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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16964: Inquérito de 'online' (99): "Alguma vez votaste, em eleições legislativas, antes do 25 de Abril de 1974 ?"... Precisam-se pelo menos 100 respondentes até 3ª feira, dia 24, às 11h34


Foto: Assembleia da República / Palácio de São Bento (cortesia do sítio da CM Lisboa)


I. INQUÉRITO DE OPINIÃO: 

"ALGUMA VEZ VOTASTE 
EM ELEIÇÕES LEGISLATIVAS, 
ANTES DO 25 DE ABRIL DE 1974?"


1. Não estava recenseado, pelo que nunca votei 
2. Estava recenseado, mas nunca votei 
3. Estava recenseado e votei, pelo menos uma vez 
4, Não sei / não me lembro


Resposta.  até 24/1/2017, 3ª feira, até às 11h34, diretamente no blogue, ao canto superior esquerdo (*).


II. É a pergunta desta semana: quantos de nós, camaradas, estavam incluídos no tal milhão e oitocentos mil recenseados, que constavam dos cadernos eleitorais do Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974, podendo exercer o "direito de voto" nas eleições legislativas para a Assembleia Nacional (e apenas nestas) ?... Ou seja, apenas um em cada cinco portugueses!

Depois das eleições para a Presidência da República de 1958, por sufrágio universal, a Constituição (de 1933) foi alterada, passando a lei a prever que que o supremo magistrado da Nação passasse a ser eleito por um colégio eleitoral restrito de 602 membros.

Esses membros eram os seguintes: (i) deputados da Assembleia Nacional; (ii) membros da Câmara Corporativa;  (iii) representantes das estruturas administrativas dos territórios ultramarinos;  e (iv) representantes das câmaras municipais.

Lê-se no sítio oficial da Presidência da República Portuguesa, na nota biográfica de Américo Tomás: "O Colégio Eleitoral é o resultado das eleições de 1958. Foi criado para evitar situações problemáticas para o regime, como a hipótese de vir a ser eleito um candidato da oposição".

Recorde-se que em 1958, em eleição fraudulenta, Américo Tomás foi eleito com 75% dos votos (contra 25% do general Humberto Delgado), o que correspondia a 758 998 votos e 236 528 votos, respectivamente, para cada um dos candidatos....

O total dos recenseados nos "cadernos eleitorais" do Estado Novo, nas últimas eleições, as de 1973 eram cerca de 1 milhão e 800 mil para uma população de  pouco mais de 8,6 milhões, ou seja, pouco mais de 20%.

Compare-se esse número com o total de recenseados, para as primeiras eleições livres, em 25/4/1975, as eleições para a Assembleia Constituinte: mais de 6,7 milhões de eleitores (numa população de pouco mais de 8,7 milhões), o que equivale a 88,5% do total.

Nas eleições legislativas de 26/10/1969, eu estava há já cinco meses na Guiné  e exerci o meu direito de voto... Votei em branco mas não sei o que fizeram ao meu voto...

Recorde-se (para os mais novos...) que ante do 25 de Abril, o direito de voto era muito restrito, não era "um homem, um voto": só podiam votar: (i) os chefes de família (excluindo-se as mulheres e os filhos maiores que viviam com os pais); (ii) os indivíduos  com um grau de instrução igual ou superior a 4 anos e proprietários (excluíam.se  os analfabetos e os pobres...). O  recenseamento era administrativo e prestava-se a grandes arbitrariedades. Eram excluídos, administrativamente, dos cadernos eleitorais, muitos dos opositores ao regime... Enfim, a campanha eleitoral era de um mês, com muitos constrangimentos e intimidações para os da "oposição"... As assembleias de voto e as urnas eram controladas e manipuladas, não havia fiscalização, não havia partidos, não havia "tempos de antena"..
.
Em suma, um português podia morrer pela Pátria mas podia não ter direito de voto nas eleições para a Assembleia Nacional... 

No TO da Guiné, numa  companhia como a minha (a CCAÇ 2590/ÇÇAÇ 12), com de cerca de 60 militares metropolitanos graduados e especialistas, creio que só havia três camaradas inscritos nos cadernos eleitorais e, portanto, com direito de voto, ou seja 5%:  (i) eu (fur mil armas pesadas inf); (ii) o cmdt da companhia (o capitão de infantaria Carlos Brito, hoje cor ref);  e (iii) o  1º cabo apontador de armas pesadas inf, que pertencia ao 1º Gr Comb, o  José Manuel Quadrado (infelizmente já falecido), o "Alentejano", como era conhecido na caserna. Quantos aos restantes 100 portugueses, as praças guineenses, da CCAÇ 12, nem pensar, não tinham, capacidade eleitoral; eram todos analfabetos, com exceção do 1º cabo José Carlos Suleimane Baldé (o único que, teoricamente, poderia votar, se estivesse recenseado...).

Na CCAÇ 2590, em 60 homens (metropolitanos)  só 3 estavam  recenseados nos cadernos eleitorais, o que é mais baixo (5%) do que a média nacional (20%). Pode ser que noutras companhias a proporção fosse maior.

Posso, por outro lado,  estar aqui a cometer uma injustiça, omitindo mais alguém, mas julgo que não, embora, para além do capitão QP, os restantes graduados do quadro, os dois segundos sargentos de infantaria, o José Martins Rosado Piça e Alberto Martins Videira também devessem, em princípio, estar recenseados. O 1º sargento de cavalaria Fernando Aires Fragata  ainda estava connosco: irá depois ingressar na antiga Escola Central de Sargentos, sita em Águeda, para frequentar o curso que dava a promoção a oficial do SGE. Alguns de nós, milicianos chegámos a dar-lhe explicações: português, matemática, etc.

Vamos lá responder a este inquérito. Precisamente de chegar pelo menos às 100 respostas.


III. Comentários sobre o tema (**):

(i) Carlos Vinhal

[Nasceu a 27 de Março de 1948 em Vila do Conde; vive em Leça da Palmeira, Matosinhos. aposentado da Administração dos Portos do Douro e Leixões SA; foi Fur Mil Art MA,  CART 2732 Mansabá, entre Abril de 1970 e Março de 1972; é coeditor do nosso blogue]

(...) Confesso a minha pouca importância dada à política de então, e até nem sei quando se adquiria o direito a votar. Seria aos 21 anos, coincidente com a aquisição da chamada maioridade?

Só me lembro do recenseamento no pós 25 de Abril e de ter votado pela primeira vez na minha vida (?) no dia 25 de Abril de 1975, quando até fiz parte de uma mesa de voto como escrutinador, acabando também por secretariar, já que o secretário nomeado me passou a pasta.

