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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Guiné 61/74 - P17974: Historiografia da presença portuguesa em África (99): António Estácio: O Contributo Chinês para a Orizicultura Guineense - Parte I: (i) preâmbulo e (ii) generalidades




V Encontro Nacional da Tabanca Grande, Leiria, Monte Real, 2010 > António Estácio, 


1. Por  expressa autorização do autor, o nosso amigo e camarada António [Júlio Emerenciano ] Estácio, que tem 44 referências no nosso blogue:´

(i) é lusoguineense, nascido em 1947, e criado no chão de Papel, em Bissau, com raízes transmontanas, tendo vivido também em Bolama;

(ii) formou-se como engenheiro técnico agrário (Coimbra, 1964-1967, Escola de Regentes Agrícolas, onde foi condiscípulo do Paulo Santiago), depois de frequentar o Liceu Honório Barreto;

(iii) fez a tropa (e a guerra) em Angola, como alferes miliciano (1970/72); 

(iv) trabalhou depois em Macau (de 1972 a 1998); 

(v) vive há quase duas décadas em Portugal, no concelho de Sintra; 

(vi) é membro da nossa Tabanca Grande desde maio de 2010; 

(viii) tem-se dedicado à escrita, dois dos seus livros mais recentes narram as histórias de vida de duas "Mulheres Grandes" da Guiné, a cabo-verdiana Nha Carlota (1889-1970) e a guineense Nha Bijagó (1871-1959);

(ix) o seu livro mais recente (2016, 491 pp.), de temática guineense, tem como título "Bolama, a saudosa", edição de autor;

(x) a comunicação que agora se reproduz foi feita no âmbito da V Semana Cultural da China, de 21 a 26 de Janeiro de 2002;


2. O Contributo Chinês para a Orizicultura Guineense - Parte I:  (i) preâmbulo e (ii) generalidades (pp. 431-439)

In: Estácio, António J.E. (2002) – O Contributo Chinês para a Orizicultura Guineense, in: Actas, V. Semana Cultural da China, Centro de Estudos Orientais, ISCSP/UTL: 431‑66

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17755: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (46): A "mindjer grandi" Maria da Graça de Pina Monteiro, nascida em 1900, e que viveu em Bissau e em Bafatá (Ludmila Ferreira, Cabo Verde)

1. Três menagens de Ludmila Ferreira, nossa leitora, que vive em Cabo Verde:

7 set 2017
Boa tarde

Muito obrigada pela vossa rápida resposta (*) espero que o Leopoldo Correia consiga alguma informação. A última que tivemos é que havia também um português em Bissau cuja avós eram de Macau e o apelido dele era Vieira. Mas quem informou não sabe mais nada sobre ele.

Saudações,
Ludmila Ferreira


8 set 2017 12:41

Bom dia

Muito obrigado pelo vosso apoio, tivemos uma última informação de que havia um português em Bissau, de origem asiática (Macau), e ele era Vieira.

Já não estou no Brasil, a minha mãe é cabo-verdiana e o meu pai é guineense. Vivo actualmente em Cabo Verde.

Mais uma vez obrigado pelo vosso apoio.
Ludmila A. Ferreira


09 set 2017 8:12 

Bom dia Sr. Luís Graça

Recebemos uma informação ontem a noite:

Um casal,  Emílio Martins e Eugénia Hopffer Martins,  seriam parentes da Maria da Graça Pina Monteiro.

O informante disse que da última vez que a filha Anna Malaval foi ver a mãe na Guiné, isso em 1948,  ela teria ficado na casa dos tios (os Martins) e estes moravam frente do porto de Bissau. A Maria também morava nessa mesma zona.

O Emílio trabalhava para uma sociedade francesa (não sabe ele dizer o nome da empresa).

Obrigado
Ludmila Ferreira

2. Comentário do editor:

O António Estácio, lusoguineense, nosso amigo e camarada, talvez nos possa dar um ajuda em relação à pesquisa sobre a origem da família Vieira, que teria raízes chinesas (Macau).  O Estácio, escritor e colaborador do nosso blogue, foi nado e criado no chão de papel, em Bissau, em 1947. Está reformado como engenheiro técnico agrário (tendo-se formado em Coimbra, 1964-1967, na Escola de Regentes Agrícolas). Fez a tropa (e a guerra) em Angola, como alferes miliciano (1970/72), tendo trabalhado depois em Macau (de 1972 a 1998). Tem um estudo sobre as famílias guineenses de origem chinesa ou macaense (**)... Talvez ele saiba algo mais sobre os antepassados dos Vieira.

Ele vive há mais de duas décadas em, Portugal, no concelho de Sintra. É membro da nossa Tabanca Grande desde maio de 2010. Tem-se dedicado à escrita, é autor de dois livros que narram as histórias de vida de duas "mulheres grandes" da Guiné, a cabo-verdiana Nha Carlota (1889-1970) e a guineense Nha Bijagó (1871-1959). E publicou mais recentemente um livro sobre  Bolama.

Quanto a casas comerciais francesas, nos finais dos anos 40/década de 50, do século passado... uma delas, creio que a principal,  era a NOSOCO - Nouvelle Societé de Commerce, mas havia ou houve mais: CFAO - Compagnie Française de l'Afrique Occidentale... a ainda a SCOA – Sociedade Comercial do Oeste Africano_

Enfim, Ludmila, vou pô-la em contacto com mais algumas pessoas do nosso blogue que conheceram Bissau desse tempo (***)...

