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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24439: Agenda cultural (835): Rescaldo da apresentação do livro "Memórias de um Combatente", da autoria de José Ferreira, antigo Combatente em Angola, levada a efeito no passado dia 25 de Junho de 2023, em Resende (Fátima Silva e Fátima Soledade)

Foto 1 - Livro “Memórias de um combatente”, do autor José Ferreira


1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, filhas de antigos combatentes do ultramar, enviada ao nosso Blogue no dia 28 de Junho de 2023, com o resumo do lançamento do livro "Memórias de um Combatente", levado a efeito no passado dia 25 de Junho de 2023:

Lançamento do Livro do Autor José Ferreira, “Memórias de um Combatente”

No dia 25 de junho de 2023, pelas 16 horas, no Salão Nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Resende, realizou-se o lançamento do livro “Memórias de um Combatente” do autor José Ferreira, que foi bombeiro antes de assentar praça e cumpriu uma Comissão de Serviço em 1965/1967, como 1.º Cabo Sapador, na Província Ultramarina de Angola.

O Senhor José Ferreira compareceu acompanhado dos seus familiares e amigos. O seu filho, Renato Ferreira e o músico Diamantino Nogueira proporcionaram belos momentos musicais e o neto, Tomás Ferreira, declamou um poema do avô.

O painel participou pela seguinte ordem:

- A moderação dos diferentes momentos e intervenções foi da responsabilidade da representante da “Editorial Novembro”, Dra. Avelina Ferraz;
- Alocução do Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Resende, Sr. Joaquim Alves;
- Alocução do Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Dr. Jorge Machado;
- Alocução da Dra. Fátima Silva – Apresentação do Projeto “Heróis da Guerra do Ultramar – Resende”;
- Alocução da Dra. Fátima Soledade – Testemunho sobre a origem do livro “Memórias de um Combatente”;
- Encerramento do evento a cargo do Coronel de Infantaria na Reserva, Joaquim Monteiro, Vice-presidente do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes.

No final foi servido um “Porto de Honra”, proporcionando um convívio muito salutar.


Foto 2 - Dra. Avelina Ferraz, moderadora e representante da editora
Foto 3 - Vista geral do Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários
Foto 4 - Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Jorge Machado, e o autor José Ferreira
5 - Filho do autor, Renato Ferreira, e Diamantino Nogueira
Foto 7 - Painel (da esq. Para a dir.) Dra. Avelina Ferraz, Fátima Soledade, Jorge Machado, José Ferreira, Joaquim Monteiro, Joaquim Alves e Fátima Silva
Foto 8 - Elementos da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego, José Ferreira e o Major Osório.
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Nota do editor

Último poste da série de 17 DE JUNHO DE 2023> Guiné 61/74 - P24406: Agenda cultural (834): Apresentação do livro "Memórias de um Combatente", da autoria de José Ferreira, antigo Combatente em Angola, a ter lugar no Salão Nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Resende, dia 25 de Junho de 2023, pelas 16 horas (Fátima Silva e Fátima Soledade)

sábado, 17 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24406: Agenda cultural (834): Apresentação do livro "Memórias de um Combatente", da autoria de José Ferreira, antigo Combatente em Angola, a ter lugar no Salão Nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Resende, dia 25 de Junho de 2023, pelas 16 horas (Fátima Silva e Fátima Soledade)

C O N V I T E

1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, ambas filhas de antigos combatentes do ultramar, enviada ao nosso Blogue hoje mesmo:

Boa noite, Carlos:
Temos o prazer de dar a conhecer o lançamento do livro "Memórias de um Combatente" do autor José Ferreira, também este combatente em Angola. Os seus textos atravessaram o Oceano Atlântico há mais de cinquenta anos. São testemunhos reais vividos por um jovem que se vê afastado da sua terra e dos seus.

Com a maior estima e consideração.
Fátima´s

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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE MAIO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24282: Agenda cultural (833): Apresentação do livro "João Cardoso de Oliveira - homem e sacerdote", da autoria do nosso camarada António Mário Leitão, a levar a efeito no próximo dia 6 de Maio de 2023, pelas 16h30, na Igreja Matriz de Ponte de Lima

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24310: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (35): chegou a primavera (mesmo sem "abril, águas mil"), que vai bem com (diz a 'Chef' Alice): (i) favas com casca, suadas, à moda alentejana; (ii) carapauzinhos fritos com arroz de tomate; e (iii) favas suadas à moda da Maria da Graça... Sem esquecer: (iv) o festival literário "Livros a Oeste (11ª edição, Lourinhã, 9-13 mai 2023); e ainda (v) a 14ª quinzena gastronómica do polvo (Lourinhã, 17-31 mai 2023)...


Lourinhã > Chez Chef Alice > 12 de maio de 2023 >  "Favas com casca... suadas, à moda alentejana"


Lourinhã > Chez Chef Alice > 10 de maio de 2023 >  "Carapauzinhos fritos com arroz de tomate"


Lourinhã > Chez Chef Alice > 24 de abril de 2022 >  "Favas suadas à moda da Maria da Graça"

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Já passou o Abril, mas não vieram as águas mil... Estamos em plena primavera do nosso (des)contentamento... Veio a seca, para ficar, cada vez mais cíclica... E,  se água "cá tem" nas nossas hortas, deixamos de poder jogar aos feijões e, pior ainda, de poder fazer as favas suadas ou o arroz de tomate com peixe frito... Em contrapartida, teremos, pelos santos populares, a boa (?) sardinha assada no pão... Já se vende na praça, aqui, a cinco euros (já vai o tempo em que, perdulários, dizíamos: "ao preço da chuva"...)

Como sugestões dos nossos 'vagomestres', para estes dias em que a fava ainda aparece nos nossos mercados locais, aqui vão dois pratinhos, de resto já divulgados, da nossa 'chef' Alice: as costumeiras favas suadas (à moda da senhora minha mãe, Maria da Graça, que Deus já lá tem), e as favas com casca (colhidas ainda jovens, tenrinhas)... 