Não sei se era "lenda", mas dizia-se que os "votos" dos funcionários públicos que não votavam eram descarregados automaticamente nas listas do regime. De qualquer modo até 1975,  fui funcionário público assalariado de carácter permanente,  logo não devia contar para o número dos ditos "votantes".


(ii) António J. Pereira da Costa

[Coronel art ref, ex-alf art  da CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-cap art  e cmdt  das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74)]

(...) Sobre a inscrição dos militares profissionais no "caderno eleitoral" admito que tenha sido obrigatória. Porém, na década de 60, esse uso terá caído em desuso. Nos períodos eleitorais que apanhei na tropa, fui brindado com "prevenções" e nunca dei que os profissionais saíssem do quartel para cumprir o "dever cívico".

Nunca estive inscrito e nunca fui convidado/obrigado a inscrever-me. Às vezes fico com a ideia de que, para a maioria dos militares daquele tempo, a política era uma coisa menor que se tinha de aturar e mais nada...

(...) Sobre as eleições recordo as "chapeladas" feitas com os votos dos legionários que estavam de prevenção e, por isso, não podiam ir às mesas de voto. Então os comandantes levavam os respectivos votos que entravam para as urnas e depois... era só contar.

Ouvi, outro dia, dizer que o embaixador inglês em Lisboa comentava o dito do Salazar (eleições tão livres como na livre Inglaterra), em relação às eleições portuguesas do pós-guerra, que daquelas só conhecia as da Polónia.

Enfim, passou-se...
___________________

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16609: Inquérito 'on line' (75): as primeiras 66 respostas, a três dias do fim do prazo (5ª feira, dia 20): só em 28 casos havia famílias de militares, não guineenseses, no mato... "Lembremos que o maior número de militares do quadro não estavam longe de belas cidades como Luanda, Benguela, Uíge, Malange, Lourenço Marques, Beira, Nova Lisboa e Bissau, por exemplo, onde não faltava nada (comentário de Antº Rosinha)


Guiné > Bissau > Anos 70 > Quartel General em Sta. Luzia > Piscina, a que tinham acesso os oficiais do QP e milicianos,  e seus familiares. Foto do álbum do nosso saudoso António [Henriques Campos] Teixeira,  o "Tony"  (1948-2013), ex-alf mil da CCAÇ 3459 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 6,  Bedanda,  1971/73) (*)


Guiné > Bissau > s/d [, meados dos anos 60] > Av Carvalho Viegas, um das ruas da baixa, onde o comércio tinha tudo... Bilhete postal, nº 129, Edição "Foto Serra" (Colecção "Guiné Portuguesa")


Guiné > Bissau > s/d   [, meados dos anos 60] > Aspecto parcial  da cidade, Câmara Municipal à direita, Palácio do Governador ao fundo à esquerda... Bilhete postal, nº 133, Edição "Foto Serra" (Colecção Guiné Portuguesa")


Guiné > Bissau > s/d  [. meados dos anos 60] > Um cidadezinha colonial, feita a régua e esquadro, desenhada pela República, desenvolvida com o Estado Novo (a partior dos anos 40)... Vista parcial da baixa com o estuário do Geja e o ilhéu do Rei, ao fundo... Bilhete postal, nº 117, Edição "Foto Serra" (Colecção "Guiné Portuguesa").

Colecção: Agostinho Gaspar / Digitalizações: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010). (**)


I. INQUÉRITO 'ON LINE':

 "NO MATO 
NO(S) SÍTIO(S) ONDE EU ESTIVE, NA GUINÉ,
HAVIA FAMILIARES NOSSOS"...


As primeiras 66 respostas:


1. Sim, esposas (não guineenses)  > 

19 (28%)

2. Sim, esposas e filhos (não guineenses) >  
9 (13%)

3. Sim, familiares guineenses (sem ser das milícias)  > 
9 (13%)

4. Não, não havia >  
35 (53%)

5. Não aplicável: não estive no mato  > 
2 (3%)

6. Não sei / não me lembro  > 
0 (0%)


Termina dia 20/10/2016, 5ª feira, às 6h52. O inquérito admite até duas respostas: por exemplo 1 e 3; 2 e 3. (***)


2. Comentário de Antº Rosinha (***):

[ Antº Rosinha, em Pombal, 2007:  é um dos nossos 'mais velhos', andou por Angola, nas décadas de 50/60/70, do século passado, fez o serviço militar em Angola, foi fur mil, em 1961/62, diz que foi 'colon' até 1974... 'Retornado', andou por aí (, com passagem pelo Brasil), até ir conhecer a 'pátria de Cabral', a Guiné-Bissau, onde foi 'cooperante', tendo trabalhado largos anos (1987/93) como topógrafo da TECNIL, a empresa que abriu todas ou quase todas as estradas que conhecemos na Guiné, antes e depois da 'independência'; é colunista do nosso blogue com a série 'Caderno de notas de um mais velho']

Este pormenor das famílias dos militares irem [ou poderem ir] para o Ultramar,  pode ser um ponto de vista para explicar muita coisa sobre a durabilidade da Guerra.

A vida da maioria dos oficiais e sargentos (não milicianos) e muitos tenentes e capitães milicianos, casados,  com filhos quer no liceu ou na primária ou mesmo na Universidade, tornou-se numa rotina bem "oleada" que corria sobre esferas, em plena Guerra do Ultramar.

Lembremos que o maior número de militares do quadro não estavam longe de belas cidades como Luanda, Benguela, Uíge, Malange, Lourenço Marques, Beira, Nova Lisboa e Bissau,  por exemplo, onde não faltava nada.

E nessas cidades havia casas para arrendar e o pessoal do quadro tinha direito a "subsídio de renda de casa", quer na metrópole ou no Ultramar, e evidentemente, o subsídio de cada filho menor ou enquanto estudasse.

E lembremos que essa rotina bem "oleada" continua em quantidade e qualidade com comissões em "Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Guarda, Bragança..." (em ondas curtas compridas e comprometidas) por mais alguns anos de 1974, até aos anos 80, com concursos e promoções e preenchimento das imensas "vagas" do quadro.

É que a luta continuou indefinidamente, Porquê ?  A explicação deve ser a mesma pela qual não se explica cabalmente por que é que os capitães de Abril só apareceram em 1974 e não em 1968.

A guerra não acabou para todos em 1974, houve uma (boa) continuação para alguns.

Canquelifá, Buruntuma, Binta é uma coisa... outra coisa é outra coisa.

Tem que haver memória.
Antº Rosinha

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10370: CCAÇ 3325,Cobras de Guileje (1971/73): Parte VII: Mais fotos do álbum do cor inf ref Jorge Parracho, que integram hoje o Núcleo Museológico Memória de Guiledje



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 14 > O cap Parracho inaugura o "Parque de jogos cap Parracho"... Isto quer dizer que na época jogava-se á bola, em campo descoberto, e possivelmente com a rapaziada do PAIGC,  de folga, a assistir nas "bancadas"...



