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quarta-feira, 6 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19557: (Ex)citações (351): Manel Pereira, amigo e camarada. Reencontro em Monte Real. (José Saúde)

1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos a seguinte mensagem. 


Manel Pereira, amigo e camarada 

Reencontro em Monte Real 

As díspares situações individuais pelas quais passamos ao longo das nossas vidas, leva o homem a cruzar destinos diferentes quebrando-se laços de amizades que dantes foram férteis em convívios ocorridos no nosso dia a dia. 

O Manel Pereira é um amigo e camarada de armas em solo guineense com o qual travei conhecimento em princípios de vidas quando abraçávamos as nossas carreiras profissionais, ou seja, quando entrámos para a antiga Caixa de Previdência e Abono de Família dos Serviços Médicos Sociais do Distrito de Lisboa, Avenida dos Estados Unidos nº 39, no dia 25 de junho de 1975. 

Quis o destino que partilhássemos a mesma Secção laboral e que, naturalmente, nos tornássemos amigos próximos. No ano de 1976 compartilhámos o mesmo prédio no Bairro Comendador Joaquim Matias nº 39, em Paço de Arcos, eu no 1º A, ele no 8º F. 

No meu Morris 1000, de cor branca, viajámos pelas ruas de Lisboa, convivemos, traçámos planos futuros, colocámos como meta a continuação dos estudos e fomos curiosos assistentes em efémeras reuniões de jovens onde a finalidade passava pelos exames “ADOC”, tendo estes como intuito principal uma entrada na faculdade. 

Assistimos, também, a momentos revolucionários onde a afirmação do povo reclamava direitos. Lisboa, nesses tempos, apresentava-se como o ponto fulcral de imensas reivindicações. Lembro-me das noites de manifestações e dos estridentes bramidos oriundos de uma multidão que não cansava os pulmões entoando um cântico que simplesmente afirmava: “O povo é quem mais ordena”, como cantava o saudoso Zeca Afonso. 

Ou, de uma noitada passada às portas do quartel de os “RALIS” reclamando porventura uma chamada às armas que visava defender um povo que reclamava somente justiça. Enfim, devaneios de uma época onde o clamor da juventude se enquadrava com a revolta de antigos combatentes que sentiam na pele o quão difícil fora a luta armada travada no interior das matas em terras de além-mar. 

O tempo, nesse tempo, impunha pausas e sempre que possível lá caminhávamos por outros trilhos. Recordo, com uma inquestionável saudade, noites em que nós jovens, acompanhados pelas esposas ou companheiras, curtíamos as noitadas com idas às casas de fado, por exemplo. Numa noite calma, agora já não o é, marchámos, a pé, rumo ao Bairro Alto e desembocámos no “Faia” onde ao sabor de linguiça assada acompanhada com jarros de vinho tinto, ouvimos o grande fadista Carlos do Carmo. 

Nesta panóplia de recordações viajo por aquela “Lisboa menina e moça menina… Cidade mulher da vida”, onde proliferava “o homem das castanhas”, ou as vendedeiras ambulantes que vendiam fruta por toda a cidade, ou as varinas que transportavam canastras com peixe fresco à cabeça apregoando o pescado, sendo a capital lusitana, nessa época, um polo de atração que mexia com a irrequieta mocidade. Era o tempo das calças à “boca de sino”, dos cabelos compridos e das camisas ajustadas ao corpo. 

Do nosso relacionamento de amizade, que durou cerca de três anos, jamais trocámos conversa detalhada sobre a nossa estadia na Guiné. Aliás, falámos do tema pela rama e não em profundidade. Mas, como proclama o povão no seu provérbio popular “não há bela sem senão”, daí que passados mais de 40 anos concluíssemos que afinal o Manel passou, esporadicamente, pela Companhia sediada em Madina Mandinga e pertencente ao meu BART 6523, localizado em Gabu. 

O Manel Pereira, limiano de gema, natural de Ponte de Lima, integrou a CCAÇ 3547 e pertenceu ao grupo “Os Répteis de Contuboel”. 

Guardo do Manel a sua extrema sensibilidade aquando se deslocou, de propósito, de Ponte Lima a Lisboa para marcar presença na apresentação do meu último livro – AVC Recuperação do Guerreiro da Liberdade – um evento que teve lugar na Casa do Alentejo no dia 21 de outubro de 2017. 

Foi o reencontro de dois velhos camaradas de armas que cruzaram destinos diferentes, seguindo-se Monte Real por altura do nosso convívio anual (2018) do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. 

Nessa manhã em que o sol brilhava intensamente, dissecámos pormenores das nossas comissões na Guiné e dos muitos pormenores que a guerra nos proporcionou. Claro que o Manel confirmou a sua passagem por Madina Mandinga, falou de “Os Répteis de Contuboel”, da sua atividade operacional, de momentos em que as dificuldades impunham a máxima prudência de entre outras saídas para o mato com o seu pessoal. 