Continuação de boa sorte para as suas pesquisas...
_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de setembro de 2017  > Guiné 61/74 - P17739: Em busca de... (278): informação sobre uma senhora cabo-verdiana, Maria da Graça de Pina Monteiro, nascida em 1900, e que teve 3 filhas: (i) Ana Gracia Malaval, nascida em 1918, em Bafatá, de uma união com o sr. Edmond Malaval; e (ii) Judite e Linda Vieira, em Bissau, de uma outra união com um sr. português ou cabo-verdiano, de apelido Vieira (Ludmila A. Ferreira)

(**) Vd. por exemplo Philip J. Havik e António Estácio - Recriar a China na Guiné: os primeiros chineses, os seus descendentes e a sua herança na Guiné Colonial. "Africana Studia", nº 17, 2001, pp. 211-235. (Revista publicada pelo Centro de Estudos Africanos, Universidade do Porto)

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17261: (In)citações (106): Macau e Guiné-Bissau, dois pesos e duas medidas... Deu-se a nacionalidade portuguesa a cerca de 100 mil macaenses, a grande maioria incapaz de trocar meia dúzia de frases na língua de Camões... Em contrapartida, milhares e milhares de guineenses que lutaram (e muitos morreram ou ficaram feridos), nas fileiras do exército português durante a guerra colonial, foram votados a um destino cruel... (Manuel Amante da Rosa, cabo-verdiano, diplomata, ex-fur mil, QG/CTIG, Bissau, 1973/74)

1. Do nosso amigo, camarada e grã-tabanqueiro, 
ex-fur mil, QG/CTIG, Bissau,1973/74, Manuel Amante da Rosa, embaixador plenipotenciário da República de Cabo Verde em Itália desde 16/1/2013, e agora também em Malta [, foto, acima, de 2013; cortesia da RTC - Radiotelevisão Caboverdiana]



Data: 13 de abril de 2017 às 12:23
Assunto: Público-2017/04/13 (*)


Meus Caros,

Um desabafo estritamente pessoal, que não seja somente a de partilhar convosco esta reflexão, bem fora do âmbito de qualquer polémica ou publicação.

Há muito que venho seguindo este sistema de "dois pesos, duas medidas" usados pelas autoridades lusas ao tempo da descolonização. O diário português "Público", de hoje, trás nas suas páginas 12 e 13, no quadro do 30º Aniversário da transferência de Macau à China, o tratamento diferenciado dado aos africanos e, mais tarde, os dados aos residentes chineses daquele diminuto território asiático.

Curtos onze anos após as negociações para a Independência das Colónias africanas, foram concedidos nacionalidade portuguesa a cerca de uma centena de milhar de pessoas residentes em Macau. Por iniciativa negocial e visão acertada dos negociadores lusos em confronto directo com o estatuído na lei chinesa.

80% ou mais deste contingente que era visado nem a primeira estrofe do Hino Nacional de Portugal conheciam para não dizer cumprimentar e/ou trocar algumas frases na língua de Camões.

E ainda hoje, para aqueles que permaneceram na RAEM [ Região Autónoma Especial de Macau], este desconhecimento é total.

A língua portuguesa, apesar dos onerosos montantes alocados pelo Executivo macaense, continua como francamente residual e raramente usado fora das repartições e do núcleo da comunidade lusa.

Este assunto, da atribuição pertinente e massiva da nacionalidade portuguesa, foi seguido por mim com especial interesse e interrogações por ter sido militar do exército português, no seu último ano e meio e ter convivido com a violenta guerra, desde criança, porque tudo se relacionava a ela, ao fim e ao cabo. Não havia como se estar à margem do ambiente bélico.

De uma maneira geral, em todas as colónias havia forte contingente de nativos/indígenas, integrados em pelotões independentes e companhias, enquadrados por graduados e oficiais oriundos da metrópole. Mas para além das forças militares regulares, de recrutamento obrigatório, haviam ainda, numa base de voluntariado, os contingentes das forças especiais, das milícias locais, organizadas em unidades auxiliares nas unidades militares, outras constituídas em auto-defesa, contigentes de cipaios e forças para-militares (unidades de polícias).


Na Guiné, pela sua pequena dimensão territorial e humana, a contribuição dada ao exército português foi relevante em todas as frentes de combate, nas patrulhas e operações de grandes envergaduras, nas defesas dos quartéis, construções de estradas e outras infra-estruturas e até nas forças especiais.

Lógico que milhares sofressem ferimentos em combate e acidentes, outros encontrassem a morte ou e ainda outros milhares ficassem com sequelas de guerra, uns estropiados e outros com stress pós-traumático.

Mas que outros milhares fossem distinguidos com cruzes de guerra, louvados, condecorados, citados em ordens do dia, premiados e levados
para a ex-metrópole em gozo de férias.

É consabido (e conheço casos) que soldados africanos se tenham  sacrificado, tenham salvo a vida ou ajudado os seus camaradas brancos  nos confrontos da contra-guerrilha.E vice-versa, está claro!

Raros, muito raros, foram aqueles que não acabassem o período de 3 anos de serviço militar sem saberem entender ou se exprimir em português. Era de cariz obrigatório a alfabetização no exército, até  pelo menos a quarta classe. Pelo menos na Guiné. Assim como conhecer  rudimentos da história de Portugal e cantar o Hino Nacional.

Quando tenho a oportunidade de retornar à Guiné e encontro, em todo o lado, esses idosos e valorosos militares das forças armadas  portuguesas, abandonados à pressa e à sua sorte e me vem ainda ao  pensamento os milhares que acabaram fuzilados, após a guerra, sempre  me pergunto porque raio de circunstâncias o destino lhes traçou esse
nefasto rumo.


