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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4635: FAP (31): Uma viagem de heli a Bafatá, em 1969, com o cmdt Diogo Neto e o casal Ivette e Pierre Fargeas (Jorge Félix)



Que nostalgia, que saudade, que morabeza! ... Perfeita a escolha da música do Charles Aznavour, a sua canção Te espero, em espanhol, com seu sotaque meio francês e meio arménio... Um rapaz do mundo, com idade de ser nosso pai (n. 1924...), pai da nossa geração dos baby boomers...

Pasa el tiempo y sin ti no sé vivir / la razón es para mí siempre sufrir / y ahora el viento al pasar me da a entender / que en la vida sólo a ti esperaré (*). ... (Alguém me sabe dizer qual é a versão original, ou o título, em francês? Vd. o sítio oficial do cantor)...

Uma canción desesperada, uma canção, eterna, para um amor talvez impossível, um amor sofrido, uma canção que fica aqui tão bem quando olhamos para o passado, quando tínhamos vinte anos e estávamos na guerra... (Tens razão, António Rosinha, a musiquinha faz-nos muito falta no blogue, só que eu não tenho jeito para piratear e há normas legais e regras editoriais, mas todas as sugestões são bem vindas...).

Jorge: Gosto muito do plano em que estás tu, aparentemente concentrado na tua missão, mas de repente viras-te para trás... e pedes um cigarro!... (Aí temi pela segurança do heli e da tua preciosa carga...).

Como éramos todos tão apaixonados pelas vida (e pelas lindas mulheres....), como éramos todos tão conscientemente irresponsáveis, como éramos todos tão sem jeito, como éramos todos tão inconscientemente loucos, optimistas e generosos, como éramos todos já tão maduros e tão sofridos, como éramos todos... (Porra, Jorge, que me fazes chorar! )...

No vídeo, montado pelo Jorge Félix (Alf Mil Pil, BA 12, Bissalanca, 1968/70), reconhece-se o casal Fargeas e o Cor Pilav Diogo Neto. (Na foto, à esquerda, um foto actual do Pierre Fargeas, técnico de manutenção do Al III).

O heli parte de Bissalanca e faz uma viagem até Bafatá, sobrevoando as bolanhas, as tabancas, a avenida principal da bela vila colonial (ainda não tinha o estatuto de cidade em 1969), a catedral, o mercado... No heliporto são recebidos por militares que, muito provavelmente, o nosso camarada Fernando Gouveia, um rapaz desse tempo, que trabalhou sob as ordens do Hélio Felhas, no Comando de Agrupamento, é capaz e reconhecer... Visita, a pé, ao encantador mercado de Bafatá, de arquitectura revivalista, e regresso a Bissalanca, à BA 12, ao longo do Rio Geba... (Tudo sítios que eu conheci, por água e terra...).

Obrigado, Jorge, isto faz-te tão bem à alma, a ti e a todos nós!!! ... Obrigado por teres regressado... Obrigado por teres voltado ao bricolage das emoções e das imagens... Obrigado também ao teu amigo Fargeas que te facultou o filme (feito, na época, em 8 mm, suponho).

O que é feito dele, hoje ? Vive em França, ainda com a sua belíssima Ivete ? Convida-o a vir até à nossa Tabanca Grande, sentar-se debaixo do nosso poilão e contar as suas histórias de Bissalanca(e quiçá de Bissau, Bafatá, Bolama, Bijagós)... Ele pode escrever em francês, que a gente traduz... Este homem tem cinco anos de comissão na Guiné! Ele também é um Zé Especial... (LG)

Vídeo (2' 44''): Alojado no You Tube (Cortesia de Jorge Félix). © Jorge Félix 2009). Direitos reservados.

1. Mensagem de ontem, do Jorge Félix (**):

Caro Luís:

Segue o endereço de um vídeo que eu fiz com imagens que me foram enviadas pelo Senhor Pierre Fargeas, homem da fábrica dos Allouettes III, que fazia a sua manutenção em Bissalanca nos anos 1969 até 1974.

Fiz uma pequena montagem das imagens, onde estou a guiar o heli, segue ao meu lado esquerdo a esposa do Pierre, Ivette Fargeas, e depois uns senhores que não me recordo o nome. O Coronel é o meu comandante Diogo Neto.

Aqueles que atabancaram em Bafatá conhecem melhor que eu as imagens. Isto aconteceu no ano de 1969. Se achares bem, publica no nosso Blog (***).

Abraço

Jorge Félix

________

Notas de L.G.:

(*) Letra de Charles Aznavour, canção Te espero

Pasa el tiempo y sin ti no sé vivir,
la razón es para mí siempre sufrir,
y ahora el viento al pasar me da a entender
que en la vida sólo a ti esperaré.

