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sábado, 3 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22340: Tabanca da Diáspora Lusófona (16): Eh, malta da Tabanca do Atira-te ao mar, quando é que é o próximo "círio" ao Santuário da Senhora dos Remédios, Cabo Carvoeiro, Peniche ? (João Crisóstomo, Nova Iorque)


Lourinhã, 13 de dezembro de 2014. Comércio tradicional, animação de rua, promovida pela junta de freguesia local. Grupo de Gaiteiros da Freiria, Torres Vedras

Vídeo (1' 45''),alojado em You Tube / Luís Graça



1. Primeira parte de mensagem do João Crisóstomo, enviada no dia 1 do corrente:
 
Date: quinta, 1/07/2021 à(s) 12:10
Subject: "Atira-te ao mar" e aparece...
 
Meu  caríssimo mano, Luís Graça, meu  comandante, camarada,…

 "Atira-te ao mar" ou "pega o avião"… "E vai onde a gana te chama"…

Isto aplica-se da mesma maneira aos que estão aqui e esperam melhores ventos para ir a Portugal como aos que estão por aí e vêm há anos a adiar viagens aos USA e a outros  destinos...

Isto vem a propósito dos três "posts" sobre o Círio  ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal. (*)

Não conheço esse Santuário  mas este lugar que,  graças ao blogue,  vim a descobrir agora, como sucede com tantas coisas maravilhas por esse país fora, fez-me avivar ainda mais a minha gana de ir até Portugal. Para  com o auxílio e talvez mesmo a companhia  de alguém que me possa informar  e elucidar sobre estas coisas,  visitar este e tantos tesouros escondidos que precisam de ser redescobertos.

 Hoje, como  quase todos os dias, levantei-me cedo e depois duma chávena de café fui ver os emails e visitar a "minha Tabanca Grande ",  já  que as de Enxalé e Porto Gole e Missirá   são memórias queridas , mas que apenas aparecem quando algum camarada as chama nos seus posts de recordações.

Desta vez deparei-me com estes posts sobre o "Círio ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal", este lugar lindo que ainda não conheço, mas que vai ser das primeiras coisas a visitar quando voltar a Portugal. 

Aqueles azulejos fizeram-me abrir a boca de espanto, aquelas salas cheias de recordações e mensagens de fé de camaradas nossos emocionaram-me. E no meio deste deambular entre os posts apareceu um outro post do Beja Santos sobre a "Sociedade de Geografia de Lisboa" (**) que me fez parar também. 

Depois fui deparar com os meus queridos camaradas "quase em pessoa", tão vívidas são as imagens e momentos aí lembrados: As fotos da "Eugénia, Luís Graça, Jaime Silva. Alice Carneiro, Conceição Ferreira (viúva do Eduardo Jorge Ferreira, 1952-2019), Joaquim Pinto Carvalho, Esmeralda Costa e Maria do Céu Pinteus…" a mostrarem a alegria e satisfação do momento…

"O régulo, Joaquim Pinto de Carvalho, 62 anos depois, sentado no chão a guardar o tacho" ... que até parece pela sua postura e das suas mãos estar a chamar-me a mim e à Vilma:"cheguem-se , cheguem-se que há para todos!"
… 

A São ( a Conceição Ferreira, viúva do nosso saudoso Eduardo) e o Jaime Silva, a "fazerem negaças" para nos juntarmos ao próximo Círio à Senhora dos Remédios em Peniche.

Se este Círio no Carvalhal me era desconhecido,  o mesmo não sucede com o de Peniche que tenho visitado muitas vezes. Quando era miúdo,  meu pai falava muito dele e das "peregrinações a pé"  das gentes da Bombardeira,  dos Casais  do Cano, da  Póvoa de Penafirme, Casais  das Paradas, Sobreiro Curvo, A-dos-Cunhados e  outras terras vizinhas que  aí peregrinavam  todos os anos. Da alegria da partida e do cansaço do regresso...

 Puxa vida, que posts assim  até me fazem  sofrer . Quando é que este malvado vírus desaparece? A olhar e ver estes posts até parece que a normalidade voltou, mas logo leio outras informações, avisos  e não sei quantas coisas mais que me fazem conter o meu entusiasmo. E a decidir ter paciência  e esperar .

(...) Instrui-me para não esquecer ( como se fosse preciso lembrar-me !) de te  enviar ti, à Alice e demais amigos de quem tantas saudades temos   um grande abraço. (**)

João e Vilma 

2. Resposta do editor LG:

João, eu também sou daqui, do Oeste como tu, e nunca tinha ao Santuário do Senhor do Carvalhal, a 25 km da minha terra... Mas tenho a nostalgia dos círios (nomeadamente,  do Seixal) que passavam e paravam na Lourinhã, em carros engalanados, e com o gaiteiro, o tocador de gaita de foles, à frente!...

Música encantatória, a da gaita de foles. Havia um na Atalaia, mas o mais famoso era do teu concelho, Torres Vedras, o Joaquim Roque... Mas a tradição não vai morrer... Há gente, malta nova, aqui no Oeste, a manter viva a gaita de fole(s), como por exemplo o Grupo de Gaiteiros da Freiria.

Quanto ao que me perguntas... A próxima caminhada até ao Santuário da Senhora dos Remédios, junto ao  Cabo Carvoeiro (c. 20 km desde a Lourinhã, ao longo da costa: Praia da Areia Branca, Paimogo, São Bernardino, Consolação, Peniche...) deve ser daqui a duas semanas... Eu, infelizmente, só poderei ir de carro, depois da sessão de fisioterapia que acabá às 12h20... Vou juntar à devoção, o prazer do convívio...  e de uma sardinhada no restaurante Toca do Texugo, mesmo ali ao lado... com as Berlengas à vista!