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 37 > Junto à porta de armas: O  cap Parracho  (à direita) e  um ten cor cuja identidade desconhecemos (à esquerda)


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 22 > O cap Parracho,  de perfil... Sabemos que é natural de Mafra.




Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 25 > O alf mil art Cristina, comandante do 5º Pel Art, e o cap Parracho, na hora da refeição ou do petisco...


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 28 > O cap Parracho e  o alf mil Cunha



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 &gt Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 24 > Um dos poucos momentos de descontração  no Bar/Messe de Oficiais: da direita para a esquerda, alf Rodrigues, alf Cunha, cap Parracho e alf Cristina. Na foto veem-se ainda os dois impedidos (fardados a rigor) no bar/messe de oficais. Foto provavelmente tirada pelo alf  mil José Orlando Almeida e Silva.


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto nº 3 > O com-chefe gen António de Spínola numa duas visitas que efetuou a Guileje em 1971. Desconhece-se quem é o civil, à direita.  Presume-se que o oficial que está de costa seja o Cristina, comandante do 5º Pel Art. À sua esquerda, o cap Parracho, Recorde-se que a CCAÇ 3325 foi substituída pela CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) , Os Gringos de Guileje. No final da comissão, o cap Parracho e os seus oficiais foram recebidos no palácio do Governador e obsequiados com um jantar de despedida. Presumimos que Parracho e Spínola tivessem relações cordiais. Que eu saiba, não era prática habitual do Com-chefe socializar com oficiais subalternos... em final de comissão. (LG)


Foto: © Jorge Parracho / AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. [As fotos de Jorge Parracho foram disponibilizadas à ONG AD- Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, em 2007, no âmbito do projecto de criação do Núcleo Museológico Memória de Guiledje] (**)


1. Jorge Parracho, enquanto capitão, comandante operacional de uma companhia (CCAÇ 3325), é um camarada nosso que gostaríamos muito que aceitasse o convite, agora aqui formulado, para integrar a nossa Tabanca Grande. A probabilidade de sucesso do nosso intento é, porém,  reduzida, sabendo-se a relutância, por razões pessoais, profissioniais e deontológicas, que têm mostrado os oficiais do quadro dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas que combateram no TO da Guiné durante a guerra colonial em dar a cara na Internet, participando nomeadamente em blogues como o nosso. (Naturalmente que há execeções, e muito honrosas: o nosso blogue conta com a presença e a colaboração de diversos oficiais do QP, embora estejam todos eles na situação de reforma).

Não conheço pessoalmente o camarada Jorge Parracho, hoje cor inf ref, comandante que foi, muito querido, dos "Cobras de Guileje".  Mas sei que se trata de uma figura pública, embora discreta,  durante muito tempo ligado ao "Programa Escola Segura" (PES), desde o seu início e fase experimental (em 1986) até à sua institucionalização (em 2005). 


Parracho tinha estado no comando da PSP, em Macau, como major, e mais tarde veio a coordenar o gabinete de segurança ligado ao Gabinete do Secretário de Estado da Educação, Em 2006, ainda exercia essas funções. E nessa qualidade sempre recusou um visão meramente securitária do PES:

(...) "Os objectivos do PES ultrapassam claramente a vertente securitária, constituindo metas prioritárias a promoção de uma cultura de segurança e a integração e socialização das crianças e adolescentes, dentro da missão educativa da escola." (...)

No final de 2006, a CONFAP - Confederação Nacional das Associações de Pais, publica na sua página institucional, em 8 de dezembro de 2006, o seguinte comunicado onde são realçadas as qualidades deste militar e a colaboração prestada ao movimento associativo dos pais e encarregados de educação no âmbito do PES:

(...) Comunicado- Agradecimento ao senhor coronel Jorge Parracho

A segurança dos nossos filhos é um dos factores que muito influenciam o seu sucesso na Escola.

Atento a esta constatação o Ministério da Educação, através do seu Gabinete de Segurança, tem feito ao longo dos últimos anos o necessário acompanhamento às Escolas, promovendo a ligação entre estas, os homens do seu gabinete e as diversas forças de segurança agregadas, ou não, ao “Programa Escola Segura”.

Muito do que foi feito teve a coordenação do Senhor Coronel Jorge Parracho que, com a sua experiência, dedicação e serenidade, contribuiu para o êxito dos diversos programas implementados, nomeadamente o “Programa Escola Segura”.

Tendo o Senhor Coronel Jorge Parracho cessado funções no Ministério da Educação e a Coordenação do Gabinete de Segurança deste Ministério, a CONFAP vem publicamente agradecer a colaboração que ao longo destes anos prestou ao Movimento Associativo de Pais, através das múltiplas intervenções realizadas em eventos promovidos pelas Associações em todo o País e constante empenho levado a efeito na defesa de um clima de segurança e tranquilidade essencial para o crescimento saudável das nossas crianças e adolescentes.

A CONFAP deseja ao Senhor Coronel Jorge Parracho as melhores felicidades pessoais e profissionais.

O Conselho Executivo da CONFAP (...).


2.  De Jorge Parracho temos um álbum fotográfico, de cerca de meia centena de fotos a cores, em formato tif, que ele - ou alguém da sua antiga companhia, a CCAÇ 3325 - terá feito chegar à ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, de modo a integrar o espólio fotográfico do Núcleo Museológico Memória de Guiledje. Como parceiros da AD, o nosso blogue tem acesso a esse espólio, donde constam outros álbuns fotográficos de outras companhias que passaram por Guiledje entre 1964 e 1973.

Parte dessas fotos, que trazem legenda,  já foram divulgadas no nosso blogue. Não podemos em rigor atribuir os créditos fotográficos ao Jorge Parracho. Parte destas fotos são comuns as que constam do blogue do Orlando Silva que, em 8 de agosto último, escreveu-nos nestes termos:

(...) "Caro amigo: Antes de mais, gostaria de informar que autorizo a mostragem/publicação de todas as fotos existentes no meu blogue (guiné3325-vamos falar verdade). Tenho muito mais que poderei enviar, no entanto receio ferir algumas pessoas que têm emitido opiniões menos de acordo com a verdade, no terreno, pois algumas dessas fotos vêm, de alguma forma, contrariar algumas afirmações mais fantasiosas. (,,,)

Parece-me, até, o Orlando Silva (mais conhecido como alf Almeida) era o "fotógtrafi de serviço"... Enfimm, ele terá oportundidade de esclarecer isso... Achámos, entretanto,  por bem selecionar mais umas tantas fotos do "álbum de Jorge Parracho", e editá-las em formato jpg, de modo a poder ilustrar mais e melhor a atuação da CCAÇ 3325, os "Cobras de Guileje" (jan/dez 1971), já documentada pelo nosso camarada Orlando Silva, ex-alf mil, residente em Aveiro, a quem também já dirigimos no devido tempo o convite pessoal para integrar a Tabanca Grande. (Aguardo a tua resposta, Orlando, fazes cá falta).

