é atribuída nos termos do presente despacho.


Em 2-7-1996, o Secretário de Estado da Administração Educativa, Guilherme de Oliveira Martins”.

1. INTRODUÇÃO
Feita a apresentação das razões que deram o nome à actual Escola Secundária Miguel Torga, importa agora referir a minha participação na palestra em título, realizada nessa Escola no passado dia 23 de Abril, 2.ª feira, a propósito das comemorações do 44.º Aniversário do “25 de Abril de 1974”. O evento organizado pelo Departamento de História da Escola tinha por destinatários os alunos de três turmas do 12.º Ano [cartaz elaborado para o efeito, ao lado].

O convite surgiu por intermédio da Professora Helena Neto, que em parceria com a Professora Conceição Carpinteiro lideraram este projecto enquanto docentes da Disciplina de História. Por ser nossa amiga de longa data e saber da minha condição de ex-combatente na Guiné, logo ela se lembrou de mim para essa (boa) causa.

Aceitei o convite, sem dificuldade, uma vez que tinha disponibilidade de agenda para esse dia.


2. A SESSÃO

O meu encontro com a comunidade escolar, alunos e corpo docente, decorreu no auditório da Escola, num ambiente de grande empatia, certamente pela novidade dos conteúdos aflorados, tendo-se registado uma participação de sete dezenas de indivíduos.

Durante duas horas, das dez ao meio-dia, abordei várias temáticas relacionadas com a evolução histórica do conflito, sinalizando algumas das minhas experiências, entre as mais “pesadas” e as mais “levezinhas”, acumuladas ao longo dos dois anos da comissão ultramarina, justamente até ao 25 de Abril de 1974, uma vez que nessa data ainda era militar, pois havia chegado a Lisboa, a bordo do N/M Niassa, vinte dias antes.

No final da apresentação dos pontos estruturados para a sessão, dei a palavra aos presentes, os quais colocaram diferentes e pertinentes questões, com relevância para os alunos de origem africana (Guineenses, Cabo.verdianos e Angolanos) incluindo, caso interessante, uma aluna luso-timorense. Como curiosidade, um dos presentes prometeu enviar-me os contactos do seu avô, também ele ex-combatente na Guiné, que, segundo crê, teria sido mobilizado durante a segunda metade dos anos sessenta.

Coincidindo com o aniversário da «Tabanca Grande», que aproveitei para o referir, os conteúdos do blogue foram também utilizados como “pano de fundo”, por um lado, para complementar algumas das minhas abordagens e, por outro, como fonte de informação privilegiada para a elaboração dos trabalhos que os alunos terão de apresentar no âmbito da Disciplina de História, e na sequência desta Reunião plenária.

Creio que os jovens e as jovens ficaram satisfeitas com o que ouviram… Vamos ver o que nos reservam os seus trabalhos finais.

Para encerrar este texto, ao jeito de ‘reportagem’, apresento acima duas fotos [nºs 2 e 3] que me foram cedidas relacionadas com o evento.

Com um forte abraço de amizade.
Jorge Araújo.
27ABR2018
_______________

Nota do editor:

Último poste da série > 22 de março de 2018 > Guiné 61/74 - P18446: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (54): A "mindjer grandi" Maria da Graça de Pina Monteiro, nascida em 1900, e que viveu em Bafatá e depois em Bissau... Conhecida pela Mariquinha, era casada com um chefe de posto português, sr. Eiras (Vieira), e tinha 3 filhas, e entre elas a Judite e a Linda Vieira... "Meus amigos da Tabanca Garandi, alguém por acaso chegou de conhecer algum membro dessa família?" (Ludmila Ferreira)

Guiné 61/74 - P18589: Agenda cultural (636): Convite para o lançamento do livro "Um Escafandrista nas Nuvens", da autoria de Mário Beja Santos, dia 16 de Maio de 2018, pelas 18 horas, no Auditório da Sociedade Portuguesa de Autores, Rua Duque de Loulé, Lisboa. Apresentação a cargo de José Jorge Letria



LANÇAMENTO DO LIVRO DE MÁRIO BEJA SANTOS, "UM ESCAFANDRISTA NAS NUVENS", DIA 16 DE MAIO DE 2018, PELAS 18 HORAS, NO AUDITÓRIO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES, AV. DUQUE DE LOULÉ, LISBOA. 
APRESENTADOR, JOSÉ JORGE LETRIA.


Sinopse do romance “Um escafandrista nas nuvens” 
de Mário Beja Santos

Berto é um septuagenário reformado, vive permanentemente ocupado, goza de boas amizades, mas tem três filhos a viverem de biscates e trabalhos precários. Para os ajudar, encontrou um filão inexplorado, lançou-se à obra com sucesso, escreve romances acima do nível da literatura de cordel dando esperanças amorosas a pessoas entre os 60 e 90 anos, são livros que se podem encontrar nos quiosques de jornais, tabacarias e papelarias, nas estações dos CTT, em livrarias de bairro, nas estações de comboios e aeroportos, são estes os locais onde os seniores procuram as mensagens de esperança do escritor Gil Santiago, um género de Paulo Coelho de terceira classe mas com lábia muito expedita.

