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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Guiné 63/74 - P2194: Pensamento do dia (13): É na guerra que se revela o pior e o melhor das pessoas (Diana Andringa, Visão, nº 763, de ontem)

"Nas guerras sai o que de pior e melhor existe nas pessoas. É nos extremos que nos revelamos" (Diana Andringa, Visão, nº 763, de hoje)

Em entrevista ao semanário Visão (nº 763, de 18 de Outubro de 2007, p. 156), Diana Andringa, a co-realizadora do filme As Duas Faces da Guerra (a estrear hoje, em Lisboa, no DocLisboa2007), traz algumas reflexões sobre a guerra e os homens que a fazem e sofrem, na sequência da sua experiência com a feitura deste filme (mais de 30 horas de depoimentos filmados em Portugal, Cabo Verde e Guiné).

Essas reflexões, que consideramos de antologia, merecem destaque no nosso blogue:

“Noutros tempos, Diana não tinha grande condescendência para com os soldados portugueses, achavam que eles deviam desertar e pronto, a minha simpatia ia toda para aqueles que lutavam pelo lado certo.

"Com o tempo foi mudando: Aquela pedra [, tumular, encontrada no Geba, em 1995,]aqueles mortos de 20 anos, o medo, o isolamento, a morte do camarada ao lado (...). Os homens da minha geração passaram por este trauma. Não foi o de poder morrer, todos nós sabemos que podemos morrer. Mas nem todos sabemos que podemos matar, violar, torturar, decepar pessoas. Foi uma geração que ficou marcada por isto, e os filhos nunca o entenderam. No meio de todo o horror, houve quem conseguise pôr um travão e nunca perder a humanidade...

O filme de Diana Andringa (portuguesa, de 60 anos, nascida em Angola) e Flora Gomes (guineense, de 57 anos, nascido em Cadique) está construído com base em depoimentos e estórias de um lado e de outro:

Gosto muito de pessoas, gosto muito da voz. Há lá coisa mais bonita do que uma pessoa inteligente a falar ?

Mais logo um pequeno grupo (relativamente privilegiado...) da nossa Tabanca Grande terá a oportunidade de assitir à estreia do filme, na Culturgest, às 23h, bem como de conhecer pessoalmente a Diana.- A ela, ao Flora e à restante equipa que produziu e realizou este documentário, desejamos boa sorte!

AVISO À NAVEGAÇÃO >

Estreia do filme "As Duas Imagens da Guerra", DocLisboa2007, Lisboa, Culturgest, Grande Auditório, 19 de Outubro de 2007, 23h
Amigos e camaradas:

Amigos e camaradas:

Falei há um hora atrás (10.30h da manhã) com a Diana Andringa. Ele disse-me que tinha
enviado um mail a toda a malta da tertúlia, independentemente de querer e poder ou não ver o filme, a dar instruções para levantar o convite. (Ainda não vi o mail).

Junto à bilheteira, estará alguém ligada à produção do filme com os convites. É uma moça, alta, bonita, descontraída, caboverdiana, que se chama Isabel Mendes...

Eu vou com o Humberto Reis, meu vizinho. Devemos lá estar por volta das 22h. Não se esqueçam que o filme começa às 23h. O local é na zona do Campo Pequeno: Culturgest , edifício sede da CGD, entrada pela portaria da R Arco do Cego (estação de metro: Campo Pequeno).

A Diana diz que haverá espaço para trocar impressões. Esperemos que gostem do filme. É um filme-documentário, é cinema, não é reportagem, baseado em 30 horas de depoimentos, de estórias de combatentes dos dois lados, filmados em Portugal, Cabo Verde e Guiné (Bissau, Mansoa, Bafatá e Guileje). A Diana diz que o filme passará na RTP mas ainda não sabe se sairá, comercialmente, em DVD. O orçamento deles (escasso)
está esgotadíssimo. O filme foi feito com uns escassos milhares de contos, sendo financiado pela RTP e pelo INCAM.

Tenho pena que muita malta nossa não possa estar connosco. Quando der na RTP, avisaremos. É pouco provável que passe nas salas comercais... Aí só passam os filmes comerciais, de Hollywood, que não falam de nós... É por isso que são importantes festivais como este, o DocLisboa2007, em que são apresentados 150 filmes (!), do cinema dito documental, e em muitos casos de produtores independentes (dos EUA à
Noruega, de Portugal a Angola)...

