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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18051: Consultório militar do José Martins (27): Memórias de Guerra (2): Distritos de Coimbra, Aveiro e Porto


1. Segundo poste do trabalho de pesquisa do nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), composto por sete postes, sobre as Memórias de Guerra (Grande Guerra e Guerra do Ultramar), espalhadas pelo país e estrangeiro, trabalho este que pode ser corrigido ou actualizado pelos nossos leitores. 




(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18049: Consultório militar do José Martins (26): Memórias de Guerra (1): Distrito de Leiria

domingo, 20 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17684: In Memoriam (302): Morreu o Aurélio Duarte, mais um dos nossos, da nossa seita, da nossa guerra... Nunca mais ouvirei o teu grito de guerra coimbrão, Eferreá!... Eferreá!... Mas para ti vai tudo, amigo e camarada!... Ficas à sombra do nosso poilão, no lugar nº 750!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)


Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24.º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > ​Da esquerda para a direita, o Valdemar Queiroz, o Abílio Duarte e o Aurélio Duarte


Silvalde, Espinho > Jan/fev 1969 > IAO - Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, antes do embarque para a Guiné, a 18/2/1969 > O Aurélio Duarte, em baixo, na primeira fila, é o primeiro à direita... Segue-se, para o lado esquerdo, o Abílio Duarte, o Pechincha e o Manuel Macias. O Cândido Cunha é o terceiro, na segunda fila, de pé, a contar da esquerda para a direita (facilmente identificável por ser o que se está a rir). Na terceira fila, à esquerda do Cunha, o Renato Monteiro. Na última fila, de pé, na ponta esquerda o Valdemar Queiroz, e à sua direita o Bento.


Guiné > Região de Bafatá > Contuboel > Centro de Instrução Militar > CART 2479 > 1969 > Da esquerda para a direita: Manuel Macias, Aurélio Duarte, Abílio Pinto, Pais e Abílio Duarte


Guiné > Região de Gabu > Piche > CART 2479 / CART 11 >  c. 1969/70 > O Aurélio Duarte é o da carecada, à direita...

Fotos (e legendas): © Valdemar Queiroz (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Valdemar Queiroz [ex-fur mil, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70):


Data: 18 de agosto de 2017 às 18:46

Assunto: Morreu o Aurélio Duarte

No passado dia 15 de Agosto morreu o Aurélio Duarte. Quando dava o seu passeio habitual foi fulminado por um ataque do coração. Desta vez o seu coração não aguentou.

Morreu mais um rapaz que esteve na guerra na Guiné.

Morreu o amigo e sempre bem humorado ex-furriel miliciano Duarte,  natural de Coimbra.

Foi dos primeiros a chegar à guerra na Guiné, muito dias antes da chegada do resto do pessoal da CART 2479 e foi o dos últimos a regressar à sua terra (fez parte da 'secção de quarteis').

Foi o Aurélio Duarte que levou na sua bagagem discos do Zeca Afonso, Adriano, Fanhais e outros mais.(*)

Eu nunca me esquecerei do Duarte, quando estivemos em Canquelifá. Meteu 'bioxene', matrecos, golpes de judo e braços partidos (o braço dele). Inesquecível. (**)

É uma chatice morrerem os rapazes que estiveram na guerra na Guiné.

Nunca mais o ouviremos o Aurélio Duarte, de Coimbra.

Nunca mais ouviremos ele dizer esfuziante um... EFERREÁ!!! EFERREÁ!!! NÃO VAI NADA , NADA, NADA.???.

Nunca mais ouviremos ele dizer o delicioso poema 'Quando a corte de D. João VI chegou a Paquetá, tudo servia de pretexto para criticar certa mulata que havia lá' (**)

Morreu o Aurélio Duarte, de Coimbra.

Vamos ter muitas saudades.

EFERREÁ, EFERREÁ, EFERREÁ !!!!

Valdemar Queiroz

2. Comentário do editor:

O Aurélio Duarte fazia (e continuará a fazer parte) da "grande seita" dos furriéis da CART 2479/CART 11, os "Lacraus". Agora lá no "assento etéreo" ou muito simplesmente no alto do poilão da Tabanca Grande vamos continuar a ouvir o seu "grito de guerra" coimbrão, Eferreá!... Eferreá!... Ele tinha já várias referências no nosso blogue e, de resto, iríamos permitir que fosse parar à "vala comum do esquecimento"... Ele faz parte do nosso património de memórias da Guiné!... Ele será doravante o nosso grã-tabanqueiro nº 750, por coincidência (ou não...), o número  a seguir ao do  seu camarada da mesma companhia, o Manuel Macias (***).

Vamos celebrar a memória deste camarada que eu conheci em Contuboel. Também por estranha coincidência é a segunda vez, em escassos dias, que o Valdemar Queiroz é o mensageiro de tristes notícias que enlutaram a sua antiga companhia: primeiro foi a morte do Pais, de Nelas, e agora, a do Aurélio Duarte, de Coimbra (****).

Paz às suas almas!...
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(**) Vd. poste de 23 de março de 2014 >  Guiné 63/74 - P12886: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte X): Quando a corte dos Lacraus chegou a Canquelifá...