Ah, meu amigo Manel, somos, afinal, as tais pequeníssimas partículas de orvalho que, mesmo em dispersão, lá vão marcando vidas de antigos combatentes de uma Guiné onde conhecemos o teor dos flagelos, sendo a nossa mente, por enquanto, portadora de armamento pesado onde os sinos um dia tocarão a rebate para anunciarem uma fatídica emboscada que nos enviará para a tal viagem sem regresso. 


Um abraço, camaradas 
José Saúde 
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 

Mini-guião de colecção particular: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados. 
___________ 

Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19528: Convívios (887): 1.º Almoço de Confraternização do Combatente Limiano: Ponte de Lima, 10 de Junho de 2019 (Manuel Pereira e Mário Leitão)


Página do Facebook do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes




Mnauel Pereira
 1. O nosso camarada e grã-tabanqueiro  Manuel [Oliveira] Pereira, é um  limiano de pura gema [, ou seja, natural de Ponte de Lima]. Foi fur mil, CCAÇ 3547,   "Os Répteis de Contuboel", (Contuboel 1972/74), subunidade que pertencia ao BCaç 3884 (Bafatá, 1972/74).

Foi um dos primeiros camaradas da Guiné a dar a cara no nosso blogue. Conhecemo-nos no I Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Ameira, Montemor-O-Novo, em 2006. Temo-nos encontrado de vez em quando por aí, em Lisboa. Trabalhou durante anos no Hospital da CUF, em Lisboa, como técnico de gestão, ligado à produção, licenciando-se, entretanto, em Direito. Depois da reforma, regressou à sua terra natal onde, com o Mário Leitão e outros antigos combatentes, tem animado o Núcleo local da Liga dos Combatentes..

O Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes tem página no Facebook:

(..) Este "espaço", agora, reactivado, pretende - com a ajuda de todos - ser "ponto de encontro", mas também "ponte", entre todos os "Combatentes Limianos", quer no contexto nacional, quer na diáspora. 

Iremos, sempre que possível, dar as informações que entendermos úteis, à nossa condição de "combatentes", quase "esquecidos" pelo poder político.
Mário Leitão

Iremos igualmente e, para maior transparência à nossa "missão", dar a conhecer toda a actividade do Núcleo. Assim, correspondência, actas, comunicados, fotografias e outra documentação, será aqui disponibilizada.

Para que os objectivos acima descritos, sejam alcançados, precisamos de "sócios" e muito particularmente da colaboração de todos. (...) 

É ele que está a organizar,  juntamente com o Mário Leitão, o 1.º almoço de confraternização do Combatente Limiano, no próximo 10 de junho de 2019.
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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de fevereiro de  2019 > Guiné 61/74 - P19520: Convívios (886): Encontro do pessoal do BCAV 3846, a levar a efeito no próximo dia 17 de Março de 2019, no Cartaxo (Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf.º)

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18814: Efemérides (287): O 10 de junho em Ponte de Lima: vibrante homenagem aos Limianos mortos na Grande Guerra e na Guerra Colonial (Mário Leitão)


Foto nº1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Ponte de Lima > 10 de junho de 2018 > As cerimónias organizadas pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

Fotos, texto e legenda: © Mário Leitão (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem, de 12 de junho p.p.,  de Mário Leitão 

[ hoje farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; residente em Ponte de Lima, membro da nossa Tabanca Grande, escritor, autor de livros como "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012) e, mais recentemente (2018), "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar"]


Camarada Luís, voltei!

Um abraço para a tua equipa e todos os Grão-Tabanqueiros!

A Homenagem aos Limianos falecidos na Grande Guerra e na Guerra Colonial, ontem promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes [Foto nº 4], correu muito bem, com uma grande afluência de familiares [Fotos nºs 5 e 8], entidades oficiais e veteranos. 

O Capelão Aspirante a Oficial Ricardo Barbosa, celebrante da missa de sufrágio pelos 80 Heróis do nosso concelho, proferiu um vibrante discurso [Fotos nº 7 e 78. Foi uma pena não ter sido gravado, porque nunca ouvi nada igual sobre a temática dos deveres da nossa sociedade para com as memórias dos que por ela morrem!

Foi uma homilia soberba! Insurgiu-se contra a insolência dos que ignoram o sacrifício dos Heróis da Pátria! Denunciou a ausência daqueles que deviam estar naquela igreja e não estavam! Consolou os familiares dos Mortos! Leu, um por um, todos os oitenta nomes, referindo as suas freguesias! Desafiou os presentes para fazerem ainda mais e melhor no próximo ano! Foi lindo!

Os Escuteiros de Arcozelo e da Correlhã [Fotos nº 1, 2, 5, 6 e 7] apareceram em força, assumindo o início de uma saudável transmissão de tarefas, de conhecimento histórico e de emoções!