É-lhe diagnosticado um cancro, Berto toma rapidamente decisões, convoca os filhos e notifica-lhes, no caso de um cenário de falecimento, como deseja que se faça a repartição de todos os bens. E vai contactando todos os seus amigos, lembrando os que desapareceram ou andam longe, rememora amizades perdidas, entram em cena aqueles que mais o estimam, Berto trata-se e continua a trabalhar, infatigavelmente. Aqui se explica o seu modo oficinal: do escritório ergue-se uma estante descomunal onde se perfilam dossiês com material auxiliar para os seus livros, ali há de tudo, desde a pasta dos sentidos pêsames, aos formulários para diferentes tipos de más notícias, recortes com histórias amorosas, recensões de livros que permitem a Berto e ao seu ajudante, Bernardo Catita, a fazer um mestrado em Literatura Moderna, a montar em continuidade esses enredos em que os seniores ganham esperança em dias melhores. No mínimo, escreve de três a quatro romances de amor por ano, o quinhão recebido vai diretamente para o bolso dos filhos.

Berto trata-se, cumpre disciplinadamente as instruções do seu médico, os perigos vão desaparecendo, torna-se doente crónico. Sem nunca desfalecer, Berto passa em revista os seus desastres afetivos, a sua atividade profissional ao longo de 50 anos, as causas a que se entregou e entrega, continua ativo em várias militâncias, é solicitado por academias de seniores, a par dos seus romances escreve livros sobre envelhecimento, fala da sua fé e dos seus projetos de cidadania, encontra-se regularmente com os seus antigos soldados guineenses, são almoços de bacalhau cozido com batatas e grelos acompanhados com laranjada, com muçulmanos é assim.

E, inopinadamente, Berto vive um romance de amor dentro dos seus romances, são acontecimentos que julgara impensáveis. Romance com intriga, ciúme, enganos e desenganos, pois claro. De forma resoluta, aceita essa graça, essa ironia do destino.

Numa enorme girândola, vamos conhecer e conviver com todo este mundo afetivo de Berto, as suas curiosidades gastronómicas, a decoração da sua casa de homem solitário, serão convocados protagonistas que lhe dão ânimo, que aceitam as suas confidências, uns detestam as lamechices que ele escreve, sem prejuízo de reconhecerem o seu labor para manter os filhos com uma vida com mais qualidade, outros há que sabem que Berto seria capaz de escrever melhor, não tivesse que recorrer àquela ferramenta que lhe traz proventos, magros mas constantes.

E há os sonhos em que volta e meia aparece um escafandrista que se intromete na vida daquele canceroso que com um passo de capote afastara diligentemente a morte. Do pélago dos oceanos, o escafandrista viajará pelos céus, são sonhos que trarão uma maior aceitação da vida, descobrirá uma nova fórmula da alegria, uma reviravolta que será aproveitada para novos romances, Bernardo Catita sente-se entusiasmado com os recursos advindos da chegada desse inoportuno escafandrista que tem mais histórias que as que estão depositadas naqueles dossiês da estante descomunal, onde se guardam segredos para o copy paste, o estilo do mundo desses seniores sempre ávidos de boas notícias para os seus corações. Será assim que aquele escafandrista vai pôr Berto nas nuvens.


Sobre o Autor:

____________

 Nota do editor

Último poste da série de 17 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18531: Agenda cultural (635): Convite para a inauguração da exposição "A Biblioteca de Samuel Schwarz, espelho de uma vida", amanhã, dia 18, 4ª feira, às 17h30, na Assembela da República (João Schwarz)

Guiné 61/74 - P18588: Convívios (853): XXX Encontro do pessoal do BART 3873 (Bravos e Sempre Leais) (Bambadinca, 1971/74), dia 26 de Maio de 2018 em S. Pedro do Sul (Sousa de Castro)

____________

Nota do editor

Último poste da série de 28 de Aberil de 2018 > Guiné 61/74 - P18572: Convívios (852): Caldas da Rainha, 2 de junho de 2018, almoço-convívio, 48º aniversário da partida para o CTIG, CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72 (Francisco Palma)

Guiné 61/74 - P18587: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (14): Temos 127 participantes!...Sábado, dia 5, vai haver "ronco" em Monte Real: vamos celebrar a vida, a amizade, a camaradagem e a solidariedade, tendo a Guiné por traço de união.




