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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25033: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte VII: outra foto fabulosa, intimista, do Joshua Benoliel, na partida do CEP para França: uma jovem mulher despede-se do marido (ou do pai ?), com a mãe ao lado, de xaile; olha-o, olhos nos olhos, e com a sua mão direita afaga o pescoço do militar, que era do RI 14 (Viseu)



Legenda: "À partida para França: uma despedida afectuosa". ("Cliché": Benoliel)


Capa da Ilustração Portuguesa, II Série, nº 582, Lisboa, 16 de abril de 1917. (Edição semanal do jornal "O Século"; editor lit.: José Joubert Chaves; nº avulso: 12 centavos.)

1. Mais outra foto (ou "cliché") intimista do Joshua Benoliel, fotojornalista (1873-1932), considerado o pai da reportagem fotográfica em Portugal. Esta é outra foto fabulosa: uma jovem mulher despede-se do marido (ou do pai ?), com a mãe (presumivelmente)  ao lado, de xaile, tapada dos pés à cabeça; olha-o, olhos nos olhos, e com a sua mão direita afaga o pescoço do militar, que era do RI 14 (Viseu); o gesto afectuoso, de ternura e de encorajamento,  é surpreendente por ser em lugar público, e as mulheres portugueses estarem ainda longe de ter protagonismo na vida (e na via) pública; nenhum fotógrafo fez fotos como estas do Benoliel na despedida dos soldados durante a guerra colonial, no cais da Rocha Conde de Óbidos;  não fez ou a censura estado-novista nunca terá deixado publicar.


Joshua Benoliel (segundo a Wikipédia):

(i) nasceu em Lisboa em 1873, no seio de uma família judia originária de Gibraltar;

(ii) fez a cobertura jornalística dos grandes acontecimentos da sua época: as viagens ao estrangeiro dos últimos dois reis portugueses; a revolução de 1910; as revoltas monárquicas durante a Primeira República; o CEP que partiu para França e combateu na Flandres durante a I Grande Guerra; a ditadura de Sidónio Pais...

(iii) as suas fotografias caracterizam-se pelo seu enfoque intimista e humanista

(iv) trabalhou para, entre outras publicações o jornal O Século, as revistas Illustração Portugueza, O Occidente (1878-1915), o Panorama (1837-1868):.

(v) em 1929, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada;

(vi) morreu erm Lisboa em 1932. 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25032: Casos: a verdade sobre...(37): O Ten Art Montanha, Ernesto Luiz Lemonde de Macedo, foi mortalmente ferido no combate de Nhamacurra, a 50 km de Quelimane, no dia 1 de Julho de 1918, vindo a falecer no dia 22 do mesmo mês (Morais da Silva, Cor Art Ref)

1. Mensagem do nosso camarada, Coronel Art Ref, António Carlos Morais da Silva (ex-Instrutor da 1.ª CCmds Africanos em Fá Mandinga; Adjunto do COP 6 em Mansabá e Comandante da CCAÇ 2796 em Gadamael, 1970 e 1972), com data de 2 de Janeiro de 2024:

Guiné 61/74 - P25023: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XLII: ten art Ernesto Luiz Lemonde de Macedo (Lisboa, 1892 - Quelimane, Moçambique, 1918)

Comentário de Fernando Ribeiro:
“Eu peço desculpa pela minha estranheza, mas custa-me acreditar que este militar tenha sido morto pelos alemães na zona de Quelimane, na Zambézia. Quelimane fica a muitíssimos quilómetros de distância do Rio Rovuma, que fazia (e ainda faz) fronteira entre Moçambique e o ex-Tanganyika, atual Tanzânia. Talvez mil quilómetros! Como foi que os alemães foram parar a Quelimane? Não se terá dado o caso de o infortunado tenente Ernesto Luiz Lemonde de Macedo ter sido morto pelos guerreiros de um régulo local, eventualmente aliado dos alemães?”


Caros editores
Porque convivo mal com faltas de educação e de civismo comentei:
O formato da documentação que possuo sobre o Ten. Lemonde de Macedo (fotos de documentos oficiais) não é compatível com o espaço de Comentários pelo que as enviarei, via mail, para os editores o poderem fazer e assim dissipar estranhezas aceitáveis e "palpites" inaceitáveis.

