Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Guiné 63/74 - P12415: Parabéns a você (661): Amaro Samúdio, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 3477 e Armandino Alves, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 1589
Nota do editor
Último poste da série de 8 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12410: Parabéns a você (660): Jorge Teixeira (Portojo), ex-fur mil art, Pel Can s/r 2054 (Catió, 1968/70)
domingo, 9 de dezembro de 2012
Guiné 63/74 - P10775: Parabéns a você (506): Amaro Samúdio, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 3477 (Guiné, 1971/73) e Armandino Alves, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 1589 (Guiné, 1966/68)
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10772: Parabéns a você (505): Jorge Teixeira (Portojo), ex-Fur Mil do Pel Canhões S/Recúo 2054 (Guiné, 1968/70)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Guiné 63/74 - P9161: Parabéns a você (349): Amaro Samúdio, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 3477 (Guiné, 1971/73) e Armandino Alves, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 1589 (Guiné, 1966/68)
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9154: Parabéns a você (348): Jorge Teixeira (Portojo), ex-Fur Mil Art do Pel Canhão S/R 2054 (Guiné, 1968/70)
sábado, 9 de abril de 2011
Guiné 63/74 - P8072: Convívios (306): Almoço Convívio da Companhia de Caçadores 1589 - dia 28 de Maio -, no Luso (Armandino Alves)
Espero que nesse dia possas estar connosco nesta festa de confraternização e penso que será um momento de muita alegria e muita satisfação.
Esperamos por ti.
A comissão Organizadora: Manuel Joaquim, C. C. Paulo José Castanho e Carlos Carvalho
Programa
11h00 – Concentração na Alameda do Casino (Fonte de S. João);
12h00 – Almoço. Ementa do Almoço/Convívio 2011.
Aperitivos: Camarão, Salada de Orelheira, Polvo com Molho de Vinagre, Queijo Fatiado, Rissóis de Camarão, Croquetes de Carne Bolinhos de Bacalhau, Presunto Fatiado e Enchidos Assados.
Sopas: Canja de Galinha Creme de Legumes
Peixe: Bacalhau à Cesteiro
Carne: Leitão da Bairrada ou Vitela Assada
Sobremesas: Bolo Comemorativo, Mesa de Doces e Frutas, Cafés e Digestivos
Bebidas: Vinho Tinto e Branco da Região, Refrigerantes, Cerveja, Águas e Espumante da Bairrada
Preços:
Adultos…………………………………….25,00 €
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Guiné 63/74 – P7406: Parabéns a você (183): Amílcar Ventura, ex-Fur Mil do BCAV 8323 e Armandino Alves, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 1589 (Tertúlia e Editores)
É pois com enorme prazer que vimos junto destes nossos camaradas desejar-lhes um dia alegre, porque festivo. Que se sintam rodeados pelo maior número possível de familiares e amigos e que, mesmo à distância, sintam o calor da nossa amizade.
Votos de uma vida plena de saúde, tão longa quanto possível, na certeza de que têm aqui, companheiros de jornada e camaradas de sofrimento que jamais os esquecerão.
Em nome da Tertúlia e dos Editores, vai um grande abraço de parabéns.
__________
Notas de CV:
9 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5430: Parabéns a você (50): Amílcar Ventura, ex-Fur Mil da 1.ª CCAV do BCAV 8323, Bajocunda, 1973/74 (Editores)
9 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5429: Parabéns a você (49): Armandino Alves, ex-1.º Cabo Auxiliar de Enfermagem, da CCAÇ 1589, Guiné, 1966/68 (Editores)
Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 – P7402: Parabéns a você (182): Jorge Teixeira (Portojo), ex-Fur Mil do Pel Canhões S/R 2054 (Miguel Pessoa/Editores)
sábado, 22 de maio de 2010
Guiné 63/74 – P6453: Estórias avulsas (35): Os gémeos e o Regulamento Militar (Armandino Alves, ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem da CCAÇ 1589)
O nosso Camarada Armandino Alves (ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem da CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé -, 1966/68), enviou-nos a seguinte mensagem, em 20 de Maio de 2010:
Camaradas,
Durante o 3º Convívio da minha Companhia, estava o pessoal junto do nosso Capitão (hoje Coronel Reformado) a relembrar os idos tempos da formação da companhia no RI 15, em Tomar, e veio à baila uma história que eu desconhecia, pois não estive lá (fui em rendição individual) e que é a seguinte.
