Silvia: olá...Diga-me se reconhece a nossa Cilinha nestas fotos, tiradas no sul da Guiné, em fevereiro de 1966, em Cufar... Tinha então 45 anos... Nesse mesmo dia ela mais a Renata Cunha e Costa terão ido a Bedanda, onde o cap inf Aurélio Manuel Trindade (hoje tenente general reformado) era o comandante da 4ª CCAÇ (companhia de caçadores nativos, enquadrada por militares da Metrópole)...
Olá, Luís,
Tem razão, embora o estilo de roupa e penteado sejam os da época, nenhuma delas é a Cecília Supico Pinto-.. Serão, com toda a certeza, senhoras da Delegação Provincial do MNF na Guiné.
Normalmente as mulheres dos altos quadros militares integravam o Movimento, o que era bom e mau porque, se por um lado conheciam de perto a realidade dos militares, por outro o seu apoio era temporário uma vez que tinha a duração das comissões dos cônjuges. (Negritos nossos).
Sem esquecer as que usavam os galões dos maridos para se evidenciarem num meio predominantemente masculino, contribuindo apenas para os estereótipos que circulavam (e circulam ainda) sobre o MNF.
Abr amigo
Sílvia
Olá, Luís Graça.
Sobre as fotos, e porque conheci a Cilinha muitos anos depois [em Nhala, 10 de março de 1974], estive a consultar o livro da Sílvia Espírito-Santo, onde vi fotografias da Cilinha com a Renata Cunha e Costa em Angola em 1964. Cheguei a uma conclusão que pode não ser a correcta:
Sem certezas, mas com um grande abraço,
António Murta.
Espantosa foto, de antologia, de António Tavares dos Santos [, presumivelmente, fur mil, 2.ª C/BCAÇ 4615 e CCaç 19. Guidaje, 1973/74]... Cortesia da página Arquivo Digital, alojada em Agrupamento de Escolas José Estêvão, Projeto Porf 2000, Aveiro e Cultura.
Guiné > s/l > Fevereiro de 1966 > Cecília Supico Pinto, falando para um grupo de militares; em segundo plano, um dos seus "braços direitos", também elemengo da comissão central do MNF, [Amélia] Renata [Henriques de Freitas] da Cunha e Costa .
Fotogramas do vídeo (6' 43'') da RTP Arquivos > 1966-02-01 > Cecília Supico Pinto visita Guiné (Com a devida vénia...)
Guiné > Região do Oio > Porto Gole > CCAÇ 1439 (1965/67) > Fevereiro de 1966 > Cecília Supico Pinto, presidente do Movimento Nacional Feminino, na sua 1ª visita à Guiné, então já com 44 anos (ia fazer 45 em 30 de maio de 1966).
Fotos (e legendas): © João Crisóstomo (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
4. Resposta de João Crisostomo, 24/09/2022, 00:42
Caros camaradas,
Fiquei confuso: na minha memória ela não era tão jovem como nestas fotos ele aparece… mas, pelo sim e pelo não, fui procurar nos nossos posts e encontrei nos posts Guine 61/74- P19831 e 22258 uma foto dela em Porto Gole em 1996 ( a sua primeira visita, creio). pela cara... estilo do cabelo…mas vejam e tirem as vossas conclusões.
Abraço, João Crisóstomo
5. Resposta de Joaquim Mexia Alves, 24/09/2022, 10:05
Bom dia a todos
Nenhuma das Senhoras, quanto a mim, é Cecília Supico Pinto que conheci bem.
Parece-me sem dúvida Renata Cunha e Costa que também conheci bem.
Ainda falta muito a dizer sobre o MNF que fez obra meritória e foi bastante mal tratado pelos detractores habituais.
Abraços
Joaquim Mexia Alves
Bons dias a todos|
Por ocasião da notícia da morte da ex-presidente do MNF (ocorrida em 25 de maio de 2011), o Mário Fitas mandou-nos um conjunto de fotos (ou melhor fotogramas, extraídos de um filme de 8 mm), com a seguinte mensagem:
(...) Sem qualquer preconceito político, revelo aqui a minha admiração por uma mulher que soube conviver com os jovens soldados nos tempos da guerra (hoje velhos Combatentes).
Julgando ser de interesse para o Blogue e para a história do conflito na Guiné, anexo algumas fotos da D. Cecília Supico Pinto (com a esposa do Cap Costa Campos, comandante da CCAÇ 763) em Cufar, terra dos Lassas.
Em duas das fotos podemos vê-la acompanhada de D. Maria da Glória (França). (...) (*).
No Hospital Militar [, onde entretanto é internado para uma cirururgia à hérnia], ao princípio da tarde Mamadu ["alter ego" do autor] acordou (...)
Na tarde seguinte, apareceram umas senhoras simpáticas do MNF, a quem Mamadu informou gostar bastante de ler, e pediu se lhe arranjavam “A Besta Humana”, do Émile Zola. Muitas desculpas mas não conheciam a obra, no entanto iam tratar do assunto. Até hoje não teria sido lido, se o próprio não o tivesse comprado. (...)
Neste tempo todo, desleixou um pouco a correspondência. Fragilizado, como pedinte, apenas mandou um bate-estradas (aerograma) à Tânia, muito simples e cauteloso, a solicitar se queria ser sua madrinha de guerra. Era uma forma hábil de contornar e chegar lá. Sem problemas, podia morrer mouro porque ao SPM. 2628 nada chegou, vindo de Terras do Lado do Norte. Madrinha não haveria. (...) (**) (Negritos nossos).
(**) Vd. poste de 31 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17413: Pré-publicação: O livro de Mário Vicente [Mário Fitas], "Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra" (2.ª versão, 2010, 99 pp.) - XXII Parte: Cap XIII - No início do ano de 1966, o Movimento Nacional Feminino (MNF) visita Cufar e premeia os "Lassas"... Mamadu baixa ao hospital
(***) Último poste da série > 25 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22570: Casos: a verdade sobre... (28): a CCAÇ 1546 e o Mareclino da Mata: uma mentira colossal (Domingos Gonçalves, ex-alf mil inf, CCAÇ 1546 / BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)