Mas ainda não recebi convocatória do régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Joaquim Pinto Carvalho, e/ou do seu adjunto, Jaime Silva.  Haveremos de matar saudades, quando tu e a Vilma puderem cá voltar. Oxalá/Enxalé/Inshallah  seja em breve. Saúde e chicorações fraternos... E muito cuidado com a 4ª vaga da maldita Covid-19. Luís
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22331: Tabanca do Atira-te ao Mar (5): O "círio" ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal - Parte III: Os painéis de azulejos com os nomes dos círios

(**) Último poste da série > 1 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22333: Tabanca da Diáspora Lusófona (15): Convite do João Crisóstomo e da Vilma Kracun, aos seus vizinhos de rua, para se juntarem em convívio pós-Covid... no 14 de Julho, dia nacional da França... Um exemplo muito bonito de boa vizinhança e multiculturalismo!

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22331: Tabanca do Atira-te ao Mar (5): O "círio" ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal - Parte III: Os painéis de azulejos com os nomes dos círios


Foto nº 1 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > Altar campal no sítio das antigas cocheiras > Painel com os nomes das terras da região (Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras) que, historicamente, realizam os círios ao Santuário



Foto nº 2 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > Altar campal no sítio das antigas cocheiras >  Painel do Merendeito (Lourinhã), Carvalhal (Bombarral), Papagovas (Lourinhã)  e Seixal (Lourinhã)



Foto nº 3 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) >  Altar campal no sítio das antigas cocheiras > Painel  de Ribeira de Palheiros (Lourinhã), Maxial  (Torres Vedras), Ferrel (Peniche), Atouguia da Baleia (Peniche) e Bolhos (Peniche)



Foto nº 4 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > 
 Altar campal no sítio das antigas cocheiras > Painel de Casais do Rijo e das Campaínhas (Lourinhã), Carrasqueira (Torres Vedras), Sobral do Parelhão (Bombarral) e Casalinho das Oliveiras (Lourinhã)
 


Foto nº 5 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) >  Altar campal no sítio das antigas cocheiras > Painel  da Marquiteira (Lourinhã), Adão Lobo (Cadaval), Campelos (Torres Vedras), Cabeça Gorda (Lourinhã e Torres Vedras)


 1. Azulejos, pintados à mão, do altar campal, construído no sítio das antigas cocheiras. Não sabemos a data nem conseguimos identificar o autor e a fábrica. Mas devem ser relativamente recentes. Talvez de finais do séc. XX. (Talvez sejam da Oficina Brito, Caldas da Rainha.)

Para além do eventual valor estético e documental, têm inegável interesse socioantropológico, para o estudo daquele santuário e da história dos seus círios. Não resisti a fotografá-los, por ocasião do 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã).(*)

A Lourinhã, com 8 círios, é o concelho que mais vezes aflui a este Santuário ao longo do ano. Segue-se Torres Verdas (com 4), Peniche (com 3), Bombarral (com 2) e Cadaval (com 1). Mas parece que fica aqui o círio da Bufarda (Peniche), que se realiza a 29 de junho. (De qualquer modo, este ano não vimos lá ninguém, talvez devido à pandemia; e a verdade é que o da Bufrada não consta do registo da página oficial do Santuário.)

Para o ano, a Tabanca do Atira-te ao Mar vai oficializar a sua candidatura a Círio do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal. Os tabanqueiros gostaram e já apontaram a data nas agendas: 29 de junho de 2022... 

O próximo "círio" será ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Cabo Carvoeiro, Peniche. Em data a anunciar.... Aceitam-se inscrições. Almoço: Restaurante Toca do Texugo.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22330: Tabanca do Atira-te ao Mar (4): O "círio" ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal - Parte II: O que resta dos ex-votos dos antigos combatentes da guerra do ultramar


Foto nº 1 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu > Móvel com ex-votos de militares, na sua maioria do tempo da guerra do ultramar,  sob a forma de retratos emoldurados, como prova de gratidão ao Senhor Jesus... Esta amostra é o que resta de uma coleção muito maior, que foi destruída por cheias aqui ocorridas há anos. Na realidade, trata-se de um "nucleo museológico", composto de algumas centenas de peças, e que ocupa apenas uma sala térrea,
 

Foto nº 2 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu > Mais um aspecto das peças que estão expostas, sem legendas nem qualquer tratamento temático.


Foto nº 3 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu >  Ex-voto:

 "Ao Nosso Senhor Bom Jesus do Carvalhal ofereço a foto de militar para que me proteja sempre nas terras do Ultramar, Angola, João Carlos Jesus Marques"

 Foto nº 4 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu >Ex-voto: 

"Boas festas a todos os visitantes ao Senhor Bom Jesus do Cavalhal…

Meu Bom Jesus do Carvalhal: aqui lhe ofereço e outras coisas mais, eu não pude cá vir, mas mandei [ pelos] meus queridos pais este retrato doloroso: é de um homem cheio de fé, ao tirar este retrato encontrava-se em defesa da província da Guiné.

Meu Bom Jesus, eu estou na Guiné a lutar, peço a Deus e a Todos os Santos para sempre me acompanhar, este forte pedido lhe faço. Julgo ser aquilo que eu penso, um pedido com muita fé. Eu um dia o recompenso no regresso da Guiné.

 Meu Bom Jesus, eu de si me despeço, cheio de fé, este soldado fiel que se encontra na Guiné e foi criado no lugar de Ferrel.

Soldado João Miguel da Purificação Rosa, nº 155326/72, A.P. Morteiro, SPM  4238".

