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sábado, 12 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23073: Os nossos capelães (17): José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71), ainda no ativo como padre das Missões da Consolata


José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)



José Torres Neves, missionário da Consolata,
 um dos 113 capelães  prestaram serviço no TO da Guine





Fonte: Excerto, adapt de Henrique Pinto Rema - "História das Missões Católicas da Guiné": Editorial Franciscana, Braga, 1982, pp. 709-712 (Vd. a extensa recensão bibliográfica feita pelo nosso camarada e colaborador permanente Mário Beja Santos) (*)



1. Mensagem de nosso camarada e amigo Ernestino Caniço, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, Fev 1970/Dez 1971, hoje médico, a residir em Tomar.

Data - 12 mar 2022 16:39 
Assunto - Capelães

Caros amigos

Sobre o tema os nossos capelães (**), e, aproveitando a sugestão do Luís Graça, venho dar um pequeno contributo com algumas notas. E elas referem-se ao capelão José Neves com quem desenvolvi amizade, que ainda hoje se mantem.

Os nossos contactos têm-se mantido com a regularidade possível, uma vez que faz parte das Missões da Consolata, estando em missão em várias partes do mundo, encontrando-nos sempre que vem de férias (não amiúde). Daí, que só agora espicho estas breves notas, após obtida a sua anuência.

José Torres Neves, ex-alf graduado capelão,  integrou o BCAÇ 2885,  sediado em Mansoa. Prestou serviço de 1969.05.07 a 1971.03.03.

De acordo com a sua informação,  foi o único capelão das Missões da Consolata a prestar serviço na Guiné.

Votos de ótima saúde.
Um abraço,
Ernestino Caniço


Brasão do BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). 
Divisa: "Nós Somos Capazes". 
Subunidades de quadrícula: CCAÇ 2587, 
CCAÇ 2588  e CCAÇ 2589




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (1969/71) > 1969 >  O alf graduado capelão José Torres Neves com o cap eng trms, STM, Bento Soares, aqui à civil (sendo hoje maj gen ref, nosso grã-tabanqueiro nº 785). Ambos naturais de Meimoa, Penamacor. 

Foto (e legenda): © João Afonso Bento Soares (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P23034: Companhias e outras subunidades sem representantes na Tabanca Grande (3): CART 2411 (Mansoa, Porto Gole, Bissá, Enxalé, Bissau, 1968/70)


Companhia de Artilharia nº 2411


1. Mais uma subunidade que não tem, até à data, nenhum representante na Tabanca Grande. São também muito escassas as referências no blogue, contrariamente à CART 2410 e à CART 2412.  Tem, todavia, uma página no Facebook (, criada em 2011, inativa desde finais de 2019). Tem poucas fotos.

Daí justificar-se esta ficha de unidade. O brasão, que se reproduz ao lado, com a devida vénia, é da coleção de © Carlos Coutinho (2011).

Identificação: CArt 2411

Unidade Mob: GACA 2 - Torres Novas

Cmdt: Cap Mil Art Manuel da Silva Frasco | Cap Mil Art António Dias Lopes | Cap Mil Art Virgílio Graça Pereira Saganha

Divisa: "Velando em toda a parte"

Partida: Embarque em 11Ag068; desembarque em 16Ag068 | Regresso: Embarque em 18Abr70


Guine > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > O António Rodrigues, ex-1º Cabo Aux Enf, CCAÇ 2587 / BCAÇ 2885 (Mansoa 1969/71), em Bissá, junto do monumento da CART 2411 (1968/70). Foto do álbum do  seu blogue BCAÇ 2885, Guiné, 1969/71,  

Foto (e legenda): © António Rodrigues (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 


Síntese da Actividade Operacional

Em 26Ag068, seguiu para Aldeia Formosa, a fim de efectuar o treino operacional sob orientação do BCaç 2834, o qual foi interrompido e continuado em Mansoa, a partir de 04Set68 até 26Set68, então sob orientação do BCaç 1912.