Em anexo seguem alguns documentos que me serviram para escrever as circunstâncias da morte em combate do meu camarada artilheiro.
Por regra, não brinco em serviço. Para que conste.

Muita saúde para 2024.
Cumprimentos cordiais
Morais Silva

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Nota do editor

Último poste da série de 27 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P25006: Casos: a verdade sobre...(36): A morte do Braima Djaló, o irmão do Amadu Djaló e de outros 'comandos' do BCmds, na Caboiana, e do aprisionamento do tenente graduado 'comando' António Jalibá Gomes, cmdt da 3ª CCmds (Joaquim Luís Fernandes, ex-alf mil, CCAÇ 3461, Teixeira Pinto, 1973/74)

domingo, 31 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P25023: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XLII: ten art Ernesto Luiz Lemonde de Macedo (Lisboa, 1892 - Quelimane, Moçambique, 1918)


Ernesto Luiz Lemonde de Macedo (1892 - 1918)


Nome: Ernesto Luiz Lemonde de Macedo

Posto: Tenente de Artilharia

Naturalidade: Lisboa

Data de nascimento: 23 de Maio de 1892

Incorporação: 1914 na Escola de Guerra (nº 39 do Corpo de Alunos)

Unidade: Regimento de Artilharia de Montanha

Condecorações: Promovido a Capitão por distinção, a título póstumo

TO da morte em combate: Moçambique

Data de Embarque: 31 de Março de 1917

Data da morte: 22 de Julho de 1918

Sepultura: Quelimane - Moçambique

Circunstâncias da morte: A força de segurança afastada de Quelimane, posicionada na zona de Nhamacurra, foi atacada pela guerrilha alemã pelas 15 horas de 1 de Julho tendo como primeiro objectivo a posição das bocas de fogo de artilharia comandadas pelo Tenente Lemonde que as defendeu com bravura e destemor até ser gravemente ferido. Evacuado para Quelimane faleceu em 22 de Julho.



António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem


1. Fim da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola (n=5), Moçambique (n=6) e França (Flandres) (n=20), num total de 31. Na nossa série, houve de um erro de numeração: saltámos da parte XIX para a parte XXX ( erro esse que ainda não foi corrigido). (*)

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.

Agradecemos a este ilustre militar, que nos honra com a sua presença (ativa) na Tabanca Grande, o nos ter faculdade, em formato ebook, o resultado da sua laboriosa e altamente meritória pesquisa. Num blogue como o nosso de antigos combatentes, temos a obrigação (pelo menos moral) de lembrar aqueles que morreram pela Pátria, bem longe de casa. 
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P25015: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte V: O CEP que partiu para França, em 1917, em barcos ingleses, mal equipado, mal calçado...



Legenda: "No cais de embarque: o chefe da missão militar inglesa conversando com um oficial português".  ("Cliché": Benoliel)


Capa da "Ilustração Portuguesa", II Série, nº 581, Lisboa, 9 de abril de 1917. Edição semanal do jornal "O Século", Ed. lit: José Joubert Chaves. Com a devida vénia à Hemroteca Digital de Lisboa / Câmara Municipal de Lisboa.(*)

1. Este "cliché" do grande fotojornalista Joshua Benoliel é uma preciosidade: os nossos militares do CEP (Corpo Expedicionário Português) partiram para a guerra, mal equipados, a começar pela inadequação do seu uniforme na guerra das trincheiras da Flandres: veja-se, a propósito, o artigo de Sérgio Vieira Coelho sobre o combatente português da grande guerra - fardamento e equipamento  

COELHO, S.V. (2018). O combatente português da grande guerra fardamento e equipamento in Portugal na 1ª Guerra Mundial - Uma História Militar Concisa. Lisboa: Comissão Portuguesa de História Militar. P.199-228. (Disponível em formato pdf: https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/12764/1/Art_S%C3%A9rgio%20Coelho_2018%20%283%29.pdf)

(...) "O calçado para os oficiais era geralmente composto por botas de montar compósitas, ou seja, um par de botins de couro negro a que eram sobrepostas perneiras do mesmo material, apertadas com fivelas ou cordões cruzados.

