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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18047: Fotos à procura de... uma legenda (97): O que é ser português hoje na "ponta mais o(a)cidental da Europa"? As coroas de flores, de muitas cores e feitios, das comemorações (oficiais) do 1.º de dezembro de 2017...


Foto nº 1 > Exército Português


Foto nº 2 > Força Aérea Portuguesa (FAP)


Foto nº 3 > Marinha Portuguesa


Foto nº 4 > Polícia de Segurança Pública


Foto nº 5 > Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA)


Foto nº 6 > Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa


Foto nº 7 > Presidente da República Portuguesa e Comandante Supremo das Forças Armadas


Foto nº 8 > 1º Ministro, António Costa


Foto nº  9 > Assembleia da República


Foto  nº 10 > > General CEMGFA (Comandante do Estado Maior General das Forças Armadas)


Foto nº 11 > Lisboa, 1 de dezembro de 2017 > Monumento aos Restauradores (pormenor)


Foto nº 12 > Lisboa > 1 de dezembro de 2017 > Monumento aos Restauradores (pormenor)





Foto nº 13 > Lisboa > 1 de dezembro de 2017 > Monumento aos Restauradores (pormenores)


Foto nº 14 > Lisboa > 1 de dezembro de 2017 > Praça dos Restauradores > 6º Desfile de Bandas Filarmónicas (pormenor)


Foto nº 15 > Lisboa > Av da Liberdade > 1 de dezembro de 2017 >   6.º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas > Uma representação da banda da AMAL - Associação Musical e Artística Lourinhanense, cuja origem remonta a 1878: da esquerda para a direita, Pedro Margarido, presidente da União das Freguesias da Lourinhã e Atalaia; Paulo José de Sousa Torres,  diretor da AMAL (e meu primo em 3.º grau)  e a nossa grã-tabanqueira Alice Carneiro... O puto é o "porta-estandarte" da AMAL que tem uma escola de música e um grupo de teatro...

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Não fui  (aliás, nunca fui...) às comemorações oficiais do 1.º de dezembro, que voltou a ser feriado nacional na nossa terra em 2016. Mas fui à tarde, a Lisboa, à Av da Liberdade e à Praça dos Restauradores, ver as bandas e o desfile de mais de 1900 homens, mulheres e crianças das bandas filarmónicas do meu país... que é uma forma popular, agora em 6.ª edição, de comemorar esta data histórica da nossa pátria...

Mas interrogo-me sobre o significado de tudo isto: as cores e os feitios das vistosas coroas de flores, deixadas de manhã pelas instituições que nos representam, da Presidência da República à autarquia, passando naturalmente pelas Forças Armadas... E que ainda estavam viçosas, à tarde, quando por lá passei...

Afinal, o que é ser hoje português? E o patriotismo, ainda existe e faz sentido? Pode ser uma reflexão (idiota) de um homem que um dia vestiu a farda do exército português  para ir "defender a Pátria" a milhares de quilómetros de casa... Na Guiné, em 1969/71...

Qual a diferença e semelhança entre mim e os meus antepassados que lutaram na "guerra da restauração" (1640-1668), na sequência da rutura com a "monarquia dual" sob a qual Portugal viveu (entre 1580 e 1640), o mesmo é dizer sob o domínio do ramo espanhol da casa de Habsburgo.

Se a geração que fez a guerra colonial (1961/74) tivesse nascido por volta de 1620, teria lutado contra a Espanha dos Filipes em inúmeras batalhas   por ex., Cerco de São Filipe (1641-1642); Montijo (1644); Arronches (1653); Linhas de Elvas (1659); Ameixial (1663); Castelo Rodrigo (1664); Montes Claros (1665); Berlengas (1666)... Mas também contra os holandeses no Brasil, em Angola, em São Tomé e Príncipe].

Que custo tem a independência de um país? O que é hoje ser independente? O que ganharam os aliados que nos apoiaram, e nomeadamente os ingleses? Sabemos que os ingleses ganharam um império e a autoestrada da globalização que lhes permitiu ser o 1.º país industrial do mundo...  E os holandeses ocuparam boa parte das posições portuguesas na Ásia...

Não há alianças grátis...nem inimigos de borla... E nesse tempo, os portugueses tiveram mais sorte do que os catalães, debaixo da pata dos Filipes, como nós... Sorte?... Foi apenas a sorte das armas?...