(***) Vd. poste de 26 de julho de 2017 >  Guiné 61/74 - P17621: Tabanca Grande (442): o serpense Manuel Macias, ex-fur mil, 4º Gr Comb, CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70)... Grã-tabanqueiro nº 749.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17232: Convívios (793): XXII Encontro do pessoal do BCAÇ 2885, dia 20 de Maio de 2017, em Coimbra (César Dias, ex-Fur Mil Sapador)



1. Mensagem do nosso camarada César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71) com data de 2 de Abril de 2017, anunciando o XXII Encontro do pessoal do seu Batalhão:

Boa noite Carlos, saudações camarigas 
Venho mais uma vez pedir-te, caso seja possível, que publiques mais este alerta ao BCAÇ2885. Reunir das tropas. 

Convocam-se todos os elementos do BCAÇ2885 para mais um almoço de confraternização que terá lugar no próximo dia 20 de Maio em Coimbra, conforme anexos com localização e ementa. 

Então? "NÓS SOMOS CAPAZES" vamos estar presentes. 

Um forte abraço do amigo
César Dias






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Nota do editor

Último poste da série de 4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17206: Convívios (792): Encontros com e para a história - O caso do camarada Manuel José Janes - "O Violas" da CCAÇ 1427 (Jorge Araújo)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16947: Memória dos lugares (356): A Ponte dos Três Arcos, de Leiria, por onde passava a estrada real Lisboa-Coimbra (José Martins, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 5)

1. Em mensagem do dia 5 de Janeiro de 2017, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), recorda a Ponte dos Três Arcos, localizada em Leiria, entretanto desaparecida, testemunha dos conturbados tempos da invasões francesas.

Boa tarde
Votos de Bom Novo Ano, para todos.
Existe, em frente à Fonte Grande ou Fonte das Carrancas, em Leiria, um Memorial que recorda uma ponte existente naquele local. Como se encontra junto de uma obra arquitetónica de grande volume, passa despercebida. Foi, porém, neste local que aconteceu um dos muitos episódios da batalhas que houve na região de Leiria, durante as 1.ª e 3.ª Invasões Francesas, tornando a região uma das mais afetadas pela passagem dos franceses, quer em vidas humanas, quer em perda de bens.
Junto a história dos factos iniciados junto à ponte.

Abraço
Zé Martins


A Ponte dos Três Arcos

© Foto: José Martins

Várias pinturas sobre a “Leiria Antiga”, executadas no início do século XVIII, mostram a existência de uma ponte, com três arcos, que se situava no espaço entre a actual ponte Afonso Zúquete (Afonso Veríssimo de Azevedo Zúquete, Leiria, 26 de Abril de 1883 - † 26 de Fevereiro de 1936) e a passagem pedonal Ponte El-Rei D, Dinis.
Essa ponte consta de um mapa, com data presumível de 1809, levantado pelo Major de Engenharia Manuel Joaquim Brandão de Sousa, pertencente à Direcção-Geral das Infra-estruturas do Exército.

© Foto: José Martins

Existem representações gráficas de mapas de Leiria, em "Toponímia de Leiria", de Alda Sales Machado Gonçalves, edição da Freguesia de Leiria, 2013, páginas 450 e 451; "Leiria no tempo das Invasões Francesas", de Jorge Estrela, edição Gradiva, 2009, página 48.
Era por essa ponte que passava a estrada real de Lisboa a Coimbra, e era guardada por tropas francesas, de forma a assegurar que a mesma não fosse utilizada para passarem por lá reforços, nacionais ou ingleses, que pudessem colocar em risco a supremacia das tropas de Napoleão.

Por uma pastoral datada de 21 de Dezembro de 1807, o Bispo D. Manuel de Aguiar (Évora, 8 de Dezembro de 1751 † Leiria, 19 de Março de 1815 - episcopado de 1790 até à data da sua morte), recomendava aos habitantes que não hostilizassem o invasor, pois que, além de ser contra a Lei de Deus, atrairia sobre eles grandes males. A Câmara da cidade também manifesta, à Junta Suprema do Reino, a sua admiração por Napoleão, ressaltando que, face à posição geográfica de Leiria, e como lhe é peculiar, será com distinção e cordialidade que acolherá o exército francês. Tal não é o entendimento das tropas que, respondem com agressividade e brutalidade, não só em Leiria, mas em todos os locais onde estacionam ou passam.
É, porém, bem longe de Leiria, que tem início a revolta que há-de provocar, como sempre, mais danos principalmente na população, quer em vidas, quer em bens. A 2 de Maio de 1808, em Madrid, o povo revolta-se contra os franceses que, após 22 dias de repressão sangrenta sobre a população civil, o invasor acaba por ser expulso da cidade. Outras se vão seguir: Saragoça a 24 de Maio, Santander e Sevilha, a 27, seguida de toda a Andaluzia; e Badajoz a 30.


