Mostrar mensagens com a etiqueta Mário Leitão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mário Leitão. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18814: Efemérides (287): O 10 de junho em Ponte de Lima: vibrante homenagem aos Limianos mortos na Grande Guerra e na Guerra Colonial (Mário Leitão)


Foto nº1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Ponte de Lima > 10 de junho de 2018 > As cerimónias organizadas pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

Fotos, texto e legenda: © Mário Leitão (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem, de 12 de junho p.p.,  de Mário Leitão 

[ hoje farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; residente em Ponte de Lima, membro da nossa Tabanca Grande, escritor, autor de livros como "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012) e, mais recentemente (2018), "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar"]


Camarada Luís, voltei!

Um abraço para a tua equipa e todos os Grão-Tabanqueiros!

A Homenagem aos Limianos falecidos na Grande Guerra e na Guerra Colonial, ontem promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes [Foto nº 4], correu muito bem, com uma grande afluência de familiares [Fotos nºs 5 e 8], entidades oficiais e veteranos. 

O Capelão Aspirante a Oficial Ricardo Barbosa, celebrante da missa de sufrágio pelos 80 Heróis do nosso concelho, proferiu um vibrante discurso [Fotos nº 7 e 78. Foi uma pena não ter sido gravado, porque nunca ouvi nada igual sobre a temática dos deveres da nossa sociedade para com as memórias dos que por ela morrem!

Foi uma homilia soberba! Insurgiu-se contra a insolência dos que ignoram o sacrifício dos Heróis da Pátria! Denunciou a ausência daqueles que deviam estar naquela igreja e não estavam! Consolou os familiares dos Mortos! Leu, um por um, todos os oitenta nomes, referindo as suas freguesias! Desafiou os presentes para fazerem ainda mais e melhor no próximo ano! Foi lindo!

Os Escuteiros de Arcozelo e da Correlhã [Fotos nº 1, 2, 5, 6 e 7] apareceram em força, assumindo o início de uma saudável transmissão de tarefas, de conhecimento histórico e de emoções!

Está foi a primeira actividade da Liga dos Combatentes, recentemente criada em Ponte de Lima. Está a nascer em força, com adesão de muitos combatente e simpatizantes. 

No Memorial dos Combatentes, uma Força Militar do Regimento de Cavalaria 6, de Braga [ Fotos nºs 1, 2 e 3]  prestou as honras militares, sob a saudação devida ao oficial mais graduado presente, o Coronel Agostinho Cruz, comandante da GNR de Viana do Castelo [Foto nº 3]. O Núcleo de Monção da Liga dos Combatente [Foto nº 4] também se associou a esta Homenagem, na qual participou o Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal.[

Várias personalidades proferiram discursos, entre eles o Tenente-coronel Ribeiro Leitão e o veterano Dr. [Manuel] Oliveira Pereira [, nosso grã-tabanqueiro]

Teve particular impacto a presença da Alferes Enfermeira Paraquedista Rosa Serra [, nossa grã-tabanqueira], que se deslocou propositadamente desde Lisboa. Ao usar da palavra cativou a assistência com a descrição da sua experiência militar.

No final da Homenagem foi apresentado o meu livro Heróis Limianos da Guerra do Ultramar, numa sessão presidida pelo Presidente da Canara Municipal.

Nessa sessão foi dedicado um minuto de silêncio em memória do Coronel Ranger António Feijó de Andrade Gomes, recentemente falecido. Aliás, a sua memória foi referida durante a missa e na cerimónia de Homenagem.

Aqui te envio algumas fotografias!

Um grande abraço!
Mário Leitão
_____________

terça-feira, 5 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18712: Efemérides (281): O 10 de Junho em Ponte de Lima: convite e programa. Lançamento do livro do nosso grã-tabanqueiro Mário Leitão, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", às 11h30, no auditório da Câmara Municipal.




Convite que nos chegou hoje através do nosso amigo, camarada, grã-tabanqueiro e escritor Mário Leitão, autor do "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", que irá ser lançado no  10  de Junho, em Ponte de Lima.

Também recebemos o mesmo convite, em  24 de maio passado, por parte do recém-criado Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes. Transcreve-se a primeira parte da mensagem:

(...) "No momento em que se formaliza oficialmente a instituição do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes, vimos apresentar a V. Exª as nossas cordiais saudações e disponibilizar todas as nossas energias para promover a salvaguarda das memórias sagradas dos Soldados naturais de Ponte de Lima que morreram ao serviço de Portugal.