E, se por força do esforço pessoal e determinação, conseguem chegar a  Lisboa, para se radicarem ou tratarem da saúde e das sequelas da  guerra, vale-lhes mais a solidariedade, camaradagem e memórias dos
antigos oficiais ou camaradas para calcorrearem a via crucis… do que  qualquer outra instituição a que com garbo e sacrifício pertenceram. (**)

Abraços

Manuel Amante

____________

Notas do editor

(*) Vd. Bárbara Reis > Há 30 anos, Portugal surpreendeu a China nas negociações de Macau > Públicio, 13 de abril de 2017

(...) As negociações sobre a transferência de Macau duraram nove meses e, para Augusto Santos Silva, são “um marco na história diplomática de Portugal”. E ajudaram, 30 anos depois, a eleger António Guterres secretário-geral das Nações Unidas.(...)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16994: Camaradas da diáspora (16): Votos de Bom Ano Novo Chinês! Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財! Happy Chinese New Year! (Virgílio Valente. Macau, China)




1 Mensagem do nosso camarada Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, região autónoma da China, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709.

Date: 2017-01-27 2:32 GMT+00:00

Subject: Bom Ano Novo Chinês! Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財!Happy Chinese New Year!




Amigos,

親愛的大家

Dear all,

Desejo um Feliz e Próspero Ano Novo Chinês!

在歡樂的佳節,獻上我誠摯的祝福。

祝您新春快樂!萬事勝意!

I wish you a very Happy and Prosperus Chinese New Year!

恭喜發財!

Kung Hei Fat Choi!

Virgílio Valente

韋子倫


"Ama-me quando menos o mereça, pois é quando mais o necessito."  (Provérbio chinês) / "Love me when I least deserve it, because that's when the more need." (Chinese proverb)
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 27 de janeiro de 2017 > Guiné 63/74 - P16993: Camaradas da diáspora (15): Um belo e perfeito soneto, "Hibernação", datado de Bissau, abril de 1965... (Augusto Mota, Brasil)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16915: Agenda cultural (535): antestreia, em Portugal, do documentário “Portugueses em Macau – O outro lado da história”, Museu do Oriente, Lisboa, 7 de janeiro, sábado, 17h00... Entrada gratuita (mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia)




1. 
Convite do Observatório da China, com data de 27 de dezembro último:


Exmo.(a) Senhor(a)

É com enorme prazer que o Observatório da China se associa à divulgação da antestreia, em Portugal, do documentário “Portugueses em Macau – O outro lado da história” terá lugar no próximo dia 07 de Janeiro de 2017, pelas 17h00, no Auditório do Museu do Oriente.

Este é o 2.º filme da série intitulada “Macau, 20 anos depois” em produção para as comemorações, em 2019, dos 20 anos do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). A iniciativa de índole gratuita (mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia) será seguida de um debate com Jorge Arrimar, Filipa Queiroz e Carlos Fraga, moderado por Carlos Piteira.

Muito obrigada pela sua atenção.

Cordialmente,

Raquel Carvalho
Assessora da Direção

Observatório da China
Rua de Xabregas Lote E 13, D
1900-440 Lisboa, Portugal
Phone: +351 218 171 617/ 218 172 944

_______________

Nota do editor:

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16840: O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017 (2): Boas festas, de Macau, tão longe e afinal aqui tão perto (Virgílio Valente, ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

´





"Ama-me quando menos o mereça, pois é quando mais o necessito."
"Love me when I least deserve it, because that's when the more need."(Chinese proverb) 






.Postal de boas festas enviado ontem pelo nosso camarada Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709.


Estamos-lhe gratos e tomamos esta mensagem como a competente "prova de vida" anual... Fazemos votos, por nossa vez,  que o Virgílio continue a sentir-se em casa em Macau, território da República da China onde ainda se fala a nossa língua e onde há portugueses da diáspora a  viver e a trabalhar lá, dando o seu melhor e servindo Portugal e a China.

Temos esperança que em 2017 o Virgílio Valente vá conseguir, por fim, surpreender-nos com o envio da tão desejada sua foto da tropa, de preferência do tempo de Gampará. Esperamos também que nos vá dando conta dos  contactos que tem feito no sentido de localizar, aqui em Portugal,  os seus antigos camaradas da CCAÇ 4142.

Da CCAÇ 4142 temos ainda poucas referências, cerca de dezena e meia..
\

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16788: Notas de leitura (907): “Histórias Coloniais”, por Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus, A Esfera dos Livros, 2016 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 29 de Novembro de 2016:

Queridos Amigos,

Trata-se de um trabalho poliédrico sobre levantamentos, marchas de protesto, resistência à brutalidade dos anos 1930 aos anos 1960, nas colónias portuguesas, não escondendo paradoxos e contradições, sobretudo quanto ao número de vítimas.

Estranhamente, e quanto à greve do Pidjiquiti, não fazem referência ao detalhado relatório que o Comando da Defesa Marítima da Guiné fez logo a seguir para Lisboa, observaram tudo à distância de centenas de metros, como se sabe. Concorda-se com os autores que Amílcar Cabral colheu o ensinamento que era inviável na Guiné, naquele período tentar a subversão urbana, ficou Rafael Barbosa e um grupo na subversão, a direção do PAI partiu para Conacri, preparar a logística da guerrilha e os apoios internacionais.

Um abraço do
Mário


Conflitos sociais que preludiaram os tempos anticoloniais

Beja Santos

“Histórias Coloniais”, por Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus, A Esfera dos Livros, 2016[1] é o livro póstumo de dois investigadores que se debruçaram sobre matérias das lutas de libertação nacional. Como referem na apresentação, este acervo de ensaios descreve conflitos sociais significativos e determinantes em todas as antigas colónias portuguesas. E definem: “Significativos, porque mostram a violência e brutalidade associadas a uma dominação colonial insensível aos problemas das populações. Determinantes, porque estes conflitos sociais contribuíram para a formação da consciência nacionalista tendo acelerado a marcha das populações para a independência ou para a integração dos territórios nos países a que pertenciam”.

Os investigadores escolheram os seguintes conflitos para análise: a revolta de «Nhô Ambrose», Cabo Verde; o massacre de Batepá, S. Tomé; a invasão dos Satyagrahis, Goa; a revolta de Viqueque, Timor; a greve do Pidjiquiti, Guiné; a manifestação de Mueda, Moçambique; a greve da Baixa de Cassange, Angola e o motim 1-2-3, Macau. Conflitos que se situaram entre 1934 e 1966.

