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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24947: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - II (e última) Parte

 

O "Senhor Timor"...  João Crisóstomo, ativista social, cofundador e líder do LAMETA (Luso-American Movement for East- Timor Autodetermination)... Acaba de receber, em Lisboa, no passado dia 11, o Prémio Tágides 2023... Afinal, quem disse que ninguém é profeta na sua terra ? Ele trocou o rincão natal, Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras pela megalópole de Nova Iorque, em 1975...

Foto: João Crisóstomo, Porto das Barcas, Atalaia, Lourinhã, 1 de julho de 2017. Fotografado por Luís Graça.

Prémio Tágides (2023)


Num total de 171 candidatos, João Crisóstomo foi nomeado para a categoria "Portugal no Mundo" (inaugurada nesta 3ª edição, teve 3 fases de seleção, 14 candidatos, três finalistas, 
e o júri foi presidido por Isabel Mota). 

O prémio Tágides, criado em 2021, “pretende identificar, reconhecer, celebrar e premiar projetos, iniciativas ou trabalhos de pessoas que se destaquem na luta contra a corrupção e na promoção da integridade em Portugal”.

A candidatura de João Crisóstomo  foi apresentada por amigos e admiradores luso-americanos. Dos elementos que chegaram às nossas mãos, selecionámos este material informativo com dados biográficos e um resumo das actividades que o nosso camarada tem desenvolvido nos últimos três decénios na defesa de causas nobres, relevantes para Portugal e os portugueses no mundo. Esta é a segunda e última parte (*)

O nosso amigo e camarada João Crisóstomo é membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010, sentando-se à sombra do nosso poilão sob o nº 432 (somos já 881, entre vivos e mortos);  tem 212 referências no nosso blogue; é o régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona;  foi  alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67); vive em Queens, Nova Iorque,  desde 1975, mas vem cá com frequência, ao  seu querido Portugal.  


(...) 3. TIMOR-LESTE – 1998 (vd. Doc 3, 4, 5, 6, 7)

 

 Nos anos 1990, quando nem a política externa portuguesa nem a americana incluiam na sua agenda a independência de Timor Leste, João Crisóstomo e um grupo de amigos criou em 1998, em Nova Iorque, a associação LAMETA (Luso-American Movement for East- Timorese Autodetermination), através da qual apoiou pessoalmente nacionalistas timorenses que visitavam os Estados Unidos e promoveu acções de apoio à independência timorense junto de meios de comunicação social (NY Times, CNN e outros) e de órgãos do poder politico americanos. 

Entre outras iniciativas, organizou uma manifestação pró- independência em frente ao consulado indonésio em Nova Iorque (1999) e, com o apoio de associações luso- americanas e particulares, canalizou uma sucessão de donativos – a aproximar-se dos $200.000 dólares - para associações que no terreno timorense respondiam aos problemas sociais do território que se iria (re)tornar independente em 20 de Maio de 2002.

Graças a diligências suas e de figuras políticas contactadas, o Senado americano aprovou a Resolução 237 de 22 de Maio de 1998 apoiando a realização de um referendo em Timor-Leste. A resolução foi apresentada pelos senadores Feingold, Reed, Moynihan, Kohl, Kennedy, Harkin, e Wellstone.

Descendo a pequenos pormenores, numa altura em que pouco existia em Timor-Leste, e dada a sua proximidade com a causa timorense, chamou a si a tarefa de comprar uns óculos de que urgentemente precisava Taur Matan Ruak, então ligado ao comando da guerrilha nacionalista timorenses e futuro presidente de Timor Leste independente (2012-1017) e primeiro-ministro (2018- 2023). Os óculos, no valor de algumas centenas de dólares, foram comprados numa loja propriedade de Peter Pantoliano, situada na convergência da Niagara St. com a Ferry St. em Newark, NJ.


4. DIA DA CONSCIÊNCIA – 2004, 17 DE JUNHO (Vd. Doc 10)

 

 Desde 2004, tem estado empenhado na declaração mundial do dia 17 de junho como DIA DA CONSCIENCIA

O dia 17 de Junho de 1940 foi a data em que, contrariando as ordens de Lisboa mas obedecendo à sua consciência, Aristides de Sousa Mendes começou a conceder vistos em massa a judeus e a outros refugiados da Segunda Grande Guerra.

O Dia 17 de Junho de 2004 e o “Acto de Consciência” de Aristides de Sousa Mendes de 1940 foram celebrados nesse ano com cerca de oitenta acontecimentos por todo o mundo, com destaque para 34 Missas celebradas com a maior solenidade em 21 países. 