Há grandes filmes para ver, e que estão em competição no festival. O "nosso" (vamos torcer por ele) está em competição na categoria "Investigações" (documentários sobre temáticas sociais, políticas, etc.). Junto o programa do DcLisboa2007, para "abrir o apetite"... Até mais logo. Luís

Luís Graça
Telemóvel: 93 281 08 72 / 93 845 5475

___________

Nota de L.G.:

(1) Vd. posts de:

8 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2165: As Duas Faces da Guerra, filme-documentário de Diana Andringa e Flora Gomes, no DocLisboa2007 (18-28 Outubro 2007)

17 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2186: Uma guerra, duas vitórias: entrevista de Diana Andringa à RTP África (Luís Graça)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Guiné 63/74 - P2193: RTP: A Guerra, série documental de Joaquim Furtado (1): 18 episódios, às terças feiras (João Tunes / Luís Graça)

Angola > Luanda > 1961 > Desfile de tropas pára-quedistas na marginal... Cerca de 10 pessoas vieram fugidas do norte, fugindo do terror da UPA.

Fonte: Espaço Etéreo: O Despertar dos Combatentes do Ultramar > Página de © Joaquim Coelho (2004) (com a devida vénia...)


1. Reprodução, com a devida vénia, do texto do nosso camarada e corredor de maratona... bloguística (já vai no 5º ano!) João Tunes > "A não perder", publicado em 15 de Outubro último no seu blogue Água Lisa (6):


Série documental «A Guerra» estreou na RTP1 terça-feira, dia 16 de Outubro (1)


A série documental «A Guerra», realizada por Joaquim Furtado sobre o período da guerra colonial - que [estreou] terça-feira na RTP1 - vai revelar «muita informação nova sobre factos dados hoje como estabelecidos», segundo o jornalista.

O documentário, que percorre de forma cronológica 13 anos de conflitos nas antigas colónias portuguesas, resulta de uma «pesquisa bastante aprofundada com recurso a muitas fontes para dar uma visão global dos acontecimentos», explicou Joaquim Furtado à Agência Lusa.

«Traz novas informações, novas visões sobre algumas verdades oficiais», disse, apontando como exemplos os acontecimentos logo no início da guerra em Angola, e o episódio que ficou conhecido como o «Massacre de Mueda», em Moçambique, onde morreram centenas de pessoas.

Ao longo de oito anos, viu mais de seis mil filmes, oriundos, nomeadamente, dos arquivos da RTP, dos serviços de audiovisuais do Exército, muitos arquivos particulares e realizou cerca de 200 entrevistas a protagoniastas dos vários lados do conflito.

Sublinhou que, apesar de existir um enquadramento histórico do trabalho, a perspectiva da obra é a de um jornalista: «O meu objectivo é poder dar um contributo para os historiadores tratarem este período», assinalou.

«É essencialmente um visão global com as perspectivas de quem viveu este período chamando-lhe guerra colonial, guerra no Ultramar ou guerra da libertação», destrinçou, sobre os vários protagonistas envolvidos.

2. Comentário de L.G.:

Joaquim Furtado baliza a guerra [do ultramar, colonial ou de libertação, conforme as idiossincracias de cada espectador e a a sua posição político-ideológica] entre o 15 de Março de 1963 (início da rebelião da UPA do aristocrático Holden Roberto no norte de Angola) e a última emboscada na Guiné, dois dias depois do 25 de Abril, na região de Canquelifá, que terá feito vítimas de ambos os lados. Enfim, é discutível, mas é uma tentativa de arrumação de um longo período de guerra de guerrilha e contra-guerrilha em três frentes, a milhares de quilómetros da sede do Último Império Colonial...

O que me impressionou - para além do horror da violência primária, primordial e gratuita (só de um lado, ainda não vimos a resposta do terror branco...) - foi sobretudo o cinismo, o autismo, a hipocrisia, a arrogância, para além da incompetência, das autoridades portuguesas, nacionais e locais, para lidar com a trágica situação, e sobretudo para a prevenir...

A 17 de Março há um comunicado governamental referindo "alguns incidentes junto à fronteira" (sic), quando a essa hora já havia centenas e centenas de pessoas chacinadas, civis, homens, mulheres e crianças... Imagens de horror (o Holden Riberto veio dizer, antes de morrer, que a UPA foi completamente ultrapassada pelos acontecimentos...), imagens que correram mundo, captadas pela máquina fotográfica dos primeiros fotojornalistas improvisados (Horácio Caio, Manuel Graça, etc....) e que o salazarismo tão bem soube aproveitar para pôr a marcha a sua máquina da repressão: Para Angola, rapidamente e em força!...

Mas a tropa, metropolitana, só chega um mês e meio depois. Angola fica a milhares de quilómetros de São Bento. O Salazar nunca pôs os pés em África, mas vai fazer dos acontecimentos de 1961 em Angola a sua "muralha de aço", bloqueando todas as soluções políticas para o "problema ultramarino"...

E serão os pára-quedistas os primeiros a morrer mas também a salvar a situação... O que aconteceu nesse mês e meio em que os colonos se auto-armaram e deram uma resposta à sua maneira ? O terror branco não está documentado neste 1º episódio...

