Mostrar mensagens com a etiqueta 1967. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 1967. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19329: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LVII: Festas de Natal e Ano, Nova Lamego 67, São Domingos 68


Foto nº 1 > Jantar e Ceia de Natal de 1967, na messe de oficiais em Nova Lamego.


Foto nº 2 > Continuação do Jantar e Ceia de Natal de 67, na messe de oficiais em Nova Lamego. Ao fundo, no topo da mesa, o Virgílio Teixeira.


Foto nº 3 > Dezembro de 1967 >  "Feliz Natal: Noite de Natal, Noite Fria, tão gelada / Tocam os sinos / É noite de Consoada... Guiné 67". Desenho e texto do furriel miliciano Rocha, o "Algarvio",


Foto nº 4 > Kantar de fim de ano na messe de oficiais,  o Comandante à civil, a brindar a todos. Os protagonistas são os mesmos, vê-se de óculos, o alferes comandante do Pelotão de A.M. Daimler 1143. Foi a última fotografia que tenho do nosso Comandante.


Foto nº 5 > – O mesmo jantar, agora a foto tirada do outro extremo da mesa, já apareço eu, e em grande destaque o nosso Major Henriques, aquele que me queria fazer a vida negra e nunca o conseguiu.



Foto nº 11 > Jantar e Ceia de Natal de 1968, na messe de oficiais em São Domingos.


F12 – Outra visão da mesa de jantar de Natal de 1968, com os outros protagonistas.


Foto nº 13  > – Noite de Natal de 1968, junto dos nossos militares na sua caserna, com uns copos à mistura.


Foto nº 14  > Almoço do dia de Natal de 1968, juntamente com todo o pessoal de todas as companhias e pelotões independentes


Foto nº 15 >  Messe de sargentos da CCS, esperando a hora do jantar de fim de ano de 1968.


F16 – Espectáculo programado para o dia de Novo Ano de 1969, com todos os militares a participar na festa. Brancos, negros e população civil, todos foram convidados.


Foto nº 17 > Outro lado do mesmo espectáculo, com outros protagonistas, pode ver-se o Capitão Cardoso, o novo comandante da CCS, o Major Correia ao lado da esposa do Médico, e o sempre omnipresente Capitão Martins, com o seu pingalim!

Guiné > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) >  Natal e Ano Novo

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil,SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)

[Foto à esquerda, o Virgílio e a esposa Manuela, na Tabanca de Matosinhos, Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei), 5 de setembro de 2018 (Foto: LG).


T089 – FESTAS DE NATAL E ANO NOVO
NOVA LAMEGO 67
SÃO DOMINGOS 68

I - Anotações e Introdução ao tema:

Aproveito esta época para além de desejar os melhores êxitos e muita saúde a todos, apresentar mais algumas fotos que seleccionei de uma centena delas, e que são alusivas às festas de Natal e Ano Novo dos anos de 1968 (50 anos) e de 1967 (51 anos).

Foram estes dois anos festivos que passei no CTIG, o primeiro ano de 1967 em terras do Gabu – Nova Lamego – e no segundo ano mais para o extremo ocidental da Guiné na povoação e circunscrição de São Domingos.

Como é natural, no primeiro ano de 67 fizemos o jantar de ‘Ceia de Natal’ na messe de oficiais, e seguidamente confraternizei com os camaradas da messe de sargentos, e muito em particular com o pessoal da pesada, os soldados e cabos. Eu fiz isso, os outros não sabemos. Neste ano tudo foi presidido pelo nosso Comandante de Batalhão – Tenente Coronel Armando Vasco de Campos Saraiva, pessoa de uma rara delicadeza e personalidade.

No segundo ano de 68, já assim não aconteceu, o trágico desfecho de uma mina A/P em 20 de Novembro de 68, levou-o definitivamente para a Metrópole, onde após operações sucessivas, conseguiu sobreviver e se encontrou passados mais de 15 anos com os seus militares num almoço realizado em Tomar.

Neste ano presidiu às festas e cerimónias, o nosso 2º Comandante, provisoriamente na função de 1º Comandante, o Major Américo Correia..

Em ambos os anos, houve sempre a Seia de Natal, o Almoço de Natal, o Jantar de Fim do Ano, e o primeiro almoço do dia 1 de Janeiro. Com animação, dentro das possibilidades que a situação o permitia.

II – As Legendas das fotos:

F01 – Jantar e Ceia de Natal de 1967, na messe de oficiais em Nova Lamego – Gabu.

Pode ver-se no topo da mesa o nosso saudoso comandante, fardado, ladeado, como ele gostava, de duas senhoras, a mulher do Tenente Médico Cortez, e da mulher do Alferes Figueiredo, recrutado na Guiné, onde vivia. Perto dele, os dois Majores, Américo Correia e Graciano Henriques, bem como o médico.

Podem ver-se os Capitães – comandante da CCS – Capitão Figueiral, o oficial de informações – Capitão Martins, o oficial de pessoal e reabastecimentos, e outro que não conheci muito bem.

No outro topo da mesa, está o pessoal menor, os alferes milicianos.

Foto captada em Nova Lamego, na noite de 24 de Dezembro de 1967

F02 – Continuação do Jantar e Ceia de Natal de 67, na messe de oficiais em Nova Lamego.