A revolta cruza as fronteiras nacionais e a população insurge-se-se contra as autoridades instaladas, que prestavam vassalagem a Junot e, através deste, a Napoleão: O primeiro sinal é dado pela população de Chaves a 5 de Junho, e do Porto, no dia seguinte. Espalha-se por Braga, Bragança, todo o norte e Beiras, chegando a 23 de Junho, a vez de Coimbra. É de daqui que em 28 desse mês de Junho, parte um destacamento do Batalhão Académico sob o comando de um Furriel, constituindo um grupo de 16 homens armados, que se lança para Leiria, dando combate a todas as forças francesas que encontrassem. Como o grupo era diminuto foi atraindo, para a causa nacional, as populações civis que, deitando mão das armas de que dispunham ou armando-se com as ferramentas dos seus místeres, se lançaram nos combates que pudessem vir a ter lugar.

A “boa vontade” inicial e solicitada pelas autoridades, civis e eclesiásticas, aos cidadãos, caíram por terra. É que não era só o verem ser levados os frutos do trabalho de longos meses e anos: eram o trigo guardado para fazer pão; eram os animais que haviam de ser vendidos no mercado, ou que iriam encher a arca do sal; era o ouro que os pais haviam deixado, que desaparecia; era o próprio corpo do chefe da família, da mulher e dos filhos, tivessem a idade que tivessem, que eram vergastados para obrigarem a dar aquilo que lhes fazia falta e que a todo o custo queriam defender.
O pequeno corpo de cavalaria que saíra de Coimbra, dirige-se a Pombal e Leiria, onde se encontravam destacamentos franceses. Por onde passassem deveriam aclamar o Príncipe Regente, arvorando a Bandeira nos edifícios públicos.
Em Condeixa foram aclamados pelos populares, proclamaram o Príncipe Real, deixaram ao Capitão das Milícias, Manuel Moniz de Gouveia Rangel, a defesa da terra e rumaram ao Sul.

Em Pombal, que já fora abandonada pelos franceses, cumprindo ordens do Governador de Coimbra, nomearam o Dr. Luís António, como vereador mais velho, Governador do Distrito e o comando militar ao Capitão de Milícias de Leiria, Francisco Peregrino de Menezes, e partem no encalço dos estrangeiros.
Ao chegarem a Leiria no dia 30 de Junho, encontraram os franceses a bloquear a ponte sobre o Lis. O grupo de camponeses de Soure, Condeixa e Pombal, cerca de trezentos, faziam um barulho ensurdecedor, com gritos e invectivas, ressoando sobre as vozes um tambor ou um bombo que o tocador fazia vibrar a cada pancada, atordoando os ares.


Os franceses que estavam em linha de batalha, na defesa da ponte, eram dezoito e sobre os mesmos se lançaram dois cavaleiros do Batalhão Académico que, brandindo as espadas e disparando as pistolas, rapidamente os puseram em fuga. Mesmo assim, com a desproporção, deram-lhes batalha, regressando na Leiria com armas e outras peças de fardamento, que os fugitivos deixaram para trás. No dia imediato, 1 de Julho, o destacamento académico solicita ao Bispo, D. Manuel de Aguiar, que aceite o governo civil da cidade, o que ele recusa mas, propõe-se colaborar em tudo o que lhe for possível; o Juiz de Fora limita-se a ler a proclamação do Governador de Coimbra. Quem festejou a chegada de mais defensores foi o povo da cidade e arrabaldes, que se predispôs a procurar armas, onde pudessem, mas de pouco serviu porque as armas eram poucas e não havia pólvora.

Perante a recusa do Bispo, é eleito pela população, Miguel Luís de Silva e Ataíde para o cargo do governo civil, partindo de imediato para Coimbra, em busca de reforços; a defesa militar foi entregue ao Alcaide-Mor Rodrigo de Barba Alado, coronel de cavalaria, mas já avançado na idade.
Quando se procedia à eleição dos responsáveis civis e militares da cidade, chegou o Juiz dos Povos da Pederneira e Nazaré, pedindo reforços. Assim partiu com destino á Nazaré o destacamento académico, com as Ordenanças de Leiria Pombal e Pataias, que pudessem marchar.
Quando em 4 de Julho, o povo de Leiria festejava a expulsão dos franceses, com gritos e procissões, agitando bandeiras, chega a notícia de que o General Margaron se encontrava acampado junto a Porto de Mós, com uma força de 3000 soldados de infantaria, além da cavalaria e artilharia. Era o prenúncio do avanço das tropas francesas sobre Leiria, do qual resultaria o Massacre da Portela, que a placa colocada no muro dos Franciscanos, recorda.

