domingo, 8 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12412: Tabanca Grande (413): Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil Art, MA da CART 1659 - Zorba (Gadamael e Ganturé, 1967/68)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil At Art e Minas e Armadilhas da CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68, com data de 29 de Novembro de 2013:


Sou o ex-Furriel Miliciano de Artilharia, mas Atirador de G3 e outras armas, Nº 03163264, Mário Vitorino Gaspar, com o Curso de Explosivos de Minas e Armadilhas, da Companhia de Artilharia 1659 (CART 1659) – ZORBA.

A minha incorporação deu-se a 3 de Maio de 1965, em Caldas da Rainha, no RI 5, no Curso de Sargentos Milicianos (CSM).

Fui colocado no RI 14 em Viseu, dando algumas recrutas como Monitor, neste quartel. Iniciei, em 8 de Agosto de 66, o XX Curso de Explosivos de Minas e Armadilhas, na Escola Prática de Engenharia, em Tancos, tendo passado no mesmo e recebido um diploma.

Sou mobilizado para integrar a CART 1659, que era uma Companhia Independente e teve como Unidade mobilizadora o RAC, em Oeiras.
Levou a efeito a Escola Preparatória de Quadros no GACA 2 em Torres Novas. Seguiu-se a Instrução Operacional. Depois de recebidos os militares, iniciou-se a 1 de outubro de 66 a Instrução Especial no RAL 5, em Penafiel, que terminou em 18 de Novembro de 66. Seguidamente no RAC, em Oeiras iniciou-se o IAO, tendo os exercícios finais de aperfeiçoamento sido realizados nas matas e na região do Guincho, e terminadas em 21 de Dezembro de 66.


COMPANHIA DE ARTILHARIA 1659 (CART 1659 - ZORBA)

No dia 11 de Janeiro de 67, embarcámos no paquete Uíge, chegando à barra do porto de Bissau, na noite de 17 de Janeiro, e ao contrário que seria de esperar, procedeu-se a um transbordo para uma LDM e Batelão BM-1.
Ficámos espantados, visto julgarmos desembarcar em Bissau, seguindo posteriormente para uma zona de intervenção. No Uíge, deram-nos uma maçã, um quarto de pão, uma laranja, um ovo e um destino incerto.

Avançávamos por uma via fluvial estreita, o mato quase que nos tocava. Cheios de fome, avistámos uma povoação, e disseram-nos tratar-se de Cacine. Foram-nos dadas sacos de laranjas sumarentas mas azedas. O Capitão Miliciano Manuel Francisco Fernandes de Mansilha, nosso Comandante, falando com os Oficiais e Sargentos informou que se juntaria a um pelotão uma secção, ficando destacados num local de nome Ganturé.
A Companhia ficaria aquartelada em Gadamael Porto.
Feito um sorteio, tocou ao meu pelotão ficar no destacamento.

Destacamento de Ganturé em 1967

Desembarcámos em Gadamael Porto a 19 de janeiro, e o termo “porto” não tinha significado, visto não existir porto algum. Nem sequer um simples cais. Rendíamos a CCaç 798. De imediato tivemos que carregar as malas e saltarmos para cima de uma caixa de uma GMC, que substituía o cais que não existia. Houve quem escorregasse e caísse no lodo. Com a nossa Companhia veio o Pelotão Fox 1165 que nos acompanhou até Gadamael, tendo seguido dias depois para Guileje.

A CART 1659 ficou colocada no Sector 2, ficando ligada operacionalmente ao BCaç 1861, com Sede em Buba. Este último foi substituído pelo BArt 1896 em 5 de abril de 67. Em 26 de junho de 68, este Batalhão foi rendido pelo BCaç 2834.

Viviam em Gadamael cerca de 400 indivíduos (beafadas, fulas, sossos, bagas, tandas, nalús, landumas e mandingas).

As Praças “U”, pertencentes à Companhia, somam 31 elementos, existindo ainda 45 Caçadores Nativos.

O Pelotão e a secção seguiram para Ganturé. Alguém avisou não ser necessário picar-se visto ter existido grande movimento de viaturas durante todo o dia.

A CCaç 798 começava a embarcar na LDM e no Batelão. Para eles era a alegria do fim da comissão.

Chegámos a Ganturé, sede do regulado, e o Régulo é Abibo Injasso, beafada. E Viviam em Ganturé cerca de 200 indivíduos (beafadas e fulas). Ficámos portanto junto da fronteira com a República da Guiné, Guiné ex-Francesa.

Posição relativa de Gadamael-Porto, Ganturé e Gadamael-Fronteira. Vd. Carta de Cacoca - 1:50.000

Tanto em Gadamael como em Ganturé começou-se por cortar o capim em toda a zona, não só a entre a paliçada (construída com chapas de bidões e terra batida no meio) e o arame farpado, acabando por cortar o mato e capim mais para a frente, já na mata. Tínhamos uma visão mais ampla de toda a zona circundante do aquartelamento. Os abrigos foram melhorados, consoante aquilo que os militares consideravam ser mais cómodo, e aqui e acolá iam surgindo uns pequenos luxos para o local, tudo isto feito nos intervalos das primeiras patrulhas e operações em redor da zona, sempre coordenadas pelo Comandante da Companhia.

Iniciámos intervenções em Guileje, Mejo, Sangonhá, Cacoca, Cameconde e Cacine. A água era uma relíquia, não existindo ali, tinha que ser puxada com um motor para bidões de bolanhas e transportada, não só para beber como para a comida e a higiene de cada um. A água para beber, tinha que ser tratada com pastilhas e filtrada, e mesmo assim sabia mal. Todos os dias um grupo de militares armados partiam para a captação de água e de madeira. Não havendo casas de banho apropriadas, o banho era com um púcaro improvisado, feito de uma qualquer lata com uma asa de arame, que derramava aquele líquido precioso sobre o corpo. Os copos eram feitos de garrafas partidas com óleo queimado com um ferro em brasa. A luz era feita através de garrafas cheias de gasolina ou gasóleo, com um pavio de gaze enfiado na carica. Tudo era improvisado.

Fiz a promessa, numa patrulha feita na fronteira da República da Guiné, depois de ingerir água do charco, e água que não era água, ficar a beber só cerveja. Comecei, por minha recriação a levar capim nos bolsos, que trincava quando sentia sede, enganando a sede com o seu suco. Ao mesmo tempo, levava nas casas de botões do camuflado clips, que serviam para colocar em segurança, as minas detectadas do IN.

