segunda-feira, 15 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17359: Notas de leitura (956): “Portugal e as Guerrilhas de África”, por Al J. Venter, Clube do Leitor, 2015, prefácio de John P. Cann (1) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 8 de Fevereiro de 2016:

Queridos amigos,

A façanha de Al Venter deverá ser tida em conta: na atividade correspondente de guerra, cobriu as três frentes de batalha, andou mais de uma década em helicópteros, em operações, entrevistando os protagonistas. Coligiu em forma de livro todas essas notas pessoais e não esconde a sua perspetiva jornalística. Dirá, perto do final das suas quinhentas páginas, que Portugal, ao transferir para Ultramar o peso predominante do fornecimento de mão-de-obra, ganhou em quatro frentes: alargou a fonte de mão-de-obra militar; reduziu o custo das tropas em campo; ganhou uma grande medida de sustentabilidade; manteve o conflito dominado e em baixo ritmo. Este aspeto admirável como balanço de guerra não implica, como leremos neste primeiro texto, que o descontentamento atingia por tabela oficiais do quadro permanente e milicianos.

Os apêndices do livro são muitos importantes.

Um abraço do
Mário



Portugal e as Guerrilhas de África (1), por Al J. Venter

Beja Santos

“Portugal e as guerrilhas de África”, por Al J. Venter, Clube do Leitor, 2015, prefácio de John P. Cann, é uma detalhada viagem – reportagem de um jornalista que pisou as frentes da Guiné, Angola e Moçambique. O seu primeiro relato, intitulado "The Terror Fighters (1969)", respeita a Angola. A obra seguinte, já circunstanciadamente referida no blogue bem como no livro “Da Guiné Portuguesa à Guiné Bissau: Um Roteiro”, de que sou coautor intitulou-se "Portugal’s War in Guinea-Bissau". Para o prefaciador, “Al Venter combina descrições vividas dos combates, as vidas quotidianas dos soldados em combate e a perspetiva mais alargada da campanha através de uma série de entrevistas e observações como repórter de guerra experimentado”. E conclui: “Embora não tenha sido derrotado no campo de batalha, Portugal acabou por reconhecer em 1974 a futilidade da luta. A sua descolonização realizou-se a um ritmo rápido e mal ponderado, não tendo levado a paz a qualquer das suas antigas colónias. Ninguém ficou feliz com o resultado e, nas décadas seguintes, a África Lusófona tornou-se um campo de batalha permanente para interesse locais e internacionais”.

Estamos em Angola, eclodem as sublevações em 1961, Al Venter esboça o plano de fundo da descolonização no continente. Embora, em termos propagandísticos, o regime dissesse que estava orgulhosamente só, militarmente não estava, como o autor observa: 

“Apesar dos seus problemas, Portugal teve apoio material, embora discreto, da maior parte da Europa, dos seus aliados na NATO. Outros países pró-ocidentais, como Marrocos, e um ou dois Estados do Médio-Oriente – incluindo a anticomunista Arábia Saudita – forneceram a Lisboa medidas de assistência secretas. Quase todas as armas e aeronaves deslocadas para as três províncias ultramarinas tinham a marca da Organização do Tratado Atlântico Norte e, apesar da NATO não ter tido uma participação ativa nas guerras coloniais portuguesas, não era segredo que muitos especialistas americanos e europeus colaboraram nas várias áreas operacionais. Washington centrava-se no material bélico que era fornecido pelos Estados comunistas, em particular em algumas das armas utilizadas contra as forças americanas no Vietname”.

De 16 a 18 de Fevereiro de 1973, Al Venter está em Tete, em Moçambique, descreve ao pormenor a coluna, as minas, o calor opressivo. Depois salta para Angola, em 1968 está na região dos Dembos, de repente, num encarte de fotografias a cores vejo o Virgínio Briote no seu bilhete de identidade, como coleção do autor, mais adiante, encontrarei outra fotografia do nosso blogue, aquela iconográfica marcha na bolanha com água até à cintura, também como fotografia do autor, acho isto muito estranho mas adiante, os lesados que se manifestem. 

Viaja entre Nambuangongo e Zala, entrevista um capitão de nome Alçada, apercebe-se que os oficiais do quadro permanente mostram-se reticentes sobre o desfecho da guerra. Dá-nos um histórico do MPLA, da FNLA e da UNITA. E parte para Cabinda, o enclave rico em petróleo. Há já alguns anos que a atividade rebelde não se fazia sentir perto da cidade, mas o enclave enfrentava os países hostis da República de Democrática do Congo Brazzaville, a luta de guerrilha era uma constante. Um oficial superior ironizou acerca de Cabinda: “É uma cidade em crescimento, tudo porque os americanos descobriram petróleo”.

