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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25185: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte IV: a decisão, de 8fev74, de retirar o destacamento de Copá, defendido por 30 bravos da 1ª C/BCAV 8323/73 (Bajocunda, 1973/74)


Guiné > Zona leste > Setor L6 > Pirada > BCAV 8323/73 (1973/74) > 14 de fevereiro de 1974 > O 4º Grupo de Combate da 1ª C/BCAV 8323/73, homenageado na parada pelo ten cor Jorge Matias, um dia depois da sua retirada do destacamento de Copá (vd. carta de Canquelifá).

Foto: © António Rodrigues (2015). Todos os direitos reservados.   [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mais um exemplo, constante do livro da CECA (2015), onde se dá conta das dificuldades das NT no nordeste da Guiné (CAOP 2), no 1º trimestre de 1974: a pressão do IN sobre Copá, já aqui bastas vezes referida (a par da grande bravura dos nossos camaradas da 1ª C/BCAV 8323/73, que lá aguentaram durante quase 3 meses a fio, de 25nov73 a 14fev74), levou à decisão do Com-Chefe de mandar retirar o destacamento, fazendo regressar as 3 dezenas de militares à sua subunidade de origem  (que estava em quadrícula, no subsetor de Bajocunda, sendo Pirada a sede do sctor 6). (**)
 
Base naval do Alfeite da Marinha , 
30 de abril de 1974

Foto (e legenda): © Fernando Vaz Antunes (2014). Todos os direitos reservados. 
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



No tempo do gen Bethencourt Rodrigues, e segundo informação do próprio,  as NT estavam espalhadas por 225 guarnições (localidades), sendo:

  • 72 ocupadas exclusivamente por unidades e subunidades do Exército  e da Armada;
  • 82  por pessoal do Exército e Armadas e das milícias; 
  • e 71 só por subunidades de milícias. 

A preocupação então dominnte (mas que já vinha de trás, do tempo do Spínola) era reduzir o dispositivo para pouco mais de um terço. 

Nos Estudos Gerais da Arrábida (A descolonização portuguesa: Painel dedicado à Guiné, 29 de Julho de 1997), o general Bethencourt Rodrigues declarou taxataivamente, em resposta a uma pergunta sobre a sua intenção de concentrar o dispositibo militar: "Sim, planeava converter as 225 guarnições em 80 e tal. A dispersão é inimiga da eficácia. Mas já não tive tempo. " (***)

Pelo se que depreende da leitura destas duas decisões do Com-Chefe (de 2 e 8 de fevereiro de 1974), a manta já era curta demais para tapar todos os buracos: escasseavam recursos em homens e armas...

Em 1997, o general (no seu depoimento no livro "Africa: a vitória traída"...), não esconde "a gravidade da situação militar que se vivia na Guiné no 1º trimestre de 1974" (pág. 140), sem no entanto concluir que fosse desesperada... Em boa verdade,  a conclusão é "inconclusiva", remetendo para o leitor o ónus da resposta à falsa questão da guerra ganha/guerra perdida (do ponto de vista militar...
 
Decisões do Com-Chefe:

• Decisão de 2Fev74;

"1. As flagelações que o lN tem executado sobre Bajocunda, Canquelifá e especialmente sobre Copá, demonstram a sua intenção de exercer o esforço no NE do TO, possivelmente com o objectivo de, por abandono ou redução de uma guarnição, conseguir um êxito facilmente explorável pela sua propaganda e com consequências políticas.

2. As flagelações levadas a efeito em 2Fev74 conduzem à necessidade de aliviar a pressão do inimigo, permitindo a remodelação do dispositivo de Artilharia da zona afectada, o reabastecimento da guarnição de Copá e a manutenção das ligações terrestres com esta guarnição.

Nestas condições decido, em conformidade com o planeamento resultante da minha directiva n° 6:

a. Deslocar 2 CCaç Paraquedistas/BCP 12 para, sob o controlo operacional do CAOP 2, executarem esforço de patrulhamento ofensivo na faixa fronteiriça entre Bajocunda e Copá. Estas CCaç Paras marcham:

(1) A primeira, via aérea para Nova Lamego, no dia 3Fev.

(2) A segunda via marítima pelo Xime na noite de 3/4Fev.

b. Deslocar em meios aéreos em 4Fev via Nova Lamego, 2 GComb/ COE para, em coordenação com as Forças Paraquedistas actuarem como forças especiais.

c. Manter em Nova Lamego 2 helicópteros, 2 helicanhões e 2 "DO" para apoio das operações além dos resultantes meios disponíveis em alerta em Bissau.

d. Reforçar o dispositivo de Artilharia para colocação de 1 Pel Art (14 cm) em Bajocunda, permitindo por coordenação com os fogos do Pel Art (14 cm) de Canquelifá, um apoio eficiente à guarnição de Copá. [... ]"



• Decisão de 8Fev - Situação militar na região NE do TO

"1. Notícias que se vêm processando desde a época das chuvas p.p., levaram à conclusão que o lN poderia vir a exercer esforço nas zonas N e E do TO, sobre as guarnições de fronteira.

No início da presente época seca tais indícios foram-se avolumando, envolvendo, praticamente toda a zona fronteiriça com a Rep Senegal e a parte NE com Rep Guiné.

2. No princípio de Janeiro, o lN começou a concretizar no canto NE do TO (região Copá-Canquelifá) as intenções que lhe eram atribuídas, através de:

a. Fortíssimas e prolongadas flagelações sobre Copá e Canquelifá;

b. Acções eficazes de isolamento de Copá, negando às NT a utilização dos itinerários normais de reabastecimento (Bajocunda-Mansacunda-Maundé-Copá e Bajocunda-Amedalai-Dingas-
Copá) por implantação de minas conjugada com fortes emboscadas. [... ]

5. Assim, considerando que:

a. Copá só poderia manter-se:

- se fosse guarnecida com uma Companhia e um Pel Art;

- se o Batalhão de Pirada 
[BCAV 8323/73] fosse reforçado com uma Companhia de Intervenção, em especial destinada a manter abertos os itinerários de reabastecimento;

- se fosse possível garantir um adequado apoio aéreo permanente na zona.

b. A população abandonou Copá e as populações das povoações vizinhas foram raptadas pelo lN;

c. O Destacamento de Copá não tinha possibilidade de realizar acções de contrapenetração, mesmo de pequena amplitude, sendo sua missão principal conservar as populações na área;

d. Copá não tem aquartelamento (duas pequenas casas praticamente destruídas) nem obras de fortificação e organização de terreno que lhe permitam resistir a prolongadas flagelações;

e. É indispensável reduzir as vulnerabilidades criadas pela existência, sobre a fronteira, de guarnições com efectivo inferior a Companhia:

f. As guarmçoes deste tipo devem, progressivamente, serem substituídas por autodefesas e Pelotões de Milícias, alguns dos quais já estão em instrução;

g. Não se dispõe dos meios necessários aos reforços referidos em a., especialmente depois da zona já ter sido reforçada com uma Companhia da Reserva e Artilharia de 14 cm, para Canquelifá e Bajocunda, nem de meios aéreos e reservas que permitam fazer face ao adensamento da ameaça que se processa
sobre todas as guarnições ao longo da fronteira N;

Decido:

- Fazer recolher à sede da sua Companhia, em Bajocunda, o Destacamento de Copá.