As operações sucediam-se, principalmente as patrulhas de apoio às Companhias de Mejo, Guileje e Sangonhá, quando se reabasteciam, após descarregamentos em Gadamael Porto. O dito cais, continuava a ser uma caixa de uma GMC. Tarefa ingrata essa, visto que corria a CART 1659 o risco de passar a comissão a descarregar toneladas e toneladas de mercadoria, que caiam na água e se enterravam no lodo. Muitas caixas ficavam perdidas no rio, até que o Comandante do Agrupamento, disse que se a CART 1659 conseguisse construir o cais, estava mais que justificada a comissão. Falava-se em 18 meses.

Os Especialistas de Explosivos de Minas e Armadilhas começaram a armadilhar e minar toda a zona, principalmente através de granadas armadilhadas e minas antipessoais, sendo sempre feito um croqui, com os respetivos pontos de referência. O IN surge cada vez mais preparado, em termos de guerra de guerrilha, e muito mais equipados em termos de armamento.

Algumas Operações importantes, ataques do IN, Patrulhas, Emboscadas – principalmente ao “corredor de Guileje”, ou “corredor da morte” – e outras, onde fomos intervenientes. Entrámos na Operação Rinoceronte, em 14 e 15 de julho de 67, tratava-se de montar uma emboscada no dito corredor, na região de Famora. Ao chegarmos somos surpreendidos pelo IN que nos aguardava. A CART 1659 respondeu ao fogo e na retirada numa zona de capim alto, e depois de atravessarmos essa zona, já na mata damos pela falta do Soldado António Fernandes da Silva, de Oliveira do Conde – Carregal do Sal, que andou perdido durante 11 longos dias. Dias intensos de pesquisa, tanto por patrulhamentos à zona, como por via aérea. Veio a aparecer muito fragilizado. Foi condecorado com a Medalha de Mérito Militar de 4.ª Classe (O E N.º 3 – 3.ª Série de 30 de janeiro de 68) e quando pretendia receber no RAC, em Oeiras a condecoração exigiram-lhe 70$00. Ele recusou-se a pagar por algo que lhe tinha sido atribuído.

Contou-me isto pessoalmente um dia quando me encontrava perto da sua casa. Escrevi uma carta, identificada para o Arquivo Geral do Exército, narrando a situação, sendo-lhe entregue a dita medalha sem qualquer pagamento. Fui informado deste caso porque estive com ele na última confraternização dos “Zorbas”.

E a atuação da CART 1659 não parava, patrulhamento sempre, e as idas ao famigerado “corredor da morte”.
A atuação do IN, ficou mais forte quando assumiu no seu terreno as técnicas de guerra de guerrilha e o armamento utilizado já nada tinha a ver com o que sucedia no início da nossa comissão de serviço. Foram importantes para o PAIGC os cursos que os seus guerrilheiros efetuaram no manuseamento dos engenhos de minas e armadilhas e o apoio de guerrilheiros, principalmente os cubanos, no terreno. Possuíam Minas, e começaram a montar armadilhas e fornilhos; Metralhadoras Pesadas; Armas Automáticas e Semi Automáticas; Lança Granadas Foguete e Lança-Roquetes; Morteiros Médios e Pesados; Canhões Sem Recuo. O PAIGC através da rádio, chega às populações com o chamado “Rádio Libertação”.

Foram surgindo cada vez mais encontros com o IN, a Operação Reparo (Ago 67) e Operação Remate (Set 67), ambas no “corredor de Guileje; a 12 de outubro de 67 morreram numa Patrulha, através do rebentamento de um engenho explosivo, o Furriel Miliciano N.º 04412863 Vitor José Correia Pestana – Especialista de Explosivos de Minas e Armadilhas – natural freguesia de Abitureiras, concelho de Santarém e distrito de Santarém e o Soldado N.º 00131466 António Lopes da Costa, natural de Cerva, Concelho de Ribeira de Pena e Distrito de Vila Real.

Fui entregar alguns dos haveres do Pestana que tinham ficado na Secretaria, à sua família na sua terra natal – Abitureiras, que tem uma rua com o seu nome. No dia 12 de outubro de 67 não estava com ele, e tenho pena. Quando tive conhecimento que morrera encontrava-me de licença, e só me deram a informação quando à minha chegada a Bissau. Curioso é que no dia 29 de Junho de 69, no dia do meu casamento, na igreja de São João de Brito, em Lisboa, o padre diz:
- “Estou a casar o morto vivo!”.

Fiquei admirado por aquilo que ouvira. Dias depois volto à igreja para receber a minha Caderneta Militar, que me tinha sido solicitada pelo sacristão para os averbamentos. E como nunca a tinha folheado, tentei-me e abri. Nela está impresso Baixa de Serviço: Por Falecimento e mais à frente onde é narrado o meu percurso militar, diz: “Morto a 12 de outubro”, nas linhas de cima consta 1967, portanto fui dado como morto no dia das mortes do Pestana e do Costa, e só não informaram a minha família da minha morte porque me encontrava de licença. Reclamei e não obtive uma resposta que me convencesse.

Em Nov 67 a CART 1659 entrou na Operação Raiana e na Operação Revistar e a Operação Relance, em dezembro de 67, esta última na região de Famora, no famoso corredor que a CART 1659 tão bem conhecia, a CART 1613 e a CCAÇ 1622, entraram nesta última.
Em janeiro de 68 o IN atacou Ganturé e depois Gadamael Porto e ainda em Janeiro flagelou Ganturé. Efetuadas emboscadas no “corredor da morte”, e muitas patrulhas, e em Janeiro foram detetadas e desativadas minas tendo sido acionada uma mina Anti Pessoal do IN resultando feridos graves.
Ainda no mesmo mês, durante a Operação Rajada em Jan 68 (intervenientes a CART 1659 e a CCAÇ 1620) foi acionada uma mina Anti Pessoal juntamente com uma mina Anti Carro.
Em fevereiro o IN fez accionar uma armadilha no cruzamento de Gadamael Porto e Ganturé e em março a CART 1659 foi vítima de uma emboscada montada pelo IN, tendo atacado Ganturé mais de uma vez.

Em 26 de março de 68 o IN no ataque pelas 18h45, causou um morto à nossa Companhia, o Soldado N.º 00780066 Manuel Ferreira da Silva, natural de Regadas – Carreira, Concelho de Barcelos e Distrito de Braga – quando dentro do abrigo, disparava, respondendo ao fogo do IN, foi atingido por estilhaços na cabeça. O pessoal da Companhia quando tem conhecimento, através do posto rádio do sucedido queria vingar-se e ir ao encontro do IN.

Mas os flagelamentos a Ganturé não paravam, visto também por se tratar de um aquartelamento mais perto da fronteira, já não se aventurando tanto a atacar Gadamael, por se tratar de um aquartelamento com situações no terreno que não permitiam uma retirada fácil. As vezes que tentaram flagelar Gadamael foram mal sucedidos. Emboscadas – principalmente no “corredor da morte” – e patrulhas, algumas para a montagem de minas (muitas das chamadas “bailarinas” – anti pessoais) e armadilhas, e também para controlar todas as minas armadilhas e até fornilhos.