 

Foto nº 5 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu > Ex-voto: 

"João da Costa, lugar das Matas, freguesia de Lourinhã"




Foto nº 6 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu > Ex-voto: 

"Senhor Jesus, tenha piedade de mim e de todos aqueles que lutam pela Pátria. Manuel Pinto da Fonseca. Peniche"
 

Foto nº 7 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 >  Museu > Ex-voto:

" Ofereço a fotografia do meu querido irmão ao Bom Jesus do Carvalhal ao ter cumprido o tempo do seu serviço militar sem novidade alguma. Maria Alice Lima [ ?]  Alexandre, Adão -Lobo  [ Cadaval]." 

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2021). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1.  Não temos falado aqui dos ex-votos, ofertados por antigos combatentes (ou seus familiares), e que existem em todos os nossos santuários, de Norte a Sul do País... Não sei se há estudos sobre estas manifestações de religiosidade, cristã, mas de origem pagã, como muitas outras práticas...

Diz o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:

ex-voto
ex-voto | n. m.
ex·-vo·to |ó|
(latim ex voto, por causa do voto)

nome masculino

[Religião católica] Peça de cera, de plástico ou de madeira que representa uma parte do corpo humano, podendo ser também uma madeixa de cabelo, um quadro, uma placa ou outro objecto, que os crentes oferecem a Deus, a Nossa Senhora ou a algum santo e que depositam em lugar de culto ao cumprirem um voto ou uma promessa (ex.: o tecto da capela está repleto de ex-votos pendurados em sinal de gratidão).

"ex-voto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/ex-voto [consultado em 30-06-2021].


2. Não frequento santuários, a não ser em viagens turísticas (*). Por feliz acaso, apanhei ontem aberto o "museu" (sic) do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal (**).

Sabemos que os edifícios, adjacentes ao Santuário do Carvalhal (casa dos romeiros, cocheiras, parque de merendas,  etc.) degradaram-se com o tempo. A recuperação e a remodelação do Santuário e espaço envolvente foram feitas pelos diversos párocos da freguesia do Carvalhal e pela comunidade cristã local. Não sabemos exatamente ao que aconteceu aos ex-votos ali deixados, ao longo do tempo. Terão ficado ao abandono e uma grande parte terão sido destruídos pela água, em resultado de inundações, foi o que me disse o meu amigo e camarada Jaime Silva.

Aqui ficam algumas fotos que fiz ao acaso, sem qualquer critério. Pode ser que suscitem o interesse dos estudiosos ea curiosidade dos nossos leitores. (LG)

_________

Notas do editor:


(*) Vd. poste de 31 de dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9296: Blogpoesia (174): Dies irae! (Luís Graça)

Guiné 61/74 - P22328: Tabanca do Atira-te ao Mar (3): O "círio" ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal - Parte I: como há 62 anos, em 29 de junho de 1959...


Foto nº 1 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > Esperemos que seja o primeiro de vários que ainda tencionamos fazer nos próximos anos... se o Senhor Bom Jesus do Carvalhal nos der vida e saúde... Da Lourinhã até lá, por estrada e camimhos rurais forma 25 quilómetros a pé, realizados em menos de seis horas (das 7h00 às 13h00).


Foto nº 2 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > NO parque das merendas, retemperam-se depois as forças... Da esquerda para a direita: Eugénia, Luís Graça, Jaime Silva. Alice Carneiro, Conceição Ferreira (viúva do Eduardo Jorge Ferreira, 1952-2019), Joaquim Pinto Carvalho, Esmeralda Costa e Maria do Céu Pinteus... A foto foi tirada pelo Xico Costa.


Foto nº 3 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de... 1959 > Foi há 62 anos, que o futuro régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, foi com a família, em carro de bois enfeitado, do Cadaval até ao Carvalhal (cerca de 7 km), com toda a família (pais, mais 6 rapazes e 3 raparigas, alguns já casados e com filhos)... O Joaquim Pinto de Carvalho, aqui com 11 anos, é o rapaz de boné, da primeira fila. 


Foto nº 3A > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de... 1959 > Há 62 anos, o futuro régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, "agarrado ao tacho"... A seu lado, o  sobrinho Luís
... (Foto do álbum do Joaquim Pinto Carvalho)
 

Foto nº 4 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) >  O régulo, Joaquim Pinto de Carvalho, 62 anos depois, sentado no chão a guardar o tacho ( com o caldo verde feito pela Conceição Ferreira, que também chegou a vir a este santuário, com o seu querido e saudoso Eduardo  ...


Foto nº 5 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > A Conceição Ferreira, viúva do Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) cuja memória recordámos com saudade.


Foto nº 6 > Bombarral > Carvalhal > Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > O Jaime Silva, que em jovem, também vinha ao Santuário, integrado no círio do Seixal, que se realizava (e continua a realizar-se) no dia 7 de setembro.  Ao fundo, eram as antigas cavalariças ou currais onde os romeiros guardavam os seus animais (burros, cavalos, machos)... A casa da ponta esquerda aloja hoje um pequeno museu. O Santuário também também tinha casas para os peregrinos ou romeiros.



Foto nº 7 > Bombarral > Carvalhal > Recinto do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal > 29 de junho de 2021 > O 1º "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã) > O Joaquim Jorge, a sair do carro,  também nos quis fazer uma visita de surpresa... O régulo da Tabanca de Ferrel, que fez em pouco tempo duas opreações à coluna, continua a escrever os seus livros: tens dois para lançar, um com versos da sua lavra e outro sobre a praia do Baleal... O círio de Ferrel continua a ser o maior círio que vem a este Santuário. Na foto, à direita, o Joaquim Pinto Carvalho e a Alice Carneiro.