Esta data continuou a ser celebrada nos anos seguintes, alguns deles com grande notoriedade. Em 2010 registaram-se vários acontecimentos e entre eles uma concelebração de quatro cardeais em Roma, que mereceu devida cobertura pela Agência Zenit: “Tribute paid to those who followed conscience”, Rome June 18, 2010 ( Zenit.org).

Semelhantes acontecimentos ocorreram em outros países e no Parlamento do Canadá houve uma moção introduzida pelo legislador luso-americano Mario Silva,  “encouraging all parliamentarians to recognize this devotion to conscience by supporting my notion designate June 17 each year a day of conscience, consistent with the international efforts of João Crisóstomo”.

Na Audiência Geral de 17 de Junho de 2020 o Papa Francisco lembrou o dia: 

“Today is the Day of Conscience, inspired by the witness of the Portuguese diplomat Aristides Sousa Mendes, who around 80 years ago decided to follow his conscience and saved the lives of thousands of Jews and other persecuted people. May freedom of conscience be respected and always and everywhere and may every Christian give the example of the consistency of an upright conscience enlightened by the Word of God”.

Em 2019, a Assembleia Geral da ONU declarou 5 de Abril Dia da Consciência – sem qualquer relação com as acções de Sousa Mendes - decorrendo neste momento diligências para conciliar as datas.


5. ENCERRAMENTO DE CONSULADOS PORTUGUESES -  2006

   Quando em 2006, o governo português decidiu encerrar o Consulado Geral de Portugal em Nova Iorque no âmbito de um programa de reorganização consular que queria implementar em todo o mundo, a acção foi vivamente contestada pela população luso-americana que o consulado servia. 

João Crisóstomo assumiu a liderança do movimento de contestação que, entre outras medidas, incluiu uma manifestação em Mineola, NY, em Janeiro de 2007. 

O Consulado Geral, que contava 45.000 inscritos, acabou por ser transformado num escritório consular e, mais tarde restituido ao seu estatuto anterior. Hoje é chefiado por uma diplomata do quadro a tempo inteiro.


6. LUSO-AMERICANO REFÉM DAS FARC NA COLÔMBIA  - 2008 (Vd. Doc 9)


Em Abril de 2008, as comunidades portuguesas dos Estados Unidos viviam com alguma ansiedade a sorte do luso-americano Marc Gonsalves, desde Fevereiro de 2003 refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). 

Aproveitando-se da visita que o primeiro-ministro português José Sócrates iria efectuar à Venezuela, João Crisóstomo lançou uma accão de mobilização das associações portuguesas, 33 das quais escreveram uma carta ao primeiro-ministro pedindo-lhe diligências a favor do refém luso-americano junto do líder venezuelano, que mantinha bom relacionamento com as FARC. 

“Estas associações de 6 estados norte-americanos, representando milhares de portugueses e luso-americanos, deram o seu apoio imediato a esta diligência que surgiu nos meios associativos portugueses de Newark, NJ, e que eu me limitei a coordenar em obediência a imperativos de consciência, por dever de solidariedade humana e por não desconhecer - como antigo combatente na Guiné - o que serão para um dos nossos - Marc Gonsalves - os horrores do isolamento e as tensões de um clima de guerra” – escreveu João Crisóstomo na carta que endereçou ao primeiro-ministro português.

 Marc Gonsalves e outros reféns foram libertados em 2 de Julho de 2008 na sequência de uma operação das forças militares colombianas sem que fosse necessária a pressão do primeiro-ministro português.


7. UMA ESCOLA CONSTRUÍDA NAS MONTANHAS DE TIMOR-LESTE CO-FINANCIADA E COM PROFESSOR – 2017-2018 (Vd. Doc. 11)


Em Setembro de 2016, João Crisóstomo avistou-se em Nova Iorque com o primeiro-ministro de Timor-Leste Rui Maria Araújo mostrando-lhe documentalmente o que as comunidades luso-americanas tinham feito, quase anonimamente, pela independência de Timor-Leste. 

O chefe do governo timorense confessou que também desconhecia esse esforço, mas encorajou o activista a colocar em livro essa longa jornada que ele dirigira ou encorajara nos anos dificeis que precederam a independência. 

O livro foi impresso em 2017 (“LAMETA, o Desconhecido Contributo das Comunidades Luso- Americanas para a independência de timor-Leste”) e o primeiro-ministro quis que João Crisóstomo o fosse lançar a Dili.

De passagem por Lisboa a caminho de Dili teve oportunidade de conhecer em Portugal o professor Rui Chamusco, natural do Sabugal e ex-professor na Lourinhã, com alguns largos meses passados em Timor-Leste. 

Foi o professor Chamusco que lhe falou dum projecto duma escola nas longínquas montanhas de Liquiçã em cuja construção estavam também dispostos a dar o seu melhor o casal timorense Gloria e Gaspar Sobral.