Conforme o pessoal se ia apresentando, o 1º Sargento ia conferindo as papeladas individuais, até que, às tantas, descobriu que haviam dois irmãos gémeos na Companhia.
Pelas leis do exército dessa altura (1966), estava impedido que dois irmãos fossem mobilizados ao mesmo tempo para o mesmo TO e, se não me engano, mesmo para TOs diferentes.
Logo o 1º Sargento foi ter com o Tenente (promovido a Capitão em Fevereiro de 1967, já na Guiné) e expôs-lhe o caso em apreço, isto é, ter dois irmãos gémeos na Unidade.
Como isto se passou antes de um fim de semana, o Tenente mandou chamar os soldados ao seu gabinete e disse-lhes: “Como os regulamentos não permitem a mobilização de vós dois, ide passar o fim de semana e, entre ambos, resolvessem qual o que fica na Metrópole.”
Passou-se o fim de semana e, na segunda-feira seguinte, o Tenente voltou a chamá-los para saber qual deles ia para a Guiné e qual deles ficava.
A resposta inequívoca de ambos foi directa e clara: “Vamos os dois.”
Assim foi e felizmente vieram os dois bem vivos.
Soubemos entretanto que os dois já faleceram (morte natural).
Paz às suas almas.
Penso que esta pequena estória mostra como os nossos serviços de mobilização estavam atentos e cumpriam os Regulamentos do Exército.
Um Abraço,
Armandino Alves (Dr. Jivago)
1º Cabo Aux Enf CCAÇ 1589
____________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
13 de Maio de 2010 >
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Guiné 63/74 - P6426: Convívios (241): 3º Encontro da Companhia de Caçadores 1589, 15 de Maio de 2010 (Armandino Alves)
1. O nosso Camarada Armandino Alves (ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem na CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé -, 1966/68), enviou-nos uma mensagem, em 17 de Maio, sobre a confraternização anual da sua Companhia que a seguir publicamos:
Realizou-se no passado dia 15 de Maio, o 3º Convívio da Companhia de Caçadores 1589, que contou pela 1º vez com a presença do seu Comandante, hoje Coronel Reformado do QP, Henrique Victor Guimarães Perez Brandão, o qual nos muito nos honrou com a sua presença.
Informou-nos o mesmo que não lhe foi possível comparecer às 2 anteriores festas devido aos deveres inerentes do seu cargo e à sua sobrecarregada agenda para os dias em que elas se realizaram.
Cada ano vai comparecendo mais malta e as respectivas famílias, o que nos vai dando alento para continuarmos a fomentar estes eventos.
O nosso Comandante fez um discurso deveras comovente, notando-se que este convívio e a maneira efusiva com que todos o receberam, caiu bem fundo no seu coração.
No seu discurso referiu-se a uma entrevista que deu ao Joaquim Furtado, que esteve a ouvi-lo durante 2 horas e que, posteriormente, só passou no ecrã 10 minutos da gravação (a parte que lhe convinha), descontextualizando-a completamente.
A finalizar realçou o nosso espírito de grupo e entreajuda, realçando o sentir do dever cumprido.
Alf Mil Daniel Velêda (esq.) Coronel Henrique Brandão (centro) e Alf Mil Leitão (dir.)
O meu reencontro com o comandante passados 42 anos
Um Abraço,
Armandino Alves (Dr. Jivago)
1º Cabo Aux Enf CCAÇ 1589
____________
16 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6400: Convívios (155): 4º Encontro da CCAÇ 3477 “Os Gringos de Guileje”, Águeda, 8 de Maio de 2010 (Herlander Simões / Amaro Samúdio)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Guiné 63/74 - P6340: Controvérsias (74): Enfermeiros… mas não por opção (Armandino Alves)
1. O nosso Camarada Armandino Alves (ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem na CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé -, 1966/68), enviou-nos uma mensagem, em 6 de Maio, que a seguir publicamos:
Enfermeiros… mas não por opção
Como toda a gente sabe, a selecção dos soldados no fim da recruta, para as diversas especialidades era feita de forma aleatória, não havendo qualquer inquérito a fim de se saber a função que cada um gostaria de desempenhar.
