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sábado, 30 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23214: Humor de caserna (53): O anedotário da Spinolândia (III): a "melena" do cap inf Vasco Lourenço que irritou o célebre "Coronel Onze" (Fernando Magro, ex-cap mil art, BENG 447, Bissau, 1970/72)

 


Capa do livro do Fernando Magro - Memórias da Guiné. Lisboa: Edições Polvo, 2005, 86 pp.  Na foto, o filho, Fernando Manuel, e o seu cão, na casa em que a família vivia em Bissau. 



Fernando Pinto Valente (Magro), ontem e hoje


1. Mais uma história da Spinolândia (*): desta vez não envolve diretamente a figura do gen Spínola,  mas sim um dos seus próximos colaboradores, o "Coronel Onze",  e um futuro capitão de Abril, o capitão inf Vasco Lourenço, cmdt da
CCAÇ 2549/BCAÇ 2879 (Cuntima e Farim, 1969/71).

Foi já aqui oportunamente contada  pelo Fernando Valente (Magro) (**) que, aos 33 anos, casado e pai de um filho menor, foi mobilizado para o CTIG,  como cap mil art,  BENG 447,Bissau, 1970/72, e que publicou em 2005 um livrinho com as suas memórias da Guiné, de 86 pp.  (reproduzidas no nosso blogue, na série "Memórias da Guiné,  por Fernando Valente (Magro)".

Há dias recebi, pelo correio, uma cópia do livro, via Hélder Sousa (que faz parte parte dos corpos sociais da ANET - Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos, tal como o Fernando Magro; aliás, a edição do livro teve o apoio da ANET, e havia por lá sobras do livrinho: obrigado, Hélder, pela encomendinha que chegou a boas mãos pelo correio).



Capa do livro de Vasco Lourenço do Interior da Revolução, entrevista de Maria Manuela Cruzeiro, Lisboa, Âncora, 2009, 608 pp.  

"Vasco Correia Lourenço nasceu em 19 de junho de 1942, em Lousa, Castelo Branco. Integrando desde o início o Movimento dos Capitães, coordenou a organização da sua primeira reunião em 9 de setembro de 1973, vindo a pertencer à sua Comissão Coordenadora e à sua Direção. Único oficial que pertenceu sempre aos órgãos de cúpula do Movimento dos Capitães (CC e Dir.) e do MFA (CCPMFA, CE, C20 e CR). Das várias condecorações que possui, destacam-se a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Presidente da Direção da Associação 25 de Abril, desde a sua fundação em outubro de 1982. Coronel na Reforma". Fonte: Wook


A melena, pouco "regulamentar", 
do cap inf Vasco Lourenço 


(...) Instalado no Clube de Oficiais, em Santa Luzia, próximo do Quartel-General, iniciei a 21 de Abril de 1970 a minha actividade nos Serviços de Reordenamentos Populacionais no Comando Chefe (Amura).

Durante a minha estadia nesse clube tive contacto com vários oficiais do quadro permanente e do quadro de complemento (milicianos) que também lá se encontravam instalados ou que, estando sediados fora de Bissau, por lá passaram para tratar assuntos relativos às companhias que comandavam.

Em finais de Abril o General Spínola reuniu numa grande sala do Palácio praticamente todos o capitães em serviço na Guiné. Eu, praticamente acabado de chegar, também estive presente nessa reunião.

O General traçou novos rumos no que dizia respeito à luta contra a subversão. Deu a entender que se estavam estabelecendo negociações com os chefes terroristas no sentido da resolução política do diferendo. Ordenou que as Companhias Operacionais não mais tomassem atitudes ofensivas, mas simplesmente defensivas. Mandou que se procedesse sem ódio nem brutalidade contra os prisioneiros de guerra e as populações afectas ao inimigo, de modo a que se possibilitasse a sua apresentação às autoridades e se pudesse caminhar para a pacificação.

 (...) Na referida reunião dos capitães com o General Spínola, fui surpreendido pela forma descontraída, directa e muito incisiva, como o Capitão Vasco Lourenço procurou saber do General mais pormenores sobre o modo como actuar futuramente face às novas directivas. Directivas que passados alguns dias foram canceladas, dado que foram mortos três majores e um alferes que, desarmados, procuravam o contacto com chefes terroristas de que havia indicação de se quererem entregar.

Um dos majores (Pereira da Silva) conhecia-o muito bem, pois havia privado com ele no GACA 3 tendo ele, na altura, o posto de Tenente.

A minha vida ia correndo sem grandes sobressaltos entre o Comando-Chefe e o Clube de Oficiais. Aqui no Clube, havia uma piscina e à noite por vezes havia cinema e outros espectáculos ao ar livre. Lembro-me de ter visto espectáculos de música, de ilusionismo e uma vez de hipnotismo. Neste último um soldado, depois de hipnotizado, foi convencido que estava uma noite gélida (ao contrário do que acontecia, pois tratava-se de uma cálida noite africana) e recordo-me como ele tremeu de frio e se agasalhou o mais que pôde com as roupas que tinha por perto.