O autor, eu, estou no topo, numa das raras vezes com um blusão, sinal que devia estar mais fresco, era Dezembro. Ao lado outro alferes de blusão, julgo que pertencia aos quadros da aviação, pois tínhamos ali estacionado vários meios aéreos permanentes.

Ao lado esquerdo o Tenente SGE Albertino Godinho, a seguir o alferes Azevedo ‘ O Morteiros’ o a alferes Carvalheira do Serviço da ‘Ferrugem’, o alferes Carneiro, Tesoureiro.

Não consigo identificar mais, além dos nossos ‘gourmet’ os soldados condutores.

Foto captada em Nova Lamego, na noite de 24 de Dezembro de 1967

F03 – Cartaz com uma mensagem de Natal, obra produzida e realizada pelo Furriel Miliciano Rocha. ‘O Algarvio’ . 

O Rocha fez várias de outros formatos, ele desenhava, escrevia o poema, depois arranjava os cenários. Da minha parte fiz pelo menos uma centena de fotos destas, e de outros formatos, mudava apenas o personagem o resto era igual. Depois cada um mandou para as suas famílias um postal ilustrado. Coloquei esta, mas há muitas mais. O fotógrafo era eu.

Foto captada em Nova Lamego, provavelmente na primeira ou segunda semana do Dezembro 67,

F04 – Jantar de fim de ano na messe de oficiais o comandante à civil, a brindar a todos. 

Os protagonistas são os mesmos, vê-se de óculos, o alferes comandante do Pelotão de A.M. Daimler 1143.

Foi a última fotografia que tenho do nosso Comandante. Foto captada em Nova Lamego, na noite de 31 de Dezembro de 1967

F05 – O mesmo jantar, agora a foto tirada do outro extremo da mesa, já apareço eu, e em grande destaque o nosso Major Henriques, aquele que me queria fazer a vida negra e nunca o conseguiu.
Foto captada em Nova Lamego, na noite de 31 de Dezembro de 1967

F11 – Jantar e Ceia de Natal de 1968, na messe de oficiais em São Domingos.

Os protagonistas mudaram, face à evacuação do nosso Comandante, em 20NOV68.

O Major Américo Correia preside às cerimónias, curiosamente quase nunca vi o nosso Major Correia vestido à civil, estava sempre fardado. Ao lado o Major Henriques que quase nunca andava fardado, fora de horas, sempre à civil! Agora numa função de 2º comandante.

Vê-se a mulher do Capitão Cortez, Médico, e de costas uma jovem menina em Lua-de-mel, esposa do novo comandante de Companhia da CCS – Capitão Cardoso, visto o nosso anterior ser chamado a altas funções no QG. Em pé o nosso Cabo Pita, auxiliar de mesa, condutor e impedido do Major Henriques.

Foto captada em São Domingos, na noite de 24 de Dezembro de 1968

F12 – Outra visão da mesa de jantar de Natal, com os outros protagonistas. Vê-se agora o novo casal, o novo Capitão da CCS, e a sua esposa, jovem e bonita.

Do lado esquerdo junto à parede o nosso Capitão Martins, do Serviço de Informações! Diz-se que era o torcionário dos turras capturados. Esteve no último encontro em Viseu, 2017, nos anos em que fizemos 50 anos de partida. É General reformado.

Foto captada em São Domingos, na noite de 24 de Dezembro de 1968

F13 – Noite de Natal de 1968, junto dos nossos militares na sua caserna, com uns copos à mistura.

Vê-se uma imagem de uma Nossa Senhora!

Foto captada em São Domingos, na noite de 24 de Dezembro de 1968, no refeitório das praças, conforme está escrito naquele tempo na fotografia.

F14 – Almoço do dia de Natal de 1968, juntamente com todo o pessoal de todas as companhias e pelotões independentes.

Pode ver-se entre outros, o alferes Gatinho e alferes Almodôvar, o Capitão Martins, e ao lado o nosso 1º sargente Carvalho da CCS.

Foto captada em São Domingos, no dia 25 de Dezembro de 1968, num espaço previamente arranjado para o efeito.

F15 – Messe de sargentos da CCS, esperando a hora do jantar de fim de ano de 1968.

Pode ver-se o Vagomestre Furriel Paiva Matos, e outros furriéis.

Foto captada em São Domingos, no dia 31 de Dezembro de 1968, na messe de Sargentos do Batalhão.

F16 – Espectáculo programado para o dia de Novo Ano de 1969, com todos os militares a participar na festa. Brancos, negros e população civil, todos foram convidados.

Foto captada em São Domingos, no dia 01 de Janeiro de 1969, na sombra dos grandes e pequenos mangueirais.

F17 – Outro lado do mesmo espectáculo, com outros protagonistas, pode ver-se o Capitão Cardoso, o novo comandante da CCS, o Major Correia ao lado da esposa do Médico, e o sempre omnipresente Capitão Martins, com o seu pingalim! E curiosamente está como Oficial de Dia! Não me calhou a mim.

Foto captada em São Domingos, no dia 01 de Janeiro de 1969, na sombra dos grandes e pequenos mangueirais. Julgo que se trata de um lugar perto da Oficina da Ferrugem, ou cemitério de viaturas.

