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domingo, 15 de abril de 2007

Guiné 63/74 - P1664: Composição da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) (Sousa de Castro)


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Xime > 1972 > Militares da CART 3494, em passeio despreocupado pela tabanca do Xime. O Sousa de Castro é o segundo a contar da esquerda para a direita.

Foto: © Sousa de Castro (2005). Direitos reservados.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > Campa do José Maria da Silva e Sousa, que morreu afogado no Rio Geba, em 10 de Agosto de 1972. Era soldado da CART 3494, pertencente ao BART 3873. Este batalhão, sedeado com a respectiva CCS em Bambadinca (1972/74), tinha três unidades de quadrícula no Sector L1: CART 3493 (Mansambo, 1972/1973); CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974); CART 3492 (Xitole, 1972/74).

Foto: © Sousa de Castro (2007). Direitos reservados.

1. Mensagem, de 5 de Fevereiro último, do nosso tertuliano nº 2, o Sousa de Castro (2006) (ex-1º cabo de transmissões da CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/74).


Carissímos ex-combatentes:

Junto a seguir listagem do número de elementos que formaram a CART 3494 (Guiné 1971/1974, Xime e Mansambo). Também uma foto da campa de um soldado que ficou enterrado em Bambadinca, curiosamente esta campa da foto passou em imagens da RTP por ocasião da última reportagem sobre os cemitérios no Ultramar (1). De referir que não consta nos ficheiros os nomes dos Sold Manuel Salgado Antunes e Sold Abraão Moreira Rosa. Estes dois desapareceram de vez no Rio Geba quando iam para uma operação ao Mato Cão.

Abraços, Sousa de Castro

2. Posto e nome do pessoal que compunha a CART 3494:
(Assinalam-se, a negrito, e com o respectivo endereço de e-mail, os que pertencem à nossa tertúlia)

Cap Art Victor Manuel da Ponte Silva Marques
Cap Art António José Pereira da Costa (Agosto de 1972)
Cap Mil Luciano Carvalho da Costa (Novembro de 1972)
Alf Mil Art Acácio Dias Correia
Alf Mil Art António José Serradas Pereira
Alf Mil Art Eduardo A. P. Oliveira
Alf Mil Art João P. R. C. Guimarães
Alf Mil Art Joaquim Silva Martins
Alf Mil Art José Henrique Fernandes Araújo
Alf Mil Art Manuel Barbosa Carneiro
Alf Mil Art Manuel Jorge Martins Gomes
Maurício Viegas
Josué Chinelo Fortunato
1º Sarg Art Carlos de Sousa Simões
1º Sarg Art Orlando Bilro Bagorro
Fur Mil Alim Abílio do Carmo Alves de Oliveira
Fur Mil Inf António de Sousa Bonito
Fur Mil Art António Espadinha Carda
Fur Mil Art Cláudio Manuel Marques Ferreira
Fur Mil Art Inácio José Carola Figueira
Fur Mil Art João António David Godinho
Fur Mil Jorge Alves Araújo
Fur Mil Art José Agostinho B. Vilela Peixoto
Fur Mil José Fernando da Costa Padeiro
Fur Mil Svc Mat José Carlos Mendes Pinto
Fur Mil Enf José Luís Carvalhido da Ponte
Fur Mil Art Luciano J. M. de Jesus
Fur Mil Trms Luís Coutinho Domingues
Fur Mil Art Manuel Benjamim Martins Dias
Fur Mil Art Manuel da Rocha Bento (Morto em combate em 22 de Abril de 1972
Fur Mil Mário Maria Neves
Fur Mil Inf Raul Magro Sousa Pinto
1º Cabo Abílio Soares Rodrigues
1º Cabo Adelino Alves Pereira
1º Cabo Adriel da Costa Lourenço
1º Cabo (Enfermeiro) Alcindo Joaquim Pereira da Silva
1º Cabo (Condutor) Alcino Rodrigues da Costa
1º Cabo (Condutor) Amandino Carvalho dos Santos
1º Cabo António Augusto de Jesus Santos
1º Cabo António dos Santos Pinheiro
1º Cabo António Francisco Leite Avelino
1º Cabo António João Mendes Morais
1º Cabo (Radiotelegrafista) António Manuel Sousa de Castro
1º Cabo (Padeiro) Carlos Bento Fialho
1º Cabo Carlos José Pereira
1º Cabo Diamantino de Oliveira
1º Cabo Fernando Manuel da Silva
1º Cabo (Enfermeiro) Fernando Monteiro Botelho Gomes
1º Cabo Fernando Silva
1º Cabo Francisco Adolfo Pereira Ribeiro
1º Cabo Francisco da Costa Pereira
1º Cabo Jacinto Dias Nunes
1º Cabo (Cozinheiro) João Domingos de Sousa Machado
1º Cabo Joaquim da Silva Oliveira
1º Cabo Joaquim Neves Carvalho
1º Cabo Joaquim Olimpo Milheiro da Volta e Silva
1º Cabo José do Nascimento Ramos
1º Cabo José Mano Sebastião
1º Cabo José Martins Mendes
1º Cabo Laurentino Bandeira dos Santos
1º Cabo Lúcio Damiano Monteiro da Silva
1º Cabo (Cripto) Luís Fernando Pereira Romão
1º Cabo Manuel Amorim do Alto
1º Cabo (Morteiro 81 mm) Manuel da Cruz Ramos
1º Cabo Manuel de Medeiros
1º Cabo Manuel de Sousa Monteiro
1º Cabo Manuel Fernando Valente Marques da Cruz
1º Cabo Manuel Gonçalves
1º Cabo Manuel Lopes de Azevedo
1º Cabo Manuel Pais Moreira
1º Cabo Paulo José Pereira Martins Cândido
1º Cabo Vasco Alfredo de Matos Miranda
Soldado Abel Maia de Pinho Campos
Soldado Abraão Moreira Rosa (desaparecido no Rio Geba em 10-08-1972)
Soldado Adão Manuel Gomes da Silva
Soldado Adílio do Carmo Alves de Oliveira
Soldado Adriano Almeida da Conceição
Soldado Alcides de Sá Pinto Castro
Soldado Alcino Rodrigues da Fonseca
Soldado Alfredo Barbedo Pereira
Soldado Alvarinho Moreira da Silva
Soldado Álvaro dos Santos Ferreira
Soldado Amândio Martins Domingues
Soldado (Radiotelegrafista)António Alves Ramos
Soldado António Augusto Cardoso
Soldado António da Costa
Soldado António da Costa Valentim
Soldado António de Jesus Matias
Soldado António de Oliveira Fonseca
Soldado António dos Santos Azevedo
Soldado António dos Santos Reis
Soldado António Fernando Martins Correia
Soldado António Ferreira Lopes
Soldado António Gomes de Azevedo
Soldado António Jorge Gomes
Soldado (Condutor auto) António Júlio Peixoto
Soldado António Pereira Pinto
Soldado António Soares da Silva
Soldado Armando Alves Dias
Soldado (Trms Inf) Augusto de Oliveira Meireles
Soldado Augusto Vieira Fidalgo
Soldado Carlos Alberto Carvalho da Cunha
Soldado Carlos Dias da Silva
Soldado Carlos dos Santos Monteiro
Soldado Carlos Duarte Teixeira
Soldado Carmindo de Oliveira Moreira
Soldado Carmindo Franklim Tavares da Silva
Soldado Celestino da Cunha Rodrigues
Soldado Cesário Mendes de Pinho
Soldado David Fernandes
Soldado (Aux Cozinheiro) Dionísio Dantas Fernandes
Soldado Eduardo Barata Santos
Soldado Eduardo João de Oliveira Ferreira
Soldado (Trms Inf) Emílio Lima Tojal
Soldado Fernando José Pereira de Almeida Ramos
Soldado Fernando Loureiro de Sousa
Soldado Fernando Martins Teixeira
Soldado Francisco da Costa Ferreira Inocêncio
Soldado Gregório Caetano dos Santos
Soldado Ilídio Ferreira Amaral
Soldado Ismael de Oliveira Pires
Soldado Jaime da Costa Latada
Soldado (Cozinheiro) João da Silva Torres
Soldado João de Almeida Pereira Cardoso
Soldado João Ferreira Gomes
Soldado João Pereira Rodrigues
Soldado Joaquim Carlos Gomes Cerqueira
Soldado Joaquim da Costa Macedo
Soldado Joaquim de Jesus Fernandes
Soldado Joaquim Lino Monteiro
Soldado Joaquim dos Santos Dias
Soldado Joaquim Gomes de Azevedo
Soldado Joaquim Manuel Lino Monteiro
Soldado Joaquim Moreira de Sousa
Soldado Joaquim Pereira de Sousa Ferreira
Soldado Joaquim Torres da Trindade
Soldado Jorge Manuel Marques da Costa
Soldado José de Sousa Monteiro
Soldado (Trms Inf) José do Espírito Santo Vicente
Soldado José Duarte Neves de Campos
Soldado José Fernando da Cruz Moreira
Soldado José Fernando Moreira Dias
Soldado José Gomes Leopoldino
Soldado José Gonçalves de Almeida
Soldado José Joaquim Terra
Soldado José Jorge Antunes Dias
Soldado José L. P. Santos
Soldado José Maria da Silva e Sousa (morto no Rio Geba em 10 de Agosto de 1972)
Soldado Lícinio de Almeida Pereira
Soldado Licínio Domingos Andrade
Soldado Luís Carlos Soares de Oliveira
Soldado Luís dos Santos
Soldado Manuel Adão Freitas
Soldado Manuel Alberto de Almeida
Soldado Manuel Carlos da Silva
Soldado Manuel Carvalho de Sousa
Soldado Manuel da Fonseca Gonçalves
Soldado Manuel da Silva
Soldado Manuel da Silva Amorim
Soldado Manuel de Jesus da Costa
Soldado Manuel de Sousa Monteiro
Soldado Manuel Dias Jeremias
Soldado Manuel Gonçalves da Costa
Soldado (condutor auto) Manuel Guedes Ferreira
Soldado Manuel Henrique Moreira
Soldado Manuel José Gomes
Soldado Manuel Martins Mendes
Soldado Manuel Nunes Pereira
Soldado Manuel Óscar de Almeida
Soldado Manuel Paiva Duarte Almeida
Soldado Manuel Pedrosa Alves do Couto
Soldado Manuel Salgado Antunes (desaparecido no Rio Geba em 10 de Agosto de 1972)
Soldado (Trms Inf) Mário Campos Marinho
Soldado Mário Rodrigues Nascimento
Soldado Nelson Marques Cardoso
Soldado Ricardo de Almeida Teixeira
Soldado Ricardo Silva do Nascimento
Soldado (Radiotelegrafista)Rogério Tavares da Silva
Soldado Salvador Pinto Carriço
Soldado Sérgio Ferreira Fernandes
Soldado Silvério Augusto Mano Reverendo
Soldado Silvino Vaz da Rosa e Silva
Soldado Victor Manuel Ferraz da Rocha Cardoso
Soldado Virgilio Duarte