"As restantes tropas eram dotadas de botins de couro negro ou castanho cuja qualidade era baixa, principalmente em termos de impermeabilidade, o que se veio a verificar nas trincheiras, constantemente cheias de lama pútrida e húmida. 

"Com este tipo de botas, que apodreciam rapidamente naquele tipo de ambiente, os soldados começaram a padecer de uma enfermidade designada de pés frios: pela exposição prolongada dos pés naquele tipo de solo insalubre, começavam a sofrer de micoses, viroses e lacerações, que culminavam em gangrenas e invariavelmente em amputações. O problema viria a ser parcialmente resolvido com a dotação de calçado britânico". (...)

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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P25010: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte IV: as  > mulheres que ficaram na retaguarda enquanto o CEP partia para França em 1917

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P25010: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte IV: as mulheres que ficaram na retaguarda enquanto o CEP partia para França em 1917



Legenda:   "No cais de embarque: perguntando por um parente que também deve partir". ("Cliché" Benoliel)


Capa da "Ilustração Portuguesa",  II Série, nº 580, Lisboa, 2 de abril de 1917. Edição semanal do jornal "O Século", Ed. lit: José Joubert Chaves. Com a devida vénia à Hemroteca Digital de Lisboa / Câmara Municipal de Lisboa.(*)


1. A partida de 60 mil homens do CEP (Corpo Expedicionário Português) para França, ao longo dos 3 primeiros trimestres de 1917,  emocionou o país. 

A participação portuguesa no esforço de guerra contra a Alemanha (que também ameaçava as colónias portuguesas em África, nomeadamente Angola e Moçambique) foi uma jogada geoestratégica e diplomática da República: ao lado dos aliados (França e Inglaterra), que iriam derrotar a Alemanha, Portugal conseguiu manter o seu "império colonial" e a jovem república portuguesa marcou pontos na Europa (e no Mundo). Mas a guerra iria tornar-se extremamemte impopular e dar origem origem a uma grave crise econónima e turbulência política. Em 28 de maio de 1926 o gen Gomes da Costa (1863-1929) (um dos heróis do CEP na Flandres) vai ser o carrasco da República, ao comandar a força rebelde, que marcha de Braga para Lisboa, onde entra vitorioso e sem resistência. Dava-se início à Ditadura Militar e depois ao Estado Novo (1933-1974) .

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P25002: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte III: Comprando fruta antes de partir para a guerra: maia um feliz "cliché do Benoliel"...



Legenda: "A caminho de França: Comprando fruta antes do embarque". (Foto de Joshus Benoliel)



Capa de "Ilustração portuguesa",  II Série, nº 578, Lisboa, 19 de março de 1917, (Fonte: Hemeroteca Digital de Lisboa / Càmara Municipal de Lisboa) (com a devida vémnia...)


1. A "Ilustração Portuguesa" fez uma detalhada cobertura fotográfica da participação portuguesa na I Grande Guerra. O grande fotojornalista Joshua Benoliel  é autor de várias capas da revista com cenas da partida do Corpo Expedicionário Português (CEPpara França, logo no 1º trimestre de 1917.

A 30 de janeiro, embarcaram em três navios a vapor britànicos, no Tejo, as tropas da 1.ª Brigada do CEP, comandada pelo general Gomes da Costa. Irão desembarcar passados 3 dias, no porto de Brest, na Bretanha, noroeste da França. A 22 de fevereiro seguiu um segundo contingente do CEP. E outros mais se hão de seguir até ao 4º trimestre desse ano.

O perimeiro soldado português a morrer em combate na Frente Ocidental Europeia foi o António Gonçalves Curado. A 4 de abril de 1917,

Diz a Wikipedia, a seu respeito: "

(...) "Em 3 de abril de 1917, a quarta companhia do Regimento de Infantaria 28 chegou à zona de Laventie, que deveria defender, em conjunto com as tropas britânicas. (...)( No dia seguinte, os alemães começaram a bombardear com morteiros as trincheiras, tendo uma das bombas caído sobre o abrigo onde se situavam António Gonçalves Curado e outros dois soldados portugueses. (...) Gonçalves Curado ficou gravemente ferido, acabando por falecer pouco tempo depois, enquanto que os seus dois companheiros apenas receberam alguns ferimentos ligeiros. (...)