O que se pode entender por significativo e determinante nestes conflitos?

“Nhô Ambrose” é um conflito social que assumiu uma enorme carga simbólica, à volta da fome num contexto de secas e da crise 1929, de profundo desemprego, em que o porto de Mindelo perdera enorme atividade. No dia 7 de Junho de 1934, um grupo que foi engrossando, de homens, mulheres e crianças, arvorando um pano preto a servir de bandeira, percorreu algumas ruas da cidade de Mindelo, assaltaram estabelecimentos, as autoridades declararam o estado de sítio na cidade, houve dois mortos e vários feridos. Baltazar Lopes irá reconstituir a tragédia da fome e do protesto no seu romance "Chiquinho". Anos mais tarde, Amílcar Cabral recordará os acontecimentos.

O massacre de Batepá é um dos acontecimentos mais hediondos do período colonial português na segunda metade do século XX. Os autores detalham o trabalho nas roças, realizado por trabalhadores forçados, trazidos de Angola, de Moçambique e de Cabo Verde. Faltava mão-de-obra, pensou-se então integrar os forros, descendentes de brancos e de escravos alforriados no século XVI nessas atividades. O Governador Carlos Gorgulho inventou uma revolta comunista e exerceu uma repressão sem precedentes, a tal ponto que os relatórios da PIDE comentam negativamente os excessos, duvidando de qualquer caráter comunista nos protestos e enunciando provas de brutalidade e violência: os prisioneiros foram torturados com varapaus, tiras de borracha e chicotes; obtinham-se confissões através da intimidação, da tortura e de falsas acusações; quando os prisioneiros sucumbiam, Gorgulho determinava: "atirem essa merda ao mar para evitar aborrecimentos". O Ministro Sarmento Rodrigues indignou-se e agiu para afastar Gorgulho do governo de S. Tomé. O déspota queixou-se a Salazar, acabou condecorado.

Se é claro que o que se passou em Goa com a invasão dos Satyagrahis anuncia a firme determinação da União Indiana em ocupar o Estado da Índia, como aconteceu em Dezembro de 1961, a revolta de Viqueque tem pontos nebulosos como a instigação da Indonésia que semeou sentimentos de dissidência entre timorenses. Houve mortos em número ainda hoje impossível de determinar e deportações para Angola. É sabido que vários rebeldes deportados estiveram entre os 36 fundadores do partido APODETI – Associação Popular Democrática Timorense, que, desde o início, declarou que um Timor independente só podia ser economicamente viável se fosse apoiado pelos seus irmãos da Indonésia.

A greve do Pidjiquiti continua ainda hoje a ter versões díspares. Os investigadores citam várias fontes mas estranhamente não referem o importante relatório do Comando da Defesa Marítima feito em cima dos acontecimentos e com observação direta, visto que as suas instalações estavam a escassas centenas de metros do palco do tiroteio e do massacre. O PAIGC tirou lições da repressão, tentou utilizar a greve como acontecimento seu, o que nunca foi verdade.

A manifestação de Mueda envolveu os Macondes que desejavam negociar o regresso massivo de compatriotas seus a Moçambique. A população da região estava descontente pelos baixos preços a que eram pagos os seus produtos, bastante inferiores aos praticados no Tanganica. As autoridades detiveram alguns Macondes e começou o tiroteio. Mais tarde, Eduardo Mondlane, fundador e primeiro presidente da FRELIMO, sublinhou que os incidentes de Mueda tinham sido um importante ingrediente para lançar os Macondes na luta pela independência.

O que se passou na Baixa de Cassange está hoje altamente documentado, foi o ensaio geral da guerra colonial. E como observam os autores, a repressão brutal da luta dos cultivadores de algodão contribui para cavar ódios raciais que explodiriam em atos de barbárie e morticínio, desencadeados em Março e Abril de 1961, em todo o norte de Angola.

O motim 1-2-3 foi assim designado pelo facto de a imprensa norte-americana se referir aos acontecimentos pelo mês e dia dos grandes protestos dos chineses de Macau, que constituíam afinal 95% dos 270 mil habitantes do enclave. Tudo começou em 15 de Novembro de 1966, um grupo de chineses não se compadeceu com a burocracia para o início de obras de reparação e ampliação de um velho edifício para aí se instalar uma escola. Exerceu-se repressão, os chineses praticaram desmandos e depois de um laborioso período de negociações, a autoridade portuguesa ficou reduzida ao mais simbólico e com cláusulas vexatórias: as autoridades portuguesas foram obrigadas a entregar os agentes secretos da Formosa, mais tarde executados; proibidas associações opostas à República Popular da China; pagamento de indemnizações superior a 2 milhões de patacas, às vítimas da repressão.

Os autores recordam o acervo de documentos novos que foi possível consultar depois do 25 de Abril, bem como a recolha de testemunhos presenciais.
____________

Notas do editor

[1] - Vd. poste de 29 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16774: Agenda cultural (517) Acaba de sair, "Histórias Coloniais", livro póstumo de Dalila Cabrita Mateus (1952-2914) e e Álvaro Mateus (1940-2013) . Edição: A Esfera dos Livros, Lisboa, 2016

Último poste da série de 28 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16770: Notas de leitura (906): “António Carreira, Etnógrafo e Historiador”, por João Lopes Filho edição da Fundação João Lopes, Praia, Cabo Verde, 2015 (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16695: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (20): Mais um caso "atípico" ? A deserção do soldado escriturário nº mec 2055276, Carlos Alberto Sousa Emídio, da CCAÇ 3476 (Canjambari e Dugal, 1971/73), em 17/8/1972, e cujo rasto se perdeu desde então...