TOTAL: 184 HOMENS

________

Nota de L.G.:

(1) Vd. post de 2 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1488: Vídeos (1): Reportagem da RTP sobre os talhões e cemitérios militares no Ultramar (Jorge Santos)

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17022: Lembrete (20): O lançamento do livro de João Freire, "A Colonização Portuguesa da Guiné: 1880-1960", é na Biblioteca Central da Marinha, em Belém (com entrada pela portal principal do mosteiro dos Jerónimos), nesta 4ª feira, dia 8, às 18h. Apresentadores: cmdt Luís Costa Correia e antropólogo Eduardo Costa Dias




1. Lembrete de João Freire, meu antigo colega do ISCTE-IUL,  e antigo oficial da marinha, autor de "A colonização portuguesa da Guiné: 1880-1960" (*):

Data: quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2017 23:30

Assunto: livro Guiné

Teria gosto na vossa presença na sessão de lançamento do meu livro A Colonização Portuguesa da Guiné 1880-1960 que terá lugar na 

Biblioteca Central de Marinha (com entrada pela porta principal do mosteiro dos Jerónimos).

Serão apresentadores da obra: (i)  o comandante Luís Costa Correia; e (ii)  o antropólogo Eduardo Costa Dias, professor do ISCTE-IUL.(**)

João Freire
__________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 31 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17009: Agenda cultural (539): Lançamento do livro "A Colonização Portuguesa da Guiné", do prof João Freire, sociólogo (Lisboa, Comissão Cultural de Marinha, 2017), em Belém, na Biblioteca Central da Marinha, no próximo dia 8, 4ª feira, às 18h.

(**) Último poste da série > 6 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16806: Lembrete (19): Lançamento do livro "História(s) da Guiné-Bissau - Da luta de libertação aos nossos dias", da autoria do nosso camarada Mário Beja Santos, hoje, pelas 18 horas, no Auditório da Associação Nacional das Farmácias, em Lisboa

sábado, 10 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16820: (De)Caras (57): Fotos da sessão de lançamento, em Lisboa, no passado dia 6, do novo livro de Mário Beja Santos, "História(s) da Guiné-Bissau"


Foto nº 1 > O autor Beja Santos, ladeado pelos seus amigos e convidados que falaram da obra, António Duarte Silva, à direita, e Eduardo Costa Dias, à esquerda (*)


Foto nº 2 >  António Duarte Silva, autor de “Invenção e Construção da Guiné-Bissau”  (Edições Almedina, 2010), e a quem eu convido para integrar a nossa Tabanca Grande


Foto nº 3 > Eduardo Costa Dias, antropólogo, professor e investigador, ICSTE-IUL, membro da nossa Tabanca Grande


Foto nº 4 > Mário Beja Santos


Foto nº 5 > Aspeto geral da assistência


Foto nº 6 > Dois grã-tabanqueiros: José Eduardo Oliveira (Jero) e Belmiro Tavares


Foto nº 7 > Outro nosso grã-tabanqueiro, Jorge Araújo, na  sessão de autógrafos


Foto nº 8 > O autor e a representante da editora (Edições Húmus, Vila Nova de Famalicão)


Foto nº 9 > À esquerda, o historiador Armando Tavares da Silva, recentemente galardoado com o prémio a Fundação Calouste Gulbenkian, História da Presença de Portugal no Mundo. pelo seu  livro "A Presença Portuguesa na Guiné, História Política e Militar (1878-1926)". O prémio foi dado pela Academia Portuguesa da História, e a cerimónia de entrega decorreu no dia 7 do corrente, na sede desta Academia, Palácio dos Lilases, Lisboa. A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República.

O prof Armando Tavares da Silva foi convidado nesta data parta integrar a nossa Tabanca Grande.