-  Caso a área venha posteriormente a ser ocupada pelas populações, prever a instalação de unidades de milícias numa das povoações.

Para tanto:

- Deve o CAOP 2, reforçado com BCP12 (-1 Comp), montar uma operação para abrir o itinerário Bajocunda-Copá, recolher o Destacamento de Copá e recuperar os materiais nele existentes.

O CTIG e CZACVG darão o apoio necessário a esta operação mediante coordenação com o CAOP 2. [... ]"

Fonte: Excertos de: Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operaciona. Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015, pp.pp. 462/464.

[Revisão / fixação de texto, negritos e itálicos: LG]
____________

Notas do editor:


(***) Vd, poste de 4 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13097: (Ex)citações (230): Estudos Gerais da Arrábida > A descolonização portuguesa > Painel dedicado à Guiné (29 de Julho de 1997) > Depoimento do general Bethencourt Rodrigues (Excertos, com a devida vénia...)

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25179: Fichas de unidade (34 ): CCAÇ 797 (Tite, São João e Nhacra, 1965/67)

 

Guião da CCÇ 797 (Tite, São João e Nhacra, 1965/67) (Cortesia: Coleção Carlos Coutinho, 2009)


1. Não temos cópia da história da CCAÇ 797, uma subunidade que foi comandada pelo ex-cap inf Carlos Fabião (1930-2006) e a que pertenceu, entre outros,  o nosso "brasileiro de Cinfães", o ex-1º cabo radiolegrafista Nicolau Esteves (*). 

Isso não nos impede de saber um pouco mais das suas andanças na Guiné, entre abril de 1965 e janeiro de 1967.  Atuou sobretudo na região de Quínara (Sector Sul 1, S1, Tite).

Há algunas referências no livro da CECA (2014) sobre a atividade operacional desta companhia, sempre no Sector S1, Tite. Aqui vão:

  • 9Mai65 - Op Ivo

No dia 9Mai65, na operação "Ivo", forças da CCav 677 e CCaç 797 destruíram um acampamento com dois grupos de casas, em Aldeia Nova e em Gambinta, onde sofreram uma emboscada.

Foi capturada 1 granada de mão, várias munições e documentos. 

No dia seguinte surpreenderam um grupo lN em Flaque Intela, causando-lhe baixas não estimadas e capturando várias granadas de mão.

 As NT foram flageladas em Feninque e Biogate (CECA, 2014, pág. 312).

  • 29Mai65 - Golpe de mão a leste de Saliquinhe

(...) Em 29Mai, forças da CCaç 797 efectuaram um golpe de mão a leste de Saliquinhe, tendo destruído 5 casas que aparentavam ser local de reabastecimento do lN, pois continham grandes quantidades de arroz, "vinho" de cajú, medicamentos, camas novas, mosquiteiros, colchões de palha e almofadas

Foram detidos 61 nativos que anteriormente residiam na tabanca Gã Sene. (...)

  •  6Jun65 - Golpe de mão a norte de Jufá

(...) Em 6Jun65, forças da CCaç 797, durante um golpe de mão, destruíram um acampamento a norte de Jufá; o lN sofreu 2 mortos e foram capturadas 11 espingardas, 1 pistola metralhadora e outro material de guerra. (CECA, 2014, pág. 313).

  • 14Dez65 - Op Onça na península de Gampará

(...) Em 14Dez65, o BCaç 1860, através das CCaç 797 e CCaç 1420, realizou a operação "Onça", na península do Gampará.

O lN opôs resistência durante o desembarque das forças da CCaç 797 em Ganquecuta; emboscou por 2 vezes as mesmas forças na região de Gambachicha, causando 3 feridos e flagelou forças da CCaç 1420, perto de Tumaná, sofrendo 5 mortos.

 As NT fizeram 10 prisioneiros e capturaram 1 espingarda (CECA, 2014, pág. 324).

9-10Jan66 - Op Orfeu, golpe de mão a sul de Fulacunda

 Forças da CCaç 797(-) e da CCaç 1487(-) executaram um golpe de mão sobre o acampamento ln localizado a sul de Fulacunda.

O acampamento era constituído por 15 casas de mato que foram destruídas.

Foi feito 1 ferido ao lN e capturado 1 lança-granadas foguete, 3 espingardas e 1 pistola, além de documentos e outro material (CECA; 2014, pág, 387).

Fonte: CECA (2014, pág. 389)


  • 10Fev66 - Op  Osso em JUfá

 Esta operação foi realizada por forças das CCav 677(-), CCaç 797, CCaç 1487(-) e CPara(-). )

Foi destruída a tabanca de Jufa e capturada 1 pistola metralhadora, munições e material diverso.

Também aniquilado acampamento em Flaque Sunha e destruída grande quantidade de arroz; capturados documentos, munições e 1 pistola metralhadora. Destroçados acampamentos em Bissilão e Flaque Cibe. Feitos 10 prisioneiros e 6 mortos ao lN (CECQA, 2014, pág. 392)

30Mar66 - Op Narceja

(...) Forças das CCav 677(-), CCaç 797, CCaç 1487 e 2 GCmds "Os Apaches" e "Os Vampiros", realizaram uma batida na região de Gã Formoso e Ganduá Porto.

Na região de Gã Formoso, foram derrubados 3 acampamentos; causado ao l N 4 mortos e aprisionado 1. 

As NT apreenderam 10  espingardas e material diverso, tendo destruído grande quantidadede arroz. Destruído 1 acampamento em Bedeta, causado ao lN 1 morto e capturada 1 espingarda e outro material.

 As NT sofreram 7 feridos (CECA, 2014, pp. 392/393)

  • 25Mai66 - Op Quezília

(...) Esta operação teve por objectivo uma batida às matas de Aldeia Nova, Vanandim, Gã Saúde, Louvado e Bila. Foi efectuada por forças da CCaç 1549 (-), 1 GComb/CCaç 797, 1 GComb/CCaç 1487 e 1 GComb/CCaç 1499.

