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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18043: Convívios (834): Almoço de Natal e inauguração do Museu da Tabanca dos Melros, dia 9 de Dezembro de 2017, na Quinta dos Choupos


TABANCA DOS MELROS

ALMOÇO DE NATAL  E INAUGURAÇÃO DO SEU MUSEU

DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2017

RESTAURANTE CHOUPAL DOS MELROS

QUINTA DOS CHOUPOS 

FÂNZERES - GONDOMAR

O belíssimo Restaurante Choupal dos Melros

No próximo sábado, dia 9 de Dezembro, vai ter lugar o Almoço de Natal da Tabanca dos Melros, assim como a inauguração solene do seu Museu, localizado nesta mesma Quinta dos Melros, também sede desta Tabanca.

O anfitrião, Gil Moutinho, pede aos interessados em participar no Almoço que se inscrevam impreterivelmente até ao dia 7 (quinta-feira) a fim de se poder abastecer dos géneros alimentícios suficientes e adequados.

A inauguração do Museu terá lugar antes do almoço pelo que as pessoas devem comparecer mais cedo do que o habitual, por volta das 12 horas.

Sendo este Almoço de Natal um momento de convívio especial, por que não levar os familiares para este salutar convívio? Cabe toda a gente porque a sala de jantar é grande.

Um recanto do Museu dos Melros quando ainda na fase de instalação
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17995: Convívios (833): novo recorde de presenças na Tabanca da Linha: 73 amigos e camaradas marcaram presença, em 16 do corrente, no "Caravela de Ouro", em Algés - Fotos de Manuel Resende: parte III

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17580: Agenda cultural (573): O II volume de "Memórias Boas da Minha Guerra", da autoria de José Ferreira, foi apresentado no passado dia 8 de Julho de 2017, na Quinta dos Choupos, em Fânzeres, Gondomar


No passado sábado, dia 8 de Julho, foi apresentado o II Volume de "Memórias Boas da Minha Guerra", da autoria de José Ferreira, ex-Fur Mil Art da CART 1689 (Guiné, 1967/69).

Cartaz anunciando o acontecimento. © Luís Bateira

A sessão decorreu na Quinta dos Choupos (propriedade do nosso camarada Gil Moutinho, ex-Fur Mil PilAv, Guiné, 1972/73), sede logística da Tabanca dos Melros, onde nos segundos sábados de cada mês se reúnem em almoço de confraternização os combatentes da Guiné do Concelho de Gondomar.

No acto solene estiveram presentes: familiares, camaradas e amigos do Zé da CART, que assim se quiseram associar nesta hora de alegria.

A Mesa era coordenada por Alberto Moura, amigo do autor, e também nosso camarada de armas, que tinha à sua direita: Luís Graça, fundador e editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné; Ricardo Figueiredo, que tem em andamento um projecto para a criação de um Museu da Guerra do Ultramar; Jorge Teixeira, Presidente do "Bando do Café Progresso, das Caldas à Guiné"; e José Ferreira, autor do livro "Memórias Boas da Minha Guerra, II Volume", que ia ser apresentado. À esquerda do coordenador sentavam-se: a representante da Chiado Editora, D. Teresa Mesquita; Carlos Silva em representação da anfitriã "Tabanca dos Melros"; e Carlos Vinhal, co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

Alberto Moura, abrindo a sessão. © Dina Vinhal

Momento em que a representante da Chiado Editora, D. Teresa Mesquita, em breves palavras, se congratulava pela oportunidade da Editora publicar o segundo volume desta obra. © Carlos Silva

A apresentação do II Volume de "Memórias Boas da Minha Guerra" esteve a cargo de Luís Graça, que também prefaciou a obra, fundador e editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Doutorado em Sociologia, não teve dificuldade em prender a assistência, dissertando sobre a facilidade com que o autor analisa pessoas e acontecimentos, encontrando em cada indivíduo ou na sociedade em que está integrado, matéria para passar a escrito, donde saem, conforme a apreciação do leitor, verdades ficcionadas ou ficção pura. 
As estórias de guerra, humoradas ou sérias, esplanadas na sua obra, são um modo diferente de contar o quotidiano de homens vivendo em ambiente de alta tensão e perigo constante. As do pós-guerra caracterizam pessoas, suas condições sociais e épocas. Nestes quase 50 anos após o seu regresso da Guiné, muito mudou na sociedade portuguesa, e isso reflecte-se também na sua escrita.  A linguagem utilizada, o vernáculo e o calão, mais não é que uma escrita honesta, sem disfarces para púdico ler, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Luís Graça sugeriu ao José Ferreira, a quem qualificou como homem muito vivido e experiente, que pense numa autobiografia, obra que reputa já de grande interesse e de êxito garantido.