"Nesse sentido, temos a honra de convidar V. Exª para as cerimónias de homenagem aos nossos Combatentes, que este Núcleo vai promover no próximo dia 10 de Junho (DIA DE PORTUGAL)" (... (...) "


Aos nossos camaradas de Ponte de Lima desejamos um grande jornada de festa e de luta. Parabéns ao Mário Leitão por conseguir levar de vencida mais este projeto de resgate da memória dos ex-combatentes limianos, mortos na guerra do Ultramar. E ao Núcleo local da Liga dos Combatentes desejamos as maiores venturas nas prossecução da sua missão.
___________

Nota do editor:

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18632: (De)Caras (108): O "pilotaço" Mário Leitão, ex-fur mil farmácia (Luanda, 1971/73): tirou o brevê de piloto privado de avião (PPA) em 1977, tem 300 horas de voo e 800 aterragens... Além disso, é "cavaleiro do mar", mergulhador e instrutor de mergulho...


Monte Real > XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 5 de maio de 2018 > A mesa dos "gloriosos malucos das máquinas voadoras"...   António Martins de Matos oferecendo o seu boné de piloto.aviador ao Mário Leitão... Dois "pilotaços"!

Foto (e legenda): © Mário Leitão (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem de Antónioo Màrio Leitão, em resposta a um pedido do nosso editor Luís Graça para explicar melhor ou comentar a sua história de vida como "piloto privado de avião" (*)

Data: 14 de maio de 2018 às 01:59
Assunto: Pilotaços!

Boa noite, Luís! Ou boa madrugada!...

Estou a escrever sob pressão, porque a tipografia já anda atrás de mim! Por isso ando calado!...

Monte Real foi lindo! Parabéns pela organização e pela tua/vossa entrega a esta causa da conservação das nossas memórias guerreiras!

É estimulante e inspirador ver tantos Camaradas irmanados pelo mesmo sentimento de fraternidade e de preocupação pelo legado que vamos deixar aos vindouros!

Aquele gesto do nosso General [António Martins de Matos, ten gen pilav, reformado], ao oferecer-me o seu boné de piloto-aviador, foi um momento alto da minha vida, acredita!

Se eu não fosse aviador, não valorizaria essa oferta para além de uma gentileza espontânea, mas como sou piloto senti muito mais do que isso! Hei-de um dia arranjar as palavras correctas para descrever a emoção que senti e o orgulho que sinto por aquele gesto!

Sim, sou piloto-aviador, embora já não voe há uns anos. Tirei o brevet no Aeroclube de Braga em 1977, pela Direcção-Geral de Aeronáutica Civil, na classe PPA [, Piloto Privado de Avião]. Voei em Cessna, Paulistinha,  Auster D5, e duas horas em DO-27.

Tenho umas trezentas horas, com umas 800 aterragens. Aterrei em Tires, Pedras Rubras, S. Jacinto, Bissaia Barreto, Palma de Maiorca, Suíça, Chaves, Vila Real, Espinho... e caí na  Serra do Alvão! (Mas continuei a voar!)

Chegou e sobrou, porque já não tinha tempo para o mergulho, de que sou instrutor por três agências internacionais, além de monitor nacional  pela Escola de Mergulhadores da Armada, e continuo "no activo".

Estou a escrever aventuras sobre isso, porque já mergulho há 42 anos e fui presidente da Assembelia Geral da FPAS [, Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas,]  uns 14 anos.

Um dia terás material engraçado para publicar, porque tenho várias aventuras aéreas e muitas subaquáticas, bem dramáticas. (**)

Já tenho os olhos a piscar, Camarada!
Boa noite! Um abraço amigo!
PS - Enviado do meu iPhone segue uma foto tirada em Monte Real, no nosso convívio do dia 5 de maio de 2018
_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 13 de maio de 2018 Guiné 61/74 - P18630: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (26): a oportunidade do limiano Mário Leitão conhecer pessoalmente três nomes míticos da FAP que atuaram no TO da Guiné, em 1972/74: António Martins de Matos, Miguel Pessoa e Giselda Antunes Pessoa