"Na altura em que foi atacado, estava a escrever num livro de apontamentos, que sobreviveu, tendo a sua última entrada sido: 'Estou nas trincheiras da 1.ª linha a 100 metros dos boches. Caem granadas por todos os lados. Já tenho visto hoje a morte muitas vezes à roda de mi.. ' (...). A última palavra não chegou a ser concluída, devido à explosão que o vitimou." (...).


Era natural da Barquinha e tinha 22 anos.

domingo, 24 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24998: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte II: Outro "cliché" tocante do Joshua Benoliel (1873-1932): o adeus à família, por parte de um militar do CEP que parte para França





Capa da Ilustração Portugersa, II Série, nº 577, Lisboa, 12 de março de 1917. Mais uma grande foto do Joshua Benoliel, com um militar do CEP a despedir-se da filha pequena e da esposa, antes do embarque para França, no cais de Alcântara, no 1º trimestre de 1917 (*)... Com a devida vénia à Hemeroteca Digital de Lisboa, uma plataforma da Câmara Municipal de Lisboa.

A legenda diz: "Tropas portuguesas para França: acariciando a filha antes do embarque".

A "Ilustração Portuguesa" era um semanário,  propriedade da empresa que publicava o jornal "O Século". Lançada em novembro de 1903, manteve-se até 1993, mas só até 1931 com regularidade semanal. 

A sua marca distintiva era a imagen, primeiro a gravura, depois a fotografia. Como ela colaboravam grandes fotógrafos portugueses como o nosso já conhecido Joshua Benoliel.

Esta é uma belíssim imagem com mais de um século... Tem um enorme poder de evocação: é impossível não vir  à "tona de água da nossa memória",  cenas dos nossos embarques, nos anos 60/70, para a guerra de África, no  Cais da Rocha Conde d'Óbidos.  

Boas festas para os nossos leitores, e tanto quanto possível uma Consoada Feliz na companhia das pessoas que mais amam e estimam. E paz na terra para todos os homens e mulheres de boa vontade. Infelizmente, na qualidade de antigos combatentes,  nenhum de nós  se  pode abstrair da brutalidade da guerra, hoje, no nosso planeta,  na nossa casa comum. Na Noite de Natal de 2023 haverá  ainda canhões a disparar e a matar.
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Guiné 61/74 - P24996: Capas da Ilustração Portuguesa - Parte I: Talvez a mais icónica foto do Joshua Benoliel (1873-1932): fevereiro de 1917, a despedida dos militares do CEP que embarcam no cais de Alcântara para França

Legenda: "A caminho do dever: um adeus carinhoso. "Cliché" Benoliel".



Ilustração Portuguesa, II Série, nº 573, Lisboa, 12 de fevereiro de 1917. Diretor: J. J. da Silva Graça; Propriedade: J.J. da Silva Graça, Lda; Ed lit. José Joubert Chaves. 

Era uma edição semanal do jornal "O Século". Custava 10 centavos o número avulso (600 réis em todo o Brasil). A assinatura anual era de 4$80 centavos (Portugal, colónias portuguesas e Espanha). Recorde-se que, com a proclamação da República (em 5 de outubro de 1910), o escudo (=mil réis) passou a ser a nova moeda. Estava divido em 100 centavos. 10 centavos eram portanto 100 réis. O escudo irá sofrer uma grande desvalorização com I Grande Guerra.




(Cortesia de Hemeroteca Digital de Lisboa. Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


1. Esta é porventura a foto portuguesa mais icónica da I Granda Guerra. É da autoria do pai do fotojornalismo português, Joshua Benoliel (1873-1932). Retrata a despedida dos militares do CEP que embaracavam, em fevereiro de 1917, no cais de Alcântara, para Brest, na Bretanha, França.

A primeira partida de forças do CEP foi  em 30 de janeiro de 1917, de noite quase às escondidas. Seguiram-se muitas outras até outubro desse ano, num total de 60 mil homens. As despedidas e os embarques dos militares foram obsessivamente noticiadas (e em muitos casos documentados) pela imprensa da época, com destaque para a "Ilustração Portuguesa", e por grandes fotógrafos como o Joshua Benoliel (que era de origem judia).