Aqui vão algumas dessas fotos, com os nossos agradecimentos ao cor inf ref Jorge Parracho, nosso camarada. Recorremos às informações do Orlando Silva  para efeitos de legendagem.

(Continua)
_____________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 10 de setembro de 2012 > Guiné 63/73 - P10362: CCAÇ 3325,Cobras de Guileje (1971/73): Parte VI: Atividade operacional, de outubro a dezembro de 1971 (texto: Orlando Silva; fotos: Jorge Parracho)


(**) As unidades sediadas em Guilele, por ordem cronológica (com o respectivo elemento de ligação à ONG AD, do nosso amigo Pepito:

CCAÇ 495 (Fev 1964/Jan 1965)
CCAÇ 726 (Out 1964/Jul 1966) (contactos: fur mil Alberto Pires (Teco) e cor art ref Nuno Rubim)
CCAÇ 1424 (Jan 1966/Dez 1966) (contacto: cor art ref Nuno Rubim )
CCAÇ 1477 (Dez 1966/Jul 1967) (contacto: cap Rino)
CART 1613 (Jun 1967/Mai 1968) (contacto: cap José Neto, já falecido)
CCAÇ 2316 (Mai 1968/Jun 1969) (contacto: cap Vasconcelos)
CART 2410 (Jun 1969/Mar 1970) (contacto: alf mil Armindo Batata)
CCAÇ 2617 ( Mar 1970/Fev 1971) > Os Magriços (contacto: cap mil Abílio Delgado)
CCAÇ 3325 (Jan 1971/Dez 1971) (contacto: cor inf ref Jorge Parracho)
CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) > Os Gringos de Guileje (contacto: 1º cabo  enf Amaro Munhoz Samúdio)
CCAV 8350 (Dez 1972/Mai 1973) > Os Piratas de Guileje (contacto: fur mil op esp José Casimiro Carvalho)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9634: Os nossos últimos seis meses (de 25abr74 a 15out74) (8): Os Oficiais do Corpo do Estado Maior (CEM) no TO da Guiné em 1973/74 (Luís Gonçalves Vaz)

1. O nosso amigo Luís Gonçalves Vaz, membro da Tabanca Grande e filho do Cor Cav CEM Henrique Gonçalves Vaz (último Chefe do Estado-Maior do CTIG - 1973/74), enviou-nos a seguinte mensagem com data de 21 de Março de 2012:

Os Oficiais do Corpo do Estado Maior (CEM) no TO da Guiné em 1973/74

Os oficiais do QG/CTIG e do Comando-Chefe, na Guiné no ano de 1974, eram quase todos do Corpo do Estado Maior (CEM), inclusive, o próprio General Bethencourt Rodrigues (ver a estrela nas boinas do general Bettencourt Rodrigues e no seu CEM do CTIG, coronel Henrique Gonçalves Vaz). Este Corpo de Oficiais eram na altura considerados uma Elite dentro do Exército Português.  


General Bethencourt Rodrigues e o Coronel Henrique Vaz 

O Corpo de Estado-Maior (CEM) foi criado em 1834, pelo Decreto de 18 de Julho, com um quadro de 8 oficiais superiores, 2 coronéis, 16 capitães e 16 tenentes, num total de 40 oficiais. 


O CEM  consistia num corpo, formado apenas por oficiais de elite, que recebiam uma formação especial para exercerem funções nos estados-maiores das grandes unidades do Exército Português


A sua formação passou a ser feita na Escola Central de Oficiais - mais tarde, Instituto de Altos Estudos Militares. Ao receberem a sua formação, os oficiais abandonavam as suas armas de origem e ingressavam no Corpo de Estado-Maior. 


O CEM foi novamente criado em 1938 e mantido até ao 25 de Abril de 1974. Pelo art.º 6º do Decreto 28.401 de 31 de Dezembro de 1937, passou a ter a seguinte constituição: 12 coronéis, 12 tenentes-coronéis, 20 majores e 40 capitães, num total de 84 efectivos. Considerado muito elitista, o corpo foi extinto a seguir ao 25 de Abril de 1974

Hoje em dia só se fala de CEM, em termos históricos e de investigação militar, sendo assim  o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, do Instituto Universitário de Lisboa, apresenta como Tema de um Projecto de Investigação, o seguinte: "O Corpo do Estado Maior do Exército Português: apogeu e queda", explicitando que "o projecto tem por objectivo o estudo aprofundado da elite do Corpo do Estado-Maior (CEM), no Exército Português, durante o Estado Novo. Em termos cronológicos, o projecto abrange períodos fundamentais na acção do CEM, desde os anos 1940 às guerras em África, passando pela modernização operada com a adesão à NATO e detectando as várias influências doutrinárias estrangeiras." 


[Mais informação disponível em: http://www.cies.iscte.pt/projectos/ficha.jsp?pkid=433. ]

Estes oficiais que entre outros, "aguentaram a Retirada Final", foram também parte daqueles que fizeram o planeamento das operações da Guerra, e que trataram de toda as operações de logística, para que não faltasse nada (ou faltasse o mínimo...) aos militares que estavam na frente de combate, no mato. Como tal relembro-vos o seguinte: 

O Curso Complementar do Estado Maior, no IAEM (Instituto dos Altos Estudos Militares, segundo o General Pedro Cardoso, com o curso (1958/59) foi o primeiro a instruir os oficiais do Exército Português, sobre” guerra subversiva”. 


As tácticas e técnicas para este tipo de conflito foram” importadas” da Inglaterra, com base nos problemas ligados com a Malásia, o Quénia e a ameaça soviética. Segundo este oficial, os Militares Portugueses não foram surpreendidos em África, pois a partir de 1960 os oficiais do Corpo do Estado Maior já saíram com preparação para este tipo de Conflito não convencional. 

Instituto de Altos Estudos Militares (IAM), Curso complementar do Estado Maior, 1958/59. Capitão Henrique Gonçalves Vaz com os camaradas e professores, no Instituto de Altos Estudos Militares em 1959.  


Curso complementar do Estado Maior, 1958/59. Capitão Henrique Gonçalves Vaz com os camaradas, no Instituto de Altos Estudos Militares em 1959. O Tenente-coronel, Cunha Ventura é o oficial sentado á direita e o Coronel Henrique Vaz é o oficial de óculos a pé frente á porta, na altura capitão.  