Luís Graça durante a sua intervenção. © Dina Vinhal

Seguiu-se a intervenção do nosso camarada Ricardo Figueiredo, que na linha do orador anterior, salientou a qualidade da escrita do José Ferreira. Que o autor, a par de outros combatentes, deixa um legado, em dois livros, para que os vindouros saibam como foi o nosso tempo e a nossa experiência de guerra.

Ricardo Figueiredo no uso da palavra. © Dina Vinhal

Seguiu-se o momento mais humorado da sessão com a intervenção do "Bandalho" Jorge Teixeira, que falou dos livros do José Ferreira mais no sentido estético do que propriamente do conteúdo. Sabemos que esta intervenção só podia ter sido assim, vindo de alguém muito amigo.

Jorge Teixeira, Presidente dos "Bandalhos", tecendo as suas opiniões estéticas sobre o livro do José Ferreira. Não se esqueceu de elogiar as qualidades pessoais do autor, também ele um dos "Bandalhos". © Carlos Silva

Seguiu-se a intervenção do "Presidente" da Tabanca dos Melros, também ele elogiando as qualidades pessoais do autor e caracterizando a sua maneira muito própria de escrever. Em tom mais ligeiro, frisou que tendo já lido centenas de livros sobre a Guiné, ultimamente é a sua mulher quem os lê e lhe conta depois as partes mais importantes. Só nos faltava ouvir esta, nem todos temos uma leitora/narradora.

 Carlos Silva, na sua intervenção. © Dina Vinhal

O último orador convidado foi o co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, Carlos Vinhal, que falando por último, ficou sem assunto. Toda a gente já tinha dito bem do Zé Ferreira, tinham feito já a devida crítica literária à obra... mais isto e mais aquilo. Qual a saída? Entalar o Zé, e ler uma das suas estórias publicadas neste segundo volume. Escolheu e leu, contendo a muito custo o riso, "Morteiradas em Canquelifá". Foi outro momento divertido.

O ar divertido na Mesa não se deve aos dotes do orador mas do autor José Ferreira. © Dina Vinhal

...E por último falou o "bombo da festa", perdão, o autor José Ferreira. Visivelmente atrapalhado por estar a ser alvo de tantos elogios por parte dos seus amigos e pela presença dos seus familiares, onde pontuavam as 5 netas e o neto, uns maiores que outros, assim, uns mais atentos que outros, que não quiseram deixar de estar junto do avô, uma pessoa muito importante como estava ali patente.
Na sua genuína humildade, o Zé Ferreira agradeceu aos presentes e ao ausente Alberto Branquinho a quem deve o empurrão definitivo que o levou a este desafio de escrever estas suas Memórias. Agradeceu especialmente ao Luís Graça, fundador do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné que o deu a conhecer ao mundo como o primeiro repositório das suas Memórias, agora transportas em dois livros. Agradeceu-lhe também a disponibilidade para se  deslocar expressamente de Lisboa para estar ali, e pelo prefácio neste segundo volume.

O autor José Ferreira durante a sua alocução. © Dina Vinhal

A sala estava repleta. No exterior havia algumas pessoas a assistir de pé. © Luís Bateira

Segue-se uma sequência de fotos da sessão de autógrafos

Na fila. © Carlos Silva

Silvério Lobo, só podia. © Luís Bateira

 Uma leitora muito especial. © Luís Bateira

José Barreto Pires. © Carlos Silva

Ricardo Figueiredo. © António Tavares

Seguir-se-á o almoço/convívio

Texto, selecção e edição das fotos: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17571: Agenda cultural (572): Exposição "Manuel Ferreira, capitão de longo curso", Museu Malhoa, Caldas da Rainha. Convite para a inauguração, no próximo dia 22 de julho, sábado, às 15h00 (João B. Serra, comissário)