Depois a companhia permaneceu temporariamente em Mansoa, em reforço do BCaç 1912, a fim de tomar parte em operações realizadas nas áreas de Changalana, Inquida, Polibaque e Bindoro, tendo um pelotão sido colocado no destacamento de Bissá, a partir de 22Set68; de 310ut68 a 02N ov68, participou ainda numa operação realizada na região do Morés, sob controlo operacional do BCaç 2851.

Em 07Nov68, rendendo a CArt 1661, assumiu a responsabilidade do subsector de Porto Gole, com destacamentos em Bissá e Enxalé (este até à sua passagem para a zona de acção do BCaç 2852, em 290ut69) e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1912 e depois do BCaç 2885.

Em 14Mar70, foi rendida no subsector de Porto Gole pela CCaç 2587, sendo colocada em Bissau, onde substituíu a CCaç 2382 no dispositivo do BArt 2866, com vista à segurança e protecção das instalações e das populações da área; destacou ainda um pelotão para o subsector de Nhacra, que se instalou em Safim e João Landim.

Em 16Abr70, foi substituída, temporariamente, no subsector de Bissau por dois pelotões da CArt 2412, a fim de efectuar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n." 118 - 2.ª Div/4.ª Sec. do AHM).

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pág 464.
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Nota do editor

Último poste da série > 22 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22931: Companhias e outras subunidades sem representantes na Tabanca Grande (2): CART 2338, "Os Incansáveis" (Fá Mandinga, Nova Lamego, Canjadude, Cheche, Buruntuma, Pirada e Paiunca, 1968/1969)

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21677: Boas Festas 2020/21: Em rede, ligados e solidários, uns com os outros, lutando contra a pandemia de Covid-19 (22): Natal Santo que a todos nos abraça... (João Afonso Bento Soares, maj gen ref)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (1969/71) > 1969 > O cap eng trms, STM, Bento Soares, à direita, à civil,  com o alf graduado capelão José Torres Neves. São conterrâneos, ambos naturais de Meimoa, Penamacor.

Foto (e legenda): © João Afonso Bento Soares (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Mensagem de João Afonso Bento Soares ex-capitão eng trms, STM / QG / CTIG (1968/70), hoje maj gen ref, nosso grã-tabanqueiro nº 785]

  
Data: domingo, 20/12/2020 à(s) 18:18
Assunto: Boas Festas e Pergunta 

Caro Amigo Luís Graça:

1 - Acabo de ler o último mail da Nossa Tabanca, com muitos votos de Boas Festas para todos nós, aos quais gostosamente me associo, retribuindo para todos os companheiros e suas Famílias, com uns meus  dizeres de modesto bardo, alusivos à sempre linda Quadra que atravessamos (abaixo e em anexo):


Cascais, São Domingos de Rana, Natal 2020


NATAL SANTO

Natal Santo que a todos nos abraça
É festa da Família em união,
É onda de amor que nos trespassa
Deixando ver no outro, um nosso irmão.

É o sol quente beijando a vidraça,
É calor da lareira, é tição,
É como vinho, despejada a taça,
Que enrija a alma, adoça o coração.

Por mais anos que viva lembrarei
O encanto que tem a Consoada,
A mesa posta, o lume, o sentimento…

Oh! Deus Menino – também Cristo Rei:
Contigo aqui estamos, de mão dada,
Fruindo a Graça do Teu Nascimento.

João Afonso

2. Aproveitava esta ocasião para lhe pedir o envio, caso seja possível, do e-mail do co-tabanqueiro Ernestino Caniço que vejo referido no mail. 

Isto peço, porque queria contactá-lo para o estimular a produzir o apontamento (para o que se terá prontificado a fazer) alusivo ao Pe Capelão José Torres Neves

 O meu interesse deriva do facto de ele ser meu conterrâneo (aldeia de Meimoa) e eu, enquanto Capitão Comandante do STM - Guiné, o ter visitado em Mansoa, num fim de semana em 1969- ver foto anexa com ele, estando eu à paisana.

