domingo, 15 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9748: Documentos (22): Análise da situação do inimigo - Acta da reunião de Comandos, realizada em 15 de Maio de 1973 - Parte II (Luís Vaz Gonçalves)


1. O nosso amigo e tertuliano Luís Gonçalves Vaz, filho do Cor Cav CEM Henrique Gonçalves Vaz (último Chefe do Estado-Maior do CTIG - 1973/74), enviou-nos mais uma mensagem dando continuidade ao trabalho documental iniciado no poste P9639, que é a Parte I - Análise da situação do inimigo - Acta da reunião de Comandos, realizada em 15 de Maio de 1973 no Quartel General do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné.

Camarigos:

Aqui vai a PARTE II, sobre a "Reunião de Comandos, realizada em 15 de Maio de 1973"


  PARTE II

Reunião de Comandos, em 15 de Maio de 1973, “Ata da Reunião"


“Em 15 de Maio de 1973, pelas 10H30, no Quartel-general do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné, teve lugar, sob a presidência e mediante convocação do General Comandante-Chefe, General António de Spínola, uma reunião de Comandos na qual participaram os comandantes-adjuntos respectivamente, Comodoro António Horta Galvão de Almeida Brandão, Comandante da Defesa Marítima da Guiné, Brigadeiro Alberto da Silva Banazol, Comandante Territorial Independente da Guiné, Brigadeiro Manuel Leitão Pereira Marques, Comandante-Adjunto Operacional e Coronel Gualdino Moura Pinto, Comandante da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné …”

General Comandante-Chefe, General António de Spínola

“… Dou a palavra ao Comandantes - Adjuntos …”

- Brigadeiro Manuel Leitão Pereira Marques
- Brigadeiro Alberto da Silva Banazol
- Coronel Gualdino Moura Pinto

" E não havendo mais nada a tratar, o General Comandante-chefe encerrou pelas 11h 30 a reunião, que eu Hugo Rodrigues da Silva, Coronel do CEM  e Chefe do -Estado-Maior do Quartel-General do Comando-Chefe, relatei e assino " 

Bissau, 15 de Maio de 1973














(Continua)
Luís Beleza Vaz
(Tabanqueiro 530)
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Nota de MR:

Vd. também a Parte I no poste do mesmo autor em: 

22 DE MARÇO DE 2012 > Guiné 63/74 - P9639: Análise da situação do inimigo - Acta da reunião de Comandos, realizada em 15 de Maio de 1973 (Luís Vaz Gonçalves)


Guiné 63/74 - P9747: Agenda cultural (195): Reportagem do lançamento do livro de Joaquim Mexia Alves, Orando em Verso, ocorrida no dia 14 de Abril de 2012, no Pavilhão do Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande (Miguel Pessoa)

1. Reproduzimos o excelente trabalho de reportagem do nosso camarada Miguel Pessoa, publicado na Tabanca do Centro, dando conta dos momentos mais marcantes da cerimónia de apresentação do livro desse outro nosso grande camarada e amigo, camarigo como ele gosta de dizer, Joaquim Mexia Alves*, "Orando em Verso".

Com a devida vénia ao camarada Miguel Pessoa e à Tabanca do Centro
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 8 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9715: Agenda cultural (194): Lançamento do livro de Joaquim Mexia Alves, Orando em Verso, dia 14 de Abril de 2012, pelas 15 horas no Pavilhão do Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande

Guiné 63/74 - P9746: Parabéns a você (406): António Pimentel, ex-Alf Mil Rec Inf da CCS/BCAÇ 2851 (Guiné, 1968/70)

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 14 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9743: Parabéns a você (405): Luís Faria, ex-Fur Mil da CCAÇ 2791 (Guiné, 1970/72)

sábado, 14 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9745: Memória dos lugares (179): A saudosa Bolama (António Estácio / Patrício Ribeiro)




1. Mensagem do nosso amigo tertuliano António Estácio*, natural da Guiné-Bissau, com data de 11 de Abril de 2012:

Para quem goste de recordar a saudosa cidade de Bolama. Com um grande abraço a esperança de que este trabalho sobre "A saudosa ..." não desaponte muito.

António J. Estácio


A TODOS QUANTOS AMAM BOLAMA



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2. Mensagem de 11 de Abril de 2012 do nosso camarada e amigo tertuliano Patrício Ribeiro, sócio-gerente e Director Ténico da firma IMPAR, Lda., a viver na Guiné-Bissau, depois de receber a mensagem do amigo António Estácio, com o trabalho sobre Bolama, aqui publicado, que circulou pela tertúlia:

Ao António Estácio
Não posso de deixar de fazer o meu comentário ao belo trabalho do António Estácio, sobre a cidade "abandonada" de Bolama.