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2021). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A ideia foi do régulo... Queria comemorar a ida ao Santuário de há 62 anos atrás... Precisamente em 29 de junho de 1959. Tinha ele 11 aninhos... Foi lá com a família, de carro de bois, todos em fato domingueiro, que o dia era de festa rija... 

Os restantes tabanqueiros da Tabanca do Atira-te ao Mar (... e Não Tenhas Medo!) alinharam: uns iriam a pé, outros iriam lá ter de carro... Até porque que havia de necessidade de dois ou três carros para trazer de volta os romeiros e de dar o necessário apoio logístico.  

A peregrinação, por estradas e caminhos rurais, foi um pouco mais "puxada" do que o previsto. Mas todos os corpos e almas se portaram bem. E o desafio foi conseguido. Fica desde já marcado o próximo para o dia 29 de junho de 2022.

A pouco e pouco, o "tabancal" começa arriscar a aparecer mais vezes em grupo e em pequenas saídas como esta...Ontem fomos nove, para o ano esperamos poder ser mais.  Aqui fica uma primeira reportagem. 

A ideia é também dar ânimo aos demais amigos e camaradas de outras tabancas da Tabanca Grande.  Para uma das próximas semanas, está já "apalavrada" a ida ao Santuário da Senhora dos Remédios, no Cabo Carvoeiro, Peniche... com sardinhada no restaurante Toca do Texugo... A distância   é  mais curta, 19 km.  Na altura podemos alargar o grupo... Já estamos todos vacinados e com os respetivos certificados digitais, como convém. (LG)

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Notsa do editor:


(**) Último poste da série > 5 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21418: Tabanca do Atira-te ao Mar, Porto das Barcas, Lourinhã (2): A despedida do verão ou a vida que segue dentro de momentos (texto e fotos: Luís Graça)

terça-feira, 29 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22325: Tabancas da Tabanca Grande (7): O "círio" da Tabanca do Atira-te ao Mar ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal parte hoje, às 7h00 da manhã...


Igreja do Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal... Cortesia da página do Facebook do Santuário.


1. Hoje, dia 29 de junho, dia de São Pedro, um dos três santos populares juninos, alguns dos mais valentes tabanqueiros da Tabanca do Atira-te ao Mar (Porto das Barcas, Lourinhã), vão fazer um "círio" ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal. A partida está marcada paras as 7h00. Na Lourinhã... Uns vão a pé (cerca de cinco de horas); outros vão de carro.

O Santuário localiza-se na freguesia do Carvalhal, no concelho de Bombarral, distrito de Leiria, diocese de Lisboa, em Portugal, a c.. 25 km da Lourinhã.

Este santuário é, desde há séculos, um  local de peregrinações, círios, feiras e romarias, vindas das mais diversas partes da região (Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Peniche, Torres Vedras). Os círios realizam-se sobetudo no verão, indo de maio a outubro. E têm datas fixas.

(...) "Os Círios são outra manifestação religiosa presente neste Santuário com características populares onde algumas comunidades cristãs, desde tempos antigos, organizam peregrinações ao Santuário do Senhor Jesus para louvar e dar graças em cumprimento de promessas. Nestas celebrações mantêm-se as tradições antigas como o Canto da Loas e a Gaita de Foles; depois das três voltas em redor do templo fazem as ofertas dos frutos da terra." (Fonte: Santuário Senhor Jesus)

A motivação dos tabanqueiros da Tabanca do Atira-te ao Mar é  a mais diversa diversa: uns vão para matar saudades do tempo de infância e adolescência em que iam integrados em peregrinação de família ou no círio da sua terra, sendo esta uma festa sacro-profana;  outros vão por simples curiosidade etnogáfica; outros  por devoção; e outros ainda  pelo lado lúdico... Fazer uma caminhada, a pé, de cinco / seis horas horas é obra na nossa idade...Mesmo com o apoio do "carro vassoura"...

No adro do santuário, sob frondosas árvores seculares, fazer-se-à depois um piquenique: a "chef" Alice fez uma tachada de "dobrada à moda da Lourinhã" (ou "tripas à moda do Porto", conforme lhe quiserem chamar)...Cada "peregrino"  ou "romeiro" acrescenta mais qualquer coisinha ao farnel coletivo: o pão, o vinho, as azeitinas, o queijo, as pataniscas, os pastelinhos de bacalhau, a sericaia, etc... que "o santo é pobre mas bem agradecido"... 

O que importa, afinal,  é o convívio e o melhor conhecimento das tradições populares da nossa região estremenha. E, nos tempos que correm, exorcizar os fantasmas, reais e imaginários, desta pandemia que teima em não deixar-nos em paz...

A escassas centenas de metros do Santuário fica a Quinta dos Lorigos, Bacalhôa Budda Eden, que tabém vale uma visita...


2. Sobre o a história do Santuário, lemos na Wikipedia:


(...) Remonta a uma primitiva ermida sob a invocação de São Pedro, padroeiro da freguesia desde o século XIV.

A atual igreja remonta ao século XVI, tendo ruído a primitiva, provavelmente, no grande terramoto de 1531. Pelas descrições feitas nos assentos de óbito, pode verificar-se que no início do século XVII a igreja já tinha as feições que tem hoje. As memórias paroquiais de 1758 não referem qualquer dano causado pelo terramoto de 1755, facto que a ter acontecido deveria ter sido referido, uma vez que era uma das questões colocadas.