Neste último caso, são feitas ´"à moda alentejana", e aproveita-se tudo, a casca e a fava... (Não confundir com as ervilhas de quebrar, que também são de comer & chorar por mais: este, sim, um prato duriense, das gentes da Tabanca de Candoz...

As favas com casca (com entrecostro, ou só enchidos, com destaque para o "chourico preto"...) não são prato que se encontre nos restaurantes aqui à volta, contrariamente aos   carapauzinhos fritos com arroz de tomate... (Não se diz "jaquinzinhos", que a ASAE não deixa.)

Bom proveito... E mandem-nos também as vossas sugestões, enquanto a gente ainda puder andar por qui, pela Terra da Alegria... A prazo, claro, estamos a  prazo.Mas esta semana, também há cá o festival literário "Livros a Oeste"... Porque, na terra dos dinossauros, nem só de favas vive o homem... Amanhã, 13, é o último dia... LG



Cartaz do festival literário "Livros a Oeste", Lourinhá, 9-13 de maio de 2023... Este ano subordinado ao mote  "Entre nós... e as palavras" (verso do poeta Mário Cesariny, que faria 100 anos)...  Vai já na 11ª edição, realizado pela CML desde  2012. Programador cultural: João Morales.... 

E para a semana, começa  a 14ª quinzena gastronómica do polvo (Lourinhá, 17 a 31 de maio de 2023). 
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Nota do editor:

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24282: Agenda cultural (833): Apresentação do livro "João Cardoso de Oliveira - homem e sacerdote", da autoria do nosso camarada António Mário Leitão, a levar a efeito no próximo dia 6 de Maio de 2023, pelas 16h30, na Igreja Matriz de Ponte de Lima

1. Em mensagem do dia 3 de Maio de 2023, o nosso camarada António Mário Leitão, (ex-Fur Mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973), enviou-nos o convite para o lançamento do seu livro "João Cardoso de Oliveira - homem e sacerdote", a levar a efeito no próximo dia 6 de Maio, pelas 16h30, na Igreja Matriz de Ponte de Lima:


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Nota do editor

Último poste da série de 26 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24254: Agenda cultural (832): livro «50 Anos (1975-2025) de factos e feitos da História do CCRAM - primeira década: 1975/1985»; convite para a sessão de lançamento, Corroios, Seixal, dia 29, sábado, às 15h30 (Jorge Araújo)

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24254: Agenda cultural (832): livro «50 Anos (1975-2025) de factos e feitos da História do CCRAM - primeira década: 1975/1985»; convite para a sessão de lançamento, Corroios, Seixal, dia 29, sábado, às 15h30 (Jorge Araújo)



Convite do autor, Jorge Alves Araújo, e da direção do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho, Corroios, Seixal.


1. Mensagem do nosso camarada e amigo, coeditor do nosso Blogue, Jorge Araújo, que chegou há pouco tempo de Abu Dhabi, EAU; ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974), é professor do ensino superior, ainda no ativo, tendo cerca de  330 referências no nosso blogue.

Data - 16/04/2023, 12:22

Assunto - Lançamento de livro

Caro Camarada Luís Graça,


Bom dia.

Segundo julgo saber, já regressaste à (tua) metrópole, depois das diferentes "missões" em Candoz. Mas, o mais importante é a tua saúde. Espero e desejo que continues a registar boas melhoras.

No seguimento do nosso último contacto, fiquei de te enviar alguns apontamentos sobre o lançamento do livro «50 ANOS (1975-2025) de factos e feitos da História do CCRAM - primeira década: 1975/1985», clube que ajudei a nascer, a crescer e a desenvolver-se e, agora, autor do 1.º de cinco volumes, um por cada década.

Esta sessão, conforme consta no CONVITE em anexo, terá lugar no próximo dia 29 de Abril de 2023, sábado, com início pelas 15h30.

Trata-se de uma Obra historiográfica importante para todos os membros deste Clube - e do movimento desportivo e associativo da região - em particular para as gerações mais jovens e uma justa homenagem aos que se esforçaram na constituição e construção desta Colectividade, a caminho do seu Cinquentenário.

Segue em anexo o Convite. 

Obrigado.
Um abraço.
Jorge Araújo. 
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Nota do editor:

Último poste da série > 12 de março de 2023 > Guiné 61/74 - P24139: Agenda cultural (831): Lançamento, em Abril, do livro "Rumo à Revolução - Os Meses Finais do Estado Novo", por José Matos em coautoria com a jornalista Zélia Oliveira (José Matos)

domingo, 12 de março de 2023

Guiné 61/74 - P24139: Agenda cultural (831): Lançamento, em Abril, do livro "Rumo à Revolução - Os Meses Finais do Estado Novo", por José Matos em coautoria com a jornalista Zélia Oliveira (José Matos)


1. Mensagem, datada de 11 de Março de 2023, de José Matos, membro da nossa Tabanca Grande, investigador em História Militar, que tem feito investigação sobre as operações da Força Aérea na Guerra Colonial, principalmente na Guiné, e é colaborador regular da Revista Militar, dando notícia do lançamento, em breve, do livro "Rumo à Revolução - Os Meses Finais do Estado Novo" de que é coautor com a jornalista Zélia Oliveira:

Caros amigos
Queria pedir a vossa divulgação do meu último livro no blogue.
Vai estar à venda brevemente (abril) em todas as livrarias. Para já ainda não está à venda, mas deixo aqui a capa e algumas notas, dado que também fala da Guiné.

- É uma abordagem histórica aos três meses que antecederam a revolução.
- Procuramos narrar com algum detalhe os acontecimentos na fase final do regime.
- Analisamos também a situação nas colónias (Moçambique, Guiné e Angola) e as intenções do Governo relativamente à guerra.
- Quem comprar vai perceber porque é que o 25 de Abril era inevitável e como é que o MFA preparou tudo.

