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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10700: Crachás de unidades que passaram por Guileje (CCAÇ 3477 e CCAÇ 3325, 1971/72) e Cacine (CCAÇ 2726, 1970/72) (Mário Bravo, ex-alf médico, 1971/72)










Crachás da CCAÇ 3477, Gringos de Guileje (Guileje, nov 71/ dez 72), CCAÇ 3325, Os Cobras de Guilje (Guileje, 1971) e CCAÇ 2726 (Cacine, 1970/72)


Fotos: © Mário Bravo (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Mensagem do nosso camarada, médico, Mário [Silva] Bravo (ex-alf med, CCAÇ 6 e HM 241, Bedanda e Bissau, 1971/72)


Bom dia Amigo e Camarada Luis Graça

Há algum tempo que não publico no nosso blogue, por distracção e não por outra razão.

Continuo a ser visita assídua, e considero que a tua gestão é excelente.

Nas minhas buscas, cá em casa, encontrei estes crachás que me foram oferecidos em Guileje (os primeiros: CCAÇ 3325 e CCAÇ 3477) e o outro (CCAÇ 2725), não tenho a certeza. Será que corresponde a alguma unidade de Gadamael, onde também estive ?

O envio destas imagens pode servir para encontrar companheiros dessas épocas, e que gostaria de reencontrar, através do nosso blogue.


Mário

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Guiné 63/74 - P9322: História do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) (2): "P'la Guiné e suas gentes": a alocução patriótica do comandante, em Viana do Castelo, a 8/4/1970, antes da partida (Benjamim Durães)

Raras são as histórias das unidades, que serviram no TO da Guiné, que transcrevem discursos ou alocuções dos seus comandantes e oficiais. A História do BART 2917 surpreende pela exceção: publica uma alocução do seu comandante, no final do IAO, em Viana do Castelo, bem como uma homilia do seu capelão (o alf graduado cpelão Arsénio Puim, membro da nossa Tabanca Grande)... 

É material de inegável interesse para o estudo dos aspetos discursivos, éticos, disciplinares, doutrinários e político-ideológicos, da formação, comando e enquadramento das NT. Vamos publicar essas duas peças, em separado.

Referência à História do BART 2917, Bambadinca, 1970/72 - documento classificado como "reservado" - , segundo versão policopiada gentilmente cedida ao nosso blogue pelo ex-Fur Mil Trms Inf, José Armando Ferreira de Almeida, CCS/ BART 2917, Bambadinca, 1970/72, membro da nossa Tabanca Grande; o excerto que hoje se publica consta da versão, em suporte digital, corrigida, aumentada e melhorada pelo Benjamim Durães, igualmente nembro da nossa Tabanca Grande.  

Com a devida vénia e com o nosso apreço por todos os camaradas do BART 2917 para quem vão as nossas saudações, ainda a tempo, no início do novo ano de 2012. L.G. (*)


Fonte: Excertos de História do Batallhão  de Artilharia nº 2917, de 15 de Novembro de 1969 a 27 de Março de 1972.



CAPÍTULO I

HISTÓRIA DO BATALHÃO DE ARTILHARIA Nº 2917

MOBILIZAÇÃO, COMPOSIÇÃO E DESLOCAMENTO PARA O C. T. I. G.


01 –A Circular Nº 33631/MOB de 15.NOV.69 da Repartição de Oficiais da DSP/ME difundiu a mobilização dos Oficiais superiores para o BART 2917 destinado a reforço do CTIG, ficando assim constituído o seu Comando:

- CMDT – Tenente-Coronel de Artª DOMINGOS MAGALHÃES FILIPE;

- 2º CMDT – Major de Artª                                JOSÉ ANTÓNIO ANJOS DE CARVALHO; e,
- ADJUNTO – Major de Artª                               JORGE VIEIRA DE BARROS E BASTOS.