Foto nº 10 > O mestre de corá Braima Galissá e, a seu lado, o nosso grã-tabanqueiro, que veio expressamente de Aveiro, onde mora, o Francisco Gamelas. Registo também a presença do José Brás (que não aparece aqui nas fotos, só na foto nº 5)... Lamentavelmente cheguei tarde, perdi o início da sessão, com a atuação do Braima Galissá. E devo acrescentar que o sistema de som, no auditório, estava péssimo. Fiz dois ou três  pequenos vídeos com as intervenções dos oradores (LG)

Lisboa > Auditório da Associação Nacional de Farmácias >  6 de dezembro de 2016 > Sessão de lançamento do novo livro de Mário Beja Santos, "História(s) da Guiné-Bissau" (**)

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12980: Manuscrito(s) (Luís Graça (25): Revisitar Bissau, cidade da I República, pela mão de Ana Vaz Milheiro, especialista em arquitetura e urbanismo da época colonial (Parte II): o Pavilhão de Tisiologia, mais tarde HM 241


Guiné > Bissau >  s/d > O antigo Pavilhão de Tisiologia, desenhado pelos arquitectos Licínio Cruz e Mário Oliveira, do Gabinete de Urbanização do Ultramar, Projeto de 1951/53. Passará a Hospital Militar, o HM 241, com o início da guerra, em 1963, Foto comprada na Feira da Ladra, pelo nosso infatigável Mário Beja Santos.

Foto: © Mário Beja Santos (2013). Todos os direitos reservados.


Guiné > Bissau > HM 241 > 1970 > Varanda do Hospital Militar de Bissau. Foto do álbum de Elias dos Anjos Rodrigues, ex-soldado atirador do 3.º pelotão (, comandado pelo alf mil Ravasco), da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72). O Elias mora em Vale de Anta, Chaves. Foi gravemente ferido em 10 de Agosto de 1970, numa mina A/C na região de Jifim.

Cortesia do blogue CCAÇ 2700 - Dulombi (1970/72), criado (em 2007) pelo nosso grã-tabanqueiro Fernando Barata. Foto reproduzida com a devida vénia.

Foto: © Elias Anjos Rodrigues (2012). Todos os direitos reservados.



Guiné > Bissau > 1972 > O edifício do Hospital Militar, o HM 241... Os horrores da guerra (os mutilados, os politraumatizados, os feridos graves...) eram ali despejados todos os dias, de helicóptero... Foto do Carlos Américo Rosa Cardoso que pertenceu aos Serviços de Saúde Militar, com o posto de 1º Cabo Radiologista.

Foto: © Carlos Américo Rosa Cardoso (2007). Todos os direitos reservados



Guiné- Bissau > Bissau > Novembro 2000 > Antigo Hospital Militar de Bissau, HM 241, num processo já de degradação irreversível...

Foto: © Albano Costa (2005). Todos os direitos reservados


1. Manuscrito(s), por Luís Graça

Nota de leitura >  Ana Vaz Milheiro – 2011: Guiné-Bissau. Lisboa, Circo de ideias, 2012, 52 pp. (Viagens, 5)

Parte II   

Recorde-se o que já dissemos em poste anterior sobre esta brochura da investigadora e professora do ISCTE -IUL, Ana Vaz Milheiro.

Este livrinho, profusamente ilustrado com fotografias da autora, a cores, resulta de uma singular viagem à Guiné-Bissau, de 2 arquitetos (entre as quais a autora) e de 1 sociólogo (Eduardo Costa Dias, nosso grã-tabanqueiro),  durante 10 dias, de 2 a 10 de outubro de 2011.

Com a promoção de Bissau a capital da colónia, em 1941, em plena II Guerra Mundial e em plena batalha do Atlântico, dificultando as ligações marítimas da Metrópole com as colónias africanas, agravam-se os problemas de habitação. A procura é maior do que  a oferta.

Em, 1944 chega finalmente a Bissau  uma "Brigada de construção de moradias", sob a cehefia do arq Paulo Cunha. E com ele vêm mais um arquiteto adjunto, um construtor, um desenhador, 5 carpinteiros e 8 pedreiros. Vão ser construídas casas de 3 tipologias. Por exemplo, as de 2 pisos custavam o triplo do seu valor em Lisboa. O que seria explicado por Ana Vaz Milheiros,  por 3 ordens de fatores: (i) escassez de materiais; (ii)  atrasos nas remessas financeiras da metrópole; e (iii)  falta de qualificação da mão de obra local. 

O trabalho da Brigada (1944-46) é objeto de críticas de um lado e outro. Mas, de entre os eliogios, destacam-se: (i) o desenho inovador dos projetos, superando o tradicional bangalô tropical; (ii) as preocupações de ordem estéstica que passam também a ser tidas em conta  pelos promotores imobiliários, públicos e privados; e (iii)  a atenção que é dada às condições locais de clima, luz e calor.

A volumetria de Bissau resulta em grande parte deste "padrão unifamiliar, impresso pelos projetos residenciais da Brigada", marcando a sua escala, e "contribuindo para acentuar uma fisionomia de tipo Garden City [,Cidade Jardim,] que continua a qualificar o actual ambiente urbano" e que remonta à I República (p, 12).


Do Pavihão de Tisiologia (1951-53) ao Hospital Militar 241 (a partir de 1963), com assinatura de um lourinhanense, o arq Lucínio Guia da Cruz

O antigo hospital militar, o HM 241, é hoje uma triste ruína.  Mas já fora um Pavilhão de Tisiologia, do   Hospital de Bissau  (hoje, Hospital Nacional Simão Mendes).

Localizava-se fora do perímetro urbano, a cerca de 6 km do centro. Tem risco dos arquitectos Lucínio Cruz e Mário Oliveira, ambos do Gabinete de Urbanizações do Ultramar. Data de 1951-1953. A sua localização fora da cidade, e longe do seu  buliço, obedecia às concepções higiossanitárias da época, ou sejam, as da luta antituberculose (que, na metrópole, impunham a localização dos sanatórios em altitude ou nas zonas marítimas, com "bons ares"). (A tísica, ou tuberculose pulmonar, ainda era então um grave problema de saúde pública, tranto noa metrópole como nos trópicos).

São arquitectos de regime, conservadores, mas com qualidade técnica e conhecimento da realidade local. Curiosamente, fico a agora a saber que o meu conterrâneo e vizinho arq Lucínio Cruz, já falecido, tem obra vária, edificada em  Bissau e outras partes do império. Por ex., a Estação Metereológica, em Bissau, também é dele (1952), bem como o edifício dos CTT (1950, alterado). Também fez o projeto para a Câmara Municipal de Bissau (1948, não construído). E, já agora: a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (1952-58), o Departamento de Física e Química da FCT/UC (1956-1975), parte do projeto da nova Cidade Universitária de Coimbra, exemplo acabado da arquitetura estadonovista.

Tem também, o arq Licínio Cruz, obra espalhada por outros sítios, incluindo a sua terra natal (n. 1914 e faleceu em finais de 1990 ou princípios de 2000). Inclusive o prédio, onde tenho um apartamento, na Rua da Misericórida, Lourinhã,  foi desenhado por ele. Ao que soube, na altura, terá posto termo à vida, na presença na sua última companheira, de origem africana. Foi presidente da Câmara Municipal da Lourinhã (1969-74) e provedor da Misericórdia local, no pós-25 de abril. Também era conhecido por Licínio Guia da Cruz. Lamentavelmente não encontro, na Net,  uma simples nota biográfica sobre ele, contrariamente ao seu colega Mário Oliveira (1914-2013), "o arquiteto que morreu duas vezes", no dizer de Ana Vaz Milheiro, que também é jornalista do Público.

