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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19877: Efemérides (303): a Tabanca Grande marca presença, hoje, 10 de junho de 2019, às 12h00, em Belém, Lisboa, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, debaixo do "poilão" mais frondoso que lá houver... Juntamo-nos todos, os que puderem aparecer, para uma "foto de família"...





CONVITE 

A Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes 2019 convida os portugueses a participarem, no Dia de Portugal, nas comemorações em memória dos seus combatentes. 

As cerimónias decorrem na Igreja de Santa Maria de Belém, aos Jerónimos, e junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, e serão marcadas pelo espírito de fraternidade lusófona e pela elevação e dignidade do propósito que as enforma: celebrar a pátria honrando os nossos Combatentes. 

O Presidente da Comissão Executiva,

João Manuel Lopes Pires Neves, 
Vice-Almirante

PROGRAMA 

IGREJA DOS JERÓNIMOS 

10H30 – Missa por intenção de Portugal e de sufrágio pelos que tombaram pela Pátria; 

MONUMENTO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR 

12H15 – Abertura da cerimónia junto ao Monumento; 

12H15 – Palavras de abertura do Presidente da Comissão Executiva; 

12H20 – Leitura da mensagem de Sua Excelência o Presidente da República, pelo Presidente da Comissão Executiva; 

12H24 – Discurso alusivo pelo orador Professor Doutor Bernardo Pires de Lima; 

12h32 – Cerimónia inter-religiosa católica e muçulmana; 

12H40 – Homenagem aos mortos e deposição de flores; 

13H03 – Hino Nacional pela banda da GNR: salva protocolar por navio da Marinha (no final passagem de aeronave da Força Aérea); 

13H10 – Passagem final pelas lápides; 

13H30 – Salto de Pára-quedistas do Exército; 

13H35 – Almoço-convívio nos terrenos frente ao Monumento. 

CONFERÊNCIA (11 de junho de 2019) 

O PAPEL DO SERVIÇO POSTAL MILITAR DURANTE A GUERRA DO ULTRAMAR (1961/1974) 

A Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes promove uma Conferência dedicada ao Serviço Postal Militar (SPM), a realizar nas instalações da Liga dos Combatentes (Forte do Bom Sucesso, em Belém), em 11 de Junho, com o seguinte programa: 

16H00 – Abertura pelo moderador VAlmirante (Ref.) Victor Lopo Cajarabille; 

16H10 – A história do Serviço Postal Militar, pelo TCoronel (Ref.) José Aparício; 

16H40 – Intervalo 

17H00 – O papel do Serviço Postal Militar no apoio aos Combatentes e suas Famílias, pelo TGeneral (Ref.) Manuel Vizela Cardoso; 

17H30 – Período aberto a debate 

18H00 – Encerramento Nota: Estará patente uma exposição alusiva às atividades do SP
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Progama do XXVI Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes, Lisboa, Belém, 10 de junho de 2019.

A Tabanca Grande marca encontro em Belém, hoje, a partir das 12h00. Telemóvel  do editor do blogue, Luís Graça, 931 415 277... Escolham o "poilão" mais frondoso do espaço em redor... Marcamos lá presença... para uma foto de família!
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Nota do editor:

Último poste da série > 25 de maio de  2019 > Guiné 61/74 - P19824: Efemérides (302): Faz hoje 46 anos que morreu, na sequência de ferimentos em combate (, um estilhaço de RPG 7, ) o fur mil cav João Carlos Vieira Martinho, do EREC 8740/73, sediado em Bula... Era meu amigo e vizinho do Sobreiro Curvo, A dos Cunhados,Torres Vedras, e eu fui o último dos seus conhecidos a vê-lo, ainda com vida, mas já em coma profundo, no HM 241, em Bissau (Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil da Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, jan 1973 / set 1974)

sábado, 1 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19845: Convívios (897): I Almoço de Confraternização do Combatente Limiano, dia 10 de Junho, Pavilhão Expolima, Ponte de Lima (Mário Leitão)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Leitão, [ex- Fur Mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973] com data de 19 de Abril de 2019:

Caro Luís, 
Ponte de Lima vai comemorar pela sétima vez o DIA DO COMBATENTE LIMIANO, que incluirá um PRIMEIRO ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO. 
A organização é da responsabilidade do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes. 
Como vem acontecendo desde 2013, esperamos honrar com a nossa presença os nossos 53 limianos mortos durante a Guerra Colonial, os 27 nossos combatentes que tombaram na Primeira Grande Guerra e os nossos conterrâneos que deram a vida contra as hostes napoleónicas. 

Agradecemos a divulgação no teu-meu-nosso blogue! 

Um abraço dos grandes! 
Mário
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Nota do editor

Último poste da série de 29 de Maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19839: Convívios (896): Cinquentenário da partida da CART 2520 para o CTIG, em 24 de Maio de 1969... Comemorado em Torres Novas, a 25 do corrente (José Nascimento)

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Guiné 61/74 - P19727: 15 anos a blogar, desde 23/4/2004: repescando velhos postes (3): Em homenagem, póstuma, ao cap inf José Cravidão (1942-1967) (Claudina Cravidão)

Cap inf José Cravidão (1942-1967)
1. Mensagem, de 28 de maio de 2013, de Claudina Cravidão, viúva do cap inf José Jerónimo da Silva Cravidão (Arroiolos, 1942- Farim, Guiné, 1967), cap inf, cmdt CCaç 1585 (Nema, Farim e Quinhamel, 1966/68), morto em combate em 4 de Junho de 1967 (*). 

Mobilizada pelo RI 2, a CCAÇ 1585 embarcou em 30/7/1966 e regressou à metrópole em 9/5/1968; era uma companhia independente; teve dois comandantes, o cap inf José  Cravidão e o cap mil inf Vitor Gama.

O cap inf José Cravidão era natural de Arroiolos, e é um dos muitos camaradas nossos injustamente esquecidos nos Dez de Junho destes anos todos, antes e depois do 25 de Abril. 

Fizemos questão de o lembrar, em 10 de junho de 2013, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se comemorou justamente em Elvas, a terra que acolheu os seus restos mortais. Deixou viúva e 2 filhas, uma médica e outra enfermeira (**)

A mensagem da viúva chegou-nos pelo mail do Jaime Silva [, o Jaime Bonifácio Marques da Silva, meu amigo do peito, grande camarada, membro da nossa Tabanca Grande, natural de (e residente em) Seixal, Lourinhã, professor de educação física, docente reformado do ensino superior politécnico, ex-alf mil pqdt, BCP 21, Angola, 1970/72 [, foto à direita, acima]




2. Palavras da Claudina Cravidão [, Maria Claudina Marçal Lopes Silva], licenciada em educação física, colega do Jaime Silva, de curso, e amiga de Luanda, onde conviveram, antes do 25 de Abril] (**)


Jaime, muito obrigada, pela tua intervenção neste assunto. Andei um bocado em baixo, porque já sabes que estas coisas doem e, quando mexemos nelas, doem ainda mais, porque se tornam mais presentes.No entanto aconteceu e o inevitável não tem solução. Já reuni outras homenagens, como o terem dado o nome dele a um largo, ao fundo da rua onde ele morava, em Arraiolos [, Largo Capitão José Cravidão] , assim como uma lápide, bastante grande, na parada do quartel, em Farim [, Guiné], também com o seu nome.


Está tudo digitalizado, aliás mandei digitalizar numa casa de artigos fotográficos, mas as letras são muito pequenas, não sei se estarão bem legíveis. Penso que não pode ser de outra forma. Nestas coisas da Net, não sou nenhuma expert e, o que sei, são os netos que me ensinam.