Como esta extensa reportagem saltita de questão em questão, de palco de guerra em palco de guerra, Al Venter procura responder: porque é que Portugal perdeu as guerras em África? Interpretando os factos, observa que as elites tinham sabido inicialmente de se envolver uma excelente doutrina. E comenta: 

“Em mais do que uma ocasião ouvi oficias sul-africanos que estiveram em contacto com as forças portuguesas discutir a excelente teoria e com alguns planos operacionais, muito bem elaborados falharam por o trabalho no terreno ser tão fraco… À medida que a guerra progredia, um número cada vez mais elevado de jovens deixava de responder à causa. Tal como crescia em Portugal a oposição às guerras, também aumentava o número dos que não se apresentavam ao serviço militar. Estima-se que cerca de 110 mil portugueses não tenham cumprido o serviço militar entre 1961 e 1974. No último recrutamento, antes do golpe de Estado de Abril de 1974, apresentaram menos de metade dos que foram convocados. Em consequência, à medida que crescia a organização da defesa, as universidades foram chamadas a fornecer um número muito maior de oficiais subalternos necessários para combater”. E conclui: “Foi um final verdadeiramente ignominioso de uma tradição colonial de cinco séculos, magnífica embora imperfeita mas, pensando bem, quatro décadas depois, não havia alternativa”.

Entramos agora na guerra da Guiné. À semelhança do que já escrevera em Portugal’s War in Guinea-Bissau (1973), não esconde a profunda admiração pelo capitão João Bacar Djaló, oficial dos comandos africanos. Andará com esse herói de guerra na região de Tite, numa patrulha. Uma semana depois de ter deixado Tite, o capitão João Bacar Djaló foi morto. Durante uma emboscada, no Sul da Guiné, houve um acidente gravíssimo com minas antipessoais. João Bacar não foi atingido pelas minas mas por uma granada sua que se soltou da mão. Terá sido o seu último ato de heroísmo, ter-se-á apercebido que se afastasse a granada havia a probabilidade de matar os que estavam perto dele, então colocou o engenho junto ao seu corpo.

Para Al Venter, a Guiné foi a única campanha perdida por uma potência colonial em África. Descreve a relação de forças na África Ocidental e os respetivos apoios internacionais. De vez em quando, Al Venter diz coisas incompreensivas, tais como: 

“Inicialmente, o PAIGC era composto por pequenos grupos de intelectuais africanos descontentes, muitos dos quais tinham sido educados nas universidades de Lisboa ou Coimbra” – gostava de saber onde é que ele descobriu que o PAIGC tinha esta composição… 

Aliás, mais à frente dirá que Cabral foi substituído depois do seu assassinato por Vítor Monteiro, que é completamente falso. A substituição de Schulz por Spínola é apresentada como a recuperação de uma guerra que estava à beira do colapso… Mais adiante dirá que Schulz tudo fez para receber mais apoios de Lisboa e que lhe foram negados… E que até tinha formado 18 companhias de milícias. E voltamos ao princípio, à Operação Tridente.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de Maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17348: Notas de leitura (955): “Crepúsculo do Colonialismo, A Diplomacia do Estado Novo (1949-1961)”, por Bernardo Futscher Pereira, Publicações Dom Quixote, 2017 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17358: Parabéns a você (1252): António Eduardo Ferreira, ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CART 3493 (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 10 de Maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17338: Parabéns a você (1251): Fernando Valente (Magro), ex-Cap Mil Art do BENG 447 (Guiné, 1970/72) e Henrique Matos, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52 (Guiné, 1966/68)

domingo, 14 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17357: Convívios (801): CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 29 de abril de 2017 - Parte II (Jorge Araújo)


(Continuação) (*)








Fotos: ©: Álvaro Carvalho (2017). Todos os direitos reservados [Edição e lendage: Jorge Araújo / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17356: Convívios (800): CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 29 de abril de 2017 - Parte I (Jorge Araújo)

Guiné 61/74 - P17356: Convívios (800): CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/67): Calda da Rainha, 29 de abril de 2017 - Parte I (Jorge Araújo)











(Continua)
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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17351: Convívios (799): Encontro do pessoal do BART 3873, que se realiza no próximo dia 3 de Junho de 2017, em Válega - Ovar (Sousa de Castro)

Guiné 61/74 - P17355: In Memoriam (297): Homenagem póstuma a Jorge Teixeira, na Quinta dos Melros, sede da Tabanca dos Melros, ontem, dia 13 de Maio de 2017 (Carlos Vinhal)



HOMENAGEM PÓSTUMA A JORGE PORTOJO
TABANCA DOS MELROS
13 DE MAIO DE 2017

O segundo sábado de cada mês é dedicado ao Convívio da Tabanca dos Melros. O dia de ontem, 13 de Maio de 2017, foi diferente porque o habitual almoço foi antecedido por uma pequena, mas sentida, homenagem ao malogrado camarada Jorge Teixeira (Portojo), Secretário General do "Bando do Café Progresso, das Caldas até às Guiné", recentemente falecido.