Para o menino da foto n.º 14, que toca caixa na banda da sua terra (, já agora gostava de saber qual...), ter vindo a Lisboa neste dia, é  coisa que ele nunca mais vai esquecer na sua vida... Como eu, quando vim pela primeira vez à "cidade grande", à "capital do império", com os meus 7 ou 8 anos... Mas eu não toquei, como ele, os 3 hinos: o da Restauração, o da Maria da Fonte e o Nacional, ao lado da Banda da Armada e mais 32 bandas civis, num total de 1900 músicos... (Tenho vídeos dessa atuação conjunta, que prometo pôr "on line")... Este menino estava na fila da frente, a 20 metros de mim, e é por estes meninos que temos de pensar que ser português hoje ainda vale a pena e faz sentido... Ele representa a geração dos nossos netos... (LG)

2. Ainda hoje temos um tremendo défice de patriotismo... Ou talvez melhor, de educação cívica e de conhecimento da nossa história pátria. Sem conhecimento da história da Pátria não há amor da Pátria... (Diga-se que, para mim, o patriotismo é incompatível com muitos outros "ismos", tais como etnocentrismo, chauvinismo, imperialismo, colonialismo,  racismo, xenofobia; o patriotismo é inclusivo: eu sou patriota na exata medida em que eu e o meu vizinho espanhol coexistimos, pacífica e solidariamente)...

Os portugueses, depois da "decadência nacional", com o fim da breve "época de ouro" dos finais dos séc. XV e princípios do séc. XVI, passaram a ter uma baixa autoestima coletiva... Acontece com outros povos... E a "restauração da independência" em 1640 foi um longo processo que ainda hoje continua... Afinal, o que é ser "independente", numa economia globalizada e num planeta ameaçado?...

De qualquer modo, orgulho-me de pertencer a um povo (uma comunidade, um território, uma história) que fala e escreve uma língua como o português... Pensar que há uma linha de continuidade de mil anos, ajuda-nos a ligar o passado, o presente e o futuro, e a lidar melhor com os altos e baixos da nossa história... A coletiva e a individual.

PS - Há mais de 4 décadas a trabalhar e a viver em Lisboa, tive a agradável surpresa de ver desfilar (e depois encontrar) os meus amigos da Lourinhã e os jovens músicos da AMAL, começando pelo Pedro Margarido, generoso e popular autarca que acompanhou a banda, e - surpresa das surpresas - o Paulo Torres, meu 3.º primo, na qualidade de diretor da AMAL... 

O mundo é pequeno e em português nos entendemos... O Paulo  pertence a uma família de grandes tradições musicais, com ligações à banda filarmónica local: estou-me a lembrar  do seu avô materno (o meu tio-avô Francisco  Sousa, o "Fofa") e o seu tio Carlos Sousa, sem esquecer o outro seu tio, o António Sousa, fundador e músico do conjunto "Dó-Ré-Mi" nos anos 50/60, todos já falecidos... O Carlos passou a paixão da música a um dos filhos, talentoso percussionista e promissor maestro... (Creio que faz parte da banda sinfónica do Exército, não tenho a certeza).

Por sua vez, a mãe do Paulo, a minha prima Milu, é uma pessoa que me é muito querida... Confesso que não o reconheci de imediato, ao Paulo, aparecido ali de repente na Av da Liberdade, junto ao autocarro que levaria os músicos de regresso a casa. E no entanto eu tinha estado muito recentemente com ele e a mãe, na Lourinhã. Disse-me que tem dois filhos na banda... É portanto a quarta geração dos Sousa!...

Um pouco de genealogia: a minha bisavó paterna, Maria Augusta Maçarico (Ribamar, 1864 - Lourinhã. 1932) casou com o José de Sousa, da Lourinhã, de quem tece 7 filhos nados-vivos, incluindo a minha avó, Alvarinha de Sousa, que irá morrer jovem, em 1922, de tuberculose, tinha o meu pai 2 anos... O meu avô paterno, Domingos Henriques, viúvo, casou pela terceira vez. O meu pai foi criado pelo Francisco Sousa, o "Fofa"... 

Esse casal, Maria Augusta Maçarico e José de Sousa, eram, pois, os nossos bisavós, meus e do Paulo Sousa Torres...
_________

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18045: Estórias do Juvenal Amado (58): os meus heróis do 1º de dezembro


Foto nº 1 >  Vários escriturários sendo o penúltimo,  do lado direito, o Silva


Foto nº 2 > Aqui o cap Pamplona a dar conhecimento básicos do morteiro 81 mm a dois escriturários entre eles o Fortes. (O outro camarada não é o Narciso, mas o Silva, 1º cabo escriturário, manda dizer o autor da foto, com pedido de correção da legenda...)


Foto nº 3 >  O André (Russo), maqueiro

Guiné > Região de Bafatá > Galomaro > CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74)

Fotos: © Juvenal Amado (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Texto enviado em 3 do corrente  pelo o nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º cabo condutor auto rodas, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74),  a propósito da efeméride do 1º de dezembro (*)


HISTÓRIAS DO JUVENAL AMADO (**)

58 - Os meus heróis do 1º de dezembro 



A defenestração do Miguel de Vasconcelos
em 1/12/1640. Imagem de banda desenhada,
cuja autoria não  conseguimos apurar.(M. Gustavo?)
Durante a minha vida passei este dia em diferentes circunstâncias como toda a gente ou quase toda porque o que é importante para uns não é para outros.