Está foi a primeira actividade da Liga dos Combatentes, recentemente criada em Ponte de Lima. Está a nascer em força, com adesão de muitos combatente e simpatizantes. 

No Memorial dos Combatentes, uma Força Militar do Regimento de Cavalaria 6, de Braga [ Fotos nºs 1, 2 e 3]  prestou as honras militares, sob a saudação devida ao oficial mais graduado presente, o Coronel Agostinho Cruz, comandante da GNR de Viana do Castelo [Foto nº 3]. O Núcleo de Monção da Liga dos Combatente [Foto nº 4] também se associou a esta Homenagem, na qual participou o Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal.[

Várias personalidades proferiram discursos, entre eles o Tenente-coronel Ribeiro Leitão e o veterano Dr. [Manuel] Oliveira Pereira [, nosso grã-tabanqueiro]

Teve particular impacto a presença da Alferes Enfermeira Paraquedista Rosa Serra [, nossa grã-tabanqueira], que se deslocou propositadamente desde Lisboa. Ao usar da palavra cativou a assistência com a descrição da sua experiência militar.

No final da Homenagem foi apresentado o meu livro Heróis Limianos da Guerra do Ultramar, numa sessão presidida pelo Presidente da Canara Municipal.

Nessa sessão foi dedicado um minuto de silêncio em memória do Coronel Ranger António Feijó de Andrade Gomes, recentemente falecido. Aliás, a sua memória foi referida durante a missa e na cerimónia de Homenagem.

Aqui te envio algumas fotografias!

Um grande abraço!
Mário Leitão
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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18600: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (16): "Três caras novas" ou "periquitos" em Monte Real... O Jaime Silva (Fafe e Lourinhã) e Mário Leitão (Ponte de Lima)... O que têm em comum? Ambos estiveram em Angola, um nos paraquedistas, outro na Farmácia Militar; ambos foram autarcas; mas o que os notabiliza é a sua luta, hoje, para não deixar ficar na "vala comum do esquecimento" os bravos das suas terras que combateram (e alguns morreram) em África... De Ponte de Lima, vem ainda um "histórico" do nosso blogue, que participou no I Encontro Nacional, em 2006, na Ameira: Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74)


Angola > Leste > 1970 > O alf mil paraquedista, 1ª CCP / BCP 21 (1970/72), em 1970, no leste de Angola, a norte do Rio Cassai,

Foto ( e legenda): © Jaime Silva (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)



Mário Leitão, limiano,  farmacêutico reformado, escritor

Foto: © Mário Leitão (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)


1. Vêm, pela primeira vez, a Monte Real, ao nosso XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande. Nenhum deles esteve no TO da Guiné. Ambos passaram por Angola.  

E ambos têm, em comum, a experiência de autarcas... São os dois membros da Tabanca Grande, tendo-lhes sido reconhecido o grande mérito de resgatarem a memória dos seus conterrâneos que combateram (e alguns morreram) em terras de África, na guerra colonial / guerra do ultramar. O Mário não foi paraquedista mas, tal como o Jaime, leva muito a sério a a divisa dos paraquedistas: "Ninguém fica para trás".

Jaime Bonifácio Marques da Silva

Vive no Seixal / Lourinhã, é  professor de educação física reformado, ex-autarca na Câmara Municipal de Fafe (com o pelouro da cultura e desporto); membro da nossa Tabanca Grande, n.º 643, tem 44 referências no nosso blogue;  grande dinamizador de iniciativas ligadas à preservação da memória dos antigos combatentes da guerra colonial.

De entre outras iniciativas que ele levado a cabo, em Fafe e na Lourinhã, destaque-se a "Exposição evocativa da participação dos jovens do Seixal, Lourinhã, na guerra colonial: 1961-1974" (Clube Recreativo do Seixal, 8 de agosto - 5 de setembro de 2009).
A ideia surgiu-lhe aquando de um das suas periódicas visitas à sua terra natal, Seixal, Lourinhã. Começou por  encontrar casualmente, no clube local, alguns ex-combatentes da guerra colonial, seus conterrâneos, vizinhos, colegas de escola, etc. Não se viam há muitos anos, nomeadamente os que saíram para fora da terra, incluindo para o estrangeiro (França, Alemanha, Canadá, etc.).
"Uns emigraram para o estrangeiro, outros organizaram as suas vidas aqui na terra ou noutras zonas do país. Agora, por força do efeito inexorável do tempo que nos está a empurrar para o final da vida, aqui estamos de novo a regressar à terra que nos viu nascer e crescer e a relembrar os tempos de escola, do campo, do Largo da Festa onde jogávamos ao pião, ao botão, onde jogávamos à bola com uma bexiga de porco ou ainda onde saltávamos à fogueira na noite de São João, etc., etc."