Do lado militar português, ouve-se sobretudo o depoimento do Hélio Felgas (que, no meu tempo, é comandante do Agrupamento de Bafatá, antes de cair em desgraça aos olhos do Spínola) e do antigo comandante da base aérea do Negage, Soares Moura... Mais uma vez a força áerea foi a preciosa ajuda que veio do céu, no apoio às aterrorizadas e indefesas populações.

Estranho, por outro lado, que o jornalista não tenha feito logo a pergunta: Why ? Porquê esta rebelião das massas, dos oprimidos e explorados negros da rica região do café ? Como eram as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores negros ? Como se pode explorar e manipular tanto de ódio de classe (mais que racial...) ? Quem eram os brancos (e os seus criados bailundos) que viviam nesta região ? Qual o verdadeiro papel de teóricos da violência anticolonista e revolucionária como Frantz Fanon (2) ? Qual a sua influência em Holden Roberto, que o cita e admira ?

Espero que os próximos episódios tragam mais pistas... e mais dicas. O narrador deveria explicar, pro exemplo, quem era o Frantz Fanon, citado várias vezes pelo Holden Roverto, na sua entrevista, e hioje completamente esquecido... Ora o Frantz Fanon era um intelectual engagé, como estava na moda dizer-e (e menor grau praticar-se), amigo de Jean-Paul Sarte que publicamente defendeu e justificou a violência revolucionária da UPA... Também se poderia dizer algo mais sobre o apoio dos americanos, do Kenedy e dos pastores protestantes à UPA, um movimento, de base originalmente tribal, aparentemente sem ideologia nem estratégia política...

Por outro lado, há o ponto de vista dos colonos brancos e seus aliados, bem como dos rebeldes da UPA/FNLA. Na Net podem encontrar-se alguns testemunhos que completam estes depoimentos dos entrevistados pela equipa de Joaquim Furtado:

Memórias Angola, 1951-1975 > Página de Telémaco A. Pissarro

Frente de Libertação Nacional de Angola (FNLA) > A histórica União das Populações de Angola (UPA)

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Notas dos editores:

(1) Vd. também Diário Digital / Lusa > 15 de Outubro de 2007 > Série documental «A Guerra» estreia terça-feira na RTP1




(2) Frantz Fanon (1925-1961):

nascido na Martinica, escritor, médico psiquiatra, formado em França, e provavelmente o mais influente teórico do anticolonialismo do Séc. XX. Foi militante da FNLA (Frente Nacional de Libertação Argelina). Morreu de leucemia, aos 36 anos.

O seu livro-testamento é Les Damnés de la Terre [Os Condenados da Terra]. Paris: Maspero. 1961. Prefácio de Jean-Paul Sartre. Reedição em 2002: Paris, La Découverte.

Citação de Frantz Fanon: « La violence qui a présidé à l'arrangement du monde colonial, qui a rythmé inlassablement la destruction des formes sociales indigènes, démoli sans restrictions les systèmes de références de l'économie, les modes d'apparence, d'habillement, sera revendiquée et assumée par le colonisé au moment où, décidant d'être l'histoire en actes, la masse colonisée s'engouffrera dans les villes interdites. Faire sauter le monde colonial est désormais une image d'action très claire, très compréhensible et pouvant être reprise par chacun des individus constituant le peuple colonisé. »

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Guiné 63/74 - P2186: Uma guerra, duas vitórias: entrevista de Diana Andringa à RTP África (Luís Graça)

Guiné > Zona Leste > Paunca > Pós 25 de Abril de 1974 > Confraternização entre os guerrilheiros do PAIGC e as NT (CCAÇ 11): vd. post de 30 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1636: Álbum das Glórias (10): Paunca, CCAÇ 11: Com o PAIGC, depois do 25 de Abril de 1974 (J. Casimiro Carvalho)

Fotos: © José Casimiro Carvalho (2007). Direitos reservados.

Texto de L.G.:

Em entrevista à RTP África, hoje, às 14) , a Diana Andringa falou da génese e do conteúdo do filme-documentário “As Duas Faces da Guerra”, realizado por ela e por cineasta guineense Flora Gomes (1).

Os exteriores foram filmados nos três países envolvidos na guerra (Portugal, Guiné-Bissau e Cabo-Verde, sendo os dois últimos antigas colónias portuguesas), se bem que tenha havido combatentes de outros países que também participaram, do lado do PAIGC, na luta de libertação. Foi o caso de Cuba, por exemplo (Oficialmente, Cuba perdeu 9 combatentes durante a guerra de libertação da Guiné, entre 1966 e 1974; em Janeiro de 1966, Amílcar Cabral visitou Cuba, no âmbito da I Conferência Tricontinental, de que foi co-fundador)(2).