Estando à beira da piscina, no dia 19 de Maio de 1970, ouvi pela primeira vez a artilharia dos independentistas em acção. Eram cerca de 23 horas quando foi desencadeado um ataque com artilharia ao Quartel de Tite. Os rebentamenros era perfeitamente audíveis em Bissau. O poder de fogo era grande, tendo havido lançamento, por parte das forças inimigas, de cinco mísseis.

No Clube de Oficiais fazia a minha vida depois de findo o meu serviço no Comando-Chefe. Era a minha casa. Lá tinha tudo: alimentação, dormida e até barbearia. Foi justamente na barbearia onde certo dia fui cortar o cabelo que se deu este episódio com o Capitão Vasco Lourenço que vou passar a contar.

Encontrando-me uma vez sentado numa das cadeiras da barbearia do Clube de Oficiais de Bissau, acomodou-se a meu lado o Capitão Lourenço. Imediatamente solicitou que lhe cortassem o cabelo. Este pedido surpreendeu o soldado da barbearia que, tartamudeando, se aprontou para o atender.
Mas... meu capitão, ainda nem há uma hora lhe cortei o cabelo!
– Pois é. Mas vais cortar-mo de novo.

O rapaz não replicou, mas muito em surdina, ainda conseguiu pronunciar duas palavras que só eu pude entender, embora com dificuldade.
– Está "apanhado".

Também fiquei intrigado com o que se passava, pelo que procurei esclarecer o assunto mais tarde. Quando ambos abandonamos o Clube de Oficiais, o Capitão Lourenço satisfez a minha
 curiosidade.

Segundo me explicou, havia-se cruzado, após o primeiro corte de cabelo, com um dos chefes militares de Bissau. O Coronel Onze, como era conhecido e não me perguntem porquê, era muito rigoroso com o atavio e o porte dos seus subordinados, principalmente com os oficiais. Quando se cruzou com o Capitão Lourenço te-lo-á interpelado com severidade, chamando-o à atenção para o facto de o seu corte de cabelo não ser o regulamentar.
– O Senhor Capitão é miliciano?
– Não, não, meu Coronel. Eu pertenço ao quadro permanente.
– Mas isso é indisculpável. Faça o favor de ir cortar o cabelo imediatamente. Essa melena na testa é uma vergonha. Depois apresente-se no meu gabinete.

Seguidamente a este relato, que tentei aproximar tanto quanto me foi possível da realidade, o Capitão Lourenço teceu várias considerações e deu curso à sua revolta interior.

Explicada a razão pela qual o Capitão Lourenço teve necessidade de cortar o cabelo, pela segunda vez no mesmo dia, o referido oficial encaminhou-se para o gabinete do Coronel Onze. 
(...)

Fonte: Excertos de Fernando Magreo - Memórias da Guiné. Lisboa: Edições Polvo, 2005,  pp. 37

[Fixação / revisão de texto / título do poste: LG]

2. Comentário do nosso editor LG:

O nosso camarada José Câmara, em comentário ao poste P12028 (**) identificou o "Coronel Onze" como sendo o "Coronel Santos Costa". E acrescentava: "não era só austero, era desumano". Não conseguimos, no entanto,  encontrar nenhum coronel, no CTIG, com este apelido nos livros da CECA...

Será que se trataria do cor cav Fernando Rodrigues de Sousa Costa, um dos comandantes do COMBIS (Bissau), não ?!

O Carlos Pinheiro acrescentou (**): "Gostei desta memória e acima de tudo de ouvir falar do tal "coronel 11" que era mais que famoso na cidade de Bissau. A maior parte dos militares nem o chegou a conhecer, mas histórias acerca dele toda a gente conhecia."

Veja-se este episódio do "anedotário da Spinolândia" também como uma homenagem ao sentido do humor do nosso veterano Fernando Magro (um dos seis membros da família Magro que fizeram a "guerra do Ultramar") e sobretudo ao capitão de Abril , Vasco Lourenço, uma figura que, como diz o Carlos Silva (**), já pertence à história deste país, tal como o gen Spínola,  e que, como tal, merece o nosso respeito. (Felizmente ainda está vivo e vai fazer em breve 80 anos.)

sábado, 3 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22339: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte III: Cumeré, março de 1969




Guiné > Sector  de Bissau > Cumeré > Março de 1969 > Deslocámo-nos num zebro e estamos a subir o pontão. Aqui funcionava um CIM (Centro de Instrução Militar) e estava sediado o COMBIS .-Comando de Agrupamento de Bissau. Muitas unidaesd que chegavam ao CTIG, faziam aqui a IAO e, uma vez terminada a comissão, aguardavam aqui o embarque para a Metrópole.