A iniciativa partiu de dois camaradas, o Dr. Rui Vieira Coelho e o Luís Bateira, à qual se juntou a "Tabanca dos Melros" e demais camaradas da Guiné que habitualmente frequentam a Quinta dos Melros nestes sábados de saudável convívio.

Do momento ficam estes instantâneos registados pelos camaradas presentes:

Quinta dos Melros, 13 de Maio de 2017 - A primeira intervenção esteve a cargo do Dr. Rui Vieira Coelho

Quinta dos Melros, 13 de Maio de 2017 - A segunda intervenção foi patrocinada pelo Jorge Teixeira, Presidente dos Bandalhos

Quinta dos Melros, 13 de Maio de 2017 - A lápide foi descerrada pelos responsáveis da Tabanca dos Melros e do Bando do Café Progresso, respectivamente Carlos Silva e Jorge Teixeira


Os textos lidos, a lápide que perpetua a memória do Jorge Portojo  (1945-2017)e a bandeira dos Melros


A lápide


Os textos lidos

Os dois mentores da iniciativa: Luís Bateira e Rui Vieira Coelho

OBS: O Dr. Rui Vieira Coelho exibe na lapela o pin (crachá) da Tabanca Grande oferecido momentos antes pelo editor deste Blogue ali presente.


Parte dos presentes durante o almoço


Intervenções do Dr. Rui Vieira Coelho e do Presidente Bandalho, Jorge Teixeira 
Vídeo da autoria de Carlos Silva
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Nota do editor

Último poste da série de 14 de Maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17353: In Memoriam (296): Clara Schwarz (1915-2016), a "mulher grande", foi homenageada pelas Rádios Sol Mansi e Voz de Klelé... As suas cinzas repousam finalmente ao lado do seu filho mais novo Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014) e do seu "cretcheu" Artur Augusto Silva (1912-1983) (Catarina Schwarz, neta)

Guiné 61/74 - P17354: Blogpoesia (510): "Oração à paz"; "Alimento secreto" e "Festa do sol", poemas de J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

Marginal de Leça da Palmeira
Foto: ©: Carlos Vinhal

1. Do nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66) três belíssimos poemas, da sua autoria, enviados entre outros, durante a semana, ao nosso blogue, que publicamos com prazer:


Oração à Paz

Chova do paraíso
abundante chuva de harmonia.
Inunde a terra
e nela renasça e reverdeça
a Paz e a alegria.

Reine a concórdia serena
entre os povos.
Porque a Justiça é a rainha
e a força da riqueza
abraça o mundo inteiro.

Sejam respeitadas religiosamente,
todas as leis da Natureza.
As árvores cresçam em liberdade
e encham de fruto bom
a mesa da humanidade.

Se acalmem todos os alvoroços
e tormentas
que ameaçam a vida humana.

Para sempre se extinga o ódio
e a violência.
Que o homem faça da Terra o paraiso...

Berlim, 14 de Maio de 2017
7h26m
amanhecer enevoado
Jlmg

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Alimento secreto

Saio à rua como o corvo desce a árvore.
Debico sorrisos e simpatia feito ave.
Sorvo da seiva doce que corre dentro
E vem à tona.

Tudo digiro em casa,
Num fechar de olhos.
Depois, só voo. Alto,
Num sonho lindo.
Para lá das nuvens
E oceano extenso.

Me recolho cedo.
Ao pôr do sol.
Me despeço dele
Até novo dia.

Assim eu vivo
Ao sabor da sorte.
Nunca me canso,
Sem fome ou sede.

Bar dos Motocas em dia de sol
Berlim, 11 de Maio de 2017
10h47m
Jlmg

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Festa do sol

Cada dia que nasce
E reina no horizonte,
Tudo na terra dança alegre
Como quando se é infante.

Rejubila o mar
Com o seu mar de ondas
A beijar as praias.

Poisam na areia em massa,
Vindos não se sabe donde,
Os bandos de gaivotas.

Assomam à janela,
Sob as vagas fartas,
Como que num enxame,
Infindos novelos,
Muito ensarilhados,
- Como é possível tanta alga verde
A sair do mar!...

