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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7375: A última missão, de José Moura Calheiros, antigo comandante pára-quedista: apresentação do livro (3): Sítio promocional

Visite a página do livro «A Última Missão»


1. Duas mensagens que recebemos hoje, do autor de A Última Missão, José Moura Calheiros:




(i) Caro Amigo Luís: Informaram-me que esteve no lançamento do meu livro. No meio da balbúrdia que aquilo foi para mim,  por causa dos autógrafos, não sei se chegamos a falar.


Muito obrigado pela sua presença.


Penso que a leitura do meu livro vai ajudar a esclarecer algumas discussões travadas untre os membros da Tabanca Grande. Espero não vir a turvar as águas...


Não sei se é possível e se está de acordo com oos regulamentos do blogue, mas, caso seja, agradecia a divulgação deste meu site àcerca do livro.


Com um grande abraço, felicitações e boa sorte para o blogue.


Moura Calheiros


(ii) Caro Amigo Luís:  Vi o blogue e, pelas razões que já lhe referi, não poderei nunca intervir. A senhora que está na mesa é a Prof Doutora Eugénia Cunha, antropóloga, que foi a Coordenadora da Equipa Técnica da Missão a Guidage. 


Talvez tenha interese para o blogue, segue em anexo a intervenção de António-Pedro Vasconcelos, que é uma brilhante peça literária (*)

Com um abraço
Moura Calheiros

2. Visite a página do livro «A Última Missão»


Já à venda nas livrarias
Preço de capa: 27 €


Uma edição
CAMINHOS ROMANOS, Editora
Rua Pedro Escobar, 90 - R/C
4150 - 596 PORTO
Tel./Fax 220 110 532
Telemóvel 936 364 150
e-mail ac.azeredo@hotmail.


3. Comentário de L.G.:

Meu caro José: OK! Obrigado, tive pena de não ter estado consigo... Vi-o sempre muito atarefado, rodeado de amigos e camaradas... Fica para a próxima. Foi uma bela sessão. Cheguei um pouco tarde. Fiz alguns vídeos.  Sinta-se sempre à vontade para utilizar este mail para comunicarmos um com o outro. Tenho pena que não possa juntar-se a este grupo de camaradas e amigos da Guiné, mas entendo as suas razões.
Vou naturalmente divulgar o seu site, como faço com todos os blogues e sítios sobre a guerra da Guiné (1961/74)...  Vou também ler o seu livro com apreço e atenção.

Um Alfa Bravo. Luís Graça

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Nota de L.G.:

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7372: (De) Caras (6): Convidado por Moura Calheiros para o lançamento do seu livro, A Última Missão, Manecas dos Santos, veterano do PAIGC, diz que "cada um de nós estava a cumprir o que era o seu dever" (Diário de Notícias, de 30/11/2010)


Manecas dos Santos, antigo comandante do PAIGC, o homem dos Strela... Diário de Notícias, 30 de Novembro de 2010. Recorte que nos foi enviado por José Moura Calheiros, o autor de A Última Missão (Porto, Editora Caminhos Romanos, 2010) (*) (**).


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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 2 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7371: A última missão, de José Moura Calheiros, antigo comandante pára-quedista: apresentação do livro (2): Excerto de Discurso do autor

(**)  Último poste da série > 21 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7154: (De) Caras (5): Silate Indjai, um dos primeiros guerrilheiros do PAIGC a entrar em Guileje, dirige agora os trabalhos de detecção e limpeza de UXO (Pepito)

Guiné 63/74 - P7371: A última missão, de José Moura Calheiros, antigo comandante pára-quedista: apresentação do livro (2): Excerto de Discurso do autor



Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Intervenção, em último lugar, do autor do livro, A Última Missão, José Moura Calheiros, Cor Pára Ref, depois da apresentação a cargo do realizador de cinema António-Pedro de Vasconcelos (*). Editora: Caminhos Romanos, Porto.