Fotos (e legenda): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Duas mensagens de João Rodrigues Lobo que agregamos num texto único:


[ João  Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971): fez o 1º COM, em Angola, na EAMA, Nova Lisboa; vive em Torres Vedras onde trabalhou durante mais de 3 décadas como chefe dos serviços de aprovisionamento do respetivo hospital distrital; membro nº 841 da Tabanca Grande.]


Date: quarta, 23/06/2021 à(s) 15:50
Suject: PTE - BENG 447
Date: quinta, 24/06/2021 à(s) 16:44
Subject: Angola

Boa tarde,

Sobre o meu "curriculo": Não cheguei a frequentar o IST em Lisboa . Chumbei no exame de admissão realizado em Luanda. Depois da passagem á disponibilidade frequentei o Curso de Engenharia mecânica da Universidade de Luanda mas desisti porque arranjei um óptimo emprego como Agente de Navegação internacional.

Quanto a questões colocadas sobre as fotos de Angola (*):

Nas recrutas, em Nova Lisboa, quer no COM que fiz na EAMA quer depois na instrução que dei no CICA a arma diária era a Mauser. Só na parada usei a Uzi ou FBP, e de serviço, a pistola Walter 9mm.

A coluna da foto, era de instrução para os condutores auto se habilitarem a conduzir em coluna em condições reais. Mais uma vez com as Mauser embora na foto só se veja uma.

A zona era calma na data (1968) mas nunca se sabia se surgiriam surpresas.

A coluna parou para a "bucha" perto do "Paraíso " que ficava nos arredores de Nova Lisboa (Huambo).

As Fotos 13 e 14 são do Jornal publicado pela Região Militar de Angola (Só tenho o número 18). A assinatura da capa é "Higino".

Sobre outars questões e comentários que tenho lido no blog:

Residia em Luanda quando fui incorporado, nessa altura a regra era "quem chumbasse ia para a tropa" e eu chumbei !

Sobre a minha ida para a Guiné, sim, a única explicação foi o intercâmbio entre Províncias Ultramarinas.  Estava no Quartel General de Angola e um Tenente-Coronel foi ter comigo e anunciou a mobilização. Mais disse ter questionado o Ministério, por rádio, porque eu fazia lá falta já estando habituado ao serviço e a chefiar os MVL,  e, só lhe responderam que não tinham mais explicações e eu iria ser substituído por um ido da Metrópole. 

Do Primeiro COM em Nova Lisboa, dado por Comandos, só saímos 6 para Transportes Rodoviários pois tinhamos óculos, e não podiamos ficar nos Comandos. Um reprovou, ficámos 5 e eu fui para a Guiné!
 
Fui em rendição individual, não tendo conhecido quem fui substituir nem quem me substituiu (, ambos idos da Metrópole). Não vou especular sobre o que levou a tal decisão. Fui em avião militar de Luanda para a ilha do Sal em Cabo Verde , onde estive uma semana a aguardar outro voo militar para Bissalanca. (Base aérea em Bissau)

Não estive em Bambadinca,  aliás só saía esporadicamente acompanhando as viaturas ás obras, especialmente das estradas. (Bem protegidos pelos camaradas de armas) ( e embora levasse a minha G3 bem á mão, conduzindo sempre a viatura onde me deslocava).

A coluna das fotografias foi uma dessas colunas e a foto foi tirada após saída de Brá julgo que para a estrada de Có / Pelundo.

Por essa estrada, de Brá a Có, cheguei a ir em carro civil com outros camaradas, pois a guarnição da jangada de João Landim nos transportou para a outra margem, por, nessa data, a estrada até Có ser considerada segura. (Mas pouco , como depois vim a saber...)

Lembro-me das Galion que transportávamos, mas não reconheço o major numa fotografia junto dela, Não me parece ser de Engenharia, ou do meu tempo.

Sobre a tal construção, ou não, de pontões não posso esclarecer absolutamente nada pois não passava pelo meu pelouro.

Vou pôr a memória a funcionar para trocar mais recordações.

Junto duas fotos a caminho do Cumeré , mas subindo o pontão onde fomos num Zebro. (Março de 1969)

Sobre a minha passagem pela EAMA, poderei em próximo post juntar fotografias se tal considerares de interesse neste blog da Guiné.