O forte e sempre mui amigo abraço

Maj Gen João Afonso Bento Soares

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Nota do editor:

Último poste da série >  22 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21676: Boas Festas 2020/21 (21): "A Covid/19, a tecnologia e o Natal"; poema de Paulo Salgado, ex-Alf Mil Op Esp da CCAV 2721

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21067: Álbum fotográfico de José Carvalho (1): A CCAÇ 2753 (1970/72) e os Destacamentos Provisórios

1. Mensagem do nosso camarada José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), com data de 1 de Junho de 2020:

Caros Editores,
Cumprindo a intenção manifestada, quando da minha inscrição na TG,[1] de enviar umas fotografias, aqui vai uma resumida descrição da vida da CCAÇ 2753, nos Destacamentos Provisórios, de apoio à construção da estrada Mansabá – Farim, acompanhada de fotografias.
É quase um atrevimento descrever o que no seu notável estilo de escrita, já foi abordado pelo nosso amigo Vítor Junqueira, mas deixo a quem de direito, decidir da sua divulgação.
Ao Carlos Vinhal, que conheceu estes cenários, as minhas saudações e agradecimento também pelo trabalho desenvolvido, na sua envolvência da Tabanca Grande.

Ao vosso dispor, para todos um abraço do,
José Carvalho


A CCAÇ 2753 (1970-1972) e os Destacamentos Provisórios

A CCAÇ 2753 formada no BI 17, Angra do Heroísmo, constituída maioritariamente por açorianos, com representantes da totalidade das Ilhas, partiu em Maio de 1970, para Lisboa.

Sediada no Regimento de Infantaria 1 - Amadora, em 25 de Maio, onde acontece a concentração de todo efectivo inicial da Companhia. Fazendo parte daquela unidade, foi incorporada nos seus efectivos, nas cerimónias do 10 de Junho, no Terreiro do Paço.

A 15 de Junho inicia-se o IAO, na zona de Caneças, alcançando um grupo da companhia, folgadamente o primeiro lugar no campeonato de tiro de combate, da escola de recrutas de 1970, da Região Militar de Lisboa.

No final de Junho a companhia fica a aguardar embarque, na 9.ª Bateria do 3.º Grupo Misto da RAAF no Pragal, o que aconteceu no dia 8 de Agosto, a bordo do N/T Carvalho Araújo.

A companhia chega a Bissau a 17 de Agosto, depois de uma agradável escala em Cabo Verde.

Os primeiros dois dias a ração de combate e dormidas em camas metálicas sem colchões. A recepção foi fraca, mas longe se adivinhava, o que viria mais tarde…

Colocada depois no COMBIS, com excelentes instalações, foi dada à companhia a missão de patrulhamento terrestre, fluvial e ainda rusgas de modo a evitar infiltrações do IN na Ilha de Bissau.

Depois de cerca de três meses de bonança, adivinhava-se a tormenta…

No dia 30 de Novembro um primeiro pelotão da Companhia, deixa a região de Bissau e conhece uma nova realidade, chegando ao Bironque, o primeiro dos dois Destacamentos que iríamos conhecer.[2]

A 7 de Dezembro, o Comandante da Companhia, Cap Mil Art João da Rocha Cupido, assume o comando daquele Destacamento Temporário, que em meados de Dezembro, aloja os operacionais da CCAÇ 2753 e ainda alguns elementos sapadores - BCAÇ 2885 e dum ESQ MORT 81, após a retirada da CCAÇ 17.

Estrada Mansabá-Farim - O troço entre o Bironque e o K3 foi asfaltado no tempo da CART 2732 e da CCAÇ 2753. Localização dos destacamentos de Bironque e Madina Fula e, na margem esquerda do rio de Farim (Cacheu), em frente a Farim, o aquartelamento do K3 (Saliquinhedim)
© Infografia Luís Graça & Camaradas da Guiné - Carta da Província da Guiné, 1:500.000

Os efectivos militares presentes, tinham como missão, montar a segurança dos trabalhadores (centenas) e as máquinas envolvidos na construção da nova estrada Mansabá – Farim.