Placa colocada no muro do Convento da Portela, junto à Câmara. © Foto José Martins

"AOS BRAVOS LEIRIENSES CAÍDOS 
NESTE LUGAR EM DEFEZA DA PÁTRIA 
EM 5 DE JULHO DE 1808 E AOS MAR- 
TIRES AQUI TRUCIDADOS NESTE DIA 
PELOS FRANCESES DO GENERAL MARGARON 
COMO HOMENAGEM AO SEU VALOR 
5-VII-1929           A L.N. 28 DE MAIO"

Odivelas, 3 de Janeiro de 2017
José Marcelino Martins
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16898: Memória dos lugares (355): Matosinhos, e a cantiilena de caserna "Oh! Xenhôr dos Matosinhos, / Oh! Xenhôra da Boa-Hora, / Ensinai-nos os caminhos / P'ra desandarmos daqui p'ra fora!",,, (Fotos de Luís Graça)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Guiné 63/74 - P16270: Convívios (758): Encontro do pessoal das CCAÇ 16 e CCAÇ 3461, com imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas, levado a efeito no passado dia 25 de Junho, nas instalações da Brigada de Intervenção de Coimbra (António Branco)

1. Mensagem do nosso camarada António Branco (ex-1.º Cabo Reab Mat da CCAÇ 16, Bachile, 1972/74), com data de 27 de Junho de 2016:

Boa noite
Realizou-se no passado dia 25 nas instalações da Brigada de Intervenção em Coimbra, a cerimónia de imposição de condecorações e encontro/convívio dos ex-militares da Companhia de Caçadores 16 e Companhia de Caçadores 3461. Ambas as companhias desenvolveram a sua acção no teatro de operações da Guiné e a nível operacional realizaram missões de quadrícula em zona de acção do chão manjaco a norte, sul e oeste de Teixeira Pinto.

Do convívio que teve uma larga presença de ex-combatentes, familiares e amigos, salientam-se vários actos incluídos no programa entre eles a receção e concentração dos ex combatentes e seus convidados, a chegada da alta entidade que presidiu à cerimónia, a cerimónia na parada, homenagem aos mortos e alocução de ex-comandantes.

Após a alocução do representante da Liga dos Combatentes e da alta entidade que presidiu à cerimónia, seguiu-se a imposição de condecorações, uma visita à colecção do QG/Bri Int e o almoço/convívio.

Foi efectivamente mais um dia marcante na vida de cada um de nós cujo reencontro anual é motivo de grandes recordações e manifestação de grande amizade entre todos e que não quis deixar de partilhar de forma a alimentar o nosso blogue.

Um Alfa Bravo
António Branco






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Nota do editor

Último poste da série de 3 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16264: Convívios (757): XXII Encontro do Pessoal da CCAV 2748, levado a efeito no passado dia 4 de Junho de 2016 (Francisco Palma, ex-Soldado Condutro Auto)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15963: In Memoriam (251): José Moreira (1943-2016), ex-fur mil, CCAÇ 1565 (Jumbembem e Canjambari, 1966/68), um grande ser solidário, um grande ser humano, cofundador e líder da ONGD "Memórias e gentes" (, com sede em Coimbra)... Recordamos a sua pessoa, os seus valores e a sua obra, através de uma entrevista de há 5 anos


Sítio da ONGD "Memórias e Gentes", com sede em Coimbra. 


Coimbra > Sítio "Memórias e Gentes" > 13 de dezembro de 2012 > José Morera recebe o prémio de sócio honorário da assocaição, das mãos de Fernando Ferreira.


Coimbra > MEG - Memórias e Gentes > 20 de dezembro de 2012 >  José Morera agradece prémio de sócio honorário da associação que ele ajudou a criar, crescer e a dinamizar.


Logo da associação "Memórias e Gentes" > Esta ONGD foi fundada em 2007 e tem sede em Coimbra. Principais projetos: I. Guiné-Bissau: (i) Projecto Varela; (ii) Projecto Bindoro; (iii) Projecto Albinos; II. Moçambique: (iv) Projecto Gorongosa. Ver aqui página no Facebook.


ONGD  "Memórias e Gentes" >   Projecto Albinos (Guiné-Bissau)... Fonte: ONGD "Memórias e Gentes", página no Facebook.


1. O José Moreira, nascido em Taveiro, Coimbra, em 8 de junho de 1943, foi, juntamente com o algarvio de Alagoa, o  António Camilo, fur mil da CCAÇ 1565 (Bissau, Jumbembém, Canjambari, Bissau, 1966/68). E, tal como o Camilo, era um grande ser solidário.   Foi um dos fundadores da  Associação Humanitária Memórias e Gentes, e seguramente o seu grande líder. Fez mais de uma dúzia de expedições à Guiné-Bissau. 

No dia da sua morte, transcrevemos aqui um entrevista que ele deu ao sítio da CAD - Associação Coimbra Basquete.  Vamos lembrá-lo, como ele merece, e dar a conhecer o seu exemplo de grande ser humano, camarada e amigo da Guiné. Acabámos de falar com o seu genro (pelo nº de telemóvel 96 402 8040, que era o telemóvel pessoal do Zé Moreira), que nos confirmou a triste notícia: o Zé Moreira morreu hoje, ao fim de dois anos de luta tenaz contra uma neoplasia. O funeral é amanhã. Era membro da nossa Tabanca Grande. O seu nome passa a figurar na lista daqueles de nós que da lei da morte já se libertaram. As nossas condolências à família. LG

PS - Na sua página pessoal do Facebook, há camaradas a deixar mensagens de pesar, como esta do Álvaro [Manuel Oliveira] Basto, nosso grã-tabanqueiro:

"Zé, soube ha pouco com tristeza que partiste para a tua última expedição humanitária. Obrigado pelo que me ensinaste e pela amizade franca com que sempre me trataste. Vais deixar dentro de mim um vazio que nunca poderá ser preenchido. Fica bem lá na tua nova tabanca onde quer que estejas. À família o meu mais profundo pesar."