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17476: Agenda Cultural (566): Lançamento do II Volume de "Memórias Boas da Minha Guerra", da autoria de José Ferreira, dia 8 de Julho de 2017, pelas 10h30, no Choupal dos Melros, Rua das Cabanas, 177, Fânzeres-Gondomar - Seguir-se-á um almoço com inscrição prévia



1. Mensagem do nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), autor do Livro "Memórias Boas da Minha Guerra", I e II volumes, com data de 14 de Junho de 2017:

Caros amigos
Graças à vossa atenção e ao vosso carinho, o nosso blogue “ Luís Graça & Camaradas da Guiné” vem publicando regularmente as minhas histórias, nestes últimos sete anos. Elas estão divididas em duas séries; “Memórias boas da minha guerra” e “Outras memórias da minha guerra”.

Por insistência de alguns amigos, estou a passá-las para livro. Já editei o primeiro volume e vou agora lançar o segundo. Cada um é composto por 26 histórias e como já ultrapassei as setenta e cinco, tudo leva a crer que ainda virá um terceiro volume.

O primeiro volume foi lançado no simbólico RAP 2, de onde saiu a minha CART 1689, integrada no BART 1913, para a Guerra da Guiné(*). Este segundo volume será lançado no Choupal dos Melros, outro lugar de enorme importância para os Combatentes, dado que ali coabitam os grupos “Bando do Café Progresso” e a “Tabanca dos Melros”.

Conforme aponta o cartaz, o evento terá lugar no próximo dia 8 de Julho, pelas 10h30. 
Quem quiser, fica para o tradicional almoço convívio, que se realiza todos os segundos sábados de cada mês.

Um abraço cheio de gratidão
José Ferreira da Silva
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Notas do editor

(*) - Vd. poste de 21 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16626: Agenda cultural (508): No passado dia 14 de Outubro de 2016, no Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, realizou-se a sessão de apresentação do livro "Memórias Boas da Minha Guerra" da autoria do nosso camarada José Ferreira da Silva

Último poste da série de 8 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17446: Agenda Cultural (565): Convite para a apresentação de livros da colecção Fim do Império, a levar a efeito no próximo dia 11 de Junho, pelas 15h00, no Auditório da Feira do Livro de Lisboa (Manuel Barão da Cunha)

sábado, 1 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17196: Convívios (791): XXXIV Encontro do pessoal da CCAÇ 2317, dia 3 de Junho de 2017, no Restaurante Choupal dos Melros, Fânzeres - Gondomar (Joaquim Gomes Soares, ex-1.º Cabo At Inf)


XXXIV ENCONTRO DO PESSOAL DA CCAÇ 2317

DIA 3 DE JUNHO DE 2017

RESTAURANTE CHOUPAL DOS MELROS
 FÂNZERES - GONDOMAR


AMIGO E COMPANHEIRO:

Como não podia deixar de ser, chegou a altura do ano indicada para te escrever. A intenção é sempre a mesma e tem sempre um único objetivo, conviver.

Este ano, comemoramos o 49.º ano do nosso ADEUS a Gandembel. E celebramos também o nosso 34.º Almoço/Convívio.

Eu sei que, por circunstâncias da vida, nem sempre é fácil comparecer a estes almoços devido a falta de tempo e disponibilidade originadas por questões profissionais, familiares. Sei que também, nem sempre é fácil convencer outras pessoas que não passaram a mesma estadia na Guiné que nós, de que estes almoços são realmente importantes para nós. Mas, mais uma vez, apelo à vossa presença neste nosso convívio anual que termina sempre em festa. É uma oportunidade única para rever velhos amigos e até mesmo para conviver com os familiares mais próximos que quiseres que te acompanhem.

Após 33 almoços, começa a tornar-se difícil encontrar sítios para este nosso convívio. No entanto, todos os anos me esforço por encontrar sítios que correspondam às nossas expectativas. 

Este ano o nosso almoço realizar-se-á no restaurante “Choupal dos Melros”, que se situa na Rua das Cabanas, n.º 177, 4510-506 Gondomar, a 10 minutos do centro do Porto, mais precisamente em Fânzeres junto ao fim da linha do Metro.

Neste local encontramos o campo na cidade com todos os privilégios e sensações inerentes como a tranquilidade, beleza natural e ar puro. Para todos os que apreciam a comida tradicional portuguesa confecionada em fornos a lenha e sempre com intuito de aliar a arte de bem-comer à arte de bem-estar, podem ter a certeza que este espaço proporciona serões agradáveis e relaxantes.