Yo recuerdo tu mirar y tu besar,
tu sonrisa bajo el sol primaveral,
estoy solo sin saber lo que tú harás,
en mi alma hay dolor al esperar.

Ven... a mí ven no tardes más,
ven por favor te ruego yo,
no podré esperar ven a mí,
yo quiero saber si has de venir,
por fin así dímelo amor.

Es la herida que envejece sin piedad,
más mi amor siempre será eternidad,
en mis blancas noches tú revivirás
el recuerdo de mi amor al despertar.

En mi mente siempre como un altar
y tu rostro grabo en mí para soñar
el momento ha de llegar muy pronto ya
y veré la realidadal despertar.

Ven... ven a mí ven, ven no tardes más,
ven por favor te ruego yo no podré esperar,
ven... oh ven a mí yo... yo quiero saber
si has de venir por fin así dímelo amor.....


(**) Vd. postes anteriores do Jorge (podem não estar todos...):

27 de Fevereiro de 2008> Guiné 63/74 - P2587: Gandembel: Será que ainda estão vivos os jovens que eu evacuei, em Outubro de 1968 ? (Jorge Félix, ex Alf Mil Piloto Aviador)

28 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2592: Voando sob os céus de Bambadinca, na Op Lança Afiada, em Março de 1969 (Jorge Félix, ex-Alf Pil Av Al III)

12 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2627: Vídeos da Guerra (8): Nha Bolanha (Jorge Félix, ex-Alf Mil Piloto Aviador, 1968/70)

23 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3226: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (1): Honório, Sargento Pil Av de DO 27 (Jorge Félix / J. L. Monteiro Ribeiro)

30 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3380: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (10): Quando a guerra era com os copos... ou o elogio do Tosco, em Lisboa (Jorge Félix)

6 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3412: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (11): Ainda o Honório, o Jagudi... ou o puro gozo de voar (Jorge Félix)

1 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3546: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (14): Em Junho de 69 havia bajudas a alternar no Tosco, na Conde Redondo (Jorge Félix)

11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3604: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (15): Eu, o Duarte, o Coelho, o Nico... mais o Jubilé do Honório (Jorge Félix)

16 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3904: FAP (13): Nha Bolanha, o Ramos, o Jorge Caiano, o Manso, o corta-fogo do AL III, Bissalanca... (Jorge Félix)

1 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3953: O Spínola que eu conheci (3): Um homem de carácter (Jorge Félix)

1 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3955: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (3): O local estava minado e o PAIGC sabia-o (Jorge Félix)

(***) Vd. último poste desta série > 28 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4597: FAP (30): Ferro Q.B. para acalmar as hostes (Miguel Pessoa)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3452: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (12): O Honório, o Pichas e o cangalheiro (Victor Barata / Victor Oliveira)

1. Mensagem com data de 6 de Novembro último, do Victor Barata, membro da Tabanca Grande e animador do blogue Especialistas da Base Aérea 12Guiné 1965/74:

Boa Tarde, Luís.

Li há pouco no teu excelente Blog a mensagem do Jorge Félix e depois o teu comentário (*).

Em relação ao primeiro, já lhe enviei um email que adiante te transcrevo.

O teu comentário não é para mim, pois se lerem a minha mensagem tão "polémica" em nada me manifestei, nem contra nem a favor, dos "Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras".

Manifestei, sim,o meu desagrado para com o Jorge com o facto de dizer que o Honório "rapava a tentar chegar com o hélice aos nativos", dizendo-lhe que um Blog era lido por todas as pessoas e algumas tirariam ilações do Honório que não correspondiam à verdade, somente isto.

Mas como só quem não me conhece poderá fazer esse raciocínio de mim e, como sou um homem com um cariz de humildade elevado, também venho aqui apresentar as minhas desculpas a quem não concordou com a minha análise.

Email enviado há minutos ao Jorge Félix:

Olá Jorge, espero que esteja tudo bem contigo.

Li o email que mandaste para o Luís Graça e notei um pouco de incompatibilidade da tua pessoa em relação a mim.

Se achas que te ofendi (só quem me não conhece, poderá ter essa imagem de mim) apresento as minhas desculpas, mas tenho consciência absoluta de que não foi essa a minha intenção.

Se foi o facto da minha manifestação de desagrado, e somente isso, em relação aos "atributos" que se dão ao Honório sobre a frase de "querer acertar com o hélice nos nativos que paravam na bolanha", fiz-te sentir que o BLOG é lido por qualquer pessoa, derivando disso ilações que muitas vezes não têm o significado que lhe queremos dar.

Sobre os "Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras", em nada me manifestei, nem tenho que me manifestar.