Conta João Crisóstomo: 

“Quando cheguei a Timor Leste procurei e encontrei o João Moniz (Eustáquio), irmão do Gaspar, que me levou às montanhas de Manati-Boibau, província de Liquiça, onde me aventurei para conhecer o local onde encontrei centenas de "crianças esquecidas" e deparei nesse local com as necessidades e o muito interesse das gentes nas montanhas de Boebau pela construção duma escola. No mesmo momento eu e minha esposa Vilma que tinha vindo connosco a estas montanhas, resolvemos dar um contributo para este projecto para que ele começasse imediatamente e dei conta desta decisão ao Rui Chamusco.”

O resultado foi que passadas duas semanas o local, sob a supervisão do Eustáquio, era já um fervilhar de actividades. A construção da escola tinha começado a todo o vapor.

Em princípios de 2018 a escola era uma realidade. Foi inaugurada no dia 19 de Março com a presença do Embaixador José Pedro Machado Vieira ; Mons Mario Codamo representante do Vaticano em Dili; Dr. Rui Acácio, director da escola portuguesa de Dili e outros que demostrando vontade e inspiradora coragem enfrentaram os difíceis acessos ao local para aí estarem presentes nesse dia.

Apesar de solicitadas, as autoridades portuguesas não dedicaram interesse a este projecto concretizado e os promotores da escola são também os responsáveis financeiros pelo salário do professor, para o qual construiram também uma residência.

A escola é um edifício simples que consta de 3 salas possibilitando o atendimento a 60 crianças, em dois turnos, 30 de manhã e 30 de tarde. A escola mais próxima fica de duas a três horas a pé, para cada lado, e o acesso é por trilhos. Mesmo assim, esta já não pode receber mais crianças do que as que já tem, por falta de condições. 

Estas escolas também ajudarão a dar futuro à língua portuguesa em Timor-Leste ensinando-a aos mais jovens (45% da população timorense tem menos de 50 anos de idade), muito pressionados a trocarem-na pela língua inglesa do seu poderoso vizinho Austrália.

Como acontece tantas vezes na vida das pessoas, João Crisóstomo tem lançado e lutado por estas e por outras causas por imposição da sua consciência cívica e cristã e nunca reivindicou créditos.

Como o seu herói Sousa Mendes, basta-lhe o aplauso da sua consciência.


Anexos:


Doc 3 - Recorte do "Luso-Americano", 10 de setembro de 1999



Doc 4 - Recorte do "Luso-Americano", 23/2/2000



Doc 5 -Recorte de "Luso-Americano", 8/5/2002



Doc 6 - Recorte de "Luso-Amerciano", 12/11/1999



Doc 7 - Recorte de "Luso-Americano", 2/2/2009




Doc 9 -  Recorte do "Luso-Americano", 9 de abril de 2008: Solidariedade com Marc Gonsalves


Doc 10 - Recorte da agência "Lusa", 16/6/2021: Entrevista a João Crisóstomo sobre o Dia da Consciência


Doc 11 - Recorte de "Comunidades", 28 de fevereiro de 2018

(Adaptação, revisão, fixação de texto, links, fotos no texto, negritos: LG)

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Nota do editor LG:

(*) Poste anterior: 

12 de dezembro de 2023: Guiné 61/74 - P24945: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - Parte I

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24945: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - Parte I


João Crisóstomo,  fotografado em 17 de janeiro de 2018, quarta feira, para o jornal Luso-Americano, junto à Sinagoga Luso-Espanhola, de Nova Iorque, por ocasião da homenagem que os Correios de Israel lhe fizeram,  com a emissão de um selo com a sua efígie, na sequência da sua campanha pelo reconhecimento de Aristides Sousa Mendes.

Fonte: Cortesia de Luso-Americano, 19 de janeiro de 2018


Prémio Tágides 2023, na categoria "Portugal no Mundo", atribuído na segunda feira, 11 de dezembro de 2023, na Fundação Calouste Gulkenkian. O Prémio (que tem diversas categorias) é uma iniciativa da associação All4Integrity:  

"A Edição de 2023 pretende dar continuidade à missão desenvolvida nas edições anteriores, com uma renovada vontade de apelar à sociedade civil para que se envolva no combate à corrupção em Portugal."... 

A candidatura de João Crisóstomo  foi apresentada por amigos e admiradores luso-americanos. Dos elementos que chegaram às nossas mãos, selecionámos este material informativo com dados biográficos e um resumo das actividades que o nosso camarada tem desenvolvido nos últimos três decénios na defesa de causas nobres, relevantes para Portugal e os portugueses no mundo.