 Guiné > Região do Oio > Farim > Canjambari >  CCAÇ 3476 - "Os Bebés de Canjambari", Canjambari e Dugal, 1971/73)  > Memoprial (foto do álbum do ex.-fur mil Manuel Lima Santos, nosso grã-tabanqueiro)

Foto: © Mamuel Lima Santos (2013). Todos ops direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue ;Luís Graça & Camaradas da Guiné]



 Guiné > Região do Oio > Farim > Carta de Farim (1/25 mil) (1954) > Posição relativa de Farim, Bricama e Canjambari.

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2016)

1. Mensagens do nosso leitor (e camarada) 
Guião da CCAÇ 3478.
Cortesia do nosso camarada
  Carlos Silva
Jaime Vieira, açoriano, que vive nos EUA (*), com data de 2 de julho de 2012, com a seguinte informação, que resumimos:

(i)  "sou emigrante nos Estados Unidos da América já há 38 anos";

(ii) "vim para Casement,  em 16 dezembro de 1973";

(iii) "fui soldado na CCAÇ 3476, estive em Canjambari, sector de Farim, nos anos de 1971 e 72 e depois estive no Chugué, antes de Mansoa";

(iv) "a minha companhia era dos Açores";

(v) "como a metade da companhia era de voluntários com menos de 20 anos de idade, 
deram-nos o nome de Bebés de Canjambari"; 
éramos uma companhia muito jovem ou a mais jovem de todas";

(vi) "o meu capitão era chinês de Macau, muito conhecido hoje pela televisão, o nome dele era Jorge Rangel":

 Eis a razão principal por que nos escreveu o Jaime Vieira:

"Tenho uma curiosidade: no ano de 1972 desapareceu um soldado que era escriturário, com o nome de Carlos. penso que era de Trás os Montes. Sempre penso nele, era meu amigo, e sempre me preocupei em saber o que lhe aconteceu. (...)  

Fomos para Canjambari em 1971. O Carlos chegou mais tarde . Um pouco tinha sido cabo e foi despromovido,  mas antes de chegar à nossa companhia. Ele era um pouco contra o regime e tinha problemas com o capitão,  como eu também tinha. Ele desapareceu em Canjambari no ano de 1972 e nunca vi muito interesse por parte das autoridades em saber de ele. Por este motivo fiquei sempre preocupado e com ansiedade para saber o que aconteceu."


2. O que nós apurámos, na altura, foi o seguinte, com a preciosa ajuda do nosso grã-tabanqueiro Carlos Silva [x-Fur Mil Inf CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71; e um histórico da cooperação e da ajuda humanitária à Guiné-Bissau];

(i) o nome completo do militar em causa era Carlos Alberto Sousa Emídio;

(ii) tinha o posto de soldado escriturário:

(iii) desapareceu no dia 17 de agosto de 1972 e foi dado, mais tarde como desertor, de acordo com a história da unidade;

(iv) não conseguimos, em 2012, saber do seu paradeiro.


Caso de deserção do soldado escriturário nº 2055276 Carlos Alberto Sousa Emídio

17-08-1972 – Ao fim da tarde deste dia ausentou-se ilegitimamente o Sold Escriturário Carlos Alberto Sousa Emídio, constituindo-se mais tarde em desertor. Fora colocado nesta Companhia por motivo disciplinar, vindo da Sucursal do Laboratório Militar de Bissau.

18-08-1972 – Por todo este dia foram efectuadas buscas, e pelas 17h00 foram encontradas pegadas do Soldado ausente que seguiam na direcção da área da Bricama. 

O mesmo já fora desertor na Metrópole e o seu desaparecimento seria premeditado, em virtude de problemas de ordem pessoal e militares ainda pendentes, motivados pela sua deserção anterior.

Fonte: HU - História da Unidade, Cap II, pág 19 [Elementos fornecidos por Carlos Silva]


 4. Ficha da unidade:

(i) A CCAÇ  3476 foi mobilizada no Batalhão Independente de Infantaria nº 18, em Ponta Delgada; 

(ii) tnha como divisa “Os Bebés de Camjabari”;

(iii) embarque em 25 de setembro de 1971; chegada a Bissau no dia 30 desse mês;

(iv) cmtd: cap mil inf  Jorge Alberto da Conceição Hagedorn Rangel, substituído em data não referida pelo alf mil inf  António Augusto Pires e Castro;

(v) realizou no CMI – Centro Militar de Instrução, no Cumeré, a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, no período de 2 a 30 de outubro de 1971:

(vi) é colocada em Canjambari, sector de Farim, a 2 de novembro de 1971 para, em sobreposição com a CCAÇ  nº 2681, efectuar o treino operacional, assumindo a responsabilidade do subsector de Canjabari, em 28 de novembro de 1971, integrando o sector à responsabilidade do BART 3844;

(vii) a missão prioritária desta esta subunidade era proceder pressão sobre a linha de infiltração de Sitató; 

(viii) substituída pela CCAÇ 4143/72 a 14 de novembro de 1972, segue para Dugal a 16, para sobrepor e render a CART 3332, assumindo a responsabilidade do subsector, com destacamentos em Fatim, Chugué e Fanhe, e para missões de segurança de instalações e populações da área, integrada no dispositivo do Comando Operacional nº 8;

(ix) é  transferida para o COMBIS (Comando de Bissau) em 30 de setembro de 1973), sendo rendida em Dugal pela 2ª C/BCAÇ  nº 4610/72 e, em 3 de outubro de 1973 rende, em Bissau, a  CCAV 3420;

(x) dois meses depois, a 6 de dezembro é rendida no COMBIS pela CCAÇ  3565 e embarca de regresso em 13 desse mês.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16095: Agenda cultural (482): A Fundação Casa de Macau e o sinólogo, nosso amigo e camarada, António Graça de Abreu convidam-nos para a tertúlia, de amanhã, dia 13, às 18h30, na Praça do Príncipe Real, 25-1º , Lisboa: "Macau visto da China"



"Macau visto da China", por  António Graça de Abreu, dia 17 de maio de 2016, 3ª feira, às 18h30



Fundação Casa de Macau, Praça do Príncipe Real, 25-1º, Lisboa



Agradece-se a confirmação prévia do interessados > telef 21 322 344o / fcmacau@netcabo.pt








1. Convite que nos chega da Fundação Casa de Macau:

Exmos/as Senhores/as,

No âmbito do Ciclo de Tertúlias de 2016, honra-nos promover a participação do conhecido sinólogo António Graça de Abreu na tertúlia que se realizará no próximo dia 17 de Maio, pelas 18:30, subordinada ao tema: «Macau visto da China».