Também o Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), em Lamego, criado em 16 de Abril de 1960 pelo exército português, com o fim de ensinar aos militares portugueses as tácticas de contra-insurreição (ou contra-subversão), foi importante na "condução de uma doutrina para a guerra colonial". Como tal, tanto o CIOE como o IAEM tornaram-se  fóruns para exploração e desenvolvimento das estratégias e tácticas mais eficazes contra qualquer conflito não convencional nas colónias portuguesas de então. 


Apresentação de trabalhos no Curso do Estado Maior no IAM, curso de 1958/59, frequentado por dois oficiais do CEM, presentes no TO da Guiné em 1973/74, o coronel do CEM, Henrique Gonçalves Vaz (CEM/CTIG) e o Tenente-coronel do CEM, Cunha Ventura, Chefe da 1ª Repartição do QG do CTIG nesse mesmo ano. 

Na Guiné Portuguesa, a partir da chegada do gen Bettencourt Rodrigues, o Comando-chefe e o QG/CTIG, ficaram sob o comando de oficiais do Corpo do Estado Maior (CEM), formados já para "enfrentarem" uma guerra "assimétrica" como a guerrilha que o PAIGC nos fazia, desde o Comandante-chefe ao Chefe da 4º Repartição, passando pelos seus Chefes do Estado Maior (o do QG do CTIG e o do Comando-chefe), todos eram do Corpo do Estado Maior, ao contrário do anterior Comandante-chefe, o ilustre General Spínola, que era da Arma de Cavalaria. 

O Coronel do CEM Henrique Gonçalves Vaz, CEM do CTIG, e o Tenente-coronel do CEM Cunha Ventura, Chefe da 1ª Repartição, foram do mesmo Curso do Estado Maior no IAEM, Instituto de Altos Estudos Militares, conforme se pode comprovar pela fotografia em anexo. Este oficiais frequentaram o curso complementar do Estado Maior em 1958/59, e logo no primeiro ano do curso, em 1958, realizaram um estágio na Alemanha, numa unidade Americana, no âmbito do Curso Complementar do Estado Maior. 


O coronel Henrique Gonçalves Vaz, como Chefe do Estado-Maior da RMP, acompanhando o  Brigadeiro Comandante da Região Militar do Porto, Eduardo Martins Soares, na visita ao Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), em Lamego no ano de 1971.

Em 1973/74, eram os seguintes oficiais do CEM (Corpo do Estado Maior) no Teatro de Operações da Guiné:

Comandante-Chefe General do CEM - José Manuel Bethencourt Conceição Rodrigues, o Herói do Leste de Angola;

Quartel General do CTIG:

Comandante do CTIG - Brigadeiro do CEM Alberto da Silva Banazol

Chefe do Estado-Maior do CTIG - Coronel do CEM, Henrique Manuel Gonçalves Vaz, nomeado por escolha.

Sub-chefe do Estado-Maior do CTIG - Tenente-coronel do CEM, António Hermínio de Sousa Monteny;

Chefe da 1ª Repartição - Tenente-coronel do CEM Hernâni Manuel da Cunha Ventura;

Chefe da 2ª/3ª Repartição - Major do CEM Fonseca Cabrinha;

Chefe da 4ª Repartição - Tenente-coronel do CEM  A. Fernandes Morgado;

Chefe de Serviço de Transportes - Tenente-coronel de Infantaria Monsanto Fonseca;

Comando-chefe:

Chefe do Estado-Maior do Comando-chefe - Coronel do CEM Hugo Rodrigues da Silva;

Sub-chefe do Estado-Maior do Comando-chefe -Tenente-coronel do CEM - Joaquim Lopes Cavalheiro;

Chefe da 4ª Repartição do Comando-chefe -Tenente-coronel do CEM - Augusto Jorge da Silveira Reis

Nota 1: Haveria mais oficiais na Guiné do Corpo do Estado Maior, mas não muito mais, pois pelo Decreto-lei nº 46 326 o Quadro de oficiais do CEM só tinha:

12 – Coronéis
12 - Tenentes-coronéis
60 - Majores e Capitães
Total Nacional – 84

Nota 2: Como tal, nem todos os oficiais do CEM eram do "Quadro", muitos eram "Adidos" ou "Supranumerários". 

Bibliografia. Lista Geral de Antiguidade dos Oficiais do Exército (Quadro Permanente), Referida a 1 de Janeiro de 1969, Direcção do Serviço de Pessoal - Repartição de Oficiais, Ministério do Exército. 


Visita a uma unidade com o Comandante-Chefe, General Bettencourt Rodrigues (1973), vendo-se em 1º plano, da esquerda para a direita: Coronel do CEM, Henrique Gonçalves Vaz, general Bethencourt Rodrigues e o Comandante do CTIG,  Brigadeiro Alberto da Silva Banazol. 

A Situação na Guiné era “muito má” em 1973, em termos militares, pois enfrentávamos um inimigo cada vez mais preparado e muito bem equipado, vários especialistas nesta área, afirmam que depois da introdução do míssil Strela, bem como outro equipamento “de ponta” de origem Soviético, a superioridade militar portuguesa até então, deixou de ser efectiva…, como tal, os altos comandos da Nação nomearam para a Guiné Portuguesa, os melhores dos seus Quadros, nomeadamente o General Bethencourt Rodrigues, denominado no meio militar, como o 'Herói do Leste de Angola', onde conseguiu êxitos muito significativos, numa também guerra de guerrilha, na expectativa de aguentarem, ou mesmo superar o inimigo da altura, o PAIGC , que mais do que nunca, estava a ser apoiado materialmente e tecnicamente, por uma das maiores potências militares Mundiais da altura e de sempre, a União Soviética. 

BRAGA, 21 de Março de 2012 
Luís Gonçalves Vaz 
(Tabanqueiro 530) 
___________

Nota de MR: 

(*) Vd. também sobre esta matéria o poste do mesmo autor em:


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8848: Parabéns a você (320): Carlos Alberto Prata, Coronel de Infantaria, na situação de Reforma, ex-Cap CMDT das CCAÇ 4544/73 e CCAÇ 13 (Guiné, 1973/74) e Hélder Sousa, ex-Fur Mil TRMS TSF (Guiné, 1970/72)


O nosso camarada Carlos Alberto Prata apresentou-se à Tabanca Grande, em 24 de Maio último, nestes termos:

"A convite do amigo Manuel Reis, sabedor que eu fora combatente na Guiné, acompanhei-o já a 2 almoços de confraternização na Tabanca do Centro, onde me foi dado o privilégio de, além de contactar com antigos combatentes naquela antiga província e recordar locais e acontecimentos aí decorridos, ficar com uma pequena ideia desta louvável agremiação (chamemos-lhe assim) dos antigos combatentes na Guiné.