2. Com a devida vénia ao sítio, na Net, da CAD - Associação Coimbra Basquete, o novo Clube de Basquetebol da Cidade de Coimbra, nascido em  14 de julho de 2010.


Entrevista, em 28/12/2011,  a José Moreira em Campanha de solidariedade - Associação "Memorias e Gentes" (Reproduzida com a devida vénia)

 Entrevista a José Moreira,  presidente da associação “Memórias e Gentes”


P- A associação denomina-se Memórias e Gentes. Pode nos falar um pouco sobre esse projecto, quando foi criado e com que objetivos?

R- Antes de lhe responder e para se perceber, tenho de falar de mim:

Sou um combatente da “Guerra Colonial” na década de 60, concretamente em 1966, 1967 e 1968, tendo cumprido o serviço militar obrigatório na antiga província ultramarina da Guiné-Bissau, hoje país independente.

Terminada a vida militar, volvidos 33 anos, voltei à Guiné por terra em 2001, para reviver os locais por onde andei e apagar um pouco do chamado “stress pós traumático”. Do que vi, no regresso, trouxe na minha mala a vontade de voltar para levar coisas àquela gente que pouco ou nada tem, e foi o que aconteceu no ano seguinte e, ininterruptamente, até agora. 

Desde então, fui convidando os amigos e de ano para ano a caravana foi engrossando. Paralelamente, por mar, começamos a enviar um contentor com os mais diversos bens, distribuídos por nós nas aldeias do interior. Passado 6 anos, como o Grupo já tinha um capital de credibilidade e experiência, constituímo-nos em Associação, continuando como até aqui, a desenvolver acções de apoio humanitário, sem filiação partidária, sindical ou religiosa.

Face aos factos apontados, o nome escolhido “Memórias e Gentes” resulta da lembrança do passado (memórias) e, sensibilizados com o conhecimento das mais diversas carências, juntos, não nos poupamos a esforços em levar um pouco de esperança àquele povo que, mesmo sujeitos a uma situação de extrema pobreza, nos fascina com o seu calor humano, os laços culturais e a amizade que prevalece (gentes).

P- Quais as ações que já dinamizaram? Que feed back tem do trabalho realizado? A ajuda foi pontual ou continua a haver contribuições e intercâmbios?

R- Das acções desenvolvidas ao longo destes 9 anos com maior destaque, tem sido no apoio ao sistema educativo, pois a língua oficial é o português, de seguida o apetrechamento dos Centros de Saúde do interior com equipamento hospitalar e, por fim, roupa, calçado, alimentação duradoura para as Instituições credíveis e identificadas por nós. Do que levamos, fica de lado para distribuirmos pessoalmente, os brinquedos, algum material didáctico, as “bic´s” (que fazem a diferença) e os “chupa-chupas” para, em troca, receber sorrisos daquelas crianças das aldeias mais recônditas.

Do trabalho realizado, temos já o reconhecimento e registo como ONGD pelo Estado Português, tendo-se adquirido automaticamente a natureza de pessoa colectiva de UTILIDADE PÚBLICA.

Em termos de ajudas oficiais, temos submetido alguns projectos sérios e credíveis, mas em vão!

Somente a destacar um pequeno subsídio à expedição/2010 pela Câmara Municipal de Coimbra e a ajuda, com material didáctico, do ex-Governo Civil de Coimbra.

A destacar também, e isso sim, o papel preponderante que os cidadãos comuns e os responsáveis de algumas empresas desempenham, na dinâmica e motivação destas missões de ajuda humanitária.

De referir, ainda, que estas viagens são a expensas de cada expedicionário.



O José Moreira já estava doente, em tratamento oncológico, há 2 anos... Não sabemos se ainda participou da XIII Expedição  Humanitária, que partiu de Coimbra em 3 de abril de 2014, com destino à Guiné-Bissau. Imagem: página pessoal do José Moreira no Facebook.

P- Este ano está a apoiar uma creche em Varela, na Guiné-Bissau. Pode-nos falar um pouco porque surgiu essa iniciativa? Muitos nos perguntam porquê Guiné e não Portugal ou outro país qualquer?

R- Com as nossas incursões ao interior, durante todos estes anos, chegamos há 3 anos a Varela que fica a norte daquele país, muito perto da fronteira com o Senegal. Na altura, foi-nos transmitido o porquê da existência brutal de índice de mortalidade infantil, que passo a explicar: Varela fica junto ao mar, a actividade dos homens é a pesca artesanal, as mulheres, em terra, fazem grandes fogueiras para, em “panelões”,  cozerem o peixe e posterior seca ao sol. Dito isto, tudo parece pacífico, mas não é! As mães, na referida labuta, trazem permanentemente consigo e às costas as crianças de tenra idade, inalando os fumos e ainda por cima debaixo de um sol tórrido. 