A reabertura desta rodovia, constituía um importante óbice à movimentação estratégica do IN na área do Morés, aonde concentrou um importante contingente de combatentes, calculado na época, em 4 a 6 bigrupos e ainda outros efectivos representativos nas áreas de Canjaja, Biribão, Queré e Maqué.

Foto 1 - Bironque - A “enfermaria”, algumas tendas, uma máquina no abrigo e uma das barracas cobertas por vegetação

Foto 2 - Bironque – Espaldão do morteiro 81 e tenda

Foto 3 - Bironque – Telheiro cozinha e os bidões das lavagens

Foto 4 - Bironque – Messe de oficiais depois de uma flagelação, em que o fogareiro a petróleo, do Alf Mil Junqueira, que no momento cozinhava uma galinha “turra”, explodiu.

Decorrido cerca de mês e meio, o Destacamento do Bironque, foi abandonado e os efectivos militares, ocuparam o novo destacamento de Madina Fula, situado a cerca de 5 Km a norte.

O segundo local nada de novo ou de mais confortável proporcionou, pois o modelo era o mesmo, com a agravante de ser mais afastado de Mansabá e por consequência pior nas situações de necessidade de auxílio.

Estes destacamentos tinham uma área de cerca de um hectare, de forma quadrilátera, localizados em zona pré-desmatada, contíguos à nova via e delimitados por barreiras de terra deslocada e acumulada na periferia. Esta terra era retirada de vários pontos do interior, resultante da abertura de valas de grandes dimensões, destinados a proporcionar estacionamentos/abrigo às máquinas pesadas, envolvidas na construção da estrada.

As barreiras tinham uma altura de dois a três metros e a sua crista teria cerca de dois metros de largura, onde eram escavados covas para protecção das tropas, postos de sentinela e colocação de armas pesadas. Nesta crista, estavam também colocados vários holofotes, que permitiam iluminar as imediações do destacamento, numa distância de cerca de 50 metros.

No interior deste espaço, além dos referidos buracos destinados às máquinas, situados na zona central, a periferia era segmentada por barreiras de terra com cerca de 1,5 m de altura, com área reduzida, onde eram colocadas, as tendas cónicas de lona com capacidade de alojamento para vários homens e um número apreciável de pequenas barracas feitas de ramos e folhagem de árvores.

Existia um gerador, que fornecia energia para a iluminação periférica, para um telheiro apelidado de cozinha, para uma roulotte “enfermaria” e mais uma dezena de lâmpadas espalhadas, entre as quais para as “messes” dos sargentos e oficiais.

Havia um espaldão para o morteiro 81, sendo as munições colocadas em bidões colocados na horizontal e cobertos de terra.

Na entrada do destacamento havia uns cavalos de frisa, não havendo qualquer vedação de arame farpado. Recordo-me que em alguns locais, foram colocadas armadilhas, em que caíram alguns animais selvagens. O abastecimento de água era feito diariamente a partir de Mansabá em pequenos atrelados-cisternas destinado à precária higiene das tropas, reduzida confecção de alimentos, lavagem de roupa, panelas, pratos, etc. Havia uns bidões colocados em cima de uma armação de paus e que debitavam uns borrifos, para o duche!

A lavagem dos utensílios de cozinha era feita segundo as mais exigentes normas de higiene. Existiam cinco meios bidões, com água, numerados de 1 a 5, começando a imersão das louças sujas no bidão 1 e depois sucessivamente nos restantes até sair do bidão 5, em perfeitas condições de adequada utilização…

Cada militar dispunha de um colchão pneumático, com esvaziamento automático ao fim de poucas horas. Muitos dormiam nos buracos, na crista das barreiras, envoltos em panos de tenda e com a G3, colada ao corpo.