Na Giné-Bissau, as filmagens de "As Duas Faces da Guerra" foram feitas em Bissau, Mansoa,Geba, Bafatá, Gabu, Guileje... Na primeira visita que tinha feito à Guiné-Bissau, a Diana Andringa ficou fortemente impressionada com o sentimento geral, recolhido das conversas com os antigos combatentes do PAIGC, de que “nós nunca lutámos contra os portugueses, vocês eram igualmente vítimas do mesmo sistema político que nos oprimia”… Em suma, foi uma guerra que não deixou sentimentos de ódio entre os dois contendores.

Diana Andringa conheceu Flora Gomes, nascido em 1949, em Cadique, quando este estava a realizar “Morte Negra” (o seu primeiro filme, "Motu Nega", 1987). O desejo de fazer um filme sobre a duplicidade daquela guerra, terá nascido quando um dia, em 1995, em Geba, perto de Bafatá, no antigo aquartelamento das tropas portuguesas, descobriu uma pedra, que fazia parte de um monumento funerário, e onde constava o nome de dois soldados, mortos precisamente no dia em que a jornalista e realizadora portuguesa fazia 20 anos, ou seja, em 21 de Agosto de 1967 (3)…

Percebeu depois que as memórias podiam apagar-se nas pedras (ainda para mais na Guiné, em que a natureza rapidamente destrói a obra dos homens), mas que é mais difícil destruí-las na cabeça das pessoas…

Referiu depois alguns pontos fortes do filme, além da fotografia e do som, e do trabalho em equipa: dois soldados portugueses, cujo grupo cai numa emboscada, e que assistem a camaradas feridos, voltam a rever hoje, com lágrimas, a cena de há trinta e tal anos … Pode não haver (nem há) stresse pós-traumático em todos os combatentes, nomeadamente entre os portugueses, mas todos ficaram marcados…

No filme, ouvem-se depoimentos de gente que combateu nos dois lados, portugueses, caboverdianos e guineenses… Os primeiros mais comedidos, os guineenses muito mais espontâneos e soltos, dotados de grande oralidade (“São mesmo grandes contadores de histórias”). E mais uma vez, não há ódio no rosto e no coração dos guineenses entrevistados, mesmo naqueles que foram presos e torturados pelos portugueses…

Diana fala então da duplicidade, das duas faces desta guerra. Aliás, como em todas as guerras. Mas esta termina com 2 vitórias: por um lado, a independência da Guiné-Bissau (já declarada em 24 de Setembro de 1973 em Madina do Boé, e rapidamente reconhecida pela comunidade internacional); por outro, a solução política, que foi o 25 de Abril de 1974.

Hoje os antigos militares portugueses regressam à Guiné-Bissau em roteiro de saudade, também sem ódio, e utilizam os recursos da Internet para reorganizar, escrever e divulgar as suas memórias. Diana deu, como exemplo, “o conhecido blogue de Luís Graça & Camaradas da Guiné”.

Um dos entrevistados no filme é o antigo comandante do COP5, que deu a ordem para abandonar Guileje (4). No filme aparece a esposa de Coutinho e Lima a defender esta difícil e corajosa decisão do marido que permitiu salvar 600 vidas (os homens do PAIGC que cercavam o aquartelamento e a tabanca de Guileje, não tinham outra alternativa senão chacinar toda a gente). Pergunta a esposa de Coutinho e Lima:
- O que vale a Pátria ao lado de 600 vidas que se salvam ?

A música do filme foi criteriosamente escolhida, tendo a selecção incidido em canções que marcaram a época (do lado português, Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso); do lado guineense, temas que inspiravam a guerrilha mas também músicas compostas hoje pelo Flora e o grupo com quem trabalha (O Grupo de Teatro Os Fidalgos, de Bissau) (5).

Diana e Flora quiseram pôr os protagonistas daquela guerra a contar as suas histórias. Diana voltou desta experiência, não com uma mudança de perspectiva (política) da guerra colonial / guerra de libertação – ela que, nascida em Angola, desde sempre se opôs à guerra colonial e admirava Amílcar Cabral – mas com outra noção, outro conceito dos soldados portugueses que rapidamente eram confrontados com a realidade do quotidiano dos povos da Guiné, e compreendiam que aquela terra não podia fazer parte de nenhum glorioso Império Português, do Minho a Timor…

O filme foi “arrancado a ferros” (leia-se: feito com um escasso orçamento), sendo financiado pela RTP e pelo INCAM. Depois da sua estreia em Bissau e em Lisboa (no doclisboa2007, na próxima 6ª feira, dia 19), irá ser exibido na RTP em duas partes (esta inevitável mas lamentável partição é imposta pelos compromissos da programação e publicidade da estação televisão pública).