 “Lutar contra a cultura do esquecimento que se instalou em Portugal após o final da guerra colonial”, foi a sua motivação principal… Directa ou indirectamente todas as famílias foram afectadas pela guerra colonial. Ora, segundo ele, se há algo mais condenável do que a guerra, é o silêncio sobre ela, é o fazer de conta que a guerra nunca existiu.


António Mário Leitão

É natural de (e vive em) Ponte de Lima. Farmacêutico reformado e escritor;  ex-fur mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971/73; membro da nossa Tabanca Grande, n.º 741, tendo 18 referências no nosso blogue.

Proprietário da Farmácia Lopes, em Barroselas, Viana do Castelo,  ambientalista, escritor, Mário Leitão tem-se dedicado, de alma e coração, nos últimos anos à recolha e tratamento da informação relativa aos limianos, os naturais do concelho de Ponte de Lima, mortos nos TO de Angola, Guiné e Moçambique bem como no continente ou outros territórios, no cumprimento do serviço militar, no período que abarca a guerra colonial (1961/74). É autor dos livros "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012). Está a ultimar um  segundo livro, com as histórias de vida dos "bravos limianos"...

Apesar de já termos estado perto um do outro, em Ponte de Lima, e telefonarmo-nos, umas meia dúzia de vezes, além da troca de emails, ainda não nos conhecemos "em carne e osso"... Vamos finalmente vermo-nos em Monte Real, no dia 5. (***)


Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13 horas, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia... Mas vejamos quem foram os "históricos" que  estava naquele momento, da esquerda para a direita:

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num Pelotão de Intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Oliveira Pereira (CCAÇ 3547), Aires Ferreira (de óculos escuros), Vítor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Constantino (ou Tino) Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça;

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal (que viria a seguir ser coaptado para coeditor do blogue), Fernando Franco, Fernando Chapouto, Eduardo Magalhães Ribeiro (outro coeditor), Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros, da CCAÇ 12,  Contuboel e Bambadinca, 1969/71), Virgínio Briote (, outro coeditor), Raul Albino...

Faltavam, na foto,  outros camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, na Ameira, éramos umas escassas 8 dezenas de participantes, contando com as nossas companheiras...

Foto (e legenda): © (2006). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)


2. Curiosamente, o Mário trará com ele, de Ponte de Lima, outro grande limiano como ele, e também nosso grã-tabanqueiro, este da primeira hora... 

Mas também ele "cara nova" (ou "periquito") em Monte Real, não obstante ser um "dionssauro" da nossa Tabanca Grande: veio ao nosso I Encontro Nacional, na Ameira, Montemor-o-Novo, em 14 de outubro de 2006... Depois disso, foi apenas dando notícias esporádicas...

Manuel Oliveira Pereira

Limiano, também, de Ponte de Lima; ex-Fur Mil da CCAÇ 3547  "Os Répteis de Contuboel", (Contuboel 1972/74), que pertencia ao BCaç 3884 (Bafatá, 1972/74).

Conheci-o Ameira e temo-nos encontrada por aí, a última vez na Casa do Alentejo, na sessão de lançamento do último livro do José Saúde, em 21 de outubro de 2017.  Trabalhou durante anos no Hospital da CUF, em Lisboa, como técnico de gestão, ligado à produção, licenciando-se, entretanto, em Direito (se não erro). Regressou agora à sua terra natal.

Vai ser um grande prazer juntar e abraçar estes três camaradas, em Monte Real... O Jaime viajará comigo e a Alice, a partir da Lourinhã.  O Manuel Oliveira Pereira  vem de mais longe, com o Mário Leitão.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 31 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12658: Tabanca Grande (423): Jaime Bonifácio Marques da Silva, ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), natural da Lourinhã, a viver em Fafe, grã-tabanqueiro nº 643

(ªª) Vd. poste de 12 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17237: Tabanca Grande (432): Mário Leitão, ex-fur mil farmácia, Luanda, 1971/73, passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 741... Está a fazer um trabalho de grande mérito ao resgatar a memória dos 52 camaradas de Ponte de Lima que morreram nos 3 teatros de operações da guerra de África, do Ultramar ou colonial (como se queira)... e que estão na "vala comum do esquecimento"!

(***)  Último poste da série > 3 de maio de 2018 >  Guiné 61/74 - P18598: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): são 133 os bravos que responderam à nossa chamada e estarão presentes em Monte Real, no próximo sábado, dia 5, a partir das 10h.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17910: Agenda cultural (601): A festa do José Saúde: apresentação do seu último livro, na Casa do Alentejo, no sábado passado, dia 21: fotos


Foto nº 1


Foto nº 2


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Foto nº 11


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Lisboa  > Casa do Alenteho > 21 de outubro de 2017 > Sesssão de apresentação do livro do José Saúde, "AVC- Recuperação do Guerreiro da Liberdade" (Lisboa, Chiado Editora, 2017). 