Recorde-se    que  o nosso amigo e camarada João Crisóstomo é membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010, sentando-se à sombra do nosso poilão sob o nº 432 (somos já 881, entre vivos e mortos);  régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, foi  alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67)] vive em Nova Iorque desde 1975, mas vem cá com frequência à santa terrinha.(E agora passará a vir cá mais vezes, como membro do júri do Prémio Tágides, edição 2024.)


JOÃO CRISÓSTOMO, 

UMA VIDA, MUITAS CAUSAS  


Vilma e João, "just married":  Nova Iorque, 21 de abril de 2o13. 

Para ambos, foi  o segundo casamento. Vilma, de origem eslovena (nascida na antiga Jugoslávia) vivia em França desde 1979. Profissão; enfermeira. O João, nascido em Portugal, Torres Vedras, vive em Nova Iorque desde 1975, exercendo a profissão de mordomo e empresário (*). Reformou-se, entretanto. há  Conhecia a Vilma, de Londres, desde o início dos anos 70. Mas estiveram 40 anos sem saberem do paradeiro um do outro. O casamento, interreligioso, concelebrado com um rabino judeu e um padre católico, teve na altura o devido destaque na coluna social do New York Times e no LusoAmericano. 




Quando em 28 de Abril de 2013, o New York Times dedicou uma das suas páginas ao casamento do activista luso-americano João Crisóstomo com Vilma Kracun não o fez por causa de uma proeminência social de excepção dos noivos mas pela força do importante contributo dado por João Crisóstomo a tantas causas que viu concluídas com grande sucesso. (Doc 1, em anexo).

 Também não passou sem causa o facto de a cerimónia ter sido presidida pelo rabino Elie Abadie.

No último quarto de século, João Crisóstomo não esteve ausente de nenhuma das grandes causas que atrairam o interesse geral das comunidades luso-americanas da costa leste dos Estados Unidos e que, de um modo ou de outro, também se situavam dentro do círculo alargado dos direitos humanos ou dos interesses – declarados ou não - do país onde nasceu, Portugal.

Em resultado da elevada dedicação a causas justas recebeu já as seguintes distinções:

  • 1998 - International Rock Art Congress Award (USA)
  • 2001 - Angelo Roncalli Medal, International Raoul Wallenberg Foundation;
  • 2001 - Outstanding Service to Society Award, Edison State College;
  • 2002 - Visas for Life Award;
  • 2004 - “Aristides Sousa Mendes Medal” da International Raoul Wallenberg Foundation (IRWF);
  • 2005 - Luis Martins de Sousa Dantas Medal, IRWF;
  • 2005 - Recognition Certificate, Government of Canada.

O seu envolvimento cívico tem tido estas etapas principais:


1. GRAVURAS DE FOZCOA – 1995 (Doc. 2)


Mercê dos contactos que soube construir no âmbito da sua actividade profissional de serviços à alta sociedade nova-iorquina (foi despenseiro de milionários da sociedade americana, incluindo Jacqueline Kennedy Onassis), João Crisóstomo foi determinante, através do "Times" de Londres, na internacionalização da questão das gravuras pre- históricas de Foz Coa e na suspensão, em 1995, da construção da barragem que as iria submergir. 

Pôde contactar pessoalmente Rupert Murdoch, durante um acontecimento social em Nova Iorque, e este encaminhou-o para os editores do seu "Times" londrino, começando aí a pressão internacional para salvar as gravuras de Fozcoa.

Hoje, o espaço ocupado pelas gravuras está declarado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade e, como sempre acontece, esquecido o papel inicial de João Crisóstomo.

Ainda no âmbito deste movimento criou em 1995 o “SAVE THE COA SITE MOVEMENT, USA” e promoveu demonstrações em Nova Iorque e sensibilizou diversos meios de informação internacionais e figuras da política e cultura da Europa, nomedamente a Unesco, e dos Estados Unidos obtendo apoio para a salvaguarda das gravuras de Foz Coa através de artigos publicados na imprensa internacional, sendo os seus esforços creditados pelo "Times", de Londres, o "Le Monde" e outros como o coordenador internacional deste movimento.


2. ARISTIDES SOUSA MENDES - 1996

A acção filantrópica de diplomatas portugueses em relação aos judeus residentes na Europa durante a segunda guerra mundial, muito desconhecida nos Estados Unidos, mereceu-lhe atenção desde 1996, causa que conhecera através da advogada  californiana Anne Treseder.

 Mesmo nos meios judeus que contactou, o único que conhecia bem a história do cônsul português em Bordeus era o Nobel e sobrevivente do holocausto Professor Elie Wiesel. 