NOTA FINAL DO AUTOR:

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir.#

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

Acabada de legendar hoje,

Em, 2018-12-14

Virgílio Teixeira
_______________

Nota do editor:

(*) Último poste da série  > 15 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19293: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LVI: E tudo o vento levou... O furacão de 20 de agosto de 1968, em São Domingos

sábado, 15 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19018: Os nossos capelães (7): o 1º curso de formação de capelães militares foi em 1967, na Academia Militar


Lisboa > Academia Militar > 23 de outubro de 2017 > Comemoração  dos 50 anos do 1º curso de formação de capelães militares. Foto: Agência ECCLESIA/HM (reditada pelo Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, com a devida vénia...)






1º Curso de Formação de Capelães Militares, realizado na Academia Militar, de 23 de agosto a 17 de setembro de 1967. Lista  dos sacerdores, graduados em aspirante a oficial, que o frequentaram, por ramos das Forças Armadas (Marinha, Força Aérea e Exército).

Fonte: Ordinariato Castrense  (sítio da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança)


1. Entre os 58 participantes deste 1º curso de formação de capelães militares estão dois membros da nossa Tabanca Grande:

(i) Mário de Oliveira (ex-alf mil capelão, CCS/BCAÇ 1912, Mansoa, entre novembro de 1967 e em março 1968);

(ii) e Horácio Fernandes.(ex-alf mil capelão, BART 1913, Catió, 1967/69).

Outro dos participantes foi deste histórico curso foi padre Carlos Augusto  Leal Moita, entretanto já falecido, segundo informação do nosso camarada Virgílio Teixeira. Em 1988, tinha o posto de major capelão.

50 anos depois, em 2017, o Ordinariato Castrense celebrou este histórico curso de formação de capelães militares. Ver aqui vídeo da Agência Ecclesia. Ver também aqui a notícia escrita, de 23 de outubro de 2017.

Antes de 1967, já havia capelães militares no TO da Guiné, mas sem formação específica (que passou a ser prevista no art. 10º do decreto-lei nº 47188, de 8 de setembro de 1966)..

O nosso blogue tem 80 referências com o descritor capelães. Temos ainda a série Os Nossos Capelães, com 13 referências.

______________

Nota do editor:

Útimo poste da série > 25 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16638: Os nossos capelães (6): Libório [Jacinto Cunha] Tavares, o meu Capelini, capelão dos "Gatos Negros", açoriano de São Miguel, vive hoje, reformado, em Brampton, AM Toronto, província de Ontario, Canadá (José Martins, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)

Vd. postes anteriores da série:

25 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16636: Os nossos capelães (5): Relação, até à sua independência, dos Capelães Militares que prestaram serviço no Comando Territorial Independente da Guiné desde 1961 até 1974 (Mário Beja Santos)

17 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13616: Os nossos capelães (4): O bispo de Madarsuma, capelão-mor das Forças Armadas, em Gandembel, no natal de 1968 (Idálio Reis, ex-alf mil, CCAÇ 2317, Gandembel / Balana, 1968/69)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13577: Os nossos capelães (3): O capelão do BCAÇ 619 ia, de Catió, ao Cachil dizer missa... Creio que era Pinho de apelido, e tinha a patente de capitão (José Colaço, ex-sold trms, CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13576: Os nossos capelães (2): Convivi com o ten mil Gama, de alcunha, "pardal espantado"... Muitas vezes era incompreendido, até indesejado por alguns, pois tinha coragem para denunciar os abusos, quando os presenciava (Domingos Gonçalves, ex-allf mil, CCAÇ 1546 / BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13575: Os nossos capelães (1): Conheci em Bedanda o ten mil Pinho... Ia visitar-nos uma vez por mês para dizer missa... E 'pirava-se' logo que podia (Rui Santos, ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

Guiné 61/74 - P19017: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XLIII: O alf mil capelão Carlos Augusto Leal Moita


Foto nº 7 > Guiné > Região do Cacheu > São Domingos > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > 1969 > O nosso Capelão, à civil, lendo a Bíblia [?].
~


Foto nº 8 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 > Cerimónia religiosa local, Natal 67.


Foto nº 4A > Guiné > Região do Cacheu > São Domingos > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Noiute de Natal > 24 de dezembro de 1968. 9h e meia da noite. Noite. Em primeiro plano, o capelão Moita fumando. O Virgílio Teixeira, é p segundo, de óculos, na segunda fila, a contar da esquerda para a direita.


Foto nº 4A > Guiné > Região do Cacheu > São Domingos > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Noiute de Natal > 24 de dezembro de 1968. 9h e meia da noite.


 Foto nº  5 > Guiné > Região do Cacheu > São Domingos > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Noite de Natal > 24 de dezembro de 1968 >  Outra foto da consoada. Fim de jantar.


Foto nº 1 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Numa coluna na estrada de Nova Lamego-Piche, Novembro 67. Eu sou o do meio do grupo, e do lado esquerdo o Capelão Moita, e à direita o Alferes Mesquita, responsável das Transmissões.


Foto nº 2 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >Na coluna para Piche, em cima do mesmo Unimog, agora noutra perspectiva. Nov./67. O operador da Bazooka tinha de ser eu, para a foto, ao lado o Capelão Moita e outro pessoal
  

Foto nº  3 > Guiné > Região do Cacheu > Piche > CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Novembro de 1967 > Já no Quartel de Piche, sendo a figura principal o Capelão Moita de costas. O médico Lema Santos, que ali está de óculos, ao meu lado.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do Virgílio Teixeira:

Data: 21/08/2018, 17:25
Assunto - Guerra e Paz, a Alma e o Espírito: o alferes capelão Moita

Caro amigo e camarada Luís Graça:

Vou procurando e encontro novos temas, mais pequenos, mais fáceis de digerir.

