Mostrar mensagens com a etiqueta Pel Caç Nat 54. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pel Caç Nat 54. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19859: Tabanca Grande (481): Abel Rei, ex-1º cabo, CART 1661 (Fá, Enxalé, Bissá, Porto Gole, 1967/68)... Autor do livro "Entre o paraíso e o inferno: de Fá a Bissá, memórias da Guiné., 1967/68"... Passa finalmente a sentar-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 792


Foto nº 1 > Guiné > Região do Oio > Bissá  > CART 1661 (1967/68) > Imagem, desolada,  do destacamento de Bissá, no tempo em que lá esteve o Abel Rei, com o 3º Gr Comb...


Foto nº 2 > Guiné > Região do Oio > Bissá >  > CART 1661 (1967/68) > Imagem do destacamento de Bissá, no tempo em que lá esteve o Abel Rei, com o o 3º Gr Comb...


Foto nº 3

Guiné > Região do Oio > Porto Gole > CART 1661 (1967/68)  >  Foto tirada em Porto Gole, com o Abel Rei a escrever algumas linhas do seu diário, mais tarde (em 2003) transformado em livro.


Foto nº 4

Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968  > O 1º Cabo Abel Rei, da CART 1661 (Fá, Enxalé, BissáPorto Gole, 1967/68), de férias, na capital da província. “Vim juntamente com o ‘Conjunto João Paulo’, que fez nesse mesmo dia uma actuação musical em Porto Gole, partindo de seguida numa lancha, pelo Rio Geba, para cá”… Ficou hospedado na Pensão Chantre.


Foto nº 5

Guiné > Região do Oio > Porto Gole > CART 1661 (1967/68) > Monumento ,onde se pode ler: "Para ti, soldado, o testemunho do teu esforço"... No final do ano de 1967, o comando da CART 1661 mudou-se para Porto Gole, passando o Enxalé a ser apenas um simples destacamento, depois na primeira daquelas localidades se terem construído as necessárias instalações para o pessoal, bem como o depósito de material. Foi também construído uma pista de aterragem para aeronaves tipo DO 27.

Fotos (e legendas): © Abel Rei (2002). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional  da Tabanca Grande > 20 de Junho de 2009 > O Abel Rei e a esposa, Maria Elisete, residentes no concelho da Marinha Grande...  O Abel terá conseguido vender, no nosso convívio, mais de três dezenas do seu livro (preço: 10 balas, menos de 100 pp.).

O Abel pertencia, no ano de 2007, à Direcção do Núcleo da Marinha Grande da Liga dos Combatentes (telefone: 244 551 140), exercendo o cargo de Tesoureiro, que teve de abandonar por motivos de saúde.

O livro, na altura,  podia ser encomendado directamente ao Abel Rei, que morava no Beco da R. dos Poços, 1, Lameira da Embra, 2430-126 Marinha Grande / Telem 938 195 700/ Email: abel_rei@hotmail.com (, este endereço já não está atualizado).

Fotos« (e legenda): © Luís Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


São Pedro de Moel > 2010 > Convívio da CART 1661 e Pel Caç Nat 54 > O ex-cap mil, o arquiteto e urbanista  Luís Vassalo Rosa  (1935-2018), ao centro; à esquerda o Abel Rei; e à direita, um alferes da CART 1661, não identificado.

Foto (e legenda): © José António Viegas (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Almeirim > 10 de maio de 2014 >  XXIII Encontro  do pessoal da CCAÇ 1439,  Pel Caç Nat 52, Pel Caç Nat 54, e Pel Mort 1028, que passaram pelo Enxalé (1965/67).  O Abel Rei é o primero da primeira fila, do lado direito. Alguns camaradas nossos conhecidos (e membros ds Tabanca Grande): Henrique Matos (Pel Caç Nat 52), José António Viegas (Pel Caç Nat 54), Júlio Pereira (CÇAÇ 1439). O "Mafra" é a alcunha do Manuel Calhanda Leitão, também já convidado para integrar a Tabanca Grande: foi o organizador do último encontro do pessoal, este ano, em 18 de maio de 2019, na Ericeira... Em 2010, houve um encontro histórico, deste pessoal, o 19º Encontro, onde estiveram presentes, entre outros, o Henrique Matos, o Mário Beja Santos, o Jorge Rosales,o João Crisóstomo, o madeirense António Freitas (um dos quatro alferes da CCAÇ 1439),  o João Neto Vaz, o Luís Cunha, e outros.