Resumindo e concluindo, queria apenas dizer-te que o espírito com que me integrei na "Tabanca Grande" foi aquele que o Luís me transmitiu e que já me levou, como estranho de todos, a conviver em encontros anuais, ou seja, a camaradagem, o diálogo são e aberto onde podemos manifestarmo-nos com respeito mútuo.

Mais uma vez apresento os meus pedidos de desculpas, se te ofendi, e esperançado que a nossa curta camaradagem em nada seja afectada.

Um abraço
Victor Barata


Tomei esta atitude, tanto para ti como para o Jorge, meramente pessoal, entendo que não é este o espírito dos nossos Blogs, e muito menos nesta fase do "campeonato" em que se pretende é paz e sossego, mas se entenderes que o deves publicar tens toda a liberdade da minha parte.

Mais uma vez apresentando as minhas desculpas, considera-me um CAMARADA.

Saudações Aeronáuticas.

Victor Barata


2. Mensagem do Vitor Oliveira, residente em Caneças:

Amigo Luís

Sou Vitor Oliveira, mais conhecido na Guiné pelo Pichas, 1.º Cabo Melec, 1.ª 66.

Foi com muita alegria que há cerca de um mês descobri o blogue dos especialistas da Guiné e vi o teu link - sou portanto PERIQUITO - , onde li muitas mensagems àcerca do meu grande amigo HONÓRIO que infelizmente já nos deixou.

Devo ter sido o especialista que mais voou com ele, tanto em T6G como DO27 entre Novembro 67 a Março 69 desde Madina a Bubaque. Só não conheci São Domingos.

Tenho dezenas de bebedeiras e histórias passadas com ele, quero dizer-te o seguinte: o indicativo dele era JUBIDÉ, nunca pilotou Hélis nem Fiats, mas sim T6G e DO27, deixou de pilotar T6G um mês depois da chegada do Tenente-Coronel Diogo Neto. Um dia conto a história disto.

UM GRANDE ABRAÇO.

3. Comentário do L.G.:

(i) Vitor (Barata): Estamos esclarecidos. Pelo menos, eu. O Jorge Félix dirá de sua justiça, se for caso disso. Por mim, como sabes, não faço comentários sobre o que não vi, não observei, não vivi...

(ii) Obrigado, camarada Victor Oliveira, por entrares em contacto com connosco e nos trazeres mais algumas evocações do Honório, com quem voaste e privaste. Testemunhos de pessoas como tu são preciosos. É por essa razão que tomo a liberdade de reproduzir, aqui, mais um episódio sobre o nosso Honório, que tu acabas de contar no blogue do Victor Barata. Espero que um e outro não interpretem este meu gesto como abusivo.

Só uma dúvida: o Honório era conhecido em Bissalanca como o Jagudi (abutre) ou o Jubidé ? Pode haver aqui um erro de transcrição, uma falha de memória, um lapso, uma corruptela... Enfim, ao fim destes anos todos, pode haver uma traição da nossa memória que está longe de ser de elefante... Fadiga do material, sabes como é... Queres confirmar ? O Jorge Félix, que foi Alf Mil Pilav, e que andou nos helis, entre 1968 e 1970, chama-lhe o Jagudi... Quem tem razão ?

Dispõe das páginas do nosso blogue, que também é teu. Já agora: ninguém terá uma foto com o Honório? Ainda não consegui pôr-lhe a vista em cima. Conhecio-o em Bambadinca. Tinha uma ideia dele, em termos de fisionomia. Um Alfa Bravo. LG

4. História do Honório n.º 2,
por Victor Oliveira

Amigo Victor: Vais ter que me gramar a contar histórias do meu GRANDE AMIGO HONÓRIO (JUBIDÉ), dava para um livro.

Um dia estava sentado à porta do hangar dos T6G e DO27, vejo estarem a carregar uma urna numa DO. Passado um bocado vem o Honório com os seus Ray Ban e diz-me :
-Pichas, queres ir comigo?
- Para onde?
- A Binta, mas temos que ir buscar o cangalheiro a Farim. OK?

O cangalheiro era um civil baixinho e magrinho. Quando chegámos a Farim, já ele estava à nossa espera, com uma caixa tipo lancheira e o saco de cal.

Aparece o capitão do quartel e o nosso amigo, como estava perto da hora do almoço, vira-se para mim e diz-me:
-Vamos perguntar o que é o almoço, se for bom almoçamos aqui.

Carne à jardineira, OK. Como ainda tínhamos que esperar um bocado, o capitão arranjou-nos uns calções e fomos dar um mergulho num tanque, tipo piscina, até aqui tudo bem. Almoçámos bem e regámos melhor e o cangalheiro à espera, na sombra duma árvore. Tenho a impressão que não almoçou.

Vamos para a DO, toca de meter o cangalheiro em cima da urna e o saco do correio para entregar em Binta.

O nosso amigo Honório como a viagem era curta, para dez minutos, toca de rapar até o desgraçado do cangalheiro andava de um lado para outro, parecia uma barata tonta (isto não é para te ofender, ó Victor)... E o nosso amigo ria-se.

Era para esperarmos que o homem fechasse a urna e depois trazê-lo para Bissau. Como estávamos com pouca sede, descarregámos a urna e toca a andar para Bissau, o saco do correio também veio.

Cerca das três da tarde recebem na base uma mensagem para ir buscar o cangalheiro.
Quem o foi buscar foi o piloto Gomes e o meu chefe Fernando Almeida. Quando chegaram a Binta o cangalheiro disse logo que nunca mais voava com aquele piloto. Perguntaram-lhe quem era e ele disse:
- É muito moreno e o que vinha com ele também era moreno - E diz logo o meu chefe: - Era o Pichas, parecem o roque e amiga.

UM ABRAÇO
Victor Oliveira

__________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 6 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3412: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (11): Ainda o Honório, o Jagudi... ou o puro gozo de voar (Jorge Félix)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Guiné 63/74 - P2986: Humor de caserna (5): Siga a Marinha para Nhamate, mais abarracamento que aquartelamento (António José Pereira da Costa)






Guiné > Região do Oio > Nhamate > CART 3330 > 1971 > Uma peça de antologia do humor negro... castrense: O meu pessoal só pode transitar em canoas balantas. E alguns não sabem nadar. CONCLUSÃO: SIGA A MARINHA! (1) ...

Repare-se no circuito da informação: uma simples mensagem, que devia ser de rotina, a pedir o apoio da Engenharia para se proceder a obras de reparação num aquartelamento (?) do interior, seguia para 6 destinatários, incluindo três repartções do Com-Chefe!!!... Digam-me lá como se podia ganhar a guerra com tantos relés parasitas, porteiros, gate-keepers, típicos do disfuncionamento burocrático! ... De um exército em armas (que chegou aos 40 mil) quantos não haveria, do cabo ao argento, do tenente ao coronel, com funções amanuenses, ligados à gestão da informação ?

Milhares de homens, mangas de alpaca militares, escreviam notas como esta (seguramente menos geniais, divertidas, contundentes, demolidoras, corrosivas... como esta!), batiam-nas à máquina, expediam-nas, classificavam-nas, arquivavam-nas, retinham-nas, guardavam-nas na gaveta, analisavam-nas tardiamente, reencaminhavam-nas tarde e a más horas para o nível superior da hierarquia militar... Enfim, a maior parte das vezes estes homens não comunicavam devidamente, não recebiam resposta ou feedback positivo, continuavam perdidos e sós, nas Nhamates do mato da Guiné...

Pela primeira vez oiço falar em Nhamate... Será que a sorte dos homens que estavam em Nhamate melhorou ? Será que nenhum morreu afogado na época das chuvas ? Será que nunca lhes faltou o tabaquinho e a água de Lisboa ? Será que a Marinha seguiu mesmo ? E o Gasparinho (que ternura de nome, posto pelos seus pares!) não terá acabado na psiquiatria ? Vejo que morreu cedo, coitado, em 1977... Um homem que tratava por Frederico da Prússia por Fredy merecia um estátua em Nhamate!

Tenho alguma relutância em classificar em poste na série Humor de Caserna... Embora ligeiro, soft, é o título que me acorreu primeiro (2)... Mas podia ser outro qualquer, mais contudente, mais duro, mais agressivo, mais próximo do tempo e do lugar, algures na Guiné, longe do Vietname, como eu ironicamente costumava escrever, distinguindo Bissau e a guerra do ar condicionado, do resto, o inferno do mato... (LG).

Guiné > Região do Oio > 1970 > CCAÇ 13 > "Localização dos aquartelamentos de Bula, Binar, Nhamate, Manga e Unche, bem como a principal base da guerrilha no Choquemone, a uns escassos 4 Kms de Binar" (CF)...

Foto: Cortesia de Carlos Fortunato, Fur Mil CCAÇ 13 (1969/71), o melhor sítio na Net sobre companhias individuais que fizeram a guerra da Guiné > Guerra na Guiné - Os Leões Negros > CCAÇ 13, Binar, 1970.

Guiné > Região do Oio > Binar > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 > Tratava-se de um reordenamento, tendo a população sido substraída ao controlo do PAIGC. As NT tiveram que construir um aquartelamento de raíz. Vivia-se em tendas. " A nossa missão junto da população foi calma, em geral mostrou-se afável e colaborante, embora fosse clara a tristeza por abandonarem a sua antiga casa. Notou-se alguma influência da guerrilha, pois dois elementos da população (guerrilheiros?) chegaram a desafiar abertamente a nossa autoridade, um acabou por ser preso e o outro por ser morto, depois destes incidentes, as relações com a população foram sempre excelentes. Este reordenamento, tinha não só o objectivo de retirar a população do controlo do PAIGC, mas também de reforçar a defesa nesta zona, dado que com os novos foguetões 122mm, seria fácil à guerrilha atingir Bissau a partir daqui" (CF).(3) Foto de Adrina [ou Adriano ?] Silva, ex-Mil da CCaç 13.

Foto: Cortesia de Carlos Fortunato, Fur Mil CCAÇ 13 (1969/71), o melhor sítio na Net sobre companhias individuais que fizeram da Guiné > Guerra na Guiné - Os Leões Negros
> CCAÇ 13, Binar, 1970. 

Ainda hoje o Carlos mantém com os seus antigos soldados (balantas, essencialmente) uma relação de grande afecto e carinho, bem como com os seus antigos camaradas. O último encontro (o 8º da CCAÇ 13) foi no passado dia 26 de Maio, no Lordelo, Guimarães. E o próximo será nos Açores.



Guiné > Região do Oio > Binar > Nhamate > 1970 > CCAÇ 13 > Spínola de visita ao reordenamento de Nhamate, cumprimenta o capitão Durão (Cap Mil Inf Álvaro Alberto Durão, o primeiro capitão da CCAÇ 13, 1969/71). 

Foto de Adrina [ou Adriano ?] Silva, ex-Fur Mil da CCaç 13. A Companhia passou por Bissau, Bolama, Bissorã, Encheia, Binar e Biambi. Foi substituída, em Binar, em finais de Março de 1970, pela CCAÇ 2658, que terá mais tarde, numa coluna de Nhamate a Binar, 8 mortos.

Foto: Cortesia de Carlos Fortunato, Fur Mil CCAÇ 13 (1969/71), o melhor sítio na Net sobre companhias individuais que fizeram da Guiné > Guerra na Guiné - Os Leões Negros
> CCAÇ 13, Binar, 1970


1. Mensagem de António José Pereira da Costa, coronel de artilharia ainda no activo, membro da nossa tertúlia, desde Dezembro de 2007:


Amigos Combatentes (e não só):

Aqui vai uma nota escrita pelo célebre major Gaspar que inventou aquela expressão que ainda hoje usamos: Siga a Marinha!

In Os Anos de Guerra: 1961 - 1975: Os portugueses em África: Crónica Ficção e História. Organização de João de Melo - II Volume. S/l: Círculo de Leitores 1988. 190 (reproduzido com a devida vénia...).

Leiam-na com atenção e vejam se ela não é um tratado de logística da Guerra Colonial. É de um humor amargo, mas era a verdade.

Um Abraço
António José Pereira da Costa

2. Fixação e revisão do texto do documento: LG

Mensagem nº 125/71 [classificada como Confidencial, Urgente), enviada pelo Comandante da CART 3330, SPM 6928, Cap Art José Joaquim Vilares Gaspar, dirigida ao Comandante da Engenharia, com conhecimento a CAOP1, RepOper/Com-Chefe, RepPop/Com-Chefe, RecAcap/Com-Chefe, e BCAÇ 2928. Entrada na Secretaria do Batalhão de Engenharia, nº 306, em 22/3/71.
Nhamate, 18 de Março de 1971.

Assunto - Quartel em Nhamate (ou mais propriamente abarracamento)

1. Exponho a V. Excia um dos assuntos mais vitais para a continuidade militar e humana de NHAMATE [, a leste de Binar: vd. carta de Bula].

2. Passo a descriminar [sic, em vez de discriminar]:

a) DEPÓSITO DE GÉNEROS: Quando ch0ver fico sem pão pelo menos 15 dias. Julgo que não é muito agradável. Informo V. Excia que não como pão. Gordo estou eu.

E os outros géneros ? E os autos subsequentes ? Só problemas.

b) CASERNAS: Barracas de lona, todas oficialmente dadas incapazes. Na Birmânia, viveu-se assim 1 ou 2 meses. Os quadros vivem-no há 10 anos. E os milicianos (os meus, de certeza) “dão o litro” até ao fim. Os soldados dão tudo. Há que tudo lhes dar, na medida do possível.

c) CANTINA: E o tabaco ? Desde Napoleão e Fredy [diminuitivo de Frederico] da Prússia que o tabaco era uma das bases da eficiência do Exército. Como combater ou trabalhar sem o velho cigarrinho ? E outros géneros ? V.Excia, mais experiente, meditará sobre o assunto.

d) CASERNA DE CIMENTO: Único exemplar. Vou demoli-lo. Não tenho materiais. Solicito auxílio Engenharia.

e) MESS [sic, em vez de Messe]: Desde o início das chuvas desnecessita de garrafas de água. Basta as mesmas estarem abertas. Ponchos e gabardinas já temos.

f) CHAPAS DE ZINCO: Ao mínimo vento já voam no Quartel.

g) GABINETE D COMANDANTE E 1º SARGENTO: Com as chuvas eu e o 1º Sargento só temos a solução de entrar de escafandro, visto estar a 2 metros abaixo da superfície do solo.

h) O meu pessoal só pode transitar em canoas balantas. E alguns não sabem nadar. CONCLUSÃO: SIGA A MARINHA!

3. Este quartel tem se ser revisto por um Oficial de Eng[enharia], senão começo a construir um novo com os materiais dos REORD[ENAMENTOS], contra a norma, o que é aborrecido, contende com a disciplina e eu não gosto.

4. Agradecendo a boa atenção de V. Excia., gostaria de aqui ter como convidado um Senhor Oficial de Eng[enharia] a fim de concordar ou condenar as minhas asserções supras.

Cumprimento,

O Comandante,
José Joaquim Vilares Gaspar, Cap Art


_________

Notas de L.G.:


(1) Vd. postes anteriores sobre esta expressão celebérrima expressão da caserna militar Siga a Marinha:

30 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1133: Origem da expressão 'Siga a Marinha" (Vitor Junqueira
)

1 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1134: A expressão 'Siga a Marinha' , atribuída ao Zé Gaspar, artilheiro, Olossato (Paulo Santiago)


1 de Outubro de 2006 >Guiné 63/74 - P1135: A expressão 'Siga a Marinha' e a crise dos capitães (Sousa de Castro)


1 de Outubro de 2006> Guiné 63/74 - P1138: 'Siga a Marinha': uma expressão do tempo da República (?) (Pedro Lauret)


11 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1166: A minha preguiça e a expressão 'Siga a Marinha' (Mário Dias)


11 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2341: Siga a Marinha que o Exército já lá está (Coronel Pereira da Costa)


(...) Esta frase foi inventada pelo capitão José Joaquim Vilares Gaspar, mais tarde major, ainda na Guiné (...) e falecido por volta de 1977. Era o célebre Gasparinho de Quibaxe (Angola) de quem se contam muitos ditos e anedotas, quase todas verdadeiras, embora incríveis.

(...) Siga a Marinha que o Exército já lá está e Força Aérea já anda no ar há meia-hora.Era assim que ele a dizia. Talvez um desabafo ou uma crítica ou até um bordão para se sentir vivo. Não o dizia com qualquer espécie de humor. Conheci-o bem. Era um homem sério,muito inteligente, bom condutor de homens e com uma capacidade de crítica muito apurada, mas que bebia bastante. Além disso, a inteligência e a capacidade de crítica são uma mistura explosiva...

(2) Vd. postes desta série:

9 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2337: Humor de caserna (4): Cancioneiro do Niassa: O Turra das Minas (Luís Graça)


1 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2321: Humor de caserna (3): Hino de Gandembel: hino de guerra ou música pimba ? (Manuel Trindade)


26 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2304: Humor de caserna (2): Welcome to Mansambo, a melhor colónia de férias do ano de 1968 (Torcato Mendonça / Luís Graça)


23 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2205: Humor de caserna (1): A sopa nossa de cada dia nos dai hoje (Luís Graça / António Lobo Antunes)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Guiné 63/74 - P2932: A guerra estava militarmente perdida? (15): Uma polémica que, por mim, se aproxima do fim (Beja Santos)

A Guerra Estava Militarmente Perdida?

Fixação e revisão de texto: vb


1. Esclarecimentos de Mário Beja Santos em mensagem de 3 de Junho.

Caros Luís Graça e Graça Abreu, muito prezados tertulianos,

Creio que esta polémica se aproxima do fim. Pela minha parte, trago hoje como postulados:

1. O frenesim político para encontrar um cessar-fogo;
2. O plano de abandono de quartéis junto às fronteiras por incapacidade de responder à supremacia do armamento do PAIGC;
3. Testemunhos de protagonistas da época.

Para último apontamento, a enviar na próxima semana, vou alinhavar a bibliografia que reputo como fundamental para apreciar o período crítico de 1973 a 1974 e a leitura que faço da derrocada da Guiné no contexto do 25 de Abril.

Primeiro, Rui Patrício esclareceu em 1995 as negociações em curso ("A Guerra de África", por José Freire Antunes, volume II, Círculo de Leitores, 1995):

"Fui defensor das negociações secretas com o PAIGC, já em 1974... Eu nunca fui partidário de que a derrota militar seria o melhor. Quando se está com o canhão e espingarda diante de nós, chama-se a isso estado de necessidade... Qualquer explicação era possível porque qualquer coisa era melhor que a derrota militar. A estratégia que levou às conversações de Londres foi só conduzida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Era uma negociação para discutir o futuro político da Guiné".

Cabe perguntar, no âmbito desta polémica, porque razão desesperadamente fomos para a mesa de conversações quando, a acreditar nos argumentos do Graça Abreu, não estávamos a caminho da derrota.

Segundo, quer o comandante-chefe da Guiné, quer o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas referem, na obra acima citada, que havia um programa de abandono de quartéis, atendendo à situação crítica que se vivia graças à modernização do equipamento do PAIGC.

Diz Bettencourt Rodrigues (Volume I, página 112):

"Estava também a ser ponderado um certo retraimento do dispositivo, afastando da fronteira as guarnições militares, como já se havia feito em Madina do Boé. Deste modo, para as flagelações, o PAIGC teria de instalar os seus meios em território da província... O PAIGC recebia material de guerra moderno e eficiente em quantidades vultosas destacando-se nesse material os foguetes terra-ar, que determinavam alterações na conduta das operações, os RPG2 e 7, com significativo efeito psicológico sobre o nosso pessoal e os materiais de artilharia e morteiros".

Quanto ao General Costa Gomes, as suas observações aproximam-se das do comandante-chefe (Volume I, página 121):

"O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que eu tinha dito numa reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional que a Guerra na Guiné se podia ganhar. Mas o que eu de facto disse foi que a guerra na Guiné podia durar um pouco mais se modificássemos o dispositivo e o concentrássemos... Eu preconizava esta alteração do dispositivo que nos permitiria reunir e ter à disposição do comando forças que pudessem ser empregues em caso de ataque...".

Alguns comentários a estas declarações:

o que estes dois militares não dizem é que o abandono de aquartelamentos significava o desaparecimento de povoações, e terá sido esta uma das razões fundamentais pela qual o general Spínola se demitiu.

Nesta já tão ventilada reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, Marcello Caetano, segundo escreveu no seu primeiro livro no Brasil terá perguntado se a Guiné era defensável e se não o fosse haveria que retirar, deixando um oficial na comissão liquidatária.

Costa Gomes teria retorquido que a Guiné era defensável desde que se fizessem alterações ao dispositivo, insinuando que a guerra estaria perdida se acaso fosse verdade que o PAIGC dispusesse de MIGs e os utilizasse.

Ora nesta altura já havia informações que o PAIGC possuía aviação, razão pela qual andávamos febrilmente à procura de adquirir um sistema defensivo compatível para Bissalanca e procurávamos comprar a que preço fosse mísseis terra-ar, depois da formidável negativa de Washington.

Terceiro, Silva Cunha, então Ministro da Defesa, no seu depoimento nesta obra (volume I, página 341) refere compras de armamento e pasma a ingenuidade das suas afirmações:

"A África do Sul tinha comprado duas baterias de mísseis terra-ar Crotale em França - eu consegui que eles desistissem de uma, e comprámo-la nós, directamente aos franceses. Pagámos a bateria aos franceses, os trinta por cento que estavam no contrato, e chegámos a mandar o pessoal para ser treinado. A bateria dos Crotale era para proteger o aeroporto de Bissau. Havia na Guiné aviões MIGs, mas podiam ser usados lá. Conseguimos artilharia em Israel, porque uma das coisas de que se queixava na Guiné era que a artilharia deles tinha alcance superior ao da nossa. Conseguimos os Red Eye na Alemanha. Não sei quem os vendia, só sei que eles nos forneciam 500 Red Eye americanos".

O ministro Silva Cunha refere igualmente que o Governo português esteve à beira de comprar aviões Mirage. Escapou-lhe a boca para a verdade, afinal sempre havia aviões MIG de uma república independente chamada Guiné-Bissau. Gostava de saber se nas contas de armamento do Graça Abreu aparece artilharia israelita, a bateria dos Crotale e os aviões Mirage. Provavelmente não, já tínhamos entrado na espiral demencial da tomada de medidas sem quaisquer consequências.

Quarto, porque numa polémica é mister facultarmos a quem está de fora o pensamento dos outros que, desta ou daquela maneira, intervieram nos acontecimentos em análise, oiçamos alguns testemunhos.

O General Diogo Neto (Volume I, página 321) refere-se aos mísseis Strella, dizendo que a reacção da Força Aérea foi péssima quando eles apareceram, e escreve:

"O míssil actuava a partir dos 250 pés até aos 8000. Como o bombardeamento de Fiat era feito a partir dos 8000 pés, ficava sempre na mira dos mísseis. Evidentemente que foram afectadas as unidades do exército que estavam isoladas e que dependiam do apoio logístico dos aviões pequenos e até dos próprios helicópteros... A parte final da Guiné correu mal. O PAIGC teve um incremento muito grande ao nível das acções. Tudo isto veio afectar o moral e a capacidade da Força Aérea".

Carlos Fabião, um dos oficiais mais conhecedores da Guiné, também depõe (Volume I, página 374):

"Quando apareceram os Strella, a guerra da Guiné acabou. Deixámos de ter possibilidades de acção. Não é fácil dizer que a situação estava perdida, embora haja gente que faça análises pouco sérias, na minha opinião. Se me disserem que a Guerra colonial estava perdida na Guiné, eu digo que estava. Se me disserem que a guerra colonial não estava perdida na Guiné, eu digo que não estava. E não estava a que preço? O regime mandava para lá aviões, helicópteros, mas homens não sei aonde é que os iria buscar".

Oiçamos Jaime Neves (Volume I, página 400):

"A minha convicção pessoal era de que a Guiné estava perdida... A Guiné estava arrumada. O que era a Guiné? Era uma machamba da CUF, estávamos lá a guardar os amendoins da CUF".

Oiçamos Almeida Bruno (Volume II, página 722):

"Nós só abandonámos Madina do Boé e Beli, não abandonámos os quartéis portugueses. Houve, no Sul uma debandada de um quartel, que depois foi reassumido com a colocação lá do capitão Manuel Monge. Foi em Gadamael. Guilege, por exemplo, nunca foi abandonado e o PAIGC nunca entrou em Guilege. Se saíssem aviões da Guiné-Conacri para nos bombardear, lá teríamos que fazer a segunda Operação Mar Verde. E se viessem MIGs da Guiné-Conacri, o Governo teria de comprar Mirage que pudessem ir à Guiné bombardear. E estavam a ser negociados".

Não que estes depoimentos sejam concludentes, mas o mínimo que se pode dizer deles é que insinuam que se estava num fim de época.
A derrota militar na Guiné é contemporânea de múltiplos factores que a interseccionam: o isolamento diplomático, o abandono dos principais aliados, o aparecimento da crise petrolífera, a criação do Movimento dos Capitães, uma estratégia defensiva para tentar resistir ao armamento sofisticado do PAIGC, o reconhecimento da República da Guiné-Bissau com consequências gravíssimas a prazo na natureza do tratamento do beligerante (metade da comunidade internacional deixara de aceitar existirem terroristas a combater as tropas portuguesas).

Fernando Rosas refere na obra "Marcello Caetano - A Transição Falhada", Circulo de Leitores, 2003, que o regime entrara na esquizofrenia, prometendo continuar a lutar e, pela surda, negociava e cessar-fogo e a independência da Guiné e de Moçambique, para salvar as outras colónias.

Prometo para a semana concluir estes apontamentos, agradecendo antecipadamente as observações e comentários que me permitam rectificar as análises incorrectas.

As saudações tertulianas do

Mário Beja Santos
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Notas de vb:

Vd. artigos relacionados em:

12 Junho > Guiné 63/74 - P2929: A guerra estava militarmente perdida? (14): Estávamos fartos da guerra e a moral nã era muito elevada. A. Graça de Abreu.

3 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2913: A guerra estava militarmente perdida? (13): Henrique Cerqueira.

31 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2907: A guerra estava militarmente perdida? (12): Vítor Junqueira.

29 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2899: A guerra estava militarmente perdida? (11): Correspondência entre Mexia Alves e Beja Santos.

28 de Maio > Guiné 63/74 - P2893: A guerra estava militarmente perdida? (10): Que arma era aquela? Órgãos de Estaline? (Paulo Santiago)

27 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2890: A guerra estava militarmente perdida? (9): Esclarecimentos sobre estradas e pistas asfaltadas (Antero Santos, 1972/74)

25 de Maio > Guiné 63/74 - P2883: A guerra estava militarmente perdida ? (8): Polémica: Colapso militar ou colapso político? (Beja Santos)

[Por lapso, houve um salto na numeração, não existindo os postes nº 7 e 6 desta série ]

22 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2872: A guerra estava militarmente perdida ? (5): Uma boa polémica: Beja Santos e Graça de Abreu

15 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2845: A guerra estava militarmente perdida ? (4): Faço jus ao esforço extraordinário dos combatentes portugueses (Joaquim Mexia Alves)

13 de Maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2838: A guerra estava militarmente perdida ? (3): Sabia-se em Lisboa o que representaria a entrada em cena dos MiG (Beja Santos)

30 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2803: A guerra estava militarmente perdida ? (2): Não, não estava, nós é que estávamos fartos da guerra (António Graça de Abreu)

17 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2767: A guerra estava militarmente perdida ? (1): Sobre este tema o António Graça de Abreu pode falar de cátedra (Vitor Junqueira)