Pensei 2 vezes, em ir com isto para a frente. O meu marido era um homem que não ligava nada a homenagens e a outras coisas do bem parecer... Ligava, sim, à verdadeira essência das coisas, por isso discordava muitas vezes da opinião dos chefes, que passavam o tempo nos gabinetes e nem sequer conheciam os locais por onde eles andavam. Sei que os homens [, da CCAÇ 1585,] o admiravam e gostavam muito dele, porque ele os tratava como homens, e não como carne para canhão.

Mas, depois de muito pensar, achei que não seria mal nenhum publicitar as homenagens que lhe fizeram. Como eu própria as publiquei no semanário "Linhas de Elvas", penso que as datas devem lá estar.


A última, a que a Sara (filha mais nova) te mandou e a mais completa, saiu no semanário "Linhas de Elvas" a 31 de dezembro de 2012. A do soldado de Pinhel foi publicada no boletim paroquial "O Falcão", em outubro de 1967. A foto da lápide deve ter sido enviada ainda em junho de 1967. A carta do furriel Joaquim Pedrosa, em 6 de junho de 1967, assim como muitas mais, mas são muito extensas, por isso só referi algumas frases mais marcantes.



Cemitério de Elvas: Lápide funerária de José Jerónim da Silva
Cravidão (4-6-1942 / 4-6-1967). Cortesia do portal Linhas de Elvas
Afinal estou com a foto da lápide, de 20 de agosto de 1967. Também há outros depoimentos, como o do capitão miliciano que o foi substituir [, cap mil inf  Vitor Brandão Pereira da Gama], assim como um alferes com quem ele se dava bem e que o tentou convencer a não ir a essa operação (, visto fazer 25 anos nesse dia), mas ele teimou e disse que iria com eles e foi.

A operação chamava-se Cacau, deslocaram-se de lancha toda a noite, até atingirem o objectivo: Bricama, uma base pesada dos turras. Estes, emboscados na outra parte da bolanha, deixaram que destruíssem as moranças e as queimassem e, já na retirada, quando se iam deslocar, para outro local, rebentou um violento tiroteio e foi quando ele foi atingido.

Segundo o alferes, quando se propagou a notícia, entraram em loucura [, os militares da CCAÇ 1585,] e, se ele não tivesse segurado os homens, seria uma carnificina, muitos mais teriam morrido. 


Foi uma única bala, entrou na parte da frente, atravessou o fígado, causando hemorragia interna e saiu nas costas. Era a hora dele. Conforme ele dizia, estava escrito.

Para não te incomodar com todas estas coisas e, visto vires para baixo no fim do mês, estava a pensar enviar directamente as coisas para o teu amigo, pois tenho o mail dele. Diz-me o que queres que eu faça. O livro do teu amigo [, não sabemos de quem se trata... (LG)] deve chegar amanhã, pelo correio, à cobrança. 


Quando fico mais em baixo, digo para mim mesma "não penses nisso, pensa nos momentos bons que viveram" e tu faz o mesmo, umas vezes resulta, outras não, mas cada um carrega a cruz à sua maneira. Não é uma questão de catolicismo, mas acredito mesmo que nada acaba aqui. Só a carne morre, o espírito vive, se algum dia pudermos falar, verás que é assim.

Vou escrever ao Luís Graça, só para lhe agradecer a disponibilidade e a gentileza que tem mostrado. Fotos, vão muito poucas, porque as muitas outras que possuo, são pessoais e essas não se publicam. 


Podes reencaminhar o mail, para o teu amigo, para não escreveres tanta coisa, ou então sintetiza,mas eu queria saber se mando o que está digitalizado, para ele ou para ti. 


Um abraço grande para ti e para a Dina (minha homónima, pois também há muita gente que me chama Dina - é a terminação dos nossos nomes.). 