LISTA DOS 127 INSCRITOS CAMARADAS E AMIGOS
QUE VÃO PARTICIPAR NO XIII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE,
EM 5 DE MAIO DE 2018, 
NO PALACE HOTEL MONTE REAL



Agostinho Gaspar - Leiria

Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha GrandeAntónio Acílio Azevedo & Irene - Leça da Palmeira / Matosinhos
António Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Estácio - Algueirão / Sintra
António Graça de Abreu - S. Pedro de Estoril / Cascais
António João Sampaio e Maria Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
António Joaquim Alves - Malveira / Mafra
António José Pereira da Costa & Isabel - Mem Martins / Sintra
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Sintra
António Mário Leitão - Ponte de Lima
António Martins de Matos - Lisboa
António Mendes - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Pimenta - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Tavares - Foz do Douro / Porto
António Vieira - Vagos
Apolino Freitas e Fátima Barros - Trofa
Armando Oliveira - Vila Nova de Gaia
Armando Pires - Algés / Oeiras
Arménio Santos - Lisboa

C. Martins - Penamacor
Carlos Alberto Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora
Carlos Cabral & Judite - Pampilhosa
Carlos Cruz, Irene, Paulo, Ana Cristina e Pedro - Lisboa
Carlos Pinheiro - Torres Novas
Carlos Silva e Germana - Massamá / Sintra
Carlos Silvério - Ribamar / Lourinhã
Carlos Vinhal & Dina Vinhal - Leça da Palmeira / Matosinhos

David Guimarães & Lígia - Espinho
Diamantino Ferreira e Emília - Leiria
Diamantino Varrasquinho e Maria José - Vidigueira

Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Mota Ribeiro - Porto
Ernestino Caniço - Tomar

Fernando Oliveira e Teresa Maria - Reboleira / Amadora
Fernando Ponte - Leiria
Fernando Sousa e Maria Barros - Trofa
Fernando Súcio - Campeã / Vila Real
Francisco Silva e Maria Elisabete - Porto Salvo / Oeiras

Hélder Valério de Sousa - Setúbal
Hernâni Alves da Silva & Branca - Vila Nova de Gaia

Idálio Reis - Sete-Fontes / Cantanhede
Isolino Silva Gomes e Júlia - Porto

Jaime Bonifácio Marques da Silva - Seixal / Lourinhã
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
Joaquim Mendes Teixeira e Maria Emília - Guilhabreu / Vila do Conde
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria
Jorge Araújo e Maria João - Almada
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Picado - Ílhavo
Jorge Pinto & Ana - Sintra
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais
Jorge Teixeira - Porto
José Almeida e Maria Antónia - Viana do Castelo
José Barros Rocha - Penafiel
José Casimiro Carvalho - Maia
José Eduardo Oliveira - Alcobaça
José Ferreira - Crestuma / Vila Nova de Gaia
José Manuel Lopes - Régua
José Miguel Louro - Lisboa
José Saúde - Beja
Juvenal Amado - Amadora

Lúcio Vieira - Torres Novas
Luís Graça & Alice Carneiro - Lourinhã
Luís Moreira & Irene - Sintra
Luís Paulino & Maria da Cruz - Algés / Oeiras
Luís Rainha & Dulce - Figueira da Foz

Manuel Augusto Reis - Aveiro
Manuel Guilherme - Vila Nova de Gaia
Manuel Joaquim e José Manuel Cunté - Lisboa
Manuel José Ribeiro Agostinho & Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Manuel Lima Santos & Maria de Fátima - Viseu
Manuel Oliveira Pereira - Ponte de Lima
Manuel Ramos - Torres Novas
Manuel Santos - Vila Nova de Gaia
Mario Magalhães & Fernanda - Sintra
Mário Vitorino Gaspar - Lisboa
Miguel Pessoa & Giselda Pessoa - Lisboa

Ricardo Abreu - Vila Nova de Gaia
Ricardo Figueiredo - Porto
Rogé Guerreiro - Cascais

Silvino Correia d'Oliveira - Leiria
Sousa de Castro e Conceição - Vila Fria / Viana do Castelo

Urbano Martins Oliveira - Figueira da Foz

Vasco Ferreira - Vila Nova de Gaia
Virgínio Briote & Maria Irene - Lisboa
Vítor Caseiro e Maria Celeste - Leiria

Xico Allen- Vila Nova de Gaia


Camaradas e amigos, terminou ontem, 2ª feira, à meia-noite o prazo de inscrições. Total de inscritos até hoje às 13h: 127.


Se houver alguma desistência imperiosa de última hora (, oxalá que não!), por favor comuniquem à comissão organizadora.

Sábado, dia 5, vai haver "ronco" em Monte Real: vamos celebrar a vida,  a amizade, a camaradagem e a solidariedade, tendo a Guiné por traço de união.

Contacto: Carlos Vinhal:
telem: 916 032 220
email: carlos.vinhal@gmail.com

_____________

Nota do editor:

Último poste da série >  30 de abril de 2018  > Guiné 61/74 - P18584: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (13): 124 inscritos até agora... Últimas inscrições até à meia-noite!

Guiné 61/74 - P18586: Parabéns a você (1428): José Carlos Neves, ex-Soldado TRMS do STM/CTIG (Guiné, 1974) e Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav da CCAV 703 (Guiné, 1964/66)


____________

Nota do editor

Último poste da série de 29 de Abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18575: Parabéns a você (1427): Giselda Pessoa, ex-2.º Sargento Enfermeira Paraquedista da BA 12 (Guiné, 1972/74)