Nas aludidas memórias paroquiais, de 1758, é referida a existência dos altares colaterais (um deles já é referido em 1607, num assento de óbito, dedicado a Nossa Senhora da Graça) e a capela-mor já é descrita com as características que tem hoje, nomeadamente o facto de o altar-mor estar separado da tribuna, sem santos na banqueta, com duas imagens a ladear a tribuna, e no vão da tribuna a imagem do Senhor Jesus. Esta descrição da igreja, assim como os assentos de óbito, e as características das cantarias do arco do cruzeiro e dos altares colaterais e da talha dourada do camarim da imagem do senhor Jesus, contrariam a lenda de que a construção da igreja é do século XIX.

Dos finais do século XIX e inícios do século XX, será a capela do Senhor dos Passos, as tribunas da capela-mor, os braços laterais do coro alto e alguns elementos decorativos, como estuques, azulejos e talha dourada. (...)




 3. Lenda da imagem do Senhor Jesus:

Segundo o nosso camarada Joaquim da Silva Jorge, natural de Ferrel, ex-alf mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66, BCAÇ 619, Catió, 1964/66), de "Ferrel através dos tempos" (edição de autor, junho de 2019, 388 pp.),, há várias versões da lenda, mas é esta que se cont na sua terra:

(...) "Vinha um almocreve de Ferrel como seu burro,  carregado de peixe para vender, e viu um grande caixa  que as ondas tinham arrojado à praia. Pegou na caixa  sem grande esforço, apesar das dimensões, e  pô-la em cima do burro, continuando o seu caminho até ao local  da venda do peixe. Depois de ter andado muito tempo, a caixa começar a ficar cada vez mais pesada até que, chegando a um ponto mais alto com árvores, onde existia uma pequena capela em honra de  São Pedro, o burro não conseguia aguentar nem andar mais. Então o homem  descarregou a caixa  e foi chamar   o prior, que a abriu. Depararam-se então com a imagem de Jesus crucificado, que foi recolhida e exposta à veneração pública.  A história depressa de espalhou  e deu origem ao início da devocção dos círios" (pp. 125/126).

4. O círio de Ferrel, uma festa sacro-profana

O círio de Ferrel é, historicamente,  "o maior, em duração de tempo e em número de pessoas, que visita o Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal" (p. 127). Nas páginas 127/133, o Joaquim Jorge descreve, com detalhe, o ritual do círio da sua terra, dos anos 60, e as loas que se cantavam durante três dias (sábado, domingo e segunda-feira). Este círio realiza-se sempre no 4º domingo de setembro. Já o do Seixal da Louirinhã é em dia fixo, o dia 7 de Setembro, integrado nas festas anuais da terra.

Vale a pena voltar a reproduzir aqui o supracitado autor, com a reconstituição da memória do Círio de Ferrel:

(...) "Começava sexta-feira, com o gaiteiro a tocar pelas ruas da povoação, anunciando o início da festa. A partida era no dia seguinte, sábado, depois do almoço, Um pouco antes tocava o sino da igreja para lembrar que estava próxima a hora da partida.  No Largo  de Nossa Senhora da Guia juntavam-se os que iam e também os que ficavam. Estes iam ver a partida do Círio. O Juiz da festa  levava o Guião com a cruz a abrir e a seguir o Anjo  com a bandeira do Senhor Jesus e atrás uma grande multidão. Iniciavam-se assim três voltas à igreja, findas as quais o Anjo dava o sinal de partida cantando as loas da despedida da nossa aldeia" (pág. 127).

(...) Apareceu o belo dia / Por nós todos desejado / Dia de gozo e prazer / A Jesus dedicado (...) (pág. 128).

(...) "O sino tocava a repique e começava a partida em galeras, trens, carroças, burros e alguns a pé, talvez cumprindo alguma promessa. Todos levavam enxergas e mantas, galinhas e coelhos e, no princípio da semana, já tinha partido a galera do João Maltez, carregada de lenha para todos. Seguiam pela Atouguia, Serra d'El-Rei, Olho Marinho, Pó, Roliça e São Mamede e costumavam parar e saudar as igrejas destas localidades.

(...) "Finalmente chegava-se ao Santuário. Ao portão do recinto esperam aqueles que partiram nas vésperas. Formava-se a procissão com o guião, o pendão, os mordomos,  o Anjo e o povo e iniciavam-se as três voltas à igreja em louvor da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, no fim das quais o Anjo cantava as Loas da chegada que rezavam assim:

(...) Vinde ó povo desta terra / O Senhor Jesus venerar / Dia em que o Círio de Ferrel / O vem aqui visitar (...) (pág. 129)

(...) "Logo após, entrava-se na igreja para uma primeira visita ao Senhor Jesus, deixando o Guião e o pemdão junto do altar. Entretanto ocupavam-se as casas dos romeiros; acomodavam-se. As mulheres fazaim o jantar enquanto  os homens iam  arrecadar os animais nas cocheiras e tratar deles. Depois do jantar. já noite dentro,  começava o bailarico. Os povos das aldeias vizinhas eram avisados pelo foguetório. Os rapazes eram livers de dançarem com todas as raparigas, os homens com todas as mulheres, os habitantes das aldeias vizinhas com as nossas raparigas e os nossos rapazes  com as raparigas de lá; trocavam-se pares durannte a dança. O folguedo prolongava-se até  de madrugada.

"Chegava o domingo com a 'Festa de Igreja' ou Missa que era celebrada pelas quinze horas. A manhã era aproveitada para visitar a imagem do Senhor  Jesus, beijar-lhe os pés, deixar uma esmola, colocar uma vela ou pagar alguma promessa. Entretanto as mulheres iam preparando o almoço que era ao ar livre. (...) 

"A festa da igreja começava com a saudação solene ao Senhor Jesus cantada pelo Anjo:

(...) Bendita é a cruz / Do Senhor Sagrado / Em que o Bom Jesus / Foi por nós pregado  (pág. 130) (...)