Beijinhos. (***)


3. Comentário, de 3/6/2017, 00h15,  de Carlos Alberto Alves Soares  ao poste P11691 (****) [, infelizmente, ainda não consegui contactá-lo, mas é amigo do Facebook da Tabanca Grande].


Amigo Luis Graça, eu sou Carlos Alberto Alves Soares, ex-Furriel Miliciano da Companhia  de Caçadores 1585, gostaria de saber o seu contacto telefónico para o contactar e falar da situação que a minha Companhia viveu na Guiné de Agosto de 1966 a Maio de 1968 e levar-lhe o livro verdadeiro que contém toda a vida da 1585, pois fui eu próprio que a escrevi e a cópia da que foi enviada ao Ministério do Exército,sou eu que a tenho.

No passado dia 27 de Maio de 2017 efectuámos mais um almoço convívio em Caldas Rainha, correu tudo bem. Duas semanas antes escrevi á Srª D.Claudina Cravidão a convidá-la para assistir ao convívio, já que no próximo dia 4 de junho [de 2017] faz 50 anos que o esposo faleceu. A Srª escreveu-me,  dizendo da sua impossibilidade. A Companhia tem um "site" no Google com alguma atividade (,muito pouca). O meu contacto telefónico é 918 245 449 e o email é : carlitosarelho@gmail.com. 


(**) Vd. poste de 10 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11688: In Memoriam (152): Cap inf José Jerónimo Manuel Cravidão, cmdt da CCAÇ 1585 (Nema e Farim, 1966/68), morto em combate há 46 anos, em 4 de junho de 1967; natural de Arraiolos, os seus restos mortais repousam em Elvas; nunca foi condecorado (Claudina Cravidão / Jaime B. Marques da Silva)

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18814: Efemérides (287): O 10 de junho em Ponte de Lima: vibrante homenagem aos Limianos mortos na Grande Guerra e na Guerra Colonial (Mário Leitão)


Foto nº1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Ponte de Lima > 10 de junho de 2018 > As cerimónias organizadas pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

Fotos, texto e legenda: © Mário Leitão (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem, de 12 de junho p.p.,  de Mário Leitão 

[ hoje farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; residente em Ponte de Lima, membro da nossa Tabanca Grande, escritor, autor de livros como "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012) e, mais recentemente (2018), "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar"]


Camarada Luís, voltei!

Um abraço para a tua equipa e todos os Grão-Tabanqueiros!

A Homenagem aos Limianos falecidos na Grande Guerra e na Guerra Colonial, ontem promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes [Foto nº 4], correu muito bem, com uma grande afluência de familiares [Fotos nºs 5 e 8], entidades oficiais e veteranos. 

O Capelão Aspirante a Oficial Ricardo Barbosa, celebrante da missa de sufrágio pelos 80 Heróis do nosso concelho, proferiu um vibrante discurso [Fotos nº 7 e 78. Foi uma pena não ter sido gravado, porque nunca ouvi nada igual sobre a temática dos deveres da nossa sociedade para com as memórias dos que por ela morrem!

Foi uma homilia soberba! Insurgiu-se contra a insolência dos que ignoram o sacrifício dos Heróis da Pátria! Denunciou a ausência daqueles que deviam estar naquela igreja e não estavam! Consolou os familiares dos Mortos! Leu, um por um, todos os oitenta nomes, referindo as suas freguesias! Desafiou os presentes para fazerem ainda mais e melhor no próximo ano! Foi lindo!

Os Escuteiros de Arcozelo e da Correlhã [Fotos nº 1, 2, 5, 6 e 7] apareceram em força, assumindo o início de uma saudável transmissão de tarefas, de conhecimento histórico e de emoções!

Está foi a primeira actividade da Liga dos Combatentes, recentemente criada em Ponte de Lima. Está a nascer em força, com adesão de muitos combatente e simpatizantes. 