As forças destruíram dois acampamentos e duas tabancas lN, capturando material, munições e documentos diversos. Foram destruídas grandes quantidades de arroz, chabéu", óleo de palma,gado e vários utensílios domésticos e recuperados 20 elementos da população das tabancas de Louvado e Bila. As NT causaram ao ln 3 mortos e várias baixas prováveis. (CECA, 2014, pág. 402)

(...) O conjunto de operações mais interessantes do período foi realizadono o Sector SI e correspondeu à batida sucessiva dos compartimentos de terreno a leste do rio Louvado

Da Op Osso, em que se procedeu à destruição extensiva dos recursos lN, resultou a diminuição do número de flagelações a Jabadá e na bolanha do rio Louvado. As operações Nebri e Narceja realizadas mais a leste foram caracterizadas por incidentes que obrigaram a uma constante adaptação do planeamento à evolução da situação; os resultados da última operação foram particularmente prejudicados quando, num golpe de sorte, o lN conseguiu imobilizar um helicóptero na zona de acção.

Foram alteradas as missões das Unidades para se garantir a protecção da aeronave, verificando-se uma excelente colaboração dos elementos dos três ramos das Forças Armadas que participaram no incidente. (CECA, 2014, pág. 397)

Anexo n° 1 - Ordem de Batalha - 1 de Julho de 1965 (CECA, 2014, pág. 347)

(...) c. Agrupamento 17 (CECA; 2014, pág. 353)

(1) Comando - Zona Sul Bolama

(2) BCAÇ 599

- Comando - Sector Sl Tite

- CArt 565 Fulacunda

- CCav 677 (-) S. João

- 1 Sec/CCav 677 Ilha das Galinhas

- CCaç 797 (-) Tite | - 1 Pel/CCaç 797 Enxudé

- C I M Bolama

- 1 Pel CIM Ilha das Cobras

- Pel Caç 955 Jabadá

- Pel Mort 912 (-) Jabadá

- 1 Sec/Pel Mort 912 no Sector do BCaç 619

- Pel AMetr "Daimler" 807 (-) Tite

- 2 AMetr do Pel AMetr "Daimler" 807 Jabadá (...) 

Anexo n° 3 - Ordem de Batalha - 1 de Julho de 1966 (CECA, 2014, pág, 463)

(...) Agrupamento 1975 - Comando Zona Sul  (CECA, 2014, pág. 472)

(...) • BCAÇ 1876 (CECA, 2014, pp. 475/476)

- Comando - Sector B Bissau

- CCaç 1488(-) Quinhámel

- 1 Pel Ilondé

- 1 Sec(+) Orne

- 1 Sec P.Vicente da Mata

- CCaç 1565 Bissau

- CCaç 728 Bissau

- CCaç 797(-) Nhacra  | - 1 Pel Safim | - 1 Sec(+) Ponte de Ensalmá | - 1 Sec(+) João Landim

- Pel Mort 1087 Bissau

- Pel AMetr "Daimler" 997(-) Bissau

- 2 AMetr na BA 12

- Comp Milícia 1O(-) Safim

- 1 Pel Nhacra (...) 

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume:  aspectos da actividade operacionaç Tomo II: Guiné, Livro I. Lisboa: 2014. pp. 314/316.
______________

2. Ficha de unidade > Companhia de Caçadores n.º 797


Identificação: CCaç 797
Unidade Mob: RI 1 - Amadora
Cmdt: Cap Inf Carlos Alberto Idães Soares Fabião
Divisa: -
Partida: Embarque em 23Abr65; desembarque em 28Abr65 | Regresso: Embarque em 19Jan67

Síntese da Atividade Operacional

Após o desembarque, seguiu imediatamente para Tite, onde substituíu a CCaç 423, em 29Abr65, ficando com a missão de intervenção e reserva do BCaç 599 e depois do BCaç 1860 e guarnecendo com um pelotão o destacamento de Enxudé

Na função de intervenção, tomou parte em diversas operações efectuadas no sector, de que se destacam as acções nas regiões de Gã Saúde e Jufá, em que capturou 2 metralhadoras e 14 espingardas e nas regiões de Bissa0lão, Gampari e Gã Formoso.

Em 20 e 26Abr66, por troca por fracções com a CCav 677, foi colocada em S. João mantendo o pelotão de Enxudé e destacando ainda um pelotão para Jabadá, de 13Mai66 até 30Mai66. 

Em 30Mai66 e 03Jun66, foi rendida pela  CCaç 1566, por fracções, deslocando-se então para Nhacra.

Em 6Jun66, assumiu a responsabilidade do subsector de Nhacra, com destacamentos em Sanfim e João Landim, rendendo a CCav 1484 e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1876, com vista à segurança e protecção das instalações e das populações da área.

Em 16Jan67, foi rendida no subsector de Nhacra pela CCaç 1487, a fim de efectuar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n.º 94 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 339
___________

Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


16 de fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25175: Faceboook...ando (51): seleção do álbum fotográfico de Nicolau Esteves, o "brasileiro de Cinfães", ex-1º cabo radiotelegrafista, CCAÇ 797 (Tite, São João e Nhacra, 1965/67) - II (e última)

(**) Último poste da série > 11 de janeiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25056: Fichas de unidade (33): BCAÇ 3883 (Piche, 1972/74), CCAÇ 3544 (Buruntuma), CCAÇ 3545 (Canquelifá) e CCAÇ 3546 (Piche)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25177: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Anexos: II. Comandos Africanos: breve cronologia.

 

Capa do livro "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il., edição esgotada) 




O autor, em Bafatá, sua terra natal, por volta de meados de 1966.
(Foto reproduzida no livro, na pág. 149)


1. Ainda com base no manuscrito, digitalizado, do livro do Amadu Bailo Djaló, "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il., edição esgotada) (*), vamos publicar os "Anexos" (pp. 287-299).

O nosso camarada e amigo Virgínio Briote, o editor literário ou "copydesk" desta obra , facultou-nos uma cópia digital. (O Virgínio, com a sua santa paciência e a sua grande generosidade, gastou mais de um ano a ajudar o Amadu a pòr as suas memórias direitinhas em formato word, a pedido da Associação dos Comandos, a quem, de resto, manifestamos também o nosso apreço e gratidão...).

O Amadu Djaló, membro da Tabanca Grande, desde 2010, tem mais  de 120 referências no nosso blogue. Tinha um 2º volume em preparação, que a doença e a morte não lhe permitaram ultimar. As folhas manuscritaas foram entregues ao Virgínio Briote com a autorização para as transcrever (e eventualmente publicar no nosso blogue). Desconhecemos o seu conteúdo, mas já incentivámos o nosso coeditor jubilado a fazer um derradeiro esforço para transcrever, em word, o manuscrito do II volume (que ficou incompleto). E ele prometei-nos que ia começar a fazê-lo, "para a semana"...