(**) Último poste da série de 28 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18573: (De)Caras (106): A minha guerra: o 'burro do mato' e como saí daqui vivo... Canquelifá, 3 de fevereiro de 1971 (Francsco Palma, ex-sold cond auto, CCAV 2748, 1970/72)

domingo, 13 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18630: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (26): a oportunidade do limiano Mário Leitão conhecer pessoalmente três nomes míticos da FAP que atuaram no TO da Guiné, em 1972/74: António Martins de Matos, Miguel Pessoa e Giselda Antunes Pessoa












Monte Real > XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 5 de maio de 2018 > A mesa dos "gloriosos malucos das máquinas voadoras"... Miguel Pessoa, António Martins de Matos, Mário Leitão e Giselda Pessoa...E por auqi também passou o paraquedista, do BCP 21 (Angola, 1970(72), Jaime Bonifácio Marques da Silva... Um quinteto de luxo


Fotos (e legendas): © Miguel Pessoa (2018). Todos os direitos reservados [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Ficámos  a saber que o Mário Leitão está longe de ser um "infilrado" na Tabanca Grande... Ele está de pleno direito na nossa Tabanca Grande: foi furriel miliciano de farmácia, em Luanda, em 1971/74... e tem estado a escrever as biografias de todos os bravos limianos (em nº 52), que morreram, no perído da guerra do ultramar, incluindo no TO da Guiné.

É um camarada generoso, caloroso e afável. Além disso, foi piloto civil, amadpr,  com 300 e tal horas de voo, até ao dia em que teve um acidente e teve de pagar uma pipa de massa por causa dos estragos da máquina.. (Ele um dia pode-nos contar melhor esta história que eu só apanhei por alto) (*)

O Mário Leitão fez questão de conhecer pessoalmente, além do António Martins de Matos, "o casal mais strelado do mundo", o Miguel e a Giselda.

Já aqui lembrámos que o nosso grã-tabanqueiro Mário Leitão, de Ponte de Lima, é hoje farmacêutico reformado, tendo sido por outro lado professor na Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo. Foi piloto civil, amador  (com 300 e tal horas de voo)... Não sabemos se ainda o é, depois do grave acidente sofrido há uns anos.  Continua a ter uma grande paixão pelos aviões.  E é sobre eles que fala com os seus ocasionais companheiros de mesa, nas fotos que acima reproduzimos,,, (**)

Em Monte Real, teve agora a oportunidade de conhecer ao vivo uma das lídimas represemtantes do corpo de enfermeiras paraquedistas que estiveram em África. Neste caso, uma das mais novas... Leia-se  a dedicatória que escreveu à Giselda no exemplar do livro que lhe ofereceu, "História do Dia do Combatente Limiano":

"Monte Real, 5/maio/2018: À enfª  Giselda Antunes Pessoa, com a grande emoção de conhecer pessoalmente uma enfermeira paraquedista da guerra do ultramar. Com um abraço do Mário Leitão (Fur Mil Farmácia de Luanda,  71/73)".

Ao Miguel ofereceu o livro "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos",com as seguintes palavras de dedicatória (incompleta):

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18613: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (23): um paraquedista, uma enfermeira paraquedista e um maluquinho das máquinas voadoras... O que faziam em Monte Real, no sábado, dia 5 de maio ?







Monte Real > XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 5 de maio de 2018 >  Jaime Bonifácio Marques da Silva, Giselda Antunes Pessoa e Mário Leão

Foto (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. O que é que têm em comum estes três camaradas nossos ?  

Bom, a Giselda era a única camarada presente em Monte Real, no sábado. Como se sabe, foi enfermeira paraquedista no TO da Guiné, entre 1972 e 1974... É casada com o coronel piloto aviador reformado, Miguel Pessoa... Costumamos chamar-lhes o casal mais 'strelado' do mundo... O Miguel apanhou com um e teve de ejectar-se, em 25 de março de 1973... A Giselda teve mais sorte, apanhou com dois, de raspão, mais tarde...

O Jaime foi alf mil paraquedista, no BCP 21, em Angola, entre 1970 e 1972. Era (e é) muito amigo da Rosa Serra, também enfermeira paraquedista. Estiveram os dois juntos em Angola. A Rosa Serra e as restantes enfermeiras paraquedistas foram homenageadas há dois anos, em Fafe, segunda terra, por casamento, do Jaime.  Foi na edição de 2016 do "Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade". A ideia partiu do Jaime.