Foto (e legenda): © Henrique Matos  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Abel de Jesus Carreira Rei,  ex-1º cabo, CART 1661 (1967/68), ou simplesmente Abel Rei, tem 15 referências no blogue, é amigo da página do Facebook da Tabanca Grande, é autor de um livro de memórias sobre a sua passagem na Guiné, já participou num dos nossos encontros nacionais,  o IV, em Ortigosa, Monte Real, Leiria, em 2009... mas, por lapso, ainda não consta da lista alfabética dos membros da Tabanca Grande.

Na altura, em 2009, foi apresentado, na Ortigosa, como "um dos nossos últimos piras (...), membro da Tabanca Grande". (*)

É mais do que justo reparar, agora,  esse imperdoável lapso. Ele passa a sentar-se, à sombra do nosso poilão, no lugar nº 792.(**)

Ainda recentemente o nosso colaborador permanente, Mário Beja Santos,  volta a fazer a recensão do livro do Abel de Jesus Carreira Rei, "Entre o Paraíso e o Inferno: De Fá a Bissá: Memórias da Guiné, 1967/1968".( Prefácio do Ten Gen Júlio Faria de Oliveira): Edição de autor. 2002. 171 pp. (Execução gráfica: Tipografia Lousanense, Lousã. 2002). (***)


(...) "É mais do que merecido o reconhecimento a este diário de Abel Rei, escrito com tanta sinceridade, envolto em tanta ternura, um registo também da vida de uma unidade que palmilhou o Xime, Amedalai, Denbataco, foi ao Buruntoni e ao Poidom, espalhou-se pelo Enxalé, Missirá e Porto Gole. (...) Temos que ter orgulho neste diário, é o espelho de um homem de fé que vai regressar sereno à sua vida civil, sem traumas nem azedumes. Recomendo vivamente a sua leitura. (...).

Do lamentável lapso temos que pedir desculpas ao nosso camarada Abel Rei e aos  restantes membros da Tabanca Grande.

Já em tempos aqui o dissemos: o Abel Rei  teve, entre outros,  o mérito de pôr no mapa da guerra da Guiné o nome de Bissá, sobre o qual poucos de nós sabiam alguma coisa.   Foi em Bissá que o valente Abna Na Onça, capitão de 2ª linha, balanta, enocntrou a morte...

Um camarada nosso que conheceu bem a região de Porto Gole, Bissá e Enxalé, o Henrique Matos, 1º comandante do Pel Caç Nat 52 (1966/68), também já aqui veio reconhecer que a manutenção de Bissá fora um erro, possivelmente pelo elevado custo, em vidas humanas, que terá acarretado, e pelas dificuldades de reabastecimento da sua guarnição.

2.  Algumas notas biográficas sobre o Abel Rei (que é o único representante da CART 1661, na nossa Tabanca Grande):

O Abel Rei nasceu em 30 de março de 1945, na freguesia de Maceira, concelho de Leiria. O pai era operário vidreiro. A família mudou-se para o concelho da Marinha Grande. O Abel começou a trabalhar bem cedo numa mercearia local, mal acabada a escola primária, aos dez anos. Aos quinze era serralheiro civil.

Mobilizado para a Guiné, serviu na CART 1661, que passou por Fá Mandinga, Enxalé, Bissá e Porto Gole. Partiu em 1 de Fevereiro de 1967 e regressou em 19 de Novembro de 1968.

A companhia teve três comandantes: Cap Mil Art Luís Vassalo [Namorado]  Rosa [1935-2018), Alf Mil Art Fernando António de Sá e Cap Art Manuel Jorge Dias de Sousa Figueiredo.

Depois da tropa, o Abel voltou a estudar, tendo completado o Curso Geral de Mecânica da Escola Industrial.

Citando o prefácio ao seu livro, "Entre o Paraíso e o Inferno: De Fá a Bissá: Memórias da Guiné, 1967/1968,  da autoria .do ten gen ref Júlio Faria de Oliveira, presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, “ainda bem que o antigo combatente Abel Rei escreveu esta história verdadeira, a qual, em minha opinião, é extremamente interessante e duvido que aquela, que ele gostaria de ter escrito, fosse ainda melhor” (p. 17).

Em geral, são notas diárias, de um, dois ou três parágrafos, que o Abel Rei foi redigindo num caderninho que sempre o acompanhava. A primeira tem a data de 1/2/67 (partida do T/T Uíge, do cais da Rocha Conde de Óbidos) e a última data de 19/11/68 (regresso à Metrópole, também no mesmo navio).