Também para mim esta data teve grande importância numas alturas,  e noutras era só mais um feriado aproveitado para descansar .

Serviu de mote a discursos inflamados de nacionalismos, onde altos médios ou pequenos dignatários do pode  despejavam verborreia de palavras num português rebuscado e, muitas vezes ficávamos sem saber o que é que eles tinham dito na verdade. 

Não me lembro de ter retido nada do que se disse a não ser, que falavam da restauração da independência mais do conde de Andeiro e da famigerada Leonor Telles [, na crise de 1383-1385], mas lembro-me bem do frio que passava em calções, de bata branca, no largo junto ao Mosteiro de Alcobaça sob o olhar severo da nossa professora, que de maneira nenhuma aceitaria, que algum de nós faltasse na formatura . Mas o pânico dela seria de que nós fossemos sujeitos a reparo por falta de atenção e garbo infantil na parada onde estavam fardados os membros da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa, mais os bombeiros etc.

Juvenal Amado
As diferenças de opinião entre esta professora e minha mãe, que a conhecia de ginjeira por ter sido aluna dela, levou o meu pai agarrar nos parcos haveres mais família e vai dai fomos morar para a Vestiaria, terra onde a efeméride teve sempre pouco que contar. Acabei lá a 1ª  e fiz a 2ª e 3ª classes.

Só regressei à escola de Alcobaça para fazer a 4ª classe e aí tive como professor um já alto graduado da Mocidade Portuguesa, que ia fardado para a escola nos dias importantes e sempre aos sábados.

Como ele tinha já filhos da nossa idade, não percebia como que ele era da Mocidade Portuguesa, mas há uns anos apareceram as juventudes partidárias em que, são jovens militantes ou jotas até quase serem avós e aí estabeleci a comparação finalmente. 

Não merece a pena aqui exemplificar com nomes em que essa juventude partidária prolongada acabou com o dito feriado para desgosto de republicanos, monárquicos e do povo em geral, que passaram a lastimar o facto.

Mas lá diz o ditado, que não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe e assim, como Portugal viu a sua independência restaurada no 1º de dezembro de 1640, a tão insigne data foi restaurada como feriado nacional em 2016, com a curiosidade de que até quem acabou ou ajudou a tirar o feriado, vir hoje a terreiro congratular-se com a reposição do mesmo e dizer Muito bem! Muito bem!! Muito bem!!!

E dizem em alto e bom som, como se a verdade os tivesse iluminado e viesse de como um raio só para eles; “Era um direito do povo português ver este dia começar ainda deitado, como num feriado que se preze”. Sim porque em pleno inverno, não se podendo ir fazer ski (ou sku) à Serra Nevada, resta-nos o prazer de ficar no quentinho mais uma ou duas horas.

Não há nada mais certinho e direitinho , que os direitos do povo … bem, nem sempre como se sabe.

Mas a data passou a ter para mim outro significado, há 45 anos, pois precisamente neste dia o meu destacamento foi violentamente atacado ao arame pelos guerrilheiros do PAIGC, felizmente só com algumas escoriações e muita valentia, que não tinha nenhum patriotismo mas sim vontade de sobreviver.

Ontem faltavam 10 minutos para as 22 horas, relembrei aquela noite em que estando tão perto da malvada, constatei de quanto é estreita a linha que nos separa da vida e da morte.

Veio-me à memória os nomes dos camaradas que estavam comigo e os que, mais prontamente, reagiram ao ataque bem como os que estavam no mato, que podiam ser atingidos quer por fogo inimigo como amigo .

Ao Lourenço,  1º cabo mecânico auto, que deu as rajadas que obrigou o inimigo a denunciar-se cedo de mais, ao André, maqueiro, mais o Silva, escriturário, que usaram o morteiro 81 de forma evitar o pior, mais os que, de uma forma ou outra o melhor que puderam, reagiram com G3 e puseram em fuga os guerrilheiros,  renovo com muito obrigado. Para mim, foram os heróis desse 1º de dezembro...

Mais tarde uma pessoa muito importante para mim, também faz da data um dia de comemoração bem mais agradável.