Anexos


II. Comandos Africanos: breve cronologia (pp. 288/289)

  • 23Abr69:

despacho do Governador e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, Brigadeiro António de Spínola, determinando a selecção de militares destinados à formação de quadros destinados à Companhia de Comandos a organizar oportunamente e constituídos na sua totalidade por elementos guineenses;

  • 14Jul69:

início do estágio de instrução de quadros para a futura Companhia de Comandos Africana, a cargo da 15ª CCmds (Capitães Garcia Lopes e Barbosa Henriques).

  • 6Set69:
final do estágio de instrução;

  • 5Dez69:

colocação na CCmds Africana de 1ºs  cabos milicianos do recrutamento da Guiné, do 1º Curso de Sargentos Milicianos efectuado em Fá Mandinga, sob a responsabilidade da 15ª CCmds;
  • 5Jan70:

início da recruta de militares do 1º turno de 1969 e dos voluntários para a formação da 1ª CCmds Africana, a iniciar em 14 de Fevereiro de 1970 (em Fá Mandinga, Sector L1, Bambadinca);
  • 13Fev70:

cerimónia de graduação de oficiais e sargentos que foram integrar a CCmds Africana;

  • 14Fev70:

início da 1ª fase do curso de Comandos;

  • 21Jun / 15Jul70:

treino operacional na região de Bajocunda;

  • 15Jul70:

fim do curso em Fá Mandinga e constituição da 1ª CCmds Africana, comandada pelo Tenente Graduado João Bacar Jaló, tendo como supervisor o Major Comando Leal de Almeida; colocada em Fá Mandinga, ficou como unidade de intervenção e reserva do Com-Chefe; a partir desta data, manteve-se em reforço do COT 1, em face do aumento da pressão IN. na área, até finais de Set70, tendo recolhido depois a Fá;

  • 30out-7nov70:

foi atribuída como reforço ao sector L1 (Bambadincva), efectua operações no Enxalé;

  •  21/22 Nov70:

operação “Mar Verde”, Conakry.

  • princípios de Dez70 / finais de Jan/71:

destacou 3 pelotões para reforço temporário das guarniçõe de Gadamael e Guileje;

  • de fevereiro a meados de Julho de 1971:

reforço a outros sectores, fez operações  nas zonas de Nova Sintra, Brandão, Jabadá e Bissássema;

  • 12Jun/20Set71:

2º curso de Comandos Africanos; c onstituição da 2ª CCmds Africana e recompletamento da 1ª CCmds; nomeados supervisores da 2ª e 1ª CCmds Africanas os Capitães Comandos Miquelina Simões e Ferreira da Silva.


  • de finais de Julho até Agosto de 1971,

a 1ª CCmdfs esteve em Bolama para recuperação, deslocando-se depois pra Brá, Bissau, nas instalações do futur0 BCmds da Guiné:

  • 30Nov71:

criado o Destacamento de Unidades de Comandos em Brá, sob o comando do Major Leal de Almeida, sendo 2º Comandante o Capitão Miquelina Simões, acumulando com o cargo de supervisor da 2ª CCmds Africana;

  • Out71/set72
a 1ª e a 2ª CCmds Africanos participam, em conjunto,  em ações em Candocea Beafaa (6Out71), Choquemone (18-12Out71), Tancroal (29Out/1Nov71),MOrés (20/24Dez71 e 7-12Fev72),Gussará-Tambicoó (30Mai-3Jun72),pensínsula de Gampará (11-15Nov71 e 24/28Nov71), Caboiana-Churo(28Ab-1Mai72, 26/28JJun72,19/21Dez72) e na região de Salancaur-Unal-Guileje (28Mar-8Abr72).

  • 30Jun/30Set72:

3º curso de Comandos Africanos em Fá Mandinga, destinado à formação da 3ª CCmds;

  • 29Set72:

extinção do Destacamento de Unidades de Comandos;

2Nov72:

nomeação do Comandante e 2º Comandante do BCmds da Guiné, respectivamente o Major Comando Almeida Bruno e Capitão Comando Raul Folques, tendo como supervisores os Capitães Comandos Baptista da Silva da 1ª CCmds, Miquelina Simões da 2ª, Baptista Serra, da 3ª e Matos Gomes da 1ª CCmds.
  • 3Nov72:

cerimónia da constituição do Batalhão de Comandos da Guiné, com a presença do Governador e Comandante-Chefe, onde foram entregues os crachás aos novos Comandos, graduados oficiais e sargentos e entregues os guiões à 3ª CCmds e ao Batalhão de Comandos da Guiné;

  • 1Abr73:

extintas as equipas de supervisão.

  • 30Mai73:

nomeação de uma equipa do BCmds para representarem as Tropas Africanas do CTIG na exposição “Paz e Progresso”, realizada em Lisboa, entre 10 e 24 de Junho de 1973;

  •  29Jun73:

comemorado pela 1ª vez na Guiné o “Dia do Comando”, com a presença do General Comandante-Chefe e de todos os Comandantes, Directores e Chefes da Armada, Exército e Força Aérea: nesta cerimónia, os Comandos do 4º curso juraram Bandeira e receberam os crachás e foram graduados novos oficiais e sargentos; o comando do Batalhão de Comandos da Guiné foi entregue ao Major Raul Folques.

  • 1Mar/29Jun73:

4º curso de Comandos;

  • 15Nov73/31Jan74:

5º curso de Comandos;

  • 7/Set974
extinção do BCMds da Guiné.



Guiné > Brá > 1973 > O furriel graduado 'comando' Cicri Vieira a cumprimentar o Major Raul Folques, comandante do Batalhão de Comandos da Guiné (no período de 28jul73 a 30abr74) (O major Raul Folques sucedeu ao major Almeida Bruno). (Foto publicada no livro do Amadu Djalõ, na pág. 197).





Lisboa >  2009 >  Da esquerda para a direita, o cor inf 'comando' ref Raul Folques e o ten general 'comando' ref Almeida Bruno (os dois primeiros comandantes do Batalhão de Comandos da Guiné, e ambos Torre e Espada) e o saudoso grã-tabanqueiro Amadu Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015).

Foto (e legenda): © Virgínio Briote (2015). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Fichas de unidade (CECA, 2002)


Batalhão de Comandos da Guiné

Identificação: BCmds

Crndt: Maj Cav Cmd João de Almeida Bruno | Maj Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folgues | Maj Inf Cmd Florindo Eugénio Batista Morais

2º Crndt: Cap Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folgues | Cap Inf Cmd João Batista Serra | Cap Cav Cmd Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes | Cap Art Cmd José Castelo Glória Alves

Início: 02Nov72 | Extinção: 07Set74

Síntese da Actividade Operacional

A unidade foi criada, a título provisório, em 2Nov72, a fim de integrar as subunidades de Comandos da Metrópole em actuação na Guiné e também as CCmds Africanas, passando a superintende no seu emprego operacional e no seu apoio administrativo e logístico.

Em 1Abr73, o BCmds foi criado a título definitivo, tendo a sua organização sido aprovada por despacho de 21Fev73 do ministro do Exército..