Nas mais diversas atividades e campos disciplinares, da História à Poesia, do ensino à tradução, António Graça de Abreu reflete a sua vasta experiência e conhecimentos numa profícua e ampla bibliografia que vale a pena conhecer.

A tertúlia do dia 17 de Maio será pois uma oportunidade e um privilégio para todos.
Contamos com a V. presença!

Fundação Casa de Macau
Sede: Av. Almirante Gago Coutinho, 142 1700-033 Lisboa
Centro de Documentação: Praça do Príncipe Real, 25 - 1º 1250-184 Lisboa


2. Mensagem de 13 do corrente, do nosso camarada e amigo António Graça de Abreu;

Na próxima terça-feira espero pelos meus Amigos na Fundação Casa de Macau, ali no Príncipe Real, nos melhores espaços de Lisboa.

Prometo uma visão diferente de Macau, acompanhando o olhar sinuoso das gentes da imensidão das terras da China, centrado sobre a estranha e fascinante cidade de Macau.
Apareçam. Vamos tentar olhar Macau com os olhos da China.
Abraço, António Graça de Abreu

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Nota do editor:


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15973: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (5): Camaradas da diáspora: (i) Virgílio Valente, Macau (ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74): manda-nos saudações; (ii) Vasco Pires, ex-alf mil art, 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72), Brasil, "aqui de longe, mas tão perto" : envia abraço fraterno; (iii) Zeca Macedo, EUA (ex-2º ten fuzileiro especial, DFE 21, Cacheu e Bolama, 1973/74): vai dar-nos o prazer da sua presença, dele e da esposa Goretti

1. Mensagem do nosso grã-tabanqueiro Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709]


Data: 14 de abril de 2016 às 08:24

Assunto: XI Convívio da Tertúlia - Encontro da Tabanca Grande - 16 de Abril de 2016


Caro Luís, caros Tabanqueiros,

Não podendo participar no vosso Convívio, por estar ausente em Macau, onde trabalho, quero enviar um Grande Abraço para todos e desejar-vos um Bom e Saudável Convívio, repleto de partilhas e de boas histórias.

Um dia estarei fisicamente presente.
Saudações,
Virgílio Valente
Companhia de Caçadores 4142 - Gampará, Guiné-Bissau

1972-74

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion." 
(Chinese proverb) |  "Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."  (Provérbio chinês



2. Comentário (*) de Vasco Pires [ex-alf mil art,  cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72, bairradino, a viver no Brasil desde 1972; foto atual à direita]


Aqui de longe (mas tão perto) envio um fraterno abraço aos Camaradas, e os parabéns aos organizadores.

VP




3. Mensagem, de 29 de dezembro de 2915, do nosso camarada José Macedo [ou Zeca Macedo, , que antecipadamente preparou a sua viagem a Portugal para poder estar no nosso encontro;



[Zeca Macedo foi 2º tenente fuzileiro especial, DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74); nasceu na Praia, Santiago, Cabo Verde, em 1951; vive nos Estados Unidos, onde é advogado; é membro da nossa Tabanca Grande desde 13/2/2008; aqui na foto, no novio Escola Sagres, com a esposa Goretti].


Feliz Ano Novo.

Camarada Luís Graça, penso ir à reunião anual da Tabanca Grande, contudo gostaria que me confirmasse que será no dia 16 de Abril, pois necessito de planear com uma certa antecedência e mudar as datas de alguns julgamentos que possa ter. A minha mulher {Goretti] tambm terá de pedir umas férias. Também conto levar o meu irmão e a mulher que moram na Charneca da Caparica.

Um abraço amigo

Zeca Macedo

Jose J. Macedo, Esquire | Law Offices of Jose J. Macedo
392 Cambridge Street, Cambridge, MA 02141
Tel. (617) 354-1115 | Fax (617) 354-9955

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15706: O nosso livro de visitas (187): Bom Ano Novo Chinês - Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財!Happy Chinese New Year ! (Virgílio Valente, em Macau; ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

1. Mensagem do nosso camarada Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709 (*)



Date: 2016-02-05 5:21 GMT+00:00

Subject: Bom Ano Novo Chinês - Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財!Happy Chinese New


Meus amigos,
親愛的大家
Dear all,

Desejo um Feliz e Próspero Ano Novo Chinês!
在歡樂的佳節,獻上我誠摯的祝福。
祝您新春快樂!萬事勝意!
I wish you a very Happy and Prosperus Chinese New Year!

恭喜發財!
Kung Hei Fat Choi!


      韋子倫
Virgilio Valente



"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion." (Chinese proverb)

"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública." (Provérbio chinês) (**)
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Notas do editor:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15508: Tabanca Grande (480): Virgílio Valente, ex-alf mil CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; vive em Macau há duas dezenas de anos e procura camaradas do seu tempo... É o grã-tabanqueiro nº 709.

1. Mensagem do nosso leitor e camarada Virgílio Valente que vai finalmente entrar para a nossa Tabanca Grande, sob o nº 709:


 Data: 20 de julho de 2015 às 08:01

Olá,  Luis Graça & Camaradas,

Consultei a lista dos 696 Amigos & Camaradas da Guiné e o meu nome não consta.