Depois de se elucidar sobre o assunto, esteve em 1999 directamente envolvido na preparação da exposição aberta na sede da ONU em Nova Iorque em 3 de Abril (data da morte de Sousa Mendes em 1954) de 2000 e que, entre 52 diplomatas de 18 países, referiria o papel desempenhado na concessão de vistos a judeus pelos diplomatas portugueses Aristides de Sousa Mendes, Carlos Almeida Sampaio Garrido, Carlos Teixeira Branquinho e Carvalho da Silva. 

Esta exposição “Visas for Life”, promovida pelo activista judeu Eric Saul e patrocinada por cinco das maiores organizações judaicas nos Estados Unidos, abriu deliberadamente no dia em que passavam 45 anos sobre a morte do diplomata português Aristides de Sousa Mendes que poupou a vida a pelo menos 10 mil judeus incluídos nos 30.000 livres trânsitos passados a partir de Bordéus, onde era cônsul de Portugal durante a segunda guerra mundial. 

A acção de Sousa Mendes seria aquela que lhe mereceria mais atenção. Em 2004, no quinquagésimo aniversário da morte do ex-cônsul português em Bordéus, em colaboração com a Raoul Wallenberg Foundation International, da qual era vice- presidente, esteve na organização de mais de 80 acontecimentos em 22 países.

Assinale-se que, com acções que nunca foram além dos gabinetes e notas diplomáticas, os congressistas americanos Tony Coelho, Barney Frank e outros enviaram carta a Mário Soares em 1 de Agosto de 1986,  pedindo reconhecimento da acção de Sousa Mendes. 

O Portuguese-American Congress od New Jersey promoveu jantar de homenagem a Sousa Mendes no antigo Portuguese Pavilion da Monroe St., Newark, em Maio de 1987. João Crisóstomo, associando-se a organizações judias, elevou o patamar da campanha com acontecimentos na ONU e exposições lembrando a acção do cônsul Sousa Mendes.

Neste âmbito e enquanto o movimento de reconhecimento não se universalizava, João Crisóstomo esteve envolvido em:

  • 1996 (e seguintes): Publicação de vários artigos ( português e inglês) com a finalidade de dar a conhecer e promover o reconhecimento nos USA e no mundo em geral de Aristides de Sousa Mendes:
  • 2000, Abril: Coordenador da exposição “Visas for Life Exhibit” que abriu nas Nações Unidas em 3 Abril de 2000 em honra de Aristides Sousa Mendes; diligências para a inclusão de Aristides Sousa Mendes no filme- documentário “Diplomats for the Damned" do “History Channel”;
  • 2000: Nomeado vice-presidente da International Raoul Wallenberg Foundation;
  • 2000, Setembro: Grande cerimónia na sede do “Permanent Observer of Vatican to UN” em honra de João XXIII, com a presença do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano;
  • 2001: Abril 3: lançamento do livro “A good Man in Evil Times”, na Sede da ICEP, em Nova Iorque; 
  • 2002: April : Museu de Newark, NJ: Sessão em honra de Aristides Sousa Mendes;
  • 2003 Junho 17: diligências para a exibição do filme sobre Aristides Sousa Mendes no National Arts Club “ em Nova Iorque “;
  • 2004, Abril 4: Homenagem a Sousa Mendes com a Exposição In Time of War e palestras , em colaboração com a Câmara de Cascais na Jewish Federation of Greater Metrowest (Whippany, NJ ), na Seton Hall University (West Orange, NJ) e, depois, no Sport Clube Português, em Newark;
  • 2004 Setembro: Primeira intervenção/reparação no telhado da Casa de Aristides Sousa Mendes (juntamente com António Rodrigues, outro antogo mordomo de origem portuguesa) consequente descoberta de muitos documentos aí soterrados desde os tempos em que o consul aí habitava;
  • 2005: Homenagem a Aristides Sousa Mendes no “Museum of Jewish Heritage”, Nova Iorque, com a introdução do “Livro de Registos de Bordéus”, cerimónia que foi motivo de um artigo editorial ( OPED) no New York Times;
  • 2006, Abril 5: Visita de estudo de alunos de várias escolas portuguesas à “Galeria dos Heróis” ( i.e. ASM) do "Museum of Jewish Heritage”;
  • Abril 2006: Exposição e Conferência no Consulado Brasileiro sobre os diplomatas de língua portuguesa: os portugueses Aristides Sousa Mendes, Sampaio Garrido, Branquinho, e os brasileiros Sousa Dantas e Rosa Guimarães;
  • 2007, Fevereiro: Participação, com a inclusão das acções de Aristides Sousa Mendes e Sousa Dantas, na exposição “Diplomats of Mercy” no Holocaust Center, Queensborough Community College ( Bayside, New york);
  • 2007, Abril: Sensibiliza e acompanha familiares de Aristides Sousa Mendes a participar no Boston Festival, organizado naquela cidade pela então cônsul geral de Portugal Manuela Bairos;
  • 2010; participação na criação da Aristides Sousa Mendes Foundation nos Estados Unidos e mais tarde membro da direcção.