Nós que por lá andamos em trabalho há muitos anos e para onde enviamos turistas quase todos os fins de semana, tínhamos pouca informação sobre os belos edifícios da cidade.

Esta planta e seus comentários, são muito importantes para quem visita a cidade, ou para quem ajuda na recuperação de alguns equipamentos.

Para vosso conhecimento, quem tem andado a recuperar nos últimos anos alguns edifícios, têm sido as seguintes instituições:

- ONG AIDA Espanha, Edifícios do PRODEPA / Escola de Pescadores;
- Fundação AMI, antiga residência de Funcionários, (junto foto). Esta Fundação há muitos anos que trabalha em Bolama;
- Cooperação Portuguesa, Escola de Formação de Professores, uma Oficina de Língua Portuguesa com Biblioteca, (junto à praça do Ulysses) com uma professora permanente;
- Carlos Lobo está a reparar uma casa de 1º andar na Av. Principal, para a transformar em Hotel;
- A nossa oferta à Cidade de Bolama, foi a reparação dos candeeiros na Praça do Ulysses e que vão trabalhar com energia fotovoltaica, a partir da casa da AMI.

- Junto fotos tiradas em Março de 2012.

1 - Praça da Estátua do Ulysses S. Grant.

2 - Os velhos candeeiros da Praça Ulysses

3 - Candeeiros da Praça do Ulysse, em reparação, oferta à Cidade de Bolama

4 - Casa para equipa Médica da AMI, antiga residência dos Funcionários.

Fotos: © Patrício Ribeiro (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 19 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6432: Tabanca Grande (220): António Estácio, nascido em Bissau, no chão papel, escritor, amigo do Pepito, do Zé Neto, do Mário Dias e do Graça de Abreu, autor de Nha Carlota

Vd. último poste da série de 19 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9625: Memória dos lugares (178): Sobre a ponte da estrada Canchungo - Cacheu, ao Km 6 (Carlos Schwarz/Pepito)

Guiné 63/74 - P9744: Meu pai, meu velho, meu camarada (28): O RI 23, (re)constituído na Ilha de S. Vicente (agosto de 1941/dezembro de 1944): a unidade a que pertenceram Luís Henriques, Ângelo Ferreira Sousa, Porfírio Dias e Armando Lopes (José Martins)

1. Comentário do nosso colaborador permanente José Martins, com data de 11 do corrente, ao poste P4926 (*):


A foto nº 2 [, à esquerda,] tem uma referência, com interrogação, acerca do RI 23.
[Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 2 > Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001), pai do nosso camarada Hélder Sousa, natural de Vale da Pinta, Cartaxo, ex-1º Cabo n.º 816/42/5 da 4ª Companhia do 1º Batalhão de Infantaria do R.I. 23 (?)... Tem a data de 18 de Outubro de 1943 e na legenda refere ser 'recordação de S. Vicente'.]


O RI 23 foi constituído em Cabo Verde, na Ilha de S. Vicente, sob o comando do Brigadeiro Augusto Martins Nogueira Soares (Agosto de 1941 a Dezembro de 1944).


Faziam parte deste regimento:


1 Batalhão do RI 5 (Caldas Raínha)
1 Batalhão do RI 7 (Leiria)
1 Batalhão do RI 15 (Tomar)
Bateria de Artilharia Costa 1
Bateria de Artilharia Costa 2
Bateria Artilharia Contra Aeronaves 9,4 cm
Bateria Artilharia Contra Aeronaves 4 cm
Bateria de Referenciação, a 2 Divisões
2ª Companhia de Sapadores Mineiros do Regimento de Engenharia 2


Mais os seguintes serviços de apoio:


Parque de Engenharia
Secção de Padaria
Depósito de Subsistências e Material
Laboratório de Análise de Águas
Hospital Militar Principal de Cabo Verde
Depósito Sanitário
Tribunal Militar


Ab
José Martins


2. Comentário do editor:


A origem do RI 23 remonta à epoca da Restauração (1641). A designação de RI 23 data de 1806. Notabilizou-se na luta contra as tropas napoleónicas (por ex., defesa de Almeida e  batalha do Buçaco, 1810). Ao RI 23, (re)constituído na Ilha de São Vicente, Cabo Verde, durante a II Guerra Mundial, pertenceram os "nossos camaradas" Luís Henriques (1920-2012) (pai do Luís Graça), Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001) (pai do Hélder Sousa), Porfírio Dias (1919-1988) (pai do Luís Dias) e Armando Lopes (felizmente ainda vivo) (pai do Nelson Herbert). (**)

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Guiné 63/74 - P9743: Parabéns a você (405): Luís Faria, ex-Fur Mil da CCAÇ 2791 (Guiné, 1970/72)