Diana tem, por fim, uma palavra de grande admiração pelo fundador e líder do PAIGC, de quem diz Manecas dos Santos:
- Amílcar Cabral era insubstituível…

Quem o assassinou (ou mandou assassinar) bem sabia que há homens que são insubstituíveis em certos lugares e tempos da história. Nelson Mandela, Amílcar Cabral…Todos teriam ganho, a Guiné e a própria África hoje seriam seguramente diferentes se ele fosse ainda fosse vivo e tivesse assistido à vitória da luta de libertação (6)…

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Notas de L.G..

(1) Vd. post de 8 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2165: As Duas Faces da Guerra, filme-documentário de Diana Andringa e Flora Gomes, no DocLisboa2007 (18-28 Outubro 2007)

(2) Vd. post de 12 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P956: Antologia (48): Félix Laporta, o primeiro cubano a morrer, num ataque a Beli, em Julho de 1967

(3) Vd. post de 22 de Junho de 2005 > Guiné 69/71 - LXXIII: Antologia (4): 'Homenagem aos mortos que tombaram pela pátria': Geba, 1995 (Diana Andringa)

(4) Vd. post de 27 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2137: Antologia (62): Guileje, 22 de Maio de 1973: Coutinho e Lima, herói ou traidor ? (Eduardo Dâmaso / Luís Graça)

(5) Vd. post de 10 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1831: Macbeth em África ou Namanha Makbunhe no Teatro da Trindade, com os Fidalgos, grupo de teatro de Bissau (Beja Santos)

(6) Vd. post de 12 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1066: Homenagem a Amílcar Cabral, o Inimigo Libertador (João Tunes)

Guiné 63/74 - P2183: Diana Andringa, co-realizadora do filme As Duas Faces da Guerra, cita hoje o nosso blogue na RTP África, às 14h

Lisboa > Março de 2007 > A Ponte 25 de Abril, sobre o Rio Tejo (Ponte Salazar, até ao 25 de Abril de 1974), reflectida sobre a fachada de vidro de um dos edifícios da Administração do Porto de Lisboa. Os mais velhos da geração da guerra colonial viram-na crescer (entre 1962 e 1966), à belíssima ponte, que foi uma das coqueluches da política de obras públicas do Estado Novo; a grande maioria passou debaixo dela, duas vezes, de barco, na viagem para Angola, Moçambique ou Guiné, e depois no regresso à Pátria... O nosso blogue tem a utópica veleidade ou a ambiciosa pretensão de tentar ajudar uma parte dessa geração a reconstituir o puzzle das suas memórias da guerra e da Guiné... (LG).

Foto: © Luís Graça (2007). Direitos reservados.


1. Mensagem da Diana Andringa, co-realizadora do filme As Duas Faces da Guerra, em resposta ao meu mail, em que lhe agradeci a oferta de 15 convites para a sessão de estreia, na Culturgest, edifício-sede da Caixa de Depósitos, Rua do Arco do Cego, no próximo dia 19 de Outubro, às 23 horas, no âmbito do 5º Festival Internacional de Cinema Documental (Lisboa, 18-28 de Outubro), mais conhecido por doclisboa2007 (2):

Terei muito gosto se o Mário Dias quiser ir. Ele respondeu-me muito gentilmente, mas não quis ser filmado. Percebo, mas tive pena.

O Flora não vai estar, está nos Estados Unidos.

Não sei como decorrem as sessões, se há uma introdução, ou uma conversa no fim, mas espero que possamos falar um pouco.

Quanto ao vosso blogue, não há que ser modesto: acho uma das coisas mais importantes feitas em Portugal, em termos de guerra colonial e de memória histórica. Aliás, numa entrevista que a RTP me fez sobre o filme (passa na RTP África, quarta, às 14), fiz-lhe referência.

Abraço,

Diana

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Notas de L.G.:

(1) Teor do meu mail:

É uma grande gentileza e simpatia da sua parte...Claro que aceito [os convites]... Já tenho uns sete ou oito interessados, apesar do dia e da hora não serem os mais convenientes. Tenho inclusive um camarada, o Paulo Santiago, que está a tentar organizar a vida dele para poder vir à estreia do v/ filme... Até lá arranja-se seguramente mais gente, embora os camaradas do Norte já tenha reclamado que também querem ver e discutir o filme (noutra ocasião, seguramente...).

Por mim, por nossa parte, temos feito a nossa divulgação do filme e do doclisboa2007... Se a Diana fizer uma pesquisa no Google, com a palavra chave "doclisboa2007", o nosso blogue aparece logo à cabeça... O que significa que tem alguma audiência (sem faltas modéstias, hoje vamos atingir or 400 mil visionamentos... o que não é nada mau).