(...) "O desaparecimento do arquitecto Mário de Oliveira, que morreu na terça-feira [, 17/12/2013,]no Hospital de Vila Real, equivale a uma segunda morte. A primeira ter-se-á dado simbolicamente, quando, nos anos de 1980, decidiu retirar-se voluntariamente da vida pública e exilar-se no Hotel Mira Corgo, em Trás-os-Montes, para pintar.

A sua actividade ao serviço do Ministério do Ultramar e o esquecimento a que Mário de Oliveira e os seus colegas arquitectos estiveram votados durante os anos que se seguiram ao 25 de Abril talvez tenham, em parte, justificado a opção. (...)

"Quanto às ruínas do velho Pavilhão de Tisiologia, estas parecem desmentir  rumores que as descrevem como mal construídas e com problemas estruturais graves (...). O estado ruinoso é já  uma realidade pós-colonial" (p. 16).

Na prática isto é uma elogio a dois dos arquitectos que fizeram carreira no Gabinete de Urbanização Colonial (1944-51), e depois Gabinete de Urbanização do Ultramar (1951-57) e por fim Direcção de Serviços de Urbanização e Habitação da Direcção Geral de Obras Públicas e Comunicações do Ministério do Ultramar (1957-74).

Estes e outros são homens, hoje  injustamente esquecidos. Tal como a arquitetura que deixamos na Guiné-Bissau

O Pavilhão de Tisiologia (que com o início da guerra colonial em 1963 vai transformar-se em Hospital Militar 241, dramaticamente familiar a muitos de nós, e tornar-se um dos melhores de África, nomeadamente ao nível  da cirurgia ortopédica. É um edifício público, tal como outros da época, que seguia a "cartilha estadonovista" da arquitetura colonial: (i) funcionalidade, (ii) resistência; e (iii) adaptação ao clima...

Já em artigo publicado, em 2009, na revista brasileira "on line" Arquitectura e Urbanismo, do mestrado de arquitectura e urbanismo, da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, Ana Vaz Milheiro e Eduardo Costa Dias chamavam a atenção para o facto de  "o trabalho do Gabinete de Urbanização Colonial – um organismo central dependente  do Ministério das Colónias, criado em 1944 e exclusivamente dedicado à execução de projectos  de arquitectura e de urbanismo para as colónias, nunca foi objecto de uma investigação monográfica, embora surja parcialmente citado em algumas investigações sobre arquitectura portuguesa em  África"... Os autores, neste artigo, elegem a cidade de de Bissau, capital da Guiné Portuguesa a partir de 1941, como um caso de estudo demonstrativo dos diferentes papéis que o Gabinete assume ao longo das suas  três décadas de existência".... Assim, e como "primeira etapa da análise dos princípios de actuação dos arquitectos  ao serviço do Gabinete e da cultura de projecto seguida, procura-se aqui conhecer a extensão dos  projectos efectivamente realizados, a datação de edifícios e a identificação algumas autorias assim  como verificar o estado de conservação em que este património actualmente se encontra"...







Gabinetes de arquitetura e urbanismo coloniais (1944-1974) > Bissau > Lista de obras (feitas e por fazer) e respetivos arquitetos 






Fonte: Milheiro, Ana Vaz, e Dias, Eduardo Costa - A Arquitectura em Bissau e os Gabinetes de Urbanização colonial (1944-1974). usjt - arq urb , nº 2, 2009 (2º semestre), pp.80-114 [ Disponível aqui em pdf ]

(Continua)

sexta-feira, 4 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23048: Notas de leitura (1425): "Portugal no Mundo"; Publicações Alfa - Um pouco da Guiné na obra de Luís de Albuquerque (2) (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Junho de 2019:

Queridos amigos,
Felizmente, têm evoluído nas últimas décadas os trabalhos de investigação sobre a presença portuguesa na chamada Senegâmbia, há que destacar as pesquisas e estudos de Maria Emília Madeira Santos, Eduardo Costa Dias, José da Silva Horta. Nesta obra coordenada pelo professor Luís Albuquerque, o seu último grande trabalho, Maria Emília Madeira Santos debruça-se sobre os lançados na costa da Guiné, define-os com rigor, mostra a natureza do seu comércio, exemplifica com alguns lançados que tiveram prosperidade, dá voz aos dois principais autores que registaram esta presença e que foram Francisco Lemos Coelho e André Alvares de Almada. Foi sol de pouca dura, a concorrência inglesa, francesa e holandesa subtraiu-lhes a influência. Mas fazem parte do nosso património histórico pois não há estudo sobre a presença portuguesa que possa iludir estes pontas de lança internacionais, intérpretes de linguagem diversa, trocadores de produtos e muito mais, aproveitavam-se da fragilidade da presença da Coroa, mestiçaram-se e porventura estão entre os principais responsáveis por se ter falado português desde os séculos XV e XVI na Senegâmbia.

Um abraço do
Mário



Um pouco da Guiné na obra de Luís de Albuquerque (2)

Beja Santos

Em 1989, as Publicações Alfa deram à estampa o maior empreendimento editorial da responsabilidade desse grande historiador dos Descobrimentos que foi Luís de Albuquerque, falecido em 1992. Foram seis volumes que abonam a sapiência deste investigador e revelam a sua portentosa capacidade de coordenar projetos científicos de grande envergadura. É precisamente no segundo volume que Luís de Albuquerque e prestigiados colaboradores referem a contextualização histórica do primeiro período da presença portuguesa na Senegâmbia.

A Terra dos Negros possuía ingredientes pouco convidativos à fixação de populações, o Infante D. Henrique concluiu que a presença portuguesa exigia dois elementos básicos: boa comunicação com os chefes locais, com o repúdio a atos hostis e a constituição de empórios ou feitorias que dessem apoio a atos de missionação (no caso da Guiné se revelaram dececionantes). Como escreve na obra a investigadora Maria Emília Madeira Santos, uma boa parte das atividades económicas e de relacionamento deveu-se não às iniciativas do Coroa mas a um punhado de aventureiros que passou à História com o nome de “lançados”. Observa a investigadora que desde o princípio do século XVI, pioneiros portugueses registaram presença nesta região entre o cabo Verde e a Serra Leoa (mais ou menos o território que ficará conhecido como Senegâmbia Portuguesa), ignoravam a subordinação ao governador e às autoridades estabelecidas na ilha de Santiago de Cabo Verde. A Coroa tinha uma prioridade: povoar as ilhas de Cabo Verde, escala estratégica para a navegação atlântica, na míngua de povoadores estimulou a vinda de escravos. E assim foi decidido que podiam os vizinhos da ilha de Santiago navegar com os seus navios e mercadorias nesta Senegâmbia, mas apenas lhes era permitido movimentar os produtos do arquipélago, que se reduziam, naquela época, a algodão e cavalos. E para proteger Cabo Verde proibia-se rigorosamente a fixação de portugueses naquele ponto da costa ocidental africana. Mas houve vozes insubmissas, homens de diversos estratos sociais, aventureiros, renegados e cristãos-novos que se lançavam na terra firme, estabelecendo ali residência e ocupantes de comércio de produtos vários, isto sem prejuízo de manter relações comerciais com as ilhas. Ficaram conhecidos pelo nome de lançados, tangomãos, tangomaus ou tangumans. Havia judeus neste grupo, expatriados a partir de 1496. Segundo o Capitão Francisco de Lemos Coelho, que ali viveu e comerciou demoradamente, os judeus portugueses lançados na costa da Guiné “eram assaz vituperiados dos mais moradores e negros da terra e pagavam mais tributos que os brancos; e tudo sofriam por viverem em liberdade em sua lei”. Havia entre estes lançados gente rica. Foi o caso de Diogo Henriques de Sousa, que, no início do século XVII, se estabeleceu no porto de Guinala, não longe do Rio Grande, terra dos Beafadas. Outro exemplo de lançado que aqui enriqueceu foi o de Sebastião Fernandes. Viveu na povoação de Guinala com muitos navios e cabedal, foi para Cacheu com 18 embarcações onde levou 1800 negros com muito marfim e algum âmbar.