Acho que este é um tema que ainda não vi tratado aqui, e parece interessar a alguns praticantes e não só. A presença de um representante da Igreja no seio daquele conflito, era sempre bem vindo. Já morreu, Paz à sua alma.

Vai para o lote, espero que não cause problemas na tua organização. Obrigado e até muito breve.

Virgílio Teixeira


2. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, set 1967/ ago 69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 80 referências no nosso blogue.

Guiné - Portugal 67/69 - Álbum de Temas:

T055 – O NOSSO CAPELÃO, ALFERES GRADUADO MOITA, QUE SE JUNTOU MAIS TARDE AO BCAÇ1933


I - Anotações e Introdução ao tema:

INTRODUÇÃO:

A nossa guerra não se fez só de armas, minas, emboscadas, flagelações, bebedeiras, mulheres e outras coisas mais, também o espirito precisava de alguma paz de alma, e para aqueles que nunca se esqueceram da fé, da religião, da missa, de um conforto, então cada Unidade – maior ou menor – tinha o seu Padre Capelão, normalmente Alferes Graduados, acho que era assim, mas não tenho a certeza disso.

O meu batalhão [, o BCAÇ 1933,] partiu sem Capelão, e ainda esteve um mês pelo menos sem ele, mas quando chegou foi bem-vindo, a passou a integrar na perfeição as tropas todas que já estavam no terreno, foi uma companhia muito interessante.

Ele tinha de se deslocar às várias unidades aquarteladas pelos Sector a que pertencia, e foi a todas, penso eu, até talvez a Madina do Boé, não garanto, se alguém souber da sua presença pode e deve vir contrariar este texto.

Eu tenho de confessar que não fui daqueles que mais ‘utilizou’ o seu trabalho, a sua missão. Estivemos juntos num ou noutro ‘velório’ e pouco mais, em termos religiosos, acho que nunca assisti a uma missa naquele tempo todo.

Aliás, e pensando bem, já nem me lembro bem onde ficavam as capelas, em Nova Lamego conheço, porque lá estive num velório, mas em São Domingos não me lembro mesmo nada.  Nem sei onde eram as suas instalações, ele devia ter alguma coisa só para ele.

Fomos amigos e camaradas, andamos em várias colunas, mas não tenho grandes reportagens disso, pois as saídas em coluna só em Nova Lamego, em São Domingos só de barco, e não me lembro de ele nos acompanhar nessas deslocações, nem interessa isso.

Ele fazia as suas refeições na messe de oficiais como era da praxe, mas muitas vezes estaria por fora, noutros aquartelamentos.

Foi um bom companheiro, além do culto religioso, era também brincalhão, quase não parecia um padre, mas um amigo.

Juntei alguns elementos, fotos, onde ele aparece, devo ter mais, mas estes chegam para nos lembrarmos da sua memória, pois já faleceu, segundo disseram num almoço convívio. Ele foi a alguns, mas eu nunca mais o encontrei, viajamos no Uíge e depois acabou.

Espero que os leitores gostem e apreciem também estes ex-combatentes, independentemente da sua religião, porque eles estavam lá, mas não tinham arma distribuída.

Paz à sua alma.

Alferes Miliciano Carlos Augusto Leal Moita, desconheço qual a sua localidade de origem.

[Nota do editor LG: 

Soubemos, por pesquisa na Net, que em 1988 continuava como capelão militar, com o posto de major... Em 1967, frequentou o 1º Curso de Formação de Capelães Militares , integrado num grupo de mais de 50. O curso realizou-se na Academia Militar, de 23 de agosto a 17 de setembro de 1967. Nele participaram, por exemplo, dois membros da nossa Tabanca Grande: Horácio Neto Fernandes, e Mário de Oliveira (mais tarde conhecido como Padre Mário da Lixa)]

II – As Legendas das fotos:

F1 – Numa coluna na estrada de Nova Lamego-Piche, Novembro 67. Eu sou o do meio do grupo, e do lado esquerdo o Capelão Moita, e à direita o Alferes Mesquita responsável das Transmissões.

F2 – Na coluna para Piche, em cima do mesmo Unimog, agora noutra perspectiva. Nov./67. O operador da Bazooka tinha de ser eu, para a foto, ao lado o Capelão Moita e outro pessoal, que leva a tiracolo uma máquina fotográfica e pela capa parece a minha, uma Konica, talvez seja apenas a capa pois a máquina tirava-se fora, e a foto é da minha máquina.

F3 – Já no Quartel de Piche, sendo a figura principal o Capelão Moita de costas. Piche, Nov./67. Esta foto já conhecida a quando do paradeiro do Médico Lema Santos, que ali está de óculos, ao meu lado, e mais longe o Capitão comandante da CCAÇ1662, e lamento não saber agora o nome dele. Está também o alferes Mesquita ao lado de outro que não sei quem é, e o respectivo ‘empregado de mesa’ a servir a malta.