Vou-lhe dar o meu telemóvel para o caso de querer combinar alguma coisa comigo: 93 281 08 72 (Luís Graça)... Ou mande-me uma mensagem para o meu telemóvel... Espero poder conhecê-la pessoalmente, antes do filme, e trocar algumas impressões consigo e com os meus camaradas de Guiné... Não sei se o Flora Gomes estará presente...

Também não sei se a Diana tem algum nome, dos membros da nossa tertúlia, a quem
queira enviar um convite em especial (Chegou a contactar o Mário Dias, por causa do episódio, belíssimo, que você queria tratar, o encontro dele com o Domingos Ramos no Xitole, na mata, enfim, a história dos dois amigos da mesma recruta e curso de instrução e que vão ficar em dois campos opostos, um no PAIGC - o guineense Domingos Ramos - e outro nos comandos que ajudou a fundar - o português Mário Dias que foi para a Guiné na adolescência e que sempre se considerou um guineense de coração (2)... Infelizmente, quando você me contactou, eu estava de férias, não lhe pude ser muito útil na tentativa de chegar até ao discretíssimo Mário Dias) ...

Vou reservar os seus 15 convites para os que, logo de início, mostraram interesse e disponibilidade em aparecer...e para os restantes que forem entretanto 'aparecendo', via mail... De qualquer modo, os bilhetes têm um preço acessível (conforme consta no blogue e no mail que acabei de mandar a toda a malta da tertúlia). Boa sorte para a estreia do vosso trabalho no doclisboa2007.

Até 6ª feira. Luís Graça

(2) Vd. posts de:

1 Fevereiro 2006 > Guiné 63/74 - CDXCI: Domingos Ramos, meu camarada e amigo (Mário Dias)

2 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCIII: Domingos Ramos e Mário Dias, a bandeira da amizade (Luís Graça / Mário Dias)

2 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCIV: O segredo do Mário Dias, ex-sargento comando

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Guiné 63/74 - P2170: As Duas Faces da Guerra: Espero ver alguns de vós na estreia do filme em Lisboa (Diana Andringa)

Guiné-Bissau > Guerra de libertação, guerra colonial, guerra do ultramar, o verso e o reverso, ou as duas faces, as múltiplas facetas, de uma dura e terrível realidade, a da guerra de 1963/74 ... O filme-documentário, de 1 hora e 40m, da portuguesa Diana Andringa e do guineense Flora Gomes terá a sua estreia, em Lisboa, no dia 19 de Outubro, 6ª feira, 23h00, no grande auditório da Culturgest, no âmbito do DocLisboa2007 , o 5º Festival Internacional de Cinema Documental (18-28 de Outubro de 2007). Haverá outra exibição, dia 22, 2ª feira, à mesma hora, no Cinema Londres (Sala 1).

Foto: Programa do doclisboa2007: 5º Festival Internacional de Cinema Documental, 18-28 de Outubro de 2007 (com a devida vénia...). Não temos legenda, mas pelo que se depreende da foto três guineenses (entre eles, um militar com galões de coronel) posam, para o fotógrafo, junto ao monumento de uma antiga unidade das NT, a CCAÇ 3, julgo eu... (embora as insígnias sejam de... cavalaria). Divisa: Glória com Valor... A ser o monumento (ou o que resta dele) da CCAÇ 3, a que pertenceu o A. Marques Lopes, a foto terá sido tirada em Barro.


1. Mensagem que o editor do blogue mandou à Diana Andringa:

Cara amiga Diana:

Obrigado pela sua lembrança e gentileza (1). Os meus parabéns pelo filme, parabéns pela sua persistência, empenho e paixão pela Guiné e os guineenses. Ao fim de 40 anos, alguém teria que fazer um filme-documentário sobre as "duas faces da guerra".

Lancei um desafio à malta da nossa tertúlia, para irmos ver o filme em conjunto... Pelo menos os que moram aqui na área da Grande Lisboa... Sei que é a desoras... De qualquer modo fiz a divulgação devida... Mas o nosso blogue está inteiramente disponível para um texto seu ou do Flora... Disponha. Até ao DocLisboa2007 podemos falar muito mais do v/ filme.

Seria interessante também que pudesse ser exibido e discutido em Bissau, no próximo Simpósio Internacional de Guileje (1-8 março de 2008), que está a ser organizado pela AD (2) . Vou contactar o Pepito (3). Sei que o filme vai estrear esta semana em Bissau. Saudações. Luís Graça


2. Resposta da jornalista e realizadora Diana Andringa :


Por enquanto aceito os parabéns pela persistência, pelo filme prefiro esperar que o veja...

Sei que o Pepito (3) já o viu, no Centro Cultural Português em Bissau - onde estreou dia 5 e houve, segundo me disseram, uma enchente, entusiasmo, emoção, palmas, risos, loas, algumas críticas (cada participante tem na cabeça um filme a que o nosso não pode, obviamente, corresponder, acontecerá o mesmo em Lisboa) e onde vai ser repetido hoje - e talvez também em Iemberem, perto de Guilege, para onde um grupo da Fundação Mário Soares, que está a trabalhar com os arquivos guineenses, o levou, e onde foi visto com entusiasmo, apesar de muitos não conseguirem seguir as intervenções em português.