Sou um assíduo leitor e seguidor do vosso blogue onde encontro muita informação estimulante e enriquecedora e ainda não participei seriamente apenas por falta de tempo.

O que devo fazer para o meu nome também constar? É que me parece uma forma de conseguir reencontrar amigos do meu tempa na Guiné-Bissau (1972-1974, CCaç 4142, Gampará).

Uma grande abraço para todos,  em especial para aqueles que tão dedicadamente mantém este bolgue.

VIírgílio Valente

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion."
"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."
(Chinese proverb)


2. Resposta do editor LG, em 20 de julho transato:

Virgílio, tens toda a razão... Estava só à espera de uma foto tua, antiga, do tempo da tropa (de preferência, da Guiné) e de duas linhas sobre a tua pessoa (uma breve apresentação)... Manda-nos isso o mais rápido possível... Se tiveres mais fotos de Gampará e de outros sítios, manda, digitalizafadas, com boa resolução...

Quando vens à santa terrinha ? Ab. grande. Luis


3. Já em 8 de abril de 2015, o Virgílio Valente nos tinha escrito nestes termos:
 Caro Luís Graça, olá!

Também me comprometi contigo e ainda não cumpri.

Tenho fotos dos "Herdeiros de Gampará" [, CCAÇ 4142, 1972/74,] que vou tentar enviar, depois de fazer um scan. Também tenho a história oficial da Companhia, do arquivo militar, donde constam os nomes dos camaradas que por lá passaram!

Infelizmente estes últimos dois anos teem sido árduos e o tempo tem escasseado, mas vou cumprir o que te prometo.
Mais vale tarde que nunca.
Abraço de Macau.
Virgílio Valente

«Se quer ir depressa, vá sózinho! Se quer ir longe, vá junto!» (Provérbio Africano)
«If you want to go fast, go alone! If you want to go far, go together!» (African Proverb)


4. Em 23 de setembro de 2014, ele tinha escrito  ao seu camarada e nosso grã-tabanqueiro Joviano Teixeira o seguinte:

Olá, Joviano Teixeira,


Sou o Virgílio Valente e pertenci à CCaç 4142 onde fui alferes (alferes Valente), responsável pelo 4.º pelotão.

Acabei de ler um poste teu no Blogue Luis Graça & Camaradas da Guiné.

Tanbém perdi o rasto a muitos dos camaradas da nossa Companhia. Agora, aos poucos e poucos, vou conseguindo restabelecer os contactos.

Este ano ainda me encontrei com o Dálio de Carvalho (furriel) e com o Manuel Fernandes (alferes). Falei ao telefone com o Fernando Duarte (capitão), com o Palma (cabo) e com o Eurico Dias (alferes).

É bom rever aqueles com quem passámos bons e maus momentos na vida e com quem ganhámos experiência de vida.

Aqui ficam os meus contactos:
Virgílio Valente
Macau, China, telefone (+853) 66808034

email: oumunlinfa@gmail. com
facebook: Wai Tchi Lone

Este ano estive em Tavira. Espero receber algum feedback da tua parte.
Manda os teus contactos. Abraço
Virgílio Valente

«Quem fica na ponta dos pés, tem pouca firmeza»
«He who tiptoes cannot maintain equilibrium»


4. Comentário do editor:

Um dia o Virgílio Valente vai, finalmente, arranjar tempo para satisfazer o nosso pedido de envio de uma foto da tropa, de preferência do tempo de Gampará. onde ele foi alf mil da CCAÇ 4142, 1972/74... Até lá vamos ter a paciência de chinês e contornar um pouco as regras do nosso blogue... Ele tem vindo a manifestar o desejo de integrar as "nossas tropas"... E nunca se esquece de mandar, todos os anos, o postalinho de boas festas. 

A partir de hoje, ele passa a ser, de pleno direito, membro da nossa Tabanca Grande, com o privilégio (vitalício) de ser o régulo da Tabanca de Macau!...

Sê bem vindo, Virgílio! E bom ano para ti e para os macaenses!

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15502: Tabanca Grande (479): José Fernando Estima, de Aguada de Cima, Águeda, ex-fur mil, CCAÇ 3546 / BCAÇ 3883 (Bissau, Bolama, Piche, Cambor, Canquelifá, Dunane, Ponte Caium, Camajabá, 1972/74)... Grã-tabanqueiro nº 708... quase cinco anos depois de um primeiro (e único) contacto telefónico

Guiné 63/74 - P15506: Feliz Natal / Filis Natal / Merry Christmas / Feliz Navidad / Bon Nadal / Joyeuz Noël / Buon Natale / Frohe Weihnachten / God Jul / Καλά Χριστούγεννα / חַג מוֹלָד שָׂמֵח / عيد ميلاد مجيد / 聖誕快樂 / С Рождеством (4): Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; ex-alf mil, CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)

1. Mensagem de Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74;


Feliz Natal e Próspero Ano Novo
聖誕快樂,新年進步
Merry Christmas and Happy New Year


Para todos os meus familiares e amigos,
To all family and friends,
我的家人和朋友


Virgílio Valente
韋子倫

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion."
"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."
(Chinese proverb)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14568: Tabanca Grande (463): Joviano Teixeira, grã-tabanqueiro nº 687... É natural de Tavira, e pertenceu à CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)


Foto nº 13 > Foto de grupo: os cozinheiros e ajudantes de cozinha da CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)


Foto nº 1 >  Joviano Teixeira


Foto nº 2 > O Joviano é o primeiro de pé, do lado direito


Foto nº 3 > Sentado num cais, o  Joviano é o primeiro, do lado direito


Foto nº 4 >  O Joviano é o primeiro do lado direito


Foto nº 5 > O Joviano, junto ao monumento às forças ao serviço do COP 7 (Bafatá) que ocuparam e construíram a partir de 1972 o aquartelamento de Gampará, desalojando o PAIGC da  margem esquerda da foz do Rio Corubal (península de Gampará, região de Quinara, habitada sobretudo por beafadas): entre outras unidades, a CART 3417 (Magalas de Gampará), vários DFE - Destacamentos de Fuzileiros Especiais (4, 8, 13, 21, 22), a CCP 121/BCP 12, a 2ª CCAÇ - Companhia de Comandos Africanos, o Pel Art 29,  o Pel Mil 331, e a 38.ª CComandos


Foto nº 6 > O Joviano  em cima da cobertura de um abrigo...