Para aceder aos postes do camarada Luís Faria, clicar aqui
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 11 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9730: Parabéns a você (404): Jorge Félix, ex-Alf Mil Pilav (Alouette III); Jorge Picado, ex-Cap Mil (BCAÇ 2885 e CAOP 1) e Manuel Marinho, ex-1.º Cabo (1.ª CCAÇ/BCAÇ 4512)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9742: Notas de leitura (350): A Guiné vista pela Agência-Geral do Ultramar em 1967 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 5 de Março de 2012:

Queridos amigos,
Obtive este prospeto em Lisboa, aí por Maio ou Junho de 1968. Palavra que procurei acreditar em tudo quanto li, embora à partida me tenha feito uma certa confusão só ver imagens de Bissau. Depois, no Leste, vi o mapa e confrontei-o com a realidade do tempo, aquela Guiné era inverosímil, deslocada da realidade e muito antes de ter eclodido a luta armada. Ainda hoje estou para saber o que se pretendia do público oferecendo a imagem de uma região fora do tempo.

Vou pedir ao Carlos Vinhal, com as suas artes, que mostre a Guiné de 1967 concebida pela Agência-Geral do Ultramar.

Um abraço do
Mário


A Guiné vista pela Agência-Geral do Ultramar em 1967

Beja Santos

“Quem procura sempre alcança”, lembrava-me deste prospeto da Agência-Geral do Ultramar, era oferecido nos serviços do SNI, nos Restauradores, foi aqui que eu o obtive, seguiu comigo para a Guiné e ardeu na flagelação de Missirá de 19 de Março de 1969. Já na altura era motivo de galhofa, tal o irrealismo de pôr nas mãos do público um documento desfasado da vida da Guiné atual. Compreende-se que por razões ideológicas não se quisesse falar da guerra, eram só ações de polícia, bandos vindos do exterior, etc. Mas, a quem é que a Agência-Geral do Ultramar queria seduzir?

Os dados históricos são irrepreensíveis… só que ficam ao nível da pacificação, anos 30 do século XX, parece que não havia História mais recente, depois dos Descobrimentos do século XV, da exploração do monopólio real por Fernão Gomes, da capitania-mor do Cacheu, da capitania-mor de Bissau, do governador Honório Pereira Barreto, da sentença arbitral do presidente dos Estados Unidos Ulisses Grant, em que se reconheceu a Portugal o direito à ilha de Bolama, o último facto relevante parece ter sido a autonomia administrativa dada à Guiné, em 1879, em que se nomeou governador o coronel Agostinho Coelho. A partir daí só se fica a saber que “a província da Guiné começou a caminhar num passo firme e seguro para um progresso que é hoje uma realidade incontestável”.

Vejam-se as comunicações: o porto de Binta é o segundo da província em movimento. Tínhamos nesse ano uma rede de estradas com uma extensão total superior a 3 mil quilómetros e mais: “São muito numerosas as carreiras de autocarros entre diversas localidades da província”. Todas as fotografias do prospeto têm a ver com Bissau: monumento ao “Esforço da Raça”, edifício do Centro de Estudos da Guiné Portuguesa, monumento a Nuno Tristão, Palácio do Governo, pormenor da Avenida Marginal, instalações da Associação Comercial, Industrial e Agrícola, Hospital Central de Bissau, há até mesmo um trecho do coqueiral de Santa Luzia.

Vejamos agora o mapa na escala de 1:1 000 000 e convém não esquecer que o ano é 1967. Do outro lado de Bambadinca temos Sinchã Corubal, ao tempo terra de ninguém, com trilhos percorridos pelas populações de Madina, não há uma só referência a Geba, Fá Mandinga, não existe o regulado de Joladu, Badora, Mansomine. Só lamento não saber digitalizar todo o mapa, vou pedir tal generosidade ao Carlos Vinhal, hoje só vai meia Guiné, território suficiente para quem ali andou, do Sul ao Centro-Leste se rever com a Guiné daquele tempo.

E fica uma última questão, certamente irrespondível: a quem servia o irrealismo, a camuflagem, o anacronismo?

 Clicar na imagem para ampliar
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9719: Notas de leitura (349): Os Últimos Governadores do Império, coordenação de Paradela de Abreu (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P9741: Memória dos lugares (180): O Xime, em cinemascope, do meu tempo (António Vaz, comandante da CART 1746, 1968/69)



1. Mensagem do nosso camarada, e novo membro da nossa Tabanca Grande, António Vaz, ex-Cap Mil da CART 1746 (Bissorã e Xime, 1967/69), que esperamos rever em Monte Real, no próximo dia 21, no nosso VII Encontro Nacional:

Data: 2 de Abril de 2012 00:26
Assunto: Foto


Olá,  camaradas!

Como agradecimento pelas fotos do Xime,  recuperadas e republicadas por  minha causa - Luis Graça  dixit -, aqui vai uma em " cinemascope e  colorizada " do Xime que conheci em 68 e meio 69.