"O objectivo deste mail é apresentar-me e solicitar os vossos ofícios para que me seja dada a honra de também fazer parte da família da Tabanca Grande, o que, antecipadamente, agradeço!

"Chamo-me Carlos Alberto Duarte Prata, natural do Porto, casado, com dois filhos já homens, e sou Coronel de Infantaria, na situação de Reforma.

"Frequentei a Academia Militar, curso de 1961/65. Promovido a Capitão fui mobilizado para Angola onde cumpri uma comissão de serviço entre Maio de 1969 a Julho de 1971.  Em Maio de 1973 fui mobilizado pelo RI15 (Tomar) onde formei a CCaç 4544 que seguiu para a Guiné em Setembro de 1973, tendo como destino Cafal Balanta, na região do Cantanhês. Por determinação do General Comandante do CTIG, em Março de 1974 fui comandar a CCaç 13, em Bissorã, onde me encontrava em 25 de Abril de 1974. Regressei a Portugal em 30 de Setembro de 1974, após a entrega da Guiné às tropas do PAIGC.

"Apenas para informação devo acrescentar que em 1995 regressei à Guiné, durante 6 meses, em missão de Cooperação Militar. Aqui está pois o motivo da minha ligação aquela antiga província, as saudades dos bons e menos bons momentos lá vividos e a vontade firme de conviver com quem viveu experiências análogas." (...)


********************

HÉLDER SOUSA

Ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72



1. Mensagem de Juvenal Amado para o nosso aniversariante Hélder Sousa:

O Hélder vai-me perdoar esta brincadeira não tenho dúvida nenhuma. Homem de consensos, conhecedor, de conversa fácil e não menos atenta . São sempre de recordar os momentos que passei com ele, tanto nos almoços do Blogue como nos da Tabanca do Centro, onde a sua participação é sempre esperada e ansiada.

Atrevo-me a dizer que o Hélder é uma das traves mestras do bom relacionamento, moderando conflitos e não poucas vezes minorando o desgaste que certas questões provocam em nós todos.

Certo que a sua amizade faz de mim um homem melhor, não posso deixar passar esta data sem lhe mandar um forte abraço.
O único defeito é ser do Benfica mas que se pode fazer? Ninguém é perfeito.

Neste dia desejo-te muitas felicidades junto de quem mais amas.


O camarada e amigo
Juvenal Amado


2. Postal do nosso camarada Miguel Pessoa



3. Mensagem dos Editores:

Fazemos nossas as palavras do camarada Juvenal Amado (com sua licença), porque, caro Hélder, estamos reconhecidos pela tua disponibilidade, sempre atento aos problemas internos do Blogue, enviando-nos mensagens com oportuníssimas achegas, tentando, e conseguindo, ajudar-nos nesta espinhosa missão de, não agradando a todos, pelo menos agradar à maioria.

Na qualidade de "conselheiro", ou outra, contamos sempre contigo.

Caro Hélder, recebe um enorme abraço em nome da tertúlia e dos editores muito em particular.

Pelos editores
Carlos Vinhal
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 29 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8833: Parabéns a você (319): António Bastos, ex-1.º Cabo do Pel Caç Ind 953 (Guiné, 1964/66) e Manuel Moreira, ex-1.º Cabo Mec Auto da CART 1746 (Guiné, 1967/69)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6767: Controvérsias (98): O QP não desapareceu (e eu não fui lorpa), apenas reduziu o seu contributo, porque... não há omeletas sem ovos (Morais da Silva, ex-Cap Art, CCAÇ 2796, Gadamael, 1970/72)


Paisagem, pintura de Augusto Trigo (n. 1938). Em exposição no hall de um banco, em Bissau, o BCAO. Com a devida vénia ao pintor (que vive actualmente em Portugal), ao Rui Fernandes (autor da foto) e à AD - Acção para o Desenvolvimento (que detém os direitos da imagem no seu site Guiné-Bissau). Parafraseando o título do poste do nosso blogue, de 6 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2244: Cusa di nos terra (12): Ainda vi burros em Bafatá (Beja Santos), o nosso leitor (e camarada de armas) Morais da Silva diz que não é nem quer passar por... lorpa. (LG)


1. Mensagem do Cor Art Ref Morais da Silva:

Caro Luís Graça

Confesso-me farto de ser considerado lorpa pois continua a haver quem julgue que a malta do QP não andava de olho em cima das escalas de mobilização para evitar ou, no mínimo, dissuadir os chicos espertos que sempre existem.

Jorge Canhão concluiu agora que, afinal, só a partir de 1971/72 o QP se baldou embora acrescente que esta "reviravolta" coincide com o agravamento da guerra (opinião dele que não minha). É pena que em tempo útil não o tenha dito mas, paciência.

Resolvi ver os números outra vez e rebater o que diz Jorge Canhão.

Se soubesse o e-mail deste, endereçava-lhe o artigo e solicitava-lhe uma resposta (**). Mas como não o encontro,  anexo o que escrevinhei para publicar, se o entender conveniente.

Abraço do artilheiro

MS

2.  A propósito do poste P6374, de Jorge Canhão (**)
por Morais da Silva

Esta é a segunda vez que entro no blogue, acolhimento que agradeço, para esclarecer o que julguei já estar esclarecido.

Levar a cabo o estudo sobre o "Comando de Companhias de Combate em África" (***)  foi uma obrigação que me impus quando deparei com a afirmação de que "os oficiais do QP tinham fugido da guerra". Como já confessei, fiquei atónito, porque tal teria acontecido nas minhas barbas e eu, distraído, tinha andado a dar o corpo ao manifesto enquanto na minha "confraria" vigorava a regra da balda. Em resumo, teria sido um lorpa. Reagi, decidi ir à procura de números fiáveis e recuperei a paz de espírito. Afinal, como sempre pensei, eu não fui excepção antes fui a regra.

Regressado ao estudo e ao remanso do meu site eis que Jorge Canhão me informa:

"Globalmente o QP não fugiu das Companhias Operacionais mas quando a guerra se agravou em 1971/72 o QP DESAPARECEU QUASE POR COMPLETO".

Valha-me Santa Bárbara apesar de, agora, só trovejar na ponta final da guerra mas com a agravante do anátema do "cagaço". Imaginem o meu desassossego. Será que fiz o trabalho direitinho até 71/72 e depois o raio do software que fiz me induziu em erro e afinal fui mesmo um lorpa? Jorge Canhão só diz "Quase por completo". Qual será o valor que atribui a "Quase"? Porquê 71/72? A guerra agravou-se? Mas antes tinha sido uma pêra doce?!

Vamos aos números.

Jorge Canhão resolve tratar a base de dados de que dispõe (e que suponho ser a que foi publicada pelo Correio da Manhã nos Cadernos da Guerra Colonial) no momento da mobilização das companhias operacionais ou seja, em cada ano identifica as companhias que foram mobilizadas e agrega-lhes todos os capitães que as comandaram ao longo da comissão (Cap QP ou Mil).