F4 / F4A – O Capelão Moita, fumando a sua cigarrada, no fim do jantar. São Domingos, 1968. Também não sei a data desta foto, mas parece um jantar na messe de oficiais, com algum motivo especial, pois o nosso Tenente Bigodes está com uma garrafa de champanhe na mão. Ao lado esquerdo do capelão Moita, de costas, parece-me o alferes Almodôvar, ainda lá estava pelos vistos. Ao lado de olhar esgueiro o alferes Mesquita. Lá atrás, temos da esquerda para a direita, o Capitão Martins, o alferes Carneiro, o alferes Teixeira, o Tenente Bigodes, depois em pé um soldado condutor que servia na messe, muito educado e de boas maneiras, e sentado na ponta o alferes Machado, mais conhecido por ‘Machadão’ dado o seu enorme corpo e peso, era o Minas e Armadilhas. Era do Porto, encontrei-o algumas vezes, mais tarde soube que já tinha falecido, devido talvez ao coração, pois ficou ainda mais pesado do que era.

Não vejo a mesa do Comando, e esta disposição não era a usual, por isso me leva a pensar que já é posterior à evacuação do nosso comandante, Tenente Coronel Armando Saraiva, ocorrida em Novembro de 1968, por isso ou é a noite de Natal, ou a noite de Fim de Ano, por causa da garrafa de champanhe. E pelas roupas e pelo aparato da mesa, deve ser um destes eventos.

F5 – Outra foto mas o mesmo tema, o Capelão Moita. Fim de jantar em São Domingos, 24dez1968. Aqui além dos restantes indicados acima, pode ver-se em primeiro plano o nosso Capitão Cardoso, novo comandante da CCS/BCAÇ1933, e a sua jovem esposa ainda em plena Lua-de-mel. Acho que esta cabeça em frente é do Major Graciano Henriques, o nosso Comandante não estava mesmo lá.

F7 – O nosso Capelão, à civil, lendo a Bíblia. São Domingos, 1969.

F8 - Cerimónia religiosa local, Natal 67, Nova Lamego Dez 67

Em, 2018-08-21

Virgílio Teixeira

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

______________

Nota do editor:

(*) Último poste da série > 10 de setembro de 2018 >Á Pistas e aeronaves (ii): Nova Lamego, 1º trimestre de 1968

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18865: (Ex)citações (342): O patacão da guerra: 1043 contos de 'ajudas de custo [de embarque] e adiantamento de vencimentos' foi quanto levantei em agosto de 1967 para o meu batalhão (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAV 8350 (1972/73) > Contando o patacão....O fur mil op esp José Casimiro Carvalho [, nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, hoje régulo da Tabanca da Maia], .. Não, não se pense que foi ganho ao jogo (vermelhinha, lerpa...) ou através do "conto do vigário"... Era "dinheiro honesto", daquele que custava... "sangue, suor e lágrimas"... Mesmo assim, quem não conhecer o Zé Casimiro até pode (ou podia) ser levado a pensar que ele estava a contar o "conto do vigário" ao seu  querido paizinho, ao queixar-se a vida, no TO da Guiné, não dava para juntar patacão...

Guileje, 4/2/73 [Carta]

Paizinho: (…) Aqui quase não dá para juntar dinheiro. Eu recebo 1300$00 por mês [, o resto ficava depositado no banco, na metrópole].  100$00 vão para a lavadeira, cerca de 700$00 vão para o bar, para o alfaiate fazer calções, ajeitar roupa ao corpo, cerca de 50$00 por mês. O mês passado, 2 calções ligeiros que mandei fazer, foram 80$00 e, é claro, um gravadorzito que comprei e que é indispensável, também custa… Alguma caça que se compra para não se passar fome, também é dinheiro, selos, cartas, fotografias, etc.

Como vê… mas vai-se passando e não preciso de mais dinheiro. Claro que este já é o suficiente. Também os furriéis pagam umas cervejas de vez em quando aos soldados, uma garrafa de champagne (50$00) ou de vinho do Porto (35$00) que nós lhes oferecemos, assim como Alfero dá. É uma espécie de PSICO. É mesmo necessário tudo isto para nós os levarmos. Acredite, quem sabe somos nós que aqui andamos. (…) (*)



Foto (e legenda): © José Casimiro Carvalho (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]:


1. Comentário de Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)

Respondendo ao pedido do Luís, fui procurar mais dados, não encontrando grandes coisa, a não ser um lapso significativo, assim:

Em carta minha datada de Santa Margarida, 23 Agosto de 1967, para a então minha namorada, rezava assim o meu espanto:

"Agora interrompi para fazer aqui umas contas de quanto vamos levantar para pagar as 'ajudas de custo e o adiantamento de vencimentos': São 1.043.350$00. Já viste bem quanto se gasta com esta guerra?". 

Está escrito na carta que estou a ler agora.

O erro é grande, em vez de 1400 contos foram 1043 contos. E isto para ajudas de custo e um mês de vencimento. Segundo me lembro, não tendo a certeza, por isso quem souber que responda por favor, as ajudas de custo de embarque, correspondia a um mês de vencimento, logo este valor eram de 2 meses, e assim um mês de vencimento para um batalhão, rondava os 521 contos aqui na metrópole, isto é os 1043 contos na Guiné.

Agora é pôr o conversor da Prodata, e ver quanto dava hoje em 'OUROS'. Não esquecer a inflacção que se viveu em Portugal após o o 25A, que chegou a 35% ao ano.

O valor de 1043 contos dava uma média per capita de 1739$. Eu lembro-me que ganhava como alferes entre 5.500 e 6.000 escudos, não tendo a certeza. Isto era muita massa, para um salário mínimo dessa época de pouco mais de 500 escudos mensais.