Desenvolveu intensa actividade operacional, efectuando diversas operações independentes em áreas de intervenção do Comando-Chefe ou em coordenação com os batalhões dos diferentes sectores onde as suas forças foram utilizadas, nomeadamente nas regiões de Cantanhez (operação "Falcão Dourado", de 15 a 19Jan73, e operação "Kangurú Indisposto", de 21 a 23 Mar73); de Morés (operação "Topázio Cantante", de 25 a 27Jan73); de Changalana-Sara (operação "Esmeralda Negra", de 13 a j 6Fev73); de Morés e Cubonge (operação "Empresa Titânica'', de 27Fev73 a 0IMar73); de Samoge-Guidage (operação "Ametista Real", em 20 e 2IMai73); de Caboiana (operação "Malaquite Utópica", de 21 a 22 Jul73 e operação "Gema Opalina", de 24 a 27Set73); de Choquernone (operação "Milho Verde/2", de 14 a 17Fev74); de Biambifoi (operação "Seara Encantada", de 22 a 26Fev74) e de Canguelifá (operação "Neve Gelada", de 21 a 23Mar74), entre outras. As suas subunidades, em especial as metropolitanas, foram ainda atribuídas em reforço de outros batalhões, por períodos variáveis, para intervenção em operações específicas ou reforço continuado do respectivo sector.

Das operações efectuadas, refere-se especialmente a operação "Ametista Real", efectuada de 17 a 20Mai73, em que, tendo sofrido 14 mortos e 25 feridos graves, provocou ao inimigo 67 mortos e muitos feridos, destruindo ainda 2 metralhadoras antiaéreas e 22 depósitos de armamento e munições com 300 espingardas, 112 pistolas-metralhadoras, 100 metralhadores ligeiras, 11 morteiros, 14 canhões sem recuo, 588 lança-granadas foguete, 21 rampas de foguetão 122, 1785 munições de armas pesadas, 53 foguetões de 122,905 minas e 50.000 munições de armas ligeiras.

Destacou-se também, pela oportunidade da intervenção e captura de 3 morteiros 120,367 granadas de morteiro, 1 lança granadas foguete e 2 espingardas e 26 mortos causados ao inimigo, a acção sobre a base de fogos que atacava Canquelifá, em 21Mar74.

Em 20Ag074, as três subunidades de pessoal africano foram desarmadas, tendo passado os seus efectivos à disponibilidade.

Em 7Set74, o batalhão foi desactivado e exinto.

Observações - Não tem História da Unidade.

CECA (2002), pp. 646/647

1ª Companhia de Comandos Africanos

Identificação:  1ª CCmdsAfr

Crndt: Cap Grad Cmd João Bacar Jaló |Ten Grad Cmd Abdulai Queta Jamanca | Ten Grad Cmd Cicri Marques Vieira | Cap Grad Cmd Zacarias Saiegh

Início: 9Ju169 | Extinção: 7Set74

Síntese da Actividade Operacional

Foi organizada em Fá Mandinga a partir de 09Ju169, exclusivamente com pessoal natural da Guiné e foi formada com base em anteriores Grupos de Comandos existentes junto dos batalhões, tendo iniciado a sua instrução em 6Fev70 e efectuado o juramento de bandeira em 26Abr70.

A subunidade ficou colocada com a sede em Fá Mandinga, com a missão de intervenção e reserva do Comando-Chefe, após ter terminado o seu treino operacional na região de Bajocunda, de 2IJun70 a 15Ju170, e onde, seguidamente, se manteve em reforço do COT 1, em face do aumento da pressão
inimiga na área, até finais de Set70, tendo então recolhido a Fá Mandinga.

A partir de 300ut70, foi atribuída em reforço de vários sectores, tendo tomado parte em operações nas regiões de Enxalé, de 300ut70 a 07Nov70, na zona de acção do BArt 2927; de Nova Sintra, Brandão, Jabadá e Bissássema, de Fev71 a meados de Julho71, em reforço do BArt 2924. 

Tomou ainda parte na operação "Mar Verde", em 21 e 22Nov70, em acção sobre Conacri e destacou três pelotões para reforço temporário das guarnições de Gadamael e Guileje, de princípios de Dez70 a finais de Jan71.

Em finais de Ju171, seguiu de Tite para Bolama, para um curto período de descanso e recuperação, tendo, em meados de Ago71, passado a ficar instalada em Brá (Bissau), nas instalações do futuro BCmds.

Seguidamente, passou a efectuar operações conjuntas com a 2ª CCmds Afr, em regiões diversas, nomeadamente nas regiões de Cancodeá Beafada, em 60ut71; do Choquemone, de 18 a 220ut71; de Tancroal, de 290ut71 a 1Nov71; do Morés, de 20 a 24Dez71 e de 7 a 12Fev72; de Gussará-Tambicó, de 30Mai72 a 3Jun72 e ainda as operações preparatórias e de consolidação da instalação do COP 7 na pensínsula de Gampará (operação "Satélite Dourado", de 11 a 15Nov71 e a operação Pérola Amarela", de 24 a 28Nov71). 

Tomou também parte em operações desenvolvidas pelo CAOP 1, na região de Caboiana-
-Churo, de 28Abr71 a 1Mai72, de 26 a 28Jun72 e de 19 a 21Dez72 e pelo COP 4, na região de Salancaúr-Unal-Guileje, de 28Mar72 a 08Abr72.

Em 2Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, tendo tomado parte em todas as operações planeadas e comandadas por este e tendo ainda sido atribuída algumas vezes para realização de operações desenvolvidas pelos sectores ou comandos equivalentes.

A 1ª CCmdsAfr foi desactivada e extinta em 7Set74, com as restantes forças do BCmds.

Observações - Não tem História da Unidade.

CECA (2002), pp. 648/649

2ª Companhia de Comandos Africanos

Identificação 2.a CCmdsAfr
Cmdt: Ten Grad Cmd Mamadu Saliu Bari | Ten Grad Cmd Adriano Sisseco | Ten Grad Cmd Armando Carolino Barbosa
Início: 15Abr71 | Extinção: 7Set74

Síntese da Actividade Operacional

Foi organizada e instruída em Fá Mandinga a partir de 15Abr71 exclusivamente com pessoal africano natural da Guiné e foi formada com base em anterior Grupos de Comandos existentes junto dos batalhões e com graduados vindos da 1ª CCmds Afr, tendo realizado o treino operacional de 28Ag071 a 23Set71, o qual incluiu a participação em operações realizadas nas regiões de Sancorlá-Cossarandim e Ponta Varela, no sector do BArt 2917.

A subunidade ficou colocada em Fá Mandinga, com a função de intervenção e reserva do Comando-Chefe, tendo sido atribuída inicialmente ao BArt 2917, com vista à realização de operações nas regiões de Malafo-Enxalé, em 10/11Set71 e Gã Júlio, de 2 a 40ut71.