(...) "Depois da missa começavam as arrumações  dos apetrechos levados e a aparelhar os animais e por volta das 17 horas formava-se a procissão para dar três voltas à igreja (...) Na despedida o Anjo cantava assim: 

(...) Adeus Senhor Jesus do Carvalhal / Adeus ditoso lugar / Agora na retirada / Deve-nos acompanhar. (...) (pág. 131).

(...) Deitava-se um foguete e era a  partida.À entrada da Atouguia da Baleia faz-se uma paragem para esperar pelos mais atrasados a fim de que a caravana se recompanha  e para impressionar os nossos vizinhos. (...) O gaiteiro não parava de tocar. A entrada  no largo da igreja [ de Ferrel] era triunfal. Seguiam-se as três voltas à igreja e no fim ouvia-se o Anjo cantar os últimos versos das loas:

(...) Aqui  chegámos enfim /  Em alegre romaria /  Trazendo nossos corações /  Cheios de prazer e alegria (...)

(...) Terminva assim a parte religiosa do nosso Círio, mas a festa  ia continuar à noite e no dia seguinte com animados bailes. A festa tinha três dias: sábado, domingo e  segunda-feira" (pág. 132).

...Claro que hoje a tradição já é não o que era, conclui o nosso Joaqyim Jorge... Mas os nossos amigos ferralejos continuam a ir lá,  todos os anos,  ao Santuário do Bom Jesus do Carvalhal, no 4º domingo de setembro.

O nosso editor promete lá ir ter depois, finda a sessão de fisioterapia, às 11h20...Alguém tem que fazer a  reportagem e provar o rancho... LG
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Nota do editor:

Último poste da série >26 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22317: Tabancas da Tabanca Grande (6): O régulo vitalício, José Belo, da sempre saudosa Tabanda da Lapónia, de regresso de Key West, traz-nos uma história da espionagem russa e sueca durante a guerra fria, em 1982, ao tempo ainda de Olof Palm

sábado, 26 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22320: Efemérides (348 ): Foi há 50 anos, a partida da CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852 (Buba, 1971/73) (Pinto Carvalho, ex-alf mil, poeta, músico e régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar)


 


Belíssima evocação da partida para Guiné, há 50 anos anos, da CCAÇ 3398 / BCAÇ 3853. Texto da autoria de Joaquim António Pinto Carvalho, natural do Cadaval, a viver na Lourinhã. Depois da CCAÇ 3398, como alf mil at inf, foi transferido em 1972 para a CCAÇ 6, Bedanda, em rendição individual . Tem mais de 4 dezenas de referências no blogue. Poeta e músico, é o régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar.


Fichas  de Undades: CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852

Batalhão de Caçadores n.º  3852

Identificação;  BCaç 3852
Unidade Mob: BC 10 - Chaves
Cmdt: 
TCor Inf António Afonso Fernandes Barata
TCor Inf José Fernando de Oliveira Barros Basto
Maj Inf José Fernando de Oliveira Barros Basto
Maj lnf Raul Pereira da Cruz Silva
OInfOp/Adj: Maj Inf Raul Pereira da Cruz Silva (acumulava)

Cmdts Comp:
CCS: Cap SGE Augusto Ferreira
CCaç 3398: Cap Inf Filipe Ferreira Lopes
CCaç 3399: Cap Inf Horácio José Gomes Teixeira Malheiro
CCaç 3400: Cap Inf Gastão Manuel Santos Correia e Silva
Cap Mil Inf Manuel de Sousa Moreira

Divisa: "Viver-Lutar- Vencer"
Partida: Embarque em 26Jun7l; desembarque em 2Jul71 |  Regresso: Embarque em 1Set73 (CCaç 3398), 2Set73 (CCaç 3399), 6Set73 (Cmd e CCS) e 8Set73 (CCaç 3400)

Síntese da Actividade Operacional

Após realização da lAO, de 5 a 31Jul71, no CMl, em Cumeré, seguiu com as suas subunidades para a região de Aldeia Formosa em 1 e 2Ag071, a fim de efectuar o treino operacional e sobreposição com o BCaç 2892.

Em 26Ag071, assumiu a responsabilidade do Sector S2, com sede em Aldeia Formosa e abrangendo os subsectores de Empada, Mampatá, Buba, Nhala e Aldeia Formosa. 

De 14Jun72 a 08Dez72, a área da península do Cubisseco foi atribuída ao CDMG para actuação operacional das suas forças.

Em 22Jan73, o subsector de Empada foi transferido para a zona de acção do BCaç 4510/72. De 13Mai73 a 26Jun73, foi reforçado pelo BCaç 4513/72 e suas subunidades, com vistas à intensificação do esforço de contrapenetração no sector. 

A partir de 27Jun73 até 10Ag073, a área de Cumbijã-Colibuia-Nhacobá foi atribuída temporariamente ao BCaç 4513/72. As suas subunidades mantiveram-se sempre integradas no dispositivo e manobra do batalhão.

Com as subunidades que lhe foram atribuídas na sua zona de acção, desenvolveu intensa actividade operacional de patrulhamento, reconhecimento e de vigilância e controlo da fronteira e das linhas de infiltração do inimigo, particularmente do corredor de Missirã e das passagens do rio Grande de Buba.

Impulsionou e coordenou a execução dos trabalhos de realojamentos das populações recuperadas e da sua promoção sócioeconómica, em particular em Colibuia e Afiá, garantindo ainda a segurança, protecção e apoio da construção e reparação dos itinerários logísticos, com especial destaque para as reacções a fortes e frequentes flagelações a aquartelamentos e aldeamentos situados junto da fronteira.