Virgílio Teixeira

2. Comentário do editor LG:

Obrigado, Virgílio. Fui ao conversor da Pordata e verifiquei que  os teus 1043 contos, em 1967, equivalem a 363.268,46 €, "a preços de hoje" (, ou seja, tendo em conta a depreciação da moeda)... Se um batalhão tiver 600 homens (4 companhias a 150 homens cada uma), dá qualquer coisa como 605 euros por cabeça... 

Quanto aos teus 5,5 ou 6 contos mensais (, vencimento de um alferes no TO da Guiné,) corresponderiam hoje a 1.915,61 € / 2.089,75 €. (***)

PS - Já agora, Virgílio, é bom recordar que não havia salário mínimo, antes do 25 de Abril, nem muito menos mensualização dos salários (com exceção da função pública e de algumas grandes empresas de serviços)... 

Mas atendendo a que as jornas, no interior do país, nessa época, ainda andavam nos 20$00 / 25$00 diários (por exemplo, na construção civil de ramadas, no Marco de Canaveses), os teus valores (500 escudos mensais) não estariam longe da realidade...
_________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 28 de outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3370: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (6): O nosso querido patacão

(**) Vd. poste de 20 de julho de 2018 > Guiné 61/74 - P18860: Os 81 alferes que tombaram no CTIG (1963-1974): lista aumentada e corrigida (Jorge Araújo)

(...) Comentário de Virgílio Teixeira:

Por falar em dinheiro, por acaso sabem quanto o meu CA do batalhão levantou em Setembro de 67 para pagar ao pessoal todo, +/- 600 homens, ainda em Santa Margarida?

Vou dizer que eram 1400 contos, aquilo que o Ronaldo e companhia ganha sozinho em poucos segundos na guerra dele.

Esta verba seria na Guiné dobrada para o dobro, face ao aumento de 100%, isto é não chegava a 3000 contos. (...)

(...) Comentário de Tabanca Grandeão [Luís Graça]

Esses dados são muito interessantes, arranja mais...   1400 contos em 1967 equivaliam hoje a 467,8 mil euros...ver o conversor da Pordata...

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18604: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXI: As minhas estadias por Bissau (iii): 4º trimestre de 1967



Foto nº 4 > Bissau > Dezembro de 1967 > No restaurante Nazareno, com o Furriel Riquito à civil e o Alferes Verde, do BCAÇ 1932. Um jantar de Natal, provavelmente em fins de Dezembro de 67.


Foto nº 26 > Bissau > 23 de dezembro de 1967 > Jantar no Restaurante Nazareno, com toalha regional, bom vinho Aveleda de garrafa redonda...


Foto nº 25 >  Bissau > 23 de dezembro de 1967 > Na varanda exterior do Restaurante Nazareno. [Segundo o nosso camarada Carlos Pinheiro, que conheceu bem Bissau, em 1968/70, o "Nazareno” era restaurante e casa de fados, sendo mais tarde rebaptizada de "Chez Toi"] (*)


Foto nº 11 > Bissau > Dezembro de 1967 > Uma foto na Amura, sendo tirada por outro camarada, com uma outra máquina, igual, e que também era minha. É como se fosse uma foto que agora se chama de "selfie".


Foto nº 13 > Bissau > Novembro de 1967 >Vista parcial da avenida marginal do Porto de Bissau, com o cais e porto, o estuário do rio Geba, as gentes locais. Pouco movimento de viaturas, era um local para apreciar o rio e o movimento de embarques e desembarques das nossas tropas.


Foto nº 23 > Bissau > Novembro de 1967 > Na marginal do porto de Bissau, cais na maré baixa, vazio de água, muro vedação para sentar, muito lixo também.


Foto nº 24 >  Bissau > Novembro de 1967 > Um banho na piscina do QG em Santa Luzia. O calor aperta  [. Início da época seca, que ia até abril.]


Foto nº 29 >  Bissau > Outubro de 1967 > Inauguração de um novo bairro para a população, já construído parcialmente com recurso a materiais mais nobres, como o cimento e terra amassada, coberto com folhas de palmeira. 


Guiné > Bissau > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69).


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já meia centena de referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: T031 – Bissau - Parte 1 > (iii) Out / Dez 1967 > Legendagem (**)


F04 – No restaurante Nazareno, com o Furriel Riquito à civil e o Alferes Verde do BC1932. Um jantar de Natal, provavelmente em fins de Dezembro de 67. Bissau, Dez67.

F11 – Uma foto na Amura, sendo tirada por outro camarada, com uma outra máquina, igual e que também era minha. É como se fosse uma foto que agora se chama de "selfie".  Bissau, Dez67.

F13 > Vista parcial da avenida marginal do Porto de Bissau, com o cais e porto, o estuário do rio Geba, as gentes locais. Pouco movimento de viaturas, era um local para apreciar o rio e o movimento de embarques e desembarques das nossas tropas. Buissau, Nov67.

F23 – Na marginal do porto de Bissau, cais,  na maré baixa, vazio de água, muro vedação para sentar, muito lixo também. Bissau, Nov67.

F24 – Um banho na piscina do QG em Santa Luzia. O calor aperta. Bissau, Nov67.

F25 – Na varanda exterior do Restaurante Nazareno. Bissau, 23Dez67.