Refulge na serra a neve,
Tão suave manta,
Ó que bela noiva
Que subiu ao altar.

Como vão alegres,
Pelos montes fora,
Montes de rebanhos,
Enquanto o sol brilha,
Vão matar a fome.

E, pelos vales imensos,
A perder de vista,
Em perene dança,
- É um regalo ver!
Bailam tão serenos
Os milhões de hastes
Donde brotam espigas.

Bar dos Motocas, arredores de Berlim, 12 de Maio de 2017
lindo dia de sol
9h50m
Jlmg
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17327: Blogpoesia (509): "Um carro de fogo"; "Os discursos do piano" e "No cotovelo da praça", poemas de J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

Guiné 61/74 - P17353: In Memoriam (296): Clara Schwarz (1915-2016), a "mulher grande", foi homenageada pelas Rádios Sol Mansi e Voz de Klelé... As suas cinzas repousam finalmente ao lado do seu filho mais novo Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014) e do seu "cretcheu" Artur Augusto Silva (1912-1983) (Catarina Schwarz, neta)


Guiné-Bissau > Bissau > Rádio Sol Mansi > 10 de maio de 2017 > Da esquerda para a direita, Catarina Schwarz, Swaila Fonseca, declamadora de poesia, e Iano, autor  da iniciativa.


Guiné-Bissau > Bissau > Rádio Sol Mansi (RSM) > 10 de maio de 2017 >  Leonildo, locutor da RSM


Guiné-Bissau > Bissau >  Rádio Sol Mansi > 10 de maio de 2017 > Da esquerda para a direita, Leonildo, locutor da RSM,  Swaila, declamadora de poesia, e Iano, autor  da iniciativa.



Guiné-Bissau > Bissau > Rádio Sol Mansi > 10 de maio de 2017  > Estúdio Central, em Bissau, na av Combatentes da Liberdade da Pátria, Cúria de Bissau. Ver aqui o sítio oficial. O diretor da RSM é o padre Alberto Zamberletti. Criada em 2001,  e diz-se uma estação de "rádio escola ao serviço da paz":

"A Rádio Sol Mansi começou as emissões em Mansoa, no dia 14 de fevereiro de 2001, com um pequeno emissor de 250 Watts e uma área atingida de poucos quilómetros. A ideia surgiu do missionário católico italiano, Padre Davide Sciocco, que estava naquela cidade durante a guerra civil de 98-99. Vendo que as rádios foram uma 'arma' fundamental no conflito, e toda a população escutava 'religiosamente' os programas e convites a apoiar as diferentes partes, o seu pensamento foi: 'se a Rádio foi usada para favorecer a guerra, porque não fazer uma Rádio para favorecer a paz, a reconciliação e o desenvolvimento?' "-

1. Mensagens de Catarian Schwarz, com datas de 9 e  10 do corrente:

(i) Olá,  Luís, como estás ?

O programa sobre a minha avó [Clara Schwarz] (*)  terá lugar hoje e amanhã e no terceiro dia iremos depositar a urna junto do meu pai [Pepito] e avô [Artur Augusto Silva], no cemitério de Bissau. (...)


(ii) Terminamos agora o programa de rádio, na rádio Sol Mansi e na Voz de Klelé.

É sempre difícil avaliarmos o resultado, pois estando no estúdio, não temos nenhuma ideia de como está a correr. De qualquer maneira, recebemos imensas chamadas de ouvintes, de Catio, Bafatá, Bissau, Gabú, engraçado!

Assim que tiver a gravação do programa, eu digo qualquer coisa.

Aproveito para agradecer a todas as pessoas que gentilmente deram o seu contributo:

Abdulai Silá
António Delgado
António Estácio
Auzenda Cardoso
Eduardo Costa Dias
Ernst Schade
Fernando Flamengo
João Graça
Jorge Camilo Handem
José Teixeira
Luís Graça
Pedro Lopes Junior

Os poemas foram lidos pela Swaila Fonseca, que foi uma querida. O Iano,  dos "Fidalgos", teve esta bonita ideia que acabou de ser concretizada! (**)

Beijinhos

Catarina


PS - Nas fotos aparecem:

- Leonildo - locutor da RSM
- Iano - desencadeador da iniciativa
- Swaila - declamadora de poesia

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Guiné 61/74 - P17352: Inquérito 'on line' (114): Fátima... As 50 primeiras respostas: todos lá fomos, mas a maioria de nós (60%) como "simples turistas ou em passeio"... Prazo para responder termina 4ª feira, dia 17, às 16h53

I. INQUÉRITO 'ON LINE':

"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"...