Em meados de Out71, passou a ficar instalada em Brá (Bissau) nas instalações do futuro BCmds, em conjunto com a 1ª CCmds Africana com a qual passou a tomar parte em operações realizadas em regiões diversas, nomeadamente nas regiões de Cancodeá Beafada, em 60ut71; do Choquemone, de18 a 220ut71; de Tancroal, de 290ut71 a 01Nov71; do Morés, de 20 a 24Dez71 e de 7 a l2Fev72; de Gussará-Tambicó, de 30Mai72 a 03Jun72 e ainda as operações preparatórias e de consolidação da instalação do COP 7 na península de Gampará (operação "Satélite Dourado", de l l a 15Nov71 e
operação "Pérola Amarela", de 24 a 28Nov71.

Tomou também parte em operações desenvolvidas pelo CAOP 1 na região de Caboiana-Churo, de 28Abr71 a IMai72, de 26 a 28Jun72 e de 19 a 21Dez72 e pelo COP 4, de 28Mar72 a 08Abr72. 

Realizou ainda operações em diversas zonas de acção, nomeadamente na região de Suarecunda, em 17Jan72 e de 18 a 21Mai72, no sector do BCaç 3832 e de Sare Bacar, em 06Mai72, no sector do BCav 3864, entre outras.

Em 2Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, tendo tomado parte em toda as operações planeadas e comandadas por este batalhão e tendo ainda sido atribuída algumas vezes para realização de operações desenvolvidas pelos sectores ou comandos equivalentes.

A 2ª CCmds Afr foi desactivada e extinta em 07Set74, com as restantes forças do BCmds.

Observações - Não tem História da Unidade.

CECA (2002), pp. 650/51

3ª Companhia de Comandos Africanos

Identificação: 3ª  CCmds Afr

Crndt: Alf Grad Cmd António Jalibá Gomes |  Ten Grad Cmd Bacar Djassi | Alf Grad Cmd Aliú Fada Candé | Alf Grad Cmd Malan Baldé

Início: 14Abr72 | Extinção: 07Set74

Síntese da Actividade Operacional

Foi organizada e instruída em Fá Mandinga a partir de 14Abr72 até 16Set72, para concretização do despacho de 3Mar72 do CCFAG, sendo constituída exclusivamente com pessoal africano natural da Guiné, recrutado nas subunidades africanas da organização territorial e das subunidades de milícias e com graduados vindos das anteriores CCmds Afr, tendo a imposição das insígnias de "comando" sido efectuada na cerimónia de criação do BCmds, em 2Nov72.

Em 2Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, ficando instalada em Brá (Bissau) e tomando parte nas operações planeadas e comandadas por aquele batalhão. Algumas vezes foi atribuída para realização de operações desenvolvidas por sectores ou comandos equivalentes, nomeadamente na região de CampadaJ Barraca Banana, em 4Dez72, no sector do BCav 3846.

A 3ª CCmds Afr foi desactivada e extinta em 7Set74, com as restantes forças do BCmds.

Observações -  Não tem História da Unidade.

CECA (2002), pág. 652

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 648/652.
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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25173: Faceboook...ando (50): seleção do álbum fotográfico de Nicolau Esteves, o "brasileiro de Cinfães", ex-1º cabo radiotelegrafista, CCAÇ 797 (Tite, São João e Nhacra, 1965/67) - Parte I

 

Foto nº 1 > Cartão de Boas Festas e Feliz Ano Novo.  Ao canto superior direito o brasão da CCAÇ 797. Na foto, o 1º caboradiotelegrafista Esteves a escrever para a famíçia e amigos. Local: tudo indica que seja Tite (onde a companhia esteve cerca de um ano, até abril de 1966). 


Foto nº 2 >  o 1º cabo radiotelegrafista Esteves lendo, na cama,um livro, cujo título não onseguimos identifiar


Foto nº 3 > O T/T Uíge que transportou o pessoal da CCAÇ 797 em abril de  1965



Foto nº 4 > O  1º cabo radiotelegrafista Esteves no regresso de saída para o mato com "banho de bolanha"... A G3 sem carregador...
 


Foto nº 5 > Na capela do quartel de Tite, sector sul,  Se  (Tite)

 A N. Sra. de Fatima também  nas matas da Guiné. . 


Foto nº 6 > Mais uma foto para a família... em Cinfães, na serra de Montemuro.


Foto nº 7 > Brindando à vida, à camaradagem, à amizade


Foto nº 8 > "A nossa equipa de futebol" (o Esteves  usa o termo "time", à brasileira)


Foto nº 9 > "Beira rio em São João" (já em 1966)... O Esteves será o camarada da  direita. 


Foto nº 10 > Quartel de Tite (c. 1965/66)

Fotos (e legendas): © Nicolau Esteves (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Nicolau Esteves, Susano, São Paulo, Brasil


1. Uma seleção do álbum fotográfico do ex-1º cabo radiotelegrafista Nicolau Esteves. A apresentação é dele, de acordo com a sua página no Facebook. As fotos (menos de 3 dezenas, de qualidade muito desigual, algumas delas riscadas), foram disponibilizadas em 20 de junho de 2016 na sua página do Facebook.  Foram selecionadas e editadas por nós. Os créditos fotográficos continuam a ser, obviamente,  do nosso camarada Esteves.

A sua publicitação nesta série ("Facebook...ando") e no nosso blogue ("Luís Graça & Camaradas da Guiné" ) permite que cheguem a um público mais vasto, e nomeadamente aos antigos combatentes da Guiné (1961/74), incluindo os seus camaradas de armas da CCAÇ 797, que passaram por Tite, São João e Nhacra. Publicaremos proximamente a II (e última) parte.

Na sua maioria as fotos não trazem legendas, e algumas estão em mau estado,  mas no essencial foram tiradas em Tite e em São João. Ficamos a  saber que o Esteves é natural de Cinfâes (portanto, vizinho da Quinta de Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses; a quinta fica em contato visual com Cinfães, com o rio do Douro pelo meio, estando em frente à serra de Montemuro). 

Emigrou para o Brasil, muito provavelmente depois da "peluda". Faz anos  a 27 de janeiro. Casou com a Cilinha Esteves em 7 de setembro de 1973. O casal tem filhos e netos já criados no Brasil. Este "brasileiro de Cinfães" é pois mais um portuguès das sete partidas que foi engrossar a diáspora lusitana. Vê-se, pelo que vai postando, que tem orgulho e saudades da sua/nossa terra.

Fica convidado a integrar, de pleno direito, a nossa Tabanca Grande, juntando-se aos 884 camaradas e amigos da Guiné que já lá estão (entre vivos e mortos). Até ao momento é apenas amigo do Facebook da Tabanca Grande (temos alguns, poucos, amigos comuns).