Ao todo, são 178 registos diários, em pouco mais de 21 meses de comissão, mais de metade das quais (53,4%) correspondem aos quatro primeiros meses (de fevereiro a maio de 1967). De junho até ao final do ano, escreveu apenas, em média, 4 vezes por mês… No segundo ano (jan-nov 1968), o ritmo da escrita, certamente por cansaço, saturação ou quebra de disciplina, baixou ainda mais: um pouco mais de 3 registos por mês, embora mais extensos, ocupando 4 dezenas de páginas (de 126 a 166).

O Abel Rei tem página no Facebook.
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de julho de  2009 > Guiné 63/74 - P4648: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (19): Os nossos escritores (Luís Graça)

12 de agosto de 2009 > Guiné 63/74 - P4815: Notas de leitura (14): As memórias do inferno de Abel Rei (Parte I) (Luís Graça)

14 de agosto de 2009 > Guiné 63/74 - P4820: Notas de leitura (15): As memórias do inferno de Abel Rei (Parte II) (Luís Graça)

24 de agosto de 2009 > Guiné 1963/74 - P4858: Notas de leitura (16): Memórias do inferno de Abel Rei (Parte III) (Luís Graça)


12 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5983: O mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande (22): As voltas que o mundo dá, graças a um blogue que congrega uma diáspora de combatentes (Beja Santos)

30 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14547: Convívios (671): CCAÇ 1439 (Enxalé, Missirá e Portogole, 1965/67) + Pel Caç Nat 52 e 54... Caldas da Raínha, dia 9 de maio de 2015... Inscrições até este fim de semana... (Maria Helena Carvalho, filha do Pereira do Enxalé / Henrique Matos, ex-alf mil, cmdt, Pel Caç Nat 52, 1966/68)

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19853: Notas de leitura (1183): "Entre o Paraíso e o Inferno (De Fá a Bissá)", por Abel de Jesus Carreira Rei; edição de autor, 2002 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 20 de Maio de 2019:

Queridos amigos,
É mais do que merecido o reconhecimento a este diário de Abel Rei, escrito com tanta sinceridade, envolto em tanta ternura, um registo também da vida de uma unidade que palmilhou o Xime, Amedalai, Denbataco, foi ao Buruntoni e ao Poidom, espalhou-se pelo Enxalé, Missirá e Porto Gole.
A um tempo em que os comandos tomaram a decisão de tirar a sede da Companhia do Enxalé para Porto Gole, perdeu-se a ligação a Missirá, em meu entender um erro crasso, as forças hostis eram as mesmas, de Madina, Belel, a região de Sara-Sarauol, são registos serenos os que o Abel Rei nos deixa, é um homem em conformidade com os seus princípios e valores, chega a refletir sobre as consequências do álcool depois de uma borracheira e lembra como esse mesmo álcool devastou a sua vida familiar.
Temos que ter orgulho neste diário, é o espelho de um homem de fé que vai regressar sereno à sua vida civil, sem traumas nem azedumes. Recomendo vivamente a sua leitura.