As 50 primeiras respostas (até ao fim da tarde de ontem):


1. Fui lá ainda em miúdo 
ou ainda antes de ir para a tropa  > 20 (40%)

2. Fui lá, como militar, 
antes de ir para o ultramar  > 1 (2%)

3. Fui lá logo depois de vir do ultramar  > 8 (16%)

4. Só fui lá muitos anos depois 
(de vir do ultramar)  > 10 (20%)

5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente  > 6 (12%)

6. Fui lá como simples turista ou em passeio  > 30 (60%)

7. Nunca fui a Fátima 
mas ainda gostaria de lá poder ir  > 0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima 
nem tenho especial interesse em lá ir  > 0 (0%)


II. Prazo de resposta: 

até dia 17 de maio, 4ª feira, às 16h53.

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17350: Inquérito 'on line' (113): Fátima... Gosto de lá ir em silêncio... e, para mim, a oração não é uma forma de negociar com Deus (José Teixeira)

1. Comentário ao poste P177347 (*), por José Teixeira,  um dos régulos da Tabanca de Matosinhos, ex-1.º Cabo Aux Enf, CCAÇ 2381 (Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70)



[Foto à esquerda: Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Simpósio Internacional de Guiledje > 1 de Março de 2008 > O Zé Teixeira com a Cadidjatu Candé.

Foto (e legenda): © José Teixeira (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Poucos dias depois de chegar à Guiné,  escrevi:

Prometi a minha mãe não me esquecer de Deus, mas confesso, que Ele se escapuliu, logo nos primeiros abalos do mar alto que me fizeram vomitar tudo quanto tinha e não tinha no estômago em alta sinfonia com centenas de camaradas alojados no porão do Niassa.

Singular fenómeno de religiosidade,  fui encontrar em Ingoré. Aí que tive o primeiro reencontro com Deus, após a saída de Portugal. 

Logo no segundo dia da chegada, depois do jantar e acabada a limpeza do refeitório, este enche-se de novo, agora sem pratos nem comida para o corpo. Seguia-se o momento de alimentar a alma. O grupo foi engrossando. Um estranho silêncio ou conversas em tom abaixo do normal, provocaram-me para ir averiguar o que se passava, com aquele grupo de camaradas de tez queimada por uns meses largos de sol na Guiné.

Um jovem soldado, lá na frente, começa a “votar” o terço em honra de Nossa Senhora, respondendo em coro o grupo de combatentes, onde se viam praças e um ou dois furriéis.

Foram vinte minutos de paragem, de reflexão, sobre o que me era exigido como seguidor do projeto de Jesus Cristo numa guerra para onde fui atirado, contra a vontade, pelos “senhores” do meu país.
Rezar, para mim, é mais um permanente estado de louvor a Deus pela vida, pela natureza que me disponibilizou para a minha felicidade. Corresponsabilizando-me com actos e acções de defesa de mim próprio no ambiente de guerra em que estou inserido, no respeito e serviço aos outros que me rodeiam pela missão que me foi atribuída - enfermeiro. 

A oração não é para mim uma forma de negociar com Deus, com promessas a cumprir se... chegar ao fim da comissão escorreito, ou um pedir permanente a proteção, vendo Deus como que um guarda chuva protetor, esquecendo que esse mesmo Deus também o é de tantos, quantos do outro lado da barricada nos atacam ou se defendem.

Os povos que ousam fazer-nos frente, possivelmente também tem a “sua Fé”, os seus santos a quem se agarrar nos momentos difíceis, os amuletos que lhes vemos à cintura são a prova evidente. Também têm avós, pais,  esposas, namoradas. Algumas, na frente de guerra, combatem lado a lado, outras, na retaguarda, sofrem como as nossas mães, os nossos familiares.

PS - Sobre o fenómeno de Fátima, onde gosto de ir no silêncio, já escrevi o poste nº 1873 um pouco baseado neste, que já estava escrito há muito tempo. (**)

Creio que esta reflexão continua atual, pois muitas vezes deusifica-se a Virgem Maria e tenta-se "negociar" com ela a salvação na vida terrena com promessas de sacrifícios. Ouso colocar a questão: Quem é a mãe/pai que gosta de ver um filho a sofrer, mesmo que seja por "amor" ?