Um abraço do António Vaz

2.  O António Vaz mandou-nos ontem os seus elementos de identificação que estavam em falta (incluindo as duas fotos regimentais):

Aqui vai o meu perfil e as fotos da praxe para o arquivo do Blogue:


Nome completo ANTONIO GABRIEL RODRIGUES VAZ (abreviadamente António Vaz)
Natural de Lisboa
Data do nascimento: 29 de Maio de 1936
Morada:  [...] Lisboa
Telemóvel: [...]
 
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Nota do editor:


Último poste da série >  31 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9688: Memória dos lugares (179): Gã Dembel ou Gandembel das morteiradas... (José Teixeira, CCAÇ 2317, 1968/70)

Guiné 63/74 - P9740: Memórias da CCAÇ 798 (Manuel Vaz) (8): Uma perspectiva a partir de Gadamael Porto - 65/67 - VII Parte - Evolução da situação militar - Anexos I, II e III



1. Em mensagem do dia 7 de Abril de 2012, o nosso camarada Manuel Vaz (ex-Alf Mil da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67), enviou-nos os anexos I, II e III referentes à VII Parte das Memórias da sua Companhia.






MEMÓRIAS DA CCAÇ 798 (8)

De 63 a 73, uma década de Guerra na Fronteira Sul da Guiné

Uma Perspectiva a Partir de Gadamael Porto - 65/67 (VII Parte) Anexos I, II e III



O Diagrama anterior evidencia a sequência da ocupação de toda a Fronteira Sul pelas NT, onde Guileje aparece em último lugar. Se esta sequência manifesta o grau de prioridade, teremos de concluir que, nessa altura, a zona de Guileje não era prioritária. Só muito mais tarde a CCAÇ 726 (28/10/64) se instalou em Guileje, 17 meses depois da CCAÇ 273 ter chegado a Cacine. (15/MAI/63).

Mas mudam-se os tempos e alteram-se as situações e as estratégias, o que levou o Gen. Spínola a extinguir Sangonhá/Cacoca (29/JUL/68), Gandembel/Balana e Mejo (28/JAN/69) e mais tarde Ganturé (13/MAI/70). Guileje retirou (22/MAI/73) para Gadamael.

É oportuno referir que o Pelotão que ocupou Guileje (04/FEV/64) era da CART 495, sediada em Aldeia Formosa, o que reforça a ideia de que, inicialmente, a zona não era nem perigosa nem prioritária. Mas o “Corredor da Morte” começou nesta altura e aqui.

FONTES: Vários, in Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné



O Cronograma anterior apresenta todas a Companhias que fizeram parte da guarnição de Gadamael de 63 a 74, respeitando a sequência e a titularidade da sua presença no Setor.

Critérios:
1 – Dada a existência de sobreposição, a data que consta no Cronograma, refere-se à chegada da Companhia que rende, a menos que esta não seja conhecida. Neste caso, indicou-se a data da partida da Companhia rendida.
2 – Havendo discordância de datas, optou-se por aquela que parecia mais provável, quanto à origem da fonte e/ou quanto ao contexto da informação.

Fontes:
Principal – Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, particularmente através dos contributos de Luís Graça e Daniel Matos em P 7186 e Luís Graça em P7156.
Secundária - Batalha de Gadamael, ULTIMA MISSÃO de José Moura Calheiros De Recurso – E. M. E.- RESENHA HISTORICO-MILITAR DAS CAMPANHAS DE ÁFRICA – Fichas das Unidades, 7º Vol. Tomo II (61 – 74)

Nota a) - Refere-se à CCAÇ 8350, após a retirada de Guileje.


Notas: 
1 – A representação do Armamento apresenta algumas descontinuidades resultantes da falta de elementos, o que não condiciona a perceção da tendência da situação. Lembro que, das Companhias que constituíram a Guarnição de Gadamael Porto, de DEZ/73 a JUL/74, ¼ não estão representadas no Blogue, o que dificulta ou mesmo impede, a recolha de elementos e os contactos para a sua obtenção. 
2 – A deslocação de subunidades em reforço, não foi tida em conta na elaboração do Diagrama, a não ser, quando a sua presença assumiu um caráter permanente. 
3 – Note-se que até 13/MAI/70, data o abandono de Ganturé, o Armamento do Setor estava distribuído por dois Aquartelamentos.

O Diagrama dá uma visão geral do que foi o reforço em Pessoal e Armamento, em Gadamael Porto de 63 a 74, mas admite outras leituras importantes: - Sublinho, em primeiro lugar, os anos charneira de 68/70 a que corresponde a concentração da população vinda de Sangonhá, Cacoca e Ganturé e consequente dilatação do Setor operacional para Sul. A esta alteração, por si só considerável, acresce um aumento da atividade do PAIGC, em certos períodos, o que determina um aumento do apoio de fogos. Finalmente, a necessidade de defender, a “todo o custo” Gadamael Porto em 73/74, também está bem documentada no Diagrama, através do reforço do Pessoal e Armamento.