Já escrevi também ao Pepito a dizer que terei muito gosto em que o filme passe na TV comunitária que estão a criar. E claro que, se ele quiser, será com todo o gosto que verei o filme exibido no Simpósio de Guilege.

Tenho pena de não ter podido acompanhar a estreia em Bissau, até porque acredito que o filme será visto de forma diferente na Guiné, em Portugal e em Cabo Verde e, se alguns risos podem ser comuns (nomeadamente nas falas de um dos entrevistados, o "mais velho" Sulei Baldé), a emoção variará, já que, ainda que se não queira, os "nossos" mortos pesam sempre mais que os do adversário.

Aqui, uma antiga aluna minha, que não conhece a história deste tempo, chorou ao ouvir e ver dois soldados contarem a história terrível que viveram com 22 anos. Para vocês, essa história será quase banal, mas recordará outras, próximas. Na Guiné, cada imagem de arquivo é uma galeria de mortos: na luta de libertação ou nos conflitos posteriores.

Espero ver alguns de vós na estreia em Lisboa (4). Mais tarde, se quiserem, poderemos organizar outros visionamentos.

Abraço,

Diana

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Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 8 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2165: As Duas Faces da Guerra, filme-documentário de Diana Andringa e Flora Gomes, no DocLisboa2007 (18-28 Outubro 2007)

(2) Vd. posts de:

6 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2084: Guileje: Simpósio Internacional (1-7 Março de 2008) (1): Uma iniciativa a que se associa, com orgulho, o nosso blogue

7 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2086: Guileje: Simpósio Internacional (1-7 de Março de 2008) (2): Programa provisório

(3) O Pepito já me respondeu:

Luís: Por nós, a visualização do filme durante o Simpósio (2) é uma óptima ideia. Eu gostei muito do filme e da abordagem.

abraço
pepito

(4) Já vários camaradas responderam positivamente ao meu desafio e convite:

Gabriel Gonçalves, Humberto Reis, José Martins, Luis R. Moreira, Mário Fitas... (Cito de cor).

Acho que a melhor data é a da estreia, dia 19, 6ª feira, às 23h. Além disso, o auditório da Culturgest é grande (600/700 lugares), não havendo à partida problemas de lotação esgotada... Oxalá houvesse! Falaremos dos pormenores, através de e-mail.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Guiné 63/74 - P2165: As Duas Faces da Guerra, filme-documentário de Diana Andringa e Flora Gomes, no DocLisboa2007 (18-28 Outubro 2007)

Foto: O Sítio do Sindicato dos Jornalistas (2001) (com a devida vénia...)

1. Mensagem da Diana Andringa (jornalista, portuguesa, n. em Angola, em 1947 )

Luís Graça,

Admitindo que alguns frequentadores do blogue tenham curiosidade em ver este documentário, mas não sejam frequentadores do DocLisboa (1), aqui ficam as informações tiradas do programa do dito (levem a figura de referência à conta dos meus cabelos brancos...).

Abraço,

Diana

Flora Gomes

Foto: Agência Bissau (com a devida vénia...)




2. As Duas Faces da Guerra

19 Out. 23.00 - Culturgest (Grande Auditório)

22 Out. 23.00 - Cinema Londres (Sala 1)

As 2 Faces da Guerra [I] de Diana Andringa e Flora Gomes, 100'

Portugal, 2007.

Diana Andringa, figura de referêcia do jornalismo televisivo português, e Flora Gomes, o mais importante cineasta guinenense (com presença regular em Cannes e Veneza), acordaram fazer um documentário a quatro mãos e duas vozes sobre a guerra colonial.

Luta de libertação para uns, guerra de África para outros, o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é descrito de maneira diferente nos livros de história dos dois países. Mas não são só estas as "duas faces" desta guerra. Para lá do conflito, houve sempre cumplicidades entre as duas partes: "Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo", disse Amílcar Cabral, e a verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC.

Não por acaso, foi na Guiné que ganhou forma o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné e a democracia para Portugal. É esta "aventura a dois" que o filme conta, pelas vozes dos que a viveram.


Fonte: doclisboa2007 (1) (com a devida vénia...)

3. Também o A. Marques Lopes, sempre atento ao que se passa na Guiné-Bissau, mandou-nos a seguinte notícia do portal Notícias Lusófonas, com data de hoje:

«As Duas Faces da Guerra» estreia no Centro Cultural Português [em Bissau]

O filme-documentário "As Duas Faces da Guerra", realizado pela jornalista portuguesa Diana Andringa e pelo cineasta guineense Flora Gomes, estreia sexta-feira no Centro Cultural Português na Guiné-Bissau.