Temos escassas 15 referências à CCAÇ 797 (Tite, São João e Nhacra, 1965/67). Não há nenhum camarada desta subuniddae reistado formalmente na Tabanca Grande. Em tempos (11 e 13 de dezembro de 2022) fomos contactdos pelo ex-furriel miliciano, da CCAÇ 797, a propósito do malogrado Julio Lemos Martins (que era de Ponte de Lima), desaparecido no rio Louvado. 
 "Sou o nº 8 da foto e fui camarada do Júlio Lemos no infortúnio do rio Louvado. Vivo desde 1976 no Canadá. Eu e o Júlio éramos os responsáveis desse grupo de combate nesse fatídico dia. A partir dai nunca mais vivi"....

Também temos referência ao ex-fur trms, Henrique A. Mendes, através de correspondência com a filha. (Ele seguiu depois a carreira militar.)

Sobre o antigo cap inf Carlos Fabião temos 60 referências. (Fez 3 comissões na Guiné.)


"Fotos do período em que estive em combate na Guiné-Bissau (1965/1967)" 

 (Nicolau Esteves)


(i) "Desembarcou em Bissau em 29/04/1965, tendo viajado no barco Uíge;

(ii) Foi "inicialmente enviado a Tite, passando por São João e finalmente Nhacra";

(iii) Em Tite pertenceu ao BCAÇ 1860 e passou a integrar a Companhia de Caçadores 797 (CCAÇ 797), "Camelos";  o lema era: "O inimigo teme sempre quem não o mostrar temer";

(iv) Exerceu "a função de 1º Cabo Radiotelegrafista do Comando da Companhia, liderada pelo Comandante Carlos Alberto Idães Soares Fabião";
 
(v) Vive em Susano, Estado de São Paulo, Brasil;

(vi) Tem página no Facebook e é amigo do Facebook da Tabanca Grande;

(vii) Há dias comentou,  num um dos nossos postes: "No meu tempo, 65/67, um soldado ganhava 450 escudos, o cabo 900 e eu ganhva maís 300 de prémios de especialidade no caso, 1º cabo radiotelegrafista. Naquele tempo, não tendo onde gastar ainda deu para juntar uns trocados" (Facebook da Tabanca Grande, 13 fev 2024, o1:48)

Em suma, à volta (ou a pretexto) de umas fotos do nossos álbuns, podemos sempre contar mais umas histórias, colmatando lacunas dos registos oficiais ou oficiosos da nossa guerra A CCAÇ 797 teve uma atividade operacional intensa. Sabemos muito pouco das suas histórias, a não a ser o que já se escreveu sobre o desastre no rio Louvado.


Guião da CCAÇ 797 (Cortesia: Coleção Carlos Coutinho, 2009)


2. Ficha de unidade > Companhia de Caçadores n.º 797


Identificação: CCaç 797
Unidade Mob: RI 1 - Amadora
Cmdt: Cap Inf Carlos Alberto Idães Soares Fabião
Divisa: -
Partida: Embarque em 23Abr65; desembarque em 28Abr65 | Regresso: Embarque em 19Jan67

Síntese da Atividade Operacional

Após o desembarque, seguiu imediatamente para Tite, onde substituíu a CCaç 423, em 29Abr65, ficando com a missão de intervenção e reserva do BCaç 599 e depois do BCaç 1860 e guarnecendo com um pelotão o destacamento de Enxudé

Na função de intervenção, tomou parte em diversas operações efectuadas no sector, de que se destacam as acções nas regiões de Gã Saúde e Jufá, em que capturou 2 metralhadoras e 14 espingardas e nas regiões de Bissa0lão, Gampari e Gã Formoso.

Em 20 e 26Abr66, por troca por fracções com a CCav 677, foi colocada em S. João mantendo o pelotão de Enxudé e destacando ainda um pelotão para Jabadá, de 13Mai66 até 30Mai66. 

Em 30Mai66 e 03Jun66, foi rendida pela  CCaç 1566, por fracções, deslocando-se então para Nhacra.

Em 6Jun66, assumiu a responsabilidade do subsector de Nhacra, com destacamentos em Sanfim e João Landim, rendendo a CCav 1484 e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1876, com vista à segurança e protecção das instalações e das populações da área.

Em 16Jan67, foi rendida no subsector de Nhacra pela CCaç 1487, a fim de efectuar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n.º 94 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 339
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Nota do editor LG:

Último poste da série > 14 de janeiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25070: Facebook...ando (49): O Fernando Moreira (1950-2021), ex-fur mil trms, CCS/BCAÇ 3883 (Piche, 1972/74) terá sido o último militar do exército a falar pela rádio com o ten pilav Castro Gil (1950-1979) antes do abate do seu Fiat G-91 R/4, "5437", por um Strela, em 31/1/1974, sob os céus de Canquelifá

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25168: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte III: a CCAÇ 3545, de Canquelifá, no início de abril de 1974, "à beira da exaustão física e emocional"


Lisboa > Base Naval do Alfeite > 30 de abril de 1974 > Da esquerda para a direita: Coronel António Vaz Antunes, Brigadeiro Leitão Marques, General Bethencourt Rodrigues e Coronel Hugo Rodrigues, todos oficiais afastados no Golpe Militar de 26 de Abril em Bissau. Fotografia obtida já no Alfeite, em Lisboa no dia 30 de Abril de 1974. Fonte: arquivo do filho do cor inf António Vaz Antunes, o engº Fernando Vaz Antunes (que vive em Mafra), e a quem agradecemos a gentileza  (*).

Foto (e legenda): © Fernando Vaz Antunes (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A 23ª hora, a das "hienas", o da "lobo" (nome da hiena na Guiné-Bissau, conforme a linguagem dos contos populares em crioulo)...

Também o último governador e com-chefe do CTIG, gen Bethencourt Rodriges, subtituto do lendário Spínola, teve a sua 23ª hora...  E acabou por ser derrotado não pelos "leões", mas pelas "hienas"...

Sem querer denegrir a sua folha de serviços (foi um brilhante militar, como tantos outros   
que "serviram Portugal em África", uma frase "redonda" e "barroca"...), achamos que foi sobretudo um erro de "casting": acabou por ser sacrificado no "altar da Pátria" pela visão míope de um senhor professor catedrático, especialista em direito administrativo, Marcello Caetano, delfim mal amado de Salazar, prisioneiro da extrema-direita do regime do Estado Novo, a quem faltou o golpe de génio, a grande leitura da história de Portugal e do Mundo, o rasgo de liderança dos "homens grandes" da Pátria,  para enfrentar, ética, moral, estratégica e politicamente, uma situação de guerra que se estava a degradar a olhos vistos, nomeadamente na Guiné e em Moçambique...  