Como todos os anos espero que nos honres com a tua presença novamente, porque conseguir reunir a família e os amigos na mesma mesa é um enorme privilégio. Gostaria de manter esta bela tradição viva, de forma a poder rever os meus companheiros de guerra. Se alinhas nesta festa, já sabes como funciona e com o que podes contar – alegria garantida.

O almoço este ano, realizado ao sábado como é habitual, será no dia 3 de Junho.

Estamos à tua espera a partir das 12 horas.

Como de costume deixo-te aqui o meu contacto, para que possas marcar a tua presença, dar notícias ou saber informações:

Telef: 225 361 952
Telm: 936 831 517
Restaurante: 224 890 622

Se puderes, não percas um dia diferente estamos à tua espera.

Agradeço que me confirmes a tua presença logo que possível.
Email: joaquim.gomes.soares@hotmail.com

EMENTA 

APERITIVOS E ENTRADAS: 
Rissóis de carne e marisco, croquetes, moelinhas, pataniscas de bacalhau, morcela assada, orelheira em vinagrete, presunto, salpicão e chamuças.

BEBIDAS: 
Vinho maduro branco ou tinto, vinho verde branco ou tinto, cerveja, água e refrigerantes.

SOPA: 
Creme de legumes

CARNE: 
Misto assado à Choupal em fogão a lenha (vitela e lombo)

SOBREMESA: 
Bolo comemorativo
Frutas da época
Doces variados

Espumante
Café e digestivos da casa

Um abraço,
Joaquim Soares
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17193: Convívios (790): XXVII Encontro de "Os Maiorais" de Empada - CCAÇ 2381, dia 22 de Abril de 2017 em Alferrarede (José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enfermeiro)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

terça-feira, 14 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16200: Convívios (754): Almoço do mês de Junho do pessoal da Tabanca dos Melros, realizado no passado dia 11, na Quinta dos Choupos, Fânzeres - Gondomar (Carlos Silva / Carlos Vinhal)

Quinta dos Choupos - Choupal dos Melros
Ponto de encontro da Tabanca dos Melros


1. Como é habitual no segundo sábado de cada mês, a tertúlia da Tabanca dos Melros reuniu-se no passado dia 11, à volta da mesa, no Choupal dos Melros.

Como sempre, a malta é muito bem recebida, em ambiente rural muito bem preservado, pelo anfitrião Gil Moutinho, também ele camarada combatente, que sobrevoou vezes sem conta os céus da Guiné.

Desta feita o dispositivo estava instalado no pátio interior que preserva todo o ambiente rural, ornado com diversas máquinas e utensílios agrícolas.

Reparem só neste recanto com tanta história

O nosso anfitrião lá mais ao fundo

O repasto iniciou-se com umas apetitosas entradas onde não faltou até uma feijoada com este óptimo aspecto.

Iniciadas as hostilidades, o nosso amigo e camarada David Guimarães passa ao ataque.

A ementa, sempre uma surpresa, desta vez constou de sardinha assada, ou não estivéssemos na época dos santos populares, e de fêveras grelhadas, complementado com o caldo verde da ordem.

Para fim de festa foi servida a sobremesa composta por fruta fresca e deliciosa doçaria, onde pontuava um delicioso creme queimado da preferência deste vosso editor.
Um cafezinho e um digestivo remataram mais esta jornada gastronómica.

Um aspecto da mesa. Em primeiro plano, à esquerda a Germana, esposa do Carlos Silva; a Dina Vinhal e a Rosa, esposa do Barbosa. Do lado direito a Marília, esposa do nosso camarada Angelino Santos Silva

Sempre atento, o nosso amigo Paulo, de pé, que já faz parte da família dos Melros.

Como quando a hora de comer é para todos, até estas pequenas andorinhas são alimentadas pelos pais.

Este mês esteve presente o Carlos Silva, um dos fundadores desta Tabanca dos Melros, que se deslocou expressamente de Lisboa, à sua terra Natal, Gondomar, para participar neste convívio.
São dele as fotos que se publicam.


Em Julho há mais, apontem no calendário o dia 9 e venham almoçar, talvez debaixo desta frondosa ramada. Não precisam ser "Melros", são bem-vindos todos os camaradas.