Foto nº 7 > O Joviano é o primeiro do lado direito


Foto nº 8 > Num bagabaga, o Joviano é o primeiro do lado direito (1)


Foto nº 9 > Num bagabaga, o Joaviano é o primeiro do lado direito (2)


Foto nº 10 > Foto de grupo: esfolando uma vaca


Foto nº 11 > O Joviano à volta dos tachos e panelas (1)


Foto nº 12 > O Joviano à volta dos tachos e panelas (2)

Fotos: © Joviano Teixeira  (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]


1. Mensagem enviada, em 8 de abril último,  pelo nosso camarada Joviano Teixeira, natural de Tavira [, foto à direita,] que passa ser o grã-tabanqueiro nº 687:

Boa noite Graça

Venho enviar algumas fotos da minha companhia, a CCAÇ  4142, "Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74), no sentido das mesmas poderem ser publicadas no blogue, o qual acho muito útil porque se trata de um recurso muito importante.

Anexo as fotos:
Abraço,
Joviano Neto Mendonça Teixeira
Nascido a  16 de março de 1951
Luz de Tavira, Tavira

PS - Vou tentar legendar as fotos e identificar os camaradas que me lembrar.
Agradecido



Guiné > Região de Quinara > Fulacunda > Mapa de Fulacunda (1956) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gampará e da Ponta do Inglês na Foz do Rio Corubal 

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)

2. Resposta do editor, no mesmo dia:

Joviano: Recordas-te do nosso convite para integrares a nossa Tabanca Grande ? (*) Na altura escrevemos: "O ideal era termos duas fotografais tuas, uma atual e outra do teu tempo de Guiné, para a malta te poder reconhecer e contactar. Ficas, desde já, convidado a integrar a nossa magnífica Tabanca Grande. Entre camaradas e amigos da Guiné, vivos,  somos já cerca de seis centenas. Serás bem vindo, tanto mais que não temos ninguém que represente os 'Herdeiros de Gampará'. Por outro lado, sobre Gampará também só temos nove referências. Espero que nos contes histórias do teu tempo de Gampará."...

Hoje estamos a caminho dos 700... E tu passas a ser o nº 686 (**)... Enfim, demoraste algum tempo a  responder-nos... De qualquer modo, diz-nos algo mais sobre ti... Julgo que estavas ligado à cozinha, a avaliar por algumas fotos que nos mandas... Se puderes, completa as legendas: diz-nos onde e em que data as fotos foram tiradas, quem são os teus camaradas, etc. A maior parte deve ser de Gampará. As fotos foram editadas e melhoradas por mim, foram também renumeradas... As mais recentes, que me mandaste, serão publicadas oportunamente. Desse lote é a nº 13.

Aqui fica, para já, a tua apresentação formal à Tabanca Grande. Espero notícias tuas em breve.
Um alfabravo.
Luís Graça. 

PS1 - Fiz tropa em Tavira e voltei lá há pouco tempo... Bela terra!...

PS2 - Leitor do nosso blogue, é o Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau,  há mais de 2 décadas; foi  alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; continuamos a aguardar que ele nos mande uma foto desses tempos heróicos para o apresentar formalmente à Tabanca Grande.


3. Mensagem recente (8 de abril) do nosso camarada Virgílio Valente


Caro Luís Graça,  olá!

Também me comprometi contigo e ainda não cumpri. Tenho fotos dos "Herdeiros de Gampará" que vou tentar enviar, depois de fazer um scan. Também tenho a história oficial da Companhia, do arquivo militar, donde constam os nomes dos camaradas que por lá passaram!
Infelizmente estes últimos dois anos têm sido árduos e o tempo tem escasseado, mas vou cumprir o que te prometo. Mais vale tarde que nunca.

Abraço de Macau.
Virgílio Valente

«Se quer ir depressa, vá sozinho! Se quer ir longe, vá junto!» (Provérbio Africano)
«If you want to go fast, go alone! If you want to go far, go together!» (African Proverb)

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Notas do editor:

(*) 15 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11941: Em busca de... (227): Pessoal da CCAÇ 4142, "Herdeiros de Gampará", Gampará, 1972/74 (Joviano Teixeira, residente em Tavira)

(...) De: Joviano Teixeira  

Data: 11 de Agosto de 2013 às 16:27
Assunto: Pedido

Boa tarde, camarada

Desde que voltei da Guiné que não sei nada dos meus camaradas. Apenas sei que quase todos eram da região norte: Lamego, Mondim de Basto, Viana do Castelo, Porto etc.

Pertenci à CCÇ 4142, "Herdeiros de Gampará", Gampará, Guiné. 1972/74.

Se te for possível localizar alguém, nomeadamente saber o local e data do próximo encontro, agradeço.

Resido em Tavira e, como disse, nunca mais soube da malta.

Obrigada pela dedicação (já visitei o blogue e gostei).
Cumprimentos, Joviano.

(**) Último poste da série > 4 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14566: Tabanca Grande (462): Arnaldo Guerreiro, sold cond, Pel Rec AML 2024, "Cavalos de Aço" (Bula, 1968/69)... Grã-tabanqueiro n.º 686