Um abraço do
Mário


Faça-se justiça a um belo documento, o diário do camarada Abel Rei

Beja Santos

Aprende-se muito com a releitura de certas obras, no caso vertente do diário da Guiné “Entre o Paraíso e o Inferno (de Fá a Bissá)”, por Abel de Jesus Carreira Rei, confessa-se ter havido uma certa ligeireza na primeira apreciação. É um documento de valor excecional, pela sua simplicidade, pelas páginas tocantes que nos lega falando do correio, das patrulhas, das amizades, dos encontros festivos com gente patrícia ou aparentada, pela genuinidade das apresentações, regista as suas devoções, o que o confunde e deslumbra quando a natureza explode em uníssono, veja-se o que ele escreve em 24 de abril de 1968, um amanhecer em Porto Gole:
“Com sons de todas as distâncias, ouvem-se os mais variados cantares das aves. São cinco horas e vinte minutos da madrugada (do dia, é o melhor termo neste momento!). Há dez minutos que o dia começou a nascer: primeiro lento, sem pressa, como se preferisse não sair da escuridão, depois como a volúpia de um prazer, rápido, com a aclamação de toda a natureza à sua volta. Avista-se entre as árvores espesso nevoeiro, o mesmo que torna húmidas e frias, estas manhãs tropicais – confundindo a mata com o rio, que neste momento apresenta uma crista de areia no meio, a quatro ou cinco quilómetros de mim. Também à minha volta, vejo agora nitidamente os mosquitos, que durante estas duas horas de reforço, tomaram o pequeno-almoço do meu sangue.
Poucos minutos mais volvidos, e já está o dia nascido. O homem encarregado do motor-gerador, já o fez parar. Os abutres vieram até aos limites do rancho ‘fazer limpeza’, enquanto os porcos lá continuam a sua tarefa de demolir tudo com o focinho. Os galináceos limparam do chão os grãos de ‘bianda’ mais próximos; e os cães correm de um lado para o outro (sou obrigado, de vez em quando, a interromper-me, a sacudir os mosquitos da minha pele).
Primeiro poucas, e agora em mais quantidade, as mulheres nativas correm para a fonte – um poço que se encontra rodeado de uma pequena horta, tendo algumas árvores em volta: mangueiros; laranjeiras; e cajueiros – de onde levam água clara, com que se saciarão durante o dia. (Os indígenas, não utilizam filtros como nós para limpar a água; metem-na em bilhas de barro, e ela depois assenta). Com as bilhas cheias, elas já regressam. Na tabanca já se ouve, em ritmo cadenciado, o pilão a martelar na ‘bianda’.
Começa a soprar uma ligeira aragem.
O padeiro já começou a sua tarefa, e o cozinheiro também já remexe os caldeirões. E eu termino… Arma às costas, e deixo o meu posto de sentinela!”.

Em Bissá, andará a cavar, fica cheio de bolhas nas mãos, ele que diz no seu currículo que se iniciou a trabalhar com dez anos ao balcão de uma mercearia no centro da então vila da Marinha Grande, e aos quinze anos já exercia a profissão de serralheiro civil. É uma edição de autor de dezembro de 2002, estou aqui a fazer a confissão de que é obra de valor, um diário autêntico, daqueles que começam a pontuar dia após dia e depois esmorecem, há semanas e meses em branco. Embarca no navio Uíge, faz parte da CART 1661, um dos seus comandantes foi um arquiteto de fama, já falecido, Luís Vassalo Rosa, de Bissau segue para Fá, espera ansiosamente notícias da família, descobre o mundo tropical, a África desconhecida, diz singelamente que acaba de apreciar uma grande plantação de bananeiras, era a primeira vez. Não há perda de tempo, vai-se até ao Xime, descreve-se a tabanca, encontra-se gente de terras próximas. Do Xime vai-se até Enxalé, daqui viaja até Mato de Cão que ele designa por local bastante propício a emboscadas do inimigo, terão ido montar segurança a embarcações militares ou civis. Do Enxalé segue para Porto Gole, dá-se por feliz quando regressa a Fá, é sol de pouca dura, regressa-se ao Xime, encontrou conhecidos dos Pousos de Leiria e de Burinhosa em Alcobaça, é uma operação ao Poidom, estreia-se nos tiros, volta para Fá e regressa ao Xime para uma operação ao Burontoni, capturou-se armamento, deu apoio ao seu colega Saraiva, dos Moinhos de Carvide, que vinha completamente abatido. O cansaço começa a pesar, surgem alguns problemas de saúde, segue novamente para Porto Gole, operações, atribuem funções de vagomestre, em abril de 1967 regista um dia trágico, morreram sete africanos para as bandas de Bissá. “Eu confesso: apesar de estar cá há pouco tempo, vieram-me as lágrimas aos olhos. Tinha morrido um capitão de 2.ª linha, mais seis homens nativos, todos pertencentes à Polícia Administrativa e todos eles com as famílias em Porto Gole. Morria o Capitão Abna Na Onça, corajoso e respeitado pelos negros e brancos”.

Gosta de Porto Gole mas trabalha que se farta. Quando tem saudades, vai para a beira-rio, apreciar a paisagem, ver as mulheres a apanhar uma espécie de caranguejos no lodo. E em maio começa o pequeno inferno de Bissá, um outro local inóspito, entre Mansoa e Porto Gole, destacamento de pouca dura, Spínola pôr-lhe-á termo. Falta água, as colunas de reabastecimento são um suplício, volta por um tempo a Porto Gole, as funções de vagomestre são de imensa responsabilidade. E regressa a Bissá em setembro, o quartel está numa lástima, as flagelações sucedem-se, a tensão é permanente. Nesse mesmo mês de setembro rebenta uma mina anticarro, em consequência quatro mortos e treze feridos graves. Estabelece boas amizades com a gente do Pelotão de Caçadores Nativos n.º 54. O correio é cada vez mais espaçado, sente-se fisicamente em baixo, volta a Porto Gole e ao Enxalé, visita Bafatá, não lhe descobriu interesse. O ano passou e em fevereiro de 1968 passa férias em Bissau, regista um ataque de foguetões à Base Aérea de Bissalanca, volta a Porto Gole em março, anota que as coisas correm mal em Bissá, há cada vez mais emboscadas. Gosta de confirmar dados consultando a história da CART 1661. Spínola visita Porto Gole no início de junho, as coisas estão cada vez pior em Bissá. Em novembro, a sua Companhia é rendida, são colocados no quartel dos Adidos em Bissau, viaja novamente no Uíge para Lisboa. Impossível não registar o que ele escreve quando se despede de nós a bordo do navio Uíge na manhã de 20 de novembro de 1968:
“A minha missão não foi das mais árduas; outros houve que sofreram muito mais. Para esses, irá decerto o carinho de todos quantos nos rodearam através das escassas notícias referidas além-mar. Nada paga tão imensa alegria, de podermos regressar ao lar, e esquecermos tantas e tantas horas que passámos sem dormir, atentos ao inimigo, e depois de o termos aguentado, acarinharmos os nossos camaradas feridos ou chorarmos os mortos. A estes últimos: os heróis desconhecidos desta guerra, aqueles que mais ninguém recordará, a não ser os pais, irmãos, esposas e filhos, a estes, a minha modesta homenagem que se resume a desejar-lhes Eterno Descanso. Irmãos de meses difíceis desta tropa, a minha lembrança por vocês perdurará em mim eternamente, pois eu podia ter sido um de vós!”.

Julgo ter reposto justiça pondo no pódio este magnífico diário do camarada Abel Rei.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 31 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19844: Notas de leitura (1182): Missão cumprida… e a que vamos cumprindo, história do BCAV 490 em verso, por Santos Andrade (8) (Mário Beja Santos)

terça-feira, 21 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19809: Convívios (895): Pessoal que passou pelo Enxalé, em 1965/67, reuniu-se na Ericeira, Mafra: CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54. Organizador, o "Mafra", Manuel Calhandra Leitão. Alguns vieram de longe, como o Henrique Matos (Olhão) ou o João Crisóstomo (Nova Iorque, EUA)


Mafra > Ericeira > Restaurante Onda Mar > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, Porto Gole e/ou Missirá, 1965/67 >   Da esquerda para a direita, dois homens da CCAÇ 1439: o ex-alf mil Sousa (V. N. Famalicão) e  o ex-fur mil Teixeira (Faro), mais o "Mafra" (Manuel Calhandra Leitão, também conhecido por "Ruço"), ex-1º cabo apontador do morteiro 81, Pel Mort 1028, o organizador do convívio.



Mafra > Ericeira > Restauarnte Onda Mar > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, Porto Gole e/ou Missirá, 1965/67 > O Henrique Matos, 1º comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68). Veio de Olhão, onde vive há décadas, mas é açoriano da ilha de São Jorge. É um veterano da Tabanca Grande (desde 22 de junho de 2007, que se senta  à sombra do nosso poilão). Tem cerca de 70 referências no nosso blogue.  


Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1012, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 >  A Maria Helena Carvalho, mais conhecida, carinhosamente, como a Lena do Enxalé, ou só Helena Carvalho, veio das Caldas da Rainha, com o marido, Alberto Carvalho. São dois amigos da Guiné  e membros da nossa Tabanca Grande, com cerca de duas dezenas de referências no nosso blogue. A Helena Carvalho era filha do falecido empresário Amadeu Abrantes Pereira, o Pereira do Enxalé, natural de Seia, proprietário de ums destilaria de cana de acúcar, no Enxalé. As instalações a a sua casa foram abandonados com o início da guerra, em 1962.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1012, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 >  O crachá da CCAÇ 1439, que veio de Nova Iorque no casaco do dono, o João Crisóstomo.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > A neta do Teixeira, que veio de Faro com os avós. O avô paterno era 2º srgt art, do BAC 1, morreu na região de Tombali, em 1973 ou 1974, vítima de mina A/C, segundo bem percebi...Mostrou-me um excerto do "Correio da Manhã"... Mas não fixei o apelido...



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > À esquerda, o Arlindo Alves da Costa, ex-fur mil, DFA, do Pel Caç Nat 54, e à  direita, o  João Vaz,  que foi prisionerio de guerra,em Conacri, libertado no decurso da Op Mar Verde, em 22 de novembro de 1970, vai fazer 50 anos para o ano.( Era fur mil do Pel Caç Nat 52.) Por sua vez, o Pel Caç Nat 54 era comandado pelo alf mil Marchand. A ele pertencia também o nosso grã-tabanqueiro, o algarvio José António Viegas, ex-fur mil.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > Profissionalismo, simpatia, bom marisco, boa relação qualidade-preço: 25 euros pro pessoa. Escolha acertada do "Mafra", a quem demos os parabéns.


Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > O topo da mesa, com o organizador à esquerda, o "Mafra", e à direita o Henrique Matos. Ao fundo, o João Vaz, que mora no Poceirão, Palmela.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > O ex-1º Cabo João Manuel Januário (DFA), com a esposa. O casal vive em Odivelas. O Januário é transmontano. Tive pena de não ter tido tempo para gravar, em vídeo, o seu "cancioneiro de Missirá", uma lengalenga poética com muitas expressões em crioulo. Deixou-me o nº de telemóvel. É um talentoso poeta popular.


Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > Um camarada do Pel Mort 1028, era municiador do morteiro 81. Veio do Cartaxo (ou de Almeirim ?) com o sobrinho, ao lado.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > Mais um camarada e a sua esposa. Lamentavelmente não fixei os nomes...


Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > O Álvaro Carvalho, que fez também a cobertura fotográfica do evento... E, como todos os fotrógrafos, raramente aparece nas fotografias...


Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > Um aspeto geral dos convivas, em sala reservada, e que não eram mais do que um quarteirão... 



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > O João Crisóstomo, ao centro, falando com a arqueólogaa Mila [Simões de ] Abreu, e o seu companheiro, também arqueólogo, de origem sul-africana. Trabalham, ambos na Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real. É uma amiga de longa data do João Crisóstomo, ambos participaram na campanha,  de1995, para salvar a arte ruprestre de Foz Coa. A Mila, especialista em arqueologia da chamada "pré-história", é uma mulher de causas, generosa, afetuosa e solidária... Como o João e a Vilma não podiam, desta vez, delsocar-se a Vila Real, foi ela e o seu companheiro que vieram à Ericeira para estar algumas horas com os seus amigos nova-iorquinos. Foi esta mulhar que há me disse, em Lisboa, na Sociedade de Geografia: "Portugal já devia ter condecorado este homem"... E eu acrescentei: "Já fez mais por Portugal do que muitos diplomatas de carreira"...Mas o Palácio de Belém conhece o seu nome, a sua pessoa e a sua obra como ativista social na diáspora lusitana...



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 >  A Mila, o João e a Vilma.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > À direita, a Felismina, a "patroa" do "Mafra", que o ajudou a organizar o encontro, juntamente com os filhos (um rapaz e uma rapariga). À esquerda, a Alice Carneiro.



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > À direita, o filho do "Mafra", o  Pedro Leitão, que é informático, dono da empresa Skytrails Lda, com sede em Torres Vedras. . À esquerda, o sobrinho do organizador. 



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 > À conversa, à saída da marisqueira, o "Mafra", a Alice e a Mila

Já lá fui a casa dele, o "Mafra", há uns meses atrás. E sobre ele escrevi: "É um grande camarada que está a precisar do nosso carinho e apoio, numa fase de doença que ele felizmente está a superar com grande dignidade, determinação, lucidez e coragem. Tem uma exploração agrícola de 3 heactares, onde faz sobretudo limões, os famosos limões da zona de Sobreiro-Achada, Mafra."... E tem uma bela família!... Todos se envolveram, discretamente, na organização deste evento. 



Mafra > Ericeira > Restaurante Marisqueira OndaMar by Furnas > 18 de maio de 2019 > Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Mort 1028, Pel Caç Nat 52 e Pel Caç Nat 54, que passou pelo Enxalé, 1965/67 >  O João Crisóstomo e o filho do "Mafra", o Pedro Leitão, que empresta "a caixa de correio eletrónico" ao pai... Também gostei muito de falar com ele e incentivei-o a gravar, em áudio e vídeo, as histórias de vida do pai, o nosso camarada "Mafra"... Obrigado, Manel Leitão, por me teres convidado, a mim e à Alice.


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Em cima do joelho, e enquanto a Alice conduzia o carro da Lourinhã até à Ericeira, tive a oportunidade de escrever cinco  quadras em louvor dos bravos do Enxalé... Foram ditas, no fim do almoço, homenageando os presentes e os ausentes, com destaque para o Jorge Rosales, o régulo da Tabanca da Linha, que nos deixou há poucos meses, e que também frequentava estes convívios do pessoal do Enxalé, do seu tempo:



Os bravos do Enxalé,
Gente boa e porreira,
P'ra relembrar a Guiné,
Vieram à Ericeira.

Da América veio o João,
Das Caldas, a Helena,
De Mafra, o Leitão,
Quem não veio, fica com pena.

Andámos por Missirá,
Geba abaixo, Geba acima,
De Bambadinca a Bafatá,
Nenhuma terra, a da prima.

A juventude deixámos,
Por matos, rios, bolanhas,
Se com vida regressámos,
Foi por mil artes e manhas.

P'ró Rosales, com saudade,
E outros que nos deixaram,
Vai o preito da amizade,
Todos aqui os honraram.


Luís Graça 
(CCAÇ 12, Bambadinca, jul 69/mar 71)

_____________

Nota do editor:

(*) Último poste da série > 15 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19790: Convívios (894): eao

quinta-feira, 14 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19584: Em busca de... (296): O ex-1.º Cabo At Alberto de Aparecida Couto do Pel Caç Nat 54 já contactou com o seu camarada José Augusto da Silva Dias, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BART 3873 que o salvou de morrer afogado no rio Geba (Sousa de Castro)

1. Em mensagem do dia 12 de Março, o nosso camarada Sousa de Castro (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74) dá-nos notícia do reencontro entre o ex-1.º Cabo Atirador Alberto de Aparecida Couto e o Soldado José Augusto da Silva Dias da CCS do BART 3873.

Boa noite, 
Caros amigos, em anexo a notícia de que ao fim de 46 anos, dois camaradas se encontraram (por via telefónica) recordando uma quase tragédia passada em Bambadinca em 1973. 

Saudações veteranas, 
Sousa de Castro


Foi com muita emoção que Alberto D’Aparecida Couto, ex-1.º Cabo Atirador do Pel Caç Nat 54 [foto à esquerda], conseguiu encontrar na zona do Barreiro, o amigo José Augusto da Silva Dias, a quem procurava há quarenta e seis anos.
Aconteceu hoje, dia 11 de Março de 2019. Não foi o encontro pessoal como gostaria, foi pelo telefone, através do qual recordaram esse momento quase trágico, com a promessa de se encontrarem em data a designar.

Recordo que o José Dias integrou a CCS do BART 3873 com a Especialidade de Soldado Maqueiro. Foi o homem que no dia 30 de Abril de 1973 salvou o 1.º Cabo Couto de morrer afogado na travessia do rio Geba em Bambadinca quando se virou a canoa que os transportava juntamente com outros camaradas. Quando se apercebeu de que um deles não sabia nadar, lançou-se de imediato à água, conseguindo arrastar para terra o 1.º Cabo Couto.
Esta ação valeu-lhe um louvor pelo Comandante do BART 3873.

Conseguimos!... Foi com esta frase que Susana Couto, filha do 1.º Cabo Couto, exprimiu toda a alegria, satisfação por conseguir que seu pai pudesse agradecer uma vez mais ao seu salvador.

Esta ação foi desencadeada devido à sua persistência, quer através das redes sociais, contactos familiares e outros e, acima de tudo, muita teimosia em atingir objetivos a que se propôs.

********************

2. Algumas palavras do telefonema entre o Alberto Couto e o José Dias.

Conta a sua filha Susana na sua página do Facebook.
Dia 11 de Março de 2019 ás 14,55 horas

A procura acabou! O dia que nunca será esquecido das nossas memórias!
Alberto: Oh Dias! És tu Dias?! Onde é que tu estás? Há 46 anos que te procuro! Onde é que tu estás Dias?!
Foram palavras que nos deixaram em lágrimas quando o meu pai ao telemóvel falou com o camarada que tanto queria encontrar! O camarada, o anjo que lhe salvou a vida há quase 47anos!

Hoje mais que nunca agradeço a Deus e a muita gente que ajudou nesta procura (vocês sabem quem são) cada um terá sempre todo o meu respeito e carinho, nunca me vou esquecer de todo o apoio e ajuda nesta procura que acabou hoje.

Muito obrigada de coração!
Susana Couto

A. Castro,
Ex-1.º Cabo Radiotelegrafista
CART 3494/BART 3873
Guiné JAN72/ABR74
Xime, Bambadinca e Mansambo
11MAR2019
____________

Notas do editor:

Vd. poste de 25 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19529: Em busca de... (294): O ex-1.º Cabo At Alberto de Aparecida Couto do Pel Caç Nat 54 procura o seu camarada José Augusto da Silva Dias, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BART 3873 que o salvou de morrer afogado no rio Geba (Sousa de Castro)

Último poste da série de 27 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19537: Em busca de... (295): SOS, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11, LMPQF, Angola (1971/73)... Procuro o ex-fur mil Morgado, natural da região de Santarém, partilhámos o mesmo camarote no N/M Vera Cruz, trabalhámos juntos, não nos vemos há 46 anos... (António Mário Leitão, Ponte de Lima)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19529: Em busca de... (294): O ex-1.º Cabo At Alberto de Aparecida Couto do Pel Caç Nat 54 procura o seu camarada José Augusto da Silva Dias, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BART 3873 que o salvou de morrer afogado no rio Geba (Sousa de Castro)

1. Em mensagem do dia 22 de Fevereiro de 2019, o nosso camarada Sousa de Castro (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74) enviou-nos para publicação este apelo do ex-1.º Cabo Atirador Alberto de Aparecida Couto que procura o Soldado José Augusto da Silva Dias da CCS do BART 3873.

Boa noite, 
Caros camaradas, em anexo um apelo que gostaria ver publicado no nosso Blogue. 

Saudações veteranas, 
Sousa de Castro 
CART 3494 - Guiné


____________

Nota do editor

Último poste da série de 27 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19445: Em busca de... (293): O sobrinho do Marinheiro Radarista Ademar da Silva, natural de Matosinhos, pede que o ajudem a esclarecer as circunstâncias do desaparecimento de seu tio, em 24 de Junho de 1968, assim como do 2.º Sargento Ricardo Manuel Serpa Bettencourt, natural de Angra do Heroísmo (Artur Santos)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17720: (De) Caras (94): Luís Vassalo Rosa e Sousa Dias Figueiredo, ex-comandante da CART 1661 (Fá, Enxalé, Porto Gole, 1967/68), juntos pela primeira vez, 2010, em São Pedro de Moel (José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54, Porto Gole e Ilha das Galinhas, 1966/68)


Foto nº 1 > São Pedro de Moel > 2010> Convívio da CART 1661 e Pel Caç Nat 54 > O ex- cap mil Luís Vassalo Rosa, hoje arquiteto e urbanista (*)


Foto nº 2 >   São Pedro de Moel > 2010 > Convívio da CART 1661 e Pel Caç Nat 54 > O capitão Rosa ao centro; à esquerda o Abel Rei; e à direita, um alferes da CART 1661, de que não me lembro o nome


Foto nº 3 > São Pedro de Moel > 2010 > Convívio da CART 1661 e Pel Caç Nat 54 > O corte do bolo...


Foto nº 4 > São Pedro de Moel > 2010 > Convívio da CART 1661 e Pel Caç Nat 54 > O ex-capitão Luís Vassalo Rosa e o ex-capitão Dias Sousa Figueiredo, que  substituiu o primeiro no comando da companhia,

Fotos (e legendas): © José António Viegas (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de 28  de agosto último, enviada pelo José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54 (Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68), em resposta ao pedido formulado no poste P17693 (*):


Caro Mário (*)

Capa do livro do Abel Rei ,
edição de autor, 2002 (***)
Quando o Capitão [Luís Vassalo]  Rosa chegou ao Enxalé,  já me encontrava com o meu Pel Caç Nat 54 em Porto Gole. Pouco contacto tive com ele,  se não estou em erro ainda fiz uma operação e fomos a Bissá com ele e  a sua CART 1661.

Depois disso soube que adoeceu e foi substituído pelo o Capitão [Sousa Dias] Figueiredo.

Voltámos a encontrar-nos em 2010, num almoço da companhia e do Pel Caç Nat 54 em S. Pedro de Moel, em que se conseguiu juntar os dois capitães que nunca se tinham encontrado.

Ai vão algumas fotos do encontro [, reproduzidas acima].

 O Abel Rei que até já publicou um livro  ("Entre o paraíso e o inferno: de fá a Bissá")  será a pessoa indicada para falar do Cap Rosa

(***) Refereência completa:  Abel de Jesus Carreira Rei – "Entre o Paraíso e o Inferno: De Fá a Bissá: Memórias da Guiné, 1967/1968". Prefácio do Ten Gen Júlio Faria de Oliveira. Edição de autor. 2002. 171 pp. (Execução gráfica: Tipografia Lousanense, Lousã. 2002)