No Memorial dos Combatentes, uma Força Militar do Regimento de Cavalaria 6, de Braga [ Fotos nºs 1, 2 e 3]  prestou as honras militares, sob a saudação devida ao oficial mais graduado presente, o Coronel Agostinho Cruz, comandante da GNR de Viana do Castelo [Foto nº 3]. O Núcleo de Monção da Liga dos Combatente [Foto nº 4] também se associou a esta Homenagem, na qual participou o Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal.[

Várias personalidades proferiram discursos, entre eles o Tenente-coronel Ribeiro Leitão e o veterano Dr. [Manuel] Oliveira Pereira [, nosso grã-tabanqueiro]

Teve particular impacto a presença da Alferes Enfermeira Paraquedista Rosa Serra [, nossa grã-tabanqueira], que se deslocou propositadamente desde Lisboa. Ao usar da palavra cativou a assistência com a descrição da sua experiência militar.

No final da Homenagem foi apresentado o meu livro Heróis Limianos da Guerra do Ultramar, numa sessão presidida pelo Presidente da Canara Municipal.

Nessa sessão foi dedicado um minuto de silêncio em memória do Coronel Ranger António Feijó de Andrade Gomes, recentemente falecido. Aliás, a sua memória foi referida durante a missa e na cerimónia de Homenagem.

Aqui te envio algumas fotografias!

Um grande abraço!
Mário Leitão
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sábado, 23 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18771: Efemérides (286): Comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, promovida pelo Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, em colaboração com a União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira

Realizou-se em Matosinhos - Leça da Palmeira, a cerimónia de comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, promovida pelo Núcleo, em colaboração com a União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira. 

Pelas 10H00 iniciou-se a comemoração com a concentração dos participantes em frente ao edifício da Junta, sendo de seguida içada a Bandeira Nacional pelo representante do Presidente da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Sr. Fernando Monteiro. 

Ao mesmo tempo que o Grupo Coral do Núcleo entoava o Hino Nacional, o clarim dos Bombeiros de Matosinhos-Leça da Palmeira, solicitado para o efeito, fez os toques adequados àquela cerimónia. 

Pelas 10H30 realizou-se uma missa presidida pelo Rev. Padre Francisco Andrade, na Igreja de Leça da Palmeira, por intenção de Portugal e de sufrágio pelos que tombaram pela Pátria e que teve como destaque o toque executado pelo clarim dos Bombeiros de Matosinhos-Leça da Palmeira. 




Pelas 11H30 foi dada continuidade à cerimónia no cemitério local - Talhão Militar da Liga, onde se encontravam posicionados o grupo coral, o porta-guião e uma Guarda de Honra composta por sócios combatentes. 

Procedeu-se de seguida por um sócio combatente à chamada dos combatentes leceiros mortos na Guerra do Ultramar seguida da deposição de duas coroas de flores no Talhão pelo representante do Presidente da União de Freguesias e pelo Presidente do Núcleo, Tenente-Coronel Armando Costa. 

A cerimónia continuou com o Toque de Homenagem aos Mortos e foi guardado um minuto de silêncio com cântico de um salmo pelo Grupo Coral, terminando a cerimónia com uma evocação religiosa pelo Rev. Padre Francisco Andrade. 

As alocuções alusivas ao ato ocorreram de seguida pelo Presidente do Núcleo e pelo representante do Presidente da União de Freguesias. As palavras ditas realçaram a importância de homenagear a memória de todos aqueles que, ao longo da nossa História, tombaram no campo da honra, nomeadamente na Guerra do Ultramar. 

Para terminar, o Grupo Coral cantou o Hino da Liga dos Combatentes na presença de dezenas de sócios, seus familiares, combatentes e público em geral que estiveram presentes nesta comemoração.








