Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Contuboel > CCAÇ 2592/ CCAÇ 14 (Bolama, Contuboel, Aldeia Formosa, Cuntima, 1969/71) > Junho ou Julho de 1969 > O António Bartolomeu, fur mil, "recuperando de um ataque de paludismo, foi do caraças" (*)... Estivemos juntos, nessa altura, na formação das nossas companhias (ele, da CCAÇ 14, eu, da CCAÇ 12). Depois cada foi à sua sorte... (LG)
Foto: © António Bartolomeu (2007). Todos os direitos reservados.
A. Resultados finais da nossa sondagem sobre o paludismo (n=145) (**)
1. Não me lembro se tive paludismo > 3 (2%)
2. Não me lembro do medicamento para o paludismo > 9 (6%)
3. Sim, tive paludismo > 69 (47%)
4. Não, nunca tive paludismo > 30 (20%)
5. Não, nunca tomava o medicamento > 3 (2%)
6. Sim, tomava sempre (ou quase sempre) > 48 (33%)
7. Sim, tomava, mas só às vezes > 28 (19%)
8. Tomava o medicamento e tive o paludismo > 55 (37%)
9. Tomava o medicamento e nunca tive o paludismo > 22 (15%)
10. Nunca tomei o medicamento nem nunca tive paludismo > 11 (7%)
Votos apurados: 145
Encerramento: 23 out 2014, 21h45
Guiné > Região de Tombali > Cantanhez > Cafal Balanta > O "resort" do Manuel Maia, o poeta que irá cantar, em sextilhas, tanto o "seu" Portugal como a "sua" Guiné). (O Manuel Oliveira Maia é autor de: (i) História de Portugal em Sextilhas, 2009; e (ii) "Guiné que aprendemos a amar", 2013)
Guiné > Região de Tombali > Cantanhez > Cafal Balanta > O "resort" do Manuel Maia, o poeta que irá cantar, em sextilhas, tanto o "seu" Portugal como a "sua" Guiné). (O Manuel Oliveira Maia é autor de: (i) História de Portugal em Sextilhas, 2009; e (ii) "Guiné que aprendemos a amar", 2013)
Foto: © Manuel Maia (2009). Todos os direitos reservados.
2. Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, 1972/4) andou por muito sítio palúdico ( Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine) mas foi um dos 20% que nunca terá apanhado o paludismo...
Recorde.-se, a propósito, as suas quadras alusivas ao paludismo de que se livrou (***)
Do paludismo nem cheiro,
"capei" mosquitas da zona,
já o mosquito era porreiro,
não me deu cabo da mona...
Malária ou paludismo,
foi maleita que não tive,
por ter um bom organismo,
sempre o "plasmodium" contive...
À custa duns "largos jarros"
e pastilhas LM [, Laboratório Militar,],
cerveja, whisky e cigarros,
paludismo não se teme...
Milhões de vezes picado
nos "resorts" conhecidos,
avisei-os por recado
- Se me infectais estais perdidos !!!
No Cantanhez foi a sorte,
a livrar-me do descambo,
que à mosquitada deu morte,
herói AB [, Almeida Bruno], nosso Rambo...
Como Caio, o "mata sete",
ganhara fama por lá...
mosquitos do jet set
não picavam nos de cá...
Assim graças ao acordo,
e a uns copos bem regados,
as picadas que recordo,
não trouxeram mais cuidados...
Por outro lado também,
proibida era a doença,
por lá médico "cá tem",
e só na guerra se pensa...
Maleita é mais na cidade
com hospital logo à mão,
mosquito é da urbanidade,
que lhe dá mais atenção...
Sobre a doença hei dito,
acreditem que é verdade,
a relação com mosquito,
quase digo que é saudade...
Manuel Maia
3. Mais alguns postes, antigos, publicados sobre a experiência do paludismo (e a sua prevenção e tratamento) no TO da Guiné (lista meramente exemplificativa; há muitos mais...)
15 de maio 2013 > Guiné 63/74 - P11573: Em Mansoa, nem mezinha má nem picada de mosquito boa... Ou as nossas doenças em tempo de guerra (1): Um mosquiteiro barato para um pira (Magalhães Ribeiro)
2. Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, 1972/4) andou por muito sítio palúdico ( Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine) mas foi um dos 20% que nunca terá apanhado o paludismo...
Recorde.-se, a propósito, as suas quadras alusivas ao paludismo de que se livrou (***)
Do paludismo nem cheiro,
"capei" mosquitas da zona,
já o mosquito era porreiro,
não me deu cabo da mona...
Malária ou paludismo,
foi maleita que não tive,
por ter um bom organismo,
sempre o "plasmodium" contive...
À custa duns "largos jarros"
e pastilhas LM [, Laboratório Militar,],
cerveja, whisky e cigarros,
paludismo não se teme...
Milhões de vezes picado
nos "resorts" conhecidos,
avisei-os por recado
- Se me infectais estais perdidos !!!
No Cantanhez foi a sorte,
a livrar-me do descambo,
que à mosquitada deu morte,
herói AB [, Almeida Bruno], nosso Rambo...
Como Caio, o "mata sete",
ganhara fama por lá...
mosquitos do jet set
não picavam nos de cá...