Um grande abraço para todos tabanqueiros

PS - Na CCS foi ministrado um frugal treino de manuseamento dos dois morteiros 81, bem com da MG 42, a cozinheiros e corneteiros e escriturários já que os pelotões operacionais saíam em colunas ou patrulhas ora uns, ora outros, e os seus abrigos eram longe das referidas armas. Possivelmente terá sido assim noutras CCS.
__________________

Notas do editor:


(**) Último poste da série > 16 de outubro de 2017 >  Guiné 61/74 - P17866: Estórias do Juvenal Amado (57): A minha avó Deolinda Sacadura, uma mulher do 5 de Outubro

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18033: Manuscrito(s) (Luís Graça) (131): o 1º de dezembro no teu tempo de menino e moço


Foto e texto: © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [. Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


O 1º de dezembro
no teu tempo de menino e moço


por Luís Graça (*)



E no 1º de dezembro, 
a banda da tua terra a tocar
o 'Ó ti Zé da Pera Branca',
que era o hino da Restauração (**), 
e que um punhado de patriotas, monárquicos e republicanos, 
fazia seu, na tua aldeia,
quiçá para acicatar o Franco de Espanha 
e o Salazar de Portugal, 
e todos os traidores da pátria, 
os lacaios que tinham servido os Filipes! 

(Sabias lá tu quem era o Franco, 
o Salazar e os demais grandes deste mundo!)

Fazia frio, de tremer o queixo, 
nas efemérides do 1º de dezembro de 1640, 
e ias agarrado ao capote do teu pai, 
com outros meninos e outros pais, 
atrás da banda,
Rua Grande acima,
a gritar morte ao traidor Miguel de Vasconcelos (***):
- Vais Com Cuspo e Selo, Vasconcelos, 
Vais
Morte a Castela e aos seus serviçais!

(Sabias lá tu, meu menino, quem era a pátria, 
e o pai e a mãe da pátria?! 
E os seus heróis, os seus filhos, 
mais do que homens, menos do que deuses, 
sabias lá tu quem era eles, os heróis,
e os traidores, 
e os progenitores da pátria, 
os pais-fundadores!)

Sabias lá tu quem era 
o senhor, professor, doutor, Salazar,
que nos tinha salvo da guerra,
só conhecias o rapa-tudo, a espátula 
que a tua mãe usava na cozinha quando fazia bolos!
Não sabias, pois claro, 

nem nunca tinhas saído da tua terra,
mas tinhas-lhe medo, ao cara de pau, 
de nariz aquilino, 
especado na parede da tua escola do Conde de Ferreira,
olhando-te de soslaio,
vigiando-te e punindo-te, 
que os símbolos do poder eram
como o código de barras da zebra:
ou memorizas ou morres, logo à primeira,
mal nasças, ó zebrinha!

De um lado, o Craveiro Lopes, 
que irá a marechal de opereta, 
e do outro o Salazar,
ou era ainda o Óscar Carmona,
esse sim, o marechal de bigodes farfalhudos ?!

Não te esqueças dos nomes dos altos magistrados da Nação 
que te pode perguntar, 
lá em Lisboa, no exame da admissão,
algum senhor professor de óculos de aros
de casca de tartaruga,
e de nariz aquilino!

(Madruga, meu rapaz, madruga, 
para um dia chegares a ser homem!)

Não te perguntaram por eles, 
pelos altos magistrados da Nação,
lá no liceu Dom João de Castro,
mas pelos reis de Portugal:
nomes, cognomes... e moradas!


Excerto:

In: Luís Graça - Autobiografia: com Bruegel, o Velho, domingo à tarde, 2005, c. 50 pp. (inédito)

______________

Notas do editor:



(**)  Letra do Hino da Restauração:

Portugueses, celebremos
O dia da Redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Avante! Avante!
É voz que soará triunfal
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!


[Diz o blogue Avenida da Liberdade:  "A autoria do hino, com data de 1861, é de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida (música) e de Francisco Duarte de Almeida Araújo e Francisco Joaquim da Costa Braga (poema original). Monteiro de Almeida era um compositor e professor do Conservatório Nacional (1826 - 1898). Almeida Araújo e Costa Braga eram os autores da peça de teatro musical em que o hino se incluía."...

A letra inicial, que fazia parte da peça "1640 ou a Restauração de Portugal”, estreada e publicada em 1861, já não é a mesma, sofreu alterações, no tempo da República, para se tornar "politicamente correta"... O hino (patriótico) tornou-se "viral", como díríamos hoje, e sobreviveu até agora, a 4 regimes...


(***) "Miguel de Vasconcelos (1590-1640):

Miguel de Vasconcelos foi nomeado escrivão da Fazenda do Reino em 1634 pelo Conde-Duque de Olivares. Um ano depois, a vice-rainha Margarida de Saboia (Duquesa de Mântua) nomeia-o Secretário de Estado [, equivalente a 1º ministro]. 

A deficitária economia do país e o constante favorecimento de Castela em detrimento dos interesses portugueses, fizeram eclodir em várias localidades do país revoltas e motins populares. O desprestígio das ações de Miguel de Vasconcelos neste contexto levou ao levantamento das massas em Évora e no Algarve em 1637, com ecos noutras zonas do país.