É a inevitável a pergunta: quem era este militar que se aqui se despede presumivelmenmte da esposa? Alguém já o conseguiu identificar?  E será que voltou da guerra, "são e salvo"?

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24946: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XL: ten inf Miguel António Ponces de Carvalho (Oliveira de Azeméis, 1885 - Negomano, Moçambique, 1917)


Miguel António Ponces de Carvalho  (Oliveira de Azeméis, 1885 - Negomano, Moçambique, 1917)


Nome: Miguel António Ponces de Carvalho

Posto: Tenente de Infantaria

Naturalidade: Oliveira de Azeméis

Data de nascimento: 22 de Outubro de 1885

Incorporação: 1908 na Escola do Exército (nº 239 do Corpo de Alunos)

Unidade: 3º Grupo de Metralhadoras

Condecorações

TO da morte em combate: Moçambique

Data de Embarque

Data da morte: 19 horas de 25 de Novembro de 1917

Sepultura: Negomano - Moçambique

Circunstâncias da morte:  No combate de Negomano (25/26 de Novembro de 1917) quando, a descoberto, procurava desencravar uma das suas metralhadoras pesadas,  foi mortalmente atingidopelos fogos da força alemã atacante.


António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem


1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 8 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24929: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXIX: Maj inf João Teixeira Pinto (Moçâmedes, Angola, 1876 - Negomano, Moçambique, 1917)

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24929: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXIX: Maj inf João Teixeira Pinto (Moçâmedes, Angola, 1876 - Negomano, Moçambique, 1917)


João Teixeira Pinto (Moçamedes, Angola. 1876 - 
Negomano, Moçambique, 1917)

Nome: João Teixeira Pinto 

 Posto:  Major de Infantaria 

 Naturalidade: Moçâmedes. Angola

 Data de nascimento: 22 de Março de 1876 

 Incorporação:  1897 na Escola do Exército (nº 68 do Corpo de Alunos) 

 Unidade:  Companhias Indígenas de Infantaria Expedicionárias 

 Condecorações: Cavalheiro da Ordem Militar da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito  | Medalha de Prata Rainha D. Amélia com legenda “Cuamato 1907”|   Medalha de Ouro de Serviços Distintos 

 TO da morte em combate:  Moçambique 

 Data de Embarque: 15 de Fevereiro de 1917 

 Data da morte:  25 de Novembro de 1917 

 Sepultura; Negomano - Moçambique 

 Circunstâncias da morte: 

A força portuguesa instalada defensivamente no vale do rio Ludjenda (Negomano) desde 18 de Outubro de 1917, foi surpreendida por um ataque da guerrilha alemã pelas 10 horas da manhã de 25 de Novembro. O Major Teixeira Pinto, comandante da força, ciente da gravidade da situação,  acorre à zona mais pressionada da defesa, comandando as descargas de fogo e acabando por ser atingido num braço pelo fogo inimigo. Retirado da zona por um dos seus soldados para uma tenda, às três horas da tarde o terrível combate terminou com o toque de cessar-fogo. Começou então a pilhagem desenfreada por parte das forças alemãs a que não escapou o Major Teixeira Pinto mais tarde encontrado cadáver com um tiro na cabeça.

Tem 76 referências no nosso blogue, como "capitão Teixeira Pinto". Ficou conhecido na Guiné como o "capitão-diabo".



António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem

1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 7 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24928: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXVIII: cap cav João Luiz Ferreira da Silva (Leiria, 1879 - Moçambique, 1916)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24928: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXVIII: cap cav João Luiz Ferreira da Silva (Leiria, 1879 - Moçambique, 1916)

 


João Luiz Ferreira da Silva (Leiria, 1879 - Moçambique, 1916)

Nome:  João Luiz Ferreira da Silva 

 Posto:  Capitão de Cavalaria 

 Naturalidade:  Leiria 

 Data de nascimento: 27 de Dezembro de 1879 

 Incorporação:  1901 na Escola do Exército (nº 153 do Corpo de Alunos) 

 Unidade: Estado-Maior da Cavalaria 

 Condecorações 

TO da morte em combate: Moçambique 

 Data de Embarque: 3 de Junho de 1916 

 Data da morte: 7 de Dezembro de 1916 

 Sepultura 

Circunstâncias da morte:  Após a retirada de Nevala,  sendo necessário obter informação acerca do dispositivo e intenções da força alemã, o capitão Ferreira da Silva (ajudante de campo do general Ferreira Gil) ofereceu-se para actuar como parlamentário levando consigo roupas e medicamentos para os prisioneiros e simultaneamente obter a informação que escasseava. 