F26 - Jantar no Restaurante Nazareno, com toalha regional, bom vinho Aveleda de garrafa redonda, bem gelado, os copos como se pode ver, não são de pé alto, são comuns de água, mas não havia outros. Um dia, estava eu aqui a jantar e fazer as fotos com um tripé, então o empregado distraído dá um toque no tripé e cai tudo, partindo a lente da máquina. Mandei repará-la e teve de ir para o Japão, e demorava uns meses a regressar. Como já não podia passar tanto tempo sem uma máquina, já estava viciado, então comprei uma igual, e mais uma prestação para pagar. Fiquei com as duas até ao fim da comissão, depois acho que alguém se ofereceu para me comprar uma delas e lá foi, hoje não faria isso, até porque tinha as duas, sendo uma com rolo de fotografias a preto e branco, e a outra para slides a cores, que me fizeram falta mais tarde no navio de regresso, pois acabou-se depressa o rolo e não fiz as fotos no navio, na viagem, da chegada a Lisboa, das cerimónias, do encontro com a família, do desfile em Tomar, ficou isso por fotografar, fiquei com pena de não ter pensado antes, porque o dinheiro da venda não me resolveu nada. Vésperas de Natal. Bissau, 23Dez67.

F29 – Inauguração de um novo bairro para a população, já construído parcialmente com recurso a materiais mais nobres, como o cimento e terra amassada, coberto com folhas de palmeira. Bissau, Out67.

______________

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18567: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXIX: As minhas estadias por Bissau: (i) a chegada do T/T Timor com o pessoal do meu batalhão, em 3 de outubro de 1967


Guiné > Bissau > 3 de outubro de 1967 >  Foto nº 1 > Chegada do navio Timor de T/T (Transporte de Tropas) ao Porto de Bissau, no dia 3 de outubro de 1967, trazendo a bordo cerca de 700 militares, sendo a CCS, CCAÇ 1790, CCAÇ 1791 do BCAÇ 1933, e mais duas Companhias de Infantaria do BCAÇ 1932.


Guiné > Bissau > 3 de outubro de 1967 > Foto nº 5 > Chegada do navio T/T Timor ao cais de Bissau, e desembarque das tropas do BAÇ 1933. Eu estava lá porque já tinha chegado de avião em 21set67, por isso fiz estas poucas fotos, ainda sem grande experiência.


Guiné > Bissau > 2 de outubro de 1967 > Foto nº 19 > Vista da marginal e cidade, alguns edifícios oficiais militares. Após a independência da Guiné, ali se localizaram alguns Ministérios, cheguei a estar lá no Ministério das Finanças em 1984 na minha primeira visita, pós-independência, em reunião de negócios com o Ministro das Finanças do Governo de 'Nino' Vieira, formado na mesma faculdade de Economia do Porto, a mesma em que me licenciei, mas nunca o tinha conhecido antes. Esta foto foi tirada dentro do porto e do cais de embarque. Bissau, 02outT67.


Guiné > Bissau > 3 de outubro de 1967 > Foto nº 3 > A bordo do T/T Timor, um tripulante negro, junto ao barco salva vidas; ao longe o Rio Geba e o ilhéu do Rei.


Guiné > Bissau > 3 de outubro de 1967 > Foto nº 6 > Eu, a ver a chegada do navio T/T Timor ao Porto de Bissau, tendo como horizonte o cais, o rio, as aves.


Guiné > Bissau > 2 de outubro de 1967 > Foto nº 7  > Aguardando a chegada do navio T/ T Timor, tendo como pano de fundo o ilhéu do Rei, o estuário do rio Geba, o cais... Foto tirada em 2out67.


Guiné > Bissau > c. 28 ou 30 setembro de 1967 > 2 – Uma das primeiras fotografias que captei em Bissau na Guiné e as primeiras da minha vida até esta data. Trata-se do cais, um navio T/T a carregar ou descarregar tropas, barcos ao largo, podendo  ser LDP ou LDM, ou barcaças civis. A foz do Rio Geba, ao longe pode ver-se o ilhéu do Rei.. Foto tirada  entre 28 a 30 set 67.


Guiné > Bissau > 3 de outubro de 1967 > Foto nº 8 > No interior do navio T/T Timor, quando recebi a minha arma G3, exibindo-a com grande orgulho.

Guiné > Bissau >  CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69).

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotohgráfico do Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem mais de 4 dezenas de referências no nosso blogue:

Mensagem de 24 do corrente:




Caro Luís,

Conforme te disse ontem, tenho pronta outra reportagem sobre o Tema - As minhas estadias em Bissau - Parte i.

É um ficheiro com 79 fotos, variadas e algumas de algum interesse, mostrar Bissau a muita gente que nunca conheceu.

Eu tenho de ir agrupando por temas, embora muitas fotos estejam noutros temas e são em Bissau também, como é o caso das reportagens de Tomaz e Caetano e outras, como o render da guarda do governador, etc.

Depois como tenho tantas, sem temas específicos, vou juntando num ficheiro, talvez com um numero exagerado, mas só se aproveita as que interessam. Para mim, eu vou fazendo o meu arquivo definitivo, e vou arrumando assim as coisas, senão perco-me.

As fotos estão numeradas, não estão por ordem cronológica, apenas por anos, 67, 68, 69. e em cada uma tem o seu número e um resumo de que se trata, a data, quer seja o dia, o mês ou apenas o ano, conforme aquilo que sei.