SELO HOMENAGEIA CRISÓSTOMO (Doc. 8)


  • 2017, 20 Novembro. Sob proposta da International Raoul Wallenberg Foundation (IRWF), a Autoridade Postal israelita emitiu em 20 de Novembro de 2017 um selo que consagra o papel do activista luso- americano João Crisóstomo na divulgação da acção humanitária do cônsul português em Bordéus Sousa Mendes e outros diplomatas na defesa da vida de refugiados judeus durante a segunda guerra mundial.

A IRWF quis também salientar o contributo do activista para o diálogo inter-religioso na área metropolitana de Nova Iorque.

A emissão é feita em 5 folhas de 12 selos, tendo c
ada um o valor facial de 2.40 NIS (New Israeli Sheqel), o custo de uma carta normal dentro do território israelita. O valor facial de 2.40 NIS corresponde a $0.70 em moeda americana, mas estes selos comemorativos de pequena circulação têm um valor superior no mercado filatélico. 

A International Raoul Wallenberg Foundation é uma organização não governamental que advoga o reconhecimento de todos os que contribuiram para a protecção dos judeus durante a segunda guerra mundial. Foi criada por Baruch Tenembaum e tem escritórios em Nova Iorque, Buenos Aires, Berlim, Roma, Londres, Rio de Janeiro e Jerusalém. 

O nome de João Crisóstomo juntou- se assim ao de outras figuras que o estado de Israel já homenageou com a emissão de selo comemorativo das suas acções de apoio ao povo judeu, sobretudo, durante a segunda guerra mundial. ~

Estão entre essas figuras o Papa João XXIII (quando delegado apostólico em Istambul); Mischa e Knar Aznavour, pais do cantor Charles Asnavour (recolheram judeus vítimas de perseguição nazi); e os diplomatas Raoul Wallenberg (embaixador sueco em Budapeste); Aristides Sousa Mendes (cônsul de Portugal em Bordéus); e Luiz Martins de Sousa Dantas (embaixador brasileiro em França), entre outros.

(Continua)

Anexos:



Doc 1 - Recorte do "New York Times", 26 de abril de 2013 (Notícia  
sobre o seu casamento, em segundas núpcias, 
com Vilma Kracun, em 21/4/2013). 



Doc 2 - Recorte do New York Times, de 27 de dezembro de 1994, 
sobre a o caso de Foz Coa


Doc 8 - Sob proposta da International Raoul Wallenberg Foundation (IRWF), a Autoridade Postal israelita emitiu em 20 de Novembro de 2017 um selo que consagra o papel do activista luso- americano João Crisóstomo na divulgação da acção humanitária do cônsul português em Bordéus Sousa Mendes e outros diplomatas na defesa da vida de refugiados judeus durante a segunda guerra mundial. Graças ao João, temos mais de 3 dezenas de referências no nosso blogue à figura do nosso compatriota. durante muitos anos esquecida (antes e depois do 25 de Abril),  Aristides Sousa Mendes


(Adaptação, revisão, fixação de texto, links, fotos no texto, negritos: LG)

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Nota do editor LG:

(*) Vd. poste de 4 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24915: (In)citações (261): João Crisóstomo, já que chegaste a finalista do Prémio Tágides (edição 2023), na categoria "Iniciativa Portugal no Mundo", esperamos que no dia 11 deste mês, na cerimónia de revelação dos vencedores, os nossos bons irãs estejam contigo e com as causas que tens defendido, com o empenho e a competência também de muita outra gente da diáspora lusófona e de outros cidadãos do mundo

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24915: (In)citações (261): João Crisóstomo, já que chegaste a finalista do Prémio Tágides (edição 2023), na categoria "Iniciativa Portugal no Mundo", esperamos que no dia 11 deste mês, na cerimónia de revelação dos vencedores, os nossos bons irãs estejam contigo e com as causas que tens defendido, com o empenho e a competência também de muita outra gente da diáspora lusófona e de outros cidadãos do mundo


O ativista luso-americano
João Crisóstomo

1. O nosso amigo e camarada João Crisóstomo [membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010, sentando-se à sombra do nosso poilão sob o nº 432 (somos já 881, entre vivos e mortos): régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona; ex-alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67)] vive em Nova Iorque desde 1977, mas vem cá com frequência à santa terrinha.

