O alce [älg, na língua local; moose, em inglês], um verdadeiro ícone da vida selvagem na Suécia.
Fotos gentilmente cedidas por J. Belo [e editadas pelo Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem de José Belo que deve estar a fazer o "desconfinamento" na sua Tabanca da Lapónia. e seguir viagem até Key-West, Florida, EUA:
José Belo:
(i) ex-alf mil inf da CCAÇ 2381, Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70;
(ii) manteve-se no ativo, no exército português, durante uma década;
(iii) está reformado como capitão de infantaria do exército português:
(iv) jurista, vive entre Estocolmo, Suécia, nem como nas imediações de Abisco, Kiruna, Lapónia, no círculo polar ártico, já próximo da fronteira com a Finlândia, mas também Key-West, Florida, EUA;
(v) é o único régulo da tabanca de um homem só, a Tabanca da Lapónia (, mas sempre bem acompanhado das suas renas, dos seus cães. dos seus alces e dos seus ursos);
(vi) last but not the least,,, achamos que ele "é mais carneiro do que peixeiro", a avaliar pelas fotos de filetes de rena, alce e urso que nos mandou...
Date: domingo, 3/05/2020 à(s) 16:20
Subject: O verdadeiro rei das florestas Escandinavas
(i) ex-alf mil inf da CCAÇ 2381, Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70;
(ii) manteve-se no ativo, no exército português, durante uma década;
(iii) está reformado como capitão de infantaria do exército português:
(iv) jurista, vive entre Estocolmo, Suécia, nem como nas imediações de Abisco, Kiruna, Lapónia, no círculo polar ártico, já próximo da fronteira com a Finlândia, mas também Key-West, Florida, EUA;
(v) é o único régulo da tabanca de um homem só, a Tabanca da Lapónia (, mas sempre bem acompanhado das suas renas, dos seus cães. dos seus alces e dos seus ursos);
(vi) last but not the least,,, achamos que ele "é mais carneiro do que peixeiro", a avaliar pelas fotos de filetes de rena, alce e urso que nos mandou...
Date: domingo, 3/05/2020 à(s) 16:20
Subject: O verdadeiro rei das florestas Escandinavas
O símbolo, aqui por todos aceite,como sendo o mais representativo dos suecos, é sem dúvida o Alce.
Quanto ao urso, procuram dentro do possível evitar o contacto. São os ursos que os buscam (de preferência animais velhos ou doentes). Devido ao peso dos ursos, são os cornos a arma então usada como defesa.
Ao imaginar-se um animal maior, mais alto e mais encorpado que um cavalo, a inesperadamente escoucear com as patas da frente (!) compreende-se que alguns destes encontros sejam fatais para os humanos.
Parece impossível mas torna-se ainda mais grave ao considerar-se as estatísticas que mostram que a cada morto por acidente correspondem mais de seis casos com consequências clínicas graves do tipo
De qualquer modo estas "alimárias" sempre encontram maneira de enganar a rede, sejam elas junto a saídas da auto estrada, bombas de gasolina,ou restaurantes, isto mesmo que as aberturas sejam mínimas.
É certo que os lusitanos já estäão a pensar que os sacanas dos suecos näo querem mesmo que se entre nas auto-estradas sem se pagar!... Mas elas aqui säo gratuitas.
Ou, a ser-se mais concreto,a sua manutenção é paga pelos cidadãos ao Estado, anualmente, através dos impostos.
Mas, e com saudade do meu querido Portugal, pergunto-me :
- Quantos metros de rede seria retirado todas as noites para fazer capoeiras na minha santa terrinha?
Nota do editor:
Numa área 14 vezes superior à portuguesa, e com o mesmo número de população, compreende-se que vastas extensões do território nada mais tenham que florestas, lagos, rios e uma riquíssima fauna selvagem.
Em quantidade, dispersão,e não menos em tamanho, os alces ocupam o primeiro lugar.
Existem, segundo cuidadosas estatísticas Estatais, entre 300.000 a 400.000 alces nas florestas suecas.
Em cota anual 100.000 são abatidos, tanto para consumo da carne como para manter um nível saudável entre esta espécie.
A cota de 100.000 não é escolhida ao acaso mas antes por se ter em conta que em média nascem cerca de 100.000 alces no ano seguinte.
Quanto ao consumo da carne, as receitas tradicionais, que se perdem na noite dos tempos, muito para além dos Vikings, säo fantásticas.
Um animal adulto pesa cerca de 700 quilos, tem mais de 2 metros de altura média e cerca de 3,5 metros de comprimento. Tem pernas muito altas que lhe permitem deslocar-se com relativa facilidade quando a neve é profunda.
Um adulto é maior que um cavalo. Os cornos,que, ao contrário das renas, só os machos têm, crescem em média 2,5 centímetros por dia (!). Atingem enorme dimensöes quando os animais têm entre os 6 e os 12 anos.
Colocados em cima da cabeca de um tão alto animal ainda o tornam maior à vista.