A investigadora cita o Capitão André Alvares de Almada quando este escreveu acerca dos muitos negros que “sabem falar a nossa língua portuguesa e andam vestidos do nosso modo. E assim muitas negras ladinas, chamadas tangomãs, porque servem os lançados. E estas negras e negros vão com eles de uns rios para os outros e à ilha de Santiago e a outras partes”. Havia dois tipos de acusações que impendiam sobre os lançados: faziam concorrência ao resgate de embarcações portuguesas, eram apelidados de ladrões, traidores; e viviam fora da alçada da Igreja, dedicados ao tráfico da escravatura durante vinte ou trinta anos, sem se confessarem. Os lançados para regressar ao reino tinham que pagar metade dos bens que traziam, eram igualmente obrigados a entregar dez cruzados ao Hospital de Todos os Santos de Lisboa. Mais diz a investigadora que os lançados ocupavam-se no comércio de troca entre mercadorias europeias e produtos africanos, mercadorias vindas da Europa em grande variedade. Em troca, compravam couros, marfim, cera, goma, âmbar, algália, anil, ébano, escravos e ouro. Fixavam-se de preferência na costa ou nas margens dos rios, tudo faziam para viver na melhor convivência com os reis africanos.

Esta atmosfera de resgates ir-se-á alterar com a presença dos franceses, primeiro, ingleses e holandeses, depois, a partir do terceiro quartel do século XVI. Até aí, está historicamente comprovado, no cabo Verde e angra de Bezeguiche, os portugueses comerciavam com os jalofos islamizados, e umas léguas abaixo no porto de Recife, aqui viviam os portugueses e os brancos “filhos da terra”. A presença judaica ganhou enorme expressão, são estudos efetuados por Eduardo Costa Dias e José da Silva Horta, todo o comércio no porto de Ale e no porto de Joale. O rio Gâmbia, navegado pelos portugueses desde o século XV, quando foi subido até Cantor por Diogo Gomes, podia navegar-se com navios com 80 a 90 toneladas por 130 léguas. Aqui se contatavam os Mandingas que falavam da cidade de Tombuctu e das feiras de ouro. Francisco Lemos Coelho, que exercia funções em Cabo Verde e conhecia palmo a palmo a costa da Guiné deixou-nos relatos memoráveis desta presença portuguesa no comércio do Gâmbia e da Senegâmbia em geral. A concorrência aos portugueses foi devastadora, tornou-se sumamente difícil o controlo dos navios negreiros saídos para as Américas. Cacheu tinha uma fortificação de pau-a-pique que só veio a ser substituída por uma fortaleza de pedra em 1641 com o governador Gonçalo Gamboa de Ayala, a praça passou a ter capitão-mor, oficiais de justiça e uma guarnição militar. Nem tudo era mantida nas melhores condições, como escreveu Francisco Lemos Coelho em 1669: “Consta a povoação de Cacheu de duas ruas, uma posta ao longo do rio, que chamam a Direita, e outra por detrás, que chamam de Santo António; do princípio está a modo de um bairrozinho, que chamam Vila Fria, em a qual primeira casa é de Sua Majestade em que assiste o capitão-mor, que não tem mais forte, que o nome, está a dita casa com um cerco de mangues que é a muralha, a que chamam tabanca, a casa é de adobes, coberta de palha com um grande terrado em que está a fazenda por amor do fogo, que se chama combete, e semelhante a esta são todas as da povoação, que tem pela banda do mar uma plataforma com camisa de pedra e cal em que está a artilharia que lhe põem capitães-mores…”

Os lançados judeus tinham uma relação especial com a Flandres, dado que certamente ali tinham familiares e amigos expulsos de Portugal no reinado de D. Manuel.

Os lançados em geral acabaram, a partir do final do século XVI, por estar menos ligados aos portugueses. Viviam em núcleos mais ou menos isolados, sem lei, sem justiça e sem religião, estabeleciam relações de convivência com as populações locais, pagavam mais ou menos diretamente o acolhimento e a permissão de comerciar. Com os europeus entabulavam ligações comerciais de acordo mútuo que os tornaram intermediários entre a Europa e regiões dos rios da Guiné e Serra Leoa, tornando-se pontas de lança internacionais, este papel só foi possível desempenhar pela aceitação local e pela fraqueza do poder da Coroa Portuguesa na região.

Cena de uma aguada. Representa um dos variados aspetos do relacionamento entre os europeus e os africanos. Gravura extraída da obra setecentista “Relation du voyage de Mr. De Gennes au Detroit de Magellau”
Ilustração extraída da revista “O Mundo Português”, n.º 6, junho de 1934
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Nota do editor

Último poste da série de 28 DE FEVEREIRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23041: Notas de leitura (1424): "Portugal no Mundo"; Publicações Alfa - Um pouco da Guiné na obra de Luís de Albuquerque (1) (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12798: Agenda cultural (303): O livro "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau - Um Roteiro", co-autoria de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, vai ser apresentado no próximo dia 9 de Abril de 2014, pelas 18 horas, no Palácio da Independência. Apresentadores: Julião Soares Sousa e Eduardo Costa Dias


"Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro" 

Sessão de apresentação no Palácio da Independência, 9 de Abril, pelas 18h 
Apresentadores: Julião Soares Sousa e Eduardo Costa Dias


As razões por que escrevemos este livro
A documentação histórica sobre a Guiné portuguesa já estava profundamente desatualizada quando se deu a independência. E a caminho das quatro décadas da independência de facto, a República da Guiné-Bissau continua a não dispor de uma narrativa em sequência desde a luta da libertação até acontecimentos recentes.

Atendendo a esta inaceitável lacuna, os autores procuraram nalgumas centenas de páginas compendiar o que, na sua lógica, pode ser entendido como mais relevante sob a presença dos portugueses na Guiné, como se desenrolou a guerra de libertação e o que tem sido a vida do novo Estado, logo sacudido por intentonas, cisões, a rutura entre a Guiné e Cabo Verde, uma guerra civil e crise endémicas intermináveis.

O arco histórico vai, pois, desde a chegada dos navegadores a esse território indefinido da Senegâmbia, em meados do século XV, até ao golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.
Trata-se de um roteiro destinado a equipar estudiosos ou mesmo leitores meramente curiosos por essa fascinante e assombrosa Guiné, propiciar-lhes uma vasta gama de leituras e referências bibliográficas, mostrar os protagonistas envolvidos e determinantes (como é o caso de Amílcar Cabral).

Não é uma enciclopédia nem uma antologia de textos avulsos, é uma rosa-dos-ventos que pode vir a sugerir aos investigadores ideias para estudos mais abalizados. É um roteiro sem intuitos doutrinários, fica ao dispor principalmente dos leitores de Portugal e da Guiné-Bissau, já que os autores estão plenamente esperançados que este livro irá incitar estudos mais desenvolvidos que deem continuidade à modéstia do presente empreendimento.