Vais para “isto” e bico calado.
Por isso, muitos foram para enfermeiros sem qualquer propensão, para desempenhar esse cargo.
Depois, no Serviço de Saúde em Coimbra, as aulas eram todas teóricas e dadas por Sargentos ou Cabos RD. Quanto a Médicos, que eu me lembre, só lá apareceu um – tenente -, 1 ou 2 vezes, em todo o curso.
E, pelo menos no meu curso, nunca se falou em teatros de guerra.
Era mais um curso para se integrar nos Hospitais, e depois íamos aprender para os mesmos. Mas, aprender o quê?
Tirando aqueles que tiveram a sorte de ir para enfermarias de Ortopedia e Traumas, o que aprenderam os outros?
A dar injecções!
Quanto ao resto eram autênticos “ceguinhos” e só foram aprendendo, com o tempo e a experiência, desenrascando-se o melhor que podiam e sabiam.
Na época 1966-68, não se notou muito essa pecha, pois quando era solicitada uma evacuação ela era feita, fosse por helicóptero nas operações, fosse por DO nos aquartelamentos ou destacamentos com pista de aviação.
A falta de evacuações é que veio pôr a nu esse desiderato.
Haviam enfermeiros, mas não havia o material necessário.
O que eram os garrotes fornecidos com a Bolsa de Enfermeiro?
Um simples tubo de borracha maleável, que era muito bom para tirar sangue e nada mais. Um garrote a sério teria que ser improvisado com ligaduras e um pau, para fazer o torniquete.
Como já aqui se falou a Marinha tinha o último grito em garrotes e não sei se a Força Aérea também os tinha (mas para isso ninguém melhor que a Enfermeira Giselda para melhor nos informar).
Quanto aos atrelados sanitários, tinham muito material lá dentro, mas não era para mexer. Eles estavam apenas à nossa guarda e isto nos aquartelamentos que os possuíam.
O atrelado sanitário era um hospital de campanha e, portanto, pertencente ao Hospital Militar. Certo é que o que lá estava armazenado era intocável.
Vem isto, que acabo de escrever, a propósito do poste P6315.
Tenho a certeza que tanto o Furriel Enfermeiro como o Cabo Maqueiro não iam munidos com soro, pois não o possuíam, e se houvesse lá um atrelado sanitário com soro, com certeza que o prazo de validade já teria caducado há muito tempo.
E quanto tempo aguentaria um soldado ferido?
Que quantidade de sangue já não teria perdido entretanto?
Sem o soro não havia possibilidade de o estabilizar e mesmo que houvesse a remota possibilidade de uma transfusão directa, com outro camarada com sangue do mesmo tipo, no meio daquele inferno, seria quase impossível.
À noite não haviam meios aéreos e também não se podia usar o garrote.
Um Abraço,
____________
5 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6322: Controvérsias (73): Contra a corrente é difícil nadar (José Brás)
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Guiné 63/74 - P6095: Os nossos regressos (22): Os cruzeiros da minha vida (Armandino Alves)
Os cruzeiros da minha vida
Camaradas,
Tenho lido muitas descrições sobre o transporte marítimo do pessoal mobilizado para a Guiné.Eu não sei como o mesmo se processava no Uíge e no Niassa, certo é que, em tempos de paz, esses navios estavam destinados exclusivamente à movimentação de cargas e passageiros.Não estavam, com certeza, dimensionados para acolher, como muitas vezes o fizeram, um batalhão e outras unidades.Segundo me apercebi, em algumas viagens chegaram a transportar um batalhão e mais uma ou duas companhias.