Em abril de 68 a Operação Bola de Fogo, a implantação de um aquartelamento em Gandembel, no “corredor de Guileje”. A nossa Companhia esteve sempre ativa, tanto nos reabastecimentos como na montagem de segurança. Continuaram as inúmeras colunas de Reabastecimentos a Guileje, de abril a julho. Os ataques do IN a Ganturé não paravam. E em continuidade à implantação do aquartelamento de Gandembel, a nossa Companhia participou na Operação Boa Farpa (Jun. 68) e nas colunas de Patrulhamento e reabastecimento entre Guileje e Gandembel. Em junho de 68 a CART 1659 continuou – emboscadas no “corredor da morte” e patrulhas constantes. Ganturé continua a ser vítima e a CART 1659 e a CCAÇ 1620, efetuaram uma coluna de reabastecimento, em junho e caíram numa emboscada, na via entre Ganturé e Guileje.

Em julho e agosto o IN continuou ao flagelo a Ganturé.
Em julho após o IN atacar Ganturé tentou a sua sorte em Gadamael Porto e ainda em julho quando a CART 1659 efetuava uma coluna de reabastecimentos a Guileje, foi acionada uma mina Anti Carro, resultando vários feridos e ficou destruída uma GMC nossa. Trezentos indivíduos, no mês de julho de 68, provenientes de Sangonhá e Cacoca (destacamento de Sangonhá) ficam a viver em Gadamael, depois do mesmo aquartelamento ser abandonado. O IN depois de abandonado o aquartelamento de Sangonhá, destruiu-o. Assim a a partir de julho de 68 a CART 1659, para além das 31 Praças “U” e 45 Caçadores Nativos que já tinha em Gadamael e Ganturé, juntaram-se ainda mais 14 Caçadores Nativos oriundos de Sangonhá, por motivo de reordenamento das populações. Portanto a CART 1659 ficou com um total de 90 Militares Africanos.

Gadamael Porto em 1968 no final da Comissão

Há que referir não existir um mínimo de conforto e de dignidade, e o Comandante da CART 1659, o Capitão de Infantaria Manuel Francisco Fernandes de Mansilha, comprou pratos, copos e talheres; melhorámos, e de que maneira, o banho, inicialmente de púcaro na mão, despejando do bidão a água sobre o corpo, para a construção de uma zona onde se encontravam diversos duches à base de bidões diariamente cheios, é certo que improvisados. Até tivemos um plantio de tomates, sempre e em quantidade. É uma pequena amostra daquilo que foi feito. Há que reconhecer a melhoria e a construção de abrigos e paliçadas; a construção da cantina; a construção do paiol; a construção de arrecadações de géneros e principalmente, a construção do cais que foi a nossa grande vitória – o Cais de Gadamael Porto.

Eu, no Cais de Gadamael Porto. A grande obra da CART 1659 - Zorba

A CART 1659 conheceu dois governadores, o General Arnaldo Schulz e o Brigadeiro António de Spínola. Só este último nos visitou – e por duas vezes. – mas na segunda vez, discursou depois de formada a Companhia:
- “Vão-se todos vestir com a roupa que tinham quando viram o helicóptero!”.

E assim sucedeu, depois de destroçarmos todos, rapidamente surgimos, de calções, tronco nu, chinelos e cabeça destapada. Continuou o discurso e, já no fim, um Soldado perguntou quando terminávamos a comissão, já que nos tinham prometido sairmos ao fim de 18 meses se terminássemos de fazer o cais, e este já se encontrava funcional há muito tempo. António de Spínola respondeu:
- “Não venho fazer promessas. Venho pedir mais privações e sacrifícios!”.

Tive de levantar todas minas e armadilhas, orientações que me foram transmitidas, numa reunião pessoal convocada pelo Comandante da CART 1659, ordens dadas pelo BCaç 2834, em Buba. O Capitão Manuel de Mansilha colocou-me a hipótese de eu ficar às ordens da Companhia que nos renderia e quando terminasse o levantamento ser colocada uma avioneta às minhas ordens, que me transportaria a Bissau. Pedi-lhe que me fornecesse o pessoal suficiente para executar os levantamentos, queria partir com a nossa Companhia – faltavam poucos dias para sairmos dali – e acabei por levantar tudo, e ia morrendo na última que desmontei e curiosamente até tinha sido eu que a montara.

Saímos de Gadamael, e por via fluvial chegámos a Bissau. Após alguns dias em Bissau, no dia 31 de outubro de 68, embarcámos para Lisboa.
Chegámos na tardinha do dia 5 de novembro à barra, sem ordens para o desembarque. Passámos a noite nesta angústia, até que eu me lembrei de ir tomar um duche, num intervalo de uma ida ao bar ou de fumar um cigarro. Os maços de tabaco que comprara para levar para casa, estavam quase no fim. Quando vou para tomar banho, eis que verifico que a água estava gelada. Não havia água quente. Tinham-na desligado. Lá tive que tomar um banho de água fria, que teve o condão de aquecer a mente.
Depois do banho verifiquei que quase todos se encontravam cá em cima, do mesmo lado do Uíge. O barco estava inclinado, até parecia que se ia virar.
Desembarcámos a 6 de novembro de 1968 e foi o encontro com a família.

Não regressaram, mas não os esqueço nem esquecerei:
– Furriel Miliciano N.º 04412863 Vítor José Correia Pestana, natural da freguesia de Abitureiras, concelho e distrito de Santarém, morto a 12 de outubro de 1967;
– Soldado N.º 00131466 António Lopes da Costa, natural de Cerva, concelho de Ribeira de Pena e distrito de Vila Real, morto a 12 de outubro de 1967
 – Soldado N.º 00780066 Manuel Ferreira da Silva Natural de Regadas, freguesia de Carreira, concelho de Barcelos e distrito de Braga, morto a 26 de março de 1968.

Mário Gaspar

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2. Comentário do editor:

Caro camarada Mário Gaspar:

Bem-vindo a esta família de ex-combatentes da Guiné.


Segundo os nossos registos és o grã-tabanqueiro 634.

Apresentaste-te da melhor maneira fazendo este resumo da História da tua 1659, que como dizes acompanhou a evolução da qualidade e eficácia do armamento do PAIG. Na verdade houve um crescendo ao longo da guerra que acabou com os famosos mísseis Strela, que causaram muitos danos em vidas e aviões abatidos, até à ameaça, nunca concretizada, da entrada na contenda dos aviões MIG.
A somar a isto há a colaboração de mercenários estrangeiros que treinavam e participavam em acções de combate contra nós.