E todas as vezes que ele cá vem (e vem quase todos os anos),  há sempre alguém, do círculo das nossas relações sociais e de amizade, que nos pergunta, com admiração, estupefecção e incredulidade:

"Mas este país, à beira mar plantado, 
 terra de santos, heróis e comendadores, ainda não reconheceu, publicamente, a ação cívica e o ativismo social deste homem, um dos seus ilustres filhos, 
 lídimo representante da diáspora 
lusitana nos EUA e da lusofonia, que se bateu galhardamente, por exemplo, com outros luso-americanos e outros portugueses, por causas nobres e patrióticas, 
como a salvaguarda da arte rupreste de Foz Coa, 
a autodeterminação de Timor Leste, a reabilitação da memória de Aristides Sousa Mendes ou a libertação do refém luso-americano Marc Gonsalves, detido na Colômbia pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)?!".

2. Temos, desta vez,  uma boa notícia: este ano ele foi nomeado para o Prémio Tágides, e é um dos 3 finalistas para a categoria Iniciativa Portugal no Mundo.

(...) "Criado em 2021, o Prémio Tágides, é promovido anualmente de forma a identificar, reconhecer, celebrar e premiar projetos, trabalhos e/ou iniciativas de pessoas que se destaquem na promoção de uma cultura de integridade e prevenção e luta contra a corrupção em Portugal, em várias áreas da sociedade. É da reconhecida necessidade de envolver a sociedade civil portuguesa na prevenção e combate à corrupção que surge este Prémio." (...)

Na sua 3º edição (2023),  são sete as categorias do Prémio Tágides:
  • Iniciativa Empresarial
  • Iniciativa Jovem
  • Iniciativa Política
  • Iniciativa Loca
  • Iniciativa Portugal no Mundo
  • Projeto de Investigação
  • Projeto da Sociedade Civil
A revelação dos vencedoros de cada uma destas categorias será feita no próximo dia 11 de dezembro, segunda feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em cerimónia que contará com a presença do Presidente da República. Já lhe dissemos pessoalmente, há dias,  o que nos vai no coração:

(...) João, já que chegaste a finalista do Prémio Tágides (edição 2023), na categoria "Iniciativa Portugal no Mundo",  esperamos que no dia 11 deste mês, na cerimónia de revelação dos vencedores,  os nossos bons irãs estejam contigo e com as causas que tens defendido, com o empenho e a competência também de  muita outras  gente da  diáspora lusófona e de outros cidadãos do mundo." (...) (*)

3. Infelizmente o João Crisóstomo não tem conta pessoal nas "redes socais". Na defesa das causas sociais em que se que se envolveu, utilivava o fax e o telefone. E só há relativamente pouco tempo começou a recorrer ao email,  ao PC, ao WhatsApp... 

Mas tem já 210 referências no nosso blogue. Uma vez por outra, é notícia na imprena norte-americana, incluindo o Luso-Americano. Não tendo biografia oficial ou oficiosa, nem entrada na Wikipedia, tem no nosso blogue, no entanto, uma ferramenta onde partilha  as suas memórias da guerra colonial na Guiné (1965/67)  e a sua ação como português da diáspora e cidadão do mundo (vive fesde 1975 nos EUA).

Tê-lo como um dos três finalistas do Prémio Tágides, para a categoria Iniciativa Portugal no Mundo é já, mais do que uma honra, uma prova de gratidão da sociedade civil para com ele e os todos os nossos compariotas da diáspora lusófona que com ele se empenharam em causas nobres que deram maior visibilidade no Mundo a Portugal e aos Portuguese.

Aqui vão alguns tópicos do seu "curricum vitae" abreviado, recolhidos e divulgados no nosso bloguePessoalmente posso testemunhar alguns dos seus traços de personalidade e  caracter: determinação, tenacidade,  coragem, voluntarismo, nobreza, generosidade, fraternidade, solidariedade, ecumenismo, patriotismo, sensibilidade sociocultural, inteligência emocional, gratidão,  amizade, camaradagem.  (**)


Recorte do jornal LusoAlericano, 19 de laneiro de 2018


RTP Notícias > 2 de dezembro de 2023 > Carregal do Sal > Mural, da autoria de um artista lcal, em homenagem ao cônsul de Bordéus, Aristides Sousa Mendes (Cabanas de Viriato,1885 - Lisboa, 1954). A casa onde nasceu, em Cabanas de Viriato, vai transformar-se em Centro de Acolhimento para Refugiados. Fará em breve, a 3 de abril de 2024, 70 anos que morreu o diplomata português que desobedeu a César por amor de Deus e da humanidade. 

Fonte: Fotograma de vídeo da RTP (2023), editado e reproduzido com a devida vénia.