 O título do livro é inspirado na missão, que o coronel chefiou, em Março de 2008, de recuperação dos restos mortais de três soldados pára-quedistas mortos em combate e inumados, em Guidaje, em 23 de Maio de 1973, no perímetro do aquartelamento... Recorde-se aqui os seus nomes: o Manuel da Silva Peixoto, de 22 anos, natural de Vila do Conde; o José de Jesus Lourenço, de 19 anos, natural de Cantanhede; e o António das Neves Vitoriano, de 21 anos, natural de Castro Verde. Um quarto militar da CCP 121, gravemente ferido, acabou por morrer em Bissau.  Os restos mortais de outros camaradas nossos, do exército, em nº de sete, também foram exumados nessa ocasião, em Março de 2008. A missão foi igualmente apoiada pela Liga dos Combatentes, e contou com uma equipa técnico-científica de 3 antropólogos forenses, 1 geofísico e 1 arqueóloga (Conceição Maia, irmão do sold pára Vitoriano)

Essa missão acabou por levar o antigo oficial pára-quedista, José Moura Calheiros, oriundo da Academia Militar, a rever os seus anos de guerra em África, em três teatros diferentes (Angola, Moçambique e Guiné), por ele duramente vividos , com o todo o seu cortejo de boas e más memórias.

Video (13'  32''): © Luís Graça (2010). Alojado em You Tube Nabijoes. Todos os direitos reservados.



«(…) Não se arrisca nada se se disser que A ÚLTIMA MISSÃO, com a sua boa escrita, amplo desenho, factos fortes e consistência, é a melhor peça memorialística sobre a nossa última guerra. Assim, com este seu livro inaugural sobre a guerra que levou ao Fechamento, José de Moura Calheiros, rematando um arco de séculos, ajuda a fechar bem o trabalho iniciado pelos cronistas da Expansão. Mas o valor desta obra não se esgota no reforço da nossa debilitada tradição memorialística, reside também no facto de ser uma resposta da realidade real à altura da melhor realidade imaginada – Nó Cego, de Vale Ferraz, A Costa dos Murmúrios, de Lídia, e Jornada de África, de Alegre – sobre a Guerra Colonial, como a Esquerda lhe chama, ou Guerra do Ultramar, como a Direita prefere.» (...)  (Rui de Azevedo Teixeira, prefaciador da obra)




1. Sinopse da obra (da responsabilidade da Editora Caminhos Romanos-Unipessoal, Lda., com sede no Porto; contacto do editor,  António Carlos Azeredo, na ausência de sítio na Internet:ac.azeredo@hotmail.com)


(i) Em 1973 o autor prestava serviço no Batalhão de Caçadores Pára-quedistas 12 (abreviadamente, BCP 12), com sede na BA 12,  Bissalanca (Guiné)


(ii) Em 23 de Maio desse ano, numa operação por si comandada e tendo como missão atingir e reforçar a guarnição de Guidaje, cercada pelo PAIGC, a Companhia de Pára-quedistas 121 (abreviadamente, CCP 121) sofreu quatro mortos, dos quais três tiveram que ser inumados num cemitério localizado na cerca do aquartelamento daquela localidade;


(iii) Trinta e cinco anos depois, em Março de 2008, o autor regressa à Guiné integrado numa Missão da Liga dos Combatentes destinada a exumar, em Guidaje, os cadáveres daqueles três militares pára-quedistas e de outros sete do Exército;


(iv) O autor conta-nos toda a problemática relacionada com a expedição: os antecedentes, a preparação e o seu desenrolar;


(v) Simultaneamente descreve o ambiente da Guiné de hoje comparando-o com o do tempo da guerra; os usos, costumes e religiões da região de Farim e Guidaje; o sentimento da população em relação ao antigo colonizador; as mágoas dos guineenses antigos militares portugueses por Portugal os ter enganado e abandonado; conversas com velhos guerrilheiros do PAIGC, etc.;


(vi) Ao longo da missão ocorrem situações que lhe fazem recordar o passado, o tempo da guerra; nestes momentos de rebuscar das memórias “assistimos” à evolução da guerra, bem como à do pensamento do autor e do sentimento da população portuguesa em relação a ela;


(vii) Pela ordem temporal das sucessivas comissões, descreve e caracteriza os três Teatros de Operações, sempre como pára-quedista:


(viii) Angola, primeiro, para onde vai cheio de entusiasmo, ideais e utopias, certo de que a guerra seria ganha depressa; os cuidados com a família, o choque com o clima, a grandiosidade de África; a ambientação ao capim e à mata; o encontro com a guerra, ainda mais horrível do que imaginara; a surpresa com as condições de vida das populações refugiadas nas matas; a progressiva perda das ilusões e do entusiasmo com que partira da Metrópole;


(ix) A segunda comissão,   Moçambique; o título do capítulo é sugestivo: “Moçambique, o sacrifício maior”;  drandes distâncias, operações muito prolongadas, falta de meios de apoio; a sede, uma tortura, o maior flagelo; as minas, outro flagelo; a tragédia que foram os Postos Avançados de Combate, instalados como se de uma guerra clássica se tratasse; a operação Zeta, um sucesso que esteve prestes a ser uma grande tragédia;


(x) Por fim, a Guiné, a terceira comissão; a aparente abundância de meios, para quem viera de Moçambique; as primeiras impressões, muito favoráveis, do ambiente social e militar; a degradação progressiva da situação militar a partir da morte de Amílcar Cabral;


(xi) Mais: a “caça” à delegação que a ONU enviara à Guiné; a operação "louca" de protecção ao Comandante-Chefe nas conversações de Cap Skirring; a reocupação do Cantanhez, no sul (Operação Grande Empresa, uma grande, delicada e muito bem sucedida operação); 


(xii) E ainda: os mísseis terra-ar Strela, a procura de aviões abatidos e de restos de mísseis para identificar o utilizado pelo PAIGC; a crise nas fronteiras da Guiné (Maio - Junho de 1973), os dias mais críticos de toda a guerra; a Norte, o prolongado cerco de Guidaje e as sangrentas batalhas travadas em seu redor; a Sul, o terrível assédio a Gadamael, um inferno, ocorrido após a retirada de Guileje (em 22 de Maio de 1973);


(xiii) Os sentimentos dos combatentes nas diversas fases dos com bates e nas pausas da guerra...


 A ÚLTIMA MISSÃO é um livro de sentimentos, os dos soldados e os dos Comandantes, estes nas suas angústias, dúvidas e responsabilidades, enquanto chefes e homens.


Toda esta história real é contada a par da descrição da juventude e da preparação militar dos três Páras inumados em Guidaje e da sua actividade na CCP 121,  a que pertenciam.O livro dá-nos uma noção muito real da forma como os Pára-quedistas actuavam em operações, dos seus sentimentos em cada circunstância e de como era a vida numa Unidade de Intervenção de excelência – o BCP 12. E, também, da idiossincrasia dos Páras portugueses, dos seus valores, ideais e princípios.


____________


Nota de L.G.:


(*) Vd. poste de 29 de Novembro de 2010  > Guiné 63/74 - P7359: A última missão, de José Moura Calheiros, antigo comandante pára-quedista: apresentação do livro (1): Intervenção do cineasta António-Pedro Vasconcelos


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7359: A última missão, de José Moura Calheiros, antigo comandante pára-quedista: apresentação do livro (1): Intervenção do cineasta António-Pedro Vasconcelos


Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Intervenção, em último lugar, do autor do livro, A Última Missão, José Moura Calheiros, Cor Pára Ref, O título do livro é inspirado na missão, que o coronel chefiou, em Março de 2008, de recuperação dos restos mortais de três soldados pára-quedistas mortos em combate, em Guidaje, em 23 de Maio de 1973, e sepultados no perímetro do aquartelamento... Recorde-se aqui os seus nomes: Manuel da Silva Peixoto, de 22 anos, natural de Vila do Conde; José de Jesus Lourenço, de 19 anos, natural de Cantanhede e António das Neves Vitoriano, de 21 anos, natural de Castro Verde.

Essa missão acabou por levar o antigo oficial pára-quedista rever os anos de guerra em África, em três teatros diferentes, por ele duramente vividos, com o todo o seu cortejo de boas e más memórias.



Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > O cineasta António-Pedro Vasconcelos lendo a sua apresentação do livro do Moura Calheiros. Uma belíssima e inteligente "leitura" do livro de um grande militar português feita por um "paisano", que é também um dos grandes nomes do cinema português... Foi o Prof Rui Azevedo Teixeira, o prefaciador, quem sugeriu, ao autor, o nome do realizador de cinema e conhecido analista desportivo para apresentação da obra. Neste excerto Pedro Vasconcelos começa por evocar a nossa péssima relação com a memória... "Sempre me impressionou que os portugueses tivessem uma tão má relação com a memória"... Há um silêncio, nomeadamente no nosso cinema, na nossa literatura, na nossa ficção, sobre os nossos grandes momentos históricos, fruto da nossa tendência para esquecer em vez de lembrar, de ocultar em vez de mostrar, e sobretudo da dificuldade de nos confrontarmos com a verdade, com as ambiguidades e as contradições de que é feita a acção (individual e colectiva) dos homens e de que a história não pode deixar de dar conta...


Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Aspecto geral da mesa. Na ponta direita está Moura Calheiros, ladeado, se não me engano, pelo Director da Academia Militar. Como cheguei atrasado, não consegui saber qual era exactamente a composição da mesa, mas presumo que seja a seguinte, a contar da esquerda: o editor ou o representante da editora, um elemento (feminino) da equipa do Moura Calheiros em Guidaje, uma das antropólogas forenses da Universidade de Coimbra... Não sei quem é 3.º terceiro da mesa, possivelmente o prefaciador da obra, o Prof Rui Azevedo Teixeira, especialista em literatura sobre a guerra colonial... O 4.º elemento era o António Pedro Vasconcelos, naquele momento a discursar.


Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Três guineenses, o Dani, pára-quedista, do BCP 12, o António Estácio e o Manecas dos Santos (que tinha estado há dias com o Pepito no Cacheu, segundo me revelou, nos escassos dois minutos em que falámos. Estivemos juntos no Simpósio Internacional de Guileje, Bissau, 1-7 de Março de 2008, onde apresentámos comunicações) 


Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > O Humberto Reis, o Zé Martins e o Danif, o filho da Dona Rosa, de Bafatá (antigo pára-quedista do BCP 12).


Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Uma longa fila, no final, na sessão de autógrafos... Acabei por não poder cumprimentar o autor, com quem já falei uma vez ao telefone há tempos... Transmitiu-me por sua vez o seu apreço pelo nosso blogue, embora tenha declinado o meu convite para ingressar na nossa Tabanca Grande, por razões que eu entendo perfeitamente.


 
Amadora > Aquartelamento da Academia Militar > Grande Auditório > 29 de Novembro de 2010 > Excerto (segunda e última parte) do discurso de apresentação do livro, por parte do cineasta António-Pedro de Vasconcelos (n. 1939).

Fotos e vídeo (7' 46''): © Luís Graça (2010). Video alojado em You Tube > Nhabijoes. Todos os direitos reservados.


1. Foi hoje apresentado o livro, A Última Missão, do José Moura Calheiros, Cor Pára Ref, ao fim da tarde (mais cedo, um quarto de hora,  do que o que estava anunciado no nosso blogue). A sessão decorreu no Grande Auditório do Aquartelamento da Academia Militar, na Amadora, perante uma vasta de plateia de algumas centenas de pessoas, entre militares no activo e amigos e camaradas do autor, muitos deles ligados ao BCP 12.

Dos membros da nossa Tabanca Grande, consegui localizar o Humberto Reis, o José Marcelino Martins, o Carlos Silva (e esposa), o João Seabra (que forneceu várias fotos de Gadamael ao seu amigo Moura Calheiros), o Miguel Pessoa, a Giselda, o António Martins de Matos, o António Dâmaso, o António Estácio, só para citar alguns com quem falei...

Falei igualmente com o Danif, o filho da Dona Rosa, de Bafatá, irmão das libanesas, e antigo pára-quedista, que serviu na Guiné sob as ordens do Moura Calheiros (, portanto no BCP 12). Perguntou pelo Zé Brás, seu amigo, do tempo de Tomar... Com ele, estava o Manecas dos Santos, que foi convidado pelo Moura Calheiros para estar nesta cerimónia. O forte simbolismo da presença deste antigo guerrilheiro do PAIGC será sublinhado pelo autor do livro, na sua intervenção, a última da sessão. Recorde-se que o Manecas dos Santos foi um dos míticos comandantes do PAIGC,  responsável  pela Frente Norte e pela artilharia (incluíndo os mísseis Strela). Não sei exactamente se foi ele que comandou as forças do PAIGC que, em Maio de 1973,  fizeram o cerco  à guarnição portuguesa de Guidaje. Também não sei exactamente se foi  ele igualmente que comandou a emboscada à CCP 121 de que resultaram as mortes  dos soldados pára-quedistas. Em Maio de 1973, Moura Calheiros era então o 2º comandante e o oficial de operações do valoroso BCP 12.

A apresentação da obra (de cerca de 600 pp.) esteve a cargo do cineasta António-Pedro de  Vasconcelhos, de que se apresenta um excerto com a segunda (e última) parte. 

A obra, que foi vendida na sessão de lançamento a 25 €, tem a chancela da Editora Caminhos Romanos-Unipessoal, Lda., Porto (contacto por e-mail, na ausência de sítio na Internet: ac.azeredo@hotmail.com)


2. Breve nota biográfica sobre o nosso camarada José Alberto de Moura Calheiros:

(i) Nasceu em 1936 no Peso, Covilhã;

(ii)  Frequentou o Curso de Infantaria da Escola do Exército (1954-1957), hoje Academia Militar;

(iii) Foi admitido nas Tropas Pára-quedistas em 1959;

(iv) Cumpriu três comissões de serviço no Ultramar: Angola (1963-1965) e Moçambique (1967-1969) como comandante de Companhia de Pára-quedistas; e, por fim, Guiné (1971-1973) como 2º Comandante e Oficial de Operações do BCP12, COP4 e COP5 e ainda como Comandante do COP3;

(v) Em Tancos, foi Comandante do Batalhão de Instrução, Comandante do Regimento de Caçadores Pára-quedistas e Comandante da Escola de Tropas Pára-quedistas;

(vi) Em 1977-1981, nos seus três últimos anos de actividade como militar,  desempenhou funções de Chefe do Estado Maior do Corpo de Tropas Pára-quedistas;

(vii) Passou à situação de Reserva em Fevereiro de 1981;

(viii) É licenciado em Finanças pelo ISCEF – Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (hoje, ISEG -Instituto Superior de Economia e Gestão);

(ix) Desempenhou funções de técnico economista no Ministério da Indústria, IPE – Instituto de Participações do Estado bem como na Direcção Financeira de empresas;

(x) Dedicou-se mais tarde à gestão de empresas;

(xi) Hoje está reformado e afastado de qualquer actividade profissional.

sábado, 27 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7345: (Ex)citações (113): Para mim, os Páras são os Páras. Vou gostar de ler as histórias d' A Última Missão, de Moura Calheiros (Manuel Amaro)


1. Comentário,  com data de 24 do corrente,  do nosso camarada Manuel Amaro   ao poste P7323


Não vou estar na apresentação [do livro do Cor Pára Moura Calheiros], porque estarei a mais de 300 kms. do local. Tenho o maior respeito e admiração pela Família Pára-quedista.


(i) Em 1970, em Aldeia Formosa, fui chamado a dar uma ajuda às nossas Camaradas Enfermeiras, pois tinham um avião cheio de feridos resultantes de uma operação mal sucedida, no Corredor de Guileje.


(ii) Depois do 16 de Março de 1974 ia sendo informado por um Cap Pára, hoje Major General, sobre o andamento do Movimento e da sua missão quando chegasse o dia certo.


(iii) No dia 11 de Março de 1975, estava ali mesmo, no edificio do Aeroporto que fica mais perto do RALIS.

(iv) No 25 de Novembro de 1975, acompanhei [os acontecimentos] pela Imprensa, Rádio e TV.


Mas, conhecendo as instituições, como conheço, para mim, os PÁRAS são os PÁRAS. E vou gostar de ler as histórias d´A Última Missão.