A alimentação disponibilizada era ração de combate, intervalada, com cavala de conserva com batata cozida ou esparguete, dia sim, dia sim! Havia quem descobrisse umas iguarias selvagens e variasse um pouco a dieta. No tocante a líquidos menos mau… coca-cola, cerveja, vinho, whisky!

Vivíamos sempre em coabitação com um pó vermelho, principalmente durante o período de trabalho na estrada, que até o esparguete no prato, ficava enriquecido com este “ketchup”, se não deglutido rapidamente.

Em relação às condições de vida da CCAÇ 2753 durante estes três meses, talvez houvesse igual, até talvez pior, mas para muito mau bastava!

O relacionamento com o IN era verdadeiramente íntimo, pois raro terá sido o dia ou noite que por flagelações, emboscadas, minas, não houvesse “festa”.

Foto 5 - Madina Fula

Foto 6 - Madina Fula ao fim de um dia de trabalhos, coluna dos trabalhadores regressando a Mansabá, com segurança de helicóptero (ponto minúsculo no horizonte)

Foto 7 - Um felídeo, que tropeçou numa das armadilhas NT, nas imediações do destacamento

Foto 8 - Trabalhos na abertura da estrada

Foto 9 - Damas… só as do tabuleiro de jogos improvisado numa barrica pintada. Eu e o Vítor Junqueira no Bironque, dias antes do Natal de 1970

No início de Março deixámos Madina Fula, que foi aterrado e substituímos a 27.ª Companhia de Comandos, nas instalações “muitas estrelas” do K3, que até eram visíveis do interior das casernas… mas mesmo assim foi um dia inesquecível, julgo que para toda a companhia.
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Notas do editor

[1] - Vd. poste de 25 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20900: Tabanca Grande (493): José Carvalho, natural do Bombarral, com amigos na Lourinhã, ex-alf mil inf, CCAÇ 2753, "Os Barões do K3" (Bissau, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim / K3 e Mansába, 1970/72): senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar n.º 807

[2] - Vd. poste de 10 DE ABRIL DE 2009 > Guiné 63/74 - P4168: Os Bu...rakos em que vivemos (4): Acampamentos de apoio à construção da estrada Mansabá/Farim (César Dias)

sábado, 21 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20477: Memória dos lugares (403): Cutia, ao tempo do Jorge Picado, cmdt da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Destacamento de Cutia > c. 1970 > Foto enviada  pelo César Vieira Dias, ex-fur mil sapador, CCS / BCAÇ 2885, um batalhão que esteve em Mansoa e Mansabá desde maio de 1969 a março de 1971, e a que pertencia a CCAÇ 2589, de que o Jorge Picado foi um dos comandantes, de  24/2/1970 a 15/2/1971(*)

Foto: © César Dias (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Foto nº 2 >  Guiné > Região do  Óio > Mansoa > Cutia > O Domingos Robalo, em primeiro plano. A estrada alcatroada Mansoa-Mansabá atravessava a tabanca e destacamento de Cutia. (***)

  
Foto nº 3 >  Guiné > Região do Oio  > Mansoa > Cutia > Obus 14... A "mata do Morés" começava logo a seguir (, ao fundo, na foto)... Tratou.se de ação sobre a mata do Morés, levada a efeito a partir do destacamento de  Cutia, a nordeste de Mansoa,  entre os dias 17 e 27 de julho de 1970. Nessa altura visitava a Guiné um grupo de deputados da  Assembleia Nacional, da chamada Ala Liberal, entre eles o seu chefe de fila, Pinto Leite.


Foto nº 4 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Acomodações: o "Matador", veículo pesada que rebocava o obus 14: eram precisos uns caixotes de munições para se poder ao 1º andar... Ao fundo, do lado esquerdo um dos "bunkers" do "resort turístico" que era o destacamento de Cutia...


 Foto nº 5 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Rancho... Era aqui a "cozinha" da CCAÇ 2589, na berma da estrada, onde também se situava a "messe", sob os poilões.