Obrigado
José Matos


Clicar nas imagens para leitura dos textos
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Nota do editor

Último poste da série de 19 DE FEVEREIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24079: Agenda cultural (830): Convite do Grupo "Asas de Poesia" para a sessão de poesia e música a levar a efeito no dia 25 de Fevereiro de 2023, pelas 16h00, na Biblioteca Municipal Dr. José Vieira de Carvalho - Maia. A 1.ª Parte será preenchida com o Poeta José Teixeira. Haverá ainda a participação especial do Duo de Música de Coimbra, composto por Roberto Assis e Álvaro Basto

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24058: Agenda cultural (829): Convite para a apresentação do livro "Volfrâmio: Suor o deu, miséria o levou - Cambra na diáspora", por Alberto Bastos, dia 13 de Fevereiro (segunda-feira), pelas 18,30 horas, sede da Universidade Popular do Porto, Rua da Bovista, 736

C O N V I T E


APRESENTAÇÃO DO LIVRO "VOLFRÂMIO 'SUOR O DEU, MISÉRIA O LEVOU'", CAMBRA NA DIÁSPORA"


A Associação Cívica Alberto Bastos e a UPP - Universidade Popular do Porto têm o prazer de tornar público o convite para a apresentação do livro de Alberto Bastos "Volfrâmio 'Suor o deu, miséria o levou' - Cambra na diáspora" na segunda-feira, 13 de fevereiro às 18.30 horas.

O livro, que integra as duas peças de teatro designadas no título, será apresentado por Adão Pinho Cruz e José Soares.

A sessão será presencial na sede da UPP com entrada livre, na Rua da Boavista 736, mas pode também ser acompanhada por videoconferência (neste caso deverá ser ser feita inscrição prévia por email para secretaria@upp.pt para posterior envio dos dados de acesso).

Recorde-se que o Alberto Bastos (1948-2022), natural de Vale de Cambra, foi alf mil op esp, CCAÇ 3399 / BCAÇ 3852 (Aldeia Formosa, 1971/73). Morreu de doença súbita, logo no início do ano de 2022.  Entrou para a Tabanca Grande, a título póstumo, no dia 11 de janeiro de 2022.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23993: Agenda cultural (827): Lembrar um construtor de nações, meio século depois do seu assassinato, no Colóquio "Amílcar Cabral e a História do Futuro", na Assembleia da República, Lisboa, 13 e 14 de janeiro de 2023 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 17 de Janeiro de 2023:

Queridos amigos,
Só na véspera à tarde é que recebi um mail a confirmar que podia participar neste colóquio, já tinha compromissos assumidos para sábado, de modo que o meu relato cinge-se ao que me parece ter sido o essencial do primeiro dia do colóquio. Recomendo a leitura do jornal O Expresso do próximo fim de semana, acerquei-me do José Pedro Castanheira para lhe pedir o texto, para mim uma das peças mais importantes daquele dia de trabalhos, respondeu-me que a sua comunicação será publicada integralmente no jornal, razão pela qual não ma podia facilitar. Não escondo a grande surpresa que tive com a categoria intelectual do Presidente da Assembleia da República, felizmente que podem ler na íntegra a sua intervenção.

Um abraço do
Mário



Lembrar um construtor de nações, meio século depois do seu assassinato

Mário Beja Santos

A Assembleia da República acolheu um colóquio intitulado “Amílcar Cabral, História do Futuro”, promovido por um conjunto de instituições universitárias, nos passados dias 13 e 14. Lamentavelmente só pude participar no dia 13, pelo que vou reportar, em síntese, o que ali se disse sobre a vida, a obra e a atualidade do pensamento revolucionário do líder do PAIGC.

Abriu o colóquio o Presidente da Assembleia da República, Augusto dos Santos Silva, que se debruçou sobre os lugares e as ideias de Amílcar Cabral, pegou em duas frases de Cabral sobre como a libertação é um fator de cultura e a distinção entre cultura e manifestações culturais. Para quem ali estava a ser evocado, importa entender que um povo colonizado está excluído pelo colonizador. Cabral entendia a libertação como processo de resgate, um resgate de identidade nacional, era na própria libertação que se ia construindo uma cultura agregadora, uma matriz nacional, superadora de diferentes crenças, de diferentes idiomas, e com a capacidade alavancar uma nação para o desenvolvimento socioeconómico e cultural. Cabral, observou o orador, entendia que o povo português era aliado de quem procurava a independência. Em síntese, para Cabral a libertação não era só a independência, adquirida esta era imprescindível passar para o desenvolvimento e aí a cultura era crucial como processo de transformação, seria a encarnação de uma identidade múltipla (comunicação integral do orador disponível em: https://www.parlamento.pt/sites/PARXVL/Intervencoes/Paginas/Intervencoes/Intervencao-PAR-na-sessao-abertura-coloquio-Amilcar-Cabral-Historia-do-Futuro.aspx)

Interveio, seguidamente, Fernando Rosas, centrou a sua comunicação sobre os termos e os modos como se deve ir mais além desta memória histórica que entrou perigosamente em esquecimento, importa retomar os estudos e as investigações alusivos à obra de Cabral e conhecer melhor todo o período da luta de libertação, aprofundando o que há de atual no pensamento de Cabral.

A comunicação seguinte coube a António Sousa Ribeiro, que na continuação das observações do comentador anterior deplorou o inconsciente colonial, postura que também foi mantida por Joana Dias Pereira que aludiu ao domínio do presentismo, uma historicidade que agora parece subordinada a estudos posteriores ao fenómeno do colonialismo; uma convidada estrangeira, Marga Ferré, pronunciou-se sobre os desafios que o pensamento de Cabral propõem para o futuro e não deixou de se sublinhar o que ela tratou como anomalia histórica, Cabral estava destinado a ser um agente colonial, provavelmente numa posição de todo, e rebelou-se contra o colonialismo, o que nos leva a refletir sobre lugares e ideias que impõem o vigor de um pensamento novo, daí a importância de continuar a estudar Cabral.