No meu trabalho digo que, companhias com comando único (mesmo capitão durante toda a comissão), foram 83% em Angola e Moçambique e apenas 66% na Guiné. Face a estes números melhor seria tratar apenas companhias com comando único dada a dimensão da amostra. Mas, adiante.

No conjunto dos 3 TO Jorge Canhão conclui que, em 1971, 53% dos capitães "mobilizados com as companhias" são capitães QP e que tal percentagem desce para 19% em 1972 e para 12% em 1973, subindo para 20% em 1974. Aqui chegado Jorge Canhão conclui: "No entanto, quando a guerra se agravou (precisamente a partir dos anos 1971/72), os Capitães do Quadro Permanente "DESAPARECERAM QUASE POR COMPLETO" dos cenários das Companhias de Combate".

Ora só se pode dar como desaparecido aquilo que existe mas nestas "coisas" se algo desaparece é preciso encontrá-lo para que sirva de contraprova. Lá parti eu em busca detalhada e olhando para os meus números constatei o seguinte:

"Desaparecimento" do QP em 1972" - O que eu sei sobre este ano

- estão em combate 277 capitães do QP (46% do total de capitães em combate)

- este efectivo em combate representa 31% do stock existente de capitães QP (885 Cap. QP); era de 34% em 1971 havendo pois a registar uma quebra de 3% no empenhamento do stock

- não só não houve promoções a capitão em 1971, para alimentar o stock, como este baixou 149 capitães (1034 em 1971; 885 em 1972). A quebra de 149 capitães nos 1034 representa 14%. Compare-se esta quebra de stock do QP com a quebra de 3% do parágrafo anterior e digam-me lá onde está o desaparecimento

"Desaparecimento" do QP em 1973- O que eu sei sobre este ano

- estão em combate 178 capitães do QP (30% do total de capitães em combate)

- este efectivo em combate representa 23% do stock existente de capitães QP (779 Cap. QP) ou seja há uma quebra de 8% no empenhamento do stock

- não só não houve promoções a capitão em 1972, para alimentar o stock, como este baixou 106 capitães (885 em 1972; 779 em 1973). A quebra de 106 capitães nos 885 representa 12%. Compare-se esta quebra de stock com a quebra de 8% do parágrafo anterior e digam-me lá onde está o desaparecimento

"Desaparecimento" do QP em 1974 - O que eu sei sobre este ano

- estão em combate 119 capitães do QP (21% do total de capitães em combate)

- este efectivo em combate representa 21% do stock existente de capitães QP (580 Cap. QP) ou seja há uma quebra de 2% no empenhamento do stock

- houve promoções a capitão em 1973 para alimentar o stock mas, apesar disso, este ainda baixou 99 capitães (779 em 1973; 580 em 1974). A quebra de 99 capitães nos 779 representa 13%. Compare-se esta quebra de stock com a quebra de 2% do parágrafo anterior e digam-me lá onde está o desaparecimento

Fica demonstrado, mais uma vez, que o QP não desapareceu (e eu não fui lorpa) mas que apenas reduziu o seu contributo porque não há "omeletas sem ovos".

Repito o que já disse mas pelos vistos sem sucesso.

De 1970 a 1974 o stock de capitães do QP passou para quase metade (52%). Se os encargos fixos se mantiveram (unidades, estabelecimentos e órgãos da metrópole; unidades de guarnição e centros de instrução em África) e os de combate também, como não esperar as quebras verificadas?

Por que carga de água se recorreu à formação laboratorial de capitães milicianos e se deu à luz o célebre decreto de 1973 sobre o acesso à AM [, Academia Militar] ? Diversão da tutela ou tutela entalada perante uma Guiné e Moçambique a pedirem mais meios e uma AM a dar conta da sua impotência?

Uma nota derradeira.

Estou pronto a colaborar com Jorge Canhão, se este o desejar, para afinar a listagem das companhias presentes a partir de 1971 e clarificar a razão da pesada discrepância (145 companhias) que aponta: eu contabilizo um efectivo anual presente nos 3 TO na ordem das 475 e Jorge Canhão indica 330.

Discordo completamente dos resultados da pg. 1. Por exemplo, no grupo A, parte dos capitães avançou ainda em finais de 1968, princípio de 1969; a outra parte avançou em finais de 1969. A 1ª fatia regressou no final de 1970 e a segunda nos fins de 1971 tendo sido mobilizados novamente na segunda metade de 1972 (1ª fatia) e início de 1973 (2ª fatia).

Assim sendo o grupo A está mal definido não podendo ser rodado em conjunto e muito menos com o grupo C que é mobilizado em meados de 1971.

A organização dos conjuntos e a sua inserção na fita do tempo está errada pois parte do pressuposto da rotação contínua (mas o pessoal tinha que descansar e preparar nova etapa o que consumia, em regra, 1.5 a 2.5 anos ao longo da campanha).

Definitivamente, tenho dito.

António Carlos Morais da Silva

 antoniocmsilva@netcabo.pt
http://www.moraissilva.com/

[ Fixação / revisão de texto / bold a cor / título: L.G.] (****)

_______________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 14 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6734: Controvérisas (96): No período de 1972/75, a proporção de capitães milicianos, comandantes de companhias combatenntes em África, era de 83 em cada 100 (Jorge Canhão, ex-Fur Mil At Inf Op Esp, 3ª C/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74)

(**) Foi dado, ao Jorge, conhecimento prévio do teor do mail do Morais da Silva. Não foi possível obter um comentário seu em tempo útil. Presume-se que esteja de férias ou ainda não tenha visto a caixa de correio. Recorde-se que o nosso camarada e mui querido amigo Jorge Canhão também conheceu Gadamael, a ferro e fogo, em Junho de 1973.

(***) Vd. poste de 15 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6596: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (VI e última parte)

(****) Último poste desta série > 18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6759: Controvérsias (97): Ainda... muito a tempo (José Belo)

Guiné 63/74 - P6766: (Ex)citações (86): Casei com uma rapariga de Quelimane, por acaso branca (eu acho que nós, portugueses, somos todos mestiços) (Alpoim Calvão)

1. Comentário ao poste P6640 (*), assinado pelo comandante Guilherme de Alpoim Calvão (aqui na na foto à esquerda, entre dois membros da nossa Tabanca Grande, o João Parreira, de costas, e o Mário Dias, de perfil; local e data: Museu Militar, 15 de Abril de 2010, sessão de lançamento do livro do Amadu Djaló):

Caros camaradas de armas, só pó falar do meu caso pessoal mas casei com uma rapariga de Quelimane [, capital da Zambézia, Moçambique], por acaso branca (eu acho que nós, portugueses,  somos todos mestiços) em Março de 1958, tendo eu o posto de segundo tenente. Continuo casado com ela.