Claro que não se pode comparar o que não é comparável, mas a tentação é grande, de comparar os efetivos e o apoio de fogos concentrados em Gadamael Porto em 73/74, com a possibilidade de dispersão dos mesmos, distribuídos por vários Aquartelamentos ao longo da Fronteira Sul. Por outro lado, pode ainda colocar-se a questão de saber se a concentração de efetivos, em Gadamael Porto, cerca de 600, não pode reeditar uma situação de risco, perante um novo ataque de Artilharia do PAIGC, à semelhança do que aconteceu em MAI/JUN/73. Questão complementar da anterior, é saber até que ponto a impreparação das defesas do Aquartelamento foi resolvida de maneira a resistir à artilharia do PAIGC.

A resposta a estas questões, embora pertinente, implica um outro tipo de análise que vai muito para além do âmbito deste anexo, mas haverá com certeza, na tertúlia, quem tenha respostas esclarecidas sobre estes assuntos.

Fontes:
Principal – Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, através das Apresentações, Comentários e Correções.
Secundária - Batalha de Gadamael, ULTIMA MISSÃO de José Moura Calheiros.
Outras Fontes:
1 – A necessidade de elementos concretos para a elaboração deste Diagrama obrigou ao contacto direto de vários camaradas que fazem parte da Tertúlia, constituindo assim fontes adicionais que passo a identificar: Ex. Fur. Mil. Luis Guerreiro; Ex. Alf. Mil. Vasco Pires; Cor. na reserva Morais e Silva; Ex. Alf. Mil. José Gonçalves.
2 – A recolha de elementos excedeu mesmo os contatos existentes no Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, pelo que houve necessidade de recorrer a outras fontes que passo a identificar: Ex Militar Manuel Teixeira da CCAÇ 3518; Ex 1º Cabo Mecan. Artur Machado do Pel. FOX 3515; Ex. Alf. Mil. Lopes Monteiro da CCAÇ 3518.

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 7 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9577: Memórias da CCAÇ 798 (Manuel Vaz) (7): Uma perspectiva a partir de Gadamael Porto - 65/67 - VII Parte - Evolução da situação militar

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9739: Estórias avulsas (60): “Estórias lá para a banda de Bedanda” (Luís Gonçalves Vaz/Mário de Azevedo)



1. O nosso amigo Luís Gonçalves Vaz (foto do lado direito), membro da Tabanca Grande e filho do Cor Cav CEM Henrique Gonçalves Vaz (último Chefe do Estado-Maior do CTIG - 1973/74), enviou-nos a seguinte mensagem, apresentando-nos o seu primo Mário José Lopes de Azevedo, que foi Furriel  Miliciano de Artilharia da CCAÇ 6, BEDANDA, 1970/72.



A famosa e feliz foto do ex-Alf Mil Médico Amaral Bernardo: a saída do obus 14, de noite. "Foi tirada com a máquina rente ao chão. Bedanda tinha três. Uma arma demolidora. Um “supositório” de 50 quilos lançado a 14 km de distância... 



  3 fotos do álbum de memórias do Mário de Azevedo 

Camarigos,

Ontem passei o dia, perto de Ponte de Lima, num lugar espectacular, em casa do meu primo Mário Zé. 

Sabem quem é? 

É mais um ex-combatente que esteve na Guiné a “fazer a guerra”, o Mário José Lopes de Azevedo, Ex-FURRIEL MILICIANO na CCAÇ6 em BEDANDA de 70/72

Eu já sabia há muito tempo que ele tinha combatido na guerra da Guiné, antes de eu lá ter estado, mas desta vez, contou-me inúmeras histórias, nomeadamente do muito fogo que fez, como artilheiro com o seu obus 14, para apoiar “respostas” a ataques do IN, a diversos aquartelamentos da Zona. 

Desafiei-o a realizar um “Artigo” para o nosso blog, e ele prometeu-me que iria pensar nisso. Mas das “estórias” que me contou ontem, aquela que me ficou na “retina”, envolve-o a ele e um outro militar, de apelido já não me recordo. 

Vou aqui apenas citar a sua parte final, numa bela noite em plena época seca (penso que era uma noite…) e numa amena cavaqueira, um grupo de militares de Bedanda, alguns com grande responsabilidade no aquartelamento, estavam a beber cerveja muito calmamente, quando de repente… se inicia um forte ataque ao aquartelamento, em que o Furriel Mário Azevedo (por sorte ou azar…), caiu no mesmo abrigo que um outro militar, que por ironia do destino seria seu superior, e este último com um ar natural, ordenou ao furriel Azevedo: 

“Então furriel Azevedo, não vai para junto do seu obus? (as explosões sucediam-se…).