Dentre o material capturado mais significativo, salienta-se: 1 morteiro, 1 metralhadora ligeira, 4 pistolas-metralhadoras, 6 espingardas, 2 lança-granadas foguete, 172 granadas de armas pesadas e a detecção e levantamento de 34 minas.

Em 10Ag073, foi rendido no Sector S2 pelo BCaç 4513/72 e recolheu, em 14Ag073, a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.
 
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A CCaç 3398, após o treino operacional e a sobreposição com a CCaç 2616 desde 1Ag071, assumiu a responsabilidade do subsector de Buba em 26Ag071.

Em 15Ag073, foi rendida pela 1ª Comp/BCaç 4513/72 e recolheu, em 19A9073, a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

***
 A CCaç 3399, após treino operacional e sobreposição com a CCaç 2614 desde 3Ag071, assumiu a responsabilidade do subsector de Aldeia Formosa em 26Ag071.

Em 13Ag073, foi rendida pela 3ª Comp/BCaç 4513/72 e recolheu, em 15Ag073, a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

***
A CCaç 3400, após treino operacional e sobreposição com a CCaç 2615 desde 3Ag071, assumiu a responsabilidade do subsector de Nhala em 26Ag071, tendo destacado pelotões para reforço das guarnições locais de Buba, de finais de Set72 a finais de Nov72, de Mampatá, de finais de Jan73 a meados de Jun73 e de Colibuia, a partir de meados de Jun73.

Em 18Ag073, foi rendida pela 2ª  Comp/BCaç 4513/72, seguindo para Buba e no dia seguinte para Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

Observações -  Tem História da Unidade (Caixa n." 94 - 2." Div/4." Sec, do AHM).


Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné -  1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pp. 155/ 156.

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Nota do editor:

domingo, 30 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22239: Tabancas da Tabanca Grande (5): Convívio de 4 tabancas (Sra da Graça, Matosinhos, Candoz e Atira-te ao Mar) na terra das 3 pontes, Peso da Régua


 Foto nº 1 > Peso da Régua, a terra das três pomtes, a terra do Zé Manel


Foto nº 2 > Peso da Régua, a velha ponte, agora só pedonal, também conhecida por "ponte metálica": foi mandada construir em 1872, ao tempo de D. Luís I para atravessamento rodoviário do rio Douro, Foi desatida em1949 devido ao estado de degradação do tabuleiro em madeira..



Foto nº 3 > Peso da Régua,   a ponte do Estado Novo: ponte ferroviária, concluida em 1934




Foto nº 4 > Santa Marta de Penaguião > Quinta da Sra. Graça >  21 de maio de 2021 > O encontro de quatro tabancas da Tabanca Grande: Sra da Graça (régulo, Zé Manel da Régua), Candoz (régulo, Alice Carneiro), Atira-te ao Mar (Lourinhã) (régulo, Joaquim Pinto de Carvalho) e Matosinhos (régulo, Zé Teeixeira)... A Quinta já fica em Santa Marta de Penaguião mas o Zé Manuel Lopes será sempre o Zé Manel da Régua: da varanda sua quinta, põe um pé,  o esquerdo  no Douro e uma mão, a direita, no Marão...



Foto nº 5 > Tabanca da Sra. da Graça > Da esquerda para a direita, o António Carvalho, o Zé Manel Lopes, o Zé Cancela e o Joaquim Pinto Carvalho.



Foto nº 6 > Tabanca da Sra. da Graça > Os dois régulos, o Zé Manuel da Régua e o Joaquim Pinto Carvalho (Tabanca do Atira-te ao Mar, Lourinhã / Cadaval)... Já se conheciam das idas à Tabanca do Centro (Monte Real, Leiria)


Foto nº 7 > Tabanca Sra, da Graça > 21 de maio de 2021 > O Zé Teixeira, régulo da Tabanca de Matosinhos, e a Armanda, que fazia anos nesse dia,


Foto nº 8 > Tabanca da Sra. da Graça > 21 de maio de 2021 > Alice, Jaime Silva e Pinto Carvalho


Foto nº 9 > Tabanca da Sra da Graça >  21 de maio de 2021 >   A mesa comprida, e bem recheada, que a Luisa Lopes (à direita) nos preparou... De costas a Maria do Céu Pinteus, da Tabanca do Atira-te Ao Mar (Lourinhã / Cadaval)



Foto nº 10 > Tabanca da Sra da Graça > 21 de maio de 2021 > A Laura, a Luisa Lopes e a Margarida Peixoto (de costas).



Foto nº 11 > Tabanca da Sra. da Graça > 21 de maio de 2021 > Em primeiro plano, o Jaime Bonifácio Marques da Silva, da Tabanca do Atira-te ao Mar (Lourinhã)


Foto nº 12 > Tabanca da Sra. da Graça > 21 de maio de 2021 > Em primeiro plano, de perfll, a Maria do Céu Pinteus, da Tabanca do Atira-te ao Mar (Lourinhã)


Foto nº 13 > Tabanca da Sra. da Graça > 21 de maio de 2021 >As "pingas" da casa: O Pedro Milanos, branco e tinto, Douro, DOC, 2019, de que foi feita uma edição limitada de 200 garrafas. 

Empresária: Luisa Valente Lopes | Enólogo: Vasco Valente Lopes | Adegueiro (e poeta): José Manuel Lopes.