As legislações representam por vezes modas de épocas. O que interessa é que se aperfeiçoem.Ou então continuaríamos com os preceitos de tempos idos em que o sargento da companhia devia saber ler e escrever porque o oficial, por ser nobre, podia não saber.

De Bissau vos mando "muito saudar" e mantenhas, Alpoim Calvão (O teclado he para ingles. As minhas desculpas

[Fixação / revisão de texto / título: L.G.] (**)

__________

Notas de L.G.:

(*) 20 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6440: Da Suécia com saudade (23): O estatuto dos Oficiais do Exército há 60 anos, que não podiam casar com mulheres brancas, nascidas nas colónias, mesmo que filhas de casais brancos (José Belo)

(**) Último poste desta série:  15 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6744: (Ex)citações (68): Fomos muito mais bandos de pardais à solta do que colónias de abutres e aves de rapina (António Graça de Abreu)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6567: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (IV Parte)




Guiné > Zona Leste > SEctor L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) > Estrada Xime- Bambadinca > 1969 > O Cap Inf Carlos Alberto Machado Brito, comandante da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71)...

Foto: © Humberto Reis (2006). Direitos reservados





Lisboa> Curso finalista da Escola do Exército (hoje, Academia Militar) do ano de 1955, do qual faziam parte, além do George Freire, de 77 anos de idade, membro da nossa Tabanca Grande, residente nos EUA, antigo comandante da 4ª CCAÇ - Fulacunda, Bissau, Nova Lamego Bedanda, Maio de 1961/ Maio de 1963 - , os seguintes oficiais reformados do exército português: Generais Hugo dos Santos, António Rodrigues Areia, Adelino Coelho e António Caetano; coronéis João Soares, Costa Martinho e Maurício Silva, entre tantos outros.

De acordo com o nosso camarada e amigo Gabriel Gonçalves (ex-1º Cabo Cripto da CCAÇ 12, Bambadinca,  1979/71), o terceiro elemento da foto, a contar da direita (e assinalado por nós com um rectângulo a vermelho), seria o futuro Cap Inf Carlos Brito, hoje coronel, residente em Braga.  Ainda não conseguimos obter a confirmação por parte do autor da foto, George Freire.

Foto: © George Freire / Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados




Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém > Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de Março de 2008)> Visita dos participantes do Simpósio ao Cantanhez > Abílio Delgado, ex-capitão miliciano, comandante da penúltima unidade de quadrícula de Guileje, a CCAÇ 3477, os Gringos de Guileje  (Nov 1971/Dez 1972), que foi substituída pela CCAV 8350, os Piratas de Guileje (Dez 1972/Mai 1973). Foi, aos 21 anos, o mais jovem capitão, miliciano, do Exército Português. Vive na Ericeira.  É membro da nossa Tabanca Grande. Ei-lo aqui fotografado com a estatueta, em metal, da santa protectora dos Gringos de Guileje, encontrada nas escavações arqueológicas do antigo aquartelamento de Guileje, pelo Domingos Fonseca, o técnico da AD que dirigiu os trabalhos de reconstrução de Guileje e que também é membro da nossa Tabanca Grande...


Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
 
 
 
Outro capitão miliciano, o Jorge Picado, natural de Ílhavo, membro da nossa Tabanca Grande (mas temos mais, do Vasco da Gama ao Carlos Nery, a última entrada de um Cap Mil para o nosso blogue...). Eis como o Jorge nos contou a sua história: 
 
(...) Cheguemos então ao CPC/QC que me transformou em Capitão, não de qualquer navio como as dezenas de conterrâneos meus, mas do Exército.


Aquilo porque esperava há mais de um ano, aconteceu nos finais de Junho de 1969, quando recebi a convocatória para “frequentar o CPC/QC-2.º T.º/69, com início em 25/8/69, na EPI, nos termos da nota n.º18211-P.ºHC, de 27/6/69, da 2.ªSec. da RO/DSP/ME”.

Tinha: (i) 32 anos; (ii) cumprido o serviço militar obrigatório há 9; (iii) feito o 5.º ano do ISA [ Instituto Superior de Agromomia] há 10; (iv) sido convocado para prestar novamente serviço militar de 30/8/61 a 6/2/62 e de 18/8/62 a 17/10/62 duas situações que me inutilizaram 2 anos de ensaios de campo necessários para o meu trabalho de final de curso tendo como consequência apenas ter defendido a minha Tese do Final de Curso em Julho de 1963 (então já sem arriscar mais ensaios de campo), quando todos os meus colegas de curso já tinham 1 ou 2 anos de exercício profissional; (v) casado (até este acto esteve quase para ser impedido pela Instituição Militar) há 8; (vi) 4 filhos e (vii) trabalhava na Direcção Geral dos Serviços Agrícolas [DGSA] , mais exactamente com sede em Aveiro. (...)


Fonte: Vd. poste de 28 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3248: Eu, capitão miliciano, me confesso (1): Engenheiro agrónomo, ilhavense, 32 anos, casado, pai de 4 filhos... (Jorge Picado)
Vd. também poste de 9 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2736: Tabanca Grande (60): Jorge Picado, ilhavense, ex- Cap Mil, CCAÇ 2589, CART 2732 e CAOP 1 (1970/72)





















































O autor deste estudo é o Cor Art Ref António Carlos Morais da Silva,  professor do ensino superior universitário, antigo docente da Academia Militar, do Instituto Superior de Gestão e da Universidade Autónoma de Lisboa. É especialista em Investigação Operacional. Também passou pelo TO da Guiné como oficial do QP.

O Morais da Silva teve a gentileza de nos facultar, em pdf e em word, um exemplar do seu estudo, de 30 pp., sobre a "Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate" (Março de 2010), que circulou internamente, na nossa Tabanca Grande, através da nossa rede de emails. Está agora a chegar a um público mais vasto, através do nosso blogue (*).

A existência de um elevado número de gráficos e quadros obrigou-nos a digitalizar todo o relatório que está a ser publicado, no nosso blogue, sob a forma de imagens, por partes. Esta é a IV parte, correspondente às pp. 18-22.

O nosso camarada Jorge Canhão (ex-Fur Mil da 3ª Companhia do BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74) encarregou-se dessa diligente tarefa. Aqui fica a expressão do nosso agradecimento público, pelo empenho e pela competência com que levou a cabo a digitalização do documento, de 30 páginas.

___________

Nota de L.G.:


(*) Vd. postes anteriores da série:

31 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6507: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (I Parte)


6 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6541: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (II Parte)

 8 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6560: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (III Parte)