Lisboa > 2009 > Da esquerda para a direita, o cor inf 'comando' ref Raul Folques e o ten general 'comando' ref Almeida Bruno (os dois primeiros comandantes do Batalhão de Comandos Africanos da Guiné, e ambos Torre e Espada) e o saudoso grã-tabanqueiro Amadu Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015).
Foto (e legenda): © Virgínio Briote (2015). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
João Almeida Bruno (19935-2022)
1. Mensagem do nosso amigo e camarada Mário Vitorino Gaspar:
Data - 11 ago 2022 9h18
Assunto - Morreu o general Almeida Bruno, capitão de Abril
Caras Amigas e Caros Amigos
Estive mais uma vez hospitalizado no Hospital das Forças Armadas (HFAR), e tive a companhia, na mesma Enfermaria, do General Almeida Bruno.
Tive Alta a 8 de agosto e o Capitão de abril faleceu a 10.
Paz à sua alma (*)…
Mário Vitorino Gaspar
Data - 11 ago 2022 9h18
Assunto - Morreu o general Almeida Bruno, capitão de Abril
Caras Amigas e Caros Amigos
Estive mais uma vez hospitalizado no Hospital das Forças Armadas (HFAR), e tive a companhia, na mesma Enfermaria, do General Almeida Bruno.
Tive Alta a 8 de agosto e o Capitão de abril faleceu a 10.
Paz à sua alma (*)…
Mário Vitorino Gaspar
2. Presidente da República evoca General Almeida Bruno
10 de agosto de 2022
O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral.
O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral.
3. Recorte do Diário de Notícia, de 10 ago 2022, às 18h42 (com a devida vénia):
(...) Morreu esta quarta-feira o general João de Almeida Bruno, aos 87 anos, no Hospital das Forças Armadas.
Um dos mais condecorados oficiais da Guerra Colonial, participou no Golpe das Caldas, em que se tentou acabar com a Ditadura que vigorava em Portugal, um mês antes da revolução do 25 de abril de 1974. Nessa altura, foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte da PIDE.
Almeida Bruno incorporou o Exército em 1952 e serviu as Forças Armadas ao longo de mais de quatro décadas, tendo estado na Guiné-Bissau e em Angola durante a Guerra Colonial e integrado o curso de oficiais da Academia Militar em 1953, ao lado de Loureiro dos Santos, Gabriel Espírito Santo, Ernesto Melo Antunes e Ramalho Eanes.
Após o 25 de abril, o general assumiu o cargo de diretor da Academia Militar. Entre 1994 e 1998, antes de passar à reforma, foi presidente Supremo Tribunal Militar.
Ao longo da carreira foi distinguido com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra, e com a Ordem Militar de Avis, entre outras condecorações. (...)
O comandante da mítica Op Amestista Real
4. Na sua página do Facebook, escreveu hoje, às 8h53, o Carlos Matos Gomes (ambos participaram na mítica Op Amestista Real, de que o major Bruno Almeida era o comandante, à frente dos seus bravos Comandos da Guiné):
Acima de tudo a tristeza de ver partir um amigo, mas depois a de ver partir um ser excecional de generosidade, de coragem e de afetos, Ficarei com a memória de momentos muito difíceis partilhados e da sua atenção para com os amigos.
As Forças Armadas perdem um dos seus melhores. A democracia e a nova posição de Portugal no mundo após o 25 de Abril devem-lhe muito (mais do que é comum ser dito). Um dia será reconhecido.
Não convivi com o gen (capitão no meu tempo, 1969/71) Almeida Bruno. Era então ajudante de campo do gen Spínola (que, entre as várias alcunhas que tinha, também era conhecido como o "Aponta, Bruno").
Para além das anedotas e dos "faits-divers" (e dos pequenos "desaguisados", das "frases menos felizes", etc.) ficam os homens, os portugueses que honraram Portugal, seja nas armas seja nas artes, nas letras, na ciência, no desporto, na política, etc... O Almeida Bruno já lá estará no "céu dos guerreiros" e no "cantinho dos portugueses"...
Que a família, os amigos do peito e os camaradas mais próximos saibam suportar a dor da sua perda. A Tabanca Grande, que representa o blogue dos amigos e camaradas da Guiné, apresenta condolências à família e aos camaradas que com ele combateram ou privaram de mais perto.
No falecimento do general Almeida Bruno.
Acima de tudo a tristeza de ver partir um amigo, mas depois a de ver partir um ser excecional de generosidade, de coragem e de afetos, Ficarei com a memória de momentos muito difíceis partilhados e da sua atenção para com os amigos.
As Forças Armadas perdem um dos seus melhores. A democracia e a nova posição de Portugal no mundo após o 25 de Abril devem-lhe muito (mais do que é comum ser dito). Um dia será reconhecido.
Eu perco uma voz e uma presença com quem cada momento era de cumplicidade e de respeito.
Até sempre, comandante. Encontramo-nos em Cumbamory, em Madina, no Estoril, na Amadora, em Caxias, em Brá, no Jóquei, na Colina. Uma bela coincidência, esta, a do nome do último restaurante onde nos encontrávamos.
5. Comentário do editor LG:
Para além das anedotas e dos "faits-divers" (e dos pequenos "desaguisados", das "frases menos felizes", etc.) ficam os homens, os portugueses que honraram Portugal, seja nas armas seja nas artes, nas letras, na ciência, no desporto, na política, etc... O Almeida Bruno já lá estará no "céu dos guerreiros" e no "cantinho dos portugueses"...
Que a família, os amigos do peito e os camaradas mais próximos saibam suportar a dor da sua perda. A Tabanca Grande, que representa o blogue dos amigos e camaradas da Guiné, apresenta condolências à família e aos camaradas que com ele combateram ou privaram de mais perto.