Fotos: ©  Luís Graça(2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O  nosso camarada José Saúde, ex-fur mil op esp/ranger, CCS / BART 6523, Nova Lamego/Gabu, 1973/74,  natural de Vila Nova de São Bento, Serpa, a viver em Beja, é uma figura popular na sua terra e na sua região, é um amigo do seu amigo, um camarada do seu camarada.  Não admira, por isso, que ele tenha conseguido, mais uma vez, encher o salão da Casa do Alentejo, no passado dia 21, sábado, na sessão de apresentação do seu último livro (fotos nºs 3, 4, 5, 6).

De Serpa e de Beja trouxe também dois grupos que animaram a festa: o Grupo Musical Os Alentejanos (foto nº 7) e o Grupo Coral Os Desassossegados (fotos nºs 13 e 14).  Da sua atuação, temos registo em vídeo, que apresentaremos noutro poste.

Dos nossos camaradas presentes, recordo-me de ver e de estar com o José Martins, o José Colaço, o Juvenal Amado, o Luís R. Moreira e a sua companheira, Irene (foto nº 9, em segundo plano), o Manuel Joaquim e esposa, o Fernando Calado e a esposa (Dra. Rosa Calado, da direção da Casa do Alentejo, com o pelouro da cultura) (foto nº 8), e ainda o Manuel Oliveira Pereira, que veio de propósito, de comboio de Ponte de Lima: é amigo da Luisinha, a esposa do José, antigos colegas de trabalho  (foto nº 10)... Além da Alice Carneiro, que acompanhou o Luís Graça, nosso editor [foto nº 2, de costas, vendo a exposição de Silva Júnior (1868-1937), o arquiteto da remodelação e decoração do Majestic Club, antepassado da Casa do Alentejo (foto nº 1).

Estava longe de imaginar que iria encontrar, aqui, na Casa do Alentejo, o  Manuel Oliveira Pereira (ex-Fur Mil da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", Contuboel, 1972/74). Foi um dos participantes do histórico I Encontro Nacional da Tabanca Grande, em 2006, na Ameira, Montemor-O-Novo, e não sabia que ele era de Ponte de Lima e vizinho do também nosso camarada e amigo, Mário Leitão.

A apresentação do livro esteve ao cuidado do nosso editor Luís Graça. A sessão foi presidida pela dra. Rosa Calado que aproveitou o ensejo para nos dizer duas palavras sobre a história daquela casa, que é o orgulho dos alentejanos.
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Nota do editor:

Último poset da série > 25 de outubro 2017 Guiné 61/74 - P17904: Agenda cultural (600): lançamento do livro "Aristides de Sousa Mendes: memórias de um neto", de António Moncada S. Mendes. Lisboa, 31 do corrente, 3ª feira, às 18h30, no Salão Nobre do Palácio da Independência. Apresentação a cargo da historiadora Irene Pimentel.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17171: Convívios (789): 40.º Encontro do pessoal da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", dia 27 de Maio de 2017 na Vila do Bombarral (Manuel Oliveira Pereira)




1. Mensagem do nosso camarada Manuel Oliveira Pereira (ex-Fur Mil da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", Contuboel, 1972/74), com data de 16 de Março de 2017, solicitando a divulgação do 40.º Encontro/Convívio da sua Unidade, coincidente com o 43.º aniversário do regresso da Guiné.

Amigos, ex-camaradas,
Solicito a divulgação do Encontro/Convívio da CCaç 3547 "Os Répteis de Contuboel"´, a ter lugar na Vila do Bombarral próximo dia 27 de Maio.
Se estiver por cá, penso também fazer-vos companhia a 29 de Abril; Amieira já vai longe.
Logo que tenha definida a minha agenda de "obrigações familiares", informar-vos-ei.

Continuo a procurar nos meus arquivos - um pouco espalhados - mas também a encetar contatos com elementos da CCS (Bafatá), C.Caç. 3547 (Contuboel), CCaç 3548 (Geba) e CCaç 3549 (Fajonquito), todas do BCaç 3884, a fim de "arranjar" a fotografia do nosso Comandante de Batalhão, Ten. Cor. Correia de Campos.

Abraço,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA,
ex-Fur. Mil.
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17165: Convívios (788): XX Encontro do pessoal da CCAÇ 4150 - "Os Apaches do Norte", dia 14 de Maio de 2017, na Senhora da Aparecida, Lousada (Albano Costa)

quinta-feira, 16 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17145: O ten cor cav António Valadares Correia de Campos que eu conheci (1): José Manuel Pechorro (ex-1.º cabo cripto, CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73); Manuel Oliveira Pereira (ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884, Bafatá, 1972/74)


Coronel de cavalaria reformado António Valadares Correia de Campos, que faleceu em 2006, foi um dos bravos de Guidaje e vai-lhe ser prestada homenagem, em documentário televisivo, assinado pelo realizador António Pedro de Vasconcelos, pelo seu papel no 25 de Abril. Imagem, de origem desconhecida, enviada pelo nosso camarada José Manuel Pechorro, um dos bravos de Guidaje (ex-1.º
cabo cripto,  CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73).