O culminar desses distúrbios deu-se a 1 de dezembro de 1640 (Restauração da Independência), quando um grupo de fidalgos invade o palácio real de Lisboa e mata a tiro o Secretário de Estado, lançando em seguida o seu corpo pela janela, para junto da multidão que se aglomerava no Paço da Ribeira."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16784: Agenda cultural (525): comemoração do 1º de dezembro: 5º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas: Lisboa, av da Liberdade, hoje , a partir das 15h: 1600 músicos, 35 bandas e agrupamentos de todo o país... Desfile culmina com a interpretação conjunta de 3 hinos patrióticos, Maria da Fonte, Restauração e Nacional



Lisboa, praça dos Restauradores, 29 de novembro de 2015. Comemoração do 1º dezembro 1640. 27 bandas, oriundas de todo o país tocam o hino da Restauração.

Vídeo (1' 01') Alojado em You Tube > Luís Graça




Hino da Restauração (letra)

Portugueses, celebremos
O dia da Redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Avante! Avante!
É voz que soará triunfal
Vá avante,  mocidade de Portugal!
Vá avante,  mocidade de Portugal!



DESFILE NACIONAL DE BANDAS FILARMÓNICAS | COMEMORAÇÕES DO 1º DE DEZEMBRO

Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Lisboa (com a devida vénia)


O desfile vai juntar cerca de 1600 músicos, de 35 bandas filarmónicas e agrupamentos de todo o país, que se reúnem em Lisboa para desfilar na Avenida da Liberdade, terminando com uma atuação conjunta nos Restauradores.

A apresentação do 5º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas é também uma homenagem a esta prática musical com mais de 200 anos que, um pouco por todo o país, continua a desempenhar um importante papel na formação cívica e musical de crianças e jovens.
 (*)

O desfile tem início às 15 horas, na Avenida da Liberdade, junto à Estátua dos Combatentes da Grande Guerra e termina nos Restauradores, com todos os grupos reunidos para interpretar o Hino da Maria da Fonte, o Hino da Restauração e o Hino Nacional, sob direção do Maestro da Banda Sinfónica do Exército, Tenente Duarte Cardoso. Acesso livre.

Esta iniciativa é uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa, a EGEAC e o Movimento 1º de Dezembro. (**)


ALINHAMENTO 5º DESFILE NACIONAL DE BANDAS FILARMÓNICAS



Tocá a Rufar
Grupo de Bombos de Atei
Banda Sinfónica do Exército
Banda Anfitriã: Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural de Marvila (Lisboa)


Açores: 
Sociedade Filarmónica União e Progresso Madalense (Pico – Madalena)

Aveiro: 
Banda Musical de S. Tiago de Lobão (Sta. Maria da Feira)

Beja: 
Banda da Sociedade Filarmónica União Mourense “Os Amarelos"  (Moura)

Braga: 
Banda Filarmónica de Santa Maria de Bouro (Amares)
Banda Marcial de Arnoso (Vila Nova de Famalicão)


Bragança: 
Banda Filarmónica do Brinço (Macedo de Cavaleiros)
Banda de Música 1º de Maio (Mirandela)


Castelo Branco
Filarmónica Retaxense (Castelo Branco)
Filarmónica Recreativa Cortense (Covilhã)
Sociedade Filarmónica Oleirense (Oleiros)
Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Fratelense (V. V. Rodão)


Coimbra: 
Sociedade Recreativa Instrutiva e Beneficente Santanense (Figueira da Foz)
Filarmónica Sangianense (Oliveira do Hospital)


Évora: 
Banda Filarmónica da Casa do Povo de Nª Sra de Machete  (Évora)
Banda da Sociedade União Alcaçovense (Viana do Alentejo)


Faro: 
Banda Musical de Tavira

Guarda: 
Banda Academia de Santa Cecília – S. Romão (Seia)
Sociedade Musical Estrela da Beira - Seia


Leiria: 
Sociedade Filarmónica Maiorguense (Alcobaça)
Banda Recreativa Pedroguense (Pedrogão Grande)


Lisboa: 

Associação Musical de Cabanas de Torres (Alenquer)
Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro da Encarnação (Mafra)


Portalegre: 
Banda Juvenil do Município do Gavião
Sociedade Musical Euterpe de Portalegre



Porto: 

Banda Musical de S. Vicente de Alfena (Valongo)

Santarém: 
Sociedade Filarmónica União Maçaense (Mação)
Sociedade Filarmónica Gualdim Pais (Tomar)

Setúbal: 
Sociedade Filarmónica Incrível Almadense (Almada)

Viana do Castelo
Banda Filarmónica da Associação Musical de Vila Nova de Anha (Viana do Castelo)

Viseu: 
Sociedade Filarmónica da Fraternidade de São João de Areias (Sta. Comba Dão)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16538: Inquérito 'on line' (68): Quando os filhos dos ricos e dos poderosos de então andavam connosco na escola, na tropa e na guerra... Resposta até ao dia 5/10/2016, às 19h44...