Depois temos o relatório da Legendagem, um pouco de história da unidade, o enquadramento do território onde estamos, os aspectos militares e de logística, e uma descrição, foto a foto, mais discriminada, com as datas, e algumas explicações, juntando um pouco de histórias que me lembro.
Esta legendagem tem duas partes:

(i) A primeira com 12 páginas, que diz respeito às fotos em si, e ao local das mesmas. Está livre para publicação; Nem sempre sou politicamente correcto, mas penso não haverá nada que incomode muita gente.

(ii) A segunda parte, da pag 12 a pag 31, são alguns 'excertos' daquilo a que chamo o meu livro, não publicado. Pedia o especial favor de veres se tem interesse e é oportuno meter estas partes incertas do livro. Eu não tenho opinião, pedia-te a ti na qualidade de sociólogo, dares uma olhada e ver se interessa ou não ocupar o blogue com 'tretas' que só me dizem respeito. 

Eu não ponho obstáculos, e acho que já fiz algumas alterações para retirar do 'original' algo que possa chocar, e para 'preservar a minha intimidade e a minha vida e família' . Isto entra nas redes sociais, e quem quiser terá sempre acessos a pormenores que podem não me interessar. Eu tenho de ser mais cuidadoso, é por isso que peço este favor. Eu não tenho interesse especial em que estejam a ler aquilo que ainda ninguém leu, é uma escrita sem pretensões, e que sai ao sabor do meu pensamento, poucos elementos utilizei para escrever, quase tudo está cá metido no 'disco rígido'.

Fica portanto à tua consideração, e até pode ser chato demais escrever coisas que a maioria não lhe interessa. No Poste de Nova Lamego, eu até escrevi demais, foram muitas páginas que juntei. Isto é apenas um resumo de cerca de 400 páginas escritas sobre a Guiné apenas, e ainda falta o serviço militar aqui até à data de embarque. Também lá iremos um dia.

Vou enviar agora,
Um Bom Dia da Liberdadel
Virgilio Teixeira
24-04-2018

2. Gniné 1967/69 - Álbum de Temas: T031 – Bissau - Parte 1

Anotações e Introdução ao tema:

Legendas e Anotações

- AS MINHAS ESTADIAS POR BISSAU

Alguns elementos retirados da História da Unidade, sendo na sua maioria a experiência e conhecimento pessoal:

1 – O autor embarcou em Figo Maduro no dia 20 Set 67 pelas 8,00 horas, num avião militar Douglas DC6 da Força Aérea Portuguesa, juntamente com mais 6 outros militares, nos quais se incluía o Comandante Tenente Coronel de Infantaria Armando Vasco de Campos Saraiva. Desembarcou em Bissau 24 horas depois, no dia 21 Set 67. Regressou definitivamente no navio T/T UIGE, em 4 OUT 69. Passou à disponibilidade em 3 SET 69, pelo RI15 de Tomar.

2 – A sua Unidade Operacional - BCAÇ1933 desembarcou em 03OUT67, deslocou-se para Brá, e às 4H00 embarcou numa lancha com destino a Bambadinca, onde chegou às 15H, e de coluna auto para NL tendo chegado por volta das 18H, já quase noite.

3 – Esta reportagem pretende focar apenas a cidade e arredores de Bissau, as suas várias escapadelas, outras deslocações em serviço, as vivências e acima de tudo as loucuras da juventude, por esta cidade-capital, que, apesar de tudo, ficou marcada para o resto da vida.

4 – As fotos e comentários que são feitos, são apenas de memória, o que veio à cabeça, e por consulta a vários elementos escritos, em especial aquilo que está escrito nas fotos.

5 – Vou chamar-lhe “As minhas Estadias por Bissau”

6 – Num ambiente de guerra isto pode até parecer uma viagem de fim de curso, mas não é.

7 – Deixo para a futura reportagem ‘Bissau – Parte II’ e aí sim, vou dar-lhe um nome sonante: “As minhas férias na Guiné” que engloba tudo, Bissau, Nova Lamego e São Domingos, incluindo os aquartelamentos de Cacheu, Susana e as praias de Varela.

(Continua)
_____________

sexta-feira, 16 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18425: Fotos à procura de... uma legenda (103): Malta do Pel Rec Daimler 1129, do meu tempo de Nova Lamego (Virgílio Teixeira, alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > Sector L3 > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 1967 > Malta do Pelotão de Reconhecimento Daimler 1129 que estave em N Nova Lamego,

Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Camaradas: segundo o nosso colaborador permanente, José Martins, trata-se do Pel Rec Daimler 1129... Vamos então lá saber: (i) quem era o comandanteue?; (ii) quem tem mais elementos sobre a história da unidade?; (iii) que legenda merece esta foto? (iv) alguém reconhece alguém?... 

Havia tempo para tudo, até para se beber um copo entre bons amigos e camaradas...

Segundo o José Martins, Pelotão de Reconhecimento Daimler 1129 foi mobilizado pelo RC 6 - Porto, e esteve sempre em Nova Lamego, desde o início (agosto 66) até ao fim da comissão (maio 68). Foi rendido pelo Pel. Rec Daimçler 1258, também mpobilizado pelo RC 6 - Porto. Esteve em Nova Lamego, de abril 68 a agosto 69 (Fim da comissão).

Um Oscarbravo (OBrigado) dos editores.