Mas eram considerados barcos estáveis em alto mar.Alguns dos navios empenhados nestas tarefas, de leva e trás, eram adaptados, mal e toscamente, de transporte de cargas para passageiros, transformando os porões de armazenamento de cargas em longas e atrofiadas camaratas.Agora, aqueles que não viveram esse pesadelo, imaginem o que são cento e tal homens, enfiados num barco que normalmente transportava meia dúzia de passageiros.A sua vocação era inequívoca, o transporte de cargas.Então os poucos camarotes eram destinados aos oficiais e sargentos e o restante pessoal ia no porão, apinhado em colchões de palha, alinhados pelo pavimento sem qualquer tipo de cobertura, ou outra protecção. Privacidade zero!Para os cabos e praças as instalações sanitárias eram construídas em madeira, sobre uma das amuradas do barco e consistiam, basicamente, num caixote em madeira dividido em três, com uma tábua transversal e um buraco no meio onde o pessoal se sentava.Os resultados das evacuações caiam directos no mar (sem como é óbvio passar por nenhum tratamento residual).Quanto a banhos estamos falados, até para lavar a cara era preciso levantar cedo para ter direito a água potável.A alimentação não era da pior, só que a cozinha não estava dimensionada para servir tanta gente.Eu, à boa moda da tropa de então ”desenrasquei-me”, pois comecei a entabular conversa com o pessoal da cozinha e a ajudá-los no transporte dos congelados da câmara frigorífica, cuja entrada obrigava a vestir um casaco de peles até aos pés, com carapuço e luvas do mesmo, pois o frio era “mais que muito”.Assim, viajei todo o percurso dentro da casa das máquinas, pois era um dos poucos sítios onde se sentia menos o balanço do barco e, por isso, menos enjoativo.Havia na parede um dispositivo com uma escala e um ponteiro no meio, que se deslocava ora para a esquerda ora para a direita, indicando o grau de inclinação do barco.Acompanhei os mecânicos, de uma ponta à outra do barco, ou seja da casa das máquinas até à hélice a inspeccionar o veio principal de transmissão.No regresso à Metrópole não tive tanta sorte, mas como o tempo era de Verão passei-o bem e, como vinha de retorno a casa nem liguei a isso. Quanto mais depressa chegasse melhor.A viagem para a Guiné, foi a bordo do navio Manuel Alfredo e o regresso foi no Ana Mafalda (dois transatlânticos do meu tempo).
Um Abraço,
Armandino Alves
1º Cabo Aux Enf CCAÇ 1589 (1966/68)
____________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
1 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6089: Os nossos regressos (21): No dia 1 de Abril de 1970, a CCAÇ 2381 finalmente despede-se em Parada Militar (Arménio Estorninho)
sexta-feira, 19 de março de 2010
Guiné 63/74 – P6021: Memória dos lugares (75): Recordações de Bambadinca (Armandino Alves, 1º Cabo Aux Enf, CCAÇ 1589 (Beli, Fá Mandinga, Madina do Boé, 1966/68)
1. O nosso Camarada Armandino Alves (ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem na CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé -, 1966/68), enviou-nos uma mensagem, em 16 de Março, que a seguir publicamos:
Camaradas,
Para conhecimento do Pessoal da Tabanca, queria informar que até Março de 68, no rio Geba com acesso a partidas para Bissau por via fluvial, só existia um cais acostável, em Bambadinca.
O transporte entre a LDM e a margem era feito por uma ou duas pirogas, que levavam cerca de oito homens cada uma, e que eram literalmente empurradas por um ou dois nativos, pois a profundidade do rio era pouca e a água dava-lhes pelo peito.
Nas zonas mais fundas, as pirogas eram empurradas com o auxílio de varas, que eram cravadas no fundo do rio e impulsionadas à força de braços.
Das pirogas para terra é que eram elas. As margens estavam cobertas por um lodo de cor cinza clarinho, que espelhava os raios do sol.
Éramos avisados para descalçar as botas, amarrar os cordões e pendurá-las ao pescoço, arregaçarmos as calças, ou tirá-las, e para transportarmos a arma acima da cabeça.
Para os primeiros a desembarcar a missão nem era muito má, mas para os últimos, a lama depois de revolvida, era um autêntico calvário. Para movimentarmos as pernas, quanto mais nos mexíamos mais nos enterrávamos pelo lodo abaixo.
Ainda havia pessoal do destacamento que nos atirava cordas para nos içarem, mas com uma mão ocupada com a G3, só nos ficava a outra para nos agarrarmos.
E depois para limparmos aquela lama pegajosa agarrada às pernas?!... Não havia água que chegasse.
Por isso não se admirem de ninguém até essa data falar no cais do Xime. Ele não existia.