Assim graças ao acordo,
e a uns copos bem regados,
as picadas que recordo,
não trouxeram mais cuidados...
Por outro lado também,
proibida era a doença,
por lá médico "cá tem",
e só na guerra se pensa...
Maleita é mais na cidade
com hospital logo à mão,
mosquito é da urbanidade,
que lhe dá mais atenção...
Sobre a doença hei dito,
acreditem que é verdade,
a relação com mosquito,
quase digo que é saudade...
Manuel Maia
3. Mais alguns postes, antigos, publicados sobre a experiência do paludismo (e a sua prevenção e tratamento) no TO da Guiné (lista meramente exemplificativa; há muitos mais...)
15 de maio 2013 > Guiné 63/74 - P11573: Em Mansoa, nem mezinha má nem picada de mosquito boa... Ou as nossas doenças em tempo de guerra (1): Um mosquiteiro barato para um pira (Magalhães Ribeiro)
(...) O velhinho e meu grande amigo Furriel Ranger Marques, com a sua calma e longa experiência de vinte e muitos meses, deu-me, então, uma lição sobre “Como dormir sem zumbidos nem picadas dos mosquitos na Guiné”, assim:
1º) Não se faz mal às osguinhas e salamandras que deslizam ali no tecto — estavam lá três de vários tamanhos —, apesar do seu aspecto repelente elas são nossas amigas, e ajudam-nos a eliminar os mosquitos que, à noite, abundam e atacam muito mais, comendo-os; (...)
12 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11556: Estórias do Xitole (David Guimarães, ex-fur mil, CART 2716, 1970/72) (3): Era do caraças o paludismo
1º) Não se faz mal às osguinhas e salamandras que deslizam ali no tecto — estavam lá três de vários tamanhos —, apesar do seu aspecto repelente elas são nossas amigas, e ajudam-nos a eliminar os mosquitos que, à noite, abundam e atacam muito mais, comendo-os; (...)
12 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11556: Estórias do Xitole (David Guimarães, ex-fur mil, CART 2716, 1970/72) (3): Era do caraças o paludismo
(...) E lá fui eu a tremer até ao Xitole, a bordo o de uma viatura... de Cavalaria, a autometralhadora Daimler do Vacas de Carvalho, comandante do Pel Rec Daimler... Esse mesmo, o da fotografia, espero que não tenha sido nesse dia mesmo que eu fiquei doente; julgo que na altura lhe agradeci a boleia, mas se o não fiz, devido ao estado febril em que eu me encontrava, ainda vou a tempo, trinta e seis anos depois:
- Obrigado, meu alferes! Foi a melhor boleia, a mais oportuna, a mais rápida, que eu apanhei na puta da vida! Mesmo à justa!... (...)
20 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7012: Doenças e outros problemas de saúde que nos afectavam (1): Paludismo (Rui Silva)
(...) Esta doença não demorou a entrar na [CCAÇ] 816 ou não começássemos logo a ser atacados pelo agente causador (o Anopheles) mal pusemos os pés na Guiné. Pele branquinha e sangue fresco, bom pasto para aqueles sanguessugas.
Os 13 primeiros dias em Brá (trampolim para o mato) foram dormidos sem mosquiteiros. Foi um tal atacar! O pessoal passava a vida a “tocar harpa”, como dizia o meu amigo Furriel Baião (já falecido) ao apontar um camarada a coçar-se desesperadamente com as unhas das mãos, logo ao limiar do dia. Afinal aprendemos todos a tocar harpa (uns mais desesperados que outros). A picada do mosquito, em alguns quase não se via sinais da dita, noutros era cada verdugo (!). (...)
(**) Vd. poste de 21 de oitubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13775: Sondagem: Resultados preliminares (n=133): um em cada dois teve o paludismo... Mas só um um terço tomava sempre ou quase sempre a Pirimetamina, comprimido oral, de 25 mg, do Laboratório Militar (LM), como profilaxia... 40% tomava o medicamento e mesmo assim teve o paludismo
(***) Vd. poste de 18 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11590: Blogpoesia (339): À custa duns "largos jarros" / e pastilhas LM, / cerveja, whisky e cigarros, / paludismo não se teme... (Manuel Maia)
________________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 31 de maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1803: Tabanca Grande (9): António Bartolomeu, ex-Fur Mil da CCAÇ 2592 / CCAÇ 14 (Bolama, Contuboel, Aldeia Formosa, Cuntima, 1969/71)
(*) Vd. poste de 31 de maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1803: Tabanca Grande (9): António Bartolomeu, ex-Fur Mil da CCAÇ 2592 / CCAÇ 14 (Bolama, Contuboel, Aldeia Formosa, Cuntima, 1969/71)
(**) Vd. poste de 21 de oitubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13775: Sondagem: Resultados preliminares (n=133): um em cada dois teve o paludismo... Mas só um um terço tomava sempre ou quase sempre a Pirimetamina, comprimido oral, de 25 mg, do Laboratório Militar (LM), como profilaxia... 40% tomava o medicamento e mesmo assim teve o paludismo
(***) Vd. poste de 18 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11590: Blogpoesia (339): À custa duns "largos jarros" / e pastilhas LM, / cerveja, whisky e cigarros, / paludismo não se teme... (Manuel Maia)