O furriel Mário Azevedo respondeu também naturalmente: 

“Eu vou já meu … (já não me lembro do posto desse militar!)… se vier comigo até lá…”, pois ainda eram uns 150 metros até o obus 14 cm do furriel Mário Azevedo… 

Parece que ficaram os dois, no mesmo abrigo, até a “coisa” acalmar… E felizmente, segundo me contou o ex-furriel Mário de Azevedo, não houve vítimas a registar. 

Na altura deste pequeno episódio, a Companhia de Caçadores 6 (CCAÇ 6) era então comandada pelo jovem Capitão de Cavalaria, Carlos Ayala Botto, futuro ajudante de campo do General Spínola. 


Fotografia tirada no bar do aquartelamento de Bedanda", o Furriel Artilheiro, Mário Azevedo é o de óculos, ao lado direito do alferes médico Mário Bravo. Em primeiro plano, do lado direito, o furriel miliciano Pires. Ao lado direito do Mário de Azevedo é o Furriel Monteiro.
  
Mas o grande objetivo deste artigo/mensagem, é em nome deste ex-combatente, o furriel artilheiro Azevedo, mandar um grande abraço para todos aqueles, que com ele conviveram, em Bedanda, entre o mês de Junho de 1970 e o mês de Julho de 1972, especialmente os seguintes furriéis: 

Furriel Mil Pereira (Artilheiro) de Tomar
Furriel Mil Domingos (Artilheiro) de Gaia
Furriel Mil Ribeiro (Atirador) de Guimarães
Furriel Mil Revés (Amanuense) do Algarve
Furriel Mil Carvalho (Atirador) de Famalicão
Furriel Mil Azeredo (Atirador) do Porto
Furriel Mil Magalhães (Atirador) de Barcelos
Furriel Mil Pires (o da fotografia do lado direito)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72>  O Alf Mil Médico  Mário Bravo, entre os furriéis da companhia, estando ao seu lado direito, o Furriel Artilheiro, Mário de Azevedo. O militar da viola é o Cabeças, e o furriel ao lado do Mário de Azevedo é o Monteiro. É nítida a boa disposição, a boa música e um bom uísque. Segundo dados recolhidos no nosso Blog, O alferes médico, Mário Bravo não terá estado mais do que 4 meses em Bedanda (entre Dezembro de 1971 e Março de 1972, com algumas saídas, pelo meio, até Guileje, Gadamael e Cacine).

Brevemente teremos um artigo do Mário de Azevedo de Braga, pois eu vou lembrando-lhe…

Forte Abraço:
Luís Gonçalves Vaz
(Tabanqueiro 530) 

Fotos 2, 3 e 4: © Mário de Azevedo (2011). Direitos reservados.

Nota: As fotografias 5 e 6 foram retiradas do nosso Blogue.
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Notas de MR:


O nosso Amigo e Camarada Mário Azevedo é mais um elemento da CCAÇ 6, a dar sinais de vida e das suas memórias, juntando-se a vários Camaradas daquela unidade que, ao longo da vida do blogue, aqui têm vindo prestar os seus depoimentos e expor as suas fotos, de que momento me consigo lembrar: 

Hugo Moura Ferreira, ex-Alf Mil At Inf, 1966/68
Artur Ferreira, ex-1º Cabo Enf, 1968/70
Carlos Ayala Botto, (Cor Cav, situação de reforma, Cmdt da CCAÇ 6), 1970/72.
José Figueiral, ex-Alf Mil, 1970/72
Mário Bravo, Alf Mil Médico, 1971/72
Pinto Carvalho, ex-Alf Mil, 1971/72
Carlos Azevedo, ex-1.º Cabo, 1971/72,
António Teixeira, ex-Alf Mil, 1971/73
Vasco Santos, ex-1º Cabo Op Cripto, 1972/73

Em nome do Luís Graça e demais Camaradas desta já imensa tertúlia, apresento ao Mário José Lopes de Azevedo os nossos melhores votos de boas vindas e estadia entre nós, aproveitando para lhe recordar, também eu, que ficamos à espera das suas histórias e das fotos que adivinhamos ainda ter no seu espólio.

(*) Vd. também desta série o poste:


Guiné 63/74 – P9738: Convívios (414): XXIV Almoço do Pessoal do BCAÇ 2884, dia 26 de Maio de 2012 em Fátima (José Firmino)

 

1. Por intermédio do nosso camarada Sousa de Castro, o José Rodrigues Firmino (Ex-Soldado Atirador da Companhia de Caçadores 2585/BCAÇ 2884 Jolmete, Guiné, 1969/1971) pede que seja publicitado o Almoço/Convívio do BCAÇ 2884 a ter lugar em Fátima no dia 26 de Maio de 2012.