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Notas do editor:

(*) Vd. poste d 11 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17347: Inquérito 'on line' (112): Fátima: num total preliminar de 20 respostas, cerca de 2/3 foi lá "como simples turista ou em passeio"... Prazo de resposta: dia 17, 4ª feira, até às 16h53

Guiné 61/74 - P17349: Efemérides (250): No passado dia 30 de Abril de 2017, os Combatentes da Guerra do Ultramar de S. Bartolomeu do Mar foram homenageados pelo seu Núcleo. A Junta da União de Freguesias de Belinho e Mar aproveitou a cerimónia para ofercer uma Bandeira ao Núcleo de Combatentes de Mar (Fernando Cepa)



Em mensagem do dia 3 de Maio de 2017, o nosso camarada Fernando Cepa, (ex-Fur Mil Art da CART 1689/BART 1913, Catió, Cabedú, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), dá-nos conta da homenagem, pelo Núcleo de Mar, União de Freguesias de Belinho e Mar, Concelho de Esposende, aos ex-Combatentes da guerra do ultramar, levada a efeito no passado dia 30 de Abril.

Caro Amigo Carlos Vinhal. 
Seguem dois anexos sobre a homenagem aos ex-combatentes efectuada na Freguesia de Mar, concelho de Esposende. 
Se achares oportuno e de interesse, podes publicar na Tabanca Grande. 

Um grande abraço. 
Fernando Cepa


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Nota do editor

Último poste da série de 5 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17323: Efemérides (249): Dia 7, domingo, dia da mãe... O Museu da Marinha oferece bilhetes às mães para a exposição "Vikings - Guerreiros do Mar", composta por 600 peças originais provenientes do Museu Nacional da Dinamarca... A não perder

Guiné 61/74 - P17348: Notas de leitura (955): “Crepúsculo do Colonialismo, A Diplomacia do Estado Novo (1949-1961)”, por Bernardo Futscher Pereira, Publicações Dom Quixote, 2017 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 10 de Maio de 2017:

Queridos amigos,
Caminhamos para um novo patamar da historiografia, uma nova geração despojada de atavismos ideológicos disseca o Estado Novo nas suas diferentes facetas.
O embaixador Bernardo Futscher Pereira abalançou-se a organizar a diplomacia de Salazar e já nos deu dois preciosos volumes, um que vai de 1932 a 1949, e agora temos esta obra recomendável a todos os títulos para entendermos o pano de fundo do anticolonialismo e como a vida portuguesa vai decorrer num impressionante claro-escuro, a diplomacia portuguesa tem os seus primeiros espinhos com a criação da União Indiana, da República Popular da China e da Indonésia, será um corolário de tensões que culminará, no fim do ano de 1961, com a queda do Estado da Índia.
Não de discute aqui se aquela intransigência em resistir ao fim do império era ou não uma fidelidade anacrónica. O que a autora observa é que Salazar era o Estado Novo e o Estado Novo era Portugal. E havia um argumento erigido a dogma. Sem África, Portugal não podia existir. Se tudo desabasse, desabava o regime. Como aconteceu.
É uma leitura imperdível, asseguro-vos.

Um abraço do
Mário


Nos anos de chumbo, a chegada do turbilhão anticolonial

Beja Santos

Numa leitura convencional, a década de 1950, aparece na nossa historiografia marcada pelo impulso desenvolvimentista em Portugal. A imprensa, a rádio e televisão davam notícias risonhas, a estabilidade não faltava: construíam-se barragens, importantes equipamentos sociais, encetara-se a euforia da industrialização; o resto era ocultado, não se dava conta de que o regime do Estado Novo enfrentava, a ritmo crescente, a contestação ao colonialismo.
Em “Crepúsculo do Colonialismo, A Diplomacia do Estado Novo (1949-1961)”, por Bernardo Futscher Pereira, Publicações Dom Quixote, 2017, passamos a dispor de um vivíssimo relato histórico da diplomacia do regime de Salazar em tempos de Guerra Fria, onde emergiram aspirações dos povos oprimidos à independência.