Em Fafe, o nosso grã-tabanqueiro lourinhanense casou, teve dosi filhos, trabalhou como professor de educação física, foi autarca, com o pelouro da educação e cultura. Por doença da esposa, fixou-se definitivamente na sua terra natal, Seixa, Lourinhã, onde o casal, reformado, vive agora.

Desinquietei-o para vir a Monte Real. Nunca tinha vindo, mas costuma estar atento ao que se passa com os ex-combatentes, quer da FAP, quer do Exército, quer da Marinha. É sócio, inclusive, da AVECO . Associação dos Veteranos Combatebentes do Oeste, com sede na Lourinhã.

O Jaime veio, comigo e com a Alice, e gostou. E era o único paraquedista presente, além da Giselda. Trouxe inclusive 2 garrafas de aguardente vínica da Região Demaracada da Lourinhã. Foi com imensa alegria e sentido de partilha que ele abriu as duas garrafas e deu-a a  provar a mais de  três dezenas de camaradas presentes, no fim da refeição, depois do almoço. Foi um sucesso e um momento alto do nosso encontro: a maior parte dos camaradas desconhecia este produto da nossa terra, que é único no mundo, a par do Cognac e do Armagnac...

O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi por sua vez  professor na Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo. E é piloto civil  (com 300 e tal horas de voo)... Não sei se ainda é, depois de um grave acidente sofrido há uns anos. Tem, enfim, o "bichinho" dos aviões. Tal como o Jaime, que foi para os paraquedistas, porque lhe garantiram que saltar de paraquedas podia ser um dos melhores prazeres da vida... Andou muito a penantes no Norte e no Leste de Angola.  E tem guerra que chegue para contar aos filhos e netos....

E a Guiné? Tem quase meia centena de referências no nosso blogue, o que dá uma ideia do que temos em comum. É membro da nossa Tabanca Grande, vai a caminho da meia centena de referências no nosso blogue.

Não sei do que estavam a falar o Jaime e a Giselda quando lhes tirei estas "chapas"... Mas é fácil de adivinhar. O Mário, por sua vez, estava a preparar-se para oferecer dois dos seus livros ao casal Miguel & Giselda.

Aqui fica as fotos, para memória futura.

LG.
_______________

Guiné 61/74 - P18611: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (21): Monte Real, sábado, 5 de maio de 2018: uma "caixinha de surpresas"... E tivemos saudades tuas, C. Martins.


Da esquerda para a direita: Manuel Oliveira Pereira,  Acílio Azevedo e Mário Leitão... Ao fundo, a igreja paroquial de Monte Real. O Mário Leitão, que tinha o "complexo do infiltrado" na Tabanca Grande por ser um "angolano" e não um "guineense"..., acabou por se desinibir e tornar-se uma das vedetas do nosso XIII Encontro Nacional...


O Rogé Guerreira, membro da Tabanca da Linha, mais um camarada que está de perfil e que não conseguimos identificar


Da esquerda para a direita, o Miguel Pessoa, o Jorge Rosales e o Virgínio Briote (em segundo plano)


O Miguel Pessoa, membro da comissão organizadora, desta vez combalido, devido a queda recente que lhe afetou a coluna e o não deixa dormir. Contrariamente aos anos anteriores, desta feita não ficou no hotel, voltando para sua casa em Lisboa.


Joaquim Mexia Alves, membro da comissão organizadora, a "jogar em casa"


O José Saúde (que veio de de Beja a conduzir o seu carro, adaptado, recorde-se que ele teve uma ACV isquémico aos 57 anos, com sequelas graves, de que recuperou com grande tenacidade e vontade de viver...). A seu lado, o Manuel Oliveira Pereira, amigos e longa data.


Juvenal Amado, António Tavares (de "O Bando") e Fernando Ponte, o único representante da Marinha


Manuel Joaquim e Mário Leitão


O António Mendes (Carapinheira / Montemor-o-Velho)... Veio ter que comigo: "Sou pai da sua colega da Escola Nacional de Saúde Pública, a professora Sílvia Lopes"... Uma agradável surpresa!... O António é conterrâneo do António Bonito, foi este que o desinquietou a vir a Monte Real...