Seguiu-se a este período de apresentações o primeiro painel intitulado “Guerra colonial: memória e silenciamentos”, em que participaram Miguel Cardina, Carlos Cardoso, Patrícia Godinho Gomes e Cláudia Castelo. Cardina retomou a reflexão sobre o quadro do esquecimento sobre as lutas de libertação e propôs um conjunto de desafios que poderão contribuir para revigorar a memória destes acontecimentos, citou a necessidade de haver uma rede conjunta de arquivos, investigação sobre os modos com que se fez a guerra e a relação soldados/população, incentivar a investigação académica nos novos países independentes, entre outros.

O investigador guineense Carlos Cardoso recordou que a luta armada foi constitutiva da nação tal como ela existe e sublinhou a omissão existente no país quanto a políticas de perdão; para o investigador, a História da Guiné tem de ser contada com histórias e saudou o facto de hoje em dia os cinco países africanos de língua portuguesa terem resolvido estudar conjuntamente as suas lutas de libertação; Patrícia Godinho Gomes centrou a sua intervenção sobre as mulheres silenciadas na luta armada, chamou a atenção para a urgência em proporcionar investigações de história oral sobre estas mulheres, são testemunhos enriquecedores; Cláudia Castelo debruçou-se sobre o papel da Casa dos Estudantes do Império na luta de libertação.

Seguiu-se novo painel intitulado “Amílcar Cabral, trajetos de vida e memória viva”, fora intervenientes Vítor Barros, José Neves, Julião Soares Sousa, José Pedro Castanheira e Leonor Pires Martins. 

Ganharam realce as intervenções de Julião Soares Sousa e José Pedro Castanheira. Julião Soares Sousa comentou os olhares contemporâneos sobre o líder do PAIGC, favoráveis ou desfavoráveis: mártir, herói, autoritário e cultor da personalidade, homem previdencial, enfim, são revelações abonatórias de que continua a ser necessário estudar aquele tempo, a sua vida e a sua obra. 

José Pedro Castanheira recordou à assistência a investigação que leva há décadas sobre o assassinato de Cabral, mantêm-se as incógnitas sobre a origem do complô, referiu os diferentes arquivos e documentos onde é patente de que não houve qualquer ordem de autoridades portuguesas ou da PIDE para matar Cabral naquela altura, nada consta, referiu, nos arquivos na Torre do Tombo, no Arquivo Histórico-Diplomático e nas Actas do Conselho Superior de Defesa Nacional, sabe-se hoje que nos diferentes tribunais (foram três) se debruçaram sobre o assassinato de Cabral todos os presumíveis ligados ao complô foram guineenses, não foi inquirido nem acusado de qualquer culpa um só cabo-verdiano.

No final deste painel, foi recordado que em finais de março, no Palácio Baldaia, estará patente uma exposição sobre Amílcar Cabral.

Retomados os trabalhos da parte da tarde, a comunicação mais esperada a do comandante Pedro Pires que começou por referir que não era isento nem imparcial, valorizava o triunfo de Cabral durante a luta armada e post mortem, enalteceu a estratégia do líder por se ter preocupado em primeiro lugar com a consciencialização das massas camponesas, ter procurado a todo o transe apoios para formar quadros revolucionários, como aconteceu e ele próprio se ter encarregado da primeira preparação desses quadros, nas escola piloto em Conacri.

Recordou a resistência dos povos da Guiné contra a presença colonialista e interrogou-se sobre o valor histórico da colonização portuguesa. Logo que demonstrado que Salazar não queria aceder a qualquer tipo de negociação de abertura para a independência da Guiné, Cabral preparou etapa a etapa a solução militar, nunca escondeu a surpresa de como a luta de libertação se revelou fulminante e decisiva logo em 1963 e 1964. Lembrou também que coube a Cabral procurar romper o equilíbrio estratégico e que se deslocara à União Soviética não só para ali se prepararem os utilizadores do míssil terra-ar como que eles fossem cedidos com bastante rapidez, em 1973, tal como aconteceu. Pedro Pires mantém a tese de operação da PIDE para assassinar Amílcar Cabral e mantém a esperança de que a geração de Cabral continue a testemunhar e a ser ouvida sobre a visão do líder e do seu legado político e moral.

É este o apanhado que me parece mais pertinente para os meus confrades do blogue.

Artigo de Bárbara Reis, publicado no jornal Público em 14 de janeiro, com o título 50 anos depois, Amílcar Cabral está esquecido e está na moda, disponível em: https://www.publico.pt/2023/01/14/mundo/noticia/50-anos-amilcar-cabral-esquecido-moda-2035088, com a devida vénia.
Abertura do colóquio e comunicação do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva
Intervenção de Julião Soares Sousa
Intervenção do comandante Pedro Pires
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Nota do editor

Último poste da série de 12 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23975: Agenda cultural (826): Colóquio "Amílcar Cabral e a História do Futuro"... Organização: CES/UC (Projeto CROME Memórias Cruzadas; Políticas do Silêncio). Local: Assembleia da República, Lisboa, 13 e 14 de janeiro de 2023

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23975: Agenda cultural (826): Colóquio "Amílcar Cabral e a História do Futuro"... Organização: CES/UC (Projeto CROME Memórias Cruzadas; Políticas do Silêncio). Local: Assembleia da República, Lisboa, 13 e 14 de janeiro de 2023


COLÓQUIO

Amílcar Cabral e a História do Futuro

13 e 14 de janeiro de 2023

Auditório António de Almeida Santos, 
Assembleia da República (Lisboa)

Programa

Sexta-feira, 13 de janeiro

9h00-9h45: Sessão de Abertura
Com Augusto Santos Silva, António Sousa Ribeiro, Fernando Rosas, Joana Dias Pereira, Bruno Sena Martins, Marga Ferré