Foi assim, que nos propusemos em apoiar uma Creche que, no primeiro ano, colocamos aquelas crianças à sombrinha, água engarrafada (de cá) e alimentação e vigiadas por duas senhoras. Nos anos subsequentes, tudo temos levado, desde pratos colheres, copos, mobiliário, caminhas, roupas, rolos de pano para fazerem batas, etc.. 

Entretanto, abrimos um furo com água potável, temos levado materiais para a construção da nova Creche, tubagem, material sanitário, lavatórios e acessórios, como rede de vedação, gerador e bomba submersível. Entretanto admitimos 3 formadoras para ensinarem as coisas mais básicas e ensinar-lhes a falar e a escrever o português. Esperemos que colhamos frutos brevemente!

Na próxima expedição, com saída de Coimbra a 23 de Fevereiro próximo [2011], vamos montar uma torre em ferro, para suportar os depósitos de água. Em relação ao potente gerador que já lá temos para a iluminação e tomadas, como para accionar a bomba de água, estamos a ponderar em vendê-lo e montar um painel “foto voltaico” (energia solar), dado que os custos de manutenção são muito mais reduzidos, só que, com esta alteração, necessitamos de mais 3.000 €, valor que ainda não realizamos.

Em relação ao porquê Guiné e não outros países, cumpre-nos informar que estamos a trabalhar em parceria com algumas Instituições da cidade de Coimbra e Lojas Sociais, nomeadamente, a de Taveiro. Pelo terramoto no Haiti enviamos 3 paletes de medicamentos e na mesma altura, outros tantos para Moçambique, em colaboração com a Associação Saúde em Português de Coimbra.

Portanto, como solidários que somos, estamos atentos, muito embora esta Associação esteja talhada a realizar expedições a África por terra. Aqui, queremos realçar a participação dos mais jovens, que trouxeram uma mais-valia, quer na dinâmica de recolha de bens, quer na participação activa das expedições, certamente devido à parte lúdica da viagem, nomeadamente, a travessia do deserto, conhecerem outras gentes, outras culturas, como a demonstração do seu espírito solidário, pois também se sentem incomodados nas diferenças de dois mundos que nos são tão próximos.


O Alfaiate de Jumbembem:  na Expedição Coimbra-Bissau da MEG, um velho alfaiate disse-nos que precisava de uma máquina de costura para voltar a trabalhar, porque a sua Singer estava morta fazia já muitas chuvas. Há dias realizou-se o Convívio Anual da Companhia de Caçadores 1565 que esteve em Junbembem nos anos de 1966-1968. Dirigentes da MEG [Memórias e Gentes] mostraram fotografias do nosso encontro. E hoje cabe-nos falar de solidariedade e velhas amizades:
- O Alfaiate terá uma nova máquina de costura (nova e Singer!) oferecida pela D. Fernanda, esposa do ex-Furriel Leite (Porto);
- O Alfaiate terá agulhas e carrinhos de linhas (para mais dez anos) oferecidos pelo Polery, ele também ex-militar da CCaç. 1565 (Vizela);
- O dirigente da MEG e ex-furriel José Moreira está encarregado de entregar em mão ao Alfaiate de Jumbembem estes seus novos pertences. Obrigado!

Foto (e legenda): Página do Facebook da ONGD "Memórias e Gentes" > MEG - Memórias e Gentes > 19 de junho de 2013

P- O Projeto Bom Dia Bom Dia é uma ideia muito terna e parece nos muito fácil de concretizar. Tem tido uma boa aceitação? Como reagem os meninos apadrinhados ao saberem que alguém “muito longe” se preocupa com eles?

R- A sua pergunta é pertinente e muito actual! Aquando da nossa estada em Março passado, alguém se lembrou de tirarmos fotos à criançada e medir a altura, só não foram pesados por falta de balança. Daí a ideia do apadrinhamento e um meio de realizar fundos, ajudando-nos na alimentação e educação das cerca de 80 crianças. Devo dizer que tem sido um êxito, Temos já 54 crianças apadrinhadas que, entre madrinhas e padrinhos, estão envolvidas 71 pessoas de norte a sul de Portugal, da Áustria, da Suíça e de Inglaterra. Na próxima viagem, só dos padrinhos, vamos levar muito perto dos 2.000 € e lembranças para os afilhados. Isto é lindo, BEM-HAJAM a todos!

Muito embora as crianças já tenham conhecimento desta iniciativa, quando chegarmos, queremos vincar junto das mães, da responsável pela creche e das formadoras, que nós portugueses, somos efectivamente solidários e empenhados que sejam mais felizes e fundamentalmente de boa saúde.

P- O CAD Associação Coimbra Basquete fez uma campanha entre os seus atletas e amigos e angariou bastantes e diversificados bens. Como podem as pessoas assegurar se de que as suas ofertas irão chegar ao destino certo?