Os melhores cumprimentos,
João Rodrigues Lobo



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalana e Cumeré (na maregm esquerda do canal do  Impernal)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021)


2. Fichas de unidades> Comando de Agrupamento de Bissau (COMBIS)

Identificação: COMBIS

Cmdt: 
Cor Inf José Martiniano Moreno Gonçalves
TCor Art Aristides Américo de Araújo Pinheiro
Cor Cav Fernando Rodrigues de Sousa Costa
Cor Art Gaspar Pinto de Carvalho Freitas do Amaral
Cor Inf António Mendes Baptista
Cor Inf João Afonso Teixeira Henriques
Cor Inf António da Anunciação Marques Lopes

CEM: 
TCor Inf José Bonito Perfeito
TCor Cav António Maria Rebelo
TCor Art Aristides Américo de Araújo Pinheiro
TCor Inf Carlos Frederico Lopes da Rocha Peixoto
TCor Inf João Polidoro Monteiro
Maj Inf Arménio Soares da Cruz Sampaio Nunes
Maj Cav João Luís Moreira Arriscado Nunes
TCor Inf João Salavessa Moura
TCor Inf João Afonso Teixeira Henriques
TCor Art Altinino Fernandes Gonçalves
TCor Art João Augusto Fernandes Bastos

Divisa: -
Início: 8Jan69 
Extinção: 20Set74

Síntese da Actividade Operacional

Este comando foi constituído a partir do Comando de Agrupamento n." 2952, sendo o seu pessoal nomeado por rendição individual. 

O Agrupamento tinha a missão de garantir a defesa da ilha de Bissau, de assegurar a manutenção da ordem pública e de controlar as vias de comunicação, as populações e os
abastecimentos, utilizando meios e pessoal dos três ramos das Forças Armadas
e das forças militarizadas sediadas em Bissau.

Em 8Jan69, substituindo o CmdAgr 2952, assumiu a responsabilidade da referida zona de acção, com a sede em Bissau e integrando as forças instaladas no respectivo sector, o qual englobava os subsectores de Brá (Bissau), Nhacra e Quinhámel.

Em 6Ag070, este comando passou a ter integrado na sua orgaruca o BArt 2866 e depois o BCaç 2929, incluindo as respectivas CCS, cujo pessoal passou a desempenhar funções no COMBIS. 

Em 1Set72, foi constituída e organizada a Formação do COMBIS, a qual substituíu a CCS do BCaç 2929 nas respectivas funções.

Em 18Nov71, por criação do COP 8, a sua zona de responsabilidade foi reduzida do subsector de Nhacra tendo, a partir de lJu173, o sector de Bissau sido articulado nos subsectores de Brá, Bor, Sa fim, Quinhámel e Prábis, este, apenas de nível pelotão.

Comandou e coordenou a actividades das forças atribuídas, em acções de patrulhamento e reconhecimentos, a par do controlo e fiscalização das populações e das acções de polícia militar e da segurança e protecção das instalações e pontos sensíveis da respectiva zona de acção.

Após ter voltado a integrar a zona de acção do COP 8, extinto em 12Set74, e depois da organização e montagem do dispositivo final das tropas portuguesas em Bissau, foi extinto em 20Set74, passando os subcomandos então definidos a assumir a responsabilidade das respectivas áreas, sob a dependência directa do Comando-Chefe.

Observações - Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pp. 597/598

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Guiné 61/74 - P18963: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (110): Na Tabanca de Candoz fomos reencontrar dois velhos amigos, a irmã e o cunhado do infortunado 1º Grumete Fuzileiro Especial, do DFE 8 (1971/73), José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, morto por acidente em 9/12/1971, e homenageado pela sua terra natal, Senhora da Hora, Matosinhos, em 8/10/2016


Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra, José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971 >  Em primeiro plano, à esquerda, as irmãs do nosso infortunado camarada. A iniciativa foi do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes.



Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra, José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971 > Momento em que  a nosssa amiga Maria da Conceição Ferreira de Jesus Tomé Novais Ribeiro e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, dr. Eduardo Pinheiro, descerravam a placa evocativa da memória do único combatente, natural da Senhora da Hora, morto na guerra do ultramar.


Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra, José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971 > Rotunda do Combatente: aspeto geral do monumento.


Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra, José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971. > Placa afixada no monumento da Rotunda do Combatente, frente ao edifício da junta de freguesia.


Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra,  José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971 > A Maria da Conceição Ferreira de Jesus Tomé Novais Ribeiro, ladeada pela sua irmã, agradecendo a homenagem prestada ao irmão de ambas.


Matosinhos > Senhora da Hora >  8 de outubro de 2016 >  Homenagem ao filho da terra, José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971 >  Porto de Honra no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Senhora da Hora. Do lado esquerdo, o Comandante da Zona Marítima do Norte.

Fotos (e legendas): © Carlos Vinhal / Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes (2016). [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


1. Na nossa Quinta de Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, recebemos hoje a visita de velhos amigos da família, o engº António Novais Ribeiro e a esposa Maria da Conceição, que vivem no Porto. Têm casa aqui perto e almoçaram connosco.