A Maria Antónia e o Vasco Ferreira


O José Almeida e a Maria Antónia, o casal que representou e muito bem Viana do Castelo... O Sousa de Castro, um histórico do blogue (o tertuliano nº 2) era para vir com este casal, ele e a esposa, Conceição... Telefonou-nos ontem, às 7 da manhã, a cancelar a inscrição: a sogra, de 94 anos, acabava de morrer durante a noite. Tanto o Sousa de Castro e o José Almeida trabalharam no Estaleiro Naval de Viana do Castelo (ENVC). O José Almeida trouxe uma lembrança: uma coleção ce gravuras com navios construídos no seu "estaleiro" de que ele fala com emoção... 


Marta Rosa Pinto e Teresa Maria, ambas da Reboleira, Amadora. A primeira é esposa do Carlos Alberto Pinto e a segunda, do Fernando Oliveira.

Monte Real > XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 5 de maio de 2018 > As primeiras imagens >

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O C. Martins, de Penamacor, teve a gentileza de nos mandar, ontem por volta das 22h00,  a seguinte mensagem a justificar a sua ausência, que foi notada, em Monte Real:

Caro Carlos

Devido a um imprevisto de última hora,  não me foi possível ir ao convívio nem avisar que não podia ir.

Tive que ser internado no hospital,felizmente não se confirmou que o motivo fosse grave. Se eventualmente a organização foi prejudicada financeiramente, envia-me o teu número de conta para eu fazer a transferência.

Antecipadamente grato.

Um alfa bravo,
C. Martins

2. O nosso coeditor Carlos Vinhal respondeu-lhe nestes termos:

Caro C. Martins

Problema da tua falta resolvido na hora. Pena teres faltado por motivo de saúde.  Ainda bem que não é nada de grave. Rápido e definitivo restabelecimento.

Abraço,
Carlos
______________


Vd. postes anteriores da série:

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18334: (De)Caras (105): Onde fica a Rua António da Silva Capela?... Fica em Lousa, Loures... Quem foi? Um herói limiano, esquecido na sua terra natal, Ponte de Lima (Mário Leitão / Adelino Silva)



Localização da Rua António da Silva Capela, Lousa, Loures. Fonte: © Google (2018)  (com a devida vénia...)

Freguesia: Lousa
Concelho: Loures
Distrito: Lisboa
GPS: 38.867017, -9.213068


1.  Como chegar à Rua António da Silva Capela, em Lousa, Loures?  O portal Moovitapp dá-te uma ajuda...

E sabes quem foi o António da Silva Capela? Não sabes, como ninguém sabe... tanto em Loures (onde está sepultado) como em Ponte de Lima (onde nasceu)... Ninguém sabe, nem está sequer interessado em saber... Para ter nome de rua, é alguém que já morreu...

É verdade, é alguém que já morreu. Um jovem minhoto, que morreu em combate, numa guerra já esquecida, e que ninguém quer lembrar: guerra do ultramar, para uns, guerra colonial, para outros... Em suma, um camarada nosso cuja memória temos a obrigação de honrar...

Foi homenageado em 1971, dois anos depois da sua morte, com um nome de rua no município onde foi sepultado (e onde deveria residir ao tempo em que fora chamado a prestar o serviço militar obrigatório)... Era então presidente da câmara municipal de Loures (1970-1974) um tal Luís Filipe da Cunha de Noronha Demony (nascido em Moçambique, em 1928)... Estávamos no "tempo do fascismo", dirão alguns... 

Hoje já ninguém se lembra dessa simples homenagem do município de Loures ao soldado limiano... Felizmente, há quem se recuse em deixar este nosso camarada, morto em combate na Guiné, no setor de Bula, em 18 de outubro de 1969, ficar "sepultado na vala comum do esquecimento"... Conterrâneos seus como Mário Leitão, nosso grã-tabanqueiro, ou o jornalista Adelino da Silva, fazem questão de resgatar a sua memória.

Sobre o herói limiano António da Silva Capela (Cabaços,. Ponte de Lima), escreveu o  nosso Mário Leitão:

(...) "Soldado Atirador 72441868. Este jovem deixou-nos algumas das mais lancinantes e emotivas imagens que se conhecem de toda a filmografia da Guerra do Ultramar, divulgadas pelo Institut National de l’Audiovisuel francês (...) Trata-se de um filme chocante sobre a agonia de António Capela, nascido em Cabaços no dia 25 de Outubro de 1947 e recenseado em Loures, onde está sepultado no Cemitério da Lousa. Foi mobilizado para a Guiné pelo Regimento de Cavalaria 7, extinto em 1975, como membro da Companhia de Cavalaria 2487, pertencente ao Batalhão de Cavalaria 2868, que embarcou no dia 23/02/1969 e regressou a 30/12/1970. Era filho de Gabriel dos Santos Capela e de Rosa Araújo da Silva." (...)


Adelino da Silva, por sua vez, escreveu, em 18 de julho de 2016, no portal "Vale Mais" um vibrante e brilhante artigo de opinião ("As lavadeiras do rio Lima e a guerra colonial") que merece ser conhecido dos amigos e camaradas da Guiné que aqui se sentam sob o poilão da Tabanca Grande.


2.  AS LAVADEIRAS DO RIO LIMA E A GUERRA COLONIAL

Opinião > Adelino Silva > Jornal Vale Mais, 18 Julho, 2016

[Texto e foto: reproduzidos com a devida vénia, ao autor e ao editor]

Estávamos em 18 de outubro de 1969, era um sábado de outono, morno e soalheiro. Vivíamos no “Portugal Maior” — assim batizado por Norton de Matos, o nosso General —, aquele Portugal, real e utópico, cujos territórios se estendiam do Minho a Timor.

Na Guiné-Bissau — uma das parcelas desse “Portugal Maior” —, os jovens soldados portugueses combatiam, há alguns anos, contra uma guerrilha “invisível”, mas vivamente determinada em derrotar o exército colonial, com emboscadas ferozes e minas insidiosas.

Em Ponte de Lima, na centenária vila, as mães desses soldados — as airosas e risonhas “lavadeiras do Lima” —, engalanavam o pitoresco areal, ainda doirado e luminoso, com fulgentes estendais, em cenário policromático matizado por incontáveis peças de roupa.

Na Guiné, nas rústicas tabancas, circundadas por verdes matas gementes, as mães dos guerrilheiros pilavam arroz e milho, de forma ritmada e vagarosa, em mais um dia longo e sonolento.

Perto de Bula, nos bosques viridentes e adversos, um jovem limiano de Cabaços (António da Silva Capela), integrava como soldado atirador, uma patrulha da “Operação Ostra Amarga” (*), precisamente aquela que Spínola — o enigmático comandante-chefe —, escolheu, como palco improvisado, para promover mais um episódio de propaganda inútil, levando, para os “trilhos da morte”, uma equipa de repórteres franceses, ao serviço da rádio e da televisão ORTF e da revista Paris-Match.

“Ostra Amarga” viria a tornar-se, nesse dia, num doloroso e gélido malogro para as nossas tropas e num invulgar batismo de guerra para os jornalistas franceses.

Em “direto”, a cores e debaixo de “fogo cerrado”, aquela equipa de ousados repórteres registou, em película, num longo travelling dantesco, o clímax dramático e apocalítico, tingido de rostos de dor, horror e tragédia, de uma das operações de combate mais desumanas, alguma vez filmada nas frentes da guerra colonial e que viria a ser fatal para o jovem limiano.

As imagens ácidas, cortantes e pungentes, resultantes de mais uma emboscada impiedosa, correram mundo; a televisão francesa emitiu-as em 11/11/1969; e a revista “Paris Match” publicou, em 15/11/1969, uma reportagem, sob o título, “Guiné: a estranha guerra dos Portugueses”.
UM POVO QUE LAVA NO RIO E A ESTRANHA GUERRA DA GUINÉ

Mas, para mostrar o contraste, entre essa “estranha guerra dos Portugueses” (a cores) e o “Portugal real” (a “preto e branco”), o realizador francês, um génio criativo sabedor da força da tessitura da cor e do poema “povo que lavas no rio”, de Pedro Homem de Mello (PHM), inseriu, no meio do caos cénico, alguns fotogramas pincelados de beleza extrema, onde brota o gracioso areal limiano, esmaltado por infindas peças de roupa a flutuar ao vento, em suaves bailados coreográficos, e vigiadas, com denodo, por duas mãos cheias de generosas mulheres — as míticas “lavadeiras do Lima”. 

[Vd. INA.fr., vídeo "Guerre en Guinée",  minuto 8, 47º segundo...]

São imagens expressivas, a “preto e branco”, onde sobressai o quotidiano simples dessas “mulheres-lavadeiras”, que o atento realizador francês, utilizando o efeito catalisador da arte cinematográfica, exibiu ao mundo, simbolicamente, como sendo as “mães de Portugal”, que sustentavam a “estranha guerra” da Guiné, com a seiva mais valiosa da juventude.

Hoje, na sempre vetusta e renovada vila, as “mães de Portugal” — as “lavadeiras do Lima” — deixaram de ser a imagem icónica do “povo que lava no rio” e, no pictórico areal do Lima, os lençóis de alvura reluzente já não tremulam, em animada sinfonia visual, com a pureza das brisas que passam. Na Guiné, as mães dos antigos guerrilheiros, continuam a viver nas tabancas, envolvidas por cortinados de paisagens de ruínas e de silêncio, e a pilar arroz e milho, em tardes sempre quentes e intermináveis.

Em 31/10/1971, António Capela foi homenageado com o nome de uma rua em Loures (onde se encontra sepultado), evento noticiado com grande brilho, em 15/11/1971, no jornal “Mirante”.

Mães que lavam no rio ou que pilam arroz nas tabancas, jovens soldados ou guerrilheiros que combatem ou morrem em “estranhas guerras”, são os laços traumáticos que unem dois povos, num véu de mágoa e de mistério, e que só serão suavizados pelas teias do tempo que passa. O resto, já o havia escrito, de forma sublime, PHM [Pedro Homem de Melo, 1904-1984], o tal poeta esquecido: “Pode haver quem te defenda; Quem compre o teu chão sagrado; Mas a tua vida não”.(**)
________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de fevereiro de 2018 >  Guiné 61/74 - P18333: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (49): Quem são os camaradas da CCAV 2487 / BCAV 2862 (Bula, 1969/70), que assistiram aos últimos minutos de vida do trágico herói limiano António da Silva Capela (1947-1969), uma das vítimas mortais da emboscada, em 18/10/1969, no último dia da Op Ostra Amarga ? Estou a fazer a biografia deste filho de Ponte de Lima, que não pode ficar sepultado na vala comum do esquecimento na sua terra natal... (Mário Leitão)

(**)  Último poste da série > 10 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18197: (De)Caras (103): Patrício Ribeiro, "pai dos tugas" ou o "último improvável herói tuga" na Guiné-Bissau?... Recordando o seu ato de heroísmo e altruísmo em Varela, em 1998, ao "pôr a salvo", na fragata Vasco da Gama, um grupo de portugueses e outros estrangeiros... 18 milhas / c. 33 km pelo mar dentro, numa canoa nhominca...

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18333: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (49): Quem são os camaradas da CCAV 2487 / BCAV 2862 (Bula, 1969/70), que assistiram aos últimos minutos de vida do trágico herói limiano António da Silva Capela (1947-1969), uma das vítimas mortais da emboscada, em 18/10/1969, no último dia da Op Ostra Amarga ? Estou a fazer a biografia deste filho de Ponte de Lima, que não pode ficar sepultado na vala comum do esquecimento na sua terra natal... (Mário Leitão)




Foto nº 2


Foto nº 3


 Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6



Foto nº 7


Foto nº 8


Foto nº 9


 Foto nº 10



Foto nº 11


 Foto nº 12


Foto nº 13



Foto nº 14

Footogramas, selecionados por Mário Leitão, do vídeo, em francês, "Guerre en Guinée" [, "Guerra na Guiné", ORTF, Paris, 1969] , hoje disponível no portal do INA - Institut national de l'audiovisuel (13' 58'').


1. Mensagem, com data de 8 do corrente, do nosso camarada: Mário Leitão [ hoje farmacêutico reformado, ex- Fur Mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; residente em Ponte de Lima, membro da nossa Tabanca Grande, escritor, autor de livros como "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012).



Camarada Luís, um grande abraço!

Não sei se será possível ou oportuno pedir à nossa comunidade de grão-tabanqueiros e aos visitantes assíduos as identificações dos camaradas que aparecem nos frames do vídeo ORTF sobre a morte de ANTÓNIO DA SILVA CAPELA, ocorrida no último dia da Operação Ostra Amarga. (*)

A questão é a seguinte: estou a terminar a biografia desse herói limiano (que tem o seu nome numa rua de Loures, mas que é desconhecido em Ponte de Lima!) e gostaria de deixar para a história o maior número de referências possível!

Referir alguns dos camaradas cujos rostos aparecem no filme, seria elementar sob o ponto de vista de rigor histórico, creio eu.

De resto, a biografia do Soldado Atirador de Cavalaria António Capela (CCAV 2487) está bastante completa, havendo uma descrição cronológica dos acontecimentos desde a madrugada do dia 18/10/1969, até ao regresso ao aquartelamento, no final da tarde.

Se for possível lançar um SOS, seria muito bom!
Outro abraço, extensivo a toda a tua equipa!

Muito obrigado!


Foto nº 1 > Guiné > Região do Cacheu > Bula > CCAV 2497 / BCAV 2862  (Bula, 1969/70) > 18 de Outubro de 1969 > Dois mortos e um ferido, numa emboscada,  no decurso da Op Ostra Amarga (que ficou também ironicamente conhecida como Op Paris Match)... Os nossos camaradas foram atingidos por um LGFog inimigo.

As duas vítimas mortais foram: (i) o Henrique Ferreira da Anunciação Costa, soldado clarim n.º 03434368, natural de Ferrel,  freguesia de Atouguia da Baleia, concelho de Peniche,  que teve morte imediata; e (ii) o  António da Silva Capela, soldado atirador n.º 0721868, natural da freguesia de Cabaços, concelho de Ponte de Lima:  morreu à espera da helievacuação.  Está sepultado no cemitério de Lousa, concelho de Loures (, município onde tem também nome de rua, homenagem realizada dois anos depois, em 1971).

As NT (2 Gr Comb da CCAV 2487, comandadas pelo Capitão Cav José Sentieiro, hoje coronel ref) caem num emboscada do PAIGC... O combate é presenciado por jornalistas estrangeiros e registado em filme por uma equipa da televisão francesa... No fotograma acima (foto nº 1), as NT prestam os primeiros socorros a um dos feridos graves. Um dos militares transporta, às costas, uma fiada de granadas de LGFog 3,7...

Foto: INA - Institut National de l' Audiovisuel (2006) / Cópia pessoal de Virgínio Briote, editor jubilado do nosso blogue (*)


2. Comentário do editor LG:


Fazemos um apelo para que os nossos leitores, e em especial os da CCAV 2487 / BCAV 2862 (Bula, 1969/70), possam idenrtificar estes camaradas que estiveram envolvidos na Op Ostra Amarga. (**)

O nosso camarada Mário Leitão tem-se dedicado, de alma e coração, à indispensável e exaustiva recolha e tratamento da informação relativa aos 52 limianos, os naturais do concelho de Ponte de Lima, mortos nos TO de Angola, Guiné e Moçambique bem como no continente ou outros territórios, no cumprimento do serviço militar, no período que abarca a guerra do ultramar (1961/74).

A lista (52 nomes no total). já aqui por nós publicada.  é enriquecida com fotos e valiosas notas biográficas. Os camaradas mortos no TO da Guiné  foram assinalados a vermelho (sublinhado). Um deles foi o António da Silva Capela, sold at, CCAV 2487 (1969/70), morto em combate no decurso da Op Ostra Amarga, e cuja atroz agonia foi filmada por uma equipa da televisão francesa, de visita ao TO da Guiné.

3. Este é o vídeo mais 'pornográfico' da guerra da Guiné, passado e repassado nas nossas estações televisivas,  na Net e no cinema, muitas vezes sem um mínimo de "pudor", sem uma informação de contexto, sem citação da fonte: a helievacuação ipsylon que não chegou a tempo, a atroz agonia do sold at da CCAV 2487, António da Silva Capela, natural de Ponte de Lima, mortalmente atingido nessa emboscada, no último dia da Op Ostra Amarga, no subsetor de Bula, região do Cacheu, uma ostra amarga para Spínola, para todos nós  e para os jornalistas franceses que cobriram este acontecimento de guerra.

O vídeo, em francês, "Guerre en Guinée" [, "Guerra na Guiné", com resumo analítico, em português, no poste P2249 (*)] , está disponível no portal do INA - Institut national de l'audiovisuel (13' 58''). Foi produzido pela ORTF, a estação de televisão pública francesa, em 1969. Não o podemos reproduzir, diretamente aqui, no blogue, pro razões de direitos de autor.  Mas apelamos a que os nossos leitores o vejam ou revejam, no portal do INA.fr [clicar aqui "Guerre en Guinée"]  para melhor identificação dos nossos camaradas, cujos fotogramas constam da primeira parte deste poste, e que vão renumerados, de 2 a 14.

__________