Acompanhado do intérprete Câmara de Leme e sinalizado com bandeira branca, cruzou o Rovuma em pirogas enviadas pela força alemã. No regresso, transportando três feridos entregues pelos alemães, ao passarem em Matchemba foram atacados por uma força alemã que já ocupava o posto local tendo perecido o capitão Ferreira da Silva, o condutor e dois dos feridos. 



António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem

1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 11 de janeiro de  2023 > Guiné 61/74 - P23973: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXVII: Leopoldo Jorge da Silva, maj art (Viseu, 1868 - Moçambique, 1916)

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24796: Os nossos seres, saberes e lazeres (597): Fotos da cidade de Maputo, terra onde nasceram, minha avó e meu pai, e onde estou a passar uns dias de férias (Jaime Machado)

1. Mensagem do nosso camarada Jaime Machado, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968 / fevereiro de 1970) com data de 25 de Outubro de 2023:

Caro Carlos
Junto envio algumas fotografias de Maputo (terra de meu pai e minha avó) onde estou a passar uns dias de férias.
Se tiver interesse publicares para matar saudades a alguns ex-camaradas que por cá passaram, estás à vontade.

As 3 primeiras fotos são de um monumento de homenagem aos heróis da 1.ª Grande Guerra que aqui lutaram entre quais estava o meu avô que foi ferido em combate tendo sido condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª Classe

Um abraço
Jaime
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Nota do editor

Último poste da série de 21 DE OUTUBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24778: Os nossos seres, saberes e lazeres (596): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (125): Em Leiria, pedindo muita desculpa por lhe ignorar os tesouros (2) (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24283: Efemérides (391): No dia 25 de Abril, Faria celebrou a memória dos Alcaides e do Capitão Salgueiro Maia e Camaradas (Manuel Luís Lomba)


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Luís Lomba (ex-Fur Mil Cav da CCAV 703/BCAV 705, BissauCufar e Buruntuma, 1964/66), datada de 3 de Maio de 2023, dando notícia de uma homenagem pelo 650.º aniversário do feito dos Alcaides de Faria,  assim como ao Capitão Salgueiro Maia, a cargo do Grupo Alcaides de Faria, de que o Lomba é presidente, e da Junta da União de Freguesias de Milhazes, Vilar de Figos e Faria:


Faria celebrou a memória dos Alcaides e do Capitão Salgueiro Maia e Camaradas

O 25 de abril de 2023 foi a oportunidade da celebração conjunta da memória daqueles heróis nacionais pelo Grupo Alcaides de Faria e a Junta da União de Freguesias de Milhazes, Vilar de Figos e Faria. A solenidade foi iniciada às 11H00, com o hastear da Bandeira Nacional junto ao memorial pelo descendente dos Alcaides de Faria, Eduardo Felgueiras Gayo, dignificada com o Hino Nacional pelo instrumental da Banda do Galo do CCO, a deposição da coroa de flores pelo presidente e o vogal da Junta de Freguesia e a alocução alusiva do presidente do Grupo Alcaides de Faria:

“O mês de abril português é fértil de eventos históricos. O 25 de abril de 1127 será celebrado um dia: indícios empíricos apontam-no como o dia em que D. Afonso Henriques assumiu os castelos do Neiva, de Faria e outros, baseou-se e neste castelo proclamou-se “Príncipe dos Portugueses” de Entre Douro e Minho, mais de dois terços do Condado de Portugal. Um dia chegará em que o 25 de abril celebrará também a fundação da nacionalidade.