À partida, o regime possuía uma imagem simpática por fazer parte da Aliança Atlântica, campeava o anticomunismo. Mas ninguém desconhecia que o primeiro tremor de terra se anunciara com a União Indiana, Goa, Damão e Diu eram porções reclamadas pelo novo Estado. O regime julgava também que a adesão de Portugal às Nações Unidas, traria um respaldo para eventuais pretensões na Ásia e em África. É evidente que também não se ignorava que o novo regime comunista em Pequim não facilitaria as coisas, havia igualmente que agir com delicadeza com a Indonésia. Bernardo Futscher Pereira dá-nos o magnífico relato de toda esta trama diplomática, é uma obra-prima de comunicação, agarra do princípio ao fim iniciados e não iniciados. O regime de Salazar socorreu-se de retórica hábil para procurar fazer esquecer que a presença portuguesa no chamado Estado da Índia, Macau e Timor era ténue, e os Estados à volta poderosos, as soluções militares para resistir eram impensáveis. Futscher Pereira socorre-se lapidarmente de texto para ir relevando o desenrolar dos acontecimentos. Logo um estrato de Barradas de Oliveira num relatório confidencial a Salazar:
“ (…) o nosso contacto com Timor deu-nos a impressão de uma ilha onde os portugueses tivessem acabado de desembarcar, sem tempo ainda para promover o progresso da terra e a cristianização as almas”.
Os acontecimentos sucedem-se a ritmo alucinante na China, a partir de Outubro de 1949, está instalado o comunismo, foram inúmeras as exigências chinesas, houve que ceder até se constituir o modelo que a República Popular aceitou, com regras que definiu, Macau e Hong Kong. Estas pressões são totalmente omitidas à opinião pública, o que se mostra é a pompa com que se recebe o generalíssimo Franco, entretanto trasveste-se o império colonial em províncias ultramarinas. Mas o fenómeno anticolonial vai-se aprofundando, a União Indiana captura Dadrá e Nagar-Aveli, em Bandung reúnem-se líderes que mais tarde constituirão o movimento dos não-alinhados, a expulsão das potências coloniais está na ordem do dia.

Futscher Pereira tem dotes ímpares para animar os acontecimentos e na segunda parte da sua obra, que titula por Choque com o Terceiro Mundo, é particularmente feliz quando põe em marcha as peças do puzzle que passam pelas Nações Unidas a fazer perguntas com base no artigo 73, temos sempre a sensação de que o país vive num cenário glorioso, caso da visita de Isabel II em 1957, segue-se o torvelinho da candidatura Delgado que, para além de ter obrigado o regime a uma escabrosa manigância eleitoral, deixa Salazar definitivamente amargado ao reconhecer que o regime que instituiu está larvado de descontentamento.

A África resvala para a independência, as grandes potências cedem à inevitabilidade, o General de Gaulle desabafa com o diplomata Alain Peyrefitte:
“Acha que eu não sei que a descolonização é desastrosa para África? Que a maior parte dos africanos está longe de ter alcançado a nossa Idade Média europeia? Que vão outra vez conhecer as guerras tribais, a bruxaria, a antropofagia? Que 15 ou 20 anos a mais de tutela nos teriam permitido modernizar a sua agricultura, dotá-los de infraestruturas, erradicar completamente a lepra, a doença do sono, etc? Os americanos e os russos acham que têm vocação para libertar os povos oprimidos e encorajam-nos a exigir cada vez mais. O que devia ter sido escalonado ao longo de 50 anos consumou em dois ou três meses. Mas não nos podíamos opor”.
A independência da Guiné Conacri é o primeiro sinal de alarme, houve mesmo quem pensasse que era dali que partiria o primeiro surto de guerrilha. A crise do Congo faz perder as ilusões, anda-se devagar, retardam-se decisões. Só que 1961é um furacão do princípio ao fim, ainda por cima a eleição de Kennedy iria contribuir para alterar a correlação de forças a favor dos nacionalistas africanos. Portugal passa a ser condenado nas Nações Unidas e no início de 1961 Angola torna-se um barril de pólvora, um antigo aficionado de Salazar, Henrique Galvão, sequestra o navio Santa Maria em alto mar, há parangonas na imprensa de todo o mundo. Salazar reage, procura-se rodear de gente dinâmica como Adriano Moreira, Correia de Oliveira e Franco Nogueira, suspira-se temporariamente de alívio com a reconquista de Nambuangongo. Só que o ano termina para o regime da pior maneira: o Estado da Índia desaparece em poucas horas. O autor questiona sobre a rigidez e a intransigência do regime. Passara a ser doutrina que não merecia discussão: sem África, Portugal não tinha razão para existir, este argumento era obviamente o biombo para outro, como o autor observa:
“O que estava em causa em África não era a sobrevivência do país, era a sobrevivência do regime. Salazar era o Estado Novo, e o Estado Novo era Portugal. A identificação era tão sólida, dogmática e duradoura que não havia margem de flexibilidade e evolução. O rumo estava traçado há muito e era impossível alterá-lo. Zelosos dos seus privilégios, os guardiões do templo da nacionalidade, reunidos em volta de Salazar, não consideravam possível mudar nada sem que tudo desabasse”.

A leitura é imperdível e ficamos à espera do relato correspondente à história diplomática correspondente aos últimos combates.
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Nota do editor

Último poste da série de 8 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17331: Notas de leitura (954): Ruy Cinatti e uma viagem a Bolama, 1935, em “O Mundo Português”, revista de cultura e propaganda, arte e literatura coloniais, o seu número 24, de Dezembro de 1935 (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17347: Inquérito 'on line' (112): Fátima: num total preliminar de 20 respostas, cerca de 2/3 foi lá "como simples turista ou em passeio"... Prazo de resposta: dia 17, 4ª feira, até às 16h53


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > A capelinha construída no tempo do nosso saudoso Zé Neto (1929-2007)... Havia três imagens da N. Sra. de Fátima, de diversos tamanhos... Reduzida a escombros, a capela foi reconstruída pela AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, sob a liderança de outro nosso grande e saudoso amigo, o Pepito  (19949-2014). O Zé Neto já não viveu o suficiente para assistir à reconstrução da "sua" capela. Mas foi lá a sua viúva, a Júlia Neto. (*)

Foto: © Zé Neto / AD - Acção para o Desenvolvimento. (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 > A imagem de Nossa Senhora de Fátima, acabada de sair da embalagem que a protegeu durante a longa viagem Portugal-Guiné-Bissau. Imagem doada por António Camilo (Lagoa) e Luís Branquinho Crespo (Leiria / Coimbra).


Foto: © António Camilo (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



I. INQUÉRITO 'ON LINE': 

"FUI COMBATENTE, NUNCA FUI A FÁTIMA"... 


(ADMITE-SE MAIS DO QUE UMA RESPOSTA)



As 20 primeiras respostas (até ao princío da noite  de hoje):

1. Fui lá ainda em miúdo ou ainda antes de ir para a tropa 
8 (40%)

2. Fui lá,.como militar, antes de ir para o ultramar 
0 (0%)

3. Fui lá logo depois de vir do ultramar 
1 (5%)

4. Só fui lá muitos anos depois (de vir do ultramar) 
5 (25%)

5. Fui lá como verdadeiro peregrino ou crente 
2 (10%)

6. Fui lá como simples turista ou em passeio 
13 (65%)


7. Nunca fui a Fátima mas ainda gostaria de lá poder ir  
0 (0%)

8. Nunca fui a Fátima nem tenho especial interesse em lá ir 
0 (0%)


Prazo de resposta: até dia 17 de maio, 4ª feira, às 16h53. (**)


II. É difícil encontrar um português que não tenha ido a Fátima, pelo menos uma vez na vida. 

O fenómeno de Fátima é mais velho do que todos nós: vai fazer 100 anos este ano. Inevitavelmente, estão a surgir diversos livros, documentários, filmes (***)  e outros eventos, celebrando a efeméride. E o papa Francisco vai estar amanhã  entre nós.

Fátima também esteve presente na vida (espiritual) de alguns de nós, que fomos mobilizados e combatemos na guerra do ultramar / guerra colonial.  Na Guiné, ergueram-se capelas, nos nossos aquartelamentos, sob a invocação de N. Sra. Fátima. Guileje foi um exemplo. Mas não sabemos qual foi a extensão do culto mariano em tempo de guerra. Em peregrinação ou não, alguns de nós fomos entretanto a Fátima nessa altura ou então mais tarde. 

Seria interessante que quem foi combatente (na Guiné ou nos outros teatros de operações) pudesse responder a este questionário até 4ª feira: pode-se dar mais do que uma resposta: 

(i) se alguma vez foste ou não a Fátima; 
e (ii)  e no caso de teres ido, se foste como peregrino ou crente,  ou como simples turista. 

Se nunca foste a Fátima, podes optar por uma de duas respostas: 
(iii) nunca fui a Fátima  mas  ainda gostaria de lá poder ir; 
ou (iv)  nunca fui a Fátima  nem tenho especial interesse em lá ir. 

Seria bom atingirmos as 100 respostas.

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Notas do editor:

(*)  Vd. poste de 29 de janeiro de  2010 > Guiné 63/74 - P5726: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (10): A inauguração da capela, em 20 de Janeiro, na presença do embaixador de Portugal (Pepito)
(**) Último poste da série > 10 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17343: Inquérito 'on line' (111): num total de 34 respondentes, participantes dos nossos últimos oito encontros anuais (total 1282), mais de dois terços estão globalmente satisfeitos com o local (Monte Real) e o hotel (Palace Hotel de Monte Real) escolhidos

(***) Vd. poste de 11 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17344: Manuscrito(s) (Luís Graça) (118): "Fátima", do realizador João Canijo (Portugal / França, 153', cor, 2017)... Sangue, suor e lágrimas... ou onze mulheres à beira de um ataque de nervos... De Vinhais a Fátima, 430 km, 9 dias... E também aqui ninguém quer ficar para trás... Um filme sobre a caixa de Pandora feminina... A não perder.