Intervalo

Mesas de Trabalho
10h00-11h30 - A guerra colonial e as lutas de libertação: memórias e silenciamentos | Miguel Cardina, Carlos Cardoso, Patrícia Godinho Gomes, Cláudia Castelo | Moderação: Inês Nascimento Rodrigues

11h30-13h00: Amílcar Cabral: trajetos de vida e memória viva | Iva Cabral, José Neves, Leonor Pires Martins, Julião Soares Sousa, José Pedro Castanheira | Moderação: Victor Barros

Almoço

14h30-16h00h: Conferência | Pedro Pires

Intervalo

16h30-18h30: Amílcar Cabral: imagem em movimento (com projeção do filme O Regresso de Cabral) | Filipa César, Sana na N’Hada, Diana Andringa | Moderação: Sumaila Jaló


Sábado, 14 de janeiro

Mesas de Trabalho
9h30-11h00: Amílcar Cabral: textos | Ângela Coutinho, Mustafah Dhada, Roberto Vecchi | Moderação: Rita Lucas Narra

Intervalo

11h30-13h00: Amílcar Cabral: dimensões internacionais da luta | Rui Lopes, Aurora Almada Santos, Teresa Almeida Cravo, Vincenzo Russo | Moderação: Pedro Aires Oliveira

Almoço

14h30-16h00: Amílcar Cabral: política, cultura e utopia | Miguel de Barros, Rui Cidra, Sílvia Roque, Redy Wilson Lima | Moderação: João Mineiro

Intervalo

16h30-18h00: Descolonização: significados e desafios | Beatriz Gomes Dias, Bruno Sena Martins | Moderação: Marta Lança

Festa de Encerramento no B.Leza | 22h00 Concerto Prétu | 23h00 Abel Djassi DJ Set

Acesso livre, mas de inscrição obrigatória

Organização: Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (através do projeto CROME, Memórias Cruzadas; Políticas do Silêncio, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, e no âmbito da iniciativa "50 anos de Abril"); Instituto de História Contemporânea (NOVA-FCSH) e laboratório associado in2past; Cultra (associada à rede Transform e no âmbito da iniciativa "Abril é Agora").
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Nota do editor:

Último poste da série > 8 de janeiro de  2023 > Guiné 61/74 - P23961: Agenda cultural (825): Entrevista do nosso confrade Mário Beja Santos ao programa "Mar de Letras" da RTP África, emitido no passado dia 4 de Janeiro de 2023

domingo, 8 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23961: Agenda cultural (825): Entrevista do nosso confrade Mário Beja Santos ao programa "Mar de Letras" da RTP África, emitido no passado dia 4 de Janeiro de 2023


1. Mensagem de Imelda Monteiro, Jornalista/Produtora da Panavideo, com data de 6 de Janeiro de 2023, enviada ao nosso camarada Mário Beja Santos:

Bom dia, prezado Dr. Mário Beja Santos
Envio link do programa "Mar de Letras" da RTP África emitido na passada quarta-feira. Mais uma vez obrigado pela sua presença.
Vamos continuar a acompanhar a sua obra.

Um braço de toda a equipa "Mar de Letras"

Cumprimentos,
Imelda Monteiro
Jornalista/Produtora

Ver entrevista de Mário Beja Santos aqui: "Mar de Letras" - RTP África


2. Comentário do editor:

Nesta entrevista, Mário Beja Santos começa por falar do seu passado profissional ligado à Defesa do Consumidor, traçando o paralelismo entre a situação económica actual e a dos anos 70. Também da dependência, então dos pais em relação aos filhos, em contraponto com o que acontece hoje, em que os filhos cada vez mais saem tarde de casa, continuando em alguns casos a dependerem da ajuda dos pais.

Revive os seus tempos de Guiné passados em Mato Cão, Missirá e Bambadinca, com as emboscadas diárias ao Geba Estreito. Não esquece os seus soldados africanos que revisitou em 2010.

Termina, falando dos seus livros de memórias e romances, cujo mote é sempre a Guiné, como é o caso do seu último romance "Rua do Eclipse", publicado aqui no nosso Blogue, assim como das suas publicações dedicadas à História da então Colónia da Guiné, sobre a qual se tem dedicado com afinco e sobre a qual está a terminar mais um livro. Quis a sorte e o destino que profissionalmente estivesse durante meses a trabalhar naquela antiga colónia portuguesa.

Uma entrevista que se vê com agrado, na qual o nosso camarada Beja Santos denota que ainda está longe de esgotar o assunto Guiné-Bissau, uma das suas paixões, a par da cidade de Bruxelas, que confessa ama profundamente.

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Nota do editor

Último poste da série de 6 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23954: Agenda cultural (824): Livro: "De puto irrequieto á guerra na Guiné como Ranger" - J. Casimiro Carvalho, ex-fur mil OpEsp/Ranger, CCAV 8350 e CCAÇ 11 (Guileje e Gadamael, entre 1972 e 1974)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23954: Agenda cultural (824): Livro: "De puto irrequieto à guerra na Guiné como Ranger" - J. Casimiro Carvalho, ex-fur mil OpEsp/Ranger, CCAV 8350 e CCAÇ 11 (Guileje e Gadamael, entre 1972 e 1974)


1. O nosso Camarada José Casimiro Carvalho, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCAV 8350 (Guileje, Gadamael-Porto, Prábis, Colibuia e Paunca) - 1972/74, enviou-nos a seguinte mensagem:

Este meu projecto já está completo (um livro que ele vai publicar), no entanto aceito sugestões e alterações para melhorar a veracidadde do mesmo, podendo ser contactado através do Facebook: https://www.facebook.com/jose.carvalho.241.