Guiné > Bissau > s/d > "Monumento ao Esforço da Raça (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 131". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Coleção de postais  ilustrados do Agostinho Gaspar / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010) (*)


1. INQUÉRITO DE OPINIÃO: "OS FILHOS DOS RICOS E PODEROSOS DE ENTÃO ANDARAM COMIGO"...

1. Não, não andaram comigo na escola

2. Não, não andaram comigo na tropa

3. Não, não andaram comigo na guerra

4. Sim, andaram comigo na escola

5. Sim, andaram comigo na tropa

6. Sim, andaram comigo na guerra

7. Não sei / não me lembro


2. É um inquérito (ou "sondagem") para responder no nosso blogue, até ao dia 5 de outubro, até às 7:44 PM (19h44)... Colocar a cruzinha aqui. diretamente, ao canto superior esquerdo do blogue... Passadas as férias de verão, contamos com uma boa adesão dos nossos leitores, o mesmo é dizer, 100 ou mais respostas (**)...

Os ricos e poderosos do nosso tempo, do tempo da guerra colonial (1961/74), eram uma elite restrita: grandes agrários, grandes empresários industriais, grandes comerciantes, alto clero, banqueiros, generais, almirantes, magistrados,  deputados à Assembleia Nacional e procuradores à Câmara Corporativa, dirigentes do partido único (União Nacional / Ação Nacional Popular), ministros, governantes do Estado Novo, governadores civis, autarcas,,,.

Nas terras de província contavam-se pelos dedos. Tinham nomes de família sonantes. Eram respeitados. temidos, amados, odiados... Tinham criados, rendeiros, afilhados,,,, Eram influentes, eram poderosos, mesmo que nem todos fossem ricos, ou muito ricos... Portugal era (e ainda o é) uma "sociedade clientelar"...

Será que os filhos desses senhores (e senhoras) andaram connosco ?... Na escola, na tropa e na guerra ?... Não pomos outras hipóteses, como creche/jardim de infância, que era coisa que no nosso tempo não existia... Quando muito, catequese, mocidade portuguesa... A escola inclui o liceu (para os poucos que tinham a sorte de chegar  ao liceu e depois, com mais sorte ainda,  à universidade)...

Confesso que o mote me foi dado pelo nosso camarada Adão Cruz, ex-alf mil médico (***).

A resposta é múltipla: os filhos dos ricos e poderosos da  nossa terra, nos anos 50, 60, 60, 70, do século passado,  podem ter andado connosco na escola ou no liceu (?) ou até na tropa (!) mas provavelmente não na guerra... E, se eram mobilizados para a "guerra do ultramar", arranjavam, com facilidade, maneira de ficar no "ar condicionado" de Bissau, Luanda ou Lourenço Marques... É verdade ?...

Histórias, precisam-se!... E,  se houver fotos, melhor!.. Mas,  antes,  não se esqueçam de "votar", ou seja, escolher as categorias de resposta que vos parecerem mais adequadas... (LG)
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 27 de junho de 2010 >  Guiné 63/74 - P6645: Memória dos lugares (87): Bissau, cidadezinha colonial (Parte V) (Agostinho Gaspar)

(...) Não sei de quem é o autor deste monumento nem o ano exacto da sua concepção e construção. A estética é claramente estado-novista típica dos anos 40/princípios de 50... O monumento, destruído depois da independência (segundo sei), tem várias leituras: para uns pode ser uma obra-prima, para outros um mamarracho... Eu, que sou contra o camartelo dos iconoclastas (de todos os iconoclastas), tenho pena que o monumento não tenha sido poupado, como de resto parte da estatuária do 'colonialismo'...

Para os camaradas que fizeram a guerra colonial, como eu, e que conheceram este monumento, devo dizer o seguinte: toda a arte traz a marca do seu tempo e fala do seu tempo... Seria fácil, há trinta e cinco atrás, do alto da nossa arrogância juvenil, apodar o monumento de 'colonial-fascista'... Mas já nos tempos que por lá passei, em Bissau, em 1969/71, o termo raça me fazia urticária... Qualquer que fosse a raça em causa... Hoje é sabido, de resto, que não existem raças humanas... Pertencemos todos à mesma espécie, Homo sapiens sapiens... É uma constatação científica, não é uma asserção do politicamente correcto... Dito isto, tenha pena que os guineenses tenham destruído o 'Monumento ao Esforço da Raça' [, Portuguesa, claro]... fazia parte do seu património histórico, da mesma maneira que os marcos milíários que pontuavam as vias romans ligando a Lusitânia ao resto do Império Romano, fazem parte do nosso património histórico (...) (LG)


(**) Último poste da série > 25 de agosto de 2016 > Guiné 63/74 - P16419: Inquérito 'on line' (67): Valha-nos, ao menos, isso: as NT nunca usaram soldados-meninos....

