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sábado, 24 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21478: Os nossos seres, saberes e lazeres (418): No Alto Minho, lancei âncora na Ribeira Lima (12) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 29 de Abril de 2020:

Queridos amigos,
Não há bem que não acabe, aqui fica o relatório do último dia em Ponte de Lima, já pairam no ar notícias inquietantes de um vírus, nos noticiários relevam-se termos como pandemia, confinamento, quarentena, é suposto que em breve seja anunciado um estado de emergência. Por aqui deambulo sem palpitações ou receios de me infetar, mas à cautela já nem a mão estendemos a amigos e conhecidos. Foi uma viagem surpreendente, como repetidamente se veio a afirmar, era um dever de amizade e a confirmação de tudo quanto se lia sobre estes pontos do Alto Minho que tanto emocionavam um amigo cego, que vibrava com a história de Ponte de Lima e Viana do Castelo, sobretudo, nestes locais viveu até à adolescência, e muitas vezes regressou, marcado pela paternidade minhota. Há um travo amargo, o que ficou por ver, os arrabaldes, a passagem por Viana do Castelo foi visita de médico, nunca se conseguiu entrar na Igreja da Misericórdia, nem se visitou o esplêndido barroco da Correlhã, mas outros exemplos podiam ser dados. Isto para acentuar que foi uma viagem memorável e que Deus permita que se possa repetir.

Um abraço do
Mário


No Alto Minho, lancei âncora na Ribeira Lima (12)

Mário Beja Santos

Esta inolvidável peregrinação caminha para o seu termo, hoje é dia reservado a Ponte de Lima, as notícias sobre o coronavírus são cada vez mais alarmantes, vêm aí restrições severas, fala-se em confinamento, logo de manhã, no próximo dia, ruma-se a Lisboa, há uma certa suspeita de que vale a pena passar por Pedrógão Pequeno e encher uma mala com livros, nos noticiários de rádio fala-se em quarentena, ao menos que haja leituras e boa música, o resto virá por acréscimo. Contempla-se este magnífico painel de azulejos, o tema é a Restauração, a aclamação de D. João IV, bate certo neste templo religioso que vem dos confins da Idade Média.
É uma deambulação sem itinerário, voltou-se a visitar alguns parques, estátuas, percorreu-se cuidadosamente a Rua do Arrabalde de S. João de Fora e também a Rua Lima Bezerra, não se esqueceu a Casa de Nossa Senhora de Aurora que se visitou com tanto gosto, com o seu jardim aprimorado, acolhimento de estalo da anfitriã que zela aquele património seja mantido com desvelo, uma casa destas exige restauro permanente, conservação permanente.
E os jardins? Sai-se deste ponto da Ribeira Lima assegurando ao leitor que se cumpriu à risca o guia turístico e o que confere a Ponte de Lima a Rota das Camélias: o passeio ribeirinho, o parque temático do Arnado, com os seus diversificados jardins, o jardim Sebastião Sanhudo, a inevitável Avenida dos Plátanos, o jardim dos Terceiros, e mesmo junto ao edifício da autarquia, o jardim Dr. Adelino Sampaio. Já se anda com os pés a escaldar, mas o dia está magnífico, e o maravilhamento é intenso.
Havia um encontro aprazado com um limiano que é personalidade conhecida da terra pelo denodo com que se bate para que seja respeitada a memória dos combatentes, carteamo-nos regularmente, ele reservara-me surpresa, visitar Ponte de Lima do alto. E que grande surpresa. Começou por me levar a uma elevação onde se desfruta do vale do rio Trovela, as águas que por ali correm vêm dos montes da Boalhosa, passando por Fornelas e pela Feitosa. O que é que há de especial nesta floresta? Uma floresta antiga, ali pontificam amieiros, carvalhos, castanheiros, sobreiros, salgueiros, ainda não entrou a praga do eucalipto, e não constam pinheiros. Antes porém, houve subida ao Monte da Madalena, na freguesia de Fornelos, estamos a 240 metros de altitude, há por ali até um parque em espaço arborizado e aprazível, e está aberto um restaurante, aqui se pode desfrutar uma panorâmica sobre o populoso concelho.
O Mário Leitão insistiu que fôssemos às Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, ele foi um pioneiro para que ali houvesse uma reserva natural, expliquei-lhe que tentara por ali cirandar, quase impossível, os caminhos estavam praticamente alagados, só de galochas, que eu não trouxera. E tranquilizei-o, haverá regresso, iremos os dois a esse paraíso da biodiversidade. Insistiu numa fotografia a dois, e eu fiz questão de mostrar o livro das Lagoas de Bertiandos, um dos motivos do próximo regresso.
Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos
No caminho de regresso encontrou-se este espigueiro em bom estado, tão importante património como as casas, pontes, jardins e lagos que me encheram os olhos. Há um lugar icónico, que é o Soajo, em que estes armazéns de cereais assentam na robustez da pedra, o que produz um efeito de ponto fortificado, que não é, terá sido impressão minha, depois de ter palmilhado aquele magnífico Castelo de Lindoso, de perpétua memória.
Procuro uma síntese de tudo quanto me foi dado observar, tanto em património natural como construído: o bucolismo genuíno da Ribeira Lima, as belas veigas e gândaras dos pequenos vales, o rio longo e plácido, aquela ponte histórica, nó viário fulcral desde tempos antigos e também da alvorada da nossa nacionalidade; a vila cuidada, o seu casario que assinala um passado dinâmico; as visitas a Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Viana do Castelo, por haver reporte, a diferentes níveis sentimentais com a pessoa que aqui se veio homenagear, uma vida que se extinguiu em janeiro de 2020, 90 anos há pouco feitos, e que continua a deixar-me inconsolável. Daí as imagens que se seguem, de tempos imemoriais, até uma lápide para mim indecifrável, mas que tanto me comoveu. São imagens de saudade, valem pelo que valem.
Os estudantes coimbrões falam da hora da despedida nas suas baladas, vai anoitecendo, daqui a pouco não me vou poupar ao meu último caldo verde, porque aqui a comida tem fama e proveito, primeiro o dia tem aquela luz ofuscante que anuncia a escuridão repleta; era inevitável que a última imagem fixasse um troço da Ribeira Lima, que associo sempre a todos aqueles jornais que lia regularmente a um cego ávido de informações da terra-mãe. Cumpri o meu voto, espero dobrá-lo e redobrá-lo, por definição toda a viagem é inacabada.
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Notas do editor:

Poste anterior de 17 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21458: Os nossos seres, saberes e lazeres (416): No Alto Minho, lancei âncora na Ribeira Lima (11) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 23 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21476: Os nossos seres, saberes e lazeres (417): O que é que isto tem a ver connosco e com a nossa 'guerra'?

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Guiné 61/74 - P21295: Efemérides (334): O Dia do Combatente Limiano, em 24 de agosto de 2020, foi partilhado com um "anjo da guarda", Rosa Serra (Mário Leitão)

Ponte de Lima > 24 de agosto de 2020 > Mário Leitão e Rosa Serra, dois ilustres membros da nossa Tabanca Grande.


Fotos (e legenda): © Mário Leitão (2020). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de hoje, às 1h42, do Mário Leitão [ex- Fur Mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; famacêutico, membro da nossa Tabanca Grande; autor, entre outros, do livro "História do Dia do Combatente Limiano", lanaçdo o ano passado Museu da Farmácia, em Lisboa]

Caro Luís! Um abraço!

Que grata surpresa ter sido visitado pela Alferes Paraquedista Enfermeira Rosa Serra, neste 24 de Agosto, dia de S. Bartolomeu! 

Fez hoje 7 anos que iniciamos a homenagem anual do Dia do Combatente Limiano, que, na celebração de 2018,  contou com a presença dessa distinta Camarada Paraquedista.

Também esteve a meu lado no Museu da Farmácia, quando a ANF apresentou o livro "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", no qual ela está referida a propósito da evacuação do Sold António Capela, durante a Operação Ostra Amarga.

Eis três empolgantes momentos da minha vida partilhados com um Anjo da Guerra, em que a emoção e o registo histórico se configuram numa saborosa herança para deixar aos meus netos!

Sentes a minha vaidade?

Grande abraço, camarada!

Fur Mil Farmácia Mário Leitão
(Luanda, 71/73)

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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de agosto d3 2020 > Guiné 61/74 - P21224: Efemérides (333): Foi há 54 anos que parti para o CTIG, no T/T Uíge, para ir formar em Bolama o Pel Caç Nat 54 (Jose António Viegas)

domingo, 16 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19893: Agenda cultural (689): Lançamento do livro de Mário Leitão, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", Museu da Farmácia, Lisboa, dia 17 de junho, às 18h30



COMUNICADO DE IMPRENSA


Lisboa, 7 de Junho de 2019

17 de Junho | 18h30 | Museu da Farmácia*
Mário Leitão, Ponte de Lima


Guerra do Ultramar: Memória e actualidade no Museu da Farmácia

Livro “Heróis Limianos da Guerra do Ultramar”, de Mário Leitão, lançado em Lisboa.

O livro “Heróis Limianos da Guerra do Ultramar”, de Mário Leitão, vai ser apresentado publicamente a 17 de Junho, no Museu da Farmácia, em Lisboa. A obra, resultado de um trabalho de investigação inédito em Portugal, reúne as biografias dos 53 soldados de Ponte de Lima,  mortos na Guerra Colonial.

A cerimónia de apresentação será presidida pelo Tenente-General Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes, que vai relatar as questões sociais, económicas e emocionais que ainda perturbam o espírito dos antigos Combatentes e respectivas famílias.

O Coronel da GNR Luís Gonzaga Coutinho de Almeida fará a apresentação da obra e do autor.

António Mário Lopes Leitão, farmacêutico e professor reformado, foi furriel miliciano na Farmácia Militar de Luanda, entre 1971 e 1973. Esta é a sua terceira obra, que materializa «as vicissitudes que estão subjacentes a esta saga da conservação das Memórias dos Combatentes Limianos».

O Museu da Farmácia promoverá uma visita comentada pelo seu director, João Neto, às peças da sua exposição permanente que recordam a luta contra a morte e a doença dos soldados da Guerra Colonial.

* R. Marechal Saldanha, 1

Entrada livre

Informações: cultura@anf.pt
Aceda aqui ao evento no Facebook

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19885: Efemérides (305): O dia do Combatente Limiano, 10 de junho de 2019 (Mário Leitão, Ponte Lima)











Ponte de Lima > 10 de Junho de 2019 > Homenagem aos combatentes limianos

Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do António Mário Leitão:


O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil 
na Farmácia Militar de Luanda, Delegação, n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no mil, período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue; é autor de 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)

 Data - 12 de junho de 2019 00:53

 Assunto - Dia do Combatente Limiano / 2019

 Camarada Luís Graça, aqui envio imagens da grande Homenagem aos 80 Limianos, mortos ao serviço de Portugal, na Grande Guerra e na Guerra Colonial, promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

 A Igreja Matriz ficou repleta de familiares, combatentes e amigos, com diversas autoridades militares e civis que se associaram ao evento. Da Galiza vieram alguns membros da Irmandade de Cavaleiros Legionários. A missa de sufrágio foi presidida pelo Alferes Capelão Ricardo Barbosa, do RC6 de Braga, que foi auxiliado pelo Capitão Capelão da Guiné,  José António Pereira Correia, da CCaç 3547, Os Répteis de Contuboel.

 No Memorial dos Combatentes decorreu uma homenagem muito linda, emotiva e cheia de significado. Nela usou da palavra o antigo presidente da câmara Dr. Francisco Abreu de Lima, responsável por Ponte de Lima ter sido o primeiro município do País a aprovar e realizar uma homenagem dos seus filhos mortos pela Pátria. O Comandante Territorial da GNR e o Capitão do Porto de Viana do Castelo marcaram presença.

Seguiu-se o Primeiro Almoço do Combatente Limiano, que reuniu 108 convivas na EXPOLIMA. Aqui fica o registo para o acervo da Tabanca Grande.

Abraço!
Mário Leitão
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19537: Em busca de... (295): SOS, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11, LMPQF, Angola (1971/73)... Procuro o ex-fur mil Morgado, natural da região de Santarém, partilhámos o mesmo camarote no N/M Vera Cruz, trabalhámos juntos, não nos vemos há 46 anos... (António Mário Leitão, Ponte de Lima)


Angola > Luanda > Farmácia Militar, Delegação n.º 11, Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF)  (1971/73) > Da esquerda para a direita, o fur mil Mário Leitão, de Ponte de Lima, e o fur mil Morgado, de Santarém.


Foto (e legenda): © Mário Leitão (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do nosso camarada António Mário Leitão



[O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no mil, período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue;  é autor  de 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)].



Data - terça, 26/02, 20:00


Assunto - SOS - Laboratório Militar


Caro Luís, um grande abraço!

Preciso da tua ajuda para divulgação desta fotografia, na qual figuro ao lado do Furriel Morgado, meu camarada de comissão na farmácia Militar de Luanda (1971-1973). 

Partilhamos o mesmo camarote no N/M Vera Cruz e muitas aventuras na cidade de Luanda. Há 46 anos que nada sei dele. 

É natural da região de Santarém. Gostava de o rever e de partilhar as suas memórias num livro sobre o LMPQF, que ando a escrever.

Ofereço alvíssaras a quem me der informações! (Em alternativa, um arroz de sarrabulho em Ponte de Lima!)

Um grande abraço!

Mário Leitão (telem 967039844)


2. Resposta do editor LG:


Comandante, um pedido teu é uma ordem!... Vamos lá põr a malta da Tabanca Grande à procura do Morgado que, como dizes, deve ser ribatejano e que, esperamos, deve estar vivo e de boa saúde, é o que todos esperamos.

Acabo de vir da "catedral da lampreia", aqui no Lumiar, a Tasca do João... Lembrei-me de ti... Temos encontro a 25 de maio:é o XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, comemorando os 15 anos do blogue... Será que este ano voltas a fazer-nos companhia ?... 

Um abração. Luís

PS - Mário, só pelo apelido, Morgado, é mais difícil de localizar o nosso camarada ribatejano... Para mais, só sabes que é(era) natural do distrito de Santarém... Mas vou o teu apelo na página do Facebook da Tabanca Grande.

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Nota do editor:

Último poste da série > 25 de fevereiro de 2019 >  Guiné 61/74 - P19529: Em busca de... (294): O ex-1.º Cabo At Alberto de Aparecida Couto do Pel Caç Nat 54 procura o seu camarada José Augusto da Silva Dias, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BART 3873 que o salvou de morrer afogado no rio Geba (Sousa de Castro)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19528: Convívios (887): 1.º Almoço de Confraternização do Combatente Limiano: Ponte de Lima, 10 de Junho de 2019 (Manuel Pereira e Mário Leitão)


Página do Facebook do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes




Mnauel Pereira
 1. O nosso camarada e grã-tabanqueiro  Manuel [Oliveira] Pereira, é um  limiano de pura gema [, ou seja, natural de Ponte de Lima]. Foi fur mil, CCAÇ 3547,   "Os Répteis de Contuboel", (Contuboel 1972/74), subunidade que pertencia ao BCaç 3884 (Bafatá, 1972/74).

Foi um dos primeiros camaradas da Guiné a dar a cara no nosso blogue. Conhecemo-nos no I Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Ameira, Montemor-O-Novo, em 2006. Temo-nos encontrado de vez em quando por aí, em Lisboa. Trabalhou durante anos no Hospital da CUF, em Lisboa, como técnico de gestão, ligado à produção, licenciando-se, entretanto, em Direito. Depois da reforma, regressou à sua terra natal onde, com o Mário Leitão e outros antigos combatentes, tem animado o Núcleo local da Liga dos Combatentes..

O Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes tem página no Facebook:

(..) Este "espaço", agora, reactivado, pretende - com a ajuda de todos - ser "ponto de encontro", mas também "ponte", entre todos os "Combatentes Limianos", quer no contexto nacional, quer na diáspora. 

Iremos, sempre que possível, dar as informações que entendermos úteis, à nossa condição de "combatentes", quase "esquecidos" pelo poder político.
Mário Leitão

Iremos igualmente e, para maior transparência à nossa "missão", dar a conhecer toda a actividade do Núcleo. Assim, correspondência, actas, comunicados, fotografias e outra documentação, será aqui disponibilizada.

Para que os objectivos acima descritos, sejam alcançados, precisamos de "sócios" e muito particularmente da colaboração de todos. (...) 

É ele que está a organizar,  juntamente com o Mário Leitão, o 1.º almoço de confraternização do Combatente Limiano, no próximo 10 de junho de 2019.
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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de fevereiro de  2019 > Guiné 61/74 - P19520: Convívios (886): Encontro do pessoal do BCAV 3846, a levar a efeito no próximo dia 17 de Março de 2019, no Cartaxo (Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf.º)

sábado, 8 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19265: E as nossas palmas vão para... (18): O Arquivo Geral do Exército pela excecional colaboração prestada na pesquisa, de 5 anos, para o meu Livro dos Heróis Limianos... apesar das tremendas dificuldades em instalações e pessoal: 10 milhões de fichas individuais e 20 quilómetros de prateleiras todos os dias em risco, está lá toda a Guerra do Ultramar! (Mário Leitão)


Mário Leitão e o Director do Arquivo-Geral do Exército, tenente-coronel Fernando Felício



Capa do livro "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", de Mário Leitão (Ponta de Lima, ed. autor, 2018, 272 pp.) (*)

[O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil, na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, e já tem 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e, agora, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)].


Fotos: © Mário Leitão  (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do nosso amigo e camarada limiano, António Mário Leitão: 

Data: sexta, 7/12/2018 à(s) 12:23
Assunto: Livro dos Heróis Limianos

Caro Luís, um grande abraço!

Como não podia deixar de o fazer, entreguei pessoalmente um livro ao Sr. Director do Arquivo-Geral do Exército, tenente-coronel Fernando Felício, a quem devo a minha gratidão pelos serviços extraordinários que a sua instituição me prestou durante 5 anos de pesquisa.

É claro que na ocasião também agradeci ao seu adjunto, major dr. Marcelo Borges, e ao sargento-ajudante Fonseca, que foram incansáveis no fornecimento de processos para análise!

A propósito deste meu agradecimento devo denunciar as tremendas dificuldades de pessoal e de instalações com que esta unidade militar se debate, as quais tardam a ser solucionadas pelos governantes da nossa praça!

Aqueles 10 milhões de fichas individuais e os 20 quilómetros de prateleiras não podem continuar a correr os riscos actuais! A Guerra do Ultramar está lá toda, à espera de digitalização e de tectos seguros, e as calamidades dos incêndios não acontecem só em Terras de Santa Cruz! (Que o diabo seja surdo!)

Agradeço a publicação no nosso blogue!

Outro abraço e até breve! 
Mário Leitão 

2. Poste publicado, em 5 do corrente, na página do Facebook de António Mário Leitão:

Missão cumprida!

As biografias dos 53 Rapazes da minha terra que morreram na tropa durante a Guerra Colonial só puderam ficar registadas para a História porque este cidadão, tenente-coronel Fernando Felício, compreendeu, logo que iniciei as minhas pesquisas, a grande importância dessa missão de cinco anos.

Como Director e Comandante do Arquivo Geral do Exército (**), e no estrito cumprimento da sua missão, facultou-me todo o apoio e todas as facilidades para escrever este livro, o qual, sem disso eu ter consciência, catapultou Ponte de Lima para o primeiro dos concelhos a escrever a história da vida de cada um dos seus filhos mortos ao serviço da Pátria naquele conflito.

A par desta figura, uma outra se destaca como grande destinatário da minha gratidão: o forjanense coronel dr. Luís Coutinho de Almeida, que partilhou comigo muitos dias de pesquisa no Convento de Chelas.

Aqui deixo, com garantia de perenidade, um grande abraço de amizade e gratidão para esses dois senhores Oficiais Superiores!

Não vos admireis, pois, por no dia de hoje me sentir particularmente feliz. (***)
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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18872: Notas de leitura (1086): "Heróis limianos da Guerra do Ultramar", de Mário Leitão, ed. autor, Ponte de Lima, 2018, 272 pp. Um ato de pedagogia cívica e patriótica, que devia ser replicado em todas as nossas terras.











Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)


1. Foi lançado oficialmente no dia e no local certos: em 10 de junho, em Ponte de Lima (*)...

Ele prometeu e cumpriu... Foram muitos anos de trabalho. Pelo menos, cinco... A resgatar e a honrar a memória dos seus conterrâneos e camaradas, limianos, que morreram nas guerras de África.  "Limianos que tombaram pela Pátria em África". Ele não usa o eufemismo, nem quer ser politicamente correto.

53 ao todo: 45 lá nas terras do ultramar, longe de casa, longe das suas terras: Ardegão, Anais, Poaires, Fornelos, Cabaços, Vitorino de Piães, e por aí fora, que o concelho é grande (tinha nos anos 60/70 mais de 40 mil habitantes e cerca de 4  dezenas de freguesias). A guerra cobrou muitas vidas em Ponte de Lima: 45, mais os 8 que morreram "ao serviço de Portugal na Metrópole durante o período da guerra colonial".

Das 45 mortes  em África, 16 ocorreram em Angola, 15 em Moçambique, 13 na Guiné e 1 em Cabo Verde. A maior parte (71%) em combate  (49%) e acidentes em campanha (22%).  (**) 

O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil, na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no período de 1971 a 1973. É natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, e já tem 3 livros publicados:   "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012),  "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e, agora,  "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018).

Numa primeira leitura, na vertical, eu só posso concluir que este livro é um ato de amor pátrio e fraterno,  de paixão pela vida e pelas terras e gentes limianas, um livro que nasce  da compaixão por todos limianos que deram o melhor que tinham, a sua vida, em plenos verdes anos, à Pátria, Mátria, Fátria... tantas vezes Madrasta, Padrasto, Irmão Brutamontes, que trata os melhores dos seus filhos e manos como "enjeitados"... A Pátria afinal  não existe, ou só existe quando lemos, comovidamente, livros como este...

O Mário andou de porta em porta, de arquivo em arquivo, de blogue em blogue, durante cinco anos a recolher apontamentos, notas, fotos, pedaços de papel, aerogramas, depoimentos, testemunhos, restos de memórias, restos/rastos de vidas... para poder escrever 53 biografias, pequenas histórias de vida dos seus conterrâneos, seus e nossos camaradas... Com um propósito de pedagogia cívica e patriótica: para que estes homens, combatentes, não fiquem na "vala comum do esquecimento"...

Ao todo são 272 páginas, profusamente ilustradas, com as notas biográficas de 53 bravos limianos, o que em termos de conteúdo dá cerca de 4,4 páginas por cada um. Na maior parte dos casos foi possível recolher o nome (e até fotos) dos ascendentes (pais e avós) mas também dos irmãos. Nem todos repousam no sagrado solo limiano: seis ficaram em terras de África, um na Guiné, cinco em Moçambique.

O livro tem ainda um prefácio ("Ninguém fica para trás", de Manuel Albino Penteado Neiva),  um glossário e um posfácio (,assinado por Lu+is Gonzaga Coutinho de Almeida,  coronel da GNR, na reserva). Foi feita um edição de autor, com uma tiragem de 500  exemplares.


2. Eu tinha prometido, de viva voz, ao telefone, em conversa há dias com o Mário,  fazer-lhe e publicar esta primeira nota de leitura, antes de irmos de férias (***). 

Homem generoso como poucos e grato ao nosso blogue, que foi para ele também uma  importante fonte de informação e conhecimento, o Mário Leitão manda-me de dizer que terá todo o  gosto em remeter, pelo correio, um exemplar autografado do livro, sem quaisquer custos (incluindo os portes de correio),  a quem, dos nossos leitores,  o pedir, por email...  Ele ainda tem 200 e tal exemplares em stock... Alguns vendeu, a maior parte ofereceu.

Aqui fica o seu endereço, que ele me autoriza a divulgar:

António Mário Leitão > gentelimiana@gmail.com
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 5 de julho de 2018 > Guiné 61/74 - P18814: Efemérides (287): O 10 de junho em Ponte de Lima: vibrante homenagem aos Limianos mortos na Grande Guerra e na Guerra Colonial (Mário Leitão)

(**) Lista dos 13 camaradas limianos que morreram no TO da Guiné:

5. António da Silva Capela, sol at cav (pp. 55-60);
8. Armando Ferreira Fernandes, sold at inf (pp. 70-72);
11. Celestino Gonçalves de Sousa, sold at inf (pp. 83-93);
12. Damásio Fernandes Cervães, sold at art (pp. 94-100);
15. João Alves Aguiar, sold at inf (pp. 119);
16. João da Costa Araújo,  sold cond cav (pp. 120-125);
18. João Fernandes Caridade, sold at art (pp. 130-136):
20. João Vieira de Melo, 1º cabo aux enf (pp. 140-144);
29. José Pereira Durães, sold coz (pp. 177-178);
30. José Rodrigues Barbosa, 1º srgt art (pp. 179-181);
31. Júlio de Lemos Pereira Martins, fur mil inf (pp. 182-190);
43. José da Silva de Sousa, sold at inf (pp. 229-230);
44. Casimiro Rodrigues Alves, sold at inf (pp. 231-234)