Fotos: © Carlos Silva
Texto e legendagem das fotos de Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 9 de junho de 2016 Guiné 63/74 - P16184: Convívios (753): XII Encontro do pessoal da CART 1742 ("Os Panteras"), realizado no passado dia 28 de Maio, em Creixomil - Guimarães (Abel Santos)

domingo, 3 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15573: Convívios (722): Companheiros e Camaradas à Volta da Mesa (Francisco Baptista)

1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), com data de 19 de Dezembro de 2015:


Companheiros e Camaradas à Volta da Mesa

Numa Tabanca em Medas, Gondomar, com os irmãos Carvalhos, Manuel e António e outros camaradas, Joaquim Peixoto, o Fernando Súcio, o Jorge Peixoto, o Xico Allen o Cancela, outro camarada e mais dois bons amigos. Porque uma tabanca surge quando dois camaradas da Guiné se encontram e começam a falar e a imaginação se activa e começa a mostrar esse filme a preto e branco, antigo mas sempre presente. Para além dos barracões onde dormíamos, as arrecadações, as messes e refeitórios, os canhões, as valas e abrigos, perpassam também na memória essas habitações primitivas, cobertas de capim, os homens grandes com as suas túnicas talares, as mulheres com panos parecidos com saias e as bajudas de mama firme a mostrá-las naturalmente, sem pudor.

Os melhores companheiros de uma boa mesa são sem dúvida todos os convivas que se reúnem à sua volta, mas para criar um clima aprazível e descontraído contribuem muito os pratos com boas iguarias acompanhados de bons vinhos que relaxem a mente e alarguem o campo de visão do espírito.

A posta à mirandesa não é um bife mas sim dum naco de vitela espesso que pelo seu tamanho corresponde quase a três bifes. Deve ser posto a grelhar em lume forte, com boas brasas e nesse momento temperado com sal grosso, virado e salgado do outro lado e posto de novo a grelhar. No calor das brasas, deve estar apenas o tempo suficiente para queimar um pouco o seu exterior, aquecer toda a carne e conservar muito do sumo próprio da carne no seu interior. Para tempero algum azeite logo que sai do lume e alho para quem apreciar.

Os caixeiros-viajantes grandes faladores por índole ou dever de ofício encarregaram-se de fazer a propaganda da posta à mirandesa, quando a conheceram, na Gabriela, em Sendim. Conheci a casa de pasto da Gabriela ainda adolescente, levado pelo meu pai, já não me recordo a que propósito andava com ele por terras de Miranda, a passear não de certeza. Ficava no 1.º andar de uma casa, numa sala pequena, com duas ou três mesas, e não teria mais do que 12 lugares sentados. A velha Gabriela era uma mulher despachada e desassombrada, com língua afiada e vernácula tanto no falar mirandês como no "português fidalgo". Mulher de barba rija, mesmo no sentido literal da palavra. Quando os caixeiros-viajantes fizeram a divulgação da posta à mirandesa por todo o país nas décadas de cinquenta e sessenta, já os lavradores a comiam há muitas décadas, nas tascas de lona montadas, por taberneiros, nas feiras de Mogadouro, Vimioso e Miranda do Douro. Nesses tempos a posta à mirandesa era proveniente da melhor carne, das vitelas de raça mirandesa, aliás a única raça bovina existente nesses concelhos, alimentada em lameiros de bons pastos e com vegetais e cereais que os lavradores produziam nas hortas e campos. Essas vitelas para além do leite das mães, comiam da melhor alimentação vegetariana para animais dessa espécie.

Porque à boa maneira dos camponeses, (camponeses de Medas e de Brunhoso), a amizade se cimenta na partilha dos bens que a terra nos dá, no dia 26 de Novembro juntámo-nos nove camaradas mais dois amigos numa tabanca improvisada nuns anexos da casa do Carvalho de Mampatá com ele e com o irmão Manuel, em Medas, Gondomar, num grande almoço para saborear umas boas postas de vitela compradas em Mogadouro, com bom vinho do Douro e pão trigo de origem transmontana. As postas bem assadas pelo Xico Allen estavam tenras, saborosas, suculentas, o vinho maduro tinto da produção dum grande lavrador e amigo de Mesão Frio, terra transmontana, já perto do Porto, ajudava ainda a melhorar a qualidade e o sabor da carne. Num dia agradável de algum sol e temperatura amena, passamos uma tarde que não se esquece, como cada um não esquece as farras que fazíamos na Guiné, com os pobres produtos que conseguíamos da manutenção militar ou outros produtos locais que algum camarada mais inventivo conseguia arranjar.