Manuel Amaro
(ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 2615/BCAÇ 2892,
 Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala,
1969/1971) (*)

Foto: Manuel Amaro, de pé, ao centro,  em Monte Real, no V Encontro Nacional do Nosso Blogue, 26 de Junho de 2010,  ladeado conversando como o Paulo Santiago (à esquerda) e o Victor Tavares (à direita) (**)

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Notas de L.G.:

(*) Último poste desta série > 22 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7319: (Ex)citações (112): O Simples e o Erudito (na Tabanca Grande) (José Brás)


(**) (2) Vd. postes do Victor Tavares onde se evocam os dias trágicos, para a CCP 121, de Guidaje (Op Mamute Doido, 23-29 de Maio de 1973):



 25 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1212: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (1): A morte do Lourenço, do Victoriano e do Peixoto


9 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1260: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (2): o dia mais triste da minha vida

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7343: Recortes de imprensa (35): Manecas dos Santos, o último dos cabos de guerra do PAIGC, que comandou os Strela e o cerco a Guidaje, estará na 2ª feira, 29, no lançamento do livro de Moura Calheiros (Diário de Notícias)

1. Transcrição,  com a devida vénia,  de notícia do Diário de Notícias, de ontem 

Livro junta inimigos da guerra colonial em Lisboa
por Manuel Carlos Freire

Manecas dos Santos, comandante dos mísseis do PAIGC e da sua frente norte, esteve na batalha de Guidaje contra os páras de Moura Calheiros

O coronel Moura Calheiros, que em Maio de 1973 comandou a operação de ajuda aos militares cercados pelo PAIGC no norte da Guiné, convidou o chefe dos seus inimigos naquela batalha para o lançamento do livro A última missão.

"O livro é todo baseado em documentos ou depoimentos. É a história real de uma missão", em 2008, para recuperar os corpos de três jovens pára-quedistas mortos nesses combates em Guidaje e que lá ficaram enterrados, "onde fui recordando factos que aconteceram" durante a guerra colonial, conta Moura Calheiros ao DN.

O livro A última missão  [, imagem da capa à esquerda, cortesia do Diário de Notícias], que é lançado segunda-feira na Academia Militar (Amadora), contará com a presença do comandante da frente norte do PAIGC - e responsável pela artilharia, incluíndo mísseis - que liderava o cerco à guarnição portuguesa de Guidage.

Nessa operação morreram quatro pára-quedistas, três dos quais foram recuperados em 2008 pela Liga dos Combatentes e trasladados para Portugal.

A obra, com cerca de 600 páginas, visa "homenagear os soldados que combateram na guerra colonial em África, prestada na figura dos três rapazes que fui buscar a Guidaje" há dois anos, adianta o coronel reformado.

No livro "chamo a atenção para o papel de muitos militares (os sapadores que picavam as minas, os tripulantes das lanchas, condutores dos rebenta-minas) cujo trabalho tem sido ignorado e que também tem direito a ficar na história", enfatiza ainda Moura Calheiros.
A par dessa atenção "aos heróis desconhecidos" da guerra colonial, são feitas algumas "correcções na história" dominante sobre essa época, refere o militar, admitindo que A última missão possa causar polémica em função das "diferentes formas de interpretar" os factos registados. 


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Nota de L.G.:

Último poste desta série > 21 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7151: Recortes de imprensa (34): A guerra do Manuel Resende, ex-Alf Mil At da CCaç 2585/BCaç 2884 (Correio da Manhã)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7323: Agenda Cultural (90): Lançamento do livro A Última Missão, de José de Moura Calheiros, dia 29 de Novembro de 2010, no Aquartelamento da Academia Militar (António Dâmaso)

1. Mensagem de António Dâmaso*, Sargento-Mor na situação de Reforma Extraordinária, com data de 23 de Novembro de 2010:

Caro amigo,

O Coronel Pára-quedista Moura Calheiros vai lançar o livro em referência. Esta obra narra a actividade das Tropas Pára-quedistas nos três teatros de operações. É baseada em relatórios de operações e depoimentos, faz um enfoque especial aos três camaradas que ficaram para trás no cemitério de Guidage.


Um abraço
Dâmaso



AGENDA CULTURAL

CONVITE


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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 14 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6733: Parabéns a você (132): Recordando outros aniversários (António Dâmaso)

Vd. último poste da série de 2 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7209: Agenda Cultural (89): Lançamento dos livros Estranha Noiva de Guerra, de Armor Pires Mota e Tempo Africano, de Manuel Barão da Cunha (Mário Beja Santos)