O António, que por sinal nasceu em Paredes de Viadores, onde se situa Candoz, e portanto é também nosso vizinho, foi furriel miliciano de transmissões, entre 1968 e 1970,  no Comando de Agrupamento 2951 (Mansoa), e no Cmd Agrup 2952 (extinto em 7 de janeiro de 1969, sendo o seu pessoal integrado no Combis - Comando de Defesa de Bissau) (**).  Trabalhou, nomeadamente com o, na altura, major inf Carlos Fabião, de quem tem algumas deliciosas histórias. Teve também como camarada alferes o hoje prof catedrático jubilado, da Universidade de Coimbra, o historiador Luís Reis Torgal [Luís Manuel Soares dos Reis Torgal, n. 1942].

O nosso editor já o convidou, de viva voz, para integrar a nossa Tabanca Grande, aguardando agora a sua formalização, por email. O António é, além disso, um grande conversador e exímio tocador de cavaquinho e de bandolim, participando em várias formações musicais de cavaquinho. Pertence ao Lions Clube da Lusofonia, é amigo do Jaime Machado e do José Martins Rodrigues... e, ainda por cima, ele e o nosso Álvaro Basto, cofundador da Tabanca de Matosinhos, são compadres, tendo um neto em comum, o Sebastião...

2. Falando com a sua esposa,  Maria da Conceição, o nosso editor veio a saber que ela teve um irmão, mais novo, morto por acidente no TO da Guiné em 9/12/1971, no dia seguinte ao seu casamento com o António Novais Ribeiro... Um duro golpe para toda a família e amigos. Chamava-se José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, era 1º GR FZE, do DFE nº 8.

Em conversa, soubemos que os procedimentos da Marinha, nestes casos, eram muito diferentes do Exército: este mandava um telegrama seco a dar a terrível notícia: a Marinha mandava pessoalmente, a casa dos pais, dois representantes seus...

Fazendo uma pesquisa na Net encontrámos apenas duas referências ao nosso infortunado camarada José Manuel Ferreira de Jesus Tomé: (i) a primeira, no nosso blogue (*); e (ii) uma segunda,  no blogue do DFE 8 (***).

Prometi à Maria Conceição e ao António Novais Ribeiro recordar aqui a saudosa memória do seu irmão e cunhado, publicando este poste que faz juz ao nosso ditado: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". (****)


3. Dois comentários ao poste P16601 (*)

(i) Tabanca Grande [Luís Graça]: 

Carlos [Vinhal], transmite ao Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, de cujos órgãos sociais fazes parte (1.º secretário da da Mesa da Assembleia Geral), o meu apreço por mais esta iniciativa, homenageando um camarada nosso, o 1º grumete fuzileiro do DFE 8, José Tomé, morto por acidente de viação, na Guiné, em 9/12/1971.

Deixa-me também, mais uma vez, destacar o grande brio, competência e dedicação que vocês põem em tudo o que fazem... O vosso Núcleo passa sempre com distinção e deve ser tomado como um exemplo para todos nós, antigos combatentes e respetivas associações de veteranos ou núcleos da LC. 

Um abraço do Luís

(ii) Alcindo [Manuel Pacheco] Ferreira da Silva, ex-1º tenente, cmdt do DFE nº 8 (1971/73)

Caro amigo

Gostava de transmitir ao Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes o meu apreço pela homenagem ao Grumete Fuzileiro Tomé. Fez parte do destacamento que tive a honra de comandar, era o mais novo de todos nós e foi o nosso primeiro camarada a partir. Era um jovem alegre, sempre bem disposto. Aproveitava todas as viagens que se tinham de fazer a Bigene para dar uma volta. Numa dela infelizmente teve um acidente.

(**) Vd. poste de 28 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13059: Comandos de Agrupamento, Operacionais e Temporários (1) (José Martins)

(***) Vd. blogue  Destacamento 8 de FZE (1971-73)

(****) Último poste da série > 15 de junho de  2017 > Guiné 61/74 - P17474: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca ... é Grande (108): Na Lourinhã, fui encontrar o ex-1º cabo at inf Alfredo Ferreira, natural da Murteira, Cadaval, que foi o padeiro da CCAÇ 2382 (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70)... e que depois da peluda se tornou um industrial de panificação de sucesso, com a sua empresa na Vermelha (Luís Graça)

segunda-feira, 26 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18461: Tabanca Grande (458): António Joaquim Alves, natural da Malveira, Mafra, a viver no Carregado, Alenquer: ex-sold at cav, CCAV 8351, "Os Tigres de Cumbijã", destacado no COMBIS, Bissau, 1972/74... Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar n.º 767


António Joaquim Alves (nascido na Malveira, Mafra, em 1951; residente em Alenquer).

Foto (e legenda): © Manuel Resende (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Ex-sold António Joaquim Alves: mobilizado pela CPM 88251/74, acabou por ficar no COMBIS, Bissau.