Assim como a estrada Bambadinca/Bafatá, que só começou a ser alargada e asfaltada em Jan/Fev 68, pois até aí era uma estrada de terra batida onde não se conseguiam cruzar duas viaturas (GMC ou Mercedes).
Um Abraço,
Armandino Alves
1º Cabo Aux Enf CCAÇ 1589 (1966/68)
____________
Vd. último poste da série em:
quinta-feira, 18 de março de 2010
Guiné 63/74 – P6012: Humor de caserna (18): A nossa língua é muito traiçoeira (Armandino Alves, 1º Cabo Auxiliar de Enfermagem da CCAÇ 1589 - Beli, Fá
1. O nosso Camarada Armandino Alves (ex-1º Cabo Auxiliar de Enfermagem na CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé -, 1966/68), enviou-nos uma mensagem de um momento hilariante acontecido com um Camarada da sua Companhia, em 16 de Março, que a seguir publicamos:
Camaradas,
Hoje vou-vos contar uma pequena e humorística estória passada em Béli:
No nosso aquartelamento o reabastecimento mensal (quando o havia), era efectuado por uma DO.
Era habitual eu comissionar os equipamentos e materiais medicamentosos, que encomendava nos meses anteriores, bem como o correio pois também era eu o responsável pela sua recepção e expedição (a mala do acondicionamento e transporte era a mesma).
Também era eu que habitualmente, me dirigia em primeiro lugar para junto das DOs quando elas aterravam.
Aproveitava os tempos de descarga dos reabastecimentos, para tirar um caixote e colocar outro.
Um dia eu tinha mandado para o Lab. Militar uma requisição bastante extensa, que incluía garrafões de álcool 1214, Mercúrio Cromo e outras coisas necessárias ao bom desempenho do Serviço de Saúde.
Quando a DO aterrou, perguntei ao piloto se trazia medicamentos, ao que ele me respondeu afirmativamente.
Depois de entregar o correio e a DO ter levantado voo, dirigi-me para o Posto de Socorros e qual não foi o meu espanto, ao ver que ali não havia nada para eu conferir.
Fui ter com o pessoal que tinha estado a descarregar a DO e perguntei-lhes se tinham descarregado os medicamentos, ao que me responderam que sim. Fiquei perplexo e intrigado, sobre o paradeiro dos ditos medicamentos?
Passado um bocado tudo se descortinou. Como a requisição era grande e comportava os garrafões, o Lab. Militar encaixotou tudo e, para haver cuidado no seu manuseamento, colocou a toda a volta letreiros com a palavra FRÁGIL.
Ora no pelotão tínhamos um soldado que era natural de Freigil (perto de Caldas de Aregos) e quando ele, que estava a assistir à descarga, ouviu dizer a palavra Frágil, pegou no caixote às costas e foi para o abrigo contentíssimo, pensando que era uma encomenda dos seus pais.
Claro que foi uma desilusão total para ele e ainda hoje nos convívios nós falamos nisso.
É caso para dizer que a nossa língua é mesmo muito traiçoeira.
Um Abraço,
Armandino Alves
1º Cabo Aux Enf CCAÇ 1589
____________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
3 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5585: Humor de caserna (17): Mansambo no seu melhor (Parte 1) (Carlos Marques dos Santos, CART 2339, 1968/69)
segunda-feira, 8 de março de 2010
Guiné 63/74 - P5953: Convívios (199): Convívio da CCAÇ 1589 - Beli, Fá Mandinga e Madina do Boé, em 15 de Maio - Vila Nova de Gaia (Armandino Alves)
CONVÍVIO ANUAL
CCAÇ 1589
15 de Maio de 2010
Um Abraço,
Armandino Alves
1º Cabo Aux Enf da CCAÇ 1589
____________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
6 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5937: Convívios (111): Convívio Anual da CCAÇ 3549 “DEIXÓS POISAR”, no próximo dia 27 de Março de 2010 em VISEU (José Cortes)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5481: Estórias avulsas (21): Ainda o Fiolifioli (Armandino Alves)
domingo, 13 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5458: Estórias avulsas (20): Formigas vermelhas e formigas castanhas (Armandino Alves)
Guiné 63/74 - P5457: Estórias avulsas (63): O regresso (José Marques Ferreira)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5429: Parabéns a você (49): Armandino Alves, ex-1.º Cabo Auxiliar de Enfermagem, da CCAÇ 1589, Guiné, 1966/68 (Editores)
Com a mesma consideração que temos pelos camaradas em geral, mais o reconhecimento do serviço prestado por ele enquanto homem do Serviço de Saúde, vimos-lhe dar um enorme abraço multiplicado por quase 390 vezes.