Muito obrigado aos irmãos Manuel e António Carvalho pela simpatia que tiveram com todos e pelo trabalho sobretudo do Carvalho de Mampatá, sempre em acção na preparação de algumas entradas e a cozinhar as couves e batatas à lareira, em grandes panelas de ferro como se fazia antigamente. Até pelo sabor histórico e local da grande fogueira da lareira e das panelas, foi um dia memorável. Nestas trocas de bons sabores culinários já noutros anos tive também oportunidade de saborear juntamente com outros camaradas, lampreias muito bem confeccionadas pelo Manuel, outro grande cozinheiro, pescadas no rio Douro, não muito longe das casas deles.


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Uma navalha do nordeste transmontano, fabricada artesanalmente pelos irmãos Pires, ferreiros de Palaçoulo

Há longos anos, talvez séculos, as navalhas de bolso e as facas de cozinha eram fabricadas nas forjas dos ferreiros, em muitas aldeias, mas sobretudo na aldeia de Palaçoulo que hoje tem mais de uma dezena de fábricas artesanais e duas grandes fábricas industriais, Martins e MAM, que vendem para todo o país e para o estrangeiro.

Facas como esta ou semelhantes, acompanhavam sempre os lavradores e outros trabalhadores da terra, dessa região. Com elas comiam as postas nas tascas das feiras, muitas vezes à mão, sobre grandes fatias de trigo ou centeio. Os corticeiros no Verão ou os azeitoneiros no inverno, como outros trabalhadores sazonais, que muitas vezes acompanhei ao longo da vida, à hora da merenda sacavam da navalha, uma fiel companheira, para comerem as côdeas de centeio ou trigo, o presunto, a chouriça, o toucinho ou outras carnes. Quando jovem lembro-me bem dessas navalhas simples, geralmente com cabos de freixo, já escuros pela idade e com as lâminas muitas vezes já meio gastas pelo uso e pela necessidade de serem afiadas. Era um tempo de contar os tostões e de conservar todos os objectos até ao fim da sua vida útil.

Hoje já com outra folga financeira e outros hábitos, os lavradores e filhos de lavradores da minha idade, educados na tradição e fetichismo das navalhas têm cada um 10, 20, 30 ou mais navalhas com diferentes feitios e qualidades de lâminas e com cabos de diferentes madeiras ou outros materiais: freixo, carrasco, buxo, esteva, oliveira, chifre, marfim etc. Alguns coleccionam carros, armas, relógios, gravatas, óculos, etc., nós os do Nordeste Transmontano, criados sem outros brinquedos para lá do pião e da roda de ferro, coleccionamos navalhas, sem intenções de ataque ou defesa, simplesmente porque nos habituámos a ver essas ferramentas sempre úteis nas mãos dos nossos mais velhos, desejosos de possuí-las, mas que eles só permitiam que usássemos a partir na adolescência.

Já os naturais do Noroeste Transmontano, sobretudo os de Boticas e Montalegre, sem as mesmas coleccionam armas de fogo, sem querer, neste momento, especular sobre o assunto, pois confesso que desconheço a origem dessa tradição.

O Noroeste, e o Nordeste transmontano são o verso e reverso da página do mesmo livro com algumas diferenças que as montanhas por vezes não deixavam fazer uma boa leitura. Nos tempos da minha meninice e adolescência quando as tradições ainda se mantinham iguais desde há séculos, a convivência entre as aldeias não era superior a um raio de 100 quilómetros que era aquilo que as mulas dos tendeiros, dos peleiros, dos albardeiros, dos latoeiros, dos cesteiros e de outros negociantes e artistas podiam percorrer, para não ficarem demasiado tempo fora das suas terras.