Foto (e legenda): ©  António Joaquim Alves (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Cascais > Carcavelos > Junqueiro > Hotel Riviera > Magnífica Tabanca da Linha > 32.º almoço-convívio > 20 de julho de 2017 > O António Joaquim Alves, que veio do Carregado, Alenquer, com a família; a filha e os netos. Da nossa base de dados, já constava que pertencera à CCAV 8351 Tigres de Cumbijã (Cumbijã, 1972/74, companhia que foi comandada pelo cap mil  cav Vasco da Gama, membro da nossa Tabanca Grande, natural de Buarcos, Figueira da Foz). É também amigo do J. Casimiro Carvalho, régulo da Tabanca da Maia.

Foto (e legenda): © Manuel Resende (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Mensagem do nosso amigo e camarada Manuel Resende, régulo adjunto da Tabanca Grande:

Data: 24 de março de 2018 às 15:12

Assunto: Inscrições

Caro Luís, falei agora com o Alves (que esteve contigo, à conversa, no nosso 36.º  convívio) e confirmou-me que:


(ii) e quer ir ao convívio da Tabanca Grande,  5 de Maio em Monte Real.

Os elementos pessoais são os seguintes:

Nome: António Joaquim Alves, ex-sold atirador de cavalaria.

Nascimento: 10 de Junho de 1951

Naturalidade: Malveira, concelho de Mafra

Residência: Carregado, Alenquer

Telefone: (...)

Endereço de email: (...)

Companhia: CCAV 8351, 1972/74;  mas esteve sempre no COMBIS (Comando Operacional de Bissau). Em Estremoz teve um acidente, pelo que não pôde acompanhar a sua unidade. Seguiu mais tarde de avião para Bissau, sendo colocado no COMBIS em rendição individual.

Junto as duas fotos da praxe.

Amigo Luís, isto vai só para ti e para ele.
Agradeço que depois da inscrição no blog, ele seja inscrito para o Convívio.

Abraço amigo,
Manuel Resende

(Elemento fornecido pelo José Martins, nosso colaborador permanente)

2. Comentário do editor Luís Graça:

Já sabia, por conversa com o António Joaquim Alves, no penúltimo encontro da Tabanca da Linha, que o nosso camarada tinha sido um amigo leal e solidário do comandante Pombo... "Morreu-me nos braços", confidenciou-me ele. A amizade vem do tempo do COMBIS, em Bissau. E acompanhou-o no final de vida, depois do seu regresso do Brasil.  Tem histórias (ora divertidas ora tristes) do comandante Pombo [, José Luís Pombo Rodrigues], para um dia contar no blogue da Tabanca Grande.

Pareceu-me um camarada são e honesto, mas de olho vivo e com um grande coração. ("Sou um saloio da Malveira", diz ele).

Passa a figurar na lista dos membros da nossa Tabanca Grande, sentando-se sob o nosso poilão com o n.º 767. Obrigado ao "padrinho" Manuel Resende.  E, para o António Joaquim Alves, vai um grande "alfabravo" de toda a Tabanca Grande.

Fica também, desde já, inscrito no XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, a realizar em 5 de maio de 2018, em Monte Real.
_____________

Nota do editor:

Último poste da série >  22 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18238: Tabanca Grande (457): Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620 (Cameconde, Sangonhá, Cachil, Cacine, Cacoca, Gadamael, 1966/68)... Senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 766.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14000: Consultório militar de José Martins (12): Resenhas da CCAÇ 4150/73, COMBIS e Companhia de Terminal

1. Em mensagem do dia 4 de Dezembro de 2014, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), enviou-nos as Resenhas da CCAÇ 4150/73, COMBIS e Companhia de Terminal:

Carissimos
Aqui vão as resenhas da CCAÇ 4150/73, COMBIS e Companhia de Terminal.
Infelizmente não sei onde se localizavam. Aliás pouco conheci em Bissau, só lá fui de passagem.

Bom fim de semana.
Zé Martins



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Nota do editor

Último poste da série de 24 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13938: Consultório militar, de José Martins (11): Quem foi o alf mil Linhares de Almeida, da CCAÇ 1547, morto em combate em 1/4/1967, e condecorado, a título póstumo, com a cruz de guerra de 2ª classe?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13069: Em busca de... (241): Manuel Gonçalves da Conceição, ex-Soldado de TRMS do CMD AGR 2952/COMBIS (1969/70), procura os seus camaradas


1. Por intermédio do seu genro José Costa Nunes, chegou até nós um pedido de Manuel Gonçalves da Conceição, natural da Fontinha, Pombal, ex-Soldado de TRMS, para publicarmos a sua vontade de contactar com os seus camaradas de quem perdeu o rasto, tendo em vista participar em próximos convívios.