Fotos e texto: Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18761: Efemérides (285): O "Dia da Consciência", 17/6/2018... Agradecimento a todos (João Crisóstomo)

domingo, 10 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18729: Efemérides (282): O último "Dia da Raça" comemorado em Bissau, 10 de Junho de 1973 (Ramiro Jesus, ex-Fur Mil Comando da 35.ª CComandos)

1. Mensagem do nosso camarada Ramiro Jesus (ex-Fur Mil Comando da 35.ª CComandos, Teixeira Pinto, Bula e Bissau, 1971/73), com data de 9 de Junho de 2018:

Bom-dia, caros ex-"camaradas d'armas".
Na véspera de mais um aniversário, lembrei-me de enviar-vos, para análise e, depois de ajuizadas, possível publicação, algumas fotos do último dia "da Raça", comemorado em Bissau, isto é, no dia 10 de Junho de 1973.
Não sei quantas suportará cada mensagem, por isso talvez recebam algumas sem texto, que é para não ter muito trabalho.
Com esta idade, convém poupar alguma energia, necessária para a corrida de amanhã, de manhã.

Bom fim-de-semana!
Ramiro Jesus










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Nota do editor

Último poste da série de 5 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18712: Efemérides (281): O 10 de Junho em Ponte de Lima: convite e programa. Lançamento do livro do nosso grã-tabanqueiro Mário Leitão, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", às 11h30, no auditório da Câmara Municipal

terça-feira, 5 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18712: Efemérides (281): O 10 de Junho em Ponte de Lima: convite e programa. Lançamento do livro do nosso grã-tabanqueiro Mário Leitão, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", às 11h30, no auditório da Câmara Municipal.




Convite que nos chegou hoje através do nosso amigo, camarada, grã-tabanqueiro e escritor Mário Leitão, autor do "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", que irá ser lançado no  10  de Junho, em Ponte de Lima.

Também recebemos o mesmo convite, em  24 de maio passado, por parte do recém-criado Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes. Transcreve-se a primeira parte da mensagem:

(...) "No momento em que se formaliza oficialmente a instituição do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes, vimos apresentar a V. Exª as nossas cordiais saudações e disponibilizar todas as nossas energias para promover a salvaguarda das memórias sagradas dos Soldados naturais de Ponte de Lima que morreram ao serviço de Portugal.

"Nesse sentido, temos a honra de convidar V. Exª para as cerimónias de homenagem aos nossos Combatentes, que este Núcleo vai promover no próximo dia 10 de Junho (DIA DE PORTUGAL)" (... (...) "


Aos nossos camaradas de Ponte de Lima desejamos um grande jornada de festa e de luta. Parabéns ao Mário Leitão por conseguir levar de vencida mais este projeto de resgate da memória dos ex-combatentes limianos, mortos na guerra do Ultramar. E ao Núcleo local da Liga dos Combatentes desejamos as maiores venturas nas prossecução da sua missão.
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Nota do editor:

quarta-feira, 7 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18387: (D)o outro lado do combate (21): "Plano de operações na Frente Sul" (Out - dez 1969) > Ataque a Bedanda em 25 de outubro de 1969 (ao tempo da CCAÇ 6, 1967-1974) - Parte I (Jorge Araújo)


Citação: (1963-1973), "Combatente do PAIGC com um grupo de jovens carregadores", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_43743 (2018-2-11) 

Fonte: Portal Casa Comum > Fundação Mário Soartes > Arquivo Amílcar Cabral (com a devida vénia)



Infografia: Jorge Araújo (2018)



Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 
(Xime-Mansambo, 1972/1974); coeditor do blogue, desde março de 2018



GUINÉ: (D)O OUTRO LADO DO COMBATE > "PLANO DE OPERAÇÕES NA FRENTE SUL" [OUT-DEZ'69] - ATAQUE A BEDANDA EM 25 DE OUTUBRO DE 1969 (AO TEMPO DA CCAÇ 6, 1967/1974) 

(Parte I)

1. INTRODUÇÃO

Nas duas anteriores narrativas [P18346 e P18350], tivemos a oportunidade de partilhar com o colectivo da «Tabanca» o calendário do "plano de acções militares" do PAIGC, aprovado para ser operacionalizado durante o último trimestre de 1969 nas regiões do Quinara e do Tombali, situadas na zona Sul da Guiné, envolvendo a mobilização de um numeroso contingente de guerrilheiros de infantaria apoiados por uma quantidade considerável de equipamentos de artilharia pesada, incluindo peças anti-aéreas DCK.