Livro: "De puto irrequieto à guerra na Guiné como Ranger"

Caros conterrâneos, amigos e camaradas da guerra na Guiné,

Plantei uma árvore (na Cooperativa Nortecoop)

Gerei duas filhas. Falta-me escrever esse Livro

Chegou a data

Mas é um passo enorme para mim e um pequeno passo para a Humanidade.

Para isso, além da coragem falta o essencial, ou seja, saber que não vou enterrar a minha vida financeira.

Tenho o Livro "pronto" mas só avançarei se tiver feed back desse lado

O Livro é uma autobiografia desde os 2 anos, passando pelos empregos, pela Tropa, Rangers, Guerra, camaradas, GNR-BT, e a respetiva reforma, ou seja "Uma História de Vida" e aqui é que eu preciso da vossa colaboração.

Não vou avançar com uma despesa de milhares de euros sem saber se vão comprar este verdadeiro romance da vida real.

Fico aqui na espectativa da vossa resposta.

QUEM VAI QUERER COMPRAR O "MEU" LIVRO?

Será de preço acessível, livro com uma história verídica, com fotos a preto e branco e a cores.

Um aperitivo

Agradecimento :

Somos pequenas gotas de orvalho, onde, como seres viventes, nos evaporamos para um universo infinito cujo fim é compreensivelmente indesmentível.

Viemos ao Mundo e conhecemos as mais dispares realidades: umas boas e outras más.

Sendo a minha vivência marcada na infância por algumas traquinices, o certo é que cresci e fiz-me homem. Conheci o mundo do trabalho, fui ranger e combatente na guerra na Guiné, onde convivi com o sofrimento da morte, assim como dos estropiados que infelizmente conheci. Depois, fui, mais tarde, militar da GNR – BT -, casei e construi um lar marcado pela felicidade.

Fica, pois, o meu singelo agradecimento ao clã familiar que sempre esteve ao meu lado, apoiando-me nos momentos mais difíceis, e outros, obviamente, mais dóceis. À minha esposa, Ana Carvalho, às minhas filhas, Kika e Sofia, às minhas netas Beatriz e Maria, ao meu neto Miguel Ângelo e aos meus genros Pedro e Sérgio, deixo-vos este pequeno, mas grande, livro de memórias.

O meu expressivo agradecimento é também expansivo aos meus amigos, sendo que, presentemente, os convívios com essa “velha guarda” continuam a proliferar, assim como aos companheiros militares de guerra que comigo conviveram nos diversos palcos no cumprimento de um dever cívico fundamentalmente militar e patriótico.

Aos camaradas do Exército, aos Rangers, aos Comandos, aos Paraquedistas e aos amigos, fica a minha profunda gratidão.

José Carvalho

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O Prefácio:

Foi com muita honra que intercedi nesta brilhante mescla de representações humanas de que fala o nosso amigo e camarada Ranger, José Casimiro Carvalho, e que são, no fundo, pedaços de uma existência complacente, onde se cruzam panoramas de vida diametralmente opostos.

De criança descontraída, e que fazia maldades, o que se aceita como normal tendo em conta a sua tenra idade, visto que o rapazito era mesmo irrequieto, ao universo do trabalho onde conheceu diversas oportunidades, visto que o seu intuito passava por ganhar mais uns tostões, ou, ainda, às austeras ralhadas dadas pelo pai que o tinham como alvo, ao serviço militar como ranger, passando pelo palco da guerra de uma Guiné que não lhe deu tréguas, pois foi em Guileje ou em Gadamael que conheceu os horrores do conflito, sendo o cenário de morte uma constante, ou a forma como presentemente ainda vive, com intensidade, momentos de inolvidáveis convívios entre os seus já velhos amigos, sendo a amizade um imperecível prazer de vida, concluindo a sua história de existência no trabalho como agente da BT – GNR.

Confesso, com a mais pura honorabilidade que existe no meu ego, que falar do Zé Carvalho é, sobretudo, viajar pelo mapa de uma vida na qual se cruzam variadíssimos contextos, principalmente aqueles que o antigo combatente da guerra relata sobre a sua comissão militar na Guiné e o combate que ainda trava pelo fidedigno reconhecimento de todos os camaradas que pisaram solo ultramarino.

Para o Zé Carvalho fica, pois, o meu “alfa bravo” pelas suas excelentes memórias, sendo também certo que ele ainda hoje chora pelos camaradas que viu morrer e sem que nada o pudesse evitar.

Mas a vida é, afinal, uma caixinha de pandora onde se guardam recordações que farão perpetuamente parte do nosso ser, mas enquanto que por cá andarmos ao cimo deste imenso globo terrestre.

A leitura deste livro é construtiva, cativante e recomendava-se, naturalmente!

José Saúde
Ranger

PS: Por favor Partilhem onde for possível
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Sejam felizes!

J. Casimiro Carvalho
Ex-fur mil OpEsp/Ranger,
CCAV 8350 e CCAÇ 11
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

5 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23951: Agenda cultural (823): Convite para o lançamento do livro "ANTIGOS COMBATENTES, Humilhados e Abandonados", por José Maria Monteiro, dia 14 de Janeiro de 2023, pelas 12,00 horas, no Restaurante Manuela Borges, Santo António da Charneca - Barreiro

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23951: Agenda cultural (823): Convite para o lançamento do livro "ANTIGOS COMBATENTES, Humilhados e Abandonados", por José Maria Monteiro, dia 14 de Janeiro de 2023, pelas 12,00 horas, no Restaurante Manuela Borges, Santo António da Charneca - Barreiro

C O N V I T E

Clicar na imagem para ampliar

1. Mensagem do nosso camarada José Maria Monteiro, com data de 4 de Janeiro de 2023:

Meu ilustre camarada Luís Graça:
Terei muito gosto e muita honra fazer parte da TABANCA GRANDE.
Já pedi ao Carlos e ao Mário Beja Santos, para publicar alguns temas, nomeadamente o meu penúltimo trabalho que foi "OS MAIS JOVENS COMBATENTES", e ultimamente o CONGRESSO NACIONAL DE ANTIGOS COMBATENTES, a que presidi.

Aproveito para informar que no dia 14/01/2023, pelas 12h00 no MANUELA BORGES EVENTOS, irei fazer o lançamento do meu último trabalho que é "ANTIGOS COMBATENTES, Humilhados e Abandonados," onde se demonstra o descontentamento pela Pátria ter demorado 46 anos a reconhecer a dignidade de combatente aos seus Antigos Combatentes.

Aproveito para enviar um CONVITE e gostaria que estivesses presente no evento cultural, ou não podendo, por motivos de agenda, alguém em representação da TABANCA GRANDE.

Bom ano 2023

JOSE MARIA MONTEIRO - um dos mais jovens combatentes do Mundo. (c/16 anos).
Cascais 04/01/2023

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Nota do editor

Último poste da série de 13 DE DEZEMBRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23873: Agenda cultural (822): A entrevista do nosso camarada Paulo Cordeiro Salgado dada ao programa Mar de Letras, da RTP/África, vai para o ar amanhã, dia 14 de Dezembro, às 21,30 horas

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23873: Agenda cultural (822): A entrevista do nosso camarada Paulo Cordeiro Salgado dada ao programa Mar de Letras, da RTP/África, vai para o ar amanhã, dia 14 de Dezembro, às 21,30 horas

1. Mensagem do nosso camarada Paulo Cordeiro Salgado (ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72), com data de 12 de Dezembro de 2022:

Caros Camaradas,
Vivam, Todos.
Com uma saudação de camaradagem, envio para atempada e eventual publicação.
Paulo Salgado


Por certo, já reparastes: as raízes da minha Terra Transmontana e África – eis a essência, a base, da minha escrita.

Venho, de novo, abusando, informar que na entrevista no programa Mar de Letras, da RTP/África falo dos outros. Do Outro. Porém, todos sabemos que na ficção, seja pura, seja histórica, transparece muito das vivências dos autores. Que o digam Mia Couto ou António Lobo Antunes, Pepetela ou Aquilino, Jorge Amado ou João Tordo…

Por isso, peço desculpa. Faço-o pelas “minhas” personagens, reinventadas, que só terão vida, se delas nos lembrarmos. Uma revivida…
Assim, informo: a entrevista passará na RTP/África, programa Mar de Letras, no dia 14 de Dezembro, às 21,30.
Posição do canal RTP África em Portugal: MEO – 196; NOS – 190; Vodafone – 177.

Para quem desejar, poderá aceder através dos links - https://www.rtp.pt/programa/tv/p41701/e44

Quando o programa for emitido ficará disponível neste link: https://www.rtp.pt/play/p9785/mar-de-letras

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Nota do editor

Último poste da série de 6 DE DEZEMBRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23851: Agenda cultural (821): Diogo Picão, na Lourinhã, sua terra natal, sábado, 10 de dezembro de 2022, às 21h30, para o lançamento do seu segundo álbum, "Palavras Caras"

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23851: Agenda cultural (821): Diogo Picão, na Lourinhã, sua terra natal, sábado, 10 de dezembro de 2022, às 21h30, para o lançamento do seu segundo álbum, "Palavras Caras"



Capa do segundo álbum de Diogo Picão, "Palavras Caras" 


Diogo Picão, na Lourinhã, Auditório da AMAL sábado, dia 10 de dezembro,
as 21h30, com Diogo Picão (voz e saxofone), Olmo Marín (guitarra de 7 cordas), Carlos Garcia (piano) e Juninho Ibituruna (Percussão). Espectáculo integrado nas festas Lourinhã Natal (de 26 de novembro de 2022 a 6 de janeiro de 2023).  Bilhetes à venda no Posto de Turismo da Lourinhã (de segunda a sexta, exceto feriados, telef.  
261 410 127). Cinco paus, cinco aéreos, o preço de um maço de cigarros... Música e poesia que apontam, certeiras, ao coração da gente em plena época natalícia...



Diogo Picão:

(i) é músico, compositor e letrista;

(ii) faz canções para se libertar das insónias e sonhar com mundos melhores;

(iii) cresceu músico, estudou saxofone, virou cantautor e espera envelhecer como poeta e boémio;

(iv) nascido em 1988 na Lourinhã, começou a estudar saxofone na Escola de Jazz de Torres Vedras;

(v) é licenciado em Música pela ESMAE / IPP (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo / Instituto Politécnico do Porto), e pós-graduado em Artes da Escrita pela Universidade Nova de Lisboa;

(vi) já tocou com a Big Band do Oeste, Big Band da ESMAE, Tchakare Kanyembe, Jungle Jazz Orchestra, Diabolando, Carlos Barretto In Loko Band, Tony Madeira y los Impressionantes e Histórias de Monstros e Outros Bichos;

(vii) é co-criador, com Olmo Marín, do duo Sambacalao e integra ainda a Orquestra Latinidade, João Berhan, Jon Luz & Baile Criolo e espectáculo Pantera (Cia. Clara Andermatt);

(viii) Cidade Saloia (2018) é o  seu álbum de estreia, composto por doze canções da sua autoria, e conta com exímios músicos da cosmopolita Lisboa.

Tendo-se apresentado por Portugal e Brasil, lança agora o seu segundo álbum, Palavras Caras, com a participação de uma vintena de convidados,  incluindo Luca Argel, Salvador Sobral e Mônica Salmaso. 

Desse álbum,  ouça-se aqui o belíssimo tema Vendedor de Fruta (4' 22'') . (O autor inspira-se, mais uma vez, na popular  figura do avô materno Bonifácio  da Silva, do Seixal, que tinha uma banca de frutas e legumes no antigo mercado municipal da Lourinhã, uma figura muito popular que eu, de resto,  recordo com  saudade.) (LG)

Depois do grande êxito que foi o seu último espetáculo em Lisboa, no Maria Matos, no passado dia 30 de novembro, estamos ansiosos por vê-lo, ao vivo e a cores, na sua terra natal, Lourinhã, dia 10 de dezembro, na AMAL - Associação Musical e Artística Lourinhanense.

A Tabanca Grande e a Tabanca do Atira-te ao Mar (... e Não Tenhas Medo), Porto das Barcas / Atalaia / Lourinhã, apoiam o nosso Diogo Picão.

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Nota do editor:

Último poste da série > 16 de novembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23788: Agenda cultural (820): Livro: “Do Inverno à Primavera”, obra do camarada José Alberto Neves, Nova Lamego (Gabu). (José Saúde)

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Guiné 61/74 - P23788: Agenda cultural (820): Livro: “Do Inverno à Primavera”, obra do camarada José Alberto Neves, Nova Lamego (Gabu). (José Saúde)


1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos a seguinte mensagem: 

Livro: “DO INVERNO À PRIMAVERA”, obra do camarada José Alberto Neves, Nova Lamego (Gabu)

Camaradas,   

   

É muito interessante a obra trazida aos escaparates pelas Edições Colibri, editor Fernando Mão de Ferro, com a capa da  designer Raquel Ferreira, - “DO INVERNO À PRIMAVERA” -, cujo autor é um camarada, alferes miliciano de nome José Alberto Neves, que esteve em Nova Lamego (Gabu) ao mesmo tempo deste simplório escriba, José Saúde, nos anos de 1973/1974, mas, que desde logo, num gesto de amizade e camaradagem, me disponibilizei para que da narrativa fizéssemos um justíssimo eco, tendo em conta que o autor debita, minuciosamente, a sua espinhosa tarefa numa altura em que o conflito da Guiné se agudizava, restando também a merecidíssima certeza que o solo guineense sempre se assumiu como palco de uma guerra que jamais deu tréguas aos distintos e audazes combatentes que foram para ali atirados… “à pressa”. 

O livro, que se espalha pelas suas 496 páginas, relata o tempo em que serviço militar era obrigatório, com uma guerra colonial em plena atividade e que muito nos atormentava, sendo que o autor na capa introduz os seguintes “rótulos”: “ANOS DE 1973 E 1974: das universidades para os QUARTÉIS. As LUTAS agudizam-se e a GUERRA COLONIAL torna-se o DESTINO CERTO para a maioria dos JOVENS QUE POR LÁ PASSARAM”.        


Na verdade, esta brilhante amalgama de dados que o camarada José Alberto Neves puxa para a capa, sintoniza, tão-só, a extensidade de um livro que vale a pena ser lido, e comentado, sendo a narrativa deveras merecedora de uma proficiente leitura.        

A contracapa contém um texto deveras atraente que merece uma profunda reflexão dos antigos combatentes:  

Sobre o autor:  


José Alberto Neves, nasceu em Oliveira do Bairro em novembro de 1951e é licenciado em Auditoria, Pós-Graduado em Relações Internacionais e Mestre em Direito, com Especialização em Ciências Jurídico-políticas, Gestor de Empresas e professor do Ensino Secundário e Superior, foi, ainda, dirigente associativo e piloto de aviões.       

Resta-me dizer-te Zé Alberto Neves, camarada da região de Gabu, em concreto Nova Lamego, onde cruzámos espaços comuns e falamos de temáticas que foram idênticas a todos aqueles que por lá passaram, como é óbvio, sendo, por isso, legítimo enaltecer a obra que trouxeste a público, sobre os tempos da guerrilha na Guiné e toda a sua caminhada rumo a uma guerra que não dava tréguas.  

Abraços, camaradas

José Saúde

Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523

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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 

10 DE OUTUBRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23691: Agenda cultural (819): Conferência sobre Bases Aéreas de Portugal - BA 11 - Beja e BA 12 - Bissalanca, Guiné, no dia 20 de Outubro de 2022, às 18h00, Palácio da Independência, Largo de São Domingos (ao Rossio)

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23741: "Despojos de Guerra" (Série documental de 4 episódios, SIC, 2022): Comentários - Parte V: 4º e último episódio, "Laços de Sangue", hoje, 5ª feira, dia 27, às 20h00, na SIC Notícias, Jornal da Noite


Série documental "Despojos de guerra", 4ª episódio: "Laços de sangue", Fotograma do "trailer" (3' 58''). Um dos entrevistados é o José Maria Indequi, secretário da direção da Associação da Solidariedade dos Filhos e Amigos dos Ex-Combatentes Portugueses na Guiné-Bissau (FIDJU DI TUGA).

1. Sinopse, com a devida vénia, SIC Notícias > 25 out 2022, 12h17;

Chamam “filhos de tuga” aos mestiços nascidos das relações entre militares portugueses e mulheres africanas que foram deixados para trás. Entre a revolta e a esperança, ainda hoje tentam encontrar um nome de pai e descobrir a outra metade da sua identidade, como sucede aos irmãos Elva e José Maria Indequi.

"Despojos de Guerra" revela histórias extraordinárias de espionagem, patriotismo, sobrevivência e romance, tendo como pano de fundo a guerra colonial portuguesa em África (1961 a 1974).

Com recurso a imagens de arquivo extraordinárias e pela primeira vez submetidas a um processo de colorização inédito em Portugal, esta série documental, com assinatura de Sofia Pinto Coelho, vem dar voz a heróis anónimos que relatam agora, na primeira pessoa, as encruzilhadas que enfrentaram em tempo de guerra e de descolonização.

"Despojos de Guerra" é uma coprodução da Blablabla Media com a SIC, com o apoio à inovação audiovisual do ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual.

Esta quinta-feira é apresentado o último episódio da série documental "Despojos de Guerra", disponível na plataforma Opto.

Sobre este tema, e sob o descritor "filhos do vento", temos mais de 6 dezenas de referências no nosso blogue. ]