Boa tarde 
Peço desculpa, mas após varias pesquisas na internet estes foram os únicos contactos que consegui. 
O meu sogro esteve na guerra em Bissau e só fala em reencontrar os camaradas ou de almoços que se possam vir a fazer e ele não sabe. 
Ele esteve lá em 68/69 e era radiotelefonista ou algo assim parecido, ele chamas-se Manuel Conceição Gonçalves e é da Fontinha em Pombal, gostava muito de reencontrar os camaradas dele e lhe fazer uma surpresa, será que me podem ajudar??
José Costa Nunes

Manuel Gonçalves da Conceição [foto à direita] foi Soldado de Transmissões e embarcou no navio Uíge, em 10 de Janeiro de 1968, desembarcando em Bissau no dia 15. 
Regressou em 3 de Novembro de 1969.

Terá ido em rendição individual, mobilizado no RAL 1, com destino ao Comando de Agrupamento 2952, que em 7 de Janeiro de 1969 se extinguiu para dar origem ao Comando de Agrupamento de Bissau.

Na expectativa de algum dos seus camaradas o quiser contactar aqui fica o endereço do seu genro José Nunes: jose.nunes@baustahl.pt
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Nota do editor

Último poste da série de 8 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12949: Em busca de... (240): À procura dos Artilheiros de 1969 em Gadamael (Manuel Vaz)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12524: Os Nossos Regressos (29): Chegados a 2 de Abril de 1974, mal podíamos imaginar que a guerra estava a acabar (António Eduardo Ferreira)


1. Mensagem do nosso camarada António Eduardo Ferreira (ex-1.º Cabo Condutor Auto da CART 3493/BART 3873, MansamboFá Mandinga e Bissau, 1972/74) com data de 28 de Dezembro de 2013:

Amigo Carlos
Votos de boa saúde extensivos a todos os camaradas que passaram pela Guiné.

Hoje vou falar da viagem mais desejada, o regresso a casa.


Aqui estava encostado a uma papaeira, no local onde passei os últimos meses de comissão, COMBIS, faltavam poucos dias para regressar à metrópole, mas a incerteza quanto ao regresso era total, o tempo “normal” de comissão já há muito que terminara. Só no dia, e com o avião no ar, nos convencemos que era mesmo verdade, estávamos a deixar a guerra e a regressar a casa, eram cerca de dez horas locais quando embarcamos no aeroporto de Bissalanca.

Antes, tinha aproveitado para gastar o resto dos pesos que tinham sobrado, eram poucos, depois foi o tão desejado embarque.

Durante cerca de vinte minutos o avião esteve sujeito a uma turbulência nada agradável, mas pensar que aquela era a viagem que muitos de nós chegamos a pensar que poderíamos não chegar a fazer…
Depois desses minutos agitados, a que fomos sujeitos, o resto da viagem decorreu normalmente, na tarde desse dia “2 de Abril de 1974” o avião aterrava no Aeroporto da Portela com saída por Figo Maduro e, dali para o RAL 1, (creio que se chamava assim) onde fizemos o resto do espólio, depois foi o regresso à vida civil.

A guerra já não viria a durar muito tempo porque tinha acontecido já o 16 de Março e poucos dias depois, a 25 de Abril, aconteceu o movimento dos capitães.

Com tantas ocorrências, em tão pouco tempo, fiquei de algum modo confuso.
A grande preocupação, e que bastante me afligia, era pensar se o material de guerra faltava, particularmente aos que nos tinham ido render a Cobumba, como seria que conseguiam dar conta do “recado… assim como todos aqueles que estavam nas piores zonas de guerra, que eram muitas.
Politicamente, não tinha nenhum conhecimento daquilo que estava a acontecer, daí que enquanto a maioria das pessoas vivia intensamente em clima de festa, eu, só depois de saber que os combates na Guiné tinham terminado, fiquei mais tranquilo, porque até então passei alguns dias bastante perturbado.

Felizmente aquilo que mais me preocupava, não aconteceu. Outras situações aconteceram, de que muitos se deviam de envergonhar, mas a guerra é assim, todos saem a perder, só que uns mais que outros…

António Eduardo Ferreira
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Nota do editor

Último poste da série de 19 DE JULHO DE 2012 > Guiné 63/74 - P10169: Os Nossos Regressos (28): Gama Carvalho, 2ª C/BCAV 8323 (Piche, Buruntuma, Piche, 1973/74), autor do blogue Estrada Fora, surpreendido em Figo Maduro pelo ardina que vendia o jornal A Merda, em 11 de setembro de 1974...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9768: Tabanca Grande (330): Carlos Pedreño Ferreira, ex-Fur Mil Inf Op, COMBIS e COP 8 (Guiné, 1971/73)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano Carlos Pedreño Ferreira* (ex-Fur Mil Inf Op, COMBIS, Bissau e COP 8, Nhacra, 1971/73), com data de 18 de Abril de 2012:

Bom dia!
Finalmente localizei nos meus "arrumos" fotos do tempo de tropa para poder completar a minha "entrada" oficial no blogue como me foi pedido.