Esta obra mais não pretende do que atrair mais e melhor estudo sobre a História da Guiné portuguesa e da Guiné-Bissau.

Francisco Henriques da Silva
Mário Beja Santos


Sobre os autores:

Francisco Henriques da Silva
Licenciado em História, foi Alferes Miliciano de Infantaria na Guiné, de 1968 a 1970. 
Ingressou no serviço diplomático em 1975.
Serviu nos Estados Unidos da América, em França, no Canadá e na Comissão Europeia na qualidade de perito nacional destacado.
Foi Director dos Serviços do Médio Oriente e Magrebe. 
Vice-Presidente do Instituto Camões e Director-Geral dos Assuntos Multilaterais do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Exerceu as funções de Embaixador na Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Índia, México e Hungria.
Possui a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
É autor da obra "Crónicas dos (des)Feitos da Guiné" e de diversos outros trabalhos.


Mário Beja Santos
Licenciado em História, foi Alferes Miliciano de Infantaria na Guiné, de 1968 a 1970. 
Toda a sua vida profissional entre 1974 e 2012 esteve orientada para a política do consumidor.
É autor de mais de três dezenas de títulos relacionados com as temáticas da política dos consumidores.
Foi professor do ensino superior, colaborou durante mais de duas décadas em emissões radiofónicas ligadas à defesa do consumidor e foi autor e apresentador de programas televisivos e teve uma participação activa no consumo europeu.
Alguns dos seus últimos livros foram dedicados à Guiné: "Diário da Guiné - Na Terra dos Soncó", Diário da Guiné - O Tigre Vadio", "Mulher Grande", "A Viagem do Tangomau" e "Adeus, Até ao Meu Regresso", um levantamento da literatura sobre e de combatentes na Guiné.

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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE MARÇO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12791: Agenda cultural (304): Homenagem a Carlos Schwarz (Pepito), dia 7 de Março de 2014, pelas 18h00 no Auditório da Fundação Mário Soares, Rua de S. Bento, 160, Lisboa

terça-feira, 15 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12989: Agenda cultural (310): Sessão de apresentação do livro de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro", levada a efeito no passado dia 10 de Abril no Palácio da Independência

Palácio da Independência, 10 de Abril de 2014. Sessão de apresentação do livro "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro". À esquerda da foto os autores: Mário Beja Santos e Francisco Henriques da Silva


"Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro"

Sessão de apresentação no Palácio da Independência em 10 de Abril


Numa sala completamente apinhada, Alarcão Troni, presidente da Sociedade Histórica para a Independência de Portugal, saudou o evento e recordou as diferentes iniciativas associadas ao estudo e publicações ligadas à Guiné, por parte da instituição. Victor Raquel, da Fronteira do Caos, manifestou a sua satisfação por ver a editora conotada com obras de referência, incontornáveis na cultura portuguesa com conexões à problemática ultramarina.

O primeiro orador, Eduardo Costa Dias, do Centro de Estudos Africanos do ISCTE, saudou a publicação deste título e recordou como a história da antiga colónia e do Estado independente careciam de uma leitura que permitisse a linearidade histórica, contemplando os grandes eixos da presença portuguesa, iluminando o percurso ziguezagueante de 1974 a 2012. Considerou que o roteiro inseria e preenchia com informação rigorosa os capítulos essenciais dos cerca de 550 anos que o livro pretende abarcar. Não obstante, lembrou que há lacunas bibliográficas que poderão ser preenchidas em nova edição. Acentuou por último que o roteiro abre enormes perspetivas para novos estudos e investigações sobre a Guiné e outras regiões.

O segundo orador, Julião Soares Sousa, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História Moderna e Contemporânea de Portugal, pelo seu livro “Amílcar Cabral, Vida e Morte de um Revolucionário”, considerou que a obra que estava a ser apresentada supria uma grave lacuna não só quanto à presença portuguesa como à vida atribulada da República da Guiné-Bissau, mas igualmente estabelecia a charneira quanto às etapas fundamentais da luta da libertação, carreando informações prementes no campo da bibliografia, da literatura e da cooperação. Fez votos para que os conteúdos do roteiro venham a ser matéria-prima para trabalhos mais desenvolvidos de que aquela região africana precisa, e conta com a dinâmica das universidades portuguesas para tal, em colaboração com a investigação sediada em Bissau.

Coube a Francisco Henriques da Silva, um dos coautores, justificar a natureza da obra, apresentou-a como um projeto de diferentes valências, há estudos que carecem de aprofundamento e Portugal dispõe de instituições ímpares quanto a documentação, que é crucial para melhorar os conhecimentos do período colonial, sobretudo. No entender dos autores, o levantamento feito sobre a Guiné-Bissau é um bom ponto de partida e recordou que na guerra civil de 1998-1999 perderam-se arquivos preciosos sobre o passado e a contemporaneidade, o que agrava as dificuldades para densificar o fio condutor entre o período colonial, a luta de libertação e a história do país independente.

O Encarregado de Negócios da República da Guiné-Bissau, M’bala Alfredo Fernandes não escondeu o seu apreço por esta iniciativa e teceu considerações sobre o ato eleitoral em curso na Guiné-Bissau.
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Notas do editor

Vd. poste de 6 de Março de 2014 > Guiné 63/74 - P12798: Agenda cultural (305): O livro "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau - Um Roteiro", co-autoria de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, vai ser apresentado no próximo dia 9 de Abril de 2014, pelas 18 horas, no Palácio da Independência. Apresentadores: Julião Soares Sousa e Eduardo Costa Dias

Último poste da série de 14 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12981: Agenda cultural (309): Reportagem do Porto Canal feita com a Tabanca Pequena será emitida hoje, dia 14 de Abril, depois do Jornal Diário das 20 horas

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13603: Notas de leitura (631): “2011 Guiné-Bissau" por Ana Vaz Milheiro (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Fevereiro de 2014:

Queridos amigos,
Aqui vão imagens de nostalgia daquelas últimas décadas do Império da Guiné.
Ficamos a saber que o engenheiro de minas José Guedes Quinhones foi o responsável pelo plano de 1919 de que veio a nascer a Bissau que Sarmento Rodrigues pôs em execução.
Ouvimos falar na Garden City, a cidade jardim dos trópicos, vemos projetos que tinham em atenção as condições do clima e a defesa contra a insolação. Refere-se que o HM 241 tinha um serviço de ortopedia que estava entre os melhores do Império e do continente africano. Há ruínas de edifícios dos CTT, abandonados à sua sorte, a crueldade é tanta que ninguém pensa na sua revalorização.
Enfim, uma amostragem pela arquitetura do Estado Novo que jaz agonizante ou não valorizada.

Um abraço do
Mário


Um olhar sobre a arquitetura da Guiné-Bissau, por Ana Milheiro

Beja Santos

Ana Vaz Milheiro é docente do ISCTE e está a preparar pós-doutoramento em arquitetura luso-africana do período do Estado Novo. É investigadora responsável do projeto “Os Gabinetes Coloniais de Urbanização: Cultura e Prática Arquitetónica”. É dela, em colaboração com Eduardo Costa Dias, Doutor em Antropologia Social e investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE, o precioso “2011 Guiné-Bissau”, Circo de Ideias – Associação Cultural, 2012.