R- Antes de mais, queremos agradecer ao CAD Associação Coimbra Basquete pela campanha em curso. Dos bens angariados, só queremos saber qual o destino a dar-lhes na Guiné, se inteiramente para a Creche e(ou) para outras Instituições, e a “Memórias e Gentes” pessoa colectiva de direito privado sem fins lucrativos, já com um capital de credibilidade naquele país, garantirá a entrega dos bens no destino a indicar pelo CAD.

P- Congratulamo-nos pela sua dedicação e empenho numa causa tão nobre e com o dinamismo que lhe imprime. Agradecemos-lhe ter nos dado a possibilidade de alertar os nossos jovens/atletas para estes problemas sociais que farão parte da sua formação enquanto pessoa. Qual a mensagem que lhes quer deixar?

R- Que pratiquem o desporto com lealdade. Que na sua formação saibam distinguir o bem do mal. Que gostaria de os levar a conhecer o outro mundo. Que partilhassem com os meninos e meninas da mesma idade, com aquilo de que já não necessitam, pois seria um tónico milagroso contra a indiferença que parece estar a disseminar-se assustadoramente pelo mundo, e assim, nascerão novos sorrisos, novas esperanças para aqueles que pouco ou nada tem e o mundo ficará diferente…menos indiferente!

Um muito obrigada
Pelo CAD Coimbra Basquete
Margarida Teresa Figueiredo
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Nota do editor:

domingo, 14 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13608: Convívios (626): Encontro anual do pessoal do HM 241 de Bissau, dia 4 de Outubro de 2014 em Coimbra (Manuel Freitas)





1. Em mensagem do dia 10 de Setembro de 2014 o nosso camarada Manuel Freitas (ex-1.º Cabo Escriturário do HM 241, Bissau, 1968/70), dá notícia do próximo Encontro Anual do Pessoal daquele Hospital.






Encontro anual do pessoal do HM241 - Guiné

Coimbra - Dia 4 de Outubro de 2014

Bom dia amigo,
A exemplo dos anos anteriores agredecia-te o favor de publicares no blogue o nosso encontro de 2014.

Ex-Militares do HM241 GUINÉ - Anos de 1966 a 1972

Concentração: Dia 4 de Outubro de 2014
Local: Coimbra - Largo do Convento Novo Santa Isabel
Hora: 10h30
Almoço: Restaurante O Verdadeiro Pingão - Ança
Contacto: Manuel Freitas TLM 964 498 832

Muito agradecido pela atenção envio um grande abraço
Manuel Freitas
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Nota do editor

Último poste da série de 10 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13593: Convívios (625): I Encontro de paraquedistas do Oeste... Lourinhã, 6 de setembro de 2014... Parte IV: Saltos de paraquedas no estádio municipal... Revivendo emoções fortes

sábado, 28 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13340: Agenda cultural (328): Apresentação do livro "Militares e Política - O 25 de Abril" por Jacinto Godinhoa, debate com a participação de Luísa Tiago de OLiveira e projecção de um documentário, dia 2 de Julho pelas 18h30 na Livraria Almedina-Estádio "Cidade de Coimbra", em Coimbra

C O N V I T E

1. Mensagem de Luisa Tiago de Oliveira com data de 27 de Junho de 2014

Assunto: Lançamento do livro "Militares e política: o 25 de Abril": Coimbra, 2 de Julho, 18h30, livraria Almedina-Estádio "Cidade de Coimbra"

Caros possíveis interessados e interessadas:
Venho convidar-vos para o lançamento, em Coimbra, de um livro que organizei e cujo índice é o seguinte:

Militares e política: o 25 de Abril
Introdução - Luísa Tiago de Oliveira
Abertura: Grândola Vila Morena.

Cinco instantes para uma canção - Carlos de Almada Contreiras
Parte I - Ramos Militares e 25 de Abril
Capítulo 1: Caracterização sociológica do Movimento dos Capitães (Exército) - Aniceto Afonso
Capítulo 2: A Marinha e o dia 25 de Abril de 1974 - Pedro Lauret
Capítulo 3: Força Aérea Portuguesa: uma realidade militar e sociológica - Luís Alves de Fraga
Parte II - Rupturas iniciais com o Estado Novo
Capítulo 4: O fim da PIDE/DGS e a libertação dos presos políticos - Luísa Tiago de Oliveira
Capítulo 5: A descolonização: libertação dos presos políticos e fim da PIDE/DGS nas colónias de África - Ana Mouta Faria

Biografias dos autores
Índice onomástico"

Esperando que seja do vosso interesse,
Luísa Tiago de Oliveira




Lançamento do livro “Militares e Política: o 25 de Abril”

O livro, organizado por Luísa Tiago de Oliveira, professora do Departamento de História do ISCTE-IUL, assinala o 40.º aniversário da Revolução portuguesa, que, segundo Samuel Huntington, abriu uma nova vaga revolucionária mundial.

O livro abre com um texto de Almada Contreiras, em que este militar, na altura membro do MFA e do Conselho de Revolução, explica porque é que escolheu a canção “Grândola, Vila Morena” para senha da revolução.