 
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 11 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9734: Convívios (334): 29.º Encontro do Pessoal do BENG 447, dia 5 de Maio de 2012 nas Caldas da Rainha e 33.º Almoço do Pessoal da CCAÇ 1911, dia 5 de Maio de 2012 na Mealhada (Lima Ferreira / Fernandino Vigário)

Guiné 63/74 - P9737: Um Professor na guerra (Manuel Joaquim) (4): Mansabá, solene inauguração

1. Foi com esta mensagem de 28 de Março de 2012 que o nosso camarada Manuel Joaquim (ex-Fur Mil de Armas Pesadas da CCAÇ 1419, Bissau, Bissorã e Mansabá, 1965/67) nos apresentou o seu trabalho de que hoje terminamos a sua apresentação:

Meus caros Luís, Carlos e Eduardo:
Durante a minha vida militar na Guiné, tirando os quatro meses iniciais, sempre dei aulas, melhor dizendo, fiz alfabetização. Guardei sempre uma parte do meu tempo livre para proporcionar a muitos soldados a obtenção da quarta classe e, nos últimos quatro meses, trabalhei a tempo inteiro com soldados e com crianças. A minha "guerra" foi sublimada com este meu trabalho de que me orgulho e ao qual me dediquei. Talvez ingenuamente foi a procura dessa sublimação o que sempre me conduziu na minha atividade como combatente. Precisei desse objetivo mesmo sem saber ou pouco me importar qual o resultado final.

Titulei este trabalho com "Um professor na guerra". Professor e combatente fui de certeza. O título está para o"frouxo". Arranjam-me um melhor para este relato? Vai dividido em quatro partes. Se acharem por bem publicar é possível que prefiram uma outra divisão. Fica ao vosso critério.

Manuel Joaquim


UM PROFESSOR NA GUERRA

IV - Solene inauguração

Continuando a falar da nova escola de Mansabá passo por cima da sua óbvia atividade que é o ensino o qual, neste caso e de minha responsabilidade, não passou da iniciação na língua portuguesa e na matemática. É que, poucos dias após a sua inauguração, o meu Bcaç 1857 saiu de Mansabá a caminho de Bissau, em fim de comissão.

Logo em janeiro no início das aulas, debaixo do frondoso mangueiro, comecei a pensar no que as crianças poderiam oferecer aos visitantes da sua escola, no dia da sua inauguração, para além de cantarem o Hino Nacional, tarefa de que me incumbiram e eu garanti cumprir. A primeira ideia que me surgiu foi a de elas se apresentarem com canções populares locais. Ainda começámos a ensaiar uma, por sinal muito bonita, mas numa noite de insónia veio-me à ideia ensinar-lhes canções populares portuguesas. Percebi de imediato que, se o conseguisse fazer, a coisa iria funcionar como uma maravilha para as “chefias”! Ratice!

Se rápido o pensei, mais depressa pus mãos à obra, melhor dizendo, memórias e gargantas a funcionar! Sentia ser esta uma tarefa muito difícil para a miudagem, por não saberem falar português, mas dois meses dariam para memorizar duas canções. E, com esta ideia, comecei a ensaiar o “Malhão” aproveitando uns vinte minutos diários, no final das aulas de cada dia. Fiquei espantado com a rapidez com que aprenderam a música (lalalá lá lá). Mas a letra estava mais difícil, havia dificuldade na sonorização de certas sílabas, a coisa não estava a ser fácil. Da minha parte, alguma experiência nesta área ajudou-me a obter bons resultados. Tinha coro infantil!

Perante este resultado fiquei tão entusiasmado que lancei a canção “Ó Rosa arredonda a saia”. Que problema para conseguirem dizer/cantar “órrosárredondássaia”! Mas conseguiram! Como o conseguiram com a “Tia Anica de Loulé”! O que é certo é que , em dois meses de ensaios, as canções estavam que se “podiam” ouvir. “Sabiam-me” musicalmente melhor do que quando cantadas pelos meus alunos na metrópole, devido à expressão mais sonora das palavras, com as sílabas muito mais abertas. Esta vocalização foi precisa para aquelas maravilhosas crianças apreenderem os sons de todas as sílabas (não esquecer que estavam a começar a aprender português e muitas daquelas palavras eram para elas como é o chinês para mim!).

E vamos agora ao Hino Nacional. Aqui é que foi o busílis! Enquanto que nas canções infantis eu lá lhes conseguia explicar o sentido das palavras e das frases, nos versos do Hino a explicação era impossível! (Quando ouço alguém a tentar cantar em inglês sem saber uma palavra desta língua, lembro-me sempre dos meus alunos de Mansabá a cantarem “A Portuguesa”!) Imaginem-se a explicar-lhes o que são “heróis do mar”, “nobre povo”, “esplendor de Portugal”, “brumas da memória”, “egrégios avós”, etc.