Estandarte do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74). Cortesia de Manuel Oliveira Pereira: Este batalhão ("Velozes e agressivos", era o seu lema), esteve na Guiné entre Março de 1972 e Julho de 1974, e dele faziam parte, além da Companhia de Comando e Serviços (CCS), sediada em Bafatá, as companhias de quadrícula estacionadas em Contuboel (CCAÇ 3547), Geba (3548)  e Fajonquito (CCAÇ 3549).

O batalhão teve 6 comandantes: (i)  ten cor inf Mário da Cunha Torres; (ii) ten cor inf Artur Baptista Beirão; (iii) ten cor cav António Valadares Correia de Campos; (iv) ten cor cav  Henrique Augusto Teixeira  de Sousa Sanches; (v) maj art Óscar José Castelo da Silva; e (vi) maj inf Mário José Vargas Cardoso.


1. Mensagem do José Pechorro [, foto à esquerda], com data de hoje, às 00:46

Olá , Luís Graça,

Sobre a solicitação de fotos do Ex. Cmdt do Cop 3 – Bigene – Guiné Bissau, Sr. Ten Cor Cav António Valadares Correia de Campos, “Águia”, posso acrescentar, para já, que faleceu em Lisboa em 3-6-2006, com o posto de Coronel.

Entrou em Guidage em 10 de Maio de 1973 e deixou esta povoação e quartel em 13 de Junho de 1973, Terça-feira.

Infelizmente não disponho de fotografia do nosso ex Cmdt Sr. Ten Cor Correira de Campos, o que disponho é uma foto que anexo, e que extraí de um artigo, numa revista sobre este militar e o seu papel na defesa de Guidage. Não recordo o nome da revista, nem a data (terão passados 15 a 20 anos...). Poderá ter sido um anexo do jornal o Século...

O ex. 1º Cabo Radiotelegrafista Janeiro, ficou de verificar, mas em princípio não tem.

Um abraço,
José Pechorro


2. Comentário de Manuel Pereira (*):

Caros amigos/camaradas, S
ó agora vi o "nosso" blogue que procura "ajudar" na obtenção de fotografias do Ten Cor Correia de Campos. Este militar, de quem guardo as melhoras lembranças e amizade, foi meu comandante de batalhão (BCaç 3884 - Bafatá).

Vou procurar nos meus arquivos se tenho alguma fotografia - ele era avesso a este tipo de registo - ou se eventualmente alguém do conjunto do Batalhão. Logo que tenha informação, voltarei a este espaço.

Saudações,
Manuel Oliveira Pereira,
ex-Fur Mil da CCaç 3547 (72-74) 
__________________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 15 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17140: Em busca de... (274): uma foto do tenente-coronel de cavalaria António Valadares Correia de Campos, comandante do COP 3 e um dos bravos de Guidaje... Precisa-se, com urgência,  para documentário sobre o 25 de Abrilm, a realizar pelo cineasta António Pedro Vasconcelos

(..) A Just Up, produtora de audiovisuais, encontra-se na fase final de produção do documentário sobre o 25 de Abril, "A Vox e os Ouvidos do MFA". O documentário será exibido na RTP1 e é realizado por António Pedro Vasconcelos

Retrata as duas noites anteriores ao 25 de Abril, quando um grupo de 20 soldados fizeram a instalação de um cabo telefónico desde Benfica até à Pontinha, que veio permitir ao Posto de Comando do MFA ter acesso às escutas dos telefones do governo.

Para além de entrevistas aos militares envolvidos nesta operação, necessitamos também de algumas
imagens de arquivo. Durante a pesquisa para o documentário, chegamos até ao vosso blogue sobre as campanhas na Guiné onde fazem referência ao tenente coronel Correia de Campos. Neste contexto venho saber se têm na vossa posse algumas fotos com o sr. tenente coronel Correia de Campos que possamos usar no nosso documentário. (...)

(...) Tem sido uma aventura encontrar uma foto do tenente coronel Correia de Campos! Nem Centro de Documentação 25 de Abril nem Associação 25 de Abril... só uma, do Arquivo do Exército, mas péssima. Estou a tentar encontrar alguém que tenha convivido com o senhor e que talvez possa ter 1 foto da época. (...)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14602: Ser solidário (182): Vamos apoiar, com material de escritório, a Associação Fidju di Tuga, com sede em Bissau


Guiné-Bissau > Bissau > Eles são o rosto da associação da solidariedade dos filhos e amigos dos ex-combatentes portugueses na Guiné-Bissau (FIDJU DI TUGA) (*)... São dois elemento da direção, da direita para a esquerda, (i) Fernandinho da Silva (telef + 5880597), presidente, e (ii) José Maria Indequi (telef + 5218200 e + 6612146), secretário...[Foto que nos foi enviado pelo saudoso amigo Pepito (1949-2014), que apoiou com muito carinho esta associação, tal como a jornalista Catarina Gomes tem apoiado, sendo merecedora do nosso melhor apreço e amizade]



Blogue da associação Fidju di Tuga, em construção... O livro de visitas já tem duas mensagens de camaradas nossos, o Rui Vieira Coelho e o Manuel Oliveira Pereira


Segundo os seus fundadores, trata-se de um "blogue colectivo, criado e editado por a diretoria da Fidju di Tuga, com o objectivo de reagrupar e fortalecer os filhos dos ex-combatentes portugueses,  na Guiné-Bissau,  a reencontrar os pais familiares portugueses; pedir às autoridades de Portugal a paternidade; pedindo parceiria com os ex-combatentes, para reviver mesmo com dores as experiências do tempo colonial e o drama social dos filhos após-colonização até hoje"



1.  Mensagens da Catarina Gomes, jornalista do "Público" e escritora,  do camarada  Zé Saúde e do editor Lis Graça:

1.1. Catarina Gomes, 6 de maio de 2015

Caro Luís Graça:

(...) Vou voltar à Guiné no final deste mês, desta feita sozinha e à minha conta. Acha que não se consegue desencantar o que a associação de filhos de tuga pediu: um portátil, um gravador e uma máquina fotográfica? 

Eu estou a tentar arranjar o computador com um sponsor mas ainda não tive resposta. Também estou a ver se eles têm uma conta para poderem receber donativos de cá.

Parto dia 29 de Maio,  por isso já não resta muito tempo.

1.2. Luís Graça, 6 de maio de 2015:

Para José Saúde (c/c Catarina Gomes):


Zé: Tu que és o pai dos "filhos do vento" (metaforicamente falando), tu grafaste a expressão, não queres ser tu, a através do blogue e em articulação com a Catarina), a liderar uma pequena campanha de donativos para a associação ?...

 Podias abrir uma conta, aí em Beja, e numa semana ou duas, víamos o que se podia arranjar... Também se podia apoio em géneros (um gravador, um portátil, uma máquina fotográfica digital ou outro material)... Não queres escrever um texto bonito para esta causa ?...

Acho que no geral a malta vai reagir bem... Eu evito estas campanhas no blogue... Não é a nossa vocação, temos ONG (de antigos combatentes) a trabalhar no terreno, etc.

Que te parece ? Dou conhecimento à Catarina, que é uma mulhjer generosa... Abraço. Luis

1.3. José Saúde, 11 de maio de 2015

Catarina, vou aguardar que me digas algo mais. Claro que sei o que é viver com a tal ansiedade em conhecer alguém que é um ser do seu sangue. Próximo de si. Sabes, eu sou muito susceptível a esta questão e as crianças, hoje homens e mulheres, não têm culpa de leviandades sexuais de jovens a viver intensamente o clima de guerra. Não foi por um mero acaso que coloquei este tema na opinião pública. Talvez pelos meus muitos anos, mais de 30, a viver por perto a comunicação social que arrisquei trazer a temática ao lume, arriscando opiniões contrárias, algumas nefastas, mas que foi o alerta para uma realidade que muitos tentaram, e tentam, esquecer.

Hoje, sinto-me lisonjeado pelo o impacto que o tema "Filhos do Vento" originou. Para ti Catarina também vão os meus votos de felicidade pela forma como a reportagem foi elaborada e pelo o seu sucessivo interesse. "Fidju de Tuga" poderá ser o princípio de uma maior aproximação.

No Vietname os americanos chamaram-se "filhos do pó",

1.4. Catarina Gomes, 11 de maio de 2015

Caros Luís Graça e José Saúde,

Quando estiver na Guiné penso que vou conseguir que a associação tenha uma conta sem custos no BAO, Banco da África Ocidental, por enquanto não existe conta e penso que seria delicado estar a criar uma em Portugal com custos [, 150 euros para abrir uma conta bancária para recolha de fundos, segundo informação do José Saúde]  e sem forma expedita de lhes fazer chegar o dinheiro.

Nesta fase eu pedia se alguém quererá doar mesmo o que eles precisam em bens, para poderem estar em contacto com o mundo (neste caso Portugal): 

(i) um portátil,  mesmo que não seja novo;

(ii)  já consegui o gravador;

(iii) falta uma máquina fotográfica daquelas pequeninas mas que também faça pequenas filmagens;

(iv)  e eu diria uma impressora. 

Penso que para arrancarem seria o suficiente e eu podia levar essas coisas comigo, dando depois conta do momento da entrega no vosso blogue.

Eu sei que este tema é melindroso mas acreditem que não há mês em que eu não receba um email de um filho de um ex-combatente a pedir para eu os ajudar a conhecer o irmão/irmã que sempre souberam que tinham. Acho que era importante unir os dois lados, apenas os que assim o desejarem, claro.

A associação tem um blogue ainda embrionário mas estão a mexer-se: http://fidju-di-tuga.webnode.com/

1.5. Catarina Gomes, 12 de maio de 2015

Caro professor,

No blogue da associação há dois militares militares que se ofereceram para ajudar a associação mas penso que eles, por dificuldades de comunicação, não lhes responderam. Conhece algum deles?

Abraço Catarina


Manuel Oliveira Pereira,  09-05-2015

Estive na Guiné-Bissau no entre 25 de Março de 1972 a Julho de 1974. A sede do meu Batalhão (BCaç 3884) esteve sediada em Bafatá. As companhias operacionais estivavam em Contuboel (CCaç 3547),  Geba (CCaç 3548) e Fajonquito (CCaç 3549) e Destacamentos em Bambandinca Tabanca, Sonaco, Catacunda, Sare Uali e Sare Bacar. Reforçamos outras unidades nomeadamente em Galomaro, Dulombi, Nova Lamego (Gabú) e Medina Mandinga. Estas foram as localidades onde estivemos durante a nossa permanência no vosso país.

Faço minhas as palavras de R. V. COELHO (comentário anterior) daí peruntar: Em que posso ser útil?

Rui Vieira  Coelho,  21-09-2014

Estive na Guiné a cumprir serviço militar obrigatório, de 1972 a 1974,  e li o artigo publicado no Público assim como todo desenvolvimento dado no Bloguew Luis Graça &  camaradas da Guinê . Todos vós sois filhos de nós todos, os que passamos pela Guiné e da qual todos nós,  salvo raras excepções, temos saudades e amamos os nossos irmãos guineenses, tentando ajudar, das formas mais diversas,  para poderem ter um futuro mais promissor.

Eu, como muitos outros Tabanqueiros,  gostaríamos de vos poder ajudar monetariamente para vos equiparem e poderem prosseguir com os vossos propósitos.

Qual o NIB da conta bancária para onde devemos enviar os donativos?

1.6. Luís Graça, 12 de maio de 2015

Sim, Catarina, são dois grã-tabanqueiros, dois bons camaradas, membros do nosso blogue, o Manuel Oliveira Pereira e o Rui Vieira Coelho. Dou-lhes conhecimento da mensagem (...)
____________

Notas dos editores:

(*) Vd. postes de;

 21 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12616: Filhos do vento (26): A direcção da A Associação FIDJU DI TUGA: Fernandinho da Silva, presidente, e José Maria Indequi, secretário.

14 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12289: Filhos do vento (24): Associação de Solidariedade dos Filhos e Amigos dos Ex-Combatentes Portugueses na Guiné... Uma associação sem sede, sem sítio na Net, sem email, que precisa da nossa ajuda (Catarina Gomes, jornalista do Público)

(**) Último poste da série 27 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14533: Ser solidário (181): Orquestra Geração nos Dias da Música, CCB, Lisboa, 26 de abril, 18h... Um projeto pedagógico inovador que é uma prática social exemplar: "aprendendo música para tocar vidas"

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14575: Convívios (675): 38º Encontro da CCaç 3547/BCAÇ 3884, “Os Répteis de Contuboel”... Leiria, 31/05/2015

1. O nosso Camarada Manuel Oliveira Pereira, da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972/74), solicitou-nos a publicação do seguinte convite para o convívio anual da sua Unidade:

Agradecemos a divulgação no nosso 38.º Encontro/Convívio que terá lugar no próximo dia 30 (último sábado) de Maio, em Leiria.

Gratos pela atenção,
Atentamente,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA 

38º Encontro/Convívio CCAÇ 3547/BCAÇ 3884

2. A História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [Companhia de Caçadores Répteis].

CCAÇ 3547: Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).

A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).

A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).

O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês. 

Terminada a formação, as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber: (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv) a CCaç.3549 em Fajonquito.

A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de Milícias.

Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.

Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General, providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.

A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.

Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...

A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974
___________ 

Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12795: Convívios (566): 40º aniversário do regresso da CCAÇ 3547 (Os Répteis de Contuboel, 1972/74)... Santa Maria de Lamas, 31/5/2014



Crachá da CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) e guião do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74)




1. Anúncio do próximo convívio anual [vd. acima] e  História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [, Companhia de Caçadores Répteis]:


CCAÇ 3547:  Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).

A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).

A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).

O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês. 

Terminada a formação,  as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber:  (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv)  a  CCaç.3549 em Fajonquito.

A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de  Milícias.

Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia  ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.

Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em  representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General,  providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.

A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.

Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...

A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974.

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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de fevereiro de 2014 >Guiné 63/74 - P12781: Convívios (565): CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71): Alverca, Quinta Marquês da Serra, em 22/3/2014... Organização: Joaquim Lessa, da Tipografia Lessa, Maia, que também é o editor da brochura "Histórias da CCAÇ 2533"