"As Duas Faces da Guerra" foi rodado ao longo de seis semanas e inclui uma série de entrevistas e depoimentos de pessoas que viveram o período da guerra colonial, refere um comunicado da Embaixada de Portugal em Bissau.

Durante seis semanas, os realizadores percorreram as regiões guineenses de Bissau, Mansoa, Geba, Bafatá e Guilege, e estiveram em Cabo Verde e Portugal para recolherem os depoimentos de pessoas que viveram a guerra colonial.

A banda sonora do filme-documentário inclui música portuguesa, guineense e cabo-verdiana da época.

4. Comentário de L.G.:

Felicito os realizadores e faço, aqui, desde já, um convite e um desafio para vermos em conjunto o filme: refiro-me naturalmente a todos os amigos e camaradas da Guiné que residam na área da Grande Lisboa. Vale ?
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Nota de L.G.:

(1) doclisboa2007: 5º Festival Internacional de Cinema Documental, 18-28 de Outubro de 2007

terça-feira, 3 de julho de 2007

Guiné 63/74 - P1915: Próximo documentário de Diana Andringa e Flora Gomes: as Duas Faces da Guerra

1. Mensagem da Diana Andringa, jornalista (aliás, um grande nome do nosso jornalismo, bem como do documentarismo televisivo e cinematográfico), com data de 25 de Maio último:


Luís Graça,

Tenho a máxima admiração pelo seu trabalho bloguístico e fico sensibilizada por terem um texto meu no blogue.

Agora chamar-me Adriana é que não vale(1)!

Chamo-me Diana, como as espingardas de caça e as cadelas perdigueiras.

Espero que tenha paciência para, daqui por uns tempos, ver o documentário que o Flora Gomes (3) e eu estamos a fazer sobre a guerra na Guiné (4).

Abraço,

Diana (e não Adriana!)

2. Comentário de L.G.:


Querida amiga: Mil perdões. Vou corrigir. É um lapsus linguae, quiçá freudiano... Um calamitosa gralha, que acontece até aos melhores... Já lhe pedi desculpas, pessoalmente, por e-mail... Aqui fica tardiamente a ressalva, em público...

Repare que no texto original (publicado na anterior versão no nosso blogue) (1), o seu nome estava correcto... A borrada aconteceu num post mais recente (2), onde há um link para o seu texto...

Continuo a aguardar a sua aparição na nossa Tabanca Grande, desde há dois anos... Eu sei que não precisa de um espaço para escrever, mas há coisas (da Guiné...) que se podem partilhar entre... os amigos e os camaradas da Guiné. Vamos ficar aguardar a exibição, para o grande público, do documentário do Flora Gomes e da Diana Andringa, sobre a Guiné... Diga-nos alguma coisa antecipdamente sobre este novo trabalho. Chegou a contactar o Mário Dias, por causa da estória do Domingos Ramos ?

Fale-nos mais desse seu trabalho: as páginas do nosso blogue também são suas... Mantenhas/ Saudações bloguísticas do Luís Graça & Camaradas da Guiné.

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Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 22 de Junho de 2005 > Guiné 69/71 - LXXIII: Antologia (4): 'Homenagem aos mortos que tombaram pela pátria': Geba, 1995 (Diana Andringa)

(...) "Texto seleccionado e enviado por A. Marques Lopes, ex-alferes miliciano da CART 1690 (Geba, 1967): A jornalista Diana Andringa esteve na Guiné em 1995, em trabalho profissional, e passou por Geba. Sobre essa passagem escreveu no jornal Público, de 10 de Junho de 1995, o texto que vos vou mostrar, com a sua autorização (até me pediu que lhe enviasse o cópia, que já não possui o original). Vai também um croqui do monumento a que ela se refere. Em 1998, quando lá estive também verifiquei que o monoumento estava destruído, com muita pena minha" (...)

(2) Vd. post de 22 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1775: Tabanca Grande (6): Altamiro Claro, ex-Presidente da CM Chaves e ex-Alf Mil Op Especiais da CCAÇ 3548 / BCAÇ 3884

(3) Flora Gomes: o mais conhecido realizador de cinema da Guiné-Bissau, nascido em Cadique, na região Tomboli, em 1949... O seu filme Nha Fala (2002) apresentou-se, entre outras, à 59ª edição do festival de Veneza onde conquistou o prémio Citta Di Roma-Arco Íris Latino. Foi um co-produção entre Portugal, França e Luxemburgo e contou com o apoio do Instituto Camões.

(4) Julgo tratar-se do documentário Duas Faces da Guerra (realização: Diana Andringa/Flora Gomes; produção: Guiné/Portugal - Lisboa Filmes, 2007).