Felizmente que a guerra acabou, porventura no auge, para bem daqueles que sendo mais novos do que nós tinham como destino as parcelas de África que teimosamente queríamos administrar.

Para completar o teu processo de apresentação à tertúlia, queríamos de ti uma foto actual, tipo passe se possível, e outra dos tempos de Guiné, fardado, para constar dos nossos arquivos e encimar os textos que futuramente nos vais enviar para publicação.

Termino esta breve nota enviando-te um abraço de boas-vindas em nome dos editores e da tertúlia.
Considera-nos ao teu dispor para qualquer esclarecimento quanto aos fins e funcionamento do nosso, e teu desde hoje, blogue.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12407: Tabanca Grande (412): Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73), grã-tabanqueiro nº 633

Guiné 63/74 - P12411: O que é que a malta lia, nas horas vagas (11): Noticias e recortes de Jornais da Metrópole e Rádio Bissau (Mario Pinto)

1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem.


Camaradas,



Aqui vai a minha contribuição sobre esta matéria respondendo ao solicitado pelo Luís Graça  [, sobre o que é que a malta lia, nas horas vagas].

Em Mampatá no meu tempo, depois da construção da cantina, foi criado pelo meu grande amigo Furriel José Alberto Gonçalves,  do Pelotão de Nativos,  um jornal de parede que logo foi apelidado de Jornal da Caserna. Nele o nosso camarada José Alberto colocava todas as noticias e recortes de Jornais que ele recebia da Metrópole, este era uma das nossas fontes de noticias,  para além da Rádio Bissau que com algum custo se ouvia naquela Tabanca a Sul de Aldeia Formosa.

Também havia quem recebesse, pelo correio, jornais regionais, revistas e livros que passavam de mão em mão para assim à luz dos famosos candeeiros improvisados a petróleo ( Uma bojeca vazia cheia de petróleo e uma torcida de pano colocada através da tampa furada ) e assim passávamos muitas vezes o bocado do fim de tarde quando a noite caia porque nem sempre havia pachorra para jogar ás cartas, dar à língua ou algo semelhante.
O José Alberto, um homem do Norte (Baião) apaixonado pelo Raly e tudo que metesse desporto motorizado e adepto do F.C.Porto, lá ia atualizando quase diariamente o seu jornal de parede que em parte tinha por base o jornal a Bola e o Jornal de Baião, que mais tarde se veio a tornar seu Director.

Um pormenor curioso é que os jornais depois de lidos, tinham uma dupla função, fazia-se uma bola trapeira que era a alegria dos Jubes de Mampatá.

Ainda hoje a malta se lembra com alegria dessas peripécias futebolísticas com a bola trapeira em habilidades e naqueles famosos campeonatos de quem dava mais toques.

Voltando à leitura, tirando alguns eruditos pela mesma como o Alf Borges ou Fur Enf Agostinho, pouca paciência havia para livros porque a nossa mente era absorvida por outras preocupações e realidades sempre presentes no nosso quotidiano.

Junto algumas fotos dos nossos lazeres...





Aproveito para desejar a todos os camaradas um Bom e Feliz Natal.


Um abraço,
Mário Gualter Rodrigues Pinto
Fur Mil At Art da CART 2519
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Nota de M.R.:

Vd. último poste do mesmo autor em: 

7 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12409: O que é que a malta lia, nas horas vagas (10): Assinava o "Comércio do Funchal" e a "Seara Nova" e tinha os meus livros, alguns do Máximo Gorki, por exemplo (Hélder Sousa, ex- fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72) 

Guiné 63/74 - P12410: Parabéns a você (660): Jorge Teixeira (Portojo), ex-fur mil art, Pel Can s/r 2054 (Catió, 1968/70)


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Nota do editor:

Último poste da série > 5 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12390: Parabéns a você (659): Manuel Carvalho, ex-Fur Mil da CCAÇ 2366 (Guiné, 1968/70)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12409: O que é que a malta lia, nas horas vagas (10): Assinava o "Comércio do Funchal" e a "Seara Nova" e tinha os meus livros, alguns do Máximo Gorki, por exemplo (Hélder Sousa, ex- fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72)

1. Comentário ao poste P12371 (*), da autoria do Hélder Sousa [ex-Fur Mil de Transmissões TSF, Piche e Bissau, 1970/72]


Pois... o que é que a malta lia...

Sobre este assunto, este tema, já dei algum contributo com um artigo que enviei e que saiu em poste  intitulado "Os meus livros", salvo erro. (**)

Em Piche lia tudo o que por lá aparecia, em termos de jornais, claro. Havia quem recebesse o "Paris Match", a "Playboy", coisas assim. Claro que também tinha os meus livros....

Em Bissau lia os jornais que estavam no bar da messe de sargentos de Santa Luzia, jornais diários de Lisboa, não me recordo com que actualidade mas não teriam mais que um dia de atraso.

Era assinante do "Comércio do Funchal",  que recebia sem problemas, e também duma revista chamada "Seara Nova", embora não versasse temas de agricultura em particular.

Tinha, naturalmente, os meus livros e cheguei a promover a leitura e estudo de um livro sobre economia, que me entretinha a copiar capítulos que dactilografava nas noites de serviço para posterior leitura colectiva e estudo com outros camaradas que também se interessavam pelo tema.

É tudo! (quase) (***)

Abraço
Hélder S.



Capa do livro do Máximo Gorki, "As Minhas Universidades" (Lisboa: Editorial Início, 1971, 416 pp. Coleção Obras Completas, 4)

 _______________

Notas do editor:

(*) 1 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12371: O que é que a malta lia, nas horas vagas (1): a revista "Time", de 10 de maio de 1971 (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)

(**) Vd. poste de 7 de junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4474: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (5): Os meus livros

(...) na Guiné não deixei de pertencer à tal geração do livro, persistindo em mantê-lo por companhia e como elemento essencial de vida. A prová-lo está essa foto que envio, tirada no quarto, em Bissau, na moradia anexa ao Centro de Escuta onde prestava serviço. Estou a ler um jornal que me chegava por correio, visto ter assinatura, e que se chamava “Comércio do Funchal”. Na mesa de apoio, ao lado da cama, é visível um livro intitulado “As Minhas Universidades”, dum conhecido autor russo. Por debaixo desse, está um livro encapado que não me consigo recordar o que seria. Ao lado está um livro sobre economia, que cheguei a estudar com mais dois camaradas de serviço, sendo que para isso aproveitava os turnos de serviço nocturno, das 01.00 às 07.00, para passar a folhas A4 dactilografadas e com papel químico, para serem lidas e comentadas posteriormente. 