Escreve a autora: “Fui à Guiné-Bissau à procura do Estado Novo, em outubro de 2011. Até ao desembarque, a imagem que tinha da Guiné-Bissau baseava-se nas pesquisas documentais iniciadas três anos antes, recolhidas em livros e opúsculos, nos desenhos, projetos e documentos, em fotografias. Em 2009, Eduardo Costa Dias deslocou-se a Bissau, como faz quase todos os anos. Generosamente, acedeu em fotografar uma primeira lista de edifícios públicos construídos na capital guineense depois da Segunda Guerra Mundial. Do cruzamento das imagens dos edifícios com os projetos arquivados em Lisboa saíram as primeiras ‘narrativas’ sobre Bissau. Faltava o confronto com a cidade real. A viagem levou-nos a Safim, Nabijões, Bafatá, Gabu, Sonaco, Contubuel, Bula, Canchungo, Cacheu e Mansoa”. Estamos em Bissau.

Estamos em Bissau, e a arquiteta Ana Milheiro dá-nos uma novidade sensacional: “A cidade contemporânea começa a ser planeada na sequência dos acontecimentos militares de 1913, assinalando os esforços de João Teixeira Pinto para estabilizar a presença portuguesa na região. Com a I República cresce o sentimento de embelezar a cidade. O plano de 1919, do engenheiro Guedes Quinhones, não só dá início ao processo de monumentalização do espaço urbano como corresponde à sua expansão para lá do perímetro primitivo. Cruza a baixa densidade da Garden City, propondo uma praça radial, implantada na cota mais elevada, ligando-se, através de um boulevard, à zona baixa e portuária. A Av. Amílcar Cabral é, então, a Av. 31 de Janeiro. Os limites da cidade são assegurados por uma “Avenida de cintura”, que faz fronteira com os subúrbios, onde a população africana se irá fixar. Identificam-se os lotes das instalações da energia elétrica e abastecimento de água, do Palácio do Governo, do Novo Hospital e do Banco Nacional Ultramarino. Formam um programa mínimo de equipamento (a que se junta a escola primária, c. 1922) que o Estado Novo reforça depois de 1945. A estratégia estado-novista passa por diminuir os vestígios deste urbanismo de perfil republicano, apropriando-se dos seus símbolos”.

Imagem de Bissau inserida no livro de Ana Vaz Milheiro

Três anos após a passagem de Bissau a capital, chega o arquiteto Paulo Cunha, vem com a responsabilidade de construir casas, a capital está muito carente. O padrão unifamiliar marca a escala de Bissau, contribuindo para acentuar uma fisionomia do tipo Garden City

Uma vista das moradias de Bissau construídas entre 1944 e 1946

A deambulação prossegue pelas ruinas do Hospital 3 de Agosto e a autora observa: “O seu estado ruinoso atual não impede a constatação da qualidade da arquitetura da última fase da presença colonial”. Detém-se na Sé de Bissau, urdida por João Simões em 1945. No lado oposto da avenida encontra-se a sede dos correios cuja fachada é monumentalizada à maneira das obras do Estado Novo. E chegamos a um equipamento que os arquitetos muito apreciam: a estação meteorológica de Bissau. E Ana Milheiro escreve: “É a questão do clima e, mais precisamente a necessidade de isolamento térmico, que irá definira opção por uma cobertura plana, desafiando as rotinas habituais que preferem telhados inclinados. Nas especificações construtivas, refere o arquiteto que o revestimento da cobertura é composto por pequenas lajes soltas que produzem o mesmo efeito de uma caixa de circulação de ar”.

Estação Meteorológica, Lucínio Cruz, 1952, Bissau

Seguem-se visitas aos bairros de Santa Luzia e da Ajuda, há também um olhar demorado sobre a sede do PAIGC outrora a Associação Industrial e Comercial de Bissau, e, ali bem perto há o edifício sede da TAP. A visita a Bissau está praticamente concluída, tira-se uma impressiva fotografia ao pedestal da estátua de Diogo Gomes, o que da estátua resta encontra-se no forte de Cacheu.

Seguem para Bafatá, e depois Contubuel. Diz a autora: “É um sítio histórico extraordinário”. O lugar, famoso pelas madrassas da etnia Mandinga, ostenta vestígios coloniais. Ali se fundou uma missão católica nos anos 50. Ainda em Contubuel, há uma paragem no mercado e a autora escreve: Materializa um desenho elementar: “Um pavilhão só parcialmente fechado com elementos cerâmicos vazados, rematado com uma cobertura de duas ou quatro águas. O recurso a projetos-tipo está instalado entre os profissionais dos organismos públicos que desenham para África durante o Estado Novo. Na Guiné, encontramos pelo menos quatro séries. A escola primária. A estação de correios com residência para o chefe de posto. O celeiro comunitário. E o mercado-telheiro”. Impressiona-se com a escola primária de Cacheu, chama-lhe à atenção o Cine-Canchungo e diz o seguinte: “Aparece nos relatos dos antigos combatentes como local de visionamento de filmes improváveis. A Mulher Infiel de Claude Chabrol, exibido em dezembro de 1972, é um deles. Durante a década de 60, o conflito armado determina a escala alcançada pelos equipamentos diretamente ligados ao esforço militar: instalações hospitalares, aquartelamento ou clube militar”.

Cine-Canchungo, década de 1960

E não esconde o seu maravilhamento com a estação dos CTT de Gabu, e comenta: “O gaveto da estação dos Correios, Telégrafos e Telefones de Gabu funciona como expressão arquitetónica da urbanidade ambicionada para as povoações interiores da Guiné no período colonial. Um edifício que se abre em esquina é um edifício que desenha em cidade. O projeto repete-se, pelo menos, em Bissorã, Mansoa e Bafatá, nesta última com maiores dimensões. Visitámos o posto dos Correios, agora encerrado, e entrámos na casa do antigo chefe. De área mínima, a habitação é, todavia, um privilégio concedido pelo Estado Novo aos seus funcionários”.

O melhor é folhear calmamente o que Ana Vaz Milheiro captou e sentiu. O livro faz parte de uma coleção que procura construir um mapa afetivo de viagens. A arquiteta passou o teste e legou-nos uma pequenina joia de edifícios que milhares e milhares de ex-combatentes nunca esqueceram.
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Nota do editor

Último poste da série de 8 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13585: Notas de leitura (630): “Estudos sobre Literaturas das Nações Africanas de Língua Portuguesa”, por Alfredo Margarido (Mário Beja Santos)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8867: Inquérito online: Com que frequência tens visitado ultimamente o nosso blogue ?: Resultados e comentários preliminares

Guiné-Bissau > Região do Oio  > Mansoa > Jugudul > Abril de 2006 > Uma miúda  da região chupando uma guloseima que veio do Porto com açúcra e com afeto...

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Estrada Bambadinca-Saltinho > 18 Abril de 2006, 14º dia  da viagem Porto-Bissau > Alguém perdeu um chinelo, algures perto de Mansambo...

Guiné-Bissau > Região de  Quínara > Estrada Buba-Empada > 19 Abril de 2006, 15º dia da viagem Porto-Bissau > Um insólita seta indicando a direção e a distância até à desértica  Madina do Boé: 67 km...

Guiné-Bissau > Região do Oio > Farim > Jumbembém > 17 Abril de 2006, 13º dia da viagem Porto-Bissau > O brinquedo mais precioso, de "linha branca"...


Guiné-Bissau > Região do Óio  > Estrada Mansoa- Mansabá > 16 de Abril de 2006, 12ª  dia da viagem Porto-Bissau > Uma insólita "sementeira" de bagabaga preto (termiteiras em cogumelo)


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Estrada Bambadinca-Saltinho > 18 Abril de 2006, 14º dia da viagem Porto-Bissau > Ruínas do aquartelamento de Mansambo (monumento da CART 2339, 1968/69)...


Guiné-Bissau > Região de Óio  > Farim > 17 Abril de 2006, 13º dia da viagem Porto-Bissau > Cais de embarque no Rio Cacheu...


Imagens, sempre belíssimas, do álbum do nosso amigo Hugo Costa, filho do nosso camarada Albano Costa, documentando a viagem por terra, do Porto a Bissau, organizada pelo Xico Allen, em Abril de 2006, bem como a viagem emocionante pelo interior da Guiné-Bissau, a partir de Bissau e do Saltinho  (que os levou a vários sítios, de norte a sul e de leste a oeste: Bissau, Quinhamel, Mansoa, Mansambá, Barro, Bigene, Farim, Jumbembem, Canjambari, Xime, Fá Mandinga, Mansambo, Saltinho, Buba, Empada, Judugul, Bissau). A caravana era constituída por um único... jipe, que levou sete pessoas (!): além do Xico e da Inês Allen, o Hugo Costa, o A. Marques Lopes, o Zé Teixeira, o Casimiro e o Manuel Costa.

Recorde-se que essa viagem ficou registada numa série de crónicas assinadas pelo A. Marques Lopes, na I série do nosso bogue (pelo menos, uns 26 postes: Do Porto a Bissau), bem como em alguns apontamentos do Albano Costa (que, dessa vez, ficou na terra, em Guifões, Matosinhos,  onde é fotógrafo profissional)... O Hugo já tinha à Guiné, com o pai, em Novembro de 2000. Fica a nossa homenagem a ambos, pai e filho. (LG)

Fotos: © Hugo Costa (2006). Todos os direitos reservados


1. Mensagem, enviada ontem pelo correio interno da Tabanca Grande:

Assunto: Sondagem: Com que frequência tens visitado ultimamente o nosso ? Faltam 3 dias para terminar o prazo de votação

Amigo/a, camarada:

Faltam 3 dias para terminar a votação na nossa sondagem 'on line' (*).  Houve já mais de 150 votantes. A tua opinião, como membro registado da nossa Tabanca Grande (somos 520), é importante para quem está no "back office"...

Participa. Ajuda-nos a fazer mais e melhor. Estamos num período de reflexão e de reorganização interna da nossa "casa"...

Para participares, basta ires ao blogue e,  no canto superior esquerdo, escolheres uma das 8 possíveis respostas à pergunta da sondagem. A resposta é anónima.


Também podes mandar, por "mail", dando a cara, críticas, sugestões ou comentários  que nos ajudem a tomar medidas com vista à melhoria da organização e funcionamento do nosso blogue (que deve ser feito "por todos e para todos" os camaradas da Guiné...) e, por extensão, da nossa comunidade virtual que é a Tabanca Grande (por ex., regras de adesão, organização dos encontros, iniciativas).
Luís Graça

2. Comentário de L.G.:

À meia noite e meia de hoje, tínhamos 205 respostas, assim distribuídas:

(i) 75% dos respondentes visitam o blogue "diariamente" (39%) ou "quase todos os dias" (36%)

(ii) Os menos assíudos  vão lá "uma ou mais vezes por semana" (16%); ou "uma ou mais vezes por mês" (5%)

(iii) E os restantes 4%, "nunca ou raramente" visitam o blogue.


De acordo com a estatística produzida pelo nosso contador (Bravenet), desde 9 de Maio de 2010, o total de páginas visitadas foi de 2,918 milhões. Cerca de 85% dos visitantes costuma visitar a página mais de uma vez, no mesmo dia. Um em quatro visitantes vem de fora de Portugal (Brasil, Estados, França, etc.).

3. Alguns comentários de camaradas que tem andado ultimamente mais arredios das nossas páginas, mas que  responderam à nossa chamada, merecendo por isso um pequeno destaque:

Manuel Amante (, até agora em Macau):


Meu Caro Luís,


Estou de regresso a Cabo Verde e ao Ministério das Relações Exteriores.
Já votei e na primeira rúbrica porque vou ao nosso blog todos os dias.
Haja energia eléctrica ou não.
Haja insónia ou sono.
Haja ansiedade ou apatia geral.


Recebe um fraternal abraço. (...)


Albano Costa, de Guifões, Matosinhos, o nosso fotógrafo, e pai de Hugo Costa, que também seguiu as peugadas do pai no seu grande amor à fotografia e à Guiné:



Caros amigos: Embora esteja afastado há bastante tempo de participar no blogue, não tenciono deixar de fazer a minha visita diária.

Um bem haja para todos que, com o seu esforço, mantêm este "monstro" sempre actualizado. (...)


António Sampaio[, ex-Alf Mil na CCAÇ 15 e Cap Mil na CCAÇ 4942/72, Barro, 1973/74]

(...) Apesar de ainda ser "meio maçarico" aqui vai a minha resposta: "Sempre que abro o correio" (ou seja, quase diariamente).


Quando puder enviarei outra folha da minha passagem por aquelas terras. (...)


J. Eduardo Alves [, ex-Sold Condutor Auto da CART 6250, Mampatá , 1972/74]


Para responder à questão...  Eu visito o blogue de manhã e ao fim do dia (...)

Guilherme Sousa:

Um transmontano em França, Sens (...). Eu, desde que descobri este blogue, quase todos os dias dou uma vista de olhos. Infelizmente encontro poucos camaradas que passaram comigo quase dois anos na Guiné, ou seja, em Mansambo.  Fui condutor da CART 2714. Vivo em França desde que vim da Guiné, ou seja, desde 1972... Um abraço amigo e que o blogue continue (...)

Hilário Peixeiro [ ex-Cap Mil, CCAÇ 2403/BCAÇ 2851, Nova Lamego, Piche, Fá Mandinga, Olossato e Mansabá, 1968/70]:

Os primeiros e-mails que abro são os do Luis Graça mas há já uns dias que não visito o nosso blogue.  (...)

Jaime Machado

Todos os dias visito o nosso blogue (...)

Zé Carioca

As minhas visitas ao blogue passaram a ser esporádicas pela indigação com que fiquei sobre a aldrabice que ali foi escrita sobre o tema [Guileje] (...)



António Pimentel:

Parabéns pelo vosso  trabalho! Não desistam, apesar das dificuldades (...)

Valentim Oliveira:

Estou em falta e tenho sido um verdadeiro desmazelado de não fazer um pouco de escrita com algumas histórias das nossas passagens pelas terras da Guiné. Tudo isto se explica  devido à minha ocupação profissional.

Resumindo: O blogue para mim é sagrado, e todos os dias faço uma visita a este maravilhoso componente. (...)

J. Casimiro Carvalho:

Tive o meu momento Zen, quando fui um dos pioneiros a falar da guerra, não tive, não tenho e não terei intenção de ser, nem de perto nem de longe, centro de atenções, tenho uma forma muito naif de contar estórias, fui muito colaborador, e visitante assíduo, embora hoje vá "espreitar" para ver se encontro novos camarigos, novas estórias da nossa estadia no então ultramar, e desligo, pois acho que o blog está subvertido, [transformado]em montra de eruditos e escritores, ou mostra de livros e outros assuntos, não relacionados com a [essência] do blog (...).
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 3 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8851: O blogue em números (10): Três milhões de visitas em Novembro de 2011... Período de reflexão e de reorganização