Aos oito ataques a diferentes aquartelamentos previstos nesse "plano", os seus responsáveis militares, nomeadamente Nino Vieira (1939-2009), decidiram acrescentar mais um, exactamente ao mesmo local com que abriram as hostilidades – Buba, em 12OUT1969 – com o objectivo de corrigir os fracos desempenhos registados durante a primeira missão do seu "exército" neste "programa", depois de ela ter sido considerada de "enormes fracassos". Esta nova acção/missão, classificada como sendo um segundo ataque a Buba, ficou agendada para o dia 10 de Dezembro de 1969, com a qual se daria por encerrada esta "campanha".

Recorda-se que a elaboração desta narrativa, como de todas as outras que fazem parte deste dossier, tem na sua génese o relatório "das operações militares na Frente Sul" [http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_40082 (2018-1-20)], documento dactilografado em formato A/4, sem capa e sem nome do seu autor [mas que seguiremos em frente na busca da sua identificação], localizado no Arquivo Amílcar Cabral, existente na Casa Comum – Fundação Mário Soares. A esse documento base foram, ainda, adicionadas outras informações de diferentes fontes bibliográficas tendentes a ampliar a compreensão/explicação de cada ocorrência, gravadas nos dois lados do combate, instrumentos indespensáveis para o seu aprofundamento histórico.




2. AS ORIGENS DA CCAÇ 6 (COMPANHIA DE CAÇADORES N.º 6) – SUBSÍDIO HISTÓRICO

A CCAÇ 6 é a herdeira da estrutura orgânica da 4.ª CCAÇ (Companhia de Caçadores Nativos [ou Indígenas], esta criada e instalada primeiramente em Bolama em finais de 1959. Quatro anos e meio depois, em Julho de 1964, mudou-se para Bedanda, por necessidades operacionais, como resposta ao pedido de intervenção dos africanos no esforço da guerra. Foi aí, em Bedanda, que em 1 de Abril de 1967, decorridos três anos após a instalação dos seus primeiros efectivos, esta Unidade foi renomeada, passando a designa-ser por Companhia de Caçadores n.º 6 [CCAÇ 6 - "Onças Negras"].

Esta companhia de caçadores, constituída por praças africanas de Recrutamento Local, era enquadrada por oficiais, sargentos e praças especialistas oriundos da Metrópole, tal como as restantes que foram organizadas nessa época no CTIG, cumprindo os últimos o período da Comissão de Serviço obrigatório previsto na Lei. Quanto aos primeiros, estes mantinham-se, marioritariamente, ligados à sua Unidade de base, uma vez que um dos objectivos emergentes para a sua criação foi/era a segurança e/ou defesa das suas populações, estando implicita neste conceito a actividade operacional na luta contra os grupos da/de guerrilha armados.

Para além da CCAÇ 6, o Aquartelemanto de Bedanda dispunha também de um Pelotão de Canhões sem Recuo [PCS/R], de um Pelotão de Artilharia «obus 14 mm» [Pel Art] e de um Pelotão de Milícias [Pel Mil n.º 143] da etnia fula.

Devido à sua intensa e porfícua acção operacional realizada ao longo dos anos, com importantes resultados obtidos nas múltiplas missões que lhe foram confiadas, a Companhia de Caçadores n.º 6 [CCAÇ 6] viria a ser merecedora de uma condecoração atribuída pelo Governo Central ao seu Estandarte [Cruz de Guerra de 1.ª Classe], em cerimónia pública presidida pelo Chefe de Estado, Almirante Américo Thomaz (1894-1987), de homenagem às Forças Armadas Portuguesas, realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, no dia 10 de Junho de 1968, data que até ao «25 de Abril de 1974» era também conhecida como "Dia de Camões, de Portugal e da Raça".