4. João Crisóstomo - Pequena nota biográfica:

Natural de A-dos-Cunhados, Torres Vedras, João Crisóstomo acabou por se tornar cidadão do mundo anos antes de se fixar na metrópole que reinvindica ser a sua capital, a cidade de Nova Iorque.

Depois de passar pela África nos anos 1960 e ganhar uma cruz de guerra de 4ª classe na Guiné-Bissau, como alf mil inf, CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67), trabalhou e estudou em Londres (1968-1969), em Paris (1970), em Ludwigsburg (Estugarda) (1971), antes de frequentar cadeiras de gestão hoteleira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e de trabalhar no Leme Palace Hotel dessa cidade.


Chegou aos Estados Unidos em 1975, exercendo a sua profissão, primeiro, como mordomo de Jacqueline Kennedy Onassis (1975-1979), e, depois, como gerente proprietário do restaurante nova-iorquino Cuisine du Coeur (1979-1982) e, novamente (1982-2015), como despenseiro de diversas famílias da alta sociedade nova-iorquina.


Capa da brochura  de João Crisóstomo - LAMETA - Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor-Leste, edição de autor, Nova Iorque, 2017, 162 pp.


Foi nos salões da alta sociedade onde conquistou a amizade das pessoas que servia e o privilégio de manter a sua amizade e a sua abertura a muitas causas a que já dedicava energia ou a que se iria entregar:

(i) a defesa das gravuras de Foz Coa com o “Save the Coa Site Movement ” (1995);

(ii) a divulgação da acção humanitária, durante a II Guerra Mundial, dos diplomatas portugueses Aristides Sousa Mendes, Carlos Sampaio Garrido e Carlos de Liz Teixeira Branquinho e dos diplomatas brasileiros Sousa Dantas e Rosa Guimarães (1996 e seguintes);

(iii) o lançamento de iniciativas em defesa da independência de Timor-Leste através da LAMETA (1996- 2002);

(iv) diligências públicas em 2008 para a libertação do refém luso-americano Marc Gonsalves, então detido na Colômbia pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), desde 2003;

(v) um movimento comunitário para garantir a continuidade em Nova Iorque do Consulado de Portugal (2007),ameaçado de extinção;

(vi) e outras iniciativas de menor impacto público e mediático.

No percurso, recolheu algum reconhecimento pelas suas acções (lista a título exemlificativo, não exaustiva):

(a) International Rock Art Congress Award (USA), 1998;

(b) Angelo Roncalli Medal, IRWF, 2001;

(c) Outstanding Service to Society Award, Edison State College, 2001;

(d) Visas for Life Award, 2002;

(e) Aristides Sousa Mendes Medal da International Raoul Wallenberg Foundation (IRWF), 2004;

(f) Luis Martins de Sousa Dantas Medal, IRWF, 2005;

(g) Recognition Certificate, Government of Canada, 2005; etc., etc.

Afirma, contudo, que nenhum reconhecimento o marcou tão profundamente como o recebido telefonicamente de Xanana Gusmão na noite de 23 para 24 de Setembro de 1999 - o mês em que o líder timorense saiu da prisão indonésia - a propósito da longa e algumas vezes renhida luta da LAMETA pela independência de Timor-Leste: “Nós estamos muito reconhecidos por tudo quanto fizeram”.

É casado em segundas núpcias com a nossa amiga eslovena Vilma Kracun, enfermeira reformada.


Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma, em festa de família Crispim & Crisóstomo. Ela eslovena, com nacionalidade francesa. Ele português, com dupla nacionalidade, a viver na América desde 1975. Dois cidadãos do mundo, que não páram de nos surpreender. Casaram em segundas núpcias em 2013. Vivem em Queens, Nova Iorque.  

 Foto: © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 20 de novembro de  2023 > Guiné 61/74 - P24869: (In)citações (260): Ainda os Esquecidos. Para o António Silva, Soldado Paraquedista morto em Angola em 1963 (Juvenal Amado)


(**) Vd. também postes (temos 210 no blogue com referências ao João Crisóstomo):

16 de janeiro de 2021  > Guiné 61/74 - P21771: Tabanca da Diáspora Lusófona (14): uma singular história de vida como emigrante: João Crisóstomo, ex-mordomo de Jackie Kennedy Onassis (excerto de reportagem de Henrique Mano, Luso-Americano, dezembro de 2020)


2 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18037: Dossiê LAMETA - Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor-Leste: um documento para a história, um livro do nosso camarada da diáspora, João Crisóstomo (Nova Iorque)... Parte II: Como tudo começou com o autor, com António Rodrigues, com Anne Treserer e outros ativistas luso-ammericanos, em 1996