Um abraço.
Francisco Baptista
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15447: Convívios (721): XXII Convívio da Magnífica Tabanca da Linha, Oitavos, Cascais, 19 de novembro de 2015: Os "piras" (Manuel Resende)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15247: Efemérides (202): Em cerimónia levada a efeito no passado domingo, em Fânzeres, Gondomar instituiu o dia 11 de Outubro como Dia Municipal do Combatente, coincidente com o dia 11 de Outubro de 1961, quando faleceu em campanha, em Angola, o primeiro gondomarense (Carlos Silva)

1. Em mensagem do dia 12 de Outubro de 2015, o nosso camarada Carlos Silva (ex-Fur Mil Inf CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71) mandou-nos este texto alusivo à cerimónia que instituiu o dia 11 de Outubro como Dia Municipal do Combatente de Gondomar.


Instituição do Dia Municipal do Combatente de Gondomar

Nota explicativa

Amigos e Camaradas

Ex-combatentes gondomarenses há muito que aspiravam que fosse instituído na sua terra o Dia Municipal do Combatente.

Assim, desde 2009 que lançaram mãos à obra e ao longo do mandato do executivo camarário anterior, cujo presidente foi o Major Valentim Loureiro, quer por escrito quer pessoalmente em cerimónias de homenagem aos combatentes gondomarenses falecidos, fomos formulando pedidos no sentido da criação do Dia Municipal do Combatente, cuja pretensão durante o seu mandato jamais foi atendida e nunca viu a luz do dia.

Contudo, não baixámos os braços e em 2014 um grupo de camaradas apresentou uma petição aos novos protagonistas camarários, reiterando o pedido da instituição do Dia Municipal do Combatente, sendo a mesma entregue na Assembleia Municipal pelo nosso amigo e camarada António Oliveira, secretário da mesma, sendo o pedido submetido à discussão daquele órgão e sido aprovado em Novembro de 2014.

Em Março passado em Fânzeres, aquando da nossa Homenagem aos nossos camaradas falecidos onde esteve presente o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Dr Marco Martins, reiterámos o pedido que teve a sua anuência.

Deste modo e posteriormente a nossa Edilidade aprovou o dia 11 de Outubro, que corresponde ao dia em que tombou em combate em terras angolanas o 1.º gondomarense dos 83 que por terras de África por lá tombaram.

Daí ser consagrado o dia 11 como o Dia Municipal do Combatente de Gondomar, honrando assim o Dr Marco Martins o compromisso assumido em Março passado.

Assim, ontem teve lugar na Praça Heróis de Ultramar em Fânzeres, Gondomar, a 1.ª celebração do Dia Municipal do Combatente e a Homenagem aos combatentes falecidos na Grande Guerra; na Guerra do Ultramar e noutras operações em que Portugal participou, promovida pela Câmara em colaboração com o Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes, bem como uma exposição de material de transmissões do Regimento de Transmissões do Porto.

Durante a cerimónia o Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes, presidido pelo Cor Belchior impôs medalhas das Campanhas de África a alguns combatentes.

Apesar da chuva que se fez sentir, todos ali presentes mantiveram-se firmes até ao termo das cerimónias.
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Fotos do evento:


Fotos 1 e 2 - Duas perspectivas do Monumento aos Combatentes do Concelho de Gondomar erigido em Fânzeres

Foto 3 - Autoridades civis e militares que presidiram à cerimónia

Foto 4 - Presentes os Porta-Guiões dos Núcleos da Liga dos Combatentes do Marco de Canaveses, Matosinhos e Porto

Foto 5 - Descerramento da Placa que assinala o Dia Municipal do Combatente de Gondomar

Foto 6 - Coronel José Belchior, Presidente do Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes, usa da palavra em nome do Gen Chito Rodrigues que não se pôde deslocar a Gondomar.

Foto 7 - O Dr. Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar dirigindo-se aos presentes


Fotos 8 e 9 - Momentos da imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a Combatentes da Guerra do Ultramar


Fotos 10 e 11 - Deposição de Coroas de Flores na Placa alusiva ao Dia Municipal do Combatente

Foto 12

Foto 13 - Antes e durante a cerimónia esteve patente uma exposição de material de transmissões do Regimento de Transmissões do Porto.
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Texto: Carlos Silva
Selecção das fotos e legendas: Carlos Vinhal
Fotos:
1 a 8; 10 e 11 - Câmara Municipal de Gondomar, com a devida vénia
9 - Carlos Vinhal
12 e 13 - Carlos Silva
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Nota do editor

Último poste da série de 11 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15238: Efemérides (201): Hoje faz anos o Catroga, ex-1.º Cabo Enfermeiro da CCS do BCAÇ 3872 (Juvenal Amado)