 Contactos: João de Lobrigos lat 41 10 54 49 N long 7 46 25 95 W, Santa Marta de Penaguião | telef +351 254 811 609 | E-mail: quintasenhoradagraca@live.com.pt


Foto nº 14 > Tabanca da Sra. da Graça > 21 de maio de 2021 > O Zé Manel Lopes, entre dois amigos e camaradas que conhecem os quatro cantos da casa: o Zé Manuel Cancela (Penafiel) e o António Carvalho, o Carvalho de Mampatá (Gondomar)


 Foto nº 15 > Peso da Régua > Miradouro de São Leonardo da Galafura > 21 de maio de 2021 > A Maria do Céu Pinteus e a Alice Carneiro fazendoo o "teste das vertigens", a 566 metros de altitude, com o rio Douro em baixo


 Foto nº 16 > Peso da Régua > Miradouro de São Leonardo da Galafura > 21 de maio de 2021 > O Joquim Pinto de Carvalho e a Maria do Céu Pinteus, que conhecem todo o mundo, faltava-lhes vir aqui...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2021). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1.  As coisas acontecem quando a gente menos  espera: a Alice Carneiro, régula da Tabanca de Candoz, aproveitou a passagem, cá pelas terras do Norte, de 4 grandes amigos da Tabanca do Atira-te ao Mar (Lourinhã / Cadaval), o Joaquim Pinto de Carvalho, a Maria do Céu Pinteus, o Jaime Silva e a Laura Fonseca para fazer um almocinho na Tabanca da Sra. da Graça, que fica a cerca de 50 km de Candoz. 

O pretexto, além de abraçar velhos amiigos do Norte, que a pandemia de Covid-19 tem afastado do seu/nosso convívio, era também de dar um miminho ao seu companheiro, o nosso editor Luís Graça, que em 2020 teve o seu "annus horribilis" com problemas de saúde que, felizmente, estão bem encaminhados (em 2021)...

O Zé Manel Cancela e a esposa trouxeram consigo,  de Penafiel, a Margarida Peixoto, velha amiga da Tabanca de Candoz. De Gondomar veio o António Carvalho e a esposa. E de Matosinhos, o Zé Teixeira e a Armanda que nesse dia, por coincidência fazia anos... (Cantou-se, naturalmente, os "parabéns a você"!).

Sob a batuta da Luisa Valente Lopes, fez-se um almocinho muito agradável, bem recheado e melhor regado,  no salão de festas da Tabanca da Sra. da Graça.  Tudo muito bem organizado, em segredo, e no respeito das normas de segurança e saúde...

O nosso editor ficou muito sensibilizado,  e grato a quem tomou a iniciativa (tão inesperada quanto simpática) e nela participou.   E ficou feliz por ver que, a pouco e pouco, as tabancas da Tabanca Grande, de Norte a Sul,  vão retomando a tradição dos convívios dos amigos e camaradas da Guiné, 

Ao fim da tarde e no regresso a casa (, Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, pela A24 e depois cortando para Castro Daire e Cinfães)  ainda deu para os casais Luís Graça/ Alice Carneiro e Joaquim Pinto Carvalho /Maria do Cèu Pinteus darem um salto ao miradouro de São Leonardo da Galafura... que estes últimos, embora muito viajados,  ainda não conheciam.

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22213: Tabancas da Tabanca Grande (4): A Tabanca de Matosinhos, fundada há 16 anos (!), retoma as "hostilidades", no restaurante O Espigueiro, em Matosinhos, às quartas-feiras (José Teixeira)

Guiné 61/74 - P22238: Manuscrito(s) (Luís Graça) (202): Parabéns, régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Joaquim Pinto Carvalho, muita saúde e longa vida porque tu mereces tudo!


Peso da Régua > Miradouro de São Leonardo da Galafura > 21 de maio de 2021 > O Joaquim Pinto de Carvalho e a Maria do Céu Pinteus a 566 metros de altitude, com o rio Douro ao fundo  (menos 100 que a sua não menos bela e amada Serra de Montejunto)... Pela primeira vez aqui, hóspedes da Tabanca de Candoz e sentindo-se felizes, como o capitão São Leonardo, na voz do grande poeta Miguel Torga... Hoje, 30 de maio,  faz anos o Joaquim e,  parafraseando o poema, também  dele (e de todos nós) se pode dizer que (...) "vai sulcando / As ondas / Da eternidade, / Sem pressa de chegar ao seu destino. /Ancorado e feliz no cais humano, / É num antecipado desengano / Que ruma em direcção ao cais divino." 



Cinfães > Portas de Montemuor > 21 de maio de 2021 > A mais de 1200 metros de altitude, num dos sítos mais altos da Serra de Montemuro (vísível da Tabanca de Candoz)  num soberbo ponto de observação, no limite dos concelhos de Castro Daire e Cinfâes... O Joaquim Pinto Carvalho no seu melhor ... É aqui que nasce o rio Bestança...

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2021). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Saúde e longa vida, meu caro régulo,

Ao km 73 da tua picada da vida,

Porque tu mereces tudo!

 

Meu grande companheiro desta pandemia,

Lá na Tabanca do Atira-te ao Mar,

Deixa-me hoje os bons momentos recordar,

Num ano e tal em que o pior se temia.

 

Com as nossas companheiras nós partilhámos

O mais belo pôr do sol sobre o Mar do Cerro

E o que poderia ter sido um desterro

Na alegria do convívio nós transformámos.

 

Obrigado p’la tua voz e bandolim,

Sem esquecer os pequenos prazeres da mesa,

Obrigado, a vocês, Céu e Joaquim.

 

Hoje fazes anos, já septuagenário,

E eu (e os demais tabanqueiros, com certeza!)

Não poderia esquecer o teu aniversário!


Luís (e Alice)

Tabanca de Candoz, 30 de maio de 2021

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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de abril de  2021 > Guiné 61/74 - P22134: Manuscrito(s) (Luís Graça) (201): Soneto em louvor do galo do IPO - Lisboa