Seguem-se duas partes.
A primeira debruça-se sobre os três ramos militares e a mudança política, tendo capítulos dos ex-membros do MFA Aniceto Afonso (Exército) e Pedro Lauret (Marinha), e do professor universitário Luís Alves de Fraga (Força Aérea).
A segunda parte analisa o fim da PIDE/DGS e a libertação dos presos políticos em Portugal e nas ex-colónias, sendo composta por capítulos de Luísa Tiago de Oliveira e Ana Mouta Faria, ambas docentes do ISCTE-IUL.

Com esta obra, os autores pretendem contribuir para uma visão plural dos problemas, fazendo dialogar investigações provenientes de perspetivas diversas e permitindo o avanço do conhecimento e o reforço da cidadania.

Em Coimbra, o lançamento do livro decorrerá no dia 2 de Julho, às 18h30, na livraria Almedina-Estádio Cidade de Coimbra.

A apresentação será feita pelo jornalista da RTP e professor universitário da Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Jacinto Godinho.

Nesta sessão de lançamento do livro “Militares e Política: o 25 de Abril”, da editora Estuário, será projectado ainda um documentário sobre o assalto à sede da PIDE-DGS. ​

Luisa Tiago de Oliveira
Departamento de Historia
ISCTE, Instituto Universitario de Lisboa | Lisbon University Institute
Av. Forcas Armadas
1649-026 Lisboa
+351217903915
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Nota do editor

Último poste da série de 28 de Junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13339: Agenda cultural (327): Revista do IDN - Instituto de Defesa Nacional, "Nação e Defesa", nº 139: "Portugal na Grande Guerra - A posição de Portugal no Mundo": convite para a submissão de artigos até 7 de julho próximo

domingo, 27 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13053: Aqueles que nem no caixão regressaram (7): Certidão de óbito de Manuel Salgado Antunes, sold, CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74), desaparecido, com mais dois camaradas, no Rio Geba, em 10 de agosto de 1972... Era natural de Quimbres, São Silvestre, Coimbra.







Manuel Salgado Antunes. Cortesia do blogue CART 3494
& Camaradas da Guiné
Certidão de óbito do sold Manuel Salgado Antunes, da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74), desaparecido no Rio Geba em 10 de agosto de 1972 (*).  [Foto à esquerda]

Com ele pereceram os sold Abraão Moreira Rosa (desaparecido) e José Maria da Silva e Sousa (sepultado no cemitério de Bambadinca


A certidão foi emitida pela Conservatória do Registo Civil da Comarca da Guiné em 13 de março de 1973. 

O exército tinha processos expeditos de resolver estes casos  de "morte presumida" ), neste caso por afogamento,) que, na metrópole, poderiam levar anos e anos: veja-se o caso dos pescadores desaparecidos em naufrágios ao largo da nossa costa... 

Casos de camaradas nossos, presumivelmente afogados nas águas lodosas e traiçoeiras dos rios e braços de mar Guiné como o Manuel Salgado Antunes, natural do concelho de Coimbra, ou do José Henriques Mateus, natural do concelho da Lourinhã, eram "despachados" no prazo de um ano ou menos...  São apenas dois dos muitos camaradas nossos que "nem no caixão regressaram" (**)

Imagens: cortesia do blogue CART 3494 & Camaradas da Guiné, criado e mantido pelo nosso grã-tabanqueiro, o nº 2, Sousa de Castro.
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Notas do editor:


(*) Vd, postes do blogue CART 34994 & Camaradas da Guiné:

14 de junho de 2013 > P180 - O Nosso camarada desaparecido no Rio Geba em 10AGO1972, Manuel Salgado Antunes não era efectivamente da Póvoa de Varzim, mas sim do Lugar de Quimbres da Freguesia de S. Silvestre do Concelho de Coimbra, conforme certidão de óbito que seu sobrinho nos facultou.

9 de agosto de 2012 > P-159 (III) O RIO GEBA E O MACARÉU - O NAUFRÁGIO NO DIA 10AGO1972 (Guiné, Xime - CART 3494) por: Jorge Alves Araújo, ex-Furriel Milº. Op. Esp./RANGER


(**) Vd. postes anteriores da série:

13 de maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2837: Aqueles que nem no caixão regressaram (6): O infeliz António da Purificação Marques, morto no Cantanhez (Mário Fitas)

12 de maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2836: Aqueles que nem no caixão regressaram (5): Alguns casos da minha unidade, a CART 1690 (Geba, 1967/68) (A. Marques Lopes)

10 de maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2830: Aqueles que nem no caixão regressaram (4): O Açoriano, da CCAÇ 1439, desintegrado por uma mina (Henrique Matos)

9 de maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2829: Aqueles que nem no caixão regressaram (3): Os oito esquecidos de Guidaje (Albano Costa)

9 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2821: Aqueles que nem no caixão regressaram (2): O caso do José Henriques Mateus, da CCAV 1484, natural da Lourinhã (Benito Neves)

9 de maio de 2008 >  Guiné 63/74 - P2820: Aqueles que nem no caixão regressaram (1): O Sold António Alves Maria da Silva, campa nº 247, Bissau (Virgínio Briote)