O "herói do leste de Angola", o gen Bethencourt Rodrigues, o melhor do seu curso da Escola do Exército (que reminou em 1939),  atolou-se nas "bolanhas" da Guiné, e nas arnadilhas da política (ou do seu vazio...) e sobretudo foi incapaz de acrescentar um "suplemento de alma" a um exército (metade metropolitano e metade guineense, como ele ele próprio reconheceu mais tarde, em 1977, no seu "testamento político-militar" ("traído, vencido e pouco convencido") (**),  que estava cansado da guerra, e de combater sem um fim à vista e sem novos meios para fazer frente à nova estratégica do PAIGC (e dos seus poderosos aliados), que era a do tradicional "bate e foge", mas agora a partir das fronteiras (refugiando-se impunemente nos seus  santuários do Senegal e da Guiné-Conacri, onde Portugfal não poderia atuar, retaliando, sob pena de graves sanções internacionais, e de escalada do conflito,  sobretudo depois da desastrada Op Mar Verde, de 22 de novembro de 1970).

Nada correu bem a Bethencourt Rodrigues, para mais quando vai tomar posse a seguir à declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau, e passado um mês e tal  começa a "época seca" (novembro-maio), altura em que o "urso" do PAIGC saía da sua letargia,,, retomando a sua atividade operacional... As "hienas" sempre foram um predador oportunístico... E o Amílcr Cabral, nunca tendo "cão", depressa ensinou os seus correlegionários a caçar com "gato"...

Bethencourt Rodrigues podia ter fechado a guerra com chave de ouro, abrindo as portas da paz e da solução política, negociada, do conflito, eventualmente com intermediação internacional... Mas, não, foi mais um militar político,  prisioneiro da estratégia suicidária do "orgulhosamente sós"...Em 26 de abril de 1974 acaba "nas teias da traição"... Sem honra nem glória. (*)

Mas voltemos à situação no terreno: o próprio general reconhece que "a gravidade (sic) da situação  militar que se vivia na Guiné nº 1º trimestre de 1974" (in "África: a vitória traída", op. cit, 2007, pág.  140).  E a prova disso foi a obssessão do general com a alterações do dispositivo: "planeava converter as 225 guarnições em 80 e tal. A dispersão é inimiga da eficácia. Mas já não tive tempo" (disse ele, nos "Estudos Gerais da Arrábida > A descolonização portuguesa > Painel dedicado à Guiné (29 de Julho de 1997) > Depoimento do general Bethencourt Rodrigues, link infelizmente descontinuado e não salvagurdao pelo Arquivo.pt) (***).

2. Tomemos um exemplo, constante do livro da CECA  (2015), onde se dá conta das dificuldades das NT no nordeste da Guiné (CAOP 2): por exemplo, a CCAÇ 3545 (Canquelifá) / BCAÇ 3883 (Piche) estaria mesmo "à beira de uma ataque de nervos" (isto é, isto é, com sinais gritantes de exaustão física e emocional) (****).


"Decisões do Comandante-Chefe

"Não foi possível encontrar as Directivas do Comandante-Chefe das FAG
relativas a 1974. No Arquivo Histórico-Militar estão compiladas decisões do
Cmdt-Chefe.

"Apresentam-se as mais importantes (pág. 462):

(...) • Decisão de 2Abr74 - Alteração do dispositivo (pp. 470/471)

"1. Por decisão de 1Abr74, foi o CAOP 2 reforçado com 2 CCaç Paras / BCP 21 a seguir por meios fluviais, em 3Abr, e determinando que constituísse, no mais curto prazo, com tropa da zona, uma reserva com efectivo mínimo de 3 GComb para alternar ou reforçar a acção do BCP 12.

2. Entretanto foram recebidas mensagens da CCaç 3545 (Canquelifá), do BCaç 3883 (Piche) e do CAOP 2 (Nova Lamego) do seguinte teor:

a. Da CCaç 3545: NT completamente extenuadas psicofisicamente não permitem que se desenvolva uma reacção conforme situação.

NT estão a revelar indícios de intoxicação causados por gazes libertados sentindo vómitos e náuseas. Solicito intervenção imediata forças especiais durante longo período de tempo e reforço esta com mais 1 CCaç. Para cumprimento eficaz missão que está incumbido este Comando cumpre-lhe expor situação para salvaguardar defesa mesmo.

b. DO BCaç 3883: CCaç 3545 revela situação psicológica pessoal altamente preocupante receando-se reacções incontroláveis e imprevisíveis caso futuras flagelações. Solicito imediata decisão fim garantir segurança e acautelar desenvolvimento situação de gravíssimas consequências à qual não poderemos fazer face.

Insisto necessidade urgentíssima resolução propostas urgente rendição CCaç 3545 e intervenção Canquelifá Flnterv.

c. Do CAOP 2: Virtude potencial revelado pelo ln este Comando não tem possibilidade de fazer face à situação.

3. Em conformidade, em reunião de Comandos no Cmd-Chefe em 021000Abr74, decidi o seguinte:

a. Fazer deslocar durante o dia 2Abr    por via aérea conforme solicitado pelo Cmdt do CAOP 2 dada a extrema gravidade da situação (Msg referida em 2. a.);

b. Fazer deslocar cerca 10Abrpara a Zona Leste a 1a/BCaç 4516/73 comandada pelo oficial de operações do Batalhão.

470

Esta CCaç, reforçada com 1 GComb do BCaç 3883, deverá render em Canquelifá as CCaç 3545 e 33/BCaç 4516/73, à ordem do Cmdt CAOP;

c. A CCaç 3545 fica estacionada em Piche mantendo-se integrada no BCaç 3883;

A 33/BCaç 4516/73 recolhe a Bissau logo que rendida, conforme instruções especiais para o deslocamento;

d. Fica ao critério do Cmdt do CAOP 2 a troca da guarnição do Pel Art de Canquelifá pela do Pel Art de Piche.

4. O CTIG dará instruções de carácter administrativo logístico. [... ]"

Fonte: Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operacionaç Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015, pp. 462 e 470/471.

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13078: O golpe militar de 26 de abril de 1974 no TO da Guiné: memorando dos acontecimentos, pelo cor inf António Vaz Antunes (1923-1998) (Fernando Vaz Antunes / Luís Gonçalves Vaz): Parte I 

(**) Vd, no livro escrito a quatro mãos, "África: a vitória traída" (Lisboa, Editorial Intervenção, 1977, 276 pp.): o depoimento do gen Bethencourt Rodrigues sobre a Guiné (pp. 103-143).

(***) Vd. poste de 4 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13097: (Ex)citações (230): Estudos Gerais da Arrábida > A descolonização portuguesa > Painel dedicado à Guiné (29 de Julho de 1997) > Depoimento do general Bethencourt Rodrigues (Excertos, com a devida vénia...)