O feito dos Alcaides de Faria culminou em abril de 1373, há 650 anos, com o levantamento do cerco ao seu castelo e a retirada dos invasores para a Galiza. O Alcaide Nuno Gonçalves foi dar batalha a essa Primeira Invasão Castelhana do Norte, foi derrotado e aprisionado na freguesia de Carapeços, convenceu o general invasor a conduzi-lo ao castelo, consciente da fatalidade da sua exortação ao filho Gonçalo Nunes:
- Filho alcaide! Maldito sejas tu e sepultado no inferno como o traidor Judas, se estes que me vão matar entrarem nesse castelo sem tropeçarem no teu cadáver!...

O Alcaide Nuno Gonçalves de Faria doou conscientemente a sua vida à pátria, salvou o seu castelo e a sua guarnição reteve a invasão com a sua resiliência. Caso o inimigo tivesse progredido livremente e o Porto tivesse caído, o Tratado de Paz de Santarém não teria acontecido. Ante o assassínio do alcaide pela sua heroicidade, o fidalgo Diogo Lopes Pacheco, matador sobrevivo da linda Inês, que incluía a invasão como conselheiro do general galego, passou a mediador das pazes, o rei castelhano estava a contas com o cerco anfíbio a Lisboa, que o desenformou é plausível, que a invasão do Norte estava encalhada em Faria e que as tropas de Barcelos e do Bispo do Porto estavam a cortar-lhe a linha de retirada por Ponte do Lima.

A motivação foi comum a D. Afonso Henriques, aos Alcaides de Faria, ao capitão de abri Salgueiro Maia e camaradas: a liberdade e a dignidade dos Portugueses. Há 49 anos, a exortação do “capitão de abril de “vamos acabar com o estado a que isto chegou” galvanizou os seus comandados, avançaram de Santarém sobre Lisboa, ele expôs o peito à metralha em toda a manobra, o seu feito culminou no Largo do Carmo, a dar o fim ao impopular regime político e a conceder a rendição com dignidade ao seu chefe”
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Seguiu-se a romagem ao Cemitério Paroquial, para homenagear os filhos da terra e combatentes da Pátria na sua última morada, a canora Banda do Galo encabeçou-a e dedicou-lhes músicas fúnebres, os sinos dobraram a finados e a celebração culminou com a chamada nominal dos combatentes da I Grande Guerra e da Guerra do Ultramar: Joaquim Luís de Faria, António Peixoto, Américo Ponte, António Marques, Cândido Ferreira, Domingos Figueiredo, Joaquim Gonçalves, Joaquim Brito, Joaquim Lomba, José Amorim, Manuel Boucinha, Manuel Ferreira, Manuel Peixoto e os omissos.

Manuel Luís Lomba


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Nota do editor

Último poste da série de 2 DE MAIO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24277: Efemérides (390): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 29 de Abril (Fátima Soledade / Fátima Silva)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23973: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XXXVII: Leopoldo Jorge da Silva, maj art (Viseu, 1868 - Moçambique, 1916)

MORTOS EM COMBATE (MOÇAMBIQUE, 1914-1918)



Leopoldo Jorge da Silva. maj art  (1868 - 1916)


Nome: Leopoldo Jorge da Silva

Posto: Major de Artilharia

Naturalidade: Viseu

Data de nascimento: 29 de Março de 1868

Incorporação: 1890 na Escola do Exército (nº 329 do Corpo de Alunos)

Unidade: Regimento de Artilharia de Montanha (1º Grupo)

Condecorações: Medalha de Prata “Rainha D. Amélia” | Cavaleiro da Real Ordem Militar de S. Bento de Aviz | Medalha da Cruz de Guerra de 1ª classe (a título póstumo) | Promoção a Tenente Coronel por distinção (a título póstumo)

TO da morte em combate; Moçambique

Data de Embarque; 15 de Julho de 1916

Data da morte: 10 de Novembro de 1916

Sepultura: Cemitério de Nevala - Tanzânia

Circunstâncias da morte: Comandando a coluna de Mossari atacou denodadamente, em 8 de Novembro, forças alemãs em Quivambo obrigando estas a retirar com perdas significativas. No combate travado foi ferido com gravidade: Evacuado para o fortim de Nevala, faleceu dois dias depois (10 de Novembro).




António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem

1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.

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