Pois é, não percebiam nada do que estavam a cantar mas memorizaram aquela caterva de sons alinhadinhos que até parecia que sabiam o que estavam a dizer!: “Irós di má ...nó...bipô ô ô naçãvalen...ti...mutá”, etc. etc.

Chegou o grande dia, a inauguração da escola. Os três Furriéis a ela ligados (eu, o Passeiro e o Correia) estavam um pouco nervosos, eu especialmente, mas correu tudo muito bem. O Hino Nacional, cantado por aquelas crianças, saiu lindo! (Foi fantástico elas memorizarem todas aquelas palavras(?)-sons! A sua memória era maravilhosa!) E as canções populares portuguesas foram um sucesso. E foram tão bem cantadas! Arnaldo Schulz gostou tanto que me veio dar um abraço e bater mais umas palminhas às “minhas” crianças.

Este acontecimento foi reportado na imprensa e na rádio da Guiné. Num jornal a que chamo Diário da Guiné (não tenho ideia nenhuma da sua existência) saiu uma reportagem de que mostro aqui a parte principal e que mandei à namorada (os sublinhados são dessa altura):

Bissau, 25Abril67 (...) “Como já reparaste vai aqui um excerto do Diário da Guiné. O jornal não identifica a minha actividade militar em Mansabá (...) Fiquei um pouco admirado quando li a reportagem. Na fotografia, a minha presença vai assinalada com uma seta. Aqui vai tudo para te distraíres um bocado! Ah ah ah! (...)Até fui abraçado pelo general! A exibição coral foi, na verdade,um sucesso. Palavra que me chegaram as lágrimas aos olhos quando, à frente das crianças, a exibição coral passou muito além do que eu pensava. Dois dias depois ouvi pela rádio a transmissão e fiquei visivelmente orgulhoso pela maravilha como me saíu o “Malhão”, a “Tia Anica de Loulé”, “Ó Rosa arredonda a saia” e outras.(...)”


Uns vinte e poucos dias depois destes factos, deixámos Mansabá. O melhor que tenho para encerrar este relato da minha vida de militar-professor é esta transcrição do que então disse à namorada, na última carta que lhe escrevi da Guiné: (...)Saí de Mansabá com as lágrimas nos olhos pois não consegui conter-me perante a despedida afectiva daquelas crianças. Ver criancinhas negras com lágrimas na face e abraçadas a mim foi demais. Nunca pensei que as coisas chegassem a este ponto. Foi qualquer coisa de inolvidável (...).”

FIM
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Nota de CV:

Vd. postes da série de:

2 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9692: Um Professor na guerra (Manuel Joaquim) (1): Analfabetismo, um outro combate

5 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9703: Um Professor na guerra (Manuel Joaquim) (2): Uma Escola em Mansabá
e
9 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9721: Um Professor na guerra (Manuel Joaquim) (3): Na escola, com as crianças

Guiné 63/74 - P9736: Nós da memória (Torcato Mendonça) (21): Aí está a segunda parte da recensão

 


1. Terceiro texto, de três, que o nosso camarada Torcato Mendonça (ex-Alf Mil da CART 2339 Mansambo, 1968/69) enviou em mensagem do dia 26 de Março de 2012 para integrar os seus "Nós da memória":


NÓS DA MEMÓRIA - 21
(…desatemos, aos poucos, alguns…)

Aí está a segunda parte da recensão
 
Leio. Leio o que alguns grandes Combatentes dizem e ficou escrito no livro e, aqui no blogue, com a tua escrita. Nada mais comento e, menos ainda, transcrevo. Já o fizeste e seria abusivo de minha parte acrescentar algo mais. Fiz na primeira parte. Fica a vontade da leitura do livro.

Se fosse ler todos os livros sobre a Guiné de que fazes recensões nada mais fazia. Desejo é que continues a fazer recensões e a dar assim conhecimento desses livros a nós, a mim claro. Creio que muitos outros assim pensam.

Termino com uma frase do Coronel Maurício Saraiva, que transcrevo:

- O coronel Maurício Saraiva escreve: … Para mim, como para todos esses homens, foi uma autêntica honra termos sido os primeiros Comandos da Guiné. Um comandante não é ninguém sem os seus soldados. Eu tive muita vaidade nos meus soldados. E o que eu fui, foi à custa deles, com eles e por eles

Estás de acordo com ele.
Claro que sim.
Comandar era difícil e quem comandávamos merecia-nos muito respeito.

NOTA: - Os comentários foram transcritos dos P9508 e P9528, publicados no Blogue e tiveram recensão de M.B.S. (Mário Beja Santos) ao livro "Os Últimos Guerreiros do Império".
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 10 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9725: Nós da memória (Torcato Mendonça) (20): Leio