Quanto a "memórias" estou a revê-las confrontando as que restam com alguns dos relatos do blogue, enquanto leio o último livro do Mário Beja Santos que é um verdadeiro mimo sobre o que se tem escrito sobre as vivências na Guiné 63/74.

Remexer no baú das memórias - mentais e físicas (fotos , aerogramas etc.) já deu para conversa amena e salutar com alguns dos filhos e para matar saudades de tempos de juventude - felizmente bons - e com poucos sobressaltos. Relatos para o blogue apenas depois de me certificar que não são efabulações com 40 anos de "prateleira".

Mais uma vez PARABÉNS antecipados pelo vosso blogue.

Um abraço
Carlos Pedreño Ferreira
Ex-Fur Mil Inf/Op
COMBIS/COP8


Nhacra > Porta de Armas do Quartel

Foto: © Eduardo Campos (2009). Direitos reservados.


2. Nota de CV:

Caro Carlos
No Poste 9609 já referi alguma coisa do que te devia dizer hoje.

Cumpre-me desta feita dar-te as boas-vindas já que resolveste juntar-te à tertúlia deste Blogue, com a disposição de ajudares a registar a memória de uma guerra que a esmagadora maioria dos combatentes não queria, e que aos olhos de hoje sabemos ter sido infrutífera e escusada. Por lá deixaram a vida muitos dos nossos amigos e camaradas, e outros sofrem sequelas que os hão-de acompanhar até ao fim dos seus dias. Cumpre-nos deixar os nossos testemunhos para que o sacrifício da nossa geração jamais seja esquecida.

Como é da praxe, aqui te deixo um abraço da tertúlia, e dos editores que esperam que lhes dês muito trabalho.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 15 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9609: O Nosso Livro de Visitas (129): Carlos Pedreño Ferreira, ex-Fur Mil Inf Op, COMBIS e COP 8 (Guiné, 1971/73)

Vd. último poste da série de 17 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9760: Tabanca Grande (329): Joaquim Jorge Loureiro Pinto, ex-Alf Mil da 3.ª CART/BART 6520/72 (Fulacunda, 1970/72)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9609: O Nosso Livro de Visitas (129): Carlos Pedreño Ferreira, ex-Fur Mil Inf Op, COMBIS e COP 8 (Guiné, 1971/73)

1. No passado dia 2 de Março chegou até nós uma mensagem do nosso camarada Carlos Pedreño Ferreira, que se intitula "leitor periquito", nos seguintes termos:

Bom dia!
Estou inscrito para ler no meu mail as novas entradas do v/blogue faz pouco tempo.
Estive na Guiné como Furriel de Informações/Operações de OUT71 a AGO73, primeiro ano no COMBIS em Brá e depois na criação do COP8 em NHACRA (FEV72 a AGO73).

Leio com interesse histórico/afectivo os relatos vivenciados pelos que lá estiveram e comparo-os, procuro nas minhas memórias (vividas ou documentais: tinha acesso a toda a documentação classificada) enquadras as suas vivências que marcaram uma geração.

PARABÉNS pela vossa iniciativa que penso única sobre um TO. (não conheço outras sobre outros TOs).

Gostava de poder adquirir o livro do Idálio Reis. É possível ter acesso ao seu mail ou outro contacto?

Um grande abraço
Carlos Pedreño Ferreira


2. Comentário de CV:

Caro camarada Carlos Ferreira, muito obrigado pelo teu contacto.
Julgo que a esta hora já terás recebido notícias do nosso camarada Idálio Reis, quanto ao modo como podes ter o seu livro, mas ficas desde já com a informação de que o mesmo vai ser oficialmente lançado no nosso VII Encontro (dia 21 de Abril em Monte Real) e distribuído gratuitamente a que estiver presente, de acordo com a vontade expressa do seu autor.

Sendo tu um leitor recente do nosso Blogue, como fazes crer, poderás desde já tomar a iniciativa de te juntares à tertúlia, e a teu modo contribuir para o nosso registo de memórias. Terás muita informação, que entretanto está desclassificada, e poderás torná-la publica através da nossa página. Além disso reterás algumas recordações e peripécias que poderás contar, assim como fotos da época.

No caso de resolveres aderir à tertúlia, manda-nos uma foto actual e outra do tempo de Guiné (tipo passe de preferência), uma pequena história ou texto de apresentação e fotos a ilustrar. Quem sabe, um dia, a exemplo do camarada Idálio Reis, possas tu também editar um livro teu.

Aqui fica um abraço da tertúlia e dos editores.
O teu camarada
Carlos Vinhal
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9592: O Nosso Livro de Visitas (128): José Faia Pires Correia, Cor Art Ref, último comandante do GA7 (Bissau, 1974)