(***) Vd. poste de 27 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16528: Memórias de um médico em campanha (Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547) (8): O Tanque

(...) O Alferes Almeida foi meu companheiro de quarto em Bigene, no norte da Guiné, se é que podemos chamar quarto ao alpendre onde dormíamos. Cerca de oito anos mais novo do que eu, o Almeidinha fez-se meu amigo de verdade. Amigo desde o acampamento da Fonte da Telha, do quartel de Porto Brandão e da Amadora.

Embarcámos para a Guiné no velho Uíge, empurrados pelo magnífico patriotismo de Salazar, entalados entre o belo gesto das senhoras do Movimento Nacional Feminino e o malabarístico safanço dos filhos dos ricos e patriotas da situação. Embalados pelas ondas do mar da Mauritânia, e sossegados pelas ricas ementas flamejantes do cozinheiro de bordo, demos à costa da Guiné no dia 13 de Maio de 1966. (...)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14846: Manuscrito(s) (Luís Graça) (61): Poema interpretativo da batalha do Vimeiro (, dedicado ao Eduardo Jorge Ferreira)

Poema interpretativo da batalha do Vimeiro

por Luís Graça (*)


[para o Eduardo Jorge Ferreiraex-alf mil, PA, BA 12, Bissalanca, 1973/74, natural do Vimeiro, Lourinhã; e o último descendente dos bravos da batalha do Vimeiro;  diz a lenda que os patriotas, portugueses, eram poucos mas bons; todos os demais, de um lado e do outro,  eram estrangeiros, franceses, espanhóis, ingleses, mercenários](**)


Casas caiadas paradas,
o silêncio escorrendo pelas paredes,
nas águas furtadas
já não dormem as criadas
e na praça, ah!, da liberdade,
já não se ouve o frufru das sedas
roídas pelo bicho da traça.
“Esquecei o que vedes”,
diz um aviso ao povo, 
apregoado pelo almotacé da cidade,
poeta, cego, negro, escravo,
enquanto, não longe,  em Porto Novo
o mar é de labaredas,
e há turistas, voyeuristas,
espreitando por ruelas e veredas.

Há bonecas de porcelana,
quiçá das Chinas,
às janelas,
e os dedos delas
confundem-se com as rendas de bilros,
as teias de aranhas,
as cortinas,
os brocados de cetim,
os deveres e os lavores femininos,
as máscaras de Arlequim,
as fantasias de antigos carnavais,
e as façanhas
dos soldadinhos de chumbo imperiais.

Dedos que teceram intrigas e redes,
redes de pescadores
há muito perdidos nas colinas
do alto mar.
Ou dedos que alimentaram outras redes,
clientelares, sociais, clandestinas,
sob os portais,
os corredores e as esquinas  
dos paços,
dos passais,
das celas conventuais
e dos passos perdidos
das antecâmaras reais.

O silêncio não para
ou só vai parar
a um metro do chão,
na barra azul
dos moinhos de vento
mais a sul,
entre pomares e vinhedos,
os búzios 
e o  cavername
das  barcas naufragadas.
À entrada.
fora das muralhas,
o cemitério,
cofre forte de segredos.
Aqui acabam-se todos os medos,
e os heróis da última das batalhas
não têm sequer honras de mortalhas.


Valhe-te a brisa do mar
que te faz algum refrigério
na canícula do fim de estação
da tua civilização.
Casas paradas caiadas
com a mesma cal viva
das valas comuns,
pelos claustros do convento,
entre suspiros, sussurros e zunzuns,
esquivam-se furtivos noctívagos
trânsfugas,
pecadores,
esbirros,
hereges,
iluministas e iluminados,
proscritos
desertores,
jacobinos e ultramontanos  
penitentes,
mouros, judeus e ciganos,
almas penadas,
poetas malditos,
almocreves,
almoxarifes,
santos inquisidores,
quiçá bruxas e duendes.

A calçada, outrora portuguesa,
gasta pelos cascos dos cavalos
dos invasores,
picam-se os brasões dos solares
da mui antiga nobreza,
corta-se cerce
a árvore genealógica
dos velhos senhores
e salgados são,  
até à ponta do mais fundo alicerce, 
os seus doces lares.

Um estranho odor
a incenso, mirra, maresia
e pólvora dos fuzis,
sobe pelos ares.
Violadas as filhas,
raptadas as servas,
acorrentados ao pelourinho os criados,
passados a fio de espada 
os primogénitos,
fundido o ouro e a prata dos brasis,
postos os novos deuses nos altares,
pergunta a jovem guia do centro interpretativo
o que é pior,
se a triste e vil desonra do presente
ou se o silêncio premonitório do futuro.

Por ti, nada de bom auguras,
não sabes que lugar é este
sem memória
nem glória,
à beira da estrada
do Atlântico oeste
da tua infância revisitada,
o mar do Cerro em frente.

Não há mais quem cante o cante
dos poetas,
a doce cantilena das Naus Catrinetas,
o fero cântico dos últimos guerreiros
do Império,
ou até a última oração,
de raiva, lamento e impropério,
em canto chão,
que é devida
aos bravos
que pela pátria deram a vida.
"Ninguém morre pela pátria, minha querida,
morres pelos teus,
que te estão mais próximos, 
a família, os vizinhos, os amigos, os camaradas".


Fora de portas,
num atalho ou trilho
que leva ao monte das forcas,
compras o último pão de centeio
e a última boroa de milho
à última padeira de Aljubarrota
que ainda estava viva,
à hora do pôr do sol.
Padeira, 
viandeira, 
mãe coragem, 
altiva,
que nem sempre o que parece é,
a vitória ou a derrota,
medindo forças no tribunal da história.

Águas paradas do rio Alcabrichel,
tingidas de verdete e de sangue,
no fim de tarde de todas as batalhas.
"Pour Monsieur Junot,
c' était encore trop tôt!",
manda dizer o ajudante de campo, 
enquanto sobe para a carruagem.
Saqueada a  cidade,
enchem-se as tulhas,
despejam-se as talhas,
ainda a guerra é uma criança,
e quem não viu não vê,
acrescenta o enviado especial da TV
em apontamento de reportagem.

O último terno de cornetins
da fanfarra do exército dizimado
toca a silêncio,
enquanto te despedes
na parada, em ruínas,  do quartel.
Em boa verdade, 
a música do silêncio 
é a única linguagem universal 
que tu conheces 
na Torre de Babel.

Luís Graça
Lourinhã, Vimeiro, fim de verão, 2014. Versão anterior: Extremadura(s)
v19, revisto, 6/7/2015.

___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 5 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14836: Manuscrito(s) (Luís Graça) (60): Se todos os pescadores do mundo...

(**)  Vd. poste de 7 de julho de  2015 > Guiné 63/74 - P14842: Agenda cultural (413): Vimeiro, Lourinhã, 17 a 19 de julho: recriação histórica da batalha do Vimeiro (1808) e mercado oitocentista... Com apoio da, entre outros parceiros, Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro (AMBV) (Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil, PA, BA 12, Bissalanca, 1973/74)

domingo, 1 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12374: Agenda cultural (297): Comemorações do 1º de Dezembro, em Lisboa, na Av Liberdade, 14h30: 18 bandas filarmónicas e mais de mil músicos em desfile, culminando na interpretação conjunta de 3 hinos patrióticos, Maria da Fonte, Restauração e Nacional

1. Reproduzida, com a devida vénia, a seguinte notícia do portal Agenda Cultural de Lisboa:


MÚSICA › ESPETÁCULOS > 1 dez/13 > Domingo, às 14h30

21 agrupamentos e mais de 1000 músicos, provenientes dos mais diversos pontos do país descem a Avenida da Liberdade, dia 1 de dezembro, às 14h30, numa merecida homenagem a esta prática musical e à importante acção formativa e cívica das bandas filarmónicas.

Tendo como ponto de partida o monumento aos Mortos da Grande Guerra, o desfile descerá até à Praça dos Restauradores, terminando com uma interpretação conjunta das bandas participantes dos hinos da Maria da Fonte [, ouvir aqui a marcha da Maria da Fonte no sítio do Corpo de Fuzileiros], da Restauração e Hino Nacional, sob a direcção do Maestro Luís Filipe Ferreira (Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense).

2. Nota de L.G.:

É o  1º de dezembro que não é feriado... E porque infelizmente é  ignorada ou esquecida por todos nós, recorde-se aqui a letra do Hino da Restauração (e já agora a música, tocada por um grupo de cordas da  Sociedade Recreativa 1º Dezembro – Vila Verde de Ficalho, Serpa; cortesia de Tiago Pereira, que tem um sítio fabuloso que todos os portugueses que amam a sua terra devem conhecer e divulgar: A Música Portuguesa a Gostar dela Própria):

Hino da Restauração

Portugueses celebremos
O dia da Redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Avante! Avante!
É voz que soará triunfal.
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!


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Nota do editor:

Último poste da série >  26 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12346: Agenda cultural (296): Convite, Tertúlia Imperii Finis: "Os Deuses Não Moram Aqui" de Maria Saturnino, dia 27 de Novembro pelas 15h00 no Palácio da Independência em Lisboa (M. Barão da Cunha)