02 – A Circular 33570/MOB de 15.NOV.69 da Repartição de Oficiais da DSP/ME difunde a mobilização em bloco dos quatro Capitães do Batalhão que, após uma escolha pessoal, ficaram distribuídos como se segue:

- CCS / BART – Capitão de Artª                      GUALBERTO MAGNO PASSOS MARQUES;
- CART 2714 – Capitão de Artª                      JOSÉ MANUEL DA SILVA AGORDELA;
- CART 2715 – Capitão de Artª                      VITOR MANUEL AMARO DOS SANTOS; e,
- CART 2716 – Capitão Mil. de Artª               FRANCISCO MANUEL ESPINHA DE ALMEIDA.




03 – Várias Circulares posteriores nomeiam o restante pessoal do Batalhão.

04 – Depois do estágio de contra-insurreição, frequentado no Centro de Instrução de Operações Especiais em LAMEGO (CIOE), pela quase totalidade dos seus quadros, estes apresentaram-se no RAP-2 (Regimento de Artilharia Pesada Nº 2) onde de 03.DEZ.69 a 20.DEZ.69 decorreu a Instrução Preparatória de Quadros com vista à instrução da Especialidade de Atirador de Artilharia do 4º Turno da Escola de Recrutas de 1969 que ali iria decorrer e que forneceria o grande contingente de atiradores do Batalhão.

- Tendo como Director de Instrução o ADJUNTO DO BATALHÃO (Major de Artª Barros e Bastos), que no desempenho das funções foi sempre interessadamente apoiado pelo CMDT DO BART - TENENTE CORONEL DOMINGOS MAGALHÃES FILIPE, a instrução programada foi frequentemente alterada devido às condições climatéricas do momento. Contudo, com excepção do Aspirante a Oficial Miliciano ANTERO J. D. SOARES que apenas a frequentou durante 5 dias por ter baixado ao HMP, todo o pessoal teve aproveitamento.  [...]

05 – Em 03.JAN e 04.JAN.70 fez-se a concentração no Quartel da Serra do Pilar, (RAP-2) em VILA NOVA DE GAIA, dos recrutas vindos do Centro de Instrução Básica, a quem foi ministrada durante sete semanas a especialidade de Atirador de Artilharia, instrução que decorreu nos terrenos do RAP 2, Monte da Virgem em VILA NOVA DE GAIA, terrenos da Carreira de Tiro de ESPINHO, e matas nacionais na área de CORTEGAÇA-ESMORIZ.

06 – Em 23.FEV.70 inicia-se a organização das Unidades mobilizadas para o Ultramar do 4º Turno de 1969, realizando-se a concentração do BART 2917 na vetusta fortaleza de SANTIAGO DA BARRA, em VIANA DO CASTELO, ficando o BATALHÃO adido ao BC 9 (Batalhão de Caçadores nº 9), seguindo-se-lhe de 02.MAR.70 a 21.MAR.70 a primeira parte da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IOA).

07 – De 23.MAR a 01.ABR.70, todo o pessoal gozou a “licença de nomeação para o Ultramar” nos termos do Artº 20º das Normas para a Nomeação e Cumprimento de Comissões Militares ficando o Batalhão pronto para embarque em 04.ABR.70.

08 – Entretanto fora tomado conhecimento da Circular 519/PM de 12.FEV.70 da 1ª REP do E.M.E. que informava que o BATALHÃO DE ARTILHARIA 2917 e suas COMPANHIAS DE ARTILHARIA 2714, 2715 e 2716 se destinavam a render no Comando Territorial e Independente da Guiné (C. T. I. G.) o BATALHÃO DE CAÇADORES 2852 e as COMPANHIAS DE CAÇADORES 2404, 2405 e 2406 em serviço na mesma Província.

09 – Em virtude de ter sido protelado o embarque do BART 2917 inicia-se, após o regresso de “Licença das Normas”, a segunda parte de Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (I. A. O.).

10 – Toda a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (I.A.O.) decorreu predominantemente em ambiente muito acidentado (Serra de Santa Luzia em Viana do Castelo) apesar dos esforços feitos pelo Comando do Batalhão para que tal se desenrolasse em zonas tanto quanto possível planas semelhantes às da Província em que o Batalhão viria servir, pelo menos como as de CORTEGAÇA-ESMORIZ onde se haviam desenrolado os exercícios de campo da I. E., mas razões de ordem logística e de planeamento superior impediram a satisfação de tal desejo.

11 – Na segunda parte do I. A. O., a mentalização do pessoal para servir na Província da GUINÉ teve os seus momentos de maior exaltação.

- Quando foi imposto individualmente a cada homem pelo graduado seu imediato comandante, em formatura geral do Batalhão, o emblema do BART 2917 com a sua divisa “P’LA GUINÉ E SUAS GENTES”.      
      
– Quando foram entregues em cerimónia pública os Guiões do Batalhão.


12 – Em 16.MAI.70 o BATALHÃO DE ARTILHARIA 2917 abandonou VIANA DO CASTELO, por via-férrea, a caminho de LISBOA, onde embarcaria na manhã de 17 DE MAIO no navio CARVALHO DE ARAÚJO, rumo à Província Ultramarina da Guiné.

  
13Em 25.MAI.70 o BATALHÃO DE ARTILHARIA 2917 desembarca em BISSAU e segue para o DEPÓSITO DE ADIDOS em BRÁ.

14 – Desembarcaram em BISSAU em 25.MAI.70, 30 Oficiais, 64 Sargentos, na sua maioria provenientes do MINHO com efeito dos 641 homens que desembarcaram em BISSAU, 269 eram naturais daquela Província. [...]

ANEXO 1

AO CAPÍTULO I DA HISTÓRIA DA UNIDADE
EMBLEMAS DO BATALHÃO

- Durante a primeira parte da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (I. A. O.) concluímos as discussões para encontrarmos o emblema que simbolizasse a nossa Unidade.

- Depois de grande azáfama, em que os projectos se modificavam todos os dias, por unanimidade foi aceite:

- Primeiro a forma (a do ESCUDO das centúrias romanas e ao utilizá-la invocámos a determinação dos Centuriões), depois a cor fundamental - (o VERDE da nossa esperança) a seguir, com os parcos conhecimentos de heráldica e muita boa vontade de todos, a mão firme do Furriel Miliciano Atirador FRANCISCO MANUEL ESTEVES SANTOS, da CART 2716, deu forma às ideias traçando:

- O cavaleiro de um escudete, quartejado pela cruz da Região Militar do Porto; o elmo encimado pelo leão rampante empunhando a granada característicos do Exército Português e das suas unidades de Artilharia; no quartel superior esquerdo do escudete, as granadas da nossa Unidade Mobilizadora (RAP 2); no quartel superior direito a armas da Província da Guiné onde vamos servir; enquadrando todo o conjunto ao alto a designação da nossa Unidade (BART 2917), e na base a nossa divisa “P’LA GUINÉ E SUAS GENTES” lateralmente as palmas de louros que acompanham os vencedores.

- E chegou o dia 08.ABR.70, estava no fim a primeira parte da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional; já não era uma amálgama de homens, era o BATALHÃO DE ARTILHARIA 2917 formado por um conjunto de equipas agrupadas em secções, estas em Grupos de Combate e estes em Companhias.

- As velhas pedras da vetusta FORTALEZA DE SÃO TIAGO DA BARRA viram formado no seu pátio o BART 2917, sob o Comando do 2º Comandante, prestar continência ao seu Comandante, Tenente Coronel de Artilharia DOMINGOS MAGALHÃES FILIPE e ouviram-no proferir:



 "Militares do BART 2917,

"Estamos hoje aqui reunidos quase todos os elementos que constituem o nosso Batalhão. É desejo de todos nós que, daqui a 2 anos, ao regressarmos, aqui todos também nos possamos voltar a juntar.

"No Ultramar, muitos dos que morrem ou se incapacitam, são vítimas de desleixo e falta de obediência pronta e completa, às ordens recebidas. A maioria das baixas é devida a desastres com viaturas auto ou a acidentes com armas de fogo. Os excessos de velocidade e as manobras perigosas são permanente precaução. No mato só se atira para acertar. Os tiros à sorte, são os que matam os nossos Camaradas.

"No Quartel as armas estão sempre em segurança, sem bala na câmara. Não queremos que a falta de cuidado nos abra ferida na nossa consciência.

"Mesmo em situações difíceis nem tudo está perdido quando não se perde a cabeça. Como vocês irão ver, com os vossos próprios olhos, não é a situação da Guiné tão má como a pintam, e posso assegurar-vos de que ela melhorou consideravelmente nos últimos meses.

"Vai-nos ser exigido muito esforço. Há abrigos para melhorar, trincheiras para abrir, capim para cortar, e tudo isto sob a acção dum sol que queima e de um calor que sufoca. Mas vale a pena, quanto mais suarmos, menos sangue derramaremos. Muito teremos de palmilhar na mata, muitas e longas noites teremos de permanecer imóveis de olho alerta e ouvido à escuta em silenciosas emboscadas, isso nos poupará muitas vidas.

"Procurando, perseguindo e abatendo o inimigo, impedimos que nos procure a nós, nos surpreenda e nos cause danos que todos profundamente sentiríamos. Sendo fortes, corajosos e animados de inquebrantável vontade de vencer, logo o inimigo disso se aperceberá, e perante a nossa força, fugirá como gato de água, deixando-nos livre o caminho do sucesso. Por tudo isto, o Militar do nosso Batalhão cumprirá sempre, com alegria e determinação, as ordens que receber, por mais duras que lhe pareçam.

"O êxito é o prémio da disciplina bem observada e bem compreendida …! Vestimos a mesma farda, somos uma parte do Exército duma Nação que há mais de oito Séculos vem escrevendo, com letras de ouro e de sangue, as mais belas páginas do livro da História do Mundo. Recebemos uma herança do passado, que muitos cobiçaram e cobiçam no presente, mas que temos de a transmitir intacta aos nossos filhos.

"Contra os rochedos da nossa vontade e da nossa fé, se irão despedaçando, uma após outra, as vagas do mar turvo da subversão alimentado pelas águas sujas dos interesses das outras Nações.

"Militares do BART 2917!...

"Somos uma parte do glorioso Exército Português, somos Militares do BART 2917, e isso terá de estar sempre presente na nossa mente, na nossa alma, no nosso coração.

Vai-vos ser agora imposto o emblema da nossa querida Unidade! Vai ele ser o símbolo que nos une. Nele vedes o verde da nossa fé, aureolado pelos louros da vitória que todos ardentemente queremos. Nele estão os elementos representativos do Regimento a que pertencemos e queremos honrar, nele está simbolizado o escudo da Província, onde a nossa passagem, também queremos, fique na memória de todos. Nele está inscrita a legenda “P’LA GUINÉ E SUAS GENTES”, essas gentes portuguesas que, a seu lado e de armas na mão, vamos ajudar a defender, bem como a sua terra, que sendo sua também é nossa.

"Que o nosso emblema inspire nas populações sentimentos de simpatia, estima, confiança e admiração; que o inimigo tema quem o usa no seu peito porque somos o BART 2917; que ele se torne para nós motivo de orgulho porque sempre o honraremos; e que mais tarde, no ambiente calmo das nossas casas, no calor dos nossos lares, colocado em lugar de destaque como relíquia de um passado nosso, recorde com saudade os altos momentos vividos, a amizade que nos ligará para sempre, os esforços e sacrifícios que fizemos, com a satisfação intima de ter-mos cumprido o nosso dever, com o generoso contributo que cada um de nós deu à Pátria, mãe de todos os português de todas as corres, de todas as raças, de todas as religiões e costumes”.
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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9021: História do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) (1): Resumo dos factos e feitos mais importantes, por João Polidoro Monteiro, Ten Cor Inf (Benjamim Durães)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Guiné 63/71 - P8556: Em busca de... (170): Guiões das Unidades mobilizadas para a Guerra Colonial (Manuel Botelho / Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 12 de Julho de 2011:

Meus queridos confrades,
O pintor Manuel Botelho não pára, não lhe chegam as fotografias com armamento, as histórias dos aerogramas, uma instalação gigantesca com vídeos no tempo do Natal do Soldado.

Agora quero trabalhar guiões, guiões verdadeiros, em tamanho real.

Olhou para mim, surpreso, quando lhe disse que não tinha guiões e, como ele sabe por experiência própria, é coisa que não aparece na Feira da Ladra.

O melhor nestas coisas é aproximar o consumidor do produtor, o artista de quem possuiu, eventualmente, as ditas flâmulas. Peço encarecidamente a quem puder ajudar o Manuel Botelho que o contacto através do email manuelbot@netcabo.pt ou pelo telefone 967 073 648. Confesso-me antecipadamente grato por quem puder ajudar o artista plástico que, desde sempre, mais tem feito pela nossa causa.

Um abraço do
Mário


2. Mensagem de Manuel Botelho dirigida a Mário Beja Santos

Caro Mário
Agosto aproxima-se, e com ele a promessa de um breve momento de maior disponibilidade para o meu trabalho plástico. Como sabes tenho andado a fazer fotografias com miniaturas de guiões das companhias mobilizadas no ultramar; desejava agora, se possível, ter acesso a guiões verdadeiros, em tamanho real! Haverá alguém que tenha ficado com esse tipo de material e mo possa emprestar durante uns tempos para fazer o meu trabalho fotográfico?

No blogue aparece, por exemplo, a foto deste guião… onde estará? Em Abrantes, no Regimento de Infantaria?

Guião do Batalhão de Caçadores nº 2879
Regimento de Infantaria 2 - Abrantes
Foto - ex-Fur Mil Carlos Silva
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 13 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8549: Notas de leitura (256): Amílcar Cabral – Vida e morte de um revolucionário africano, por Julião Soares Sousa (2) (Mário Beja Santos)

Vd. último poste da série de 14 de Julho de 2011 > Guiné 63/71 - P8554: Em busca de... (169): Pessoal do CAOP 1, Teixeira Pinto, 1969 a 1971 (Albino Silva)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8509: Em busca de ... (167): Guião do Comando de Agrupamento nº 2957 (Bafatá, 1968/70), cujo paradeiro se ignora (António Azevedo Rodrigues)


Comando de Agrupamento 2957 (Bafatá, 1968/70) > Guião. O Comando de Agrupamento 2957 esteve  em Bafatá, Zona lestem  no período de Novembro de 1968 a Setembro de 1970. Os seus elementos metropolitanos sáiram  do ex- RAL 1 e embarcaram  no T/T Uíge, em 9 de Novembro de 1968. O comandante do Cmd Agrup 2957 era o então Cor Hélio Felgas, mais tarde substituído pelo Cor Neves Cardoso.


1. Mensagem de António Azevedo Rodrigues (que está connosco desde Junho de 2008):

Data: 15 de Junho de 2011 20:02

Assunto: À Procura do Guião do Cmd Agrup 2957 (Bafatá-Guiné)


Olá, camarigos, o meu obrigado, pelas felicitações do meu 64º aniversário... Agora entrando no assunto principal que me traz hoje cá, é o seguinte: depois de andar por todo o lado na procura incessante do meus camaradas do Cmd Agrup 2957 de que o Fernando Gouveia também fez parte, bem como mais 50 elementos; depois de, posso dizer,  3-4 anos de intenso trabalho, pois ninguém tinha moradas de ninguém nem nunca em 41anos nuinguém contatou ninguém; depois, enfim, de eu meter anúncio na RTP e jornais; depois de tudo isso, o que primeiro me aparece é o Belmiro, de Penafiel.

Mas é só um primeiro contato e nada sabe, vou então para o Ministério da Defesa, para o Exército,  e nada. Com o que aprendi neste blogue, que muito me ajudou, e depois duma primeira tentativa,  lá consegui chegar aos primeiros [camaradas], e depois aos muitos e agora a todos. Isto é, todos menos um, pois de todo o pessoal do Agrupamento resta-me esperar para encontrar o último a tempo de ainda ir ao convívio total dos ainda resistentes e que se realiza [, ou melhor, já se realizou...], no próximo fim de semana, em Lisboa (Búfalo Grill).

Como disse,  falta encontrar um, sim um, é o que falta de pessoas. Então pelo meio fui procurando saber como encontrar o Guião/Estandarte, que foi a nossa Bandeira de apresentaçao, e pelas fotos anteriormente ja publicadas em que eu julgo ser o único a ter tirado uma foto com o mesmo na Guiné, eis que à procura do mesmo já lá vai mais de um ano, de procura em procura, de mail em mail, de telefone em telefone, sempre na eperança de que um dia há-de aparecer o tal Guiã/estandarte.

Quando estava à espera de saber do último cabo, do último a responder à chamada,  então voltei a pegar no telefone e chatear na procura,  de quartel em quartel, a tentar saber onde pára o guião.

Agora sim, o tal mail tão esperado chega com a pior noticia: mais um amigo que caiu para sempre, mais um desaparecido, como pode ser observado, mesmo sem Certidão de Óbito;  eis que chega a sentença de  que me abstenho de fazer mais considerações. Agradeço que publiquem o oficio enviado por mail com as palavras aí reproduzidas...

Em suma, não existe rasto do guião, simplesmente "desconhece-se o paradeiro do Guião do cmd agup 2957"... Foi abatido.  não se sabe como. É menos um comando deste agrupamento que não se sabe se caiu de morto,  fulminado por qualquer ataque cardíaco... 

Termino lamentando o desaparecimento de mais um elemento deste Cmd Agrup 2957... Paz à sua alama, que repouse na sua eterna morada, desconhecida. Lamentamos o sucedido e eu, pessoalmente,  apresento condulâncias à familia desgostosa do Cmd Agrup 2957...

António Azevedo Rodrigues
Contactos:
Telefones: 252 938 133 - 915 225 337 - 926 641 776 - 934 432 545

E-mail: rodrigues60@gmail.com






Fotos: © António Azevedo Rodrigues (2011). Todos os direitos reservados

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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de Junho de 2011> Guiné 63/74 - P8470: Em Busca de... (166): Precisa-se de depoimentos para fazer a História da Pensão Central da Dona Berta (Hélder Sousa / José Ceitil)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Guiné 63/74 - P5289: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (13): Distintivos das Unidades mobilizadas para o antigo Ultramar Português (Carlos Coutinho)


1. Um dos Amigos que acompanha o nosso blogue com muito interesse e nos tem prestado uma preciosa e discreta colaboração, chama-se Carlos Coutinho (cumpriu uma comissão militar no ex-Ultramar português).

Possuidor de uma das maiores colecções de Distintivos das Unidades mobilizadas para o antigo Ultramar Português, é ele que tem vindo a fornecer, para colocação em vários postes do blogue, emblemas e mini-guiões das companhias, batalhões e outras Unidades.
Em resposta ao meu pedido para nos dirigir algumas palavras, respondeu:

“… É óptimo despertar a malta, que tem em casa metidos nas gavetas Distintivos e Mini-Guiões, quiçá desconhecidos, ou pouco conhecidos, para certamente mais cedo, ou mais tarde, com o evoluir das narrações, verem a luz do dia.

Preocupa-me, no fundo, é a memória que se vai perdendo, já que há bastantes peças de que não se sabe absolutamente nada.

Agradeço esta oportunidade para chamar a atenção da “rapaziada”, para este pequeno problema.

Um abraço,
CCoutinho”

O Coutinho é assim um Camarada que se dedica a um gigantesco trabalho nesta matéria, que passa pela pesquisa do passado de cada Unidade e pela aquisição das peças que vai descobrindo, por aí nos estabelecimentos, em feiras, etc. e que ele, religiosamente, vai registando e compilando num imenso e bem organizado arquivo.

Podemos apreciar uma parte do seu trabalho no site, que ele tem estado a construir, com o seguinte endereço:

http://carloscoutinho.terraweb.biz/index.htm

10 de Junho em Belém/Lisboa. O Coutinho è o 2º de cócoras a contar da esquerda.

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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3938: Brasões, guiões ou crachás (7): Pelotão Independente de Morteiros 912 (Santos Oliveira)



Pelotão Independente de Morteiros n.º 912

Unidade de Mobilização:
R I 2 – Abrantes

Partida: Embarque em 13 de Outubro de 1963; desembarque em 18 de Outubro de 1963
Regresso: Embarque em 28 de Outubro de 1965

Como Pelotão Independente, foi substituir o Pel Mort 19, em Tite, ficando adido aos BCaç 237/599 e, pelos finais da Comissão, ao BCaç 1860.

Participou, com uma Secção, na OPERAÇÃO TRIDENTE e, após o seu término, aí permanecendo até 18 de Julho de 1964, havendo sido, posteriormente, rendida por uma outra Secção e que prolongou, no tempo, o apoio da CCaç 557 e, após a rotação desta, a CCaç 728, que ocupavam a Posição de Destacamento, na parte norte, no local denominado Cachil (Ilha do Como) conforme o determinado pelo Comandante Militar.

Destacam-se, ainda participações, durante 4 meses, desta última Secção em Cufar onde cooperou e apoiou as CCav 703 e CCaç 763.

Regressada a Tite, desembaraçou a CCaç 797 na sequência do Golpe de Mão a Bissilão, onde esta CCaç se encontrou em situação muito delicada e desfavorável.

Do grosso do Pelotão de Morteiros, além de diversas participações em Operações colectivas (S. João, Nova Sintra, Aldeia Nova, Iusse, etc.), destaca-se a construção e defesa do Destacamento de Jabadá e vários acantonamentos no Destacamento do Enxudé, ponto crucial no abastecimento por via fluvial.

Santos Oliveira (*)
Ex-2.º Srgt Mil Armas Pesadas
Pel Mort 912
Como, Cufar e Tite, 1964/66

19FEV09
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(*) Vd. último poste de 11 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3874: Blogoterapia (90): Natal é quando o Homem quiser (Santos Oliveira)

Vd. último poste da série de 14 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3622: Brasões, guiões ou crachás (6): BART 2917 e 2924, BCAÇ 507 e 512, CCAV 1484, Pel Caç Nat 52 e Pel Mort 4574 (José Martins)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3453: Brasões, guiões ou crachás (2): CCAV 678, 1964/66 (Manuel Bastos)

Brasão da CCAC 678 (1964/66)

Foto: © Manuel Bastos (2008). Direitos reservados.


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Bastos, ex-Fur Mil At da CCAV 678, Guiné 1964/66, com data de 7 de Novembro de 2008:

Caro Luís:
As minhas cordiais saudações.

Durante o dia de hoje, estive a visionar o teu blogue, e verifiquei que no álbum das minhas fotos (*), inseriste uma outra, do e com o Humberto Reis, onde se vê os brasões de algumas das unidades que passaram por Bambadinca, e de entre eles, lá está o da minha CCAV 678, já com as cores comidas pelo tempo e pelo rigor do clima da Guiné.

Fiquei deveras sensibilizado, pelo que quero expressar-te o meu agradecimento. Não há dúvida nenhuma de aquele brasão é de facto o da CCAV 678, e a prova segue em anexo, de um slide que digitalizei do dito brasão.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > O ex-Fur Mil Op Esp Humberto Reis, da CCAÇ 12 (1969/71), junto ao memorial da CCAV 678, identificado por Luís Graça, e aqui confimado pelo Manuel Bastos.

Foto: © Humberto Reis (2005). Direitos reservados.

Relativamente ao facto de a CCVA 678 não fazer parte da lista das unidades que estiveram sediadas em Bambadinca, é muito fácil: o nosso camarada Benjamim Durães, se quiser, terá a amabilidade de acrescentar a nossa companhia. As datas da nossa estadia em Bambadinca foram a seguintes:

de 31 de Março de 1965 a 11 de Setembro de 1965, e
de 14 de Abril de 1966 a 26 de Abril de 1966.

Na noite de 26 de Abril de 1966, embarcamos no Bor, no cais de Bambadinca, que nos levou directamente para o Uíge, fundeado ao largo de Bissau, de onde partimos às duas horas da madrugada do dia 28 de Abril de 1966, rumo a Lisboa.

Sem mais, um abraço.
Sempre ao dispor:
Manuel Bastos


2. Comentário de CV

Caro Manuel, caro vizinho
Em nome da tertúlia ficas convidado desde já a ingressares na nossa Tabanca Grande, para onde deves enviar as fotos da praxe, a antiga do teu tempo de tropa e uma actual, que servirão para encabeçar os teus trabalhos.

Ficas também convidado a contares-nos as tuas experiências enquanto combatente da Guiné e a ilustrá-las com as fotos que tens aí por casa, como todos nós.

Recebe um abraço da tertúlia.
Carlos Vinhal
(Leça da Palmeira)
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 7 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3418: Álbum fotográfico de Manuel Bastos (1): Bambadinca, a festa da comunhão solene, Dona Violete e a malta da CCAV 678 (1965/66)

Vd. último poste da série de 10 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3429: Brasões, guiões ou crachás (1): CCAÇ 2797, Pel Caç Nat 51 e Pel Caç Nat 67, Cufar, 1970/72 (Luís de Sousa)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3429: Brasões, guiões ou crachás (1): CCAÇ 2797, Pel Caç Nat 51 e Pel Caç Nat 67, Cufar, 1970/72 (Luís de Sousa)





1. Mensagem de Luís de Sousa, Ex-Sold. Trms, CCaç 2797 (Cufar, 1970-72) (*), que vem inaugurar uma nova série no nosso blogue, Brasões, guiões e crachás:

Caros camaradas, esta é uma visita muito rápida. Tomei conhecimento do interesse do Luis Graça em proceder à recolha de Crachás dos agrupamentos que passaram pelo C.T.I.G., por isso aqui estou a trazer não só o da minha Companhia mas também os dos Pelotões de Nativos que estavam colocados em Cufar e com os quais interagimos durante aqueles quase dois anos.

Foi aliás graças à preciosa ajuda do Comandante do Pel Caç Nat 51, ex-Alf José Daniel Portela Rosa, que os recuperei.

É tudo por hoje. Um grande abraço para toda a Tabanca.

Luis de Sousa
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Nota de L.G.:

(*) O Luís de Sousa , da CCAÇ 2797, que esteve em Cufar entre 1970 e 1972, entrou para a nossa Tabanca Grande, em 14 de Setembro último. Na altura mandou-nos também uma lacónica, telegráfica mensagem:



Olá, amigos. Eu já ando aqui a rondar a Tabanca há uns tempos, e como sei que não é preciso pedir licença, olha, aqui estou eu!

Sou o Luís de Sousa e estive em Cufar entre Dezembro de 1970 e Agosto de 1972.Faz 36 anos no próximo dia 7 de Outubro que a minha Companhia, a CAÇ 2797 regressou. (...)

Pronto. Agora já sabem porque é que entrei. Prometo voltar com estórias lá de Cufar.

Até lá, um abraço para todos.

Luís de Sousa