Pode viver até aos 25 anos, mas devido a ser abatido (e obviamente são sempre escolhidos os maiores por causa da carne) vive em relidade uma média de 10 anos.
Deslocam-se com facilidade 30 quilómetros por dia. Ao correrem podem atingir os 60 km/hora.
Tendo uma aparência pacífica, são bastante agressivos quando as fêmeas acompanham crias, ou quando são surpreendidos na floresta.
Quando se dão contactos , e ao contrário do que se poderia esperar, tendo em conta os enormes cornos (mais usados para combate entre machos), é com as longas patas frontais que escouceiam, rápida e violentamente em típico movimento de "bicicleta". Com isto procuram atirar ao solo o homem, cão, ou lobo, para depois o pisarem com os seus 700 quilos. alce, em sueco, diz-se älg; em inglês, moose].
Quanto ao urso, procuram dentro do possível evitar o contacto. São os ursos que os buscam (de preferência animais velhos ou doentes). Devido ao peso dos ursos, são os cornos a arma então usada como defesa.
Ao imaginar-se um animal maior, mais alto e mais encorpado que um cavalo, a inesperadamente escoucear com as patas da frente (!) compreende-se que alguns destes encontros sejam fatais para os humanos.
Näo säo estes encontros que em geral causam as mortes, mas sim os resultantes de acidentes de viação quando os alces procuram, durante a noite, atravessar estradas . E estes acidentes, mortais para os humanos dentro das viaturas,säo muitos.
Nas estatísticas oficiais é apresentado o número de humanos mortos em tais acidentes no ano de 2017 como o de 7.300 (!). Em média. nos outros anos, os números são semelhantes.
Parece impossível mas torna-se ainda mais grave ao considerar-se as estatísticas que mostram que a cada morto por acidente correspondem mais de seis casos com consequências clínicas graves do tipo
paralisias, cegueiras, etc,etc,etc.
O cinzento acastanhado da cor da pele destes animais torna-os muito difícil de ver nas escuras, enevoadas e cheias de nevões noites escandinavas,mesmo com os potentes faróis que aqui se usam.
Em outro detalhe interessante,os olhos dos alces,ao contrário da maioria dos animais selvagens frente aos farois de um carro, não refletem a luz dos mesmos.
As longas pernas do animal colocam-no, aquando da colisãio a alta velocidade, nãoo à altura dos para-choques ou mesmo do motor mas sim à altura do para-brisas contra o qual os 700 quilos são violentamente atirados, penetrando grande parte do corpo no veículo.
É por tudo isto que (para curiosidade e espanto dos turistas que visitam a Suécia vindos de automóvel) ao longo de todas (!) as auto estradas suecas,e de ambos os lados das mesmas,corre uma vedação em rede grossa com mais de 3 metros de altura para deste modo procurar evitar, pelo menos nas auto-estradas, este tipo de acidentes mortais.
Tendo em conta a área da Suécia, e que a mesma está coberta de auto-estradas, pode-se calcular o custo desta rede de proteção.
De qualquer modo estas "alimárias" sempre encontram maneira de enganar a rede, sejam elas junto a saídas da auto estrada, bombas de gasolina,ou restaurantes, isto mesmo que as aberturas sejam mínimas.
É certo que os lusitanos já estäão a pensar que os sacanas dos suecos näo querem mesmo que se entre nas auto-estradas sem se pagar!... Mas elas aqui säo gratuitas.
Ou, a ser-se mais concreto,a sua manutenção é paga pelos cidadãos ao Estado, anualmente, através dos impostos.
Mas, e com saudade do meu querido Portugal, pergunto-me :
- Quantos metros de rede seria retirado todas as noites para fazer capoeiras na minha santa terrinha?
Um grande abraço,
J. Belo.
PS1 - Dá uma saltada ao Youtube....Älg på Svanvik ....(também funciona com o teclado portuguës Alg pa Svanvik). Poderás aí ver como o alce procura escoucear o cäo com as patas fronteiras.
J. Belo.
PS1 - Dá uma saltada ao Youtube....Älg på Svanvik ....(também funciona com o teclado portuguës Alg pa Svanvik). Poderás aí ver como o alce procura escoucear o cäo com as patas fronteiras.
Num outro video colocado junto com o nome de Älgen på Utby pode-se ver um alce calmamente a comer maçãs num quintal. É pena que não mostrem o que acontece aos alces horas depois de comerem as maças,quando estas fermentam no estômago do animal e o álcool lhes provoca bebedeiras que os fazem movimentar-se como um Chaplin Bêbedo!)
PS2 - Cada vez menos sei se estas coisas "exóticas" que me rodeiam, aí dizem algo que valha a pena ser lido.São realidades tão dísparas das portuguesas que muitas vezes me pergunto o que eu pensaria delas se aí tivesse continuado a viver. As análises editoriais são, quanto a mim, fundamentais quanto a este tipo de participação "fora de contextos".
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Nota do editor:
Último poste da série > 28 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20913: Da Suécia com saudade (69): Eu destrui um país [em sueco, "Jag har förstört ett helt land"], por Patrik Engellau... (José Belo)