 Foto nº 6>  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Churrasco


Foto nº 7 >  Guiné > Região do Oio  > Mansoa > Cutia >  Relaxando... Sentado,  numa "chaise longue",  o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, alentejano de Campo Maior.


Foto nº 8 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Confraternização dos artilheiros do GA 7, ali temporariamente destacados (de 17 a 27 de julho de 1970)


Foto nº 9 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > O alferes de óculos é o sobrinho do Sá Viana Rebelo, que esteve, também, com o Domingos Robalo  na operação Mabecos em fevereiro de 1971... Ambos eram do GA 7... À direita,em segundo plano, sentado, o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, destacado em Cutia com o Gr Comb.


Foto nº 1 > Guiné > Região do Biombo > Estuário do Rio Mansoa >  Recuperação dos restos do Heli AL III, caído por acidente na foz do rio Baboquem, afluente do rio Mansoa, em 25 de julho de 1970, e que transportava quatro deputados da Assembleia Nacional, em visita à província (além da tripulação) (***)


Fotos (e legenda): © Domingos Robalo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário (**) do Jorge Picado, ilhavense, membro sénior da nossa Tabanca Grande, veterano dos nossos encontros nacionais, tendo cerca de 110  referências no nosso blogue; engenheiro agrónomo reformado; ex-cap mil, CCAÇ 2589 / BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá, e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72; 

 

1.1. Boas fotografias da "Pousada de Cutia", excelente para "acalmar os nervos"!

Na foto no 2, o Domingos Robalo em plena estrada alcatroada que atravessava o destacamento de Cutia. 

Na foto nº 3,  pode-se ver como pano de fundo aquela "barreira cerrada" do início da grande "Mata do Morés", bem pertinho da "Pousada" [Cutia].

Pode-se ver, pela traseira da cabeça do Domingos, um a estacada 1.ª vedação de arame farpado onde existiam penduradas as célebres garrafas vazias de cerveja. Seguia-se a zona armadilhada e minada até uma 2.ª vedação. 

Na foto nº 4, junto dos poilões que ladeavam a estrada, observando-se um pouco as proximidades do abrigo subterrâneo. 

Na foto nº 5, a "cozinha", na berma da estrada, onde também se situava a "messe", sob os poilões. 

Na  foto nº 7, à esquerda,  sentado numa "chaise longue",  o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, alentejano de Campo Maior,  e Engº Téc. Agr. na vida civil, dos antigos Serviços Agrícolas. 

Na foto nº 9, à direita,  o mesmo Alferes. 

Com essas flagelações nocturnas, "tão silenciosas" o pessoal devia repousar bastante! Vá lá, que depois de todo "o festival", os "vizinhos do Morés" foram compreensívos e continuaram amigos de Cutia. 

Ainda bem, para mim, que esse episódio me apanhou de férias na Praia da Barra, onde nessa época tínhamos aí vivenda. 

1.2. A viagem fatídica para os malogrados deputados e tripulantes do héli [, foto nº 1], não foi Mansoa-Bissau, mas sim Teixeira Pinto-Bissau (****). Aliás recordo-me de ler uma boa descrição feita por um dos jornalistas que seguia num dos hélis que conseguiram pousar numa bolanha da margem direita do Rio Mansoa e assim escapar à tempestade. Julgo que foi numa das revistas da A25A. 

Fiz algumas vezes esse trajecto, Teixeira Pinto-Bissau, de héli, que de facto na época das chuvas rapidamente poderia apanhar com grandes alterações atmosféricas e recordo de numa delas ter apanhado um valente susto, quando vi uma "muralha preta" aproximar-se rapidamente pela frente. Só que dessa vez o piloto transmitiu-nos que já não nos apanhava no ar, pois a BA estava bem pertinho. 

De facto, pouco depois de pousarmos e, já no resguardo das instalações, desabou passou aquela barreira de chuva e vento que todos conhecemos, por várias vezes. 

1.3. Luís, creio que esta acção, em si, não teve nome. No BCaç 2885, houve sim nesses dias algumas operações, para as forças que fizeram:

(i) escolta e segurança descontínua entre Nhacra e Cutia à coluna com material de Artilharia, no dia 17 (Op Filarmónica);

(ii) patrulha na região do Cubonge ao sul da "grande área do Morés", no dia 18 (Op Fígado);

(iii) contra-penetração do eixo In Morés/Sara com contacto no dia 22 (Op Farelo);

(iv) Op Fechadura no dia 24, para fornecer a segurança à deslocação do grupo de Deputados, entre Nhacra e Mansabá, em que se empenharam 3 Gr Comb da CCAÇ 2588, 2 Gr Comb da CCAÇ 2589, 4 Gr Comb da CCaç 15 (Balantas), 4 Gr Comb da 2732, 3 Pel Mil e 1 Pel Auto Panhard de reforço ao BCaç;

(iv) em 25 e 26 ainda patrulhas na região do Cubonge (Op Frenezim e Op Fazenda). 

Nunca percebi como "nasciam" os nomes das operações. 

São as achegas que posso dar sobre este episódio, que felizmente não vivi, e só mais tarde conheci. 

Bem e aproveito para desejar um Bom Natal e um Muito Feliz 2020 para toda ESTA GRANDE FAMÍLIA DOS CAMARADAS DA GUINÉ e SEUS FAMILIARES. Jorge Picado


Guiné > Mapa geral da província (1961) > Escala 1/500 mil > Região do Oio > Detalhe: posição relativa de Cutia no triângulo Bissorã- Mansabá- Mansoa. Ficava  a meio, na estrada Mansoa-Mansabá. (***)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)
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12 de julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3051: Estórias de Jorge Picado (4): Como cheguei a Comandante da CART 2732 (Jorge Picado)

terça-feira, 22 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18665: Convívios (858): XXIII Encontro do pessoal do BCAÇ 2885, realizado no passado dia 19 de Maio de 2018, em Arganil (Jorge Picado, ex-Cap Mil, CMDT da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885)

Os presentes, junto do Monumento, uma vez que os retardatários foram directos a Mont'Alto


1. Mensagem do nosso camarada Jorge Picado (ex-Cap Mil na CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, na CART 2732, Mansabá e no CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72) com data de 20 de maio de 2018, fazendo referência ao XXIII Convívio do BCAÇ 2885:


23.º CONVÍVIO DO BCAÇ 2885, 

QUE DECORREU EM 19 de MAIO em ARGANIL

Realizou-se ontem em Arganil o 23.º Convívio do “resistentes” que fizeram parte do Batalhão de Caçadores n.º 2885, que esteve sediado em Mansoa de 14MAI69 a 14FEV71, comemorativo dos 47 anos de retorno à Metrópole.

A concentração dos participantes efectuou-se na Associação dos Combatentes deste Concelho, cerca das 10 horas, que foram brindados por “um pequeno-almoço”, tendo havido uma pequena alocução referente a mais um evento nesta Associação que ficou marcada pela oferta de uma pequena lembrança, um azulejo com o Guião do Batalhão pintado, para enriquecimento do espólio desta Associação.

Seguiu-se depois a colocação de um ramo de flores junto do belo Monumento dos Combatentes do Concelho de Arganil, que a Autarquia edificou numa ampla rotunda, homenageando-se assim, com este simples gesto, todos aqueles que morreram na Guerra do Ultramar.

O almoço convívio decorreu no Mont’Alto, local panorâmico onde existe um Santuário de grande significado para os arganilenses, de devoção Mariana, de onde se desfruta de uma magnífica paisagem. É aqui que se celebra a 15 de Agosto a festa e romaria de Nossa Senhora do Mont’Alto.

Apesar de as baixas definitivas serem já elevadas e o impedimento daqueles que por diversos motivos não podem comparecer, ainda assim para os “resistentes”, de entre os quais estiveram dois representantes da Tabanca Grande (eu e o camarada César Dias), revivem-se sempre alguns dos bons e também maus momentos passados naquele Chão Balanta do Oio, mas sobretudo manifesta-se uma sã e grande alegria por se reencontrar camaradas que a vida vai afastando e só nestas ocasiões se voltam a ver.

Anexo algumas fotografias alusivas ao evento.

Como o oficial "mais graduado" presente incumbiram-me desta "missão", da entrega da lembrança ao presidente da Associação

Cerimónia de deposição das flores no Monumento dos Combatentes de Arganil

Carlos Costa, meu condutor, eu, Armando e outro soldado atirador que não recordo o nome, visionando fotos do album do Carlos

Alferes Martinez, Soldado Ferreira, Eu e Soldado de Transmissões Pisco, sobrevivente da emboscada de 12OUT970

 1.º Cabo Trms Victor Vieira, 1.º Cabo Quarteleiro(?) Monteiro (é de Campanhã), eu e (?).

Abraços
JPicado
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18658: Convívios (857): 37º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, 5ª feira, dia 24 de maio, no restaurante "Caravela de Ouro", Algés. Inscrições até às 24 horas de hoje, 2ª feira (Manuel Resende)

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17414: Convívios (805): Rescaldo dos Encontros do pessoal da CCAÇ 617; Pel Mort 942 e BCAÇ 2885 (João Sacôto / César Dias)

Pessoal da CCAÇ 617 e Pel Mort 942 participante do XXIII Convívio


 
1. Mensagem do nosso camarada João Sacôto (ex-Alf Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66), com data de 28 de Maio de 2017, enviando-nos para publicação duas fotos relativas ao XXIII Convívio da sua Unidade e do Pel Mort 942.

Se tiver interesse, envio reportagem do último convívio da CC 617 ( 27/05/2017- XXII).
O actual camarada decano é o Ex-1.º Sargento Felício que conta actualmente 90 anos.


Bolo Comemorativo

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2. Mensagem do nosso camarada César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71) com data de 30 de Maio de 2017, enviando-nos duas fotos relativas ao XXII Encontro do pessoal do seu Batalhão:

Boa tarde Carlos 
Espero que continues em forma, eu vou-me cuidando dentro do possível. 
Mais uma vez te peço, caso tenhas possibilidade de publicar a nossa (BCAÇ2885) participação em mais um aniversário do regresso da Guiné. 
Teve lugar em Coimbra e foi a 20 de Maio. 
Quanto ao titulo, é mesmo esse: "Cada vez somos menos". 
Mais uma vez fico grato 

Um abraço companheiro
César Dias


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Nota do editor

Último poste da série de 21 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17382: Convívios (804): 2º encontro da Tabanca do Algarve, Faro, 20/5/2017 (José Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54, Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68)

terça-feira, 11 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17232: Convívios (793): XXII Encontro do pessoal do BCAÇ 2885, dia 20 de Maio de 2017, em Coimbra (César Dias, ex-Fur Mil Sapador)



1. Mensagem do nosso camarada César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71) com data de 2 de Abril de 2017, anunciando o XXII Encontro do pessoal do seu Batalhão:

Boa noite Carlos, saudações camarigas 
Venho mais uma vez pedir-te, caso seja possível, que publiques mais este alerta ao BCAÇ2885. Reunir das tropas. 

Convocam-se todos os elementos do BCAÇ2885 para mais um almoço de confraternização que terá lugar no próximo dia 20 de Maio em Coimbra, conforme anexos com localização e ementa. 

Então? "NÓS SOMOS CAPAZES" vamos estar presentes. 

Um forte abraço do amigo
César Dias






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Nota do editor

Último poste da série de 4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17206: Convívios (792): Encontros com e para a história - O caso do camarada Manuel José Janes - "O Violas" da CCAÇ 1427 (Jorge Araújo)