O Armandino não implantou minas nem andou aos tiros ao IN, pelo contrário, era capaz de socorrer qualquer combatente inimigo ferido. Eram estas acções que faziam a diferença entre os que matavam para não serem mortos e aqueles que salvavam no campo de batalha sem olhar à cor da farda.
A Tabanca em peso vem deste modo até ti desejar um dia de aniversário alegre, junto daqueles que mais prezas, familiares e amigos mais chegados. Na hora do brinde não esqueças estas centenas de amigos que se associam a ti neste dia.
2. Armandino Alves, em 30 de Maio deste anos dirigia-se assim ao nosso Blogue:
Camarada Luis Graça
Gostava de fazer parte da Grande Tabanca, mas não tenho possibilidades de enviar fotos do tempo de tropa pois como tive um grande incêndio na casa onde morava, todas as fotos desse tempo, incluindo a Caderneta Militar, se foram.
Por isso não consigo fotos antigas.
Como participar?
Armandino Marcílio Vilas Alves
Ex-1.º Cabo Auxiliar de Enfermagem
CCAÇ 1589
Guiné 1966/68
Claro que todas as resposta foram dadas com o tempo, e o Armandino, mesmo sem fotos antigas, tem participado activamente no nosso Blogue.
Não prometo que a listagem esteja completa pois o Blogue está a ficar muito complicado para pesquisar o histórico.
__________
Notas de CV:
(*) Vd. postes de:
5 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4464: Tabanca Grande (149): Armandino Alves, ex-1.º Cabo Aux de Enfermeiro da CCAÇ 1589, Guiné 1966/68
11 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4510: Memória dos lugares (31): Fá Mandinga, CCAÇ. 1589 (1966/68) (Armandino Alves)
14 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4518: Controvérsias (19): Sob a evacuação das NT de Madina do Boé (Armandino Alves)
15 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4533: Controvérsias (20): A minha análise pessoal do desastre com a jangada no Cheche, na retirada de Madina do Boé (Armandino Alves)
16 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4536: Memória dos lugares (31): Béli, CCAÇ. 1589 (1966/68) (Armandino Alves)
2 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4626: Estórias avulsas (37): Quando um cabo da PM me deu ordem de prisão, em Bissau (Armandino ALves)
6 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4910: Os Nossos Médicos (3): Os especialistas eram poucos, e não gostavam de ir para... o mato (Armandino Alves, CCAÇ 1589, 1966/68)
7 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4914: Os Nossos Enfermeiros (2): As malditas doenças venéreas e a bendita... penicilina (Armandino Alves, CCAÇ 1589, 1966/68)
9 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4927: Os Nossos Enfermeiros (3): Às vezes até fazíamos o que não sabíamos (Armandino Alves)
17 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5118: Memória dos lugares (48): Béli, Fá Mandinga e Madina do Boé - Independência & Objectos voadores (Armandino Alves)
22 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5323: Estórias avulsas (61): Reencontro de irmãos (Armandino Alves)
28 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5360: Estórias avulsas (62): “O trinta putas” (Armandino Alves)
e
6 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5413: Os nossos camaradas guineenses (18): A morte do Aliu Sanda Candé (Armandino Alves)
Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5421: Parabéns a você (48): Jorge Teixeira (Portojo), ex-Fur Mil do Pel Canhões S/R 2054 (Editores)
domingo, 6 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5413: Os nossos camaradas guineenses (18): A morte do Aliu Sanda Candé (Armandino Alves)
Se o poder político tivesse sido passado para as mãos dos nossos ex-combatentes guineenses, fornecendo-lhes mais armas e demais meios, teriam acontecido exactamente os mesmos massacres, mas ao contrário, com os guerrilheiros do PAIGC. Eu não tenho dúvidas nesse aspecto.