Para que conste, eis a transcrição do texto que originou a condecoração tornado público na comunicação social [ex.: Diário de Lisboa, em 11 de Junho de 1968, p11; e Diário de Notícias, em 12 de Junho de 1968].





Fonte: Ultramar TerraWeb - Portal dos Veteranos dao Ultramat: Angola, Guiné, Moçambique, 1959-1975 [http://ultramar.terraweb.biz/10Jun1968_Lisboa.htm (com a devida vénia)]


3. O ATAQUE A BEDANDA EM 24OUT1969… QUE PASSOU PARA 25OUT1969 DEVIDO A SUCESSIVAS FALHAS NA SUA ORGANIZAÇÃO


Desenvolvimento da acção:

No dia 24 de Outubro [de 1969], às 17h15, as forças do Corpo Especial de Exército deviam atacar as instalações militares do campo de Bedanda com as seguintes forças, assim constituídas [apresentamos um quadro comparativo entre o 1.º ataque a Buba, em 12OUT1969, e este 2.º a Bedanda]:

Contavamos com a ajuda de 80 "povo" no transporte das munições até à posição de fogo. Devido ao número insuficiente de transportadores não pudemos concentrar no local toda a quantidade de munições necessária e muito menos distribui-la a tempo para as 3 posições de fogo, razão principal porque tivemos que adiar a missão.

Por acaso, as forças de infantaria tinham tido muitas dificuldades e atrasado bastante a sua chegada ao local e a tomada de posição no trerreno, não se verificando portanto qualquer desajuste. 


No dia seguinte, e com a aprovação do camarada Nino [Vieira], Comandante do Corpo Especial de Exército, nos prontificamos (as forças de Artilharia) a realizar a operação e a iniciá-la à mesma hora indicada para o dia anterior [17h15].

Realmente, às 15h30 inciamos a colocação das peças e a instalação das ligações telefónicas. Às 17h00 todas as peças estavam prontas para o tiro, quando descobrimos avaria na comunicação, devido a esse imprevisto só às 17h30 iniciamos o fogo de enquadramento com uma peça de canhão 75, desde a posição de fogo do GRAD. O inimigo [NT] respondeu imediatamente, cortando a instalação em dois pontos. Só 15 minutos depois retomamos a direcção de tiro e demos por terminado o enquadramento para as [peças] GRAD.

Imediatamente as peças de canhão abriram fogo, realizando tiro indirecto desde a distância de 2.000 metros. Do posto de observação, pareceu-nos (a visibilidade, dada a hora já avançada da tarde, era deficiente) ser um tiro efectivo, cobrindo a zona indicada. 





Citação: (1966-1970), "Guerrilheiros do PAIGC transportando as peças de um canhão sem recuo [B-10]", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/ fms_dc_44172 (2018-2-11) (com a devida vénia).

Fonte: Portal Casa Comum > Fundação Mário Soartes > Arquivo Amílcar Cabral (com a devida vénia)

Final da Parte I.

Na Parte II desta narrativa, serão abordados os seguintes pontos:

1 – Conclusão do desenvolvimento da acção e respectivos resultados.

2 – Análise crítica à actuação da artilharia.

3 – Correcção das informações obtidas posteriormente pelo PAIGC.

4 – Quadro de baixas militares da CCAÇ 6 (de 1Abr1967 a 27Abr1974).

5 – Quadro de baixas militares da 4.ª CCAÇ (de Jul1963 a Fev1967).

Obrigado pela atenção.

Com forte abraço de amizade,

Jorge Araújo.

26FEV2018.
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