Por debaixo dos envelopes das cartas de avião está um outro livro encapado, mas esse sei que seria um livro intitulado “A Mãe”, do mesmo autor de “As Minhas Universidades” [, Máximo Gorki]. Tinham capas para furtar a curiosidade dos bisbilhoteiros e/ou bufos e tentar preservar o mais possível a integridade física (a minha). (...)

(***) Último livro da série > 6 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12403: O que é que a malta lia, nas horas vagas (9): O único título que lembro é o "Diário de Lisboa" (Vasco Pires)

Guiné 63/74 - P12408: Convívios (554): Tomada de posse dos novos Órgãos Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes seguido de almoço (Carlos Vinhal)

TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ÓRGÃOS DIRECTIVOS DO NÚCLEO DE MATOSINHOS DA LIGA DOS COMBATENTES SEGUIDO DE ALMOÇO/CONVÍVIO

No passado sábado, dia 30 de Novembro, na Sede do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, sita na antiga Escola Primária do Araújo - Leça do Balio, houve o tradicional Magusto, pretexto para mais um convívio entre os seus associados e respectivos familiares. Este ano antecedeu da tomada de posse dos primeiros Órgãos Directivos saídos do acto eleitoral que decorreu no passado dia 15 de Novembro.
De salientar que apesar da muita obra já feita, este Núcleo, que está instalado em Matosinhos desde Julho de 2010, tinha aos comandos de uma Comissão Administrativa o senhor TCOR Armando Costa, Presidente, coadjuvado pelos senhores: SAJ Carlos Osório, Secretário; SAJ Joaquim Oliveira, Tesoureiro; 1.º Vogal SMOR Joaquim Ribeiro e 2.º Vogal SCH José Neto.

O programa para o dia estabelecia o hastear da Bandeira Nacional pelas 12 horas.
Para o efeito foi formada um guarda de honra, chefiada pelo SCH José Neto, composta pelos ex-combatentes do ultramar que tinham levado a sua boina. A bandeira subiu ao som do toque de continência emitido por uma amplificação sonora.

Na foto: Sargento Chefe José Neto e os ex-combatentes: Abel Santos, Francisco Oliveira, Amorim, (?), Carlos Vinhal, António Fangueiro, Ribeiro Agostinho, Raul Ramos e (?).

Cerca do meio-dia, estas as pessoas que assistiram ao hastear da Bandeira Nacional.

Seguiu-se a cerimónia protocolar da tomada de posse dos novos Órgãos Directivos, Assembleia Geral e Direcção. Presidiram ao acto: o senhor COR Barbosa Pinto, que se deslocou da cidade do Porto, em representação da Direcção Central da Liga; o senhor TCOR Armando Costa, Presidente da Comissão Administrativa cessante e a Eng.ª Sandra Pirraco, Vogal da Agregação das Freguesias de Leça do Balio, Custóias e Guifões.

Momento em que o ex-combatente Raul Reina Ramos, na qualidade de apresentador/coordenador, dava as boas-vindas aos presentes e início à cerimónia protocolar.

Aspecto da assistência

Primeiro elemento a tomar posse, o Presidente da Assembleia Geral, ex-combatente Manuel José Ribeiro Agostinho

Momento em que o 1.º Secretário da Assembleia Geral, ex-combatente Carlos Vinhal, lia o compromisso de honra.

Momento da assinatura de tomada de posse do Presidente da Direcção, TCOR Armando José Rbeiro da Costa

Momento da assinatura do Secretário da Direcção, SAJ Joaquim António Madureira Oliveira.

Assinatura de tomada de posse do Tesoureiro da Direcção, SAJ Luís Manuel Guedes Ribeiro 

Terminada a tomada de posse de todos os elementos que compõem os novos Órgãos Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, tomou a palavra o novo Presidente da Direcção, senhor TCOR Armando Costa...

...que agradeceu aos presentes a disponibilidade para assistirem ao acto de posse que havia terminado momentos antes. Deixou depois uma palavra de apreço aos colegas de Comissão Administrativa cessante pelo seu trabalho desinteressado e valioso para levar a cargo a formação e instalação do Núcleo em Matosinhos. Falou ainda dos projectos da Direcção empossada, quer no que concerne ao que aos ex-combatentes é devido em termos de reconhecimento público, quer no apoio aos doentes e aos de algum modo em estado de carência.
Exaltou à união de todos os ex-combatentes, sendo que a maneira mais expedita é através da Liga, apelando assim a que se tornem sócios desta conceituada e mui antiga organização.

Tomou seguidamente a palavra o senhor COR Barbosa Pinto, na cerimónia representando a Direcção Central da Liga, para agradecer o convite, comprometendo-se a sensibilizar "Lisboa" a vir conhecer o trabalho desenvolvido em Matosinhos por este jovem Núcleo. 

Terminou de forma brilhante e emotiva esta cerimónia com a espectacular interpretação do Hino da Liga dos Combatentes pelo SAJ Luís Manuel Guedes Ribeiro.

Foto de família dos empossados. A partir da esquerda: Dr. João Manuel Nunes Campos, 2.º Secretário da Assembleia Geral; SAJ Carlos Osório, 1.º Vogal da Direcção; SAJ Guedes Ribeiro, Tesoureiro; TCOR Armando Costa, Presidente da Direcção; SAJ Joaquim Oliveira, Secretário da Direcção; SCH José Neto, 2.º Vogal da Direcção; Francisco Oliveira, 1.º Vogal Suplente da Direcção; José Santos, 2.º Vogal Suplente da Direcção; Ribeiro Agostinho, Presidente da Assembleia Geral e Carlos Vinhal, 1.º Secretário da Assembleia Geral.

Após o nosso camarada Raul Ramos dar por encerrada a cerimónia, os presentes desceram para a sala de jantar onde foi servido o almoço e onde não faltaram as entradas, peixe e carne grelhados, bom vinho, castanhas, caldo verde e variadas sobremesas confeccionadas por senhoras que se voluntariaram para o efeito. É justo salientar que muito do que se comeu era produto da oferta de alguns dos presentes. Para ajudar a pagar outras despesas, cada inscrição implicou um custo simbólico.

Justa homenagem aos grelhadores de serviço, SAJ Joaquim Oliveira, Raul Ramos e Ribeiro Agostinho

Era este o aspecto da sala com cerca de 90 comensais bem dispostos e com apetite.

O convívio terminou com a actuação do fadista leceiro (de Leça da Palmeira, para não confundir com Leça do Balio) Edgar Lima que se fez acompanhar de mais três amigos seus, fadistas, acompanhados por uma guitarra portuguesa e uma viola, que muito alegraram o fim de festa.

O artista leceiro Edgar Lima durante a sua animada actuação

Termino esta reportagem com uma palavra de mágoa porque, pese embora a dignidade com que o senhor COR Barbosa Pinto representou a Direcção Central do Liga, gostaríamos de ter visto na cerimónia de posse dos primeiros Órgão Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes eleitos por sufrágio, um elemento vindo de Lisboa, por que não até o senhor Gen Chito Rodrigues.

Fotos: Dina Vinhal, Liga dos Combatentes e Edgar Lima

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12405: Convívios (553): Convite: dia 15, às 15h, no Centro Comunitário do Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, para um abraço fraterno, natalício e de mata-saudades (João e Vilma Crisóstomo, vindos de Nova Yorke a caminho da Eslovénia onde vão passar o Natal)

Guiné 63/74 - P12407: Tabanca Grande (412): Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 3398 (Buba, 1971/72) e CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73), grã-tabanqueiro nº 633



Lourinhã > Atalaia > Porto das Barcas > 13 de agosto de 2010 > Natural do Cadaval, o Joaquim Pinto de Carvalho, ou simplesmente, Pinto de Carvalho, tem de há muito amigos e casa no concelho vizinho da Lourinhã. Esta foto foi tirada num convívio de amigos na sua casa do Porto das Barcas, sobranceira ao grande oceano Atlântico. Ele e a Céu são pessoas que gostam e sabem receber, com arte & (de)coração...Com uma filha arquitecta, meteram-se agora num projeto de turismo rural que está a ser um sucesso: Artvilla: Casas de Campo, no sopé da Serra de Montejunto, em Vila Nova, Vilar, Cadaval.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2010). Todos os direitos reservados


Óbidos > 16 de Agosto de 2011 > O António Teixeira (1948-2013) e o Pinto Carvalho, uma grande amizade que vinha já da Guiné, e mais concretamente de Bedanda... Graças também ao nosso blogue, os bedandenses fizeram, ainda em 2011, o seu primeiro encontro, alargado.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados.


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta foto está o Figueiral em frente (ao meio) de óculos escuros e a comer uma cabritada com a garrafa de Casal Garcia á frente. Eu estou do lado esquerdo da fota, com o frigorifico atrás de mim. De costas para a foto está o Pinto Carvalho. Do lado direito da foto, em primeiro plano está o Alferes Bastos, o homem do obus (Alf de Artilharia) e logo a seguir, portanto à esquerda do Figueiral,  está um segundo tenente de que não me recorda o nome. Era habitual haver um abastecimento via barco por mês e que vinha sempre escoltado pela Marinha, ficando o Oficial instalado lá no quartel [, em Bedanda, na margem esquerda do Rio Cumbijã]"

Foto (e legenda): © António Teixeira (1948-2013) / Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné (2013). Todos os direitos reservados




Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) >  Ao centro, o Mário Bravo, ladeado pelo Figueiral (à sua direita) e o Pinto Carvalho (à sua esquerda)...

Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenes que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....

Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1971/72) > Foto, sem legenda, do álbum do ex-alf mil Pinto Carvalho, hoje jurista, sendo especialista em direito laboral,...  O Pinto Carvalho é o primeiro do lado esquerdo da segunda fila, de pé.

No primeiro  plano, o segundo a contar da direita é o Mário Bravo, grande craque da bola e grande camarigo... Recorde-se que o Mário esteve em Bedanda, desde finais de 1971 até aos primeiros meses de 1972. A CCAÇ 6 era companhia baseada em soldados do recrutamento local, o seu pessoal metropolitano (incluindo quadros e especialistas) era de rendição individual.

 Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenses que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....
Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados




Capa do jornal de caserna "O Seis do Cantanhez", criado e dirigido pelo Cap Gastão e Silva, da CCAÇ 6, tinha como redator-coordenador o alf mil Pinto Carvalho e, entre outros membros da redação, o saudoso alf mil António Teixeira (1948-2013).

Fonte: Cortesia da Biblioteca do Exército (2013)


1. Em  comentário, de 16/6/2012, ao poste P10033 (*), eu escrevi o seguinte:

O êxito do 2º encontro dos nossos camaradas bedandenses deve-se a dois pares de razões… Por um lado, às qualidades de comandante do António Teixeira (Tony, para os amigos), à sua capacidade de liderança motivacional e de organização, qualidades que eu topei logo quando o conheci, o verão passado, na Lourinhã, por intermédio de um amigo comum, o Pinto Carvalho, o mais lourinhanse dos cadavelenses que eu conheço…

O segundo par de razões, apresentou-as o próprio organizador, no início do seu relatório de mais esta operação “saudade”, levada a bom termo… Tem a ver a com o “bom irã” de Bedanda, essa terra mágica:

(,,,) “muitos dos presentes neste encontro não se conheciam, visto terem pisado naquele chão em alturas muito diferentes. Mas aquele chão, aquela terra, é mágica, e exerce sobre nós um poder fantástico, poder esse que nos move e nos transcende. Assim, e já depois do grande êxito que foi o nosso primeiro encontro, este ultrapassou todas as expectativas, conseguindo juntar 48 convivas, que por lá passaram entre 1963 e 1974. E nem o dia cinzento, com uma chuva miudinha à mistura, arrefeceu o nosso entusiasmo. Logo ao primeiro abraço era como se sempre nos tivéssemos conhecido”. (…)

 (...) A propósito, estou a tratar dos papéis para “legalizar” a presença do Pinto Carvalho na Tabanca Grande… Tem nada mais nada menos do que sete referências do nosso blogue, e ainda não consta da lista alfabéticas dos nossos mais de 560 grã-tabanqueiros! Imperdoável, mas o lapso é meu...

Tive pena de, mais uma vez, de não poder partilhar, ao vivo, as alegrias deste encontro de “bedandenses”… Mas prometo que à terceira é de vez, e que por nada deste mundo vou perder a sardinhada, marcada para Peniche, em Setembro, até por que vai ser organizada por um profissional de saúde, que eu conheço, se não me engano quando ele era diretor do centro de saúde de Peniche, no século passado… Agora, o que eu não sabia que ele era um grande camarada da Guiné e um ainda melhor bedandense (...).

Na realidade, só este ano, no passado dia 28 de setembro,  é que eu pude ir a ao convívio dos bedandenses, à tal sardinhada que, julgo eu, só nessa altura veio a ser concretizada. Infelizmente, já não pôde comparecer, por motivo de doença,  o nosso Tony. Na realidade, a primeira e última vez que o vi foi no verão de 2011, na Lourinhã, nuns dias maravilhosos que passamos juntos, vários casais de amigos. Um ano depois morria a Cindinha, sua esposa. E agora foi a vez de ele, Tony Teixeira, nos deixar... No poste em sua memória eu prometi:

"Tony, vais ficar aqui, junto dos nossos corações. Não te vamos esquecer, prometo! E o Joaquim Pinto Carvalho vai tomar o teu lugar, sob o poilão da nossa Tabanca Grande. Descansa em paz, meu "onça negra"! (LG)".

Chegou a  vez de eu, envergonhado pelo atraso,  cumprir a promessa que eu fiz ao Tony e que, no caso do Joaquim, era já uma ameaça que tinha quase 3 anos:  a de sentar mais um bedandense, e para mais meu amigo, à sombra do  poilão da Tabanca Grande. 

O Joaquim já devia cá estar pelo menos desde o dia 23/1/2011, aquando da entrada do Tony Teixeira. "Questões processuais" (que ele entende, até por que é advogado) impediram a sua entrada automática... Por outro lado, ele tem uma vida profissional muito ocupada e, em boa verdade, não é grande fã das redes sociais e dos blogues... Mas já cá está, finalmente: é o grã-tabanqueiro nº 633 (**). Trata-se apenas de reparar um lapso do editor...

PS - Durante um ano (1971/72), ele também foi alf mil at inf na CCAÇ 3398, em Buba. Quando regressou de férias, em meados de 1972, tinha "passaporte e bilhete marcados" para  Bedanda, sede ds africana CCAÇ 6.

Guiné 63/74 - P12406: Bom ou mau tempo na bolanha (38): Um silêncio abandonado (Tony Borié)

Trigésimo oitavo episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do Cmd Agru 16, Mansoa, 1964/66.



Já passava da uma hora da manhã, eram quase duas, no aquartelamento de Mansoa, felizmente nada se ouvia. O Cifra estava de serviço das suas tarefas, a temperatura era quente e húmida, como sempre não trazia camisa, mas transpirava mesmo, tinha consigo um púcaro dos do café, que alguém trouxe para o centro cripto, e que todos usavam, com alguma água tirada de um barril do vinho, que com o tampão de cima removido, servindo de tampa, era utilizado como depósito da água, que quase todos os dias alguém mudava. A garrafita da coca-cola, que era a sua companheira nos últimos meses de comissão, que continha tudo, menos coca-cola, estava lá dentro, vazia, ao lado do maço de cigarros “três-vintes”. Não corria nenhuma aragem, o Cifra estava cá fora sentado no patamar de cimento, que havia em frente ao centro cripto, o outro militar, que estava nas suas tarefas de receber mensagens, na porta ao lado, onde funcionava o centro de transmissões, ressonava, era bom sinal, não havia mensagens, e não havendo mensagens, eram boas notícias, era sinal de que tudo devia de estar a correr em silêncio, sem combates, feridos ou mortes.


O Cifra, olha em volta de si e, na escuridão, que não era muito acentuada nessa altura do ano, verifica que estava tudo num silêncio abandonado, não havia qualquer sentinela, estavam nessa altura na colocação do arame farpado no lado sul. Já havia alguns abrigos, mas o resto de onde iria ser o novo aquartelamento, era um deserto, aberto, livre e, se um guerrilheiro, com o mínimo de treino militar, quisesse entrar dentro do que iria ser o novo aquartelamento, não só entrava, como até podia ir ver se havia um bocado de pão na cozinha improvisada do Arroz com Pão, que era o cabo do rancho, onde o Cifra ia quase todos os dias roubar um naco de pão. O Cifra, como era um razoável militar, mas um fraco, mesmo fraco guerreiro, com estes pensamentos, por momentos ficou arrepiado, olhou em seu redor e fugiu para dentro do centro cripto, como que a proteger-se e, já fechado lá dentro, continuou a pensar na sorte que tinha e na improvisação que eram as instalações militares em seu redor.


Estávamos numa guerra, onde quase tudo era improvisado e que alguém, ninguém sabe quando e como, começou, sem saber quem e como, a ia acabar. Alguns de nós tivemos única e simplesmente sorte, em regressar a Portugal vivos.

Tony Borie, 2013.

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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12366: Bom ou mau tempo na bolanha (37): Temos boca, falamos (Toni Borié)

Guiné 63/74 - P12405: Convívios (553): Convite: dia 15, às 15h, no Centro Comunitário do Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, para um abraço fraterno, natalício e de mata-saudades (João e Vilma Crisóstomo, vindos de Nova Yorke a caminho da Eslovénia onde vão passar o Natal)


Anúncio, original, mandado publicado no jornal regionalista "Badaladas" (Torres Vedras), pelo  nosso João Crisóstomo, butler (mordomo), de profissão, a viver a Nova Iorque desde 1975, e recém casado, em segundas núpcias,  com a eslovena Vilma Kracun (20/4/2012).  O casal, de passagem por Portugal, marcou  encontro com a família e os amigos do João, no Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, no dia 15 do corrente pelas 15h.

Recorde-se que a  história de amor da Vilma e do João já tinha sido publicada em The New York Times, de 28/4/2012, e antes disso no nosso blogue. E chegou também, mais recentemente, à imprensa portuguesa (Expresso, 24/8/2013).

O João Crisóstomo...

(i) é  natural de A-dos-Cunhados, Torres Vedras;
(ii) foi alf mil, na CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/66);
(iii) vive em Nova Iorque desde 1975;
(iv) é um mediático ativista comunitário, tendo estado ligado à defesa de três causas que tiveram repercussão internacional e que nos  dizem muito, a nós, portugueses (gravuras de Foz Coa, independência de Timor Leste e memória de Aristides Sousa Mendes); e, não menos importante,  (v) integra a nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010.



1. Mensagem de 3 do corrente, enviada pelo nosso camarada e amigo João Crisóstomo:

Caríssimos amigos,

Desculpem este e-mail que apenas envio por me ser impossível telefonar directamente como eu gosto de fazer.especislmente nesta época do ano.

Seria alegria grande para mim poder dar um abraço a todos os meus amigos, mas ... não me é possível, como podem verificar. Envio pois cópia de um anuncio que pus e saiu no jornal Badaladas de Torres Vedras, minha terra natal, que espero seja elucidativo 

Seria presunção da minha parte esperar deslocações grandes dos meus amigos só para um abraço, embora isso fosse alegria grande para mim. Mas, para o caso de alguém estar por perto...

Não levem a mal este meu grito de saudação. Serve para dizer a todos, quer estejam presentes ou não, que os não esqueço nesta época festiva e a todos envio um grande e caloroso abraço de amizade e bons desejos. extensivos aos queridos de cada um. 

Boas Festas e um 2014 maravilhoso para todos vocês..... (E se puderem, apareçam por lá no dia 15, é um domingo!!!).

João e Vilma

2. Comentário de L.G.:

João,  conforme a nossa conversa ao telefone, hoje, está garantida a  nossa presença, minha e da Alice, no sítio combinado, dia 15, às 15h. E só espero que mais amigos e camaradas se possam juntar aos teus familiares e amigos para juntos podermos fazer uma pequena grande festa de Natal!... O Eduardo Jorge Ferreira, nosso grã-tabanqueiro e também teu conterrâneo, já respondeu afirmativamente á chamada. Um beijinho para a Vilma. Um abração para ti. Façam boa viagem até à nossa santa terrinha! Até ao dia 15! Luis

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12404: Condecoração de Ex-Combatentes em 04DEZ2013 no Depósito Geral de Material do Exército (Jorge Araújo)

1. O nosso camarada o Jorge Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger a, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1972/74), enviou-nos a seguinte mensagem.

CONCESSÃO DE MEDALHA COMEMORATIVA 
DAS CAMPANHAS

Condecoração de Ex-Combatentes em 04DEZ2013 no Depósito Geral de Material do Exército

I– A CERIMÓNIA SOLENE

Na passada quarta-feira, dia 04Dez2013, participei na cerimónia solene de imposição de «Medalha Comemorativa das Campanhas», na qualidade de agraciado, na sequência da convocatória endereçada pelo Depósito Geral de Material do Exército, através de ofício datado de 13Nov13, no momento em que se aproxima a data do quadragésimo aniversário do nosso regresso da Guiné, ocorrido em Abril/1974.

Na cerimónia da concessão de medalhas, iniciada pelas 15:00 horas nas instalações da unidade militar acima citada, sediada na Estrada do Infantado, em Alcochete, marcaram presença três pelotões que, perfilados diante da tribuna, fizeram a Guarda de Honra aos que deram origem à realização do acto solene – os Ex-Combatentes.

A concessão da Medalha Comemorativa das Campanhas foi conferida a um total de vinte e quatro ex-militares que, por terem sido combatentes num dos diferentes T.O. [ou ex-Províncias Ultramarinas], a ela adquiriram, por direito próprio, a sua atribuição.

Presidiu à cerimónia solene o Exmo. Director do DGME, Cor Ad Mil. Rui Alexandre de Castro Jorge Ramalhete, que contou ainda com mais alguns Oficiais Superiores, todos eles participantes na imposição das condecorações, a saber: Subdirector do DGME, TCor Eng Mat António José dos Santos Martins; TCor Jorge Pereira; Major José Luís dos Santos Salsinha Ninitas; Cap Paulo Jorge Paulino Barata; Cap Alcino Fernando Cardoso Santos e Cap Carlos Manuel Fernandes Martins.

Na sua alocução de abertura, o CMDT do DGME, Cor Rui Ramalhete, saudou, em seu nome e no da sua unidade, todos os presentes designados para receber a condecoração, exaltando o papel dos ex-combatentes das diferentes armas, no seu superior desempenho além-fronteiras, particularmente aqueles que combateram nas ex-colónias.

Seguiu-se a cerimónia das condecorações, organizada segundo o T.O. onde foi prestada a comissão de serviço, de acordo com a seguinte ordem: Índia, Angola, Moçambique e, por último,Guiné. Concluída a cerimónia de condecorações, a força perfilada na parada desfilou diante da Tribuna onde se encontravam as Autoridades Militares, os Ex-Combatentes e alguns dos seus familiares que assistiram ao acto, conferindo-lhe um sinal de dignidade que o contexto justificava. 

Para encerrar a cerimónia, teve lugar uma pequena confraternização nas instalações sociais do DGME, onde interagiram os actuais Quadros Superiores do Exército daquela Unidade e os Ex-Combatentes, tendo sido servido um Porto de Honra.

II– OS CONDECORADOS

Como elemento meramente estatístico, procedemos à elaboração de um quadro de frequências, tendo por base a distribuição do universo dos Condecorados [vinte e quatro] por duas variáveis categóricas: a ex-Província Ultramarina onde foram combatentes e os anos [período] em que decorreu cada uma das comissões de serviço. 

Da análise quantitativa dessas variáveis, foi elaborado o presente quadro.

Como curiosidade, é de referir que o Condecorado da Campanha da Índia – o ex-Soldado Leonel Augusto Costa da Silva –foi feitoprisioneiro em Goa no dia 19Dez1961, ou seja, há cinquenta e dois anos.

Outra situação assaz curiosa, agora da Guiné, foi revelada pelo Condecorado ex-Soldado Joaquim Guerreiro Felicidade, da CCAÇ 622 [1964/1966], que, tendo estado no Xitole o tempo completo da sua comissão, nunca conheceu o Xime, pelo facto do seu desembarque, e depois embarque para Bissau, ter acontecido em Bambadinca a bordo de uma L.D.M. [Lancha de Desembarque Média]. Revelou, também, que as suas férias na Guiné foram passadas em Bafatá.

III– A MEDALHA COMEMORATIVA DAS CAMPANHAS

A medalha que abaixo se reproduz foi o exemplar distribuído na cerimónia. Trata-se de um desenho que foi aprovado em 2002, com imagens nos dois lados da medalha: anverso e reverso.

O anverso contém:

Emblema Nacional rodeado de um listel circular com a legenda «CAMPANHAS E COMISSÕES ESPECIAIS DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS», em letras de tipo elzevir, maiúsculas, e a legenda cercada de duas vergônteas de louro, frutadas e atadas nos topos proximais com um laço largo, encimando este conjunto, uma coroa mural de cinco torres.

O reverso contém:

Um disco tendo, na parte superior, uma Bandeira Nacional; sobrepostas a ela, e medindo quase todo o diâmetro, as figuras de um soldado do Exército, à dextra, um soldado da Força Aérea, ao centro, e um marinheiro da Armada, à sinistra, de pé e firmados num pedestal; o disco rodeado da legenda «ESTE REINO É OBRA DE SOLDADOS», em letras de tipo elzevir, maiúsculas, num listel circular, rematado inferiormente por um laço largo; encimando este conjunto, uma coroa mural idêntica à do anverso.

IV– AS IMAGENS

Como reforço das palavras escritas, apresentam-se algumas imagens do desenrolar da cerimónia.

Foto 1 – Tribuna dos Ex-Combatentes do Exército condecorados [vinte e quatro].
 Foto 2 – Colectivo dos Oficiais do DGME presentes na cerimónia.
 Foto 3 – Grupo dos militares do DGME que fizeram a Guarda de Honra e o desfile.
 Foto 4 – Outro aspecto do grupo dos militares do DGME.
 Foto 5 – Outra imagem dos militares do DGME.
 Foto 6 – Os Ex-Combatentes já condecorados, assistindo ao desfile militar.

Foto 7 – Porta-de-armas do Depósito Geral de Material do Exército [DGME], sito em Alcochete.

Nesta oportunidade, aproveito para enviar a todos os tertulianos um forte abraço e votos de boa saúde